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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

O Estranho que Nós Amamos

Título no Brasil: O Estranho que Nós Amamos
Título Original:  The Beguiled
Ano de Lançamento: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: The Malpaso Company
Direção: Don Siegel
Roteiro: Albert Maltz, Irene Kamp
Elenco: Clint Eastwood, Geraldine Page, Elizabeth Hartman, Jo Ann Harris, Darleen Carr, Melody Thomas Scott

Sinopse:
Durante a guerra civil nos Estados Unidos, um soldado do exército da União é resgatado por um grupo de mulheres que vivem isoladas, tentando sobreviver em um rancho no sul do país. O soldado, muito ferido, é levado para o local e elas começam a tratar dele. Essa situação acaba criando uma grande tensão por causa de sua presença naquele local.

Comentários:
O roteiro desse filme foi baseado no romance escrito por Thomas Cullinan. Esse foi o primeiro grande diferencial em relação a outros filmes de faroeste do ator Clint Eastwood. Isso porque a história valorizava muito mais o relacionamento humano entre os personagens, sendo a ação deixada em segundo plano. O filme investe bastante na dualidade de se ter um soldado da União sendo tratado por mulheres sulistas, ou seja, ela estavam ajudando o inimigo de guerra. Isso por si só já seria ruim o bastante, mas ainda havia a questão da tensão sexual envolvida com a presença de um homem como ele no meio de tantas mulheres solitárias e abandonadas à própria sorte. Esse filme já demonstrava que Clint Eastwood estava preocupado em investir mais no conteúdo dramático de seus filmes. Para isso, ele produziu o filme e trouxe para dirigi-lo o excelente cineasta Don Siegel. O resultado é muito bom. Um filme realmente marcante. Houve, inclusive, um remake recente, mas esqueça esse novo filme. Embora seja até bem feito, não se compara esse original dos anos 70. Clint Eastwood estava em plena forma. Esbanjando carisma e boa atuação em um filme realmente acima da média.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O Inferno é Para os Heróis

O ator Steve McQueen foi um dos grandes ídolos do cinema de ação das décadas de 1960 e 1970. Ele morreu relativamente jovem, por um câncer agressivo causado por exposição ao amianto, justamente no período de sua vida em que prestou serviço militar. Curiosamente foi como soldado que ele conseguiu seus primeiros papéis no cinema. Afinal de contas ele ficava muito bem nesse tipo de personagem, justamente por ter sido um militar na vida real. De certa maneira nem precisava interpretar tanto, nem fazer pesquisa sobre seus personagens. O laboratório de interpretação havia sido sua própria vida antes de ir para o cinema. Era a arte imitando a vida. Aqui temos um filme de guerra estrelado por ele, uma produção que de certa maneira caiu no esquecimento depois de tantos anos de seu lançamento original, isso apesar de sua boa qualidade cinematográfica. O cenário onde se passa a ação desse filme é a Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial. No front de guerra, um pequeno grupo de soldados americanos é deixado para trás pelo exército, com a missão de  manter uma posição estratégica. 

O problema é que o pequeno pelotão está em menor número frente ao inimigo. Para tanto precisam convencer as tropas alemãs de que são bem mais numerosos do que realmente são. A linha de combate é ampla e cobre um grande território, mas os americanos se mostram firmes em defender sua posição. O roteiro explora muito bem a crueza do chamado combate corpo a corpo. Há boas cenas envolvendo um grupo avançado cujo objetivo é destruir uma casamata fortemente armada e defendida pelas tropas nazistas. Um dos aspectos que mais chamam a atenção em "O Inferno é Para os Heróis" é sua crueza e até mesmo frieza. O diretor Don Siegel optou por uma linha mais realista, deixando de lado toda a patriotada que caracterizou muitos filmes de guerra no apogeu de Hollywood. O clima é de leve desesperança, melancolia até, em um mundo destruído, em ruínas. O personagem de Steve McQueen passa longe de ser um herói romântico ou algo parecido. Para impactar ainda mais nesse aspecto o filme tem uma fotografia preto e branco bem mais escura do que o normal, enfatizando o clima de opressão e conflito que impera em toda a fita.

Outro ponto de destaque vem no elenco de apoio. Bobby Darin, cantor popular na época, principalmente cantando doces baladas românticas ao estilo de Frank Sinatra, encara um papel completamente diferente em sua carreira e não faz feio em cena. Já Nick Adams, da turma de James Dean e grande amigo pessoal de Elvis Presley, tem um pequeno papel, mas que no final se mostra bem relevante. Por fim James Coburn, com toda a sua competência habitual, acrescenta bastante ao filme interpretando um coronel durão. Era exatamente o tipo de papel que caía como uma luva em seu repertório de atuação. Enfim, se você gosta de bons filmes sobre a Segunda Guerra, "O Inferno É Para os Heróis" pode se tornar uma ótima pedida para o fim de semana.

O Inferno é Para os Heróis (Hell Is for Heroes, Estados Unidos, 1962) Direção: Don Siegel / Roteiro: Richard Carr, Robert Pirosh / Elenco: Steve McQueen, Bobby Darin, James Coburn, Nick Adams, Bob Newhart, Fess Parker / Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial um pequeno grupo de soldados americanos tenta manter de todas as formas sua linha de defesa contra as tropas alemãs, mesmo estando em menor número do que os soldados do III Reich.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Os Abutres Têm Fome

Inicialmente o projeto foi desenvolvido pela Universal para ser estrelado pelo casal Richard Burton e Elizabeth Taylor. O problema é que Liz pediu um cachê considerado absurdo pelo estúdio para fazer o filme. Como a Universal não estava disposta a pagar um milhão de dólares para que a atriz interpretasse a freirinha Sara, o filme tomou novos rumos. Saiu Richard Burton e entrou Clint Eastwood, que vinha de uma série de faroestes bem sucedidos ao lado de Sergio Leone. Elizabeth Taylor também foi substituída por Shirley MacLaine, que realmente adorou o roteiro. Penso que foi a escolha ideal, pois dificilmente o público veria Elizabeth Taylor como uma missionária, uma freira, perdida no meio do deserto mexicano. A atriz Shirley MacLaine então assumiu o papel da irmã Sara, que tentando levar a palavra de Cristo aos rincões mais distantes do México acabava ficando no meio do fogo cruzado da guerra que se desenvolvia naquele país. 

De um lado o povo mexicano lutando por sua liberdade, em um movimento rebelde conhecido como "Juanistas". Do outro lado as tropas de ocupação da França, tentando transformar o país em mais uma de suas colônias. Clint Eastwood interpretou um pistoleiro chamado Hogan, que era acima de tudo um mercenário, disposto a vender sua "força de trabalho" a quem pagasse mais. Após fazer um trato com um coronel Juarista, ele entrava no conflito ao lado dos rebeldes. O grande objetivo seria tomar uma importante guarnição francesa na região, usando para isso uma passagem secreta entre um monastério católico e o forte francês. Apesar de toda a trama passada nesse contexto histórico da guerra de libertação do México, o fato é que as melhores cenas de todo o filme se desenvolvem na relação entre a doce freira católica Sara (MacLaine) e o durão e rústico Hogan (Eastwood). Um choque de personalidades diferentes que rende ótimos momentos no filme. Eles se encontram por acaso no meio do deserto e o pistoleiro, mesmo sendo um cara de poucos amigos, resolve ajudar a freirinha. Há ótimos diálogos entre eles, o que ajuda a manter o filme interessante. Como não poderia deixar de ser, há toda uma tensão sexual entre os dois embora isso seja, por causa das convicções religiosas dela, algo impossível de acontecer.

Clint Eastwood e Shirley MacLaine estão excepcionalmente bem no filme, mostrando muito entrosamento e amizade em cena. Anos depois a atriz revelaria que ficara encantada com o México (onde o filme foi rodado), pois apesar da população ser extremamente pobre, era também um povo de muita fé e esperança em um país melhor. O diretor Don Siegel, em mais uma parceria com o ator Clint Eastwood, também se revela uma ótima escolha pois conseguiu equilibrar bem um roteiro bem escrito, baseado na amizade conflituosa entre a freira e o bandoleiro, com boas cenas de ação no final do filme. Fica então mais essa dica, "Os Abutres Têm Fome", mais um bom momento de Clint Eastwood no western.

Os Abutres Têm Fome (Two Mules for Sister Sara, Estados Unidos, 1970) Direção: Don Siegel / Roteiro: Budd Boetticher, Albert Maltz / Elenco: Shirley MacLaine, Clint Eastwood, Manuel Fábregas / Sinopse: Pistoleiro e mercenário (Eastwood) encontra com uma freirinha católica (MacLaine) perdida no meio do deserto e resolve lhe ajudar, bem no meio da guerra de libertação do México da invasão colonial francesa. Filme indicado ao Laurel Awards nas categorias de melhor atriz (Shirley MacLaine) e melhor ator (Clint Eastwood).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

O Último Pistoleiro

Na década de 1970 o ator John Wayne entrou na fase final de sua longa carreira. Tentando se renovar para o público mais jovem, tentou ir por novos caminhos. Se adequando aos novos tempos, flertou com novos gêneros e estilos. Uma dessas experiências ocorreu com "McQ, Um Detetive Fora da Lei ". Wayne faz o papel de um policial que após a morte de um companheiro, investigava um caso de tráfico de drogas cujas pistas acabavam indicando uma conexão com a própria polícia. O diretor Struges deixou aqui os espaços amplos do faroeste, estilo que o consagrou, para mostrar o mundo da criminalidade no grandes centros urbanos. Apesar da tentativa de mudança, seu lar era mesmo o western e o ator acabou retornando ao personagem que o fez ganhar o Oscar. Assim Wayne estrelou "Justiceiro Implacável" onde a filha de um pastor conta com a ajuda de um delegado federal beberrão para tentar encontrar os homens que mataram seu pai. Era a tão esperada continuação de "Bravura Indômita", com roteiro que lembrava o famoso "Uma Aventura na África". Ao seu lado em cena contracenava uma das atrizes mais premiadas da história, Katherine Hepburn. Este foi o penúltimo filme de John Wayne. Mesmo doente nunca pensou em se aposentar: Sobre isso declarou: "A única que sei fazer é trabalhar. A aposentadoria vai me matar".

Após ser diagnosticado com um câncer agressivo partiu para aquele que seria seu último filme. Novamente um western, novamente a mitologia do pistoleiro famoso que não consegue encontrar paz em sua vida. Antes do começo das filmagens falou sinceramente a um jornalista. Já velho e cansado desabafou: "É possível que não se interessem mais pelos serviços deste cavalo velho e o larguem no pasto, mas trabalharei até isso acontecer" Também brincou com o fato de algumas revistas afirmarem que estava ficando sem cabelos: "Não tenho vergonha da minha careca, mas não vejo por que obrigar as pessoas a vê-la". Em 1976 finalmente John Wayne se despediu das telas e fez sua última aparição nas telas nesse faroeste chamado "O Último Pistoleiro". Era o fim da estrada para o velho cowboy. O mais interessante é que seu personagem também aparecia envelhecido e doente, tentando lutar para se manter vivo com a dignidade que sempre o caracterizou. O roteiro, que tinha muito a ver com a própria vida do ator, trazia a história de um velho e lendário pistoleiro que sofria de câncer e procurava um local onde pudesse morrer em paz. Mas não conseguia escapar de sua reputação. Sempre havia alguém tentando desafiá-lo para um duelo final.

Era baseado em um romance de Glendon Swarthout e caía como uma luva para a despedida do lendário ator. Para contracenar ao seu lado, dois veteranos e amigos de longa data foram contratados pelo estúdio, James Stewart e Lauren Bacall. Velhos mitos do cinema se reencontrando pela última vez. O clima de despedida se torna óbvio ao longo do filme. John Wayne pressentiu que não mais voltaria ao cinema. Ele já estava abatido e abalado pelo tratamento que vinha fazendo e estava pronto para se aposentar definitivamente. Após concluir as filmagens começou uma batalha incansável contra o mal que o abatera. Com coragem ainda conseguiu lutar por heroicos três anos. Isso deixou os médicos surpresos pois seu tumor era bastante agressivo. O velho cowboy não se rendeu facilmente. Infelizmente em 11 de junho de 1979, o homem que melhor se identificou com os heróis da colonização americana e da mitologia do velho oeste, finalmente morreu de câncer nos pulmões. O homem se foi, mas a lenda está imortalizada para sempre em seus filmes. John Wayne, o eterno cowboy, estará para sempre no Olimpo dos deuses da sétima arte.

O Último Pistoleiro (The Shootist, Estados Unidos, 1976) Direção: Don Siegel / Roteiro: Glendon Swarthout, Miles Hood Swarthout / Elenco: John Wayne, James Stewart, Lauren Bacall, Ron Howard, John Carradine  / Sinopse: Velho pistoleiro no fim de sua vida tem que enfrentar um último grande desafio. Lutando contra uma doença grave, tem que responder por sua reputação de rápido no gatilho por onde quer que vá. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de arte (Robert F. Boyle e Arthur Jeph Parker). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Ron Howard).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Meu Nome é Coogan

"Meu Nome é Coogan" é um dos filmes mais curiosos da filmografia de Clint Eastwood. Aqui ele interpreta um assistente de Xerife do Arizona que vai até Nova Iorque trazer um prisioneiro sob custódia. O roteiro se baseia justamente no choque cultural entre o sujeito durão, do interior, e a grande cidade e seus costumes modernos, com resquícios ainda da geração hippie, ou seja, muita amor livre, drogas e promiscuidade, como convém ao clima ideológico reinante dentro dos jovens rebeldes da década de 1960. O roteiro obviamente brinca com a imagem de Eastwood de seus famosos faroestes e tenta tirar humor em cima da diferença de personalidade entre o sujeito austero e conservador com o ambiente liberal da cidade grande. O enredo poderia render muito mais na minha opinião, mas em seus 90 minutos vamos acompanhando muita perda de potencial do filme, justamente porque os roteiristas insistiram em criar um romance pouco convincente entre Clint e uma psicóloga, interpretada pela atriz Susan Clark.

Isso quebrou a coluna dorsal do filme pois o aspecto policial foi bastante prejudicado pelo quebra de ritmo do romance bem no meio da trama. Embora não seja um western Clint Eastwood repete seus personagens dos filmes de faroeste, só que aqui a ação obviamente se desloca para uma Nova Iorque sufocante, dos tempos atuais. A direção de Don Siegel se perde um pouco por causa dessa indecisão do roteiro, pois o filme não se decide em ser um filme de ação ou um romance mostrando a diferença de costumes do casal. Uma hora o filme se torna ágil e rápido para depois cair em cenas absurdamente arrastadas. Enfim, "Meu Nome é Coogan" é um bom policial com jeitão de western, mas seguramente poderia ser bem melhor se não tivessem apelado tanto para o namorico de fotonovela do personagem principal.

Meu Nome é Coogan (Coogan´s Bluff, Estados Unidos, 1968) Direção: Don Siegel / Roteiro: Herman Miller / Elenco: Clint Eastwood, Lee J. Cobb, Susan Clark, Don Stroud / Sinopse: Coogan (Clint Eastwood) é um xerife do Arizona que tenta recapturar um fugitivo nas ruas movimentadas de Nova Iorque. Enquanto ele caça o criminoso, acaba se apaixonando por uma jovem garota que conhece na cidade grande.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

A Caçada

Ben Chamberlain (Henry Fonda) chega numa pequena cidade localizada no final da estrada de ferro, bem no meio de um deserto inóspito. Ele vai ao vilarejo atrás de notícias do paradeiro de Alma Britten (Madylen Rhue). O problema é que os moradores locais se recusam a dar maiores informações sobre a garota. Depois de muito procurar finalmente Ben a localiza em uma cabana nos arredores da cidadela, mas para seu infortúnio a encontra morta por espancamento. Para piorar ainda mais o que já era ruim logo é acusado pelo Xerife Vince McKay (Michael Parks) de ter assassinado a jovem. Sem saída foge para o deserto e é caçado pelos homens da lei.

"A Caçada" é uma experiência que Henry Fonda fez em 1967. Ator consagrado de cinema aceitou realizar esse telefilme para a Universal. O curioso é que apesar de ser um produto televisivo "Stranger On The Run" não apresenta uma produção modesta, pelo contrário, o filme mostra uma boa reconstituição de época, inclusive com o uso de toda uma cidade cenográfica com direito a trilhos de ferrovia e trens antigos. Certamente não é um telefilme típico da TV americana dos anos 60. É bem melhor.

Henry Fonda surge em um papel diferente dos que estava acostumado a interpretar em filmes de western. Aqui ele não é um ás do gatilho e nem muito menos um pistoleiro profissional. Na realidade seu personagem Ben Chamberlain é apenas um cidadão comum acusado de um crime que não cometeu. Fonda como sempre está muito bem, numa interpretação muito coesa e adequada. Sua parceira em cena, Anne Baxter, também demonstra talento e carisma. O problema em termos de elenco surge na figura do ator Michael Parks que faz o xerife que caça Fonda. Sem muita expressão não consegue ficar à altura de Henry em nenhum momento. No elenco de apoio ainda temos Sal Mineo fazendo um membro do bando do Xerife.

"A Caçada" foi dirigido por Don Siegel, diretor de TV que depois iniciaria uma ótima parceria com Clint Eastwood em alguns dos mais lembrados faroestes da década de 1970. Pelo jeito tomou gosto pela mitologia do western. Então é isso, "A Caçada" é uma produção feita para a TV que está bem acima da média do que se produzia naquela década. É sem dúvida um filme menor dentro da rica filmografia do mito Henry Fonda mas não deixa de ser um bom western que merece ser redescoberto nos dias atuais.

A Caçada (Stranger On The Run, EUA, 1967) Direção: Don Siegel / Roteiro: Dean Riesner, Reginald Rose / Elenco: Henry Fonda, Anne Baxter, Michael Parks, Sal Mineo / Sinopse: Ben Chamberlain (Henry Fonda) é um forasteiro acusado injustamente de ter assassinado uma jovem. Lutando por sua vida foge para o deserto onde passa a ser caçado pelo xerife McKay (Michael Parks) e seu bando de auxiliares.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Vampiros de Almas

Título no Brasil: Vampiros de Almas
Título Original: Invasion of the Body Snatchers
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: Daniel Mainwaring, Jack Finney
Elenco: Kevin McCarthy, Dana Wynter, Larry Gates
 
Sinopse:
Ao retornar para a pequena cidadezinha onde mora na Califórnia o Dr. Miles J. Bennell (Kevin McCarthy) começa a receber reclamações estranhas de seus pacientes. Para esses haveria algo muito anormal acontecendo, pois seus parentes não seriam mais quem dizem ser. Eles se pareceriam com seus maridos, tios, pais, mas definitivamente não seriam eles na verdade. Intrigado o Dr. Milles começa a investigar o que estaria acontecendo. Seria algum tipo de delírio coletivo? No mínimo tudo soaria muito estranho... Aos poucos ele vai descobrindo a terrível verdade. O problema é convencer alguém do que estaria acontecendo de fato. Plantas alienígenas estariam trocando os seres humanos por cópias perfeitas? Quem acreditaria em algo tão absurdo?

Comentários:
Esse filme é considerado um dos grandes clássicos de Ficção dos anos 50. O enredo foi baseado em um conto escrito por Jack Finney para a revista de literatura fantástica "Collier's magazine serial". Imaginem uma invasão bem sutil de uma raça de aliens que ao invés de enfrentar os seres humanos em uma grande guerra de mundos estaria aos poucos substituindo todos os humanos por cópias de si mesmos. As estranhas criaturas seriam uma simbiose entre o mundo animal e vegetal e estariam determinadas a conquistar o planeta, se livrando da humanidade que para eles seria completamente descartável por serem seres emocionais e propensos a atos de violência irracional. O roteiro assim joga com o suspense da situação, sem nunca apelar para os efeitos especiais ou monstros, como era de praxe na época. O curioso dessa produção é que ela joga mais com o lado intelectual da situação do que com qualquer outra coisa. Há certamente cenas de ação e tudo mais (como quando os protagonistas fogem colina acima, perseguidos por uma multidão de abduzidos), mas nada disso é o foco principal da fita. Na verdade o criador do conto original fez uma analogia em cima do clima de paranoia em que vivia a sociedade americana. Havia um temor que o comunismo invadisse e destruísse os valores americanos. Isso fica bem claro quando o médico é informado por um dos seres que o objetivo dos aliens seria a construção de uma sociedade sem individualidade, onde todos seriam iguais, subordinados, sem diferenças entre si (e sem emoções também!). Ora, basta entender o contexto histórico do lançamento de "Invasion of the Body Snatchers" para entender bem onde o argumento queria chegar. Claro que passados tantos anos a ideia já não soa tão original como nos anos 50, afinal de contas o filme foi extremamente imitado por décadas! Mesmo assim não há como negar que é realmente um marco na história do universo Sci-Fi americano. Depois de filmes como esse não haveria mais limites para a imaginação dos roteiristas. Sob esse ponto de vista "Vampiros de Almas" realmente fez escola e pode ser considerado uma das ficções mais influentes da história do cinema americano. Pequena obra prima.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O Homem que Burlou a Máfia

Charley Varrick (Walter Matthau) e sua quadrilha decidem assaltar um pequeno banco de interior nos Estados Unidos. A intenção é roubar uma quantia razoável de dinheiro e partir para mais um novo assalto em outra cidade. Os planos porém ficam pelo meio do caminho. Dos quatro membros do bando dois são mortos em confronto com a polícia na fuga. Varrick porém percebe que se tiveram azar na execução no crime, por outro lado tiveram muita sorte em relação ao valor que conseguiram roubar: uma pequena fortuna, algo que nem mesmo eles estavam esperando. Quase um milhão de dólares em dois grandes sacos. O que eles não poderiam esperar era que todo aquele dinheiro pertenceria à máfia que logo coloca um assassino profissional, Molly (Joe Don Baker), na caça de Varrick e seu comparsa. O objetivo agora passa a ser outro: sobreviver ao cerco dos mafiosos.

Don Siegel era genial. Exagero? Basta conferir esse filme para entender como esse cineasta era talentoso. Ele conta com maestria a estória de um assalto a banco que acabou saindo muito do controle. O roteiro é muito bem escrito (baseado no romance policial de  John Reese). Praticamente não há mocinhos nesse enredo, mas apenas bandidos tentando passar a perna em outros bandidos. O protagonista Varrick é um mestre em se safar da piores armadilhas. Inicialmente ele desconfia que tal montante de dinheiro só poderia vir do mundo do crime pois o assalto que realizam foi feito numa pequena agência de interior, onde geralmente circula um pequeno valor em seus cofres. Por um ato de sorte eles assaltam o lugar logo no dia em que uma fortuna da máfia está por lá, pronto para ser enviada ao exterior numa típica manobra de lavagem de dinheiro. Agora é lutar para sobreviver pois com os mafiosos não existirá julgamento e nem negociação. Todos os envolvidos são caçados para serem mortos sem piedade. Varrick só conta assim com sua esperteza e sua capacidade de se sair das piores situações. Além de Siegel outro que merece todos os elogios é o ator Walter Matthau. Ele era aquele tipo de ator que conseguia se sair bem tanto em comédias, dramas ou filmes policiais como esse. Ao seu modo o velho Matthau também era um gênio, só que da atuação.

O Homem que Burlou a Máfia (Charley Varrick, EUA, 1973) Direção: Don Siegel / Roteiro: Howard Rodman, baseado no romance de Howard Rodman / Elenco: Walter Matthau, Joe Don Baker, Andrew Robinson, Felicia Farr, Woodrow Parfrey / Sinopse: Um bando de assaltantes de bancos assalta uma agência e rouba uma pequena fortuna, para sua completa surpresa pois eles não estavam esperando colocar as mãos em tanto dinheiro como aquele. Acontece que o dinheiro roubado pertenceria na verdade à Máfia que não definitivamente não deixaria barato aquele crime. Filme premiado no BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Walter Matthau).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Perseguidor Implacável

Resolvi rever o primeiro filme da série Dirty Harry, que no Brasil se chamou Perseguidor Implacável. O filme, um policial eficiente, sempre foi polêmico por causa de seu subtexto. Basicamente ele prega a ineficiência do sistema jurídico e a vingança olho por olho, dente por dente, como uma forma de saciar a sede de justiça da sociedade. Esse roteiro fez escola, todo filme do gênero em que você se depara com um policial cansado da burocracia ineficiente do Estado que resolve limpar as ruas por conta própria é de certa forma um herdeiro desse famoso personagem interpretado por Clint Eastwood. Para Dirty Harry tudo é muito simples, basta empunhar sua Magnum 44 e mandar fogo em cima dos meliantes. Fácil, rápido e eficaz; Em determinada cena do filme Harry se irrita quando o comissário de polícia lhe avisa que a prisão que ele fez era completamente ilicita e que não teria valor jurídico, o que iria ocasionar a soltura do criminoso, que assim estaria de volta às ruas. O problema nasceu porque o detetive interpretado por Clint Eastwood havia invadido um local sem mandado judicial, pois ele simplesmente arrebentou as portas e foi lá pegar o bandido.

Como prega o direito dos países ocidentais não se pode invadir um local sem autorização judicial. Para o cidadão comum isso não passa de uma fírula jurídica, até porque no final tudo não deu certo? Harry não prendeu o Serial Killer? Bom, essa visão simplista não iria valer se o local invadido fosse sua própria casa, não é mesmo? É isso, as pessoas de uma forma em geral não conseguem entender que todos esses direitos e garantias individuais servem para proteger o cidadão do próprio Estado, que sem nenhum tipo de norma que regulasse o seu poder iria obviamente abusar do mesmo. Tirando essas questões sociais de lado o fato é que como diversão o filme funciona muito bem. Clint deixou os filmes de western de lado e levou a ética que movia seus personagens sem nome para a selva da cidade grande, para o caos urbano onde impera a violência sem limites. O filme, apesar de ser totalmente incorreto do ponto de vista político se tornou um grande sucesso de bilheteria, gerando várias continuações. Curiosamente Clint Eastwood iria virar as costas para Dirty Harry quando emplacou sua carreira política - ele chegou a se tornar prefeito de uma cidade americana. A mensagem de violência do justiceiro Harry não caia muito bem nos palanques.

Perseguidor Implacável (Dirty Harry, Estados Unidos, 1971) Direção: Don Siegel / Roteiro: Harry Julian Fink, Rita M. Fink / Elenco: Clint Eastwood, Andrew Robinson, Harry Guardino / Sinopse: A população da cidade de San Francisco fica em pânico ao saber que há um novo assassino em série pela ruas. Ele se auto denomina 'Scorpio Killer' e está disposto a espalhar o terror entre a sociedade. Antes disso porém terá que enfrentar o detetive Harry Callahan (Clint Eastwood), conhecido pela imprensa como "Dirty Harry" por causa de seus métodos violentos de lidar com a criminalidade. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards na categoria de Melhor Filme. 

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Alcatraz - Fuga Impossível

Título no Brasil: Alcatraz - Fuga Impossível
Título Original: Escape from Alcatraz
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: J. Campbell Bruce, Richard Tuggle
Elenco: Clint Eastwood, Patrick McGoohan, Roberts Blossom

Sinopse: 
Baseado em fatos reais o filme "Alcatraz - Fuga Impossível" conta a história do prisioneiro Frank Morris (Clint Eastwood). Levado para a prisão de segurança máxima do rochedo de Alcatraz em San Francisco ele decide junto a um grupo de comparsas tentar algo que parecia simplesmente impossível: Fugir da rocha (como era chamada a prisão) em direção à liberdade!

Comentários:
Belo filme com Clint Eastwood no auge de sua popularidade. Gostei bastante por vários motivos, um deles é que o roteiro é extremamente fiel aos acontecimentos reais: a fuga de Frank Morris de Alcatraz, considerado o único (ao lado de dois irmãos) que conseguiu fugir dessa penintenciária de segurança máxima dos EUA. O personagem real tinha um QI altíssimo e mostrou isso dando o fora da Rocha. Outro aspecto digno de nota é que até hoje não se sabe ao certo o que aconteceu com esse fugitivo. Teria conseguido a liberdade, alcançando San Francisco e de lá sumido para sempre? Ou teria sido levado pelas fortes correntezas da maré da baía de San Francisco e se afogado? A única certeza é que sim, ele realmente passou pelas muralhas de Alcatraz, algo considerado único na história do complexo penitenciário. Seu corpo nunca foi encontrado, aumentando e muito o mistério sobre seu destino. O roteiro é de fato excelente e apesar de contar uma história que todos sabem o final consegue empolgar e prender a atenção do espectador do começo até o fim. Clint Eastwood em grande forma mostra como se faz cinema de ação e aventura de verdade. Há muitos anos tinha assistido mas hoje decidi rever. Estou fazendo uma retrospectiva da carreira de Eastwood. Esse é simplesmente perfeito.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Meu Nome é Coogan

"Meu Nome é Coogan" é um dos filmes mais curiosos da filmografia de Clint Eastwood. Aqui ele interpreta um assistente de Xerife do Arizona que vai até Nova Iorque trazer um prisioneiro sob custódia. O roteiro se baseia justamente no choque cultural entre o sujeito durão, red neck do interior, e a grande cidade e seus costumes modernos, com resquícios ainda da geração Hippie (entenda-se muita amor livre, drogas e promiscuidade, como convém ao clima ideológico reinante dentro dos jovens rebeldes da década de 1960). O roteiro obviamente brinca com a imagem de Eastwood de seus famosos faroestes e tenta tirar humor em cima da diferença de personalidade entre o sujeito austero e conservador com o ambiente liberal da cidade grande. O enredo poderia render muito mais na minha opinião mas em seus 90 minutos vamos acompanhando muita perda de potencial do filme, justamente porque os roteiristas insistiram em criar um romance pouco convincente entre Clint e uma psicóloga (interpretada pela atriz Susan Clark). 

Isso quebrou a coluna dorsal do filme pois o aspecto policial foi bastante prejudicado pelo quebra de ritmo do romance bem no meio da trama. Embora não seja um western Clint Eastwood repete seus personagens dos filmes de faroeste, só que aqui a ação obviamente se desloca para uma Nova Iorque sufocante, dos tempos atuais. A direção de Don Siegel se perde um pouco por causa dessa indecisão do roteiro pois o filme não se decide em ser um filme de ação ou um romance mostrando a diferença de costumes do casal. Uma hora o filme se torna ágil e rápido para depois cair em cenas absurdamente chatas e arrastadas. Enfim, "Meu Nome é Coogan" é um bom policial com jeitão de western mas seguramente poderia ser bem melhor se não tivessem apelado tanto para o namorico de fotonovela do personagem principal.

Meu Nome é Coogan (Coogan´s Bluff, Estados Unidos, 1968) Direção: Don Siegel / Roteiro: Herman Miller / Elenco: Clint Eastwood, Lee J. Cobb, Susan Clark, Don Stroud / Sinopse: Coogan (Clint Eastwood) é um xerife do Arizona que tenta recapturar um fugitivo nas ruas movimentadas de Nova Iorque.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Vampiros de Almas

Ao retornar para a pequena cidadezinha onde mora na Califórnia, o Dr. Miles J. Bennell (Kevin McCarthy) começa a receber reclamações estranhas de seus pacientes. Para esses haveria algo muito anormal acontecendo, pois seus parentes não seriam mais quem diziam ser. Eles se pareceriam com seus maridos, tios, pais, mas definitivamente não seriam eles na verdade. Intrigado o Dr. Milles começa a investigar o que estaria acontecendo. Seria algum tipo de delírio coletivo? No mínimo tudo soaria muito estranho... Aos poucos ele vai descobrindo a terrível verdade. O problema é convencer alguém do que estaria acontecendo de fato. Plantas alienígenas estariam trocando os seres humanos por cópias perfeitas? Quem acreditaria em algo tão absurdo?

Esse filme é considerado um dos grandes clássicos de Ficção dos anos 50. O enredo foi baseado em um conto escrito por Jack Finney para a revista de literatura fantástica "Collier's magazine serial". Imaginem uma invasão bem sutil de uma raça de aliens que ao invés de enfrentar os seres humanos em uma grande guerra de mundos estaria aos poucos substituindo todos os humanos por cópias de si mesmos. As estranhas criaturas seriam uma simbiose entre o mundo animal e vegetal e estariam determinadas a conquistar o planeta, se livrando da humanidade que para eles seria completamente descartável por serem seres emocionais e propensos a atos de violência irracional.

O roteiro assim joga com o suspense da situação, sem nunca apelar para os efeitos especiais ou monstros, como era de praxe na época. O curioso dessa produção é que ela joga mais com o lado intelectual da situação do que com qualquer outra coisa. Há certamente cenas de ação e tudo mais (como quando os protagonistas fogem colina acima, perseguidos por uma multidão de abduzidos), mas nada disso é o foco principal da fita. Na verdade o criador do conto original fez uma analogia em cima do clima de paranoia em que vivia a sociedade americana. Havia um temor que o comunismo invadisse e destruísse os valores americanos. Isso fica bem claro quando o médico é informado por um dos seres que o objetivo dos aliens seria a construção de uma sociedade sem individualidade, onde todos seriam iguais, subordinados, sem diferenças entre si (e sem emoções também!).

Ora, basta entender o contexto histórico do lançamento de "Invasion of the Body Snatchers" para entender bem onde o argumento queria chegar. Claro que passados tantos anos a ideia já não soa tão original como nos anos 50, afinal de contas o filme foi extremamente imitado por décadas! Mesmo assim não há como negar que é realmente um marco na história do universo Sci-Fi americano. Depois de filmes como esse não haveria mais limites para a imaginação dos roteiristas. Sob esse ponto de vista "Vampiros de Almas" realmente fez escola e pode ser considerado uma das ficções mais influentes da história do cinema americano. Pequena obra prima.

Vampiros de Almas (Invasion of the Body Snatchers, Estados Unidos, 1956) Estúdio: Allied Artists Pictures / Direção: Don Siegel / Roteiro: Daniel Mainwaring, Jack Finney / Elenco: Kevin McCarthy, Dana Wynter, Larry Gates / Sinopse: Numa pequena cidade da Califórnia um pesquisador começa a investigar um estranho fenômeno envolvendo diversas pessoas. Para alguns eles não seriam mais as mesmas pessoas, embora tivessem a mesma aparência de antes.
  
Pablo Aluísio.

 

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Onde Impera a Traição

Título no Brasil: Onde Impera a Traição
Título Original: The Duel at Silver Creek
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: Gerald Drayson Adams
Elenco: Audie Murphy, Faith Domergue, Stephen McNally, Susan Cabot, Gerald Mohr, Eugene Iglesias

Sinopse:
O cowboy e pistoleiro Luke Cromwell (Audie Murphy), também conhecido como "The Silver Kid" resolve se unir ao xerife Lightning Tyrone (Stephen McNally) para defender uma pequena cidade do velho oeste de uma quadrilha de bandoleiros, assassinos e saqueadores violentos e cruéis.

Comentários:
Esse filme tem alguns aspectos importantes. O primeiro deles é que foi dirigido pelo ótimo cineasta Don Siegel. Nesses últimos anos ele tem sido considerado um dos melhores diretores de faroeste da história por críticos de cinema e historiadores de arte. Um verdadeiro artesão da sétima arte. Segundo, o filme foi roteirizado por Gerald Drayson Adams, que era escritor, autor de livros romanceados com histórias que se passavam justamente no velho oeste, ou seja, ele entendia bem do tema que era a base de seu roteiro. Por fim essa foi uma das produções comerciais mais bem sucedidas da carreira do astro Audie Murphy. Ele não era ator de profissão, mas sim um veterano condecorado na II Guerra Mundial. Por isso a Universal ainda tinha dúvidas se ele poderia dar certo no cinema. Acabou dando, como foi bem provado pelos números alcançados nas bilheterias da época. E ele acabou se tornando um dos cowboys mais queridos da mitologia do faroeste no cinema. Talvez por ter morrido precocemente, sua fama ficou intacta, gerando nostalgia e Alegria para o seu grande fã clube, inclusive no Brasil, onde sempre foi um ator muito querido dos fãs de filmes de western.

Pablo Aluísio.