Título no Brasil: Contato de Risco
Título Original: Gigli
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios, City Light Films
Direção: Martin Brest
Roteiro: Martin Brest
Elenco: Ben Affleck, Jennifer Lopez, Christopher Walken, Justin Bartha, Lenny Venito, Terry Camilleri,
Sinopse:
Larry Gigli (Ben Affleck) é designado por um chefe do crime organizado para sequestrar o irmão de um proeminente promotor público. Uma linda mulher conhecida apenas como Ricki (Lpez) é enviada para ficar com ele para garantir que ele não atrapalhe o trabalho.
Comentários:
Ben Affleck e Jennifer Lopez formaram um dos casais mais badalados do mundo das celebridades. Era os reis, os campeões dos tabloides e das revistinhas de fofocas por anos e anos. Assim não foi nenhuma surpresa que os dois fossem reunidos em um filme. Claro, no mundo do cinema americano, em Hollywood, vida pessoal e vida profissional se intercalam. Já que o namoro chamava tanta a atenção, por que não faturar em cima disso? O resultado foi esse filme muito fraquinho que foi arrasado pela crítica nos Estados Unidos. O público também, para surpresa de muitos, ignorou o lançamento nos cinemas, transformando a produção em um dos grandes fracassos comerciais do ano. O escrachado prêmio Framboesa de Ouro fez a festa e elegeu esse como o "pior filme da década", entregando ainda os "prêmios" de pior ator e pior atriz para os pombinhos. Pois é, não houve final feliz para eles.
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 5 de abril de 2021
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Um Tira da Pesada
Quando Eddie Murphy estrelou "Beverly Hills Cop" em 1984 ele só era um comediante de sucesso do programa de humor SNL do canal NBC. Ninguém pensava que ele em pouco tempo iria se tornar um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. O que tornou Murphy um astro de cinema? Bom, basicamente muito carisma e talento. É inegável que Murphy, principalmente no começo de sua carreira, quando ainda era bem jovem e cheio de criatividade, era um comediante muito divertido. E também era mais inofensivo do que outros da geração que o antecederam (tente comparar Murphy com o alucinado Richard Pryor, por exemplo, que tocou fogo na própria cabeça após uma noite regada a todos os tipos de drogas que você possa imaginar). Outro grande lance de sorte foi encontrar o papel certo que conseguisse explorar o jeitão malandro de Murphy. O roteiro desse policial com toques de humor soava perfeito demais para ele naquele momento de sua carreira.
No filme Eddie interpretava Axel Foley, detetive do departamento de polícia de Detroit, cidade industrial, barra pesada, onde um policial tinha que ter um algo a mais para sobreviver nas ruas. Agora imagine pegar esse tipo de tira para colocar trabalhando ao lado dos almofadinhas de Beverly Hills. O contraste seria inevitável e era justamente em cima disso que nascia o humor não apenas desse primeiro filme como dos demais que vieram em sequência. Curioso é que a continuação era praticamente uma refilmagem desse original, porém com uma produção melhor, elenco com nomes em ascensão dentro de Hollywood e uma trilha sonora cujo tema principal grudava na mente do espectador apenas alguns segundos depois de a ouvir pela primeira vez. A Paramount escalou para a direção Martin Brest, que já estava acostumado com Murphy pois o havia dirigido no programa SNL. Depois de alguns anos o cineasta faria sua grande obra prima, "Perfume de Mulher" com o mestre Al Pacino. Então é isso, quem viveu os anos 80 certamente não esqueceu dessa franquia que tanto sucesso fez entre o público em geral.
Um Tira da Pesada (Beverly Hills Cop, EUA, 1984) Direção: Martin Brest / Roteiro: Daniel Petrie Jr, Danilo Bach / Elenco: Eddie Murphy, Judge Reinhold, John Ashton / Sinopse: Axel Foley (Murphy) é um detetive de Detroit que vai até a grã-fina Beverly Hills para descobrir o verdadeiro autor de um assassinato. Na sofisticada cidade acaba conhecendo os métodos de investigação dos policiais locais, bem diferentes do seu modo de agir. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator (Eddie Murphy).
Pablo Aluísio.
No filme Eddie interpretava Axel Foley, detetive do departamento de polícia de Detroit, cidade industrial, barra pesada, onde um policial tinha que ter um algo a mais para sobreviver nas ruas. Agora imagine pegar esse tipo de tira para colocar trabalhando ao lado dos almofadinhas de Beverly Hills. O contraste seria inevitável e era justamente em cima disso que nascia o humor não apenas desse primeiro filme como dos demais que vieram em sequência. Curioso é que a continuação era praticamente uma refilmagem desse original, porém com uma produção melhor, elenco com nomes em ascensão dentro de Hollywood e uma trilha sonora cujo tema principal grudava na mente do espectador apenas alguns segundos depois de a ouvir pela primeira vez. A Paramount escalou para a direção Martin Brest, que já estava acostumado com Murphy pois o havia dirigido no programa SNL. Depois de alguns anos o cineasta faria sua grande obra prima, "Perfume de Mulher" com o mestre Al Pacino. Então é isso, quem viveu os anos 80 certamente não esqueceu dessa franquia que tanto sucesso fez entre o público em geral.
Um Tira da Pesada (Beverly Hills Cop, EUA, 1984) Direção: Martin Brest / Roteiro: Daniel Petrie Jr, Danilo Bach / Elenco: Eddie Murphy, Judge Reinhold, John Ashton / Sinopse: Axel Foley (Murphy) é um detetive de Detroit que vai até a grã-fina Beverly Hills para descobrir o verdadeiro autor de um assassinato. Na sofisticada cidade acaba conhecendo os métodos de investigação dos policiais locais, bem diferentes do seu modo de agir. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator (Eddie Murphy).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Encontro Marcado
Título no Brasil: Encontro Marcado
Título Original: Meet Joe Black
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal
Direção: Martin Brest
Roteiro: Ron Osborn, Jeff Reno
Elenco: Brad Pitt, Anthony Hopkins, Claire Forlani
Sinopse:
William Parrish (Anthony Hopkins) é um homem extremamente bem sucedido no mundo dos negócios. Magnata das comunicações ele acaba conhecendo um estranho sujeito chamado simplesmente de Joe Black. É uma figura estranha, que causa terror e curiosidade em Parrish. O tal estranho está particularmente interessado em entender a natureza humana e por isso propõe um estranho e inusitado pacto com seu anfitrião.
Comentários:
A morte sempre foi um mistério para o homem. Assim não é de se admirar que aqui ela (ou ele) ganhe carne e osso e vire um personagem de ficção. "Meet Joe Black" é justamente isso. Quando assisti ao filme pela primeira vez (no cinema) eu realmente achei o argumento muito sombrio, de complicado desenvolvimento e entendimento para o grande público. É um texto com muito simbolismo e poucas pessoas realmente perceberam as nuances do roteiro na época. Anthony Hopkins representa a futilidade e a frivolidade da vida. Dinheiro, poder, sucesso financeiro, será que isso tudo leva alguém a algum lugar? Será que traz mesmo felicidade? Brad Pitt, por outro lado, representa o grande mistério, o vácuo, o abismo. Verdade seja dita, um ator como ele, que na época estava desfrutando do auge de sua popularidade, estrelando um sucesso de bilheteria atrás do outro, ter a coragem de aceitar o papel de Joe Black é realmente algo digno de admiração. Ele não se importou com sua imagem ou nem mesmo com suas fãs adolescentes (que muito provavelmente não captaram a verdadeira mensagem do filme) e resolveu arriscar, ser ousado. Isso de certa forma já provava que ele não era apenas um galã como tantos outros. Era de fato um ator talentoso - algo que provaria nos anos seguintes. Confesso que na primeira vez que assisti a essa produção não consegui gostar muito. Certamente entendi o texto subliminar mas para um jovem aquilo não tinha tanta importância. Revendo agora pude perceber que esse é um daqueles casos em que apenas a maturidade e a experiência de vida conseguem fazer o espectador enxergar além do que é visto na tela. Em meu caso pude perceber isso muito bem. Os anos vividos fizeram com que a mensagem do roteiro ganhasse uma outra dimensão agora. Se é o seu caso reveja, certamente o filme mostrará detalhes que passaram despercebidos anteriormente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Meet Joe Black
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal
Direção: Martin Brest
Roteiro: Ron Osborn, Jeff Reno
Elenco: Brad Pitt, Anthony Hopkins, Claire Forlani
Sinopse:
William Parrish (Anthony Hopkins) é um homem extremamente bem sucedido no mundo dos negócios. Magnata das comunicações ele acaba conhecendo um estranho sujeito chamado simplesmente de Joe Black. É uma figura estranha, que causa terror e curiosidade em Parrish. O tal estranho está particularmente interessado em entender a natureza humana e por isso propõe um estranho e inusitado pacto com seu anfitrião.
Comentários:
A morte sempre foi um mistério para o homem. Assim não é de se admirar que aqui ela (ou ele) ganhe carne e osso e vire um personagem de ficção. "Meet Joe Black" é justamente isso. Quando assisti ao filme pela primeira vez (no cinema) eu realmente achei o argumento muito sombrio, de complicado desenvolvimento e entendimento para o grande público. É um texto com muito simbolismo e poucas pessoas realmente perceberam as nuances do roteiro na época. Anthony Hopkins representa a futilidade e a frivolidade da vida. Dinheiro, poder, sucesso financeiro, será que isso tudo leva alguém a algum lugar? Será que traz mesmo felicidade? Brad Pitt, por outro lado, representa o grande mistério, o vácuo, o abismo. Verdade seja dita, um ator como ele, que na época estava desfrutando do auge de sua popularidade, estrelando um sucesso de bilheteria atrás do outro, ter a coragem de aceitar o papel de Joe Black é realmente algo digno de admiração. Ele não se importou com sua imagem ou nem mesmo com suas fãs adolescentes (que muito provavelmente não captaram a verdadeira mensagem do filme) e resolveu arriscar, ser ousado. Isso de certa forma já provava que ele não era apenas um galã como tantos outros. Era de fato um ator talentoso - algo que provaria nos anos seguintes. Confesso que na primeira vez que assisti a essa produção não consegui gostar muito. Certamente entendi o texto subliminar mas para um jovem aquilo não tinha tanta importância. Revendo agora pude perceber que esse é um daqueles casos em que apenas a maturidade e a experiência de vida conseguem fazer o espectador enxergar além do que é visto na tela. Em meu caso pude perceber isso muito bem. Os anos vividos fizeram com que a mensagem do roteiro ganhasse uma outra dimensão agora. Se é o seu caso reveja, certamente o filme mostrará detalhes que passaram despercebidos anteriormente.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Fuga à Meia Noite
Nem só de grandes clássicos vivem os grandes atores. Um exemplo é esse policial “Fuga à Meia Noite” estrelado por Robert De Niro. Hoje em dia o ator vive uma fase negligente na carreira, estrelando filmes medíocres, comédias bobas que nada acrescentam a ele, mas na década de 80 De Niro ainda era visto como um dos monstros sagrados da interpretação. Por isso a surpresa quando chegou nos cinemas esse policial sem grandes novidades, praticamente rotineiro, que pensando bem poderia ser estrelado por qualquer outro ator especializado em filmes de ação. Na época De Niro explicou que era necessário fazer de vez em quando filmes assim, mais simples, menos pretensiosos. Sempre interpretei essa postura dele como uma espécie de válvula de escape, afinal não era todo dia que se podia estrelar um “Touro Indomável” ou um “Poderoso Chefão II”. Na verdade temos aqui uma fita descartável, ideal para o mercado de vídeo. Seu nome ajudaria a vender a produção, o espectador se divertiria um pouco em casa e depois esqueceria do que viu.
Como você já deve ter percebido a trama é das mais comuns. Robert De Niro interpreta o ex-policial Jack Walsh. Sua missão é levar um contador especializado em fraudes financeiras, Jonathan "The Duke" Mardukas (Charles Grodin), de Nova Iorque até Los Angeles. Seu objetivo não será nada fácil uma vez que Mardukas tem sua cabeça à prêmio por ter enganado famílias mafiosas poderosas. Isso significa que não será uma viagem das mais tranqüilas. “Fuga à Meia Noite” tem muitos clichês em seu roteiro batido. Robert De Niro, como não poderia deixar de ser, está obviamente no controle remoto. Ele certamente sabia que o material era de rotina e por isso não se esforçou muito. O diretor Martin Brest era especialista em fitas assim, policiais com bastante ação. Seu grande sucesso até aquele momento era “Um Tira da Pesada”. De Niro, por sua vez, certamente estava em procura de algo nessa linha, um filme policial com toques de humor que rendesse bastante bilheteria. Se essa era a sua intenção então não deu muito certo pois “Fuga à Meia Noite” teve um retorno comercial apenas morno.
Fuga à Meia-Noite (Midnight Run, Estados Unidos, 1988) Direção: Martin Brest / Roteiro: George Gallo / Elenco: Robert De Niro, Charles Grodin, Yaphet Kotto / Sinopse: Ex-policial tenta levar um contador jurado de morte pela máfia de Nova Iorque até Los Angeles.
Pablo Aluísio.
Como você já deve ter percebido a trama é das mais comuns. Robert De Niro interpreta o ex-policial Jack Walsh. Sua missão é levar um contador especializado em fraudes financeiras, Jonathan "The Duke" Mardukas (Charles Grodin), de Nova Iorque até Los Angeles. Seu objetivo não será nada fácil uma vez que Mardukas tem sua cabeça à prêmio por ter enganado famílias mafiosas poderosas. Isso significa que não será uma viagem das mais tranqüilas. “Fuga à Meia Noite” tem muitos clichês em seu roteiro batido. Robert De Niro, como não poderia deixar de ser, está obviamente no controle remoto. Ele certamente sabia que o material era de rotina e por isso não se esforçou muito. O diretor Martin Brest era especialista em fitas assim, policiais com bastante ação. Seu grande sucesso até aquele momento era “Um Tira da Pesada”. De Niro, por sua vez, certamente estava em procura de algo nessa linha, um filme policial com toques de humor que rendesse bastante bilheteria. Se essa era a sua intenção então não deu muito certo pois “Fuga à Meia Noite” teve um retorno comercial apenas morno.
Fuga à Meia-Noite (Midnight Run, Estados Unidos, 1988) Direção: Martin Brest / Roteiro: George Gallo / Elenco: Robert De Niro, Charles Grodin, Yaphet Kotto / Sinopse: Ex-policial tenta levar um contador jurado de morte pela máfia de Nova Iorque até Los Angeles.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Perfume de Mulher
A década de 90 foi bem generosa para Al Pacino. Na verdade foi justamente nesses anos que ele colecionou sucessos de público e crítica, uma situação bem diferente da que viveu na década de 80 quando estrelou o mega fracasso "Revolução". A repercussão desse filme foi tão ruim que muitos se apressaram para decretar o fim da carreira de Al Pacino em Hollywood. Um completo exagero certamente. Depois de ficar três anos longe das telas ele foi voltando à velha forma. Estrelou o bom policial "Vítimas de uma Paixão" que deu bom retorno de bilheteria e a partir daí não parou mais. Sua carreira foi retomando fôlego e depois de sucessos como "Dick Tracy" e "O Poderoso Chefão III" ele finalmente havia retornado ao grupo seleto dos grandes astros. Até que em 1992 caiu em suas mãos a chance de estrelar esse "Perfume de Mulher", produção americana que na realidade seria remake do excelente filme italiano Profumo di donna, de 1974, dirigido por Dino Risi e com elenco liderado pelo talentoso Vittorio Gassman. Pacino já tinha em mente há anos tentar novamente concorrer ao Oscar de Melhor ator uma vez que esse prêmio da Academia seria a concretização definitiva de sua volta ao topo em Hollywood.
O papel ajudava certamente. Pacino interpretaria um militar linha dura, o tenente-coronel Frank Slade, que agora enfrentava o maior desafio de sua vida, a cegueira. Muitos podem dizer que Pacino escolheu um personagem com deficiência para amolecer o coração dos membros da Academia e assim levantar seu tão cobiçado Oscar. Acho essa visão muito simplista e até mesmo cínica. Não basta apenas estar na pele de um personagem como esse mas também é necessário mostrar um talento nato em cena. Pacino certamente está grandioso em cada momento. Sua intensidade geralmente é confundida com exagero ou maneirismos mas não aqui - considero sem favor algum uma de suas mais brilhantes atuações. Mesmo atuando ao lado de um parceiro relativamente fraco em cena (o inexperiente Chris O´Donnell), Pacino consegue superar todas as adversidades, proporcionando ao público mais um momento inesquecível de sua carreira. O filme foi indicado ao Oscar de melhor filme, roteiro adaptado e diretor mas perdeu essas estatuetas. O reconhecimento porém veio com o prêmio de melhor ator para Al Pacino. Foi sua redenção pessoal, o momento em que deixou tudo o que havia acontecido de ruim em sua carreira para iniciar um novo recomeço em sua vida artística. Um renascimento que os cinéfilos agradecem até os dias de hoje.
Perfume de Mulher (Scent of a Woman, Estados Unidos, 1992) Direção: Martin Brest / Roteiro: Bo Goldman baseado na obra de Giovanni Arpino / Elenco: Al Pacino, Chris O'Donnell, James Rebhorn, Philip Seymour Hoffman, Gabrielle Anwar / Sinopse: Durante um feriado de dia de ação de graças um velho militar cego, o tenente coronel Frank Slade (Al Pacino) contrata os serviços de um jovem para lhe ajudar em Nova Iorque. Ele resolve ir a bons restaurantes, encontrar seus familiares e depois tomar uma decisão crucial sobre sua vida e seu destino. Filme premiado com o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor ator para Al Pacino.
Pablo Aluísio.
O papel ajudava certamente. Pacino interpretaria um militar linha dura, o tenente-coronel Frank Slade, que agora enfrentava o maior desafio de sua vida, a cegueira. Muitos podem dizer que Pacino escolheu um personagem com deficiência para amolecer o coração dos membros da Academia e assim levantar seu tão cobiçado Oscar. Acho essa visão muito simplista e até mesmo cínica. Não basta apenas estar na pele de um personagem como esse mas também é necessário mostrar um talento nato em cena. Pacino certamente está grandioso em cada momento. Sua intensidade geralmente é confundida com exagero ou maneirismos mas não aqui - considero sem favor algum uma de suas mais brilhantes atuações. Mesmo atuando ao lado de um parceiro relativamente fraco em cena (o inexperiente Chris O´Donnell), Pacino consegue superar todas as adversidades, proporcionando ao público mais um momento inesquecível de sua carreira. O filme foi indicado ao Oscar de melhor filme, roteiro adaptado e diretor mas perdeu essas estatuetas. O reconhecimento porém veio com o prêmio de melhor ator para Al Pacino. Foi sua redenção pessoal, o momento em que deixou tudo o que havia acontecido de ruim em sua carreira para iniciar um novo recomeço em sua vida artística. Um renascimento que os cinéfilos agradecem até os dias de hoje.
Perfume de Mulher (Scent of a Woman, Estados Unidos, 1992) Direção: Martin Brest / Roteiro: Bo Goldman baseado na obra de Giovanni Arpino / Elenco: Al Pacino, Chris O'Donnell, James Rebhorn, Philip Seymour Hoffman, Gabrielle Anwar / Sinopse: Durante um feriado de dia de ação de graças um velho militar cego, o tenente coronel Frank Slade (Al Pacino) contrata os serviços de um jovem para lhe ajudar em Nova Iorque. Ele resolve ir a bons restaurantes, encontrar seus familiares e depois tomar uma decisão crucial sobre sua vida e seu destino. Filme premiado com o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor ator para Al Pacino.
Pablo Aluísio.
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