sábado, 7 de dezembro de 2013

Desafiando os Limites

Título no Brasil: Desafiando os Limites 
Título Original: The World's Fastest Indian
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Roger Donaldson
Elenco: Anthony Hopkins, Diane Ladd, Iain Rea

Sinopse: 
Burt Munro (Anthony Hopkins) é considerado velho e ultrapassado pela maioria das pessoas ao seu redor. Para provar que não existe idade para realizar seus sonhos ele decide quebrar o recorde de velocidade nas salinas de Utah com sua moto Indian. Sua meta é transformar seu sonho em realidade e de quebra entrar para o Guinness World Records Book como o homem mais velho a quebrar um recorde de velocidade em motocicletas no mundo.

Comentários:
Infelizmente pouca gente viu esse interessante filme, um projeto muito pessoal do cineasta Roger Donaldson que explora um fato real acontecido com o piloto Burt Munro, um neozelandês obstinado e muito focado que resolveu provar que pessoas da terceira idade conseguiam também atingir grandes feitos na vida, inclusive esportivos. O ator Anthony Hopkins abraçou a ideia a ponto de abrir mão de parte de seu cachê para participar do filme no papel principal. Para ele foi quase uma declaração pessoal, pois assim como o personagem do filme jamais desistiu de sua carreira, se tornando um astro de primeira grandeza no cinema também já com certa idade. Outro ponto atrativo nessa produção é a própria moto Indian. Nos Estados Unidos essa marca de motos é tão cultuada como a Harley-Davidson, o que certamente atrairá o interesse dos amantes de motovelocidade. Por falar nisso as cenas no deserto de sal de Utah são realmente de tirar o fôlego, tal a competência técnica que foi utilizada nas sequências. Em suma, "The World's Fastest Indian" é uma ótima pedida para os fãs do grande Anthony Hopkins, aqui em um filme menor mas não menos precioso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Expresso Transiberiano

Título no Brasil: Expresso Transiberiano
Título Original: Transsiberian
Ano de Produção: 2008
País: Espanha, Alemanha, Inglaterra
Estúdio:  Filmax International, Canal+ España
Direção: Brad Anderson
Roteiro: Brad Anderson, Will Conroy
Elenco: Woody Harrelson, Emily Mortimer, Ben Kingsley

Sinopse: 
Uma viagem transcontinental entre a China e Moscou, passando pela gelada e inóspita Sibéria se torna um intrigado caso de suspense e morte após um grupo de americanos descobrirem que um crime foi cometido a bordo.

Comentários:
Alguns filmes valem a pena não por serem inovadores, obras primas da sétima arte ou por terem grandes roteiros. Alguns filmes valem a pena por causa de aspectos secundários, que em outras produções, chamariam menos a atenção. É o caso desse "Expresso Transiberiano". O roteiro é até interessante mas sem muitas novidades. Também pudera, desde que a grande escritora Agatha Christie escreveu o famoso livro "Murder on the Orient Express" em 1934 esse tipo de trama como a que vemos aqui deixou de ser novidade. O elenco também não traz nada de muito surpreendente, embora conte com bons atores em seu conjunto. O que no final das contas vale mesmo a pena em "Transsiberian" é a fantástica fotografia de uma das regiões mais selvagens e hostis do planeta, exatamente a rota pelo qual o trem passa em todas as suas viagens. Aliás olhando para todo aquele gelo podemos compreender porque os presos políticos do regime comunista da URSS se consideravam praticamente mortos quando eram enviados à Sibéria. É um mar de gelo e neve que não parece ter fim. Definitivamente não é lugar para um ser humano morar. Belo? Certamente mas apenas em filmes como podemos ver aqui, no aconchego do lar. Enfim, não, a película não é uma obra de arte, nem um clássico do cinema mas vai levar você para uma viagem muito interessante pela inferno gelado da Sibéria.

Pablo Aluísio.

Horas de Desespero

Título no Brasil: Horas de Desespero
Título Original: Desperate Hours
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis
Direção: Michael Cimino
Roteiro: Joseph Hayes, Lawrence Konner
Elenco: Mickey Rourke, Anthony Hopkins, Mimi Rogers

Sinopse: 
Michael Bosworth (Mickey Rourke) é um fugitivo da prisão que entra na casa da família de Tim Cornell (Anthony Hopkins) fazendo todos de reféns, inclusive sua esposa Nora Cornell (Mimi Rogers). Instalado o clima de suspense e terror, ambos, bandido e vítima, começarão um intenso jogo psicológico para descobrir quem sairá vitorioso daquela complicada situação.

Comentários:
Esse é um remake do clássico filme "The Desperate Hours" de 1955 dirigido por William Wyler e que tinha em seu elenco as presenças grandiosas de Humphrey Bogart e Fredric March. Um ótimo suspense que marcou bastante em seu lançamento. Nessa produção do começo dos anos 90 Rourke interpreta um dos assaltantes que invadem uma casa e fazem seus moradores de reféns. Contracenando com ele o grande Anthony Hopkins. Dirigido pelo cineasta Michael Cimino (o mesmo de "O Ano do Dragão") o filme tentava repetir o bom resultado do anterior. Apesar da boa produção e dos diálogos bem trabalhados o filme não conseguiu alcançar um bom resultado comercial. Além disso em decorrência dos constantes atritos de Rourke com a imprensa ele acabou sendo "premiado" com uma indicação ao Framboesa de Ouro por sua atuação aqui. Certamente uma injustiça pois sua atuação é correta, sem máculas. O que pareceu mesmo foi tudo não passar de um ato de vingança dos jornalistas contra Rourke por algumas de suas atitudes fora das telas. No saldo geral temos uma refilmagem correta, muito interessante. Anthony Hopkins está mais contido do que de costume, fruto de seu personagem. Cimino procura  desenvolver da melhor forma possível a tensa situação e se sai bem. Não é uma obra prima e de certa maneira está um pouco abaixo de todos os talentos envolvidos mas mesmo assim é certamente um bom filme que vale a pena ser redescoberto.

Pablo Aluísio.

A Fronteira

Título no Brasil: A Fronteira
Título Original: The Mule
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Voltage Pictures
Direção: Gabriela Tagliavini
Roteiro: Don Fiebiger, Amy Kolquist
Elenco: Sharon Stone, Promise LaMarco, Billy Zane

Sinopse: 
Sofie (Sharon Stone) é uma jornalista americana que vai até o México em busca de seu irmão desaparecido, Aaron (Billy Zane). Ele trabalha numa ONG que ajuda refugiados mexicanos que tentam passar pela fronteira americana, entrando ilegalmente nos Estados Unidos. O problema é que sua atuação militante acaba desagradando os chamados coiotes, criminosos especializados em levar mexicanos pela fronteira. Sofie agora fará de tudo para localizar seu irmão desaparecido.

Comentários:
Produzido pela própria Sharon Stone esse filme B chamado "A Fronteira" é um verdadeiro desastre! O roteiro é primário e nunca se decide entre ser uma filme de ação ou um drama com ares de crítica social. Para piorar ainda a falta de qualidade geral a atriz Sharon Stone está simplesmente péssima! Com o cabelo pintado de preto a ex-sex symbol se limita a desfilar um festival de caretas e olhos esbugalhados ao longo do filme. Sua "atuação" é canhestra ao ponto de passar vergonha alheia ao espectador. Quem consegue ser pior do que ela (coisa muito complicada de superar) é o Billy Zane que passa o filme todo acorrentado, sendo torturado por uma mexicana coiote, com ares de machona! O filme tem poucos cenários (fruto de seu orçamento apertado) e muitos clichês. Também surgem situações absurdas e fora da realidade como a de patrulheiros americanos fazendo tiro ao alvo em imigrantes mexicanos na fronteira, algo que me lembrou "A Lista de Schindler". O problema é que os policiais de fronteira dos EUA não são nazistas, provando que o roteiro é de fato boboca e infantilóide. Enfim, esqueça. A produção só serve mesmo para mostrar o quão decadente está a carreira de Sharon Stone.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Negócios de Família

Título no Brasil: Negócios de Família
Título Original: Family Business
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Vincent Patrick
Elenco: Sean Connery, Dustin Hoffman, Matthew Broderick

Sinopse: 
Uma família de criminosos entra em conflito após o avô Jessie (Sean Connery) cumprir sua longa pena por assalto. De volta às ruas ele pretende retomar sua vida de delitos. Para isso acaba convidando seu neto,  Adam (Matthew Broderick), para participar de um plano envolvendo um ousado assalto a banco. O convite acaba sendo combatido pelo pai de Adam, Vito (Dustin Hoffman), um ex-criminoso que agora está tentando voltar a uma vida honesta.

Comentários:
Um filme que tinha tudo para se tornar uma pequena obra prima mas que ficou pelo meio do caminho, assim podemos definir esse "Family Business" que prometia muito, principalmente por causa do excelente elenco, mas que cumpriu pouco. O resultado é morno, o que é de surpreendente pelos talentos envolvidos. Até mesmo o grande Sidney Lumet se mostra sem inspiração, burocrático mesmo. Outro aspecto muito curioso é que os atores não tinham faixa etária para representarem avô, pai e filho - as idades não batiam. Mesmo assim o estúdio ignorou isso e todos foram escalados, principalmente por causa de seu apelo comercial junto ao público. Dos três astros do elenco principal (que eu particularmente aprecio muito de outros trabalhos) o que se sai melhor em cena é Dustin Hoffman. É o único que parece ter se preocupado em desenvolver melhor seu personagem. Os demais não se destacam muito. Sean Connery não parece levar o seu papel muito à sério e Matthew Broderick está ofuscado, talvez pelo brilho natural dos mais veteranos. Interessante também notar que Broderick teve uma oportunidade incrível de trabalhar ao lado de verdadeiros monstros do cinema por essa época, inclusive trabalhando com o mito Marlon Brando em "Um Novato na Máfia".

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ishtar

Título no Brasil: Ishtar
Título Original: Ishtar
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Elaine May
Roteiro: Elaine May
Elenco: Warren Beatty, Dustin Hoffman, Isabelle Adjani, Charles Grodin

Sinopse: 
Dois cantores americanos de segunda linha contratados para trabalhar em um hotel do Marrocos acabam se envolvendo numa complexa trama envolvendo agentes da CIA, chefes políticos árabes e rebeldes revolucionários.

Comentários:
Pouca gente vai se lembrar desse filme até porque pouca gente viu, mesmo na época. "Ishtar" foi um dos maiores fracassos da história de Hollywood, um filme que deu tanto prejuízo que quase afunda as carreiras dos atores Warren Beatty e Dustin Hoffman! A premissa era terrivelmente ruim e o filme, que pretendia ser uma comédia bem humorada lidando com os problemas dos países árabes, logo se tornou um vexame alheio, fruto do roteiro confuso, sem foco algum e o pior, contando com um sem número de cenas vergonhosamente mal feitas, sem graça, obtusas. Por isso certo estava o público que não gastou seu dinheiro para ver essa coisa. Para se ter uma ideia do desastre financeiro de "Ishtar" basta consultar os números. O filme custou 51 milhões de dólares (um absurdo para a época) e faturou no mercado americano 14 mil dólares!!! Faltou pouco para a Columbia Pictures abrir falência! Para não dizer que nada presta temos pelo menos de brinde a quem se aventurou a ver esse abacaxi a presença maravilhosa de Isabelle Adjani. Jovem, no auge da beleza, ela consegue por poucos momentos diminuir a tortura de assistir a esse "Ishtar", um filme simplesmente pavoroso, em todos os sentidos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O Diabo Veste Prada

Título no Brasil: O Diabo Veste Prada
Título Original: The Devil Wears Prada
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Frankel
Roteiro: Aline Brosh McKenna, Lauren Weisberger
Elenco: Anne Hathaway, Meryl Streep, Adrian Grenier

Sinopse: 
Miranda Priestly (Meryl Streep) é editora de uma das mais conceituadas revistas de moda do mundo. Como tal ela não admite de seus funcionários nada que não seja simplesmente perfeito. Que o diga Andy Sachs (Anne Hathaway), contratada para ser sua assistente pessoal. Ela descobrirá isso da pior forma possível.  

Comentários:
A Rede Globo andou ameaçando acabar com a Sessão da Tarde algumas semanas atrás. Alegava falta de audiência. Estava planejando até mesmo colocar mais uma reprise de novela no ar (Deus nos livre!) mas de uns dias para cá tem melhorado a seleção de seus filmes no horário da tarde. Ainda bem. Hoje teremos a exibição desse muito bom "O Diabo Veste Prada" que fez sucesso quando lançado nos cinemas e conseguiu repercussão em seu lançamento. O roteiro é baseado no livro de Lauren Weisberger que através de uma obra ficcional resolveu contar coisas reais que viveu quando foi assistente da editora toda poderosa da revista Vogue. Miranda Priestly é assim o retrato da executiva que tratava todos mal, colecionando momentos de assédio moral em sua rotina. É a tal coisa. Algumas pessoas não podem ter qualquer tipo de poder em mãos que logo abusam dele, muitas vezes da pior maneira possível.

Pois bem, falar que Meryl Streep está um arraso em sua atuação seria chover no molhado. Quando você viu essa atriz em algo que não fosse simplesmente espetacular? Ela sempre se sobressai em qualquer filme mesmo. Já Anne Hathaway continua daquele jeito. Se uma atriz não consegue se destacar nem como a Mulher Gato então é melhor desistir da carreira. Mesmo com sua falta de carisma habitual o filme vale muito a pena. É um retrato mordaz do mundo corporativo americano, com toda a sua crueza e falta de humanidade no trato social entre altos executivos e empregados de base. Para piorar o que já era ruim tudo se passa no fútil mundo da moda onde obviamente aparência e status é tudo! Compaixão? Respeito? Esqueça! Assista e sinta na pela como é duro a realidade das grandes empresas daquele país. Capitalismo puro, selvagem, implacável - para o bem e para o mal.

Pablo Aluísio.

Hostages

Título no Brasil: Hostages
Título Original: Hostages
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Henry Bronchtein, Phil Abraham, Matt Earl Beesley
Roteiro: Alon Aranya, Jeffrey Nachmanoff, Omri Givon 
Elenco: Toni Collete, Dylan McDermott, Quinn Shephard, Mateus Ward

Sinopse: 
A cirurgiã chefe da operação de coração do presidente dos Estados Unidos se torna refém de um grupo de origem desconhecida. A exigência é que ela mate o presidente na sala de cirurgia, caso contrário o grupo vai eliminar toda a sua família, agora refém em sua casa!

Comentários:
Assim que eu soube que se tratava de uma produção de Jerry Bruckheimer  já desanimei um pouco, afinal esse produtor não é conhecido pela sutileza e nem muito menos pelo refinamento de seus filmes no cinema. Agora ele está investindo no mundo da televisão. Mesmo com esse receio resolvi seguir em frente para conferir o piloto de "Hostages". A minha primeira impressão foi apenas regular. A premissa é boa, interessante, mas ideal apenas para um thriller de no máximo noventa minutos. Não sei como vão esticar esse enredo a ponto de dar origem a mais de dez episódios. Prevejo com isso saturação na certa. Sabe quando você fica com a clara intenção de que estão te enrolado episódio a cada episódio? Pois é isso mesmo que acho que acontecerá aqui. Séries precisam de mais, necessitam de subtramas interessantes, personagens cativantes, personalidades complexas e sinceramente nada vi aqui disso. Apenas uma situação de tensão não segura o espectador semana após semana. Em poucas palavras não me cativou muito. Obviamente darei chance e verei no mínimo uns cinco episódios para ter certeza mesmo do que se trata, caso não decole deixarei para trás. Com séries é justamente isso que você deve fazer. Não agradou, parte-se para outra.

Pablo Aluísio.

N.Y.C. Underground

Título no Brasil: N.Y.C. Underground
Título Original: N.Y.C. Underground
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Garbus Kroupa Entertainment, Hallway Pictures
Direção: Jessy Terrero
Roteiro: Andrew Klavan, Matthias Visser
Elenco: Arielle Kebbel, Sean Faris, Evan Ross, Rob Mayes

Sinopse: 
Dylan Montgomery (Rob Mayes) é um filhinho de papai que mora no lado mais rico de Nova Iorque. Em busca de emoção ele convence o seu motorista particular a ir com ele até uma festa no Brooklin para que ele o apresente ao chefão do tráfico local. Dylan deseja fazer uma ponte entre o bandido que lhe venderia as drogas e seu círculo social onde sempre há alguém querendo comprar a mercadoria proibida por lei. Seus planos porém acabam dando errado quando um membro da gangue de criminosos descobre que o chofer é na verdade um informante do FBI. Sem alternativa Dylan e seus amigos tentam fugir, entrando em túneis de metrô desativados da cidade, onde acabam sendo literalmente caçados pelos criminosos.

Comentários:
"N.Y.C. Underground" é uma produção B de ação que nos Estados Unidos foi lançada diretamente no mercado de vídeo. O que temos aqui é uma tentativa de criar tensão, ação e suspense no subterrâneo de Nova Iorque. Abaixo da grande cidade existe praticamente uma outra, formada por lugares escuros, cheios de ratos, baratas e viciados em crack. É justamente nesse submundo que dois irmãos riquinhos de Park Avenue tentam sobreviver enquanto membros do tráfico do Brooklin os procuram para não deixarem testemunhas pelo meio do caminho (afinal eles presenciaram a morte de seu próprio motorista pelos traficantes após eles descobrirem que o sujeito seria um dedo-duro do FBI). Nada de muito relevante você encontrará nesse filme. A partir do momento que os jovens riquinhos se escondem em túneis de metrô a coisa fica saturada, com muitos clichês e tentativas de se criar alguma situação realmente interessante. Todo o elenco é formado por atores desconhecidos. As garotas são particularmente irritantes, dando gritinhos a todo momento. Os irmãos não são melhores. Um é do tipo inconsequente, irresponsável e o outro um universitário de Harvard certinho. Personagens rasos sem qualquer profundidade. Enfim, pode deixar passar batido, pois não há nada que vá fazer falta em sua coleção.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ondine

Título no Brasil: Ondine
Título Original: Ondine
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Irlanda
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Neil Jordan
Elenco: Colin Farrell, Alicja Bachleda, Dervla Kirwan

Sinopse: 
Durante uma pescaria Syracuse (Colin Farrell) acaba encontrando em sua rede uma jovem chamada Ondine (Alicja Bachleda) que significa "aquela que veio do mar". A situação fora do comum acaba despertando a imaginação da pequena filha do pescador que logo imagina que a garota seja na verdade uma espécie de sereia, bem popular dentro do folclore da Escócia. Para complicar ainda mais vários fatos parecem confirmar a suspeita da menina. Será que Ondine seria mesmo uma sereia ou tudo não passaria de mero fruto de imaginação de uma criança?

Comentários:
Filme que marca a volta ao cinema do talentoso cineasta Neil Jordan. Como sempre ele traz para a tela todo um clima de realismo fantástico passado em sua terra natal e do coração, a Irlanda. Embora o tema sereias possa afastar parte do público o fato é que o resultado final passa longe de ser uma espécie de "Splash" irlandês. Na verdade Jordan optou por um clima de fábula e romance em um primeiro momento que depois vira drama social (não convém explicar o porquê para não estragar as surpresas da estória). Achei um filme muito bem intencionado, com um clima adequado, que procura deixar o espectador na dúvida sobre a verdadeira origem da personagem Ondine. O roteiro nesse aspecto é bem escrito. Também achei digno de nota o trabalho do ator Colin Farrell. Seu papel é a de um homem simples, rústico, que vive da pescaria e não consegue separar muito bem a fábula do mundo real. Claro que para os fãs do cinema de Neil Jordan ficará um gostinho de decepção no ar. Embora o filme não seja ruim ele passa muito longe da genialidade que o cineasta já demonstrou no passado com filmes como por exemplo "Traídos pelo Desejo", "Michael Collins: O Preço da Liberdade" e até mesmo "Entrevista Com o Vampiro". Esse é um filme menor em sua rica filmografia mas mesmo assim vale a pena conhecer, mesmo que seja apenas com a intenção de continuar prestigiando o trabalho do diretor.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Alcatraz - Fuga Impossível

Título no Brasil: Alcatraz - Fuga Impossível
Título Original: Escape from Alcatraz
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: J. Campbell Bruce, Richard Tuggle
Elenco: Clint Eastwood, Patrick McGoohan, Roberts Blossom

Sinopse: 
Baseado em fatos reais o filme "Alcatraz - Fuga Impossível" conta a história do prisioneiro Frank Morris (Clint Eastwood). Levado para a prisão de segurança máxima do rochedo de Alcatraz em San Francisco ele decide junto a um grupo de comparsas tentar algo que parecia simplesmente impossível: Fugir da rocha (como era chamada a prisão) em direção à liberdade!

Comentários:
Belo filme com Clint Eastwood no auge de sua popularidade. Gostei bastante por vários motivos, um deles é que o roteiro é extremamente fiel aos acontecimentos reais: a fuga de Frank Morris de Alcatraz, considerado o único (ao lado de dois irmãos) que conseguiu fugir dessa penintenciária de segurança máxima dos EUA. O personagem real tinha um QI altíssimo e mostrou isso dando o fora da Rocha. Outro aspecto digno de nota é que até hoje não se sabe ao certo o que aconteceu com esse fugitivo. Teria conseguido a liberdade, alcançando San Francisco e de lá sumido para sempre? Ou teria sido levado pelas fortes correntezas da maré da baía de San Francisco e se afogado? A única certeza é que sim, ele realmente passou pelas muralhas de Alcatraz, algo considerado único na história do complexo penitenciário. Seu corpo nunca foi encontrado, aumentando e muito o mistério sobre seu destino. O roteiro é de fato excelente e apesar de contar uma história que todos sabem o final consegue empolgar e prender a atenção do espectador do começo até o fim. Clint Eastwood em grande forma mostra como se faz cinema de ação e aventura de verdade. Há muitos anos tinha assistido mas hoje decidi rever. Estou fazendo uma retrospectiva da carreira de Eastwood. Esse é simplesmente perfeito.

Pablo Aluísio.

A morte de Paul Walker

Que triste começar o domingo com essa notícia! O ator Paul Walker morreu em um acidente de carro nos Estados Unidos. Faz poucos dias inclusive que comentamos sobre seu último filme lançado no Brasil, "Hours" (Contagem Regressiva), cuja resenha foi publicada em nosso blog Cine Action. Era ainda bastante jovem, com apenas 40 anos, e certamente estava procurando se desenvolver como ator, com filmes mais interessantes que fugissem da fórmula dos filmes de ação como "Velozes e Furiosos" que inclusive virou uma franquia de muito sucesso, faturando milhões de dólares pelo mundo afora. O próprio "Hours" já trazia uma premissa mais bem desenvolvida, com situações mais interessantes, o que era um avanço para Walker.

No total o ator deixa 42 filmes em sua carreira. Há algumas produções nesse meio que não tiveram o devido reconhecimento mas certamente são bons filmes. Ele não foi apenas um ator de filmes de ação alucinada como alguns pensam. Walker esteve no drama de guerra "A Conquista da Honra" de Clint Eastwood, por exemplo. "A Vida em Preto E Branco", uma curiosa fábula sobre os anos 50, também contou com sua presença. "Anjo de Vidro", um drama natalino estrelado por Susan Sarandon, também é uma exceção na carreira do ator. O recente "Pawn Shop Chronicles" (Crônicas de uma Loja de Penhores) também confirmava que Walker poderia transitar muito bem por outros gêneros, inclusive comédias de humor negro como essa. E o que dizer de sua participação mais do que especial na série dramática-religiosa "O Toque de um Anjo"?

Agora realmente não há como negar que ele sempre será lembrado como um astro dos filmes de ação, gênero que o consagrou definitivamente. A virada em sua carreira nesse aspecto se deu em 2001 com o lançamento do grande sucesso "Velozes e Furiosos". Depois veio a sequência "+Velozes +Furiosos". A fórmula carros possantes e muita ação caiu no gosto popular e Paul Walker virou um campeão de bilheteria. Foram mais três filmes dentro da franquia ("Velozes e Furiosos 4", "Velozes & Furiosos 5: Operação Rio" e "Velozes & Furiosos 6"). Seu personagem Brian O'Conner nesses filmes acabou ganhando seu próprio fã clube, inclusive feminino, que agora tinha uma boa desculpa para assistir a todos os filmes da série. Some-se a isso vários outros bons e interessantes filmes de ação como "Vehicle 19", "No Rastro da Bala", "Mergulho Radical" e "Ladrões" e você entenderá porque Walker sempre foi admirado pelos consumidores de action movies. O ator estava estava em plena filmagem de "Fast & Furious 7" mas infelizmente o destino havia lhe reservado outros planos. De qualquer maneira fica aqui nossa homenagem a Paul Walker. Que ele descanse em paz.

Pablo Aluísio.

Vizinhos Imediatos de 3º Grau

Título no Brasil: Vizinhos Imediatos de 3º Grau
Título Original: The Watch
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Akiva Schaffer
Roteiro: Jared Stern, Seth Rogen
Elenco: Ben Stiller, Vince Vaughn, Jonah Hill, Richard Ayoade, Will Forte

Sinopse: Evan (Ben Stiller) é um americano tipicamente suburbano. Ele trabalho num supermercado como gerente e fica chocado quando o guarda do local é brutalmente assassinado. Como a polícia não consegue chegar aos autores do crime ele resolve formar um grupo de vigilância formado pelos próprios moradores da cidade. O problema é que só idiotas aparecem para fazer parte do grupo. Mesmo assim se tornam patrulheiros civis com a missão de manter a segurança e tranquilidade da bucólica cidade onde vivem. Eles só não esperavam encontrar uma invasão de outro planeta bem no bairro onde moram!

Comentários:
Que Bobagem!!! (assim mesmo com vários sinais de exclamação). Você começa a assistir uma comédia que até começa mais ou menos e de repente tudo dá uma guinada péssima, horrível, e joga o resto do filme no lixo. Só isso tenho a dizer dessa comediazinha boboca que tenta se misturar com sci-fi para tirar algo engraçado dessa fusão. Lamento informar mas a mistura é indigesta. Não tem graça, não faz rir, as piadas são clichês e grotescas e no final o sorrisinho amarelo que você vinha ensaiando desde a primeira cena vira expressão de vergonha alheia. Tudo fruto do roteiro debilóide escrito por ninguém menos do que Seth Rogen. O que espanta não é o fato dele ter escrito tamanha abobrinha mas sim o de um estúdio de Hollywood ter aceitado produzir algo desse nível.

Esse Ben Stiller, fazendo pela milésima vez o papel de um boboca suburbano não tem salvação. Só mesmo os americanos para engolir alguém tão sem graça. Devem achar muito divertido ver um cara tão boboca em cena. A única razão que me levou a ver esse abacaxi foi a presença do Vince Vaughn mas ele tem um papel menor e muito tolinho. Mesmo assim suas brigas com a filha adolescente ainda é uma das poucas coisas que se salvam no meio dessa porcaria. Pelo visto Seth Rogen anda abusando no consumo de erva, pois só isso explica algo assim tão retardado. Depois ainda dizem que maconha não faz mal! Faz sim, pois faz com que você escreva coisas debilóides como esse filme! Enfim, chega! Não adianta, passem longe dessa presepada pois é ruim de doer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Viagem à Lua de Júpiter

Título no Brasil: Viagem à Lua de Júpiter
Título Original: Europa Report
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Sebastián Cordero
Roteiro: Philip Gelatt
Elenco: Sharlto Copley, Michael Nyqvist, Christian Camargo

Sinopse: 
Uma expedição é enviada até a distante lua de Júpiter, Europa. Aquele desconhecido e congelado mundo é considerado o mais promissor para se achar vida dentro do sistema solar uma vez que é grande a possibilidade de existência de água no estado líquido embaixo de suas enormes calotas polares. Água é certamente uma das premissas para o desenvolvimento da vida tal como conhecemos. Durante 20 meses a nave viaja pelo universo até chegar ao seu destino, que lhe espera com uma enorme surpresa para todos os tripulantes.

Comentários:
Não é de hoje que Europa chama a atenção da comunidade científica, afinal se trata de um satélite natural de Júpiter coberto de gelo e ao que tudo indica nas pesquisas com um enorme oceano subterrâneo (o único fora da Terra dentro do nosso sistema solar). O roteiro desse filme então explora como seria uma expedição para esse distante lugar. É curioso porque o filme procura manter uma postura de acordo com as descobertas da ciência até o momento. O enredo vai surgindo levemente fragmentado ao espectador, com idas e vindas no tempo da missão. Isso não é ruim e consegue manter a atenção de quem assiste da primeira à última cena. Nesse espaço de tempo o roteiro procura desenvolver todos os personagens, suas funções dentro da missão e a forma como interagem entre si. Não há atores conhecidos em cena o que ajuda ainda mais a manter o clima de autenticidade ao que acontece na estória. A produção é boa, com cenas de gravidade zero muito bem realizadas. O design da nave também não vai decepcionar a quem gosta de efeitos digitais. Seu grande atrativo é de fato a forma como tudo se desenvolve. As descobertas estão de acordo com o que supõe-se encontrar em Europa se um dia o homem conseguir chegar lá. O uso de atores reproduzindo entrevistas de cientistas da área tornam tudo ainda mais interessante. Claro que a fantasia também se mostra presente no filme mas tudo colocado de uma forma muito sutil e interessante. No final das contas é aquele tipo de película que surpreende pois não esperamos grande coisa e acabamos vendo um filme sci-fi muito curioso, bem desenvolvido e com ótimas escolhas na forma como é conduzido. Certamente vale a indicação para quem se interessa por ciência e pelas viagens espaciais - que hoje em dia parecem cada vez mais distantes, infelizmente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Marcado Para a Morte

Título no Brasil: Marcado Para a Morte
Título Original: Marked for Death
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Dwight H. Little
Roteiro: Michael Grais, Mark Victor
Elenco: Steven Seagal, Joanna Pacula, Basil Wallace

Sinopse: 
Steven Seagal interpreta John Hatcher, um agente especial da agência de combate ao narcotráfico (DEA) que tem seu parceiro morto por traficantes em atuação na Colômbia. De volta aos EUA ele procura por vingança contra a morte de seu amigo policial.

Comentários:
O sucesso de "Nico" abriu as portas para uma carreira cinematográfica de Steven Seagal. Aqui ele basicamente faz um genérico de seu primeiro sucesso. O enredo se passa dentro da guerra envolvendo as agências de repressão dos Estados Unidos e o crime organizado colombiano. Na época estava muito em voga a figura de Pablo Escobar, um megatraficante que tinha um poder financeiro e de fogo que impressionava os americanos, tudo fruto de suas vendas de cocaína dentro do mercado consumidor milionário dos EUA. O curioso é que "Marcado Para a Morte" antecipou o que iria acontecer com vários filmes de Seagal nos anos seguintes. A carreira nos cinemas era modesta, com bilheterias boas mas nada excepcionais. Já no mercado de fitas VHS o estouro era certo. Seagal se tornou um campeão de locações pois seus filmes se mostravam adequados para o consumo doméstico. Revisto hoje em dia encontramos todas as características que fizeram a alegria dos fãs de action movies dos anos 80 (embora esse filme tenha sido lançado na década de 90). Cenas de tiroteios, confrontos, lutas e ação! Um entretenimento que soa nostálgico atualmente para muita gente.

Pablo Aluísio

Poltergeist - O Fenômeno

Título no Brasil: Poltergeist - O Fenômeno
Título Original: Poltergeist
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Tobe Hooper
Roteiro: Steven Spielberg, Michael Grais
Elenco: JoBeth Williams, Heather O'Rourke, Craig T. Nelson

Sinopse: 
Uma típica família americana é abalada quando sua pequena filha começa a manifestar poderes estranhos. Ela consegue abrir um meio de se comunicar com entidades paranormais que entram em contato com ela de forma violenta e incontrolável pela tela da TV. Para combater o mal eles recorrem a uma pessoa com mediunidade que lhes informa que o problema vem do local onde a casa teria sido construída, um antigo cemitério secular. "Eles estão Aqui!"

Comentários:
Esse é um dos grandes clássicos do cinema de horror americano. Na época Spielberg tinha planos de dirigir o filme, afinal o roteiro era de sua autoria mas teve que abrir mão disso por causa da agenda extremamente ocupada (o diretor estava em uma das fases mais brilhantes de sua carreira, inclusive cuidando da direção de um de seus mais lembrados filmes, "E.T. O Extraterrestre"). A direção então foi dada a Tobe Hooper de "O Massacre da Serra Elétrica" e "Pague Para Entrar, Reze Para Sair". Podemos apenas supor como teria ficado o filme sob direção de Spielberg mas não podemos negar que Hooper fez um excelente trabalho. Ele caprichou no clima, no desenvolvimento dos personagens e nas cenas de horror, todas contextualizadas e bem colocadas na trama. O sucesso foi tamanho que rendeu continuações, nenhuma porém tão boa e bem realizada como essa. Em termos de elenco o destaque vai para a garotinha Heather O'Rourke que era realmente muito talentosa. Infelizmente morreu muito cedo, sem ter a chance de fazer a transição para uma carreira adulta. Até hoje ela ainda é muito lembrada por sua atuação aqui, afinal em muitos momentos Heather contracena apenas com si mesma, em ótima performance. "Poltergeist - O Fenômeno" é certamente um dos mais bem realizados filmes de terror de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

O Apocalipse de Um Cineasta

Título no Brasil: O Apocalipse de Um Cineasta
Título Original: Hearts of Darkness: A Filmmaker's Apocalypse
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: American Zoetrope
Direção: Fax Bahr, George Hickenlooper, Eleanor Coppola 
Roteiro: Fax Bahr, George Hickenlooper
Elenco: Dennis Hopper, Martin Sheen, Marlon Brando, John Milius, Francis Ford Coppola

Sinopse: 
Documentário que mostra as filmagens do clássico "Apocalypse Now" uma das maiores obras primas da história da sétima arte. O enfoque se concentra no tumultuado processo de filmagens, na complicada relação entre equipe técnica e atores e na luta para se filmar em uma região de clima indomável e imprevisível.

Comentários:
Para quem é fã da sétima arte esse documentário é simplesmente imperdível. Aqui acompanhamos os complicados bastidores de filmagens de "Apocalypse Now", que segundo o próprio Francis Ford Coppola, foi a mais terrível filmagem de que participou em toda a sua carreira. Assim que chegaram nas locações o ator Martin Sheen sofreu um infarto. O outro astro do elenco, o mitológico Marlon Brando, conhecido por ser um ator impossível de se controlar, também se tornou uma fonte de dores de cabeça para Coppola. Demorou para chegar no set de filmagens e quando finalmente se instalou resolveu trazer uma série de sugestões para o roteiro do filme. Algumas foram realmente ótimas como se pode conferir no filme. Brando sugeriu a Coppola que não fizesse mau uso de seu personagem, o deixando na penumbra até o clímax. Esse por sua vez foi um monumental trabalho por parte de Marlon. Ele não usou script - pois não tinha mais paciência para memorizar falas nessa altura de sua vida. Tudo o que ouvimos e vemos na cena final é fruto de pura improvisação de sua parte, o que mostra sua genialidade, acima de tudo.

Brando, por exemplo, resolveu por conta própria raspar seu cabelo para dar uma aura de misticismo e mistério ao alto oficial americano que está perdido no meio da floresta em plena guerra do Vietnã. Francis Ford Coppola foi inteligente o suficiente para incorporar todas as sugestões, reescrevendo por inúmeras vezes o roteiro. Por falar nisso não são poucas as cenas em que Coppola surge em cena, martelando sua surrada máquina de escrever. O curioso é que presenciamos muito de improvisação, decisões tomadas no calor do momento e maleabilidade por parte de Coppola e sua equipe. Isso demonstra que até mesmo as grandes obras de arte não nascem completamente idealizadas ou organizadas. O caos também pode servir de ótimo caldeirão de criação, como muito bem podemos notar aqui ao acompanhar tudo. No geral esse documentário é uma verdadeira delícia para quem gosta de cinema pois mostra diversos gênios trabalhando juntos para dar vida a um dos maiores clássicos da sétima arte. Quer algo melhor do que isso?

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Stop-Loss - A Lei da Guerra

Título no Brasil: Stop-Loss - A Lei da Guerra
Título Original: Stop-Loss
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, MTV Films
Direção: Kimberly Peirce
Roteiro:  Kimberly Peirce e Mark Richard
Elenco: Ryan Phillippe, Channing Tatum, Abbie Cornish, Joseph Gordon-Levitt, Timothy Olyphant

Sinopse: 
Um grupo de soldados americanos de volta aos Estados Unidos após servirem por longo período em conflitos no Oriente Médio se revoltam ao saberem que devem, por obrigação legal, se alistarem novamente nas forças armadas para voltar ao Iraque. Caso não o façam serão considerados desertores, podendo até mesmo serem presos por isso.

Comentários:
Esse filme é interessante porque retrata a geração americana jovem de hoje. Com a economia em crise o jovem americano que não consegue ir para a faculdade fica sem muitas opções de vida e acaba entrando nas forças armadas. Esse tipo de jovem é vulgarmente conhecido nos EUA como "lixo branco"! O exército americano hoje vive basicamente do alistamento desse pessoal. Como se sabe o serviço militar naquele país deixou se ser obrigatório por causa do que aconteceu na Guerra do Vietnã. Hoje o jovem que queira entrar nas forças armadas americanas acaba assinando um contrato de trabalho, com duração pré-fixada. O problema é que muitas vezes o exército adiciona uma pequena cláusula contratual afirmando que esses jovens precisam voltar ao serviço caso haja déficit de homens em operações militares no exterior. Esse malabarismo legal acabou ficando conhecido como "Stop-Loss". Obviamente uma forma de obrigar o soldado a voltar para às fileiras de guerra. Agora imagine você a surpresa que isso causa em muitos desses veteranos, pois a maioria deles, sem conhecimento legal, nem sabem da existência desse tipo de manobra legal. O roteiro do filme se desenvolve (muito bem) em torno dessa situação. O personagem principal não quer voltar para o front, pelo contrário, quer ficar nos Estados Unidos para tentar reconstruir sua vida mas se vê no meio de uma armadilha jurídica - caso não volte para as tropas será preso por deserção! O filme é um bom retrato do jovem americano dos dias atuais e conta com um elenco bem interessante, inclusive com a presença do ator Timothy Olyphant que depois faria muito sucesso com a série "Justified" no canal FX.

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de novembro de 2013

Meu Malvado Favorito 2

Título no Brasil: Meu Malvado Favorito 2
Título Original: Despicable Me 2
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Illumination Entertainment
Direção: Pierre Coffin, Chris Renaud
Roteiro: Cinco Paul, Ken Daurio
Elenco: Steve Carell, Kristen Wiig, Benjamin Bratt

Sinopse: 
Depois de uma vida dedicada ao sonho de se tornar o maior vilão de todos os tempos o agora aposentado do mundo do crime Gru (Steve Carell) tenta levar uma vida pacata e honesta ao lado de suas três filhinhas adotivas. Sua vida porém muda repentinamente quando uma liga mundial de combate aos vilões o recruta para descobrir a identidade secreta de um novo vilão que surge tentando dominar o mundo. Ao lado de seus Minions ele tentará de todas as formas desmascarar a nova ameaça.

Comentários:
O primeiro filme foi um tremendo sucesso de bilheteria. Não é de se admirar então que tenhamos essa sequência. De fato é uma animação muito divertida, muito bem escrita e que conta com a participação muito engraçada dos Minions, que inclusive viraram febre nas redes sociais, em especial o Facebook. Curiosamente todas as vozes desses carinhas são feitas apenas por dois dubladores, que são justamente os diretores do filme! Não há como negar que a dupla é muito talentosa. Em minha forma de ver o diferencial vem do fato deles imprimirem uma visão também européia ao conceito da produção, afinal de contas são franceses. Por falar nos Minions já está em pós-produção uma animação para 2014 estrelada apenas por eles - alguém duvida que será mais um novo sucesso de bilheteria? Eu não duvido em absolutamente nada. Por fim cabe um pequeno elogio ao fato dos roteiristas terem criado uma vida sentimental para Gru, até porque os brutos... digo os vilões, também amam!

Pablo Aluísio

Entrevista com Hitman

Título no Brasil: Entrevista com Hitman
Título Original: Interview with a Hitman
Ano de Produção: 2013
País: Inglaterra
Estúdio: Scanner-Rhodes Productions
Direção: Perry Bhandal
Roteiro: Perry Bhandal
Elenco: Luke Goss, Caroline Tillette, Stephen Marcus

Sinopse: 
Viktor (Luke Goss) é um assassino profissional que aceita conceder uma longa entrevista para um jornalista inglês. Ele relembra sua entrada no mundo do crime quando era apenas um garoto, os primeiros assassinatos e o jogo sujo que impera entre os chefões da criminalidade no leste europeu e na Inglaterra. O que o repórter nem desconfia é que Hitman tem contas a acertar com ele mesmo.

Comentários:
Hitman é um personagem conhecido do mundo dos games. O assassino profissional careca que elimina todos que ousam cruzar seu caminho. Com ele contrato feito é trabalho cumprido. Assim ele se torna peça chave entre os barões do crime da Europa. O que ele nem imaginava é que acabaria se apaixonando por uma romena bonita que ele salva do estupro por um grupo de criminosos. Esse novo Hitman não é um filme ruim, pelo contrário, até apresenta uma bem bolada trama que conta as origens do personagem. Obviamente que não pode ser comparado a uma produção americana com orçamento generoso mas mesmo assim cumpre o que promete. O roteiro apresenta algumas pequenas falhas de lógica mas nada que estrague o programa. Na verdade o que temos aqui é um filme eficiente sobre assassinos profissionais e o espectador certamente já sabe de antemão o que encontrará. O roteiro é uma derivação da ideia central do filme "Entrevista com o Vampiro" (onde sai o vampiro interpretado por Brad Pitt e entra o assassino, o Hitman). Em relação a isso não há o que negar. A coisa beira o plágio mas o público deve deixar esse detalhe de lado e se divertir, acima de tudo.

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de novembro de 2013

O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Título no Brasil: O Que Esperar Quando Você Está Esperando
Título Original: What to Expect When You're Expecting
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Kirk Jones
Roteiro: Shauna Cross, Heather Hach
Elenco: Cameron Diaz, Elizabeth Banks, Rodrigo Santoro, Chris Rock, Ben Falcone, Dennis Quaid.

Sinopse: Cinco casais vivem o momento especial do nascimento de seus filhos. O filme enfoca como cada um enfrenta a proximidade da maternidade, as particularidades e o modo de encarar essa nova realidade. O roteiro procura mostrar como reagem as diversas pessoas nesse momento delicado em todo casamento.

Comentários:
Bobagem, acima de tudo. Filmes sobre um grupo de casais esperando o nascimento de seus respectivos filhos provavelmente só interessará para as mulheres que estiverem grávidas (nem seus maridos vão querer ver isso, acredito). Tudo muito açucarado, bobinho ao extremo, beirando o insuportável. A tal maternidade nunca foi tão chata no cinema como aqui! Provavelmente não me enquadro no público alvo que esse filme quis atingir porque o achei simplesmente um xarope sem fim! Para piorar temos no elenco a Cameron Diaz que até hoje não me convenceu que é uma atriz de verdade. È bonita, parece ser simpática, mas é só isso mesmo. Ela é uma uma modelo loira que agrada aos olhos. Tive pena do Dennis Quaid também... ele não está bem no filme. Enfim, uma comédia romântica que não me agradou.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Dias Incríveis

Título no Brasil: Dias Incríveis
Título Original: Old School
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Court Crandall, Todd Phillips
Elenco:  Luke Wilson, Vince Vaughn, Will Ferrell, Juliette Lewis, Elisha Cuthbert

Sinopse: 
Três amigos, trintões, resolvem voltar aos velhos dias de glória do passado e se matriculam numa universidade para viver toda a farra e festa que só os anos universitários proporcionam. Para isso acabam fundando sua própria fraternidade estudantil, o que dará origem a muitas confusões no campus.

Comentários:
Esperava bem mais, já que tinha lido alguns resenhas positivas sobre o filme. Pois bem, no fundo não passa de mais uma comédia irregular com Luke Wilson, Will Ferrell e Vince Vaughn. Aqui um grupo de trintões resolve abrir uma fraternidade universitária. O tema poderia render bem mais porém ficou tudo no mais ou menos mesmo. Esse filão de filmes de fraternidades universitárias já rendeu ótimas produções como o famoso (e sempre lembrado) "Clube dos Cafajestes" com o falecido John Belushi. Se naquela produção antiga tínhamos muito escracho e humor escatológico aqui tudo o que você vai encontrar é algo muito mais pasteurizado, com medo de ser ousado ou de mostrar algo mais picante. A comparação se mostra muito cruel para "Dias Incríveis" que não surpreende, não inova e nem impressiona. Para falar a verdade até mesmo a série "Greek" da ABC que se desenvolve no mesmo cenário das fraternidades do sistema grego é melhor do que isso. Curiosamente Vince Vaughn fez recentemente um papel levemente semelhante em "Os Estagiários" pois também interpretou um cara mais velho que se mete no meio do mundo da garotada para tentar ser aceito (aqui ele tenta ser o descolado de uma fraternidade e no outro filme era um quarentão que tentava descolar um emprego no Google). Em ambos os casos, apesar de seu carisma, temos que reconhecer que o resultado é bem mediano, indo para fraco. Alguns risinhos amarelos aqui e acolá não melhoram as coisas. Enfim, o filme passa longe de ser tão incrível quanto seu título nacional nos leva a pensar.

Pablo Aluísio.

Penthouse

Título no Brasil: Penthouse
Título Original: The Penthouse
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Wingman Productions
Direção: Chris Levitus
Roteiro: Kyle Kramer, Corey Large
Elenco: Rider Strong, Corey Large, April Scott, Kaley Cuoco

Sinopse: 
Vencedor de um reality show resolve torrar o dinheiro ganho com o programa convidando dois amigos para participar de festas e farras com muitas garotas em seu apartamento. Nem tudo porém será tão fácil como ele pensava.

Comentários:
Essa é uma comediazinha B que saiu diretamente em DVD nos EUA. Só encarei por causa da Kaley Cuoco (a Penny de "The Big Bang Theory"). Como a sinopse falava em "Três amigos farristas morando em um apartamento cheio de garotas" pensei que a Cuoco iria ser mais ousada em cena, quem sabe até com alguma cena de nudez, poderia até acontecer, mas infelizmente nada acontece! Ela faz a comportada namorada de um deles... então nada de ousadia para ela em cena! Na verdade o filme, apesar de usar como título o nome de uma conhecida revista adulta americana e se vender com um marketing dando a entender que seria uma comédia picante (ao estilo "Porky´s" dos anos 80), se mostra mais careta e conservadora do que qualquer outra coisa. A capinha coloca toda a turma pelada numa cama, em poses bem sugestivas mas esqueça. É propaganda enganosa mesmo! Decepção é uma boa palavra para definir, afinal de contas se a intenção fosse mesmo fazer um entretenimento quadradinho então que se evitasse de usar um nome tão sugestivo. Os atores não são lá muito engraçados e nem há cenas marcantes ou memoráveis. É aquele tipo de filme que poucos minutos depois de assistir você provavelmente vai esquecer de tudo. Então se for para esquecer mesmo é melhor esquecer por antecipação e não conferir esse filminho, afinal não lhe fará a menor falta.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Hardcore - No Submundo do Sexo

Título no Brasil: Hardcore - No Submundo do Sexo
Título Original: Hardcore
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Schrader
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: George C. Scott, Peter Boyle, Season Hubley

Sinopse: 
Após o desaparecimento de sua filha e da morosidade da polícia em encontrar seu verdadeiro paradeiro, Jake VanDorn (George C. Scott) resolve investigar por conta própria o que teria acontecido com a garota. Suas pistas o levam até o submundo da pornografia de Nova Iorque onde encontra todos os tipos de barbaridades e perversões imagináveis. 

Comentários:
Um filme muito bom estrelado pelo ótimo George C Scott. Ele faz um pai em busca de sua filha que foi sequestrada por pessoas do submundo da pornografia em pleno anos 70. O interessante é que a produção procura mostrar como era o mundo do entretenimento adulto há 40 anos. Esqueça qualquer sinal de erotismo ou sofisticação. O que se vê são verdadeiros buracos e espeluncas espalhadas pelas ruelas da grande cidade. Nos anos 80 a prefeitura de Nova Iorque resolveu revitalizar a cidade e muitos desses locais foram fechados pela vigilância sanitária (imagine como eram sujos e desprezíveis!). Assim, esse mundo subterrâneo que já não existe mais acabou sendo captado (e imortalizado) nessa produção muito realista e hardcore (o título nesse sentido não poderia ser melhor). Como não poderia deixar de ser todos os aplausos vão para George C Scott. Ele está literalmente possesso em cena. Há uma sequência em particular que ficou famosa. Ele adentra um cinema de filmes pornôs e acaba reconhecendo sua própria filha na fita! A câmera foca diretamente em Scott, em sua reação, e seu trabalho é de fato maravilhoso. Hoje em dia esse mundo de filmes adultos nos EUA mudou radicalmente e virou uma indústria realmente. Nada comparado com o lado marginal que existia na época em que esse filme foi realizado. O saldo final é mais do que positivo. Fiquei muito satisfeito com o que assisti pois a película é realmente bem acima da média. E rever em cena o grande George C. Scott (que foi comparado inclusive a Marlon Brando em sua época) é mais do que gratificante.

Pablo Aluísio.

Breakdown - Implacável Perseguição

Título no Brasil: Breakdown - Implacável Perseguição 
Título Original: Breakdown
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company, Paramount Pictures
Direção: Jonathan Mostow
Roteiro: Jonathan Mostow, Sam Montgomery
Elenco: Kurt Russell, J.T. Walsh, Kathleen Quinlan

Sinopse: 
Após seu carro quebrar no meio do deserto o casal Jeff (Kurt Russell) e Amy Taylor (Kathleen Quinlan) são socorridos por um caminhoneiro que passa. Fica decidido que Amy vai com o motorista em busca de ajuda. Ambos marcam de se encontrar em um restaurante de beira de estrada próximo. A ajuda porém demora a chegar e Jeff acaba resolvendo por si mesmo o problema mecânico de seu carro. Ao chegar no local de encontro porém não vê sua esposa e nem sinal dela. Ao encontrar o caminhoneiro esse nega que tenha dado qualquer carona para a sua mulher! E agora, o que terá acontecido de fato?

Comentários:
Um dos melhores filmes da carreira de Kurt Russell que aqui conta com um roteiro bem arquitetado e desenvolvido. " Breakdown" se mostra acima da média por causa das ótimas sequências de ação, do roteiro bem bolado e das excelentes cenas de perseguição, tudo embalado em um roteiro que certamente vai agradar os fãs do gênero. A bem da verdade Russell sempre fez filmes bacanas no gênero ação. Basta lembrar da franquia "Fuga de Nova Iorque" e "Fuga de Los Angeles" para entender bem isso. Porém como também transitou muito bem em comédias - principalmente comédias românticas ao lado de sua esposa, Goldie Hawn - nunca foi considerado um astro exclusivo desse tipo de filme. Sempre foi meio que colocado de lado por essa turma de fortões que dominou os anos 80 (Tanto isso é verdade que o ignoraram para participar do filme "Os Mercenários"). Uma pena pois sua versatilidade para outros tipos de filmes nunca o desmereceu em termos de bons filmes de ação. Temos que reconhecer que algumas dessas películas eram mais voltadas para o público infanto-juvenil como o próprio "Os Aventureiros do Bairro Proibido" mas defendo que ele tem certamente seu espaço garantido entre os grandes atores de ação do cinema americano. Esse filme aqui é um exemplo claro disso. Uma ótima aventura para Stallone nenhum colocar defeito.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A Colônia

Título no Brasil: A Colônia
Título Original: The Colony
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: RLJ Entertainment
Direção: Jeff Renfroe
Roteiro: Jeff Renfroe, Svet Rouskov
Elenco:  Kevin Zegers, Laurence Fishburne, Bill Paxton, Charlotte Sullivan 

Sinopse: 
No futuro o planeta Terra sofre uma nova era glacial. Isso acaba eliminando 90% da humanidade. Os sobreviventes tentam levar uma vida relativamente normal em colônias - estruturas subterrâneas onde tentam manter alimentos em estoque. O grande receio é a existência de epidemias, inclusive da gripe espanhola que matou grande parte dos que sobreviveram ao inverno glacial. As coisas começam a mudar quando membros da Colônia 7 recebem pedidos de socorro da Colônia 5. Um grupo é formado e enviado para lá. O que encontram irá mudar a vida de todos para sempre.

Comentários:
O espírito é de filme B. Temos aqui mais uma visão pessimista do futuro da Terra. A humanidade busca por uma saída sem grande êxito. A trama gira em torno de um grupo de membros de uma colônia que vai até outra para atender a um chamado de socorro. Ainda bem que os roteiristas fugiram da armadilha de transformar tudo em mais um filme de zumbis comedores de cérebros. O canibalismo está lá, mas a explicação é bem outra para as barbaridades vistas em cena. A produção até que é razoavelmente bem realizada. Existem sequências realmente bem feitas como as passadas em uma ponte congelada, com várias armadilhas para os que se atrevem a tentar passar por ela. Em termos de elenco o grande chamariz vem com Laurence Fishburne que infelizmente se despede da estória cedo demais. Para quem gosta de beldades o destaque vai para a loira Charlotte Sullivan, bem conhecida dos fãs de séries já que ela é uma das estrelas de "Rookie Blue". Enfim, se você for assistir ao filme esperando por algo a mais vai se decepcionar. O roteiro perde muito em sua parte final, apelando para todos os clichês possíveis. O tema sem dúvida poderia render muito mais porém os roteiristas não ousaram. Do jeito que está tudo se resume a uma produção B de ação e ficção sem grandes novidades. Se faz seu estilo arrisque.

Pablo Aluísio.

O Despertar de um Homem

Título no Brasil: O Despertar de um Homem
Título Original: This Boy's Life                 
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael-Caton Jones
Roteiro:  Robert Getchell, baseado no livro de Tobias Wolff
Elenco: Robert De Niro, Ellen Barkin, Leonardo DiCaprio, Chris Cooper

Sinopse: 
Filme baseado em fatos reais. O enredo se passa nos anos 70. Enquanto cresce e se torna um homem o jovem Toby Wolff (Leonardo DiCaprio) presencia sua mãe Caroline (Ellen Barkin) se envolver com uma série de homens violentos, irascíveis e cafajestes. A situação se torna insustentável o que faz com que ela procure recomeçar sua vida em uma outra cidade. Lá acaba conhecendo um novo namorado, Dwight (Robert De Niro), um sujeito que parece ser um bom partido para ela. Trazendo um pouco de estabilidade em sua conturbada vida amorosa, Caroline acaba tendo que lidar com os atritos entre sua nova paixão e seu filho que não gosta do novo companheiro dela.

Comentários:
Pois é, a Rede Globo parece ter se especializada em passar bons filmes apenas nas madrugadas, quando praticamente ninguém pode assistir. Hoje, por exemplo, teremos esse bom filme sendo exibido às duas da matina! Esse aqui assisti em VHS nos anos 90. É aquele tipo de drama que procura ser o mais pé no chão possível. Nada de espetacular ou absurdo acontece - apenas retrata as dificuldades da vida de um jovem, adolescente, que vê sua mãe errando sempre na escolha de seus namorados. Tudo baseado nas memórias pessoais do escritor Tobias Wolff. Eu me recordo que o filme realmente me tocou quando o vi pela primeira vez. Embora nunca tenha passado por algo semelhante deve ser muito penoso (para não dizer traumatizante) ser criado em uma família desestruturada como a do personagem de Leonardo DiCaprio. Afinal de contas nessa idade o ser humano vai criando seus valores morais, seus padrões familiares e quando não há modelos disso por perto tudo pode ficar ainda mais desesperador. Robert De Niro está realmente inspirado pois seu papel exige uma dualidade de personalidades que ele desenvolve muito bem. Para Caroline ele é um tipo de pessoa, já para seu filho o quadro muda drasticamente. DiCaprio, anos antes de virar ídolo em "Titanic" demonstra uma maturidade em seu trabalho que realmente espanta. Afinal ele era apenas um garoto na época! Por fim a bela Ellen Barkin explode em sensualidade em seu papel, mesmo sendo uma personagem em si dramática e infeliz. Assim tente dar uma de coruja hoje à noite e faça uma forcinha para conferir pois esse "This Boy's Life" realmente vale a pena.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O Sucesso a Qualquer Preço

Título no Brasil: O Sucesso a Qualquer Preço
Título Original: Glengarry Glen Ross
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Foley
Roteiro: David Mamet
Elenco: Al Pacino, Jack Lemmon, Alec Baldwin, Alan Arkin, Ed Harris, Kevin Spacey 

Sinopse: 
No concorrido mundo corporativo dos Estados Unidos uma empresa visando aumentar suas vendas estipula uma disputa entre seus vendedores. Aquele que vender mais ganhará um carro clássico, o segundo um mero fagueiro e o terceiro será punido com o olho da rua, sendo demitido sem perdão. A competição acaba revelando o pior lado de todos os empregados que a partir daí só pensam em ganhar o automóvel e salvar seu precioso emprego. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator coadjuvante para Al Pacino.

Comentários:
Um dos filmes mais subestimados da carreira de Al Pacino, o que é de se lamentar já que seu roteiro é um dos mais cínicos e irônicos que o ator já teve o prazer de trabalhar. Não me admira em nada já que estamos falando do grande David Mamet. O texto aqui é baseado em uma de suas peças de teatro o que talvez, apenas talvez, faça com que alguns espectadores torçam o nariz. Como sabemos o cinema hoje em dia é fundamentado em toneladas de efeitos digitais (a maioria deles gratuitos) e ação, o tempo todo, sem parar, como se o público fosse formado por guris com déficit de atenção. Pois bem, se você procura algo assim então é melhor ficar longe de "Glengarry Glen Ross" pois aqui temos o extremo oposto disso. Mamet se apóia na profundidade psicológica de seus personagens, de seu pequenos e grandes deslizes éticos. O cenário é o terrível mundo corporativo americano onde todo tipo de traição, puxada de tapete e jogo sujo é considerado apenas mais uma peça no tabuleiro do sucesso em grandes empresas. Al Pacino, como sempre está ótimo, mas quem rouba o show mesmo é o grande Jack Lemmon. Ele interpreta um personagem que se torna obsoleto dentro do mercado do trabalho. Sua tentativa de se tornar relevante e digno de respeito é maravilhosa. Um dos grandes trabalhos de Lemmon. Assim deixamos mais uma dica de uma pequena obra prima que infelizmente anda bem esquecida. Assista, você não se arrependerá.

Pablo Aluísio.

Tudo Pela Vitória

Eu sou um grande fã da série "Friday Night Lights". Fiz questão de assistir do primeiro ao último episódio. Até hoje considero um dos melhores trabalhos já feitos na TV americana em todos os tempos. Exagero? Nenhum. Entendo que muitos espectadores brasileiros desistiram de FNL simplesmente porque a trama girava em torno de um esporte que até hoje é visto com reservas em nosso país: o futebol americano. Realmente na terra do futebol jogado com os pés fica mesmo complicado para o brasileiro médio criar algum vínculo ou se interessar por algo assim tão diferente. Bom, quem pensou assim infelizmente perdeu uma série realmente maravilhosa. As pessoas deveriam entender que mesmo em filmes e séries que giram em torno de esportes que não tem popularidade no Brasil existem tramas bem escritas, roteiros bem trabalhados e atuações de respeito. Essa série foi premiada com vários Emmys ao longo do tempo mas mesmo assim nunca pegou no Brasil. Só posso lamentar.

Já esse filme, "Tudo Pela Vitória", que deu origem à série que tanto elogiei, é bem decepcionante. Curiosamente só vim a assistir anos depois que tinha terminado de assistir ao seriado "Friday Night Lights". Obviamente como era fã do que via na TV pensei que o filme que começou tudo seria do mesmo nível (ou até melhor). Ledo engano. Na verdade temos aqui algo bem inferior. Achei o longa frio, distante e fraco. Só dois atores da série aparecem mas entram mudos e saem calados. Não possuem a menor importância dentro da trama. A série é sem dúvida mil vezes superior. Nem Billy Bob Thornton, um profissional de que gosto muito, conseguiu salvar tudo do marasmo. Obviamente o enredo, a estória, tem o mesmo ponto de partida: os dramas, os sonhos e as desilusões de um grupo de estudantes colegiais americanos que sonham um dia se tornarem atletas profissionais da NFL (A liga de futebol americano dos EUA, cujas inicias são também as que dão nome ao filme e à série). Senti falta dos personagens de que tanto gostava e do enredo mais bem trabalhado. Claro que por ser um filme tínhamos que dar um desconto, afinal não há como desenvolver tão bem todos os personagens como em uma série de TV mas mesmo assim achei tudo muito sofrível. Uma pena.

Tudo Pela Vitória (Friday Night Lights, Estados Unidos, 2004) Direção: Peter Berg / Roteiro:  Buzz Bissinger, David Aaron Cohen / Elenco: Billy Bob Thornton, Jay Hernandez, Derek Luke / Sinopse: Filme que deu origem à série "Friday Night Lights". Um treinador veterano tenta montar uma equipe de futebol americano para vencer o torneio de equipes colegiais. No campo todos os jogadores dão o melhor de si pois isso pode significar a contratação para jogar numa equipe universitária, onde os caminhos para o NFL (a liga profissional do esporte) ficariam abertos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Encontro Marcado

Título no Brasil: Encontro Marcado
Título Original: Meet Joe Black
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal
Direção: Martin Brest
Roteiro: Ron Osborn, Jeff Reno
Elenco: Brad Pitt, Anthony Hopkins, Claire Forlani

Sinopse: 
William Parrish (Anthony Hopkins) é um homem extremamente bem sucedido no mundo dos negócios. Magnata das comunicações ele acaba conhecendo um estranho sujeito chamado simplesmente de Joe Black. É uma figura estranha, que causa terror e curiosidade em Parrish. O tal estranho está particularmente interessado em entender a natureza humana e por isso propõe um estranho e inusitado pacto com seu anfitrião.

Comentários:
A morte sempre foi um mistério para o homem. Assim não é de se admirar que aqui ela (ou ele) ganhe carne e osso e vire um personagem de ficção. "Meet Joe Black" é justamente isso. Quando assisti ao filme pela primeira vez (no cinema) eu realmente achei o argumento muito sombrio, de complicado desenvolvimento e entendimento para o grande público. É um texto com muito simbolismo e poucas pessoas realmente perceberam as nuances do roteiro na época. Anthony Hopkins representa a futilidade e a frivolidade da vida. Dinheiro, poder, sucesso financeiro, será que isso tudo leva alguém a algum lugar? Será que traz mesmo felicidade? Brad Pitt, por outro lado, representa o grande mistério, o vácuo, o abismo. Verdade seja dita, um ator como ele, que na época estava desfrutando do auge de sua popularidade, estrelando um sucesso de bilheteria atrás do outro, ter a coragem de aceitar o papel de Joe Black é realmente algo digno de admiração. Ele não se importou com sua imagem ou nem mesmo com suas fãs adolescentes (que muito provavelmente não captaram a verdadeira mensagem do filme) e resolveu arriscar, ser ousado. Isso de certa forma já provava que ele não era apenas um galã como tantos outros. Era de fato um ator talentoso - algo que provaria nos anos seguintes. Confesso que na primeira vez que assisti a essa produção não consegui gostar muito. Certamente entendi o texto subliminar mas para um jovem aquilo não tinha tanta importância. Revendo agora pude perceber que esse é um daqueles casos em que apenas a maturidade e a experiência de vida conseguem fazer o espectador enxergar além do que é visto na tela. Em meu caso pude perceber isso muito bem. Os anos vividos fizeram com que a mensagem do roteiro ganhasse uma outra dimensão agora. Se é o seu caso reveja, certamente o filme mostrará detalhes que passaram despercebidos anteriormente.

Pablo Aluísio.

Resgate em Alta Velocidade

Título no Brasil: Resgate em Alta Velocidade
Título Original: Getaway
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Bulgária
Estúdio: Warner Bros
Direção: Courtney Solomon
Roteiro: Sean Finegan, Gregg Maxwell Parker
Elenco: Ethan Hawke, Selena Gomez, Jon Voight

Sinopse: 
Brent Magna (Ethan Hawke) é um piloto de automobilismo aposentado que se vê alvo de uma chantagem. Um criminoso sequestra sua esposa e o coloca contra a parede. Ele deve pilotar um carro pelas ruas de Sofia obedecendo todas as suas instruções, caso contrário ele a matará. No fundo tudo se resume a um grande roubo de bancos, usando Magna como peça de manobra para seus planos.

Comentários:
É uma espécie de filho bastardo da franquia "Velozes e Furiosos". Toda a ação se passa com o personagem de Ethan Hawke e Selena Gomez dentro do carro possante enquanto a polícia de Sofia, na Bulgária, tenta colocar as mãos neles. Roteiro mínimo, com forte enfase mesmo em velocidade, efeitos sonoros e muitos acidentes e perseguições. Selena Gomez é aquela atriz do canal Disney que ficou conhecida por ter namorado o "cantor" Justin Bieber por um tempo. Já Ethan Hawke tenta trazer adrenalina para seu personagem mono temático. Pior se sai Jon Voight que mal aparece. Na verdade na maior parte do tempo tudo o que ouvimos é sua voz em off dando instruções para Hawke. Como não poderia deixar de ser o roteiro tem muitos furos de lógica. A intenção é mesmo através de uma edição alucinada dar ao espectador uma sucessão de sequências de carros e motos em alta velocidade se enfrentando pelas ruas da cidade. Há um grande e longo plano sequência no final onde o público fica o tempo todo vendo a perspectiva de visão do personagem de Hawke no volante. Você provavelmente vai ficar tonto ou enjoado de ver tantos carros voando pelos ares enquanto Hawke pisa fundo no acelerador. Em determinado momento ficamos até mesmo na dúvida se estamos vendo um filme ou um game de carros! Enfim, só recomendado para fanáticos de carros velozes... e é só!

Pablo Aluísio.

Cloverfield - Monstro

Título no Brasil: Cloverfield - Monstro
Título Original: Cloverfield
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Matt Reeves
Roteiro: Drew Goddard
Elenco: Mike Vogel, Jessica Lucas, Lizzy Caplan

Sinopse:
Um grupo de jovens acaba gravando por acaso com sua câmera o surgimento de um monstro colossal em uma grande cidade americana. Tentando sobreviver ao desastre eles fazem de tudo para escapar do local enquanto vão filmando todos os acontecimentos por onde passam.

Comentários:
"A Bruxa de Blair", queiram ou não os críticos, fez escola. E criou uma nova linguagem nos filmes de terror e ficção. Nos Estados Unidos esse tipo de estética é chamada de Mockumentary. Tudo surge ao espectador como se fossem imagens captadas de forma amadora mas que registram eventos fantásticos. Esse "Cloverfield" segue essa linhagem, ou seja, tudo aparece na tela como se tivesse sido registrado por uma pessoa comum, por isso os excessos de imagens sem foco, tremidas, sem objetivo. No caso aqui temos, como foi dito muito ironicamente por um observador mais atento, um cruzamento de "Godzilla" com "A Bruxa de Blair". O resultado é bem irregular. Com orçamento muito enxuto (o filme custou meros 25 milhões de dólares rendendo quatro vezes mais apenas no mercado americano), "Cloverfield" nada mais é do que uma tentativa de trazer uma nova visão para uma ideia bem antiga. Afinal já se faziam filmes em série com monstros como esse nos anos 50. Novidade certamente não há nesse aspecto. A produção, é claro, tem seus defensores mas em minha forma de ver, além da falta de novidades, há uma sensação de ausência de direção no que vemos na tela. O filme muitas vezes cai no lugar comum, se perde com momentos sem importância e desnecessários, banais. Um roteiro melhor desenvolvido também cairia muito bem. Do jeito que está não consegue convencer aos fãs do gênero que vão perdendo o interesse gradativamente ao longo do filme. Quando o tal monstrengo finalmente resolve aparecer em close já se perdeu o interesse nele há muito tempo. Game Over.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de novembro de 2013

Família do Bagulho

Título no Brasil: Família do Bagulho
Título Original: We're the Millers
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Rawson Marshall Thurber
Roteiro: Bob Fisher, Steve Faber
Elenco: Jason Sudeikis, Jennifer Aniston, Emma Roberts, Will Poulter

Sinopse: 
David Clark (Jason Sudeikis) é um traficante pé de chinelo que acaba sendo roubado por um bando de adolescentes enfurecidos. Agora, devendo uma fortuna para um chefão do crime ele teme por sua vida. O criminoso porém lhe propõe um trato: ele será perdoado se conseguir trazer um grande carregamento de maconha do México. Para despistar a polícia David então resolve recrutar uma stripper falida (Jennifer Aniston), uma garota sem teto e um vizinho de seu prédio para todos fingirem ser uma grande e feliz família americana! Obviamente isso dará origem a muitas confusões.

Comentários:
Você provavelmente pensava que nunca veria um traficante gente boa numa comédia boboca em sua vida. Pois bem, então se prepare para ver. "Família do Bagulho" é bem isso. O personagem de Jason Sudeikis é mostrado sim como um traficante de maconha mas como na sociedade americana o uso da erva tem sido cada vez mais tolerado e aceito ele consegue até mesmo ganhar a simpatia do público. Bobagens sociológicas à parte temos que reconhecer que apesar do argumento muito bobinho essa comédia consegue divertir bastante. Claro que em certo momento o espectador vai ter que engolir a mensagem subliminar de que a felicidade só existe mesmo dentro de uma típica família suburbana americana mas deixando essa bobagem de lado certamente tudo será bem divertido. O elenco está realmente muito engraçado, especialmente Jason Sudeikis que sai da caracterização de traficante mixuruca para paizão boboca com grande sucesso. Há uma cena final - ao estilo making off - muito divertida quando os atores fazem uma pegadinha em cima de Jennifer Aniston usando a musiquinha de Friends. Consegue ser mais engraçada que muitas cenas do filme. Enfim, dê uma chance a essa comédia ao estilo besteirinha. Desligar o cérebro de vez em quando também é bom e relaxante.

Pablo Aluísio.

Clube dos Cinco

Título no Brasil: Clube dos Cinco
Título Original: The Breakfast Club
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Hughes
Roteiro: John Hughes
Elenco: Emilio Estevez, Judd Nelson, Molly Ringwald, Anthony Michael Hall, Ally Sheedy

Sinopse: 
Cinco jovens são enviados para a detenção em sua escola (um tipo de castigo por terem infringido alguma regra colegial). Presos lá, sem ter muito o que fazer, começam a conversar entre si expondo pensamentos, anseios, dramas e medos de suas vidas pessoais. Um retrato honesto e muito bem realizado pelo diretor John Hughes.

Comentários:
Já que estamos falando da turma do Brat Pack então vamos relembrar esse que é considerado um dos grandes clássicos juvenis da década de 80, "Clube dos Cinco". O grande diferencial começa com a direção do sempre ótimo John Hughes. Ele escreveu um ótimo roteiro que se aproveitava de uma situação básica (cinco jovens são enviados para a detenção de sua escola) para discutir aspectos importantes para a juventude da época, para quem estava vivendo aquele momento em suas vidas. Os cinco personagens são arquétipos comuns da vida colegial. Há o atleta (Emilio Estevez), o bad boy (Judd Nelson), o nerd (Anthony Michael Hall). a esquisita (Ally Sheedy) e a adolescente comum, até sonhadora (Molly Ringwald). Usando desses personagens em ambiente fechado Hughes conseguiu discutir os principais anseios, sonhos, medos e conflitos dos jovens da década de 80. O roteiro, como não poderia deixar de ser, é um primor mas a atuação dos atores também acrescenta muito no resultado final. Ao final da exibição de "The Breakfast Club" você chega em algumas conclusões. A primeira é a de que filmes adolescentes não precisam ser necessariamente idiotas. Em segundo que jovens são bem mais inteligentes do que se pensa, por isso não se deve subestimá-los em nenhum momento. Se nunca viu em sua vida esse filme, se é jovem demais para conhecer, corra para ver. É um dos melhores filmes já feitos sobre aquele período tão complicado da vida de todos nós, a juventude. Uma obra prima com a assinatura de John Hughes.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas

Título no Brasil: O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas
Título Original: St. Elmo's Fire
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Joel Schumacher
Elenco:  Demi Moore, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Emilio Estevez, Judd Nelson, Ally Sheedy

Sinopse: 
Um grupo de jovens amigos se reúnem no "St. Elmo's Fire", um misto de bar e casa de shows onde eles trocam experiências, fazem confidências e contam suas desilusões amorosas. No centro de tudo está Billy Hicks (Rob Lowe), um jovem saxofonista que não sabe direito que rumo tomar em sua vida pessoal e sentimental.

Comentários:
Se você é jovem demais para lembrar e deseja saber quem eram os ídolos jovens do cinema na década de 80 então esse "O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas" se torna o filme ideal. Isso porque nenhum outro reuniu tantos ídolos teens como esse aqui. Todos, sem exceção, eram capas de revistas juvenis e símbolos sexuais para os adolescentes da época. A imprensa americana gostava de chamar essa turma de Brat Pack (algo como bando de fedelhos). Hoje já são todos senhores beirando os 50 anos, quem diria! A produção anda badalada porque foi relembrada nos EUA na celebração de seus 25 anos de lançamento. Uma edição especial em DVD foi lançada e o clima de nostalgia tomou conta da festa! O tempo voa meu caro! Obviamente que o grande atrativo é o elenco. Temos a Demi Moore (jovem e muito linda), o Emilio Estevez (irmão do Charlie Sheen, um bom ator que anda sumido), e o maior sex symbol da fita, o Rob Lowe (também muito jovem e com um penteado pra lá de esquisito, pagando mico em várias cenas ao tentar convencer que realmente toca sax!). É realmente uma galeria de astros adolescentes dos anos 80. A direção é do irregular Joel Schumacher que anos depois mataria o Batman. Essa porém é outra história.
 
Pablo Aluísio.