quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Clinton, o Rebelde - Parte 1

Clinton, o Rebelde 
O ano é 1956. Em uma cidadezinha do meio oeste dos Estados Unidos vivia o jovem Clinton. Um cara normal, mas com problemas a mais do que um jovem comum que vivesse em uma família que não fosse tão disfuncional como a dele! 

Clinton não aguentava mais seus familiares. Ele era o mais jovem de dois irmãos. Esse não era realmente o problema. O problema era a família do pai dele. O pai era um dos doze filhos de um velho fazendeiro do interior. Um sujeito tosco, que cuspia no chão. Clinton sempre desconfiou que seu avô tinha algum problema mental. e pela histórias de abusos físicos e mentais que ele ouviu durante toda a sua vida, isso era bem provável de ser verdade. A questão é que por isso seu pai cresceu com problemas emocionais também. 

O pai de Clinton era um autêntico filho da puta! Era um sujeito que vivia do ódio. Ele podia ficar dias sem falar com sua esposa e nem seus filhos. Estava sempre ameaçando sair de casa, deixando todos na miséria. Ninguém realmente gostava daquele sujeito sórdido. Ele aprendeu a ser sórdido com o próprio pai, aquele miserável que estava morto, apodrecido em algum caixão. O velho vinha de uma tradição de miseráveis bastardos. Na pequena cidade onde cresceu todos diziam odiar aquela família. Ninguém gostava deles. Eram vilões, gente ruim, sangue ruim. Ninguém realmente prestava naquela família dos infernos. 

Clinton amava artes. Ele era tão diferente daqueles parentes nojentos dele. Ele queria ser escritor ou artista, mas vivia sendo massacrado. O pai estava morrendo de câncer. O pior é que apesar de estar no bico do corvo continuava sendo o mesmo desgraçado de sempre. A alma era podre. O corpo estava podre agora, também. Não havia salvação para aquele desgraçado filho de uma puta, neto de Lúcifer. Gente ruim, sangue ruim, nem o cemitério queria. Quando morresse era melhor jogar na caçamba de lixo. Era o adequado a fazer. Clinton sabia que seu pai e os parentes familiares eram apenas isso, lixo putrefato! 

- Malditos desgraçados, dizia rangendo os dentes...

Pablo Aluísio. 

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