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sábado, 8 de janeiro de 2022

O Dossiê de Odessa

Título no Brasil: O Dossiê de Odessa
Título Original: The Odessa File
Ano de Produção: 1974
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ronald Neame
Roteiro: Kenneth Ross, George Markstein
Elenco: Jon Voight, Maximilian Schell, Maria Schell, Mary Tamm, Garfield Morgan, Hannes Messemer

Sinopse:
Jornalista investigativo passa a procurar por sinais da existência de uma organização internacional clandestina que ajudou criminosos de guerra do nazismo a fugirem para outros países. E as investigações começam quando um senhor judeu morre e deixa documentos importantes para desvendar todo esse assunto.

Comentários:
Roteiro baseado no livro escrito por Frederick Forsyth. Existiu mesmo uma organização nazista chamada Odessa? Até hoje historiadores divergem sobre o tema. Para alguns tudo seria apenas mais uma teoria da conspiração. Para outros foi um fato histórico real. Dizia-se que a Odessa havia sido organizada nos dias finais da II Guerra Mundial quando a Alemanha nazista já caminhava para seu final. Oficiais da SS, grupo de nazistas fanáticos, passou então a se organizar para criar rotas de fuga para esses criminosos. Os destinos visavam principalmente países da América do Sul como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Bom, se existiu ou não a Odessa o fato é que muitos nazistas fugiram mesmo para esses países. O filme produzido na década de 1970 é muito bom e tem aquela atmosfera de realismo cru da época. Algo que só ajudou no resultado final. Parece até que estamos assistindo a um documentário de tão realista que essa produção se mostra na tela. Gostei bastante e recomendo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Somos Todos Iguais

Um belo filme. Mais um baseado em uma história real. O filme começa quando um casal passa por uma grave crise. O marido (interpretado pelo ator Greg Kinnear) arranjou uma amante após 19 anos de casamento. A esposa (Renée Zellweger) quer o divórcio. Para superar tudo eles decidem tentar uma reconciliação. Para isso decidem fazer o bem para outras pessoas; Prestar alguma assistência aos mais pobres. Ela o leva até um centro de ajuda a pessoas sem moradia. O lugar oferece comida, algum conforto e quando preciso também serviços gerais. Lá o casal conhece um senhor negro que vive nas ruas. Denver (Djimon Hounsou) sofreu todo tipo de violência e preconceito racial desde que nasceu em um estado do sul dos Estados Unidos. Sua família, muito pobre, vivia nas plantações de algodão, quase como nos tempos da escravidão. Um dia Denver decidiu ir embora de lá, indo parar na cidade grande. Não demorou muito tempo e acabou sendo preso. Ficou anos na prisão. Quando saiu já era um homem velho, sem familiares. Acabou parando na rua.

O roteiro assim explora essa aproximação entre um casal de brancos, de classe rica, com um homem negro, já idoso, que vive como sem-teto. Aliás o filme tem esse grande mérito que é chamar a atenção para a condição dos pobres que vivem pelas ruas das grandes cidades. É um problema que aumenta a cada dia nos Estados Unidos. Apesar de ser a maior economia do mundo, o país não consegue muitas vezes dar a dignidade mínima necessária que cada ser humano merece. Muitos brasileiros inclusive se espantam quando visitam os Estados Unidos e descobrem que há centenas de milhares de pessoas vivendo pelas ruas das grandes cidades. Um retrato da miséria que não se consegue mais esconder dos turistas. Tudo muito triste. Assista ao filme e veja uma história bonita de ajuda ao próximo. É uma bela lição de vida!

Somos Todos Iguais (Same Kind of Different as Me, Estados Unidos, 2017) Direção: Michael Carney / Roteiro: Ron Hall, Michael Carney / Elenco: Greg Kinnear, Renée Zellweger, Djimon Hounsou, Jon Voight / Sinopse: O filme conta a história real de um casal de brancos ricos que decide ajudar pessoas pobres que vivem pelas ruas, um problema social cada vez maior que atinge as cidades norte-americanas.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Surpresas do Amor

Nunca falha! Todo ano, em época natalina, os canais programam aquela enxurrada de filmes de Natal. A maioria desses filmes é bem fraca, sendo bem sincero. Salva-se pouca coisa. Esse "Surpresas do Amor" é meramente mediano. Uma comédia que até diverte através de situações constrangedoras em que se envolvem os personagens. Aliás eu gosto de chamar esse tipo de filme justamente assim, uma comédia de situações de constrangimento. Na história um casal de namorados precisa visitar 4 casas na noite de Natal. A casa de seus pais que estão separados. A garota é interpretada pela atriz Reese Witherspoon. O papel de namorado dela é do ator Vince Vaughn. E, como todos sabemos, visitar os parentes no Natal pode ser uma experiência bem chata, constrangedora é a palavra ideal.

Assim Brad (Vince Vaughn) fica sabendo pelos parentes da namorada que seu apelido era "Katie Piolho". Que na adolescência ela era gordinha, que tinha uma amiga lésbica que era obviamente apaixonada por ela. Que tinha trauma daquele brinquedo chamado "Pula-Pula". Ele também não se sai melhor. Sua família é totalmente disfuncional. O pai é um sujeito bronco e seus irmãos são toscos. São lutadores de Vale-Tudo. Assim que entra na casa do pai a porrada começa, do nada! Durante o filme eu dei umas três risadas sinceras. O constrangimento pode ser uma boa ferramenta de humor. Assim, em meu caso, foi sem dúvida até um boa diversão.

Surpresas do Amor (Four Christmases, Estados Unidos, 2008) Direção: Seth Gordon / Roteiro: Matt Allen, Matt Allen / Elenco: Vince Vaughn, Reese Witherspoon, Robert Duvall, Sissy Spacek, Jon Voight, Mary Steenburgen / Sinopse: Durante o feriado de Natal um casal de namorados precisa visitar 4 casas e isso tudo se torna uma experiência mais do que desastrosa.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Missão: Impossível

Esse é o primeiro de muitos. Tom Cruise era apenas um jovem garoto quando curtia a série de TV "Missão: Impossível" na década de 60. Os anos passaram e ele virou um astro do cinema. Vendo que poderia ser um bom investimento, acabou comprando os direitos autorais da série original por uma pechincha. Claro que Cruise estava visando ter sua própria franquia blockbuster, algo que ele realmente conseguiu transformar em um grande sucesso de bilheteria. Todos os filmes foram grandes êxitos comerciais e o mais interessante de tudo: não houve uma queda acentuada de qualidade entre um filme e outro. Ao longo da franquia Cruise manteve-se no posto de astro principal dos filmes e atuou também como produtor, trocando os diretores e roteiristas que lhe pareciam mais adequados. O resultado, se não chega a ser excepcional, mantém uma eficiência absoluta.

Esse primeiro filme é o mais charmoso de todos. As cenas de ação não eram tão exageradas, nem os efeitos especiais. O roteiro procurava ser também mais inteligente. É cinema pipoca por excelência. Nesse primeiro filme ainda há a preocupação de se apresentar os agentes e sua organização aos espectadores (que obviamente eram jovens demais para conhecer a série original). Uma vez explicado tudo, começa a ação - que não cessa mais até os letreiros finais. O maior interesse para os cinéfilos em geral vem da presença do diretor Brian De Palma. Eu o considero um dos grandes cineastas de sua geração, até mesmo quando aceitou participar de filmes mais comerciais como esse, onde seu lado autoral foi meio que deixado de lado para a criação de um genérico de puro entretenimento de massas. Brian De Palma realizou um filme esteticamente bonito de se ver, com excelentes cenas de ação e um roteiro redondinho que nunca perde o ritmo. Exatamente o que queria Tom Cruise. O resultado assim se mostra bastante satisfatório. Um filme aliás bem melhor do que a série que era meio capenga, vamos ser sinceros.

Missão: Impossível (Mission: Impossible, Estados Unidos, 1996) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Bruce Geller, David Koepp / Elenco: Tom Cruise, Jon Voight, Emmanuelle Béart / Sinopse: Acusado de traição e deslealdade contra seu próprio país um agente luta para provar sua inocência. Filme baseada na sétie de TV criada originalmente por Bruce Geller.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Ali

Título no Brasil: Ali
Título Original: Ali
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Michael Mann
Roteiro: Gregory Allen Howard, Stephen J. Rivele
Elenco: Will Smith, Jamie Foxx, Jon Voight, Mario Van Peebles, Ron Silver, Jeffrey Wright

Sinopse:
O filme se propõe a contar a história do lutador de boxe Cassius Clay. Desportista polêmico, sempre envolvido em lutas sociais e de direitos civis em relação aos negros americanos, ele se tornou um ícone de contestação durante a década de 1960. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Will Smith) e melhor ator coadjuvante (Jon Voight).

Comentários:
Claro, é louvável que Hollywood tenha contato essa biografia única. Porém o filme apresenta alguns problemas. A figura do boxeador Cassius Clay / Muhammad Ali ainda era muito presente quando esse filme foi lançado. Mesmo sofrendo do Mal de Parkinson o veterano esportista era sempre visto em grandes eventos esportivos, em homenagens, etc. Havia também excelentes documentários sobre sua carreira. Por isso não cheguei a gostar completamente desse filme. Sim, é bem produzido, tem ótimas cenas, mas faltou aquele elemento de veracidade para me convencer plenamente. Colocar um grande astro como Will Smith para interpretar Ali foi um problema em minha visão. Ele não conseguiu emergir dentro de seu personagem e no final das contas ficou sendo apenas Will Smith tentando ser Muhammad Ali. Isso estraga qualquer filme como esse. Se tivessem escolhido algum ator menos conhecido e mais parecido com o lutador a situação teria sido melhor. Do jeito que ficou eu terminei com aquela sensação de superficialidade no ar, de algo plastificado, enlatado. Com isso parte da magia dessa cinebiografia simplesmente desapareceu no ar. Uma pena, o filme tinha grande potencial.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de março de 2017

A Arca de Noé

Título no Brasil: A Arca de Noé
Título Original: Noah's Ark 
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Pictures
Direção: John Irvin
Roteiro: Peter Barnes
Elenco: Jon Voight, Mary Steenburgen, F. Murray Abraham, Carol Kane, Mark Bazeley, Jonathan Cake
  
Sinopse:
Noé (Jon Voight) é um homem comum, justo e temente a Deus, que recebe uma mensagem divina. Ele deverá construir uma enorme arca para abrigar toda a sua família e casais de todos os animais porque Deus decidiu punir a humanidade com um grande dilúvio que irá dizimar do mundo todos os pecadores e blasfemos que nele habitam. Após receber sua missão Noé começa a árdua tarefa de construir sua arca.

Comentários:
Na verdade se trata de uma minissérie que foi exibida no canal CBS nos Estados Unidos e depois lançada no mercado de vídeo do Brasil em duas fitas VHS. A história é a clássica, tirada das páginas da Bíblia, da forma mais respeitosa e fiel possível. Os produtores optaram por realizar uma obra bem direcionada para o público mais religioso e cristão, sem licenças poéticas que poderiam ofender o espírito de crença dessas pessoas. Em termos de produção não há o que reclamar, tudo é muito bem realizado, inclusive com o uso de computação gráfica para dar veracidade ao enorme barco de madeira construído por Noé e seus filhos. Esse personagem aliás é interpretado pelo ator Jon Voight com bastante convicção. Voight, sempre tão talentoso, se esforçou bastante para realizar um bom trabalho de atuação, embora quem acabe chamando mais a atenção seja F. Murray Abraham como Lot. Esse foi seguramente um dos mais brilhantes atores de sua geração. Sua simples presença em cena já garante o filme como um todo. Então é isso. O que temos aqui é uma boa adaptação feita no final dos anos 90 sobre uma das mais conhecidas e populares histórias do velho testamento. Independente de se crer ou não, podemos garantir que a diversão estará garantida.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Inimigo do Estado

Título no Brasil: Inimigo do Estado
Título Original: Enemy of the State
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: David Marconi
Elenco: Will Smith, Gene Hackman, Jon Voight
  
Sinopse:
Robert Clayton Dean (Will Smith) é um jovem advogado que trabalhando na capital dos Estados Unidos, Washington D.C, acaba descobrindo, sem querer, uma conspiração envolvendo altos membros do governo americano na morte de um senador da república. Depois que toma conhecimento dos fatos ele se torna um alvo, um "inimigo do Estado", pois todos querem encobrir o plano de assassinato.

Comentários:
Tony Scott foi um bom diretor, um cineasta talentoso que conseguia aliar inteligência com o pior do cinemão pipoca americano de verão. Eis aqui um exemplo. O roteiro é muito bom, bem desenhado, com uma trama que ficaria bem em qualquer tipo de gênero cinematográfico. Para falar a verdade "Enemy of the State" só não é melhor porque afinal de contas foi produzido por Jerry Bruckheimer! Quem conhece o estilo desse produtor de Hollywood já sabe o que encontrará pela frente: cenas e mais cenas de ação, cada uma mais espetacular do que a outra, mas também todas elas sem um pingo de criatividade, apelando para clichês em todos os momentos. Assim o filme acabou se tornando um cabo de guerra entre Tony Scott, tentando desenvolver uma boa trama, e seu produtor Bruckheimer, apelando o tempo inteiro para perseguições, correrias, explosões e tiroteios. No meio de tudo surge o astro Will Smith, que acaba sendo eclipsado pelos excelentes veteranos Gene Hackman e Jon Voight. Nesses momentos você percebe a diferença entre um ator de verdade e uma estrelinha popular. Smith, coitado, não chega nem aos pés da classe de um Gene Hackman. Chega até mesmo a ser uma covardia o encontro entre eles. Então é basicamente isso. Um bom filme de ação, prejudicado apenas pela ganância de seu produtor, tentando fazer do filme o mais comercial possível. Entre mortos e feridos porém ainda consegue ser uma boa diversão.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Reviravolta

Título no Brasil: Reviravolta
Título Original: U Turn
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Oliver Stone
Roteiro: John Ridley
Elenco: Sean Penn, Jennifer Lopez, Nick Nolte, Billy Bob Thornton, Jon Voight
  
Sinopse:
Ferido, após ter dois dedos arrancados por agiotas violentos, Bobby (Sean Penn) decide fugir pelo deserto do Arizona em seu velho carro. Quando esse apresenta problemas mecânicos ele precisa parar no meio de uma pequena cidade. Lá acaba conhecendo um mecânico com problemas de retardo mental chamado Darrell (Billy Bob Thornton) e uma sensual mulher, Grace McKenna (Jennifer Lopez) que prontamente o seduz. O problema porém é que ela é casada com o violento Jack (Nick Nolte).

Comentários:
O diretor Oliver Stone entrou muito rapidamente em decadência em sua carreira. Se formos analisar bem sua filmografia vamos constatar que ele saiu da glória absoluta, com a consagração de seu "Platoon" no Oscar, para filmes sem maior repercussão em termos de público e crítica. Em menos de dez anos ele caiu muito em Hollywood. Seus filmes posteriores, apesar de ter certa qualidade, começaram a ser ignorados completamente. Um exemplo podemos encontrar aqui nesse "U Turn". Essa produção modesta (custo de apenas 9 milhões de dólares) sequer chegou aos cinemas brasileiros, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo. Na verdade pouca gente comprou a ideia de ver um romance ardente (supostamente ardente, já que isso não se concretizou nas telas) entre o marrento Sean Penn e a inexpressiva Jennifer Lopez. Ok, a cantora poderia estar no auge de sua beleza física, mas como atriz era uma lástima. Pior é que Stone, apesar de ser um cineasta competente e veterano, insistiu nos poucos dotes dramáticos dela, comprometendo completamente o resultado final. Para não dizer que em termos de atuação o filme é um completo fracasso, vale lembrar as presenças talentosas do trio formado por Nick Nolte, Billy Bob Thornton e Jon Voight. Infelizmente nenhum deles tem muito espaço. Assim o filme naufraga completamente nas curvas de Jennifer Lopez, que como atriz não passava de uma boa cantora.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Newt Scamander (Eddie Redmayne) chega em Nova Iorque, durante a década de 1920, para adquirir uma nova espécime para sua coleção. Ele é um bruxo, especialista em animais mágicos. Ao chegar lá acaba perdendo sua mala especial, onde coloca todos os tipos de animais fantásticos. Em pouco tempo acaba se vendo em um verdadeiro caos, pois alguns de seus bichinhos fogem, trazendo grandes problemas para ele. Ao mesmo tempo a cidade parece ser atacada por uma criatura desconhecida, que fora de controle, começa a destruir ruas e prédios. Cabe agora a Scamander a complicada tarefa de reunir todos os seus animais fugitivos, enquanto enfrenta a terrível besta desconhecida. Essa é a nova franquia da Warner Bros passada no mesmo universo de Harry Potter. Como está acontecendo com "Star Wars" os estúdios finalmente entenderam que podem explorar outras estórias dentro de universos de sucesso, já testados nas telas de cinema. É uma ótima jogada de marketing, além de ser uma boa notícia para quem curte os filmes. Assim a escritora J.K. Rowling (que escreveu os livros de Harry Potter) adaptou ela mesma para o cinema essa nova série. Pela primeira vez escrevendo um roteiro para o cinema, ele acabou se saindo muito bem, pois o enredo se mostra bem desenvolvido, sem grandes arestas a promover.

Com orçamento milionário e produção realmente excelente, o diretor David Yates teve todos os meios disponíveis para contar a estória. De maneira em geral é realmente um bom filme, pura diversão pop, que vai agradar aos fãs de Harry Potter. O protagonista Newt Scamander (bem interpretado por Eddie Redmayne) é um sujeito tímido, nerd, que prefere mais a companhia de seus bichos mágicos do que de seres humanos. Não tem o mesmo carisma que o garoto Potter. Talvez esse seja um problema para os próximos filmes. Será que esse introvertido Newt dará conta do recado e manterá o interesse dos fãs filme após filme? Eu tenho minhas dúvidas. Em termos de elenco temos algumas boas presenças. Digo presenças porque os grandes atores não possuem muito espaço dentro do filme. Colin Farrell é um vilão coadjuvante e vacilante, que age pouco, em momentos esparsos. E se você é fã de Johnny Depp... bom, ele tem apenas uma apresentação rápida em cena. Apenas abre caminho para o rol de maldades que fará nos filmes que virão. O veterano Jon Voight também não tem muito espaço. Interpretando um magnata da imprensa, ele tem apenas duas ou três cenas. Pior acontece com Ron Perlman que sequer aparece em carne e osso. Ele apenas dubla uma criatura, um traficante de animais que se encontra com Newt em um bar cheio de criminosos. Então é isso. Tecnicamente perfeito, com roteiro bem estruturado, esse novo filme chega cheio de pretensões comerciais e artísticas. Vai dar certo essa nova franquia Potter? Só o tempo dirá...

Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beasts and Where to Find Them, Estado Unidos, 2016) Direção: David Yates / Roteiro: J.K. Rowling / Elenco: Eddie Redmayne, Colin Farrell, Johnny Depp, Katherine Waterston, Ron Perlman, Jon Voight, Alison Sudol / Sinopse: Especialista em animais mágicos, Newt (Redmayne) passa por apuros enquanto tenta recuperar sua mala enfeitiçada , ao mesmo tempo em que combate uma criatura desconhecida de grande poder.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O Mistério dos Escavadores

Um jovem é condenado injustamente por um crime que não cometeu. Ele então é enviado para um campo de detenção juvenil no meio do nada, de um deserto infernal. Lá passa a cumprir trabalhos forçados, cavando e cavando buracos, até que encontra algo que pode ter ligação com o passado do lugar, na história do velho oeste americano. O que será que tudo aquilo revela daquela região? Essa é a premissa desse filme que pouca gente viu e pouca gente se lembra.

OK, a sinopse mais parece ser de um drama sobre delinquência juvenil. Nada disso. A logomarca Walt Disney está no filme, então já se sabe que nada de muito pesado ou dramático vai aparecer no filme. Está mais para uma (quase) comédia assumida. Assisti a esse filme quando foi exibido pelo canal HBO. É uma daquelas produções que eu particularmente não gastaria dinheiro em um ingresso de cinema. Também é facilmente esquecível. Depois de alguns dias você vai esquecer completamente que um dia assistiu a esse filme.

O Mistério dos Escavadores (Holes, Estados Unidos, 2003) Direção: Andrew Davis / Roteiro: Louis Sachar, Louis Sachar / Elenco: Shia LaBeouf, Sigourney Weaver, Jon Voight, Patricia Arquette, Tim Blake Nelson / Sinopse: Jovem cumprindo pena em um centro de detenção juvenil no meio do deserto acaba descobrindo algo sensacional ao cavar um burado no meio de toda aquela areia escaldante.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Anaconda

Título no Brasil: Anaconda
Título Original: Anaconda
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Luis Llosa
Roteiro: Hans Bauer, Jim Cash
Elenco: Jon Voight, Jennifer Lopez, Eric Stoltz

Sinopse:
Membros de uma equipe de filmagem vão até os confins da floresta amazônica com o objetivo de filmar um documentário sobre tribos selvagens mas acabam tendo muitos problemas com a fauna local, principalmente com uma enorme serpente da espécie Anaconda que começa a perseguir implacavelmente todos os americanos que fazem parte da equipe.

Comentários:
Uma bobagem sem tamanho que acabou chamando a atenção em seu lançamento. Além de mostrar que os americanos não entendem nada da nossa fauna, ainda apresenta uma série de problemas, da direção sem inspiração que não consegue nem ao menos aproveitar as cenas que poderiam trazer algum suspense ao filme, ao elenco que não parece estar nem aí para a qualidade de seu trabalho. Apesar de considerar Jon Voight e Eric Stoltz bons atores eles não parecem muito empolgados em atuar bem. Pior é encarar Jennifer Lopez com sua total falta de expressão tentando salvar o que restou do filme. Os efeitos digitais são incrivelmente mal realizados pois fica claro ao espectador que a cobra assassina é fruto de computação gráfica, não trazendo em nenhum momento qualquer sinal de veracidade, mais parecendo um monstro de videogame. Enfim, bem ruim, um filme que mereceu todas as indicações ao Framboesa de Ouro - a saber: Pior Filme, Pior Ator (Jon Voight), Pior Diretor (Luis Llosa) e Pior Roteiro.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Do Além

Título no Brasil: Do Além
Título Original: Beyond
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Crystal Sky
Direção: Josef Rusnak
Roteiro: Gregory Gieras
Elenco: Jon Voight, Teri Polo, Julian Morris, Dermot Mulroney
  
Sinopse:
Jon Koski (Voight) é um detetive veterano que se especializa em encontrar crianças desaparecidas no distante e frio estado americano do Alaska. Quando a pequena Amy desaparece ele assume o caso, embora esteja a poucos dias de se aposentar. O que começa como um caso normal de desaparecimento logo se revela mais bizarro e surreal do que Koski esperaria. Ao que tudo indica há eventos inexplicáveis, sobrenaturais, rondando o sumiço da garotinha.

Comentários:
Produção B que tenta mesclar trama policial com toques de terror. Quase ninguém assistiu e a fita passou meio despercebida para muitos. Apesar de ser um filme apenas mediano ele foi salvo por causa do talento do ator Jon Voight. Gosto bastante de seu trabalho e o considero um dos inúmeros talentos que Hollywood desperdiçou ao longo dos anos. Geralmente envolvido em filmes menores (como esse aliás) ele nunca teve a oportunidade devida, do tamanho de sua capacidade de atuar bem. Embora em certos momentos "Beyond" se mostre sensacionalista e fantasioso além da conta, o cineasta Josef Rusnak conseguiu entregar uma obra sóbria, sem maiores problemas, apesar de que, devo confessar, não consegui gostar completamente de seu final. Da filmografia desse diretor ainda prefiro o bom e inteligente "13º Andar" que chamou bastante atenção da crítica em seu lançamento. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Expresso Para o Inferno

Título no Brasil: Expresso Para o Inferno
Título Original: Runaway Train
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: Andrey Konchalovskiy
Roteiro: Djordje Milicevic, Paul Zindel
Elenco: Jon Voight, Eric Roberts, Rebecca De Mornay

Sinopse:
Dois prisioneiros, Manny (Jon Voight) e Buck (Eric Roberts), decidem fugir de uma prisão de segurança máxima no Alasca. Após conseguirem passar pelos muros do local precisam enfrentar e sobreviver na inóspita região gelada e hostil, eternamente coberta de neve. Sua esperança é entrar em um trem que está partindo de lá, mas a viagem certamente será das mais perigosas. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Ator (Jon Voight), Melhor Ator Coadjuvante (Eric Roberts) e Melhor Edição. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Jon Voight).

Comentários:
Mais um pequeno clássico da era do VHS. Muitas pessoas acusam a produtora Cannon de só ter produzido fitinhas de ação sem muita relevância em termos de arte cinematográfica. Ora, essa é uma visão muito simplista. Basta lembrar desse "Runaway Train". O filme conta com um excelente elenco - além do inspirado Jon Voight em uma de suas melhores atuações o espectador ainda tem a bela e exótica Rebecca De Mornay, ela que iria nos anos seguintes ter uma ótima fase na carreira estrelando suspenses de boa qualidade como por exemplo "A Mão Que Balança o Berço" e "Louca Obsessão". Outra presença que não pode ser ignorada é a do diretor russo Andrey Konchalovskiy. Ele imprime um ritmo sufocante ao espectador, o que acentua o tom de suspense e tensão da fita que ainda se aproveita maravilhosamente bem da natureza gelada e hostil do Alaska, onde o filme foi rodado. Por fim uma curiosidade: o filme era um dos preferidos do ator Marlon Brando, que não cansou de elogiar a produção em sua autobiografia chamada "Canções Que Minha Mãe Me Ensinou".

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de agosto de 2014

Ray Donovan

Título no Brasil: Ray Donovan
Título Original: Ray Donovan
Ano de Produção: 2013 - 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime
Direção: Tucker Gates, Michael Uppendahl   
Roteiro: Ann Biderman, David Hollander
Elenco: Liev Schreiber, Jon Voight

Sinopse:
Ray Donovan (Liev Schreiber) é um profissional especializado em encobrir e esconder o lado mais podre das celebridades de Hollywood. Usando de métodos pouco convencionais (e até ilegais) ele vai administrando crises causadas por artistas e atletas milionários que não querem ver seus nomes manchados nas páginas de tablóides sensacionalistas. Série premiada com o Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante - Série Drama (Jon Voight). Também indicado ao mesmo prêmio na categoria Melhor Ator - Série Drama (Liev Schreiber).

Comentários:
Com um certo atraso comecei a acompanhar essa nova série dramática do canal Showtime (o mesmo de "Dexter" entre outros grandes sucessos da TV americana). O personagem principal é um sujeito que ganha a vida limpando a barra de atores e pessoas poderosas do show business. A série se passa em Los Angeles - Meca da indústria do entretenimento americano - e mostra a vida conturbada dos ricos e famosos. Assim Ray é o homem a se chamar quando se acorda ao lado de uma prostituta morta por overdose ou quando se é um ator popular de filmes de ação que se esconde no armário, pois é gay, adora sair com travestis e não pode ter sua imagem de "machão" arranhada. O episódio piloto me pareceu bastante seco e cru, o personagem Ray Donovan tem pouco carisma e parece sempre estar muito tenso e sério. O ator Liev Schreiber parece estressado o tempo todo. O destaque em termos de elenco vai para o veterano Jon Voight (que inclusive foi premiado com o Globo de Ouro por esse papel). Ele interpreta o pai do protagonista, um velho que sai da prisão após longos anos e que mais se parece com uma víbora pronta a atacar. No quadro geral, apesar da tensão reinante, vou continuar a acompanhar pois em se tratando de uma série dramática do canal Showtime não há como simplesmente ignorar.

Pablo Aluísio. 

Episódio Comentado:

Ray Donovan 1.02 - A Mouth Is a Mouth
Como se sabe Ray Donovan ganha a vida de uma forma diferente. Ele é pago para limpar a barra de astros de Hollywood que se envolvem em escândalos. Aqui nesse episódio ele tem que lidar com a chantagem de um travesti que filmou o grande astro do momento fazendo sexo oral com ele. Nos filmes o ator encarna heróis de ação enquanto que na sua vida privada se mostrou um apaixonado por travestis e homossexuais. Para não divulgar o vídeo comprometedor o sujeito exige um milhão de dólares. Donovan arma então uma cilada para virar o jogo, colocando o chantageador como chantageado. Na outra linha narrativa seu pai, Mickey (Jon Voight), decide ir conhecer seus netos e sua nora. Desde que saíra da prisão Donovan deixou claro que o queria longe de sua família, até porque o velho é envolvido em vários problemas com a lei. Após ficar cumprindo uma pena de 20 anos de cadeia ele quer conhecer a vida familiar de seu filho, obviamente tentando tirar algum proveito disso tudo. Segundo episódio dessa primeira temporada, onde o roteiro já desenvolve melhor todos os personagens, até porque não há mais a necessidade de apresentar um a um como no piloto. Ray, que nunca dá um sorriso, continua tenso e seu relacionamento com o pai se torna ainda mais explosivo, à beira do colapso. Destaque para a excelente presença do veterano Voight, sempre um ponto mais do que positivo em cada cena que surge. / Ray Donovan - A Mouth Is a Mouth (EUA, 2013) Direção: Allen Coulter / Roteiro: Ann Biderman / Elenco: Liev Schreiber, Paula Malcomson, Eddie Marsan, Jon Voight.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Lara Croft: Tomb Raider

Título no Brasil: Lara Croft: Tomb Raider
Título Original: Lara Croft: Tomb Raider
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Simon West
Roteiro: Sara B. Cooper, Mike Werb
Elenco: Angelina Jolie, Jon Voight, Iain Glen, Daniel Craig.

Sinopse: 
Adaptação da popular personagem do mundo dos games  Lara Croft, aqui interpretada pela bela estrela Angelina Jolie. Na trama ela terá que enfrentar um grupo perigoso de vilões que estão em busca de artefatos antigos dotados de grande poder.

Comentários:
Abrindo o jogo devo dizer que nunca gostei dessa franquia. É artificial demais. O que era muito elegante em Indiana Jones aqui vira puro pixel. Também nunca vi um roteiro de Tomb Raider que valesse alguma coisa. Dizem que 99% das adaptações de games para o cinema são bombas. Bom, assistindo a Lara Croft não tenho como discordar. O único interesse maior para o cinéfilo é a presença da atriz Angelina Jolie e do futuro James Bond Daniel Craig. Jolie se apaixonou pelas locações no Camboja a ponto de adotar um garotinho que encontrou por lá. Já Craig chamou a atenção a ponto de virar a estrela de uma das mais populares séries do cinema mundial, a do 007. Em suma todos ganharam de uma forma ou outra menos o espectador que não terá muito o que fazer a não ser bocejar nas inúmeras sequências de ação forçadas ao longo do filme.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Resgate em Alta Velocidade

Título no Brasil: Resgate em Alta Velocidade
Título Original: Getaway
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Bulgária
Estúdio: Warner Bros
Direção: Courtney Solomon
Roteiro: Sean Finegan, Gregg Maxwell Parker
Elenco: Ethan Hawke, Selena Gomez, Jon Voight

Sinopse: 
Brent Magna (Ethan Hawke) é um piloto de automobilismo aposentado que se vê alvo de uma chantagem. Um criminoso sequestra sua esposa e o coloca contra a parede. Ele deve pilotar um carro pelas ruas de Sofia obedecendo todas as suas instruções, caso contrário ele a matará. No fundo tudo se resume a um grande roubo de bancos, usando Magna como peça de manobra para seus planos.

Comentários:
É uma espécie de filho bastardo da franquia "Velozes e Furiosos". Toda a ação se passa com o personagem de Ethan Hawke e Selena Gomez dentro do carro possante enquanto a polícia de Sofia, na Bulgária, tenta colocar as mãos neles. Roteiro mínimo, com forte enfase mesmo em velocidade, efeitos sonoros e muitos acidentes e perseguições. Selena Gomez é aquela atriz do canal Disney que ficou conhecida por ter namorado o "cantor" Justin Bieber por um tempo. Já Ethan Hawke tenta trazer adrenalina para seu personagem mono temático. Pior se sai Jon Voight que mal aparece. Na verdade na maior parte do tempo tudo o que ouvimos é sua voz em off dando instruções para Hawke. Como não poderia deixar de ser o roteiro tem muitos furos de lógica. A intenção é mesmo através de uma edição alucinada dar ao espectador uma sucessão de sequências de carros e motos em alta velocidade se enfrentando pelas ruas da cidade. Há um grande e longo plano sequência no final onde o público fica o tempo todo vendo a perspectiva de visão do personagem de Hawke no volante. Você provavelmente vai ficar tonto ou enjoado de ver tantos carros voando pelos ares enquanto Hawke pisa fundo no acelerador. Em determinado momento ficamos até mesmo na dúvida se estamos vendo um filme ou um game de carros! Enfim, só recomendado para fanáticos de carros velozes... e é só!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Drácula - O Príncipe Das Trevas

A lenda de Drácula não parece ter fim. Realmente o personagem parece mesmo imortal. Vai ano e vem ano e sempre novos filmes são lançados. Agora temos mais essa produção que procura trazer novos elementos ao famoso conde. Infelizmente os resultados são bem decepcionantes. No começo até alimentamos alguma esperança já que o filme abre com uma bonita e interessante animação contando as origens de Drácula. Ele é um nobre cristão que no século XIV luta contra as invasões dos povos pagãos do império Turco Otomano. Após vencer o exército inimigo em um campo de batalha coberto de sangue e morte, Drácula retorna ao seu castelo para saber com grande desespero que o amor de sua vida, Elizabeth, está morta! Revoltado contra Deus ele amaldiçoa seu próprio Senhor. Jogado nas forças das trevas se torna um vampiro, um ser imortal que vagará pelos séculos afora corroído internamente pela dor da perda de sua amada. Como se pode perceber não há maiores novidades nesse "Dracula - The Dark Prince" que aliás não apresenta uma boa produção. Todo o cenário, castelos, ambientes, são meros efeitos digitais, alguns mal realizados e artificiais demais para serem levados à sério.

A única novidade na trama é a presença de um cajado mágico e simbólico que teria pertencido ao próprio Caim (o personagem da Bíblia que matou seu irmão Abel). Pois bem, a tal arma é a única capaz de destruir a existência do famoso ser da noite Drácula. Outro ponto que chama a atenção é a presença do veterano Jon Voight como Van Helsing. Infelizmente muito pouco aproveitado em um filme que falha bastante no quesito elenco. Por falar nisso o ator que interpreta Drácula, Luke Roberts, é bastante inexpressivo. Com longos cabelos loiros ele simplesmente não consegue convencer como o mais famoso vampiro da literatura e do cinema. Cheio de caras e bocas está mais parecido com Warlock (lembra desse demônio loiro da época do VHS?) do que com o próprio Vlad. Há uma tentativa de seguir os passos de "Anjos da Noite" mas no final das contas tudo afunda em um filme que obviamente não faz jus ao eterno conde criado por Bram Stoker. Melhor mesmo rever o filme de Francis Ford Coppola, aquele sim definitivo sobre esse personagem.

Drácula - O Príncipe Das Trevas (Dracula - The Dark Prince, Estados Unidos, 2013) Direção: Pearry Reginald Teo / Roteiro:  Nicole Jones-Dion, Steven Paul / Elenco: Luke Roberts, Jon Voight, Kelly Wenham / Sinopse: Drácula, o famoso conde vampiro precisa colocar as mãos no cajado de Caim pois ele poderá destruir sua existência sobre a Terra.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de outubro de 2013

Pearl Harbor

Nas vésperas do ataque à base da marinha americana em Pearl Harbor, fato histórico que motivou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, o militar Rafe (Ben Affleck) acaba se apaixonando pela bela enfermeira de base Evelyn (Kate Beckinsale). Enquanto isso seu grande amigo Danny (Josh Hartnett) entra para as força aérea americana para lutar em uma provável guerra que está prestes a eclodir. O destino de ambos se cruzarão após o infame ataque a Pearl Harbor. Para muitos críticos de cinema o fato é que não se fazem mais bons filmes de guerra como antigamente. Nem toda a tecnologia do mundo em efeitos digitais consegue mudar esse panorama. Essa produção é sempre citada como um exemplo disso. Na verdade "Pearl Harbor" foi uma tentativa de repetir o sucesso de Titanic. O esquema do roteiro é praticamente o mesmo: um lindo romance bem no meio de um grande acontecimento histórico.
Não deu lá muito certo. O casal protagonista não mostra química entre si: Ben Affleck (mais canastrão do que nunca) e Kate Beckinsale simplesmente não convencem.

De bom o filme tem a melhor e a mais perfeita reconstituição em computação gráfica do ataque à base americana no Havaí mas isso, sob um ponto de vista crítico, é muito pouco para justificar tanta trama desnecessária e cansativa. O filme é longo demais e pretensioso além da conta. Também pudera, o diretor é um dos mais vazios de sua geração em Hollywood. Não há como negar, dessa safra de cineastas Michael Bay só não é pior mesmo que Roland Emmerich! Ambos não conseguem fazer cinema de verdade. Recentemente Bay abriu o jogo e confessou que faz filmes para adolescentes, daqueles que infestam os multiplex de shopping centers da vida. Assim esse "Pearl Harbor" passa longe de ser um filme do naipe de "A Um Passo da Eternidade". Aliás comparar as duas obras chega mesmo a ser uma grande heresia.

Pearl Harbor (Idem, Estados Unidos, 2001) Direção: Michael Bay / Roteiro: Randall Wallace / Elenco: Ben Affleck, Kate Beckinsale, Josh Hartnett, Cuba Gooding Jr, Jon Voight, Alec Baldwin / Sinopse: Dois amigos, que se consideram irmãos, vivenciam momentos diferentes em suas vidas antes e depois do grande ataque japonês ao porto militar americano de Pearl Harbor no Havaí durante a Segunda Guerra Mundial.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Força Policial

Filmes policiais nunca saem de moda. Também são facilmente mesclados com outros gêneros, podendo se tornar filmes policiais de ação, com muitos tiros e perseguições ou então dramas mais densos, com desenvolvimento maior de situações dramáticas envolvendo os principais personagens. É nessa segunda categoria que se enquadra esse “Força Policial”, bom momento do gênero nas telas. O enredo mostra uma família que de geração em geração vai formando novos homens da lei. Desde o patriarca Francis (Jon Voight) até seus filhos Francis Jr. (Noah Emmerich) e Ray (Edward Norton). Como se não bastasse a família de tiras ainda é completada pela presença do cunhado Jimmy (Colin Farrell). As coisas começam a se complicar quando Ray toma conhecimento de uma denúncia de corrupção envolvendo seu cunhado. A dramaticidade surge do conflito interno que começa a assolar o policial, afinal como agir quando algo assim acontece? Deveria ele tomar partido incondicional de um membro da sua família ou adotar uma postura essencialmente ética, levando em frente as investigações para se chegar ao fundo da verdade, mesmo que essa seja a pior possível para os interesses de sua família?

Como se pode perceber o filme se desenvolve em torno dos personagens interpretados pelos atores Colin Farrell e Edward Norton. De Norton sempre esperamos boas atuações pois ele realmente é um profissional muito talentoso. Aqui ele encarna perfeitamente o policial que fica em completa crise existencial ao ter que decidir por sua fidelidade à corporação ou sua lealdade familiar. O argumento, que discute ética e honestidade de uma forma bastante inteligente, encontra um intérprete à altura de seu dilema de índole pessoal. Por outro lado a maior surpresa em termos de atuação vem com Colin Farrell, ator bem mais limitado, que tem ultimamente estrelado filmes ruins com atuações igualmente medonhas. Aqui ele está surpreendentemente bem, talvez por influência do colega de cena. Consegue inclusive levantar dúvidas no espectador sobre seu real caráter. Afinal é realmente um tira corrupto ou apenas um policial sendo injustamente acusado? O resultado final é dos melhores. Sem medo de errar qualifico “Força Policial” como uma das melhores produções do gênero nos últimos anos. Dramaticamente bem desenvolvido, não abre mão da tensão e do suspense, tudo emoldurado em um bom roteiro que não abre brechas para soluções fáceis. Curiosamente o filme deveria ter sido filmado em 2001 mas foi arquivado pelo estúdio por causa dos acontecimentos de 11 de setembro. Não era de bom tom colocar tiras corruptos nas telas naquele momento em que os policiais estavam sendo vistos como heróis daquela tragédia. Mesmo atrasado o filme diverte, entretém e mantém um bom nível e por isso deve ser conhecido por quem deseja assistir a um bom drama policial. Está mais do que recomendado.

Força Policial (Pride and Glory, Estados Unidos, 2008) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Joe Carnahan, Gavin O'Connor / Elenco: Edward Norton, Colin Farrell, Noah Emmerich, Jennifer Ehle, Chris Astoyan, Lake Bell, Jon Voight, / Sinopse: Policial que faz parte de uma grande família de policiais é acusado de ser corrupto. Seria a acusação um fato ou uma forma de atingir todo o clã policial de que faz parte?

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Homem Que Fazia Chover

Poucos gostos são tão amargos quanto o da injustiça. Só quem foi injustiçado em sua vida sabe o que sente e o quanto dói passar por isso. O pior é quando a injustiça vem do sistema judiciário que foi criado justamente para evitar isso. "O Homem Que Fazia Chover" é o último grande filme da carreira de Francis Ford Coppola. Hoje em dia o grande mestre está mais empenhado em fazer fortuna com sua vinícola do que em produzir grandes obras primas. Esporadicamente ele lança um ou outro pequeno filme no mercado, muitas vezes indo direto para o mercado de vídeo mas na época em que dirigiu "O Homem Que Fazia Chover" ainda estava em plena forma, num pico de criatividade artística admirável. A trama mostra o primeiro caso da vida de Rudy Baylor (Matt Damon), jovem advogado recém saído da faculdade. Ele é contratado por um casal para defender os interesses de seu pequeno filho que sofre de Leucemia e precisa de dinheiro para se submeter a uma cirurgia de transplante de medula óssea. O problema é que a seguradora que administra o plano de saúde do garoto simplesmente não aceita pagar por esse procedimento. Rudy então terá que lutar como um titã para ganhar a ação e salvar a vida do garoto que está com os dias contados caso não realize a cirurgia. A trama é baseada no livro de John Grisham, autor consagrado de best sellers cujos livros já renderam excelentes filmes. Advogado de profissão ele conhece como poucos as trilhas sinuosas do sistema judiciário americano.

A essência do filme é mostrar a luta de um idealista advogado contra o poder econômico da empresa de seguros que fará de tudo para não pagar as despesas do garotinho doente. É cruel mas é a mais pura verdade - inclusive no Brasil onde esse tipo de situação tem se tornado comum nos tribunais. Eu realmente fico pasmo com a falta de humanidade de certos setores e empresas que se recusam, muitas vezes sem base legal nenhuma, a arcar com procedimentos caros e custosos. O pior é saber que dentro dos atalhos da lei e do poder judiciário existe a possibilidade de algo assim sair impune, sem salvação para os que estão doentes em estado de necessidade. Até que ponto vai a desumanidade dos executivos dessas empresas? Será que conseguem mesmo dormir à noite? Não possuem a menor consciência que seus atos são errados e colocam em risco a vida de muitas pessoas doentes? Eu nunca canso de me surpreender com a falta de caráter desse tipo de gente. Francis Ford Coppola, como sempre, dá show de direção. O filme tem um clima de sordidez fria que gela o sangue. Quem já teve a oportunidade de participar de alguma ação judicial vai se identificar. É um ambiente muitas vezes sórdido onde empresas poderosas defendem seus interesses escusos com pleno apoio dos magistrados - muitos deles corrompidos. E o cidadão onde fica nisso? Fica oprimido, sem chances de ver a justiça sendo feita. Roteiro, atuações e argumentos provam que quando quer Francis Ford Coppola é realmente um gênio na arte de dirigir. Uma produção que faz refletir e pensar sobre os descaminhos que um cidadão pode enfrentar ao tentar alcançar a justiça pelos meios oficiais. 

O Homem Que Fazia Chover (The Rainmaker, Estados Unidos, 1997) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Francis Ford Coppola baseado no livro de John Grisham / Elenco: Matt Damon, Danny DeVito, Claire Danes, Jon Voight, Mary Kay Place, Dean Stockwell, Teresa Wright, Virginia Madsen, Mickey Rourke / Sinopse: Advogado recém formado luta contra uma poderosa seguradora que se recusa a pagar o que deve para que a família de um jovem doente realize um tratamento médico do qual sua vida depende. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante pela atuação de Jon Voight.

Pablo Aluísio.