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sábado, 7 de agosto de 2021

Bem-Vindo à Selva

O "The Rock" (não o chame assim, porque ele desistiu desse "nome", dessa alcunha) segue firme na carreira. Seus filmes não são necessariamente grandes sucessos de bilheteria como acontecia com os brutamontes de ação dos anos 80, mas ele inegavelmente consegue se firmar na indústria de cinema, ano após ano. Dwayne Johnson é considerado um nome confiável pelos principais estúdios de Hollywood. Nesse "Bem-Vindo à Selva" ele segue basicamente a fórmula de praticamente todos os seus filmes. Os roteiros misturam cenas de ação bem elaboradas com bastante humor. Não são filmes para se levar muito à sério. É pura pipoca em forma de cinema, feito para a pura diversão realmente. Nada pretensioso, seus filmes não querem almejar reconhecimento da crítica. Apenas divertir.

Essa produção com história que se passa na selva Amazônica conta com cenas bem engraçadas como a queda exagerada, barranco abaixo, com um jipe caindo por cima dele e o furioso ataque de um macaco selvagem, de uma espécie aliás que só existe na África e não na selva Amazônica. Tudo bem, ninguém espera por algo a mais do que apenas diversão, então está valendo esse tipo de erro. O elenco coadjuvante traz a presença de Christopher Walken. Esse não precisa fazer esforço para ser engraçado. O próprio jeito de ser dele, natural, já garante o riso. Então é isso, um filme com The Rock que seus fãs não vão reclamar, em absoluto.

Bem-Vindo à Selva (The Rundown, Estados Unidos, 2003) Direção: Peter Berg / Roteiro: R.J. Stewart, James Vanderbilt / Elenco: Dwayne Johnson, Seann William Scott, Christopher Walken / Sinopse: Um grupo de americanos decide entrar nas profundezas da floresta Amazônica em busca de um suposto tesouro e acabam encontrando muitas aventuras selva adentro.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de novembro de 2018

22 Milhas

Mais um filme de ação que foi lançado recentemente nos cinemas. É um thriller movimentado, com edição nervosa, daquele tipo em que cada quadro dura apenas alguns segundos. Chega a ser alucinante em certos momentos. A trama é das mais simples: algumas cápsulas contendo Césio 139 (um material altamente radioativo) desapareceram. O serviço de inteligência do governo americano acredita que elas serão usadas por terroristas nas chamadas bombas sujas. Poucas gramas desse elemento químico poderiam matar centenas de milhares de pessoas numa grande cidade. O agente especial James Silva (Mark Wahlberg) está no grupo que precisa encontrar o Césio. Um policial diz saber onde estão as cápsulas. Só que ele exige duas condições para entregar sua localização: primeiro embarcar em um avião militar americano rumo aos Estados Unidos. Segundo ganhar asilo político. O problema é levar o tal delator para a pista de pouso. São 22 milhas até lá. Claro que muitos vão querer matá-lo antes que chegue em seu destino. O desafio é ficar vivo até chegar na pista de pouso. Basicamente é isso.

Não há maior desenvolvimento dos personagens principais. Até mesmo o agente Silva tem um passado explicado em poucos segundos. Ele era um jovem com alto QI que foi recrutado para participar de operações especiais, ultra secretas. O que importa no filme é desenvolver inúmeras sequências de ação. Uma mais mirabolante do que a outra. Tiros, explosões, carros voando para todos os lados. Destruição em massa.  Como o filme é curtinho, com edição alucinada, o espectador nem tem tempo de ficar entediado. Como mero filme de ação funciona muito bem, temos que admitir. Um tipo de diversão ligeira e eficiente. Até que vale o ingresso.

22 Milhas (Mile 22, Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Berg / Roteiro:  Lea Carpenter, Graham Roland / Elenco: Mark Wahlberg, Lauren Cohan, Iko Uwais / Sinopse: O agente James Silva (Mark Wahlberg) é designado para participar de uma operação que deve levar um delator até um avião rumo aos Estados Unidos. No caminho será necessário sobreviver pois muitos querem sua morte.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

Título no Brasil: Horizonte Profundo - Desastre no Golfo
Título Original: Deepwater Horizon
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Peter Berg
Roteiro: Matthew Michael Carnahan, Matthew Sand
Elenco: Mark Wahlberg, Kurt Russell, John Malkovich, Kate Hudson, Douglas M. Griffin, Ethan Suplee

Sinopse:
Com roteiro baseado em fatos reais, o filme mostra um momento decisivo na vida de Mike Williams (Mark Wahlberg), um homem feliz, bem casado, que adora sua pequena filha de 10 anos. Ele tem um emprego numa estação de extração de petróleo no golfo da Louisiana. Durante um teste padrão algo sai errado e tudo termina em um grande desastre, quando a estação sofre um enorme incêndio.

Comentários:
Esse estilo de filme, chamado pelos americanos de "Disaster Movies" e de "Cinema catástrofe" por nós, brasileiros, é um velho conhecido dos cinéfilos. Muitos deles são baseados em fatos reais, grandes tragédias que marcaram época. Esse é o caso aqui. O filme foi baseado no enorme incêndio que atingiu a estação "Deepwater Horizon". Nessa trama três personagens são bem centrais. O protagonista é um técnico de manutenção, interpretado por  Mark Wahlberg. Esse é o único personagem que é mais bem desenvolvido pelo roteiro, mostrando sua vida familiar, aspectos de sua vida pessoal. O outro é o chefe de segurança Jimmy Harrell (Kurt Russell). Ele é um profissional respeitado, premiado, por ser linha dura na segurança dos lugares onde trabalhou. É o único que bate de frente com a companhia, cujos interesses são defendidos por Mark Vidrine (John Malkovich), um supervisor que quer a estação funcionando à toda, para evitar custos e perda de dinheiro. O problema é que ainda não há certeza sobre a segurança dos equipamentos. Durante um teste de pressão da broca de exploração profunda tudo sai do controle. Depois que o fogo se alastra tudo se resume na busca pela sobrevivência naquele inferno de chamas, que para piorar tudo é localizado em alto-mar. Os efeitos especiais são bons, a produção idem, porém não consegui me empolgar em nenhum momento. Acredito que em termos de dramaticidade e emoção o filme deixe a desejar. Não empolga mesmo. Em muitos momentos soa burocrático. De interessante mesmo apenas as cenas finais quando somos apresentados às pessoas reais, aos sobreviventes. Vale por registrar essa história, mas como puro cinema não chega a emocionar. Falta mesmo emoção nessa obra. Uma pena.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O Dia do Atentado

Inicialmente não estava com muita vontade de assistir a esse filme. Como muitas pessoas que acompanharam os fatos na época do atentado em Boston, fiquei com a sensação de que o assunto já estava saturado. Foi algo marcante, mas assistir a um filme sobre isso não me animava muito. Porém como o filme estreou no Brasil nessa semana resolvi dar um voto de confiança ao diretor Peter Berg e ao ator Mark Wahlberg e resolvi conferir o filme. Olha, devo dizer que fui completamente surpreendido (mais uma vez!). O filme é muito bom, diria até mesmo excelente.

Sem perder tempo com bobagens o roteiro vai direto ao ponto. Em poucos minutos somos apresentados ao protagonista, o oficial da polícia de Boston Tommy Saunders (Mark Wahlberg) e em trinta minutos as cartas já estão na mesa. O atentado é cometido na maratona de Boston e começam as investigações para descobrir quem seria o autor daquele crime terrível. É a tal coisa, nem considero esse tipo de informação como spoiler porque os eventos reais são amplamente conhecidos pelo público. A não ser que você more na Coreia do Norte certamente sabe do que se trata a história do filme e como se deu seus principais desdobramentos - diria até mesmo seu final, como tudo acaba. É algo notório.

Isso porém passa longe de ser o mais importante aqui. O que realmente importa é a preciosa direção do cineasta Peter Berg que deu um dinamismo acima da média ao filme. Embora tenha mais de duas horas de duração, esse é aquele tipo de filme que você nem percebe que o tempo está passando. O elenco também está muito bem escolhido. Mark Wahlberg vem crescendo bastante na carreira. De astro chocho e sem graça ele vem conquistando cada vez mais espaço com bons filmes. Ele parece saber muito bem onde atuar. Suas escolhas andam certeiras nesse aspecto. Kevin Bacon, como o agente do FBI, também acertou em cheio. Ele tem uma participação bem pontual, mas igualmente importante.

E por falar em pequenas, mas preciosas atuações, o que podemos dizer do sargento interpretado por  J.K. Simmons? Ele começa surgindo apenas em pequenos momentos até entrar pra valer na cena que considero a melhor de todo o filme, quando a polícia de Boston encurrala o carro dos terroristas numa rua residencial suburbana da cidade. Excelente sequência, com trocas de tiros face a face! Enfim, falar mais seria estragar surpresas. Tudo o que você precisa saber mesmo no final é que "O Dia do Atentado" é um dos melhores filmes de 2017. Muito, muito bom!

O Dia do Atentado (Patriots Day, Estados Unidos, 2016) Direção: Peter Berg / Roteiro: Peter Berg, Matt Cook / Elenco: Mark Wahlberg, Kevin Bacon,  John Godman, J.K. Simmons, Michelle Monaghan/ Sinopse: Oficial do Departamento de Polícia de Boston é designado para participar da segurança da maratona anual da cidade. Inicialmente ele fica bem contrariado de ter que trabalhar naquele dia, em um serviço que ele considera de rotina. Tudo muda dramaticamente quando um atentado é cometido bem na linha de chegada da maratona, levando Boston a entrar em um situação de segurança nacional contra atentados terroristas. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Battleship - A Batalha dos Mares

Título no Brasil: Battleship - A Batalha dos Mares
Título Original: Battleship
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Berg
Roteiro: Jon Hoeber, Erich Hoeber
Elenco: Taylor Kitsch, Alexander Skarsgård, Brooklyn Decker, Liam Neeson

Sinopse:
Baseado no clássico jogo de combate naval, Battleship traz a estória de uma frota internacional de navios que se deparam com uma armada alienígena, enquanto participa de exercícios e jogos de guerra naval. Uma intensa batalha é travada em terra, mar e ar. O que os aliens afinal querem em nosso planeta? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Esse filme prova algumas coisinhas. A primeira é que não adianta ter apenas efeitos especiais de última geração para se criar um bom filme. A segunda é que sem um roteiro realmente bom tudo afunda, literalmente. E a terceira (e talvez a mais importante) é que não se cria grandes astros por decreto, da noite para o dia. Que o diga o ator Taylor Kitsch (da série "Friday Night Lights") cujos esforços em se tornar uma verdadeira estrela de cinema foram para o fundo do oceano junto com os navios digitais que surgem em cena. Na realidade o grande problema de "Battleship: A Batalha dos Mares" é que os produtores pensaram e acreditaram piamente que a parte técnica do filme o salvaria do fracasso. Realmente em termos de efeitos especiais não há o que reclamar. O problema é que assim como aconteceu na franquia "Transformers" não há nada muito além disso. A garotada pode até achar a sinopse e a proposta do filme bem divertidas, e quem sabe a fita possa servir de diversão ligeira para uma tarde entediada. Fora isso, olhando sob um prisma mais crítico, não há como deixar de entender tudo como uma grande bobagem mesmo, uma espécie de "Transformers em alto mar" que definitivamente não deu certo. Melhor rever os filmes de guerra clássicos da Segunda Guerra.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Tudo Pela Vitória

Eu sou um grande fã da série "Friday Night Lights". Fiz questão de assistir do primeiro ao último episódio. Até hoje considero um dos melhores trabalhos já feitos na TV americana em todos os tempos. Exagero? Nenhum. Entendo que muitos espectadores brasileiros desistiram de FNL simplesmente porque a trama girava em torno de um esporte que até hoje é visto com reservas em nosso país: o futebol americano. Realmente na terra do futebol jogado com os pés fica mesmo complicado para o brasileiro médio criar algum vínculo ou se interessar por algo assim tão diferente. Bom, quem pensou assim infelizmente perdeu uma série realmente maravilhosa. As pessoas deveriam entender que mesmo em filmes e séries que giram em torno de esportes que não tem popularidade no Brasil existem tramas bem escritas, roteiros bem trabalhados e atuações de respeito. Essa série foi premiada com vários Emmys ao longo do tempo mas mesmo assim nunca pegou no Brasil. Só posso lamentar.

Já esse filme, "Tudo Pela Vitória", que deu origem à série que tanto elogiei, é bem decepcionante. Curiosamente só vim a assistir anos depois que tinha terminado de assistir ao seriado "Friday Night Lights". Obviamente como era fã do que via na TV pensei que o filme que começou tudo seria do mesmo nível (ou até melhor). Ledo engano. Na verdade temos aqui algo bem inferior. Achei o longa frio, distante e fraco. Só dois atores da série aparecem mas entram mudos e saem calados. Não possuem a menor importância dentro da trama. A série é sem dúvida mil vezes superior. Nem Billy Bob Thornton, um profissional de que gosto muito, conseguiu salvar tudo do marasmo. Obviamente o enredo, a estória, tem o mesmo ponto de partida: os dramas, os sonhos e as desilusões de um grupo de estudantes colegiais americanos que sonham um dia se tornarem atletas profissionais da NFL (A liga de futebol americano dos EUA, cujas inicias são também as que dão nome ao filme e à série). Senti falta dos personagens de que tanto gostava e do enredo mais bem trabalhado. Claro que por ser um filme tínhamos que dar um desconto, afinal não há como desenvolver tão bem todos os personagens como em uma série de TV mas mesmo assim achei tudo muito sofrível. Uma pena.

Tudo Pela Vitória (Friday Night Lights, Estados Unidos, 2004) Direção: Peter Berg / Roteiro:  Buzz Bissinger, David Aaron Cohen / Elenco: Billy Bob Thornton, Jay Hernandez, Derek Luke / Sinopse: Filme que deu origem à série "Friday Night Lights". Um treinador veterano tenta montar uma equipe de futebol americano para vencer o torneio de equipes colegiais. No campo todos os jogadores dão o melhor de si pois isso pode significar a contratação para jogar numa equipe universitária, onde os caminhos para o NFL (a liga profissional do esporte) ficariam abertos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O Reino

Talvez o público não agüente mais falar nas intervenções americanas no Oriente Médio ou talvez o roteiro maniqueísta e manipulador tenha ultrapassado o limite do bom senso, não se sabe ao certo, mas o fato desse filme ter sido tão pouco visto talvez demonstre o esgotamento e saturação do tema no cinema. Afinal se todos os dias vemos na TV os equívocos americanos nos países árabes porque pagaríamos para ver a mesma coisa no cinema? O enredo mostra os esforços do agente do FBI Ronald Fluery (Jamie Foxx) em investigar um grave atentado promovido contra cidadãos americanos no Oriente Médio. Atuando em outro país, tendo que lidar com outra cultura e leis, o obstinado agente federal não mede esforços para chegar nos verdadeiros culpados dos atos terroristas. Jamie Foxx teve aqui a chance de demonstrar aos estúdios que poderia arcar com a responsabilidade de estrelar um sucesso, baseado apenas em sua presença do elenco, sem qualquer outro nome por trás. Infelizmente não deu muito certo pois o filme foi mal nas bilheterias.

Atribuo isso ao roteiro que não se exime de passar ao espectador uma visão muito preconceituosa, diria até mesmo racista, contra os árabes em geral. Os agentes americanos em ação, por exemplo, não procuram se dar ao trabalho de conhecer as leis e a cultura do país onde atuam. Passam por cima de tudo com a truculência que lhes é habitual. Além disso cometem o grave erro de generalizar a situação, a ponto de tornar qualquer um suspeito, pelo simples fato de ser árabe. De certa forma o filme não parece estar preocupado em discutir os grandes temas que envolvem as intervenções militares americanas naqueles países. Ao invés disso investe em cenas de ação, nem sempre com bons resultados. Sendo assim o filme acaba virando um belo retrato da forma como muitos americanos encaram esses conflitos. Para eles os terroristas estão em todas as partes e praticamente todos os árabes são suspeitos em potencial. No final da exibição a única certeza que tiramos é que de fato os americanos não parecem ter a menor noção da raiz dos problemas políticos e sociais do Oriente Médio.

O Reino (The Kingdom, Estados Unidos, 2007) Direção: Peter Berg / Roteiro: Matthew Michael Carnahan / Elenco: Jamie Foxx, Jennifer Garner, Jason Bateman, Chris Cooper, Andrew Espósito / Sinopse: Agente federal do FBI investiga um atentado terrorista contra americanos em um distante país árabe.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Hancock

Dividiu opiniões, alguns gostaram outros detestaram. Fico no meio termo. Nunca espero muito dos filmes de Will Smith, sei que ele é na essência um ator de blockbusters, então não espero muito e por isso não me decepciono. Esse Hancock pega carona na moda de filmes de super heróis mas apresenta algumas poucas novidades: A mais nítida delas é o próprio personagem central, Hancock. Ao invés de ser um sujeito valoroso, íntegro, dotado de responsabilidades para o bem comum da população ele é na verdade um beberrão, irresponsável e que não está nem aí para nada. É um super anti-herói, vamos dizer assim. A grande surpresa do filme é a presença de Charlize Theron, uma atriz talentosa demais para servir de mera escada para Smith. Confesso que ver Charlize em produções como essa me deixam desanimado e frustrado. Prefiro que ela faça mais filmes sérios e com temáticas mais profundas do que esse chiclete de verão. No começo de sua carreira ainda era aceitável ela estar em um produto como esse apenas como meio de viabilizar sua escalada ao estrelado mas agora?! Depois de vencer o Oscar e ser reconhecida como uma atriz de talento e conteúdo?! Até hoje não consegui entender porque ela aceitou participar de um filme assim - com um personagem tão derivativo, vazio, sem importância!

Já Will Smith segue na dele! O ator surgiu como comediante de TV e conseguiu realizar uma bem sucedida transição para o mundo do cinema aonde conseguiu emplacar um grande sucesso de bilheteria atrás do outro. Ele se tornou o rei do verão norte-americano. "Hancock", por exemplo, conseguiu uma excelente bilheteria mesmo sendo um filme muito fraco em termos artísticos. O fato é que o ator começa a se segurar nas fórmulas fáceis, ou seja, filmes com muito marketing e efeitos digitais, além das inevitáveis continuações sem fim. Depois de Homens de Preto 3 ele agora aposta na sequência de Hancock, prevista para chegar aos cinemas em 2014. Será que o repertório do ator finalmente chegou ao fim? Ao que tudo indica, sim. Basta ver seus futuros projetos já anunciados por seu agente: "Eu Robô 2", "Bad Boys 3", "Hancock 2"... pelo visto o ator vai se segurar agora em seus antigos sucessos para levar a carreira em frente. De resto fica o conselho: se estiver realmente a fim de ver algum blockbuster com personagens em quadrinhos procure pelos originais da Marvel ou da DC Comics. "Hancock" nada mais é que uma paródia - e nem das mais inteligentes. Entre um whisky falsificado do Paraguai e um original escocês de fábrica você nunca vai escolher o primeiro não é mesmo?

Hancock (Hancock, Estados Unidos, 2008) Direção: Peter Berg / Roteiro: Vincent Ngo, Vince Gilligan / Elenco: Will Smith, Charlize Theron, Jason Bateman,  Jae Head / Sinopse: John Hancock (Will Smith) tem superpoderes tais como aqueles que vemos nos grandes personagens de quadrinhos. O problema é que Hancock passa muito longe do bom mocismo. Ele bebe, arranjar confusões, promove bagunças e arruaças e demonstra ser um grande irresponsável. Seus modos porém irão mudar com a chegada de um novo desafio em sua vida.

Pablo Aluísio.