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domingo, 21 de maio de 2023

Tormenta

Tormenta
Ridley Scott dispensa maiores apresentações. Eu sempre o considerei um dos melhores diretores de sua geração em Hollywood. Só que devemos considerar que até mesmo os maiores mestres fazem filmes menores. Esse "Tormenta" é um dos filmes menores de Scott. Hoje em dia quase ninguém mais lembra dessa fita dos anos 90. Ninguém dá muita bola para falar a verdade. E credito esse fato ao roteiro que não é grande coisa mesmo. Para falar a verdade, o filme tenta se sustentar o tempo todo nos efeitos visuais, o que sempre foi um erro, ainda mais para uma produção como essa que tentava reviver os velhos tempos do cinema-catástrofe dos anos 70.

E apesar dos resultados modestos, o diretor até que contou com um bom elenco em cena. Como sempre Jeff Bridges segurou muito bem as pontas. Ele sempre foi subestimado em Hollywood, mas sempre o considerei um bom ator, tanto que conseguia se sair bem em personagens mais dramáticos, como também em filmes de ação como esse. Seu personagem aqui, por exemplo, é plenamente físico, de atuação física e ele, mesmo não sendo um action hero, deu conta do recado. O elenco jovem também revelou um astro teen dos anos 90, o Scott Wolf que depois iria fazer muito sucesso na TV com o excelente seriado "O Quinteto", que eu na época acompanhava e adorava. Ryan Phillippe também teria uma boa carreira em Hollywood. Enfim, se você gosta do Ridley Scott dê uma nova chance ao filme. 

Tormenta (White Squall, Estados Unidos, 1996) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Charles Gieg Jr, Felix Sutton / Elenco: Jeff Bridges, Scott Wolf, Ryan Phillippe, Caroline Goodall, John Savage / Sinopse: Um grupo de adolescentes passa por provas de coragem em um pequeno veleiro que é atingido por uma tormenta em alto-mar no Caribe. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Crash - No Limite

Título no Brasil: Crash - No Limite
Título Original: Crash
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Paul Haggis
Roteiro: Paul Haggis, Bobby Moresco(s
Elenco: Don Cheadle, Matt Dillon, Sandra Bullock, Ryan Phillippe, Brendan Fraser, Karina Arroyave

Sinopse:
Diversos personagens, todos moradores da cidade de Los Angeles, passam pelos problemas da vida cotidiana. Nessa ampla galeria encontramos uma esposa com problemas no casamento, policiais que precisam lidar com a violência da cidade grande e o stress de uma vida sem limites. Filme premiado no Oscar nas categorias de melhor filme, roteiro original e edição.

Comentários:
Assisti no cinema, na época de seu lançamento original. Considero um bom filme, com a maioria das cenas rodadas pelas noites violentas e estafantes de Los Angeles. O roteiro vai mostrando a vida de todos os personagens, para que depois, de uma maneira ou outra, seus destinos se cruzem em uma das rodovias da cidade. O hype foi intenso quando esse filme chegou no Brasil. Os críticos se debruçaram em linhas e mais linhas de elogios exagerados. A expectativa ficou lá em cima, mas como quase sempre acontece, o filme não era tudo o que diziam dele. Não me interpretem mal, não considero um filme ruim, longe disso, só que exageraram um pouco na dose quando escreveram sobre ele. E definitivamente foi bom para a carreira de alguns atores, entre eles Matt Dillon, que ganhou uma surpreendente indicação ao Oscar e Sandra Bullock, que estava em busca de maior reconhecimento por seu talento de atriz. Então é isso. Bom filme, só não espere por algo grandioso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Studio 54

Filme muito bom que resgata parte da história noturna de Nova Iorque. Na década de 1970, em pleno auge da disco music, uma discoteca foi aberta na cidade. Chamada de "Studio 54" virou point de encontro de escritores, atores, atrizes, diretores de cinema e intelectuais em geral. Em um tempo em que não havia a AIDS e não havia risco de vida em ser libertino, esse lugar acabou se tornando um ponto de referência para quem desejava curtir uma noite sem medo, sem culpas. E como não poderia deixar de ser, também era uma discoteca onde rolava muita droga. A cocaína, por exemplo, era servida aos clientes em grandes bandejas de metal. O clima era de euforia à base de narcóticos.

Como era uma discoteca frequentada por ricos e famosos a polícia da cidade nunca fazia batidas e quando isso acontecia todos já sabiam que havia um acordo entre os donos da Studio 54 e o departamento de polícia da cidade. Até porque não era raro também a presença de políticos conhecidos da cidade, sendo que até mesmo o prefeito podia ser encontrado ali, talvez cheirando cocaína no banheiro! Eu gostei do filme. Esse clima de decadência dos anos 70 geralmente rende bons filmes e séries. Tudo era muito exagerado, kitsch, com os cabelos armados e as calças bocas de sino. E, por fim, o clima em geral me lembrou muito da ótima série "The Deuce" que se passa na mesma época, com os roteiros explorando os mesmos lugares ao estilo inferninho. Vale a pena fazer uma dobradinha entre o filme e a série.

Studio 54 (54, Estados Unidos, 1998) Direção: Mark Christopher / Roteiro: Mark Christopher / Elenco: Ryan Phillippe, Salma Hayek, Neve Campbell / Sinopse: A famosa boate da cidade de Nova York dos anos 70 vista e contada pelos olhos de um jovem empregado. Filme com roteiro baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Caos

Após uma operação policial mal sucedida em que morre uma refém, o detetive Quentin Conners (Jason Statham) é suspenso da corporação. Seu retorno só acontece quando uma quadrilha domina uma agência bancária no centro de Seattle. Liderados pelo misterioso Lorenz (Wesley Snipes), eles exigem a presença de Conners nas negociações. De volta à ativa as coisas novamente não saem muito bem. Para piorar o veterano policial precisa lidar com seu novo parceiro, Shane Dekker (Ryan Phillippe), um novato recém saído da academia de polícia. Ao seu lado ele tentará colocar o bando de Lorenz atrás das grades. Nada é o que aparenta ser nesse bom filme de ação. Esse é aquele tipo de filme que qualquer comentário fora do lugar estragará as várias surpresas do roteiro. Esse por sua vez é muito bem bolado e mantém o espectador o tempo todo em suspense.

Há dois eventos que definirão toda a estória. A primeira acaba sendo o estopim de tudo o que acontecerá em cena. Conners e seu parceiro acabam cometendo um erro numa ponte durante uma forte chuva. Há uma refém e um criminoso apontando a arma em sua direção. Como sair dessa armadilha? Um dos policiais perde o controle e atira. A refém é morta. Depois o sequestrador também é baleado. Os dois detetives são afastados. Um deles é expulso, mas o personagem de Statham consegue ficar no departamento de polícia, ainda que afastado e suspenso por tempo indeterminado. O segundo evento crucial do filme surge quando um banco é assaltado, todos os criminosos são liderados pelo frio e calculista Lorenz (Snipes). Ele parece conhecer muito bem a forma como Conners (Statham) trabalha e por isso o chama para servir como negociador. Mas afinal o que haveria por trás de todo esse suposto crime? O grande mérito desse roteiro inteligente é a reviravolta que acontece nos 10 minutos finais. Talvez você não pegue todas as pistas que vão sendo deixadas pelo caminho. Melhor assim. Uma das grandes graças de se assistir a filmes como esse é justamente se surpreender com o desenrolar dos fatos. Nesse aspecto o diretor Tony Giglio se saiu excepcionalmente bem. E Jason Statham é aquele tipo de ator que sempre vale a pena conferir seus filmes.

Caos (Chaos, Estados Unidos, Inglaterra, 2005) Estúdio: Sony Pictures / Direção: Tony Giglio / Roteiro: Tony Giglio / Elenco: Jason Statham, Ryan Phillippe, Wesley Snipes, Jessica Steen / Sinopse: Policial veterano com parceiro novato precisa lidar com a inexperiência do jovem policial, ao mesmo tempo em que tanta colocar um perigoso criminoso que está solto atrás das grades.
  
Pablo Aluísio.

sábado, 14 de abril de 2018

Jason Statham - Chaos

O filme se chama "Chaos" (no Brasil "Caos"). Foi produzido em 2005, mas eu nunca havia assistido. Como achei o elenco interessante e como se trata de uma produção britânica resolvi conferir. Aliás aqui vai uma dica que é (quase) certeira: qualquer filme policial inglês com Jason Statham é no mínimo bom. Todos sabem que Jason é bem irregular na carreira, alternando bons filmes com porcarias, porém quando ele acerta a coisa toda funciona muito bem. E sabe-se lá o porquê o fato é que sempre quando trabalha no cinema inglês a coisa dá certo.

Veja o caso desse filme policial. É fato que qualquer filme sobre roubo de bancos agrada. É muito difícil errar a mão nesse tipo de roteiro. Agora imagine colocar como vilão do enredo o ator Wesley Snipes. Ele passou um tempo na prisão por sonegação de impostos, mas conseguiu dar a volta por cima. Não cometeria o absurdo de dizer que Snipes é um grande ator, porém dentro do tipo de filme que ele se propôs a estrelar se sai muito bem. Pois bem, aqui está Snipes no comando de um grande roubo a banco. Sua quadrilha tem entre 10 a 12 homens. Todos fortemente armados. Como era hora de pico, de movimento, o banco estava lotado quando a quadrilha chega. Assim rapidamente são feitos de reféns mais de 40 pessoas. E agora como negociar com uma situação de tensão como essa?

Para surpresa da polícia o personagem de Snipes, que usa o codinome de Lorenz (o nome do criador da chamada teoria do caos, cujo roteiro irá explicar lá pelo final), só pede uma exigência: Que seja trazido para as negociações o detetive Quentin Conners (Jason Statham), O veterano policial vive seu inferno astral. Ele participou de uma outra ação com refém onde deu tudo errado. A vítima indefesa foi atingida em cheio pela própria polícia. Julgado, conseguiu escapar de ser expulso da corporação, mas acabou pegando uma suspensão pesada. Agora, no ostracismo, ele precisa voltar para negociar com Lorenz e sua quadrilha. Uma situação ruim que pode terminar muito mal (novamente).

Esse filme me agradou por vários aspectos. Não foi pela presença de Ryan Phillippe, que sempre considerei fraco e nem tampouco por causa de Snipes. Em minha forma de ver o que melhor funciona em "Chaos" é o seu roteiro. A trama dá uma guinada e tanto e de repente somos surpreendidos por algo que era realmente inesperado. Eu sou até muito bom em desvendar "pegadinhas cinematográficas", mas aqui confesso que não matei a charada. Sem querer estragar a diversão de ninguém o fato é que o espectador deve ficar de olho aberto em relação aos personagens de Snipes e Statham. Eles definitivamente não são o que aparentam ser... Mas enfim, vou ficando por aqui. Deixo assim a dica desse "Chaos". Filmes policiais andam tão banalizados, mas esse aqui certamente vale a pena (e a diversão).

Caos (Chaos, Inglaterra, 2005) Direção: Tony Giglio / Roteiro: Tony Giglio / Elenco: Jason Statham, Ryan Phillippe, Wesley Snipes / Sinopse: O veterano policial Quentin Conners (Jason Statham) é suspenso da corporação após a morte de uma refém durante uma situação de sequestro. Agora ele terá que voltar rapidamente à ativa pois o líder de uma quadrilha de assaltantes de bancos, conhecido como Lorenz (Snipes) exige sua presença numa cena de crime onde mais de 40 pessoas inocentes também estão feitas de reféns.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Assassinato em Gosford Park

Robert Altaman encontra Agatha Christie? Quase isso. Na verdade o roteiro desse filme foi baseado numa estória criada pelo próprio Altman e não pela famosa escritora inglesa. Isso não quer dizer que seja totalmente original. Na verdade Altman aqui praticamente cometeu um plágio mesmo, criando um enredo que copiava em praticamente tudo as tramas de mistério de Christie. E como se deu isso? Copiando a "fórmula" da escritura. A coisa é simples, coloque um grupo de personagens em um ambiente restrito (pode ser um trem, um barco de cruzeiro ou como no caso aqui uma velha mansão) e depois revele um crime, um assassinato. A partir desse ponto basta apenas jogar com a real identidade do assassino, que no fim das contas pode ser qualquer um dos personagens. Joguinho de mistério. A grande original nesse tipo de enredo, obviamente, sempre foi a Agatha Christie. Altman aqui apenas a copiou sutilmente (ou nem tanto).

No filme temos um jantar de ricaços sendo organizado.Tudo se passa na década de 1930. Sir William McCordle e sua família recebem um grupo de milionários. A fina flor da sociedade da costa leste dos Estados Unidos. Apenas barões. Tudo vai correndo bem naquele estilo de falsidade grã fina até que um corpo é encontrado. Um homem está morto! Pronto, quem poderia ser o assassino? Não disse que seguia basicamente a fórmula dos livros de Agatha Christie? Pois então... O curioso é que esse filme apesar de ser bom e interessante, acabou seguindo a sina de muitos filmes de Robert Altman, ou seja, ser muito elogiado pela crítica, mas ignorado pelo público. O filme custou 20 milhões de dólares, mas só faturou 1,4 milhão em bilheteria. Tremendo fracasso comercial. Mesmo assim acabou levando um Oscar importante para casa, o de melhor roteiro. Pois é, algumas vezes ser levemente desonesto, copiando a ideia original dos outros, pode também dar bons frutos, inclusive sendo premiado pela Academia.

Assassinato em Gosford Park (Gosford Park, Estados Unidos, Inglaterra, 2001) Direção: Robert Altman / Roteiro: Julian Fellowes, Robert Altman / Elenco: Clive Owen, Helen Mirren, Maggie Smith, Ryan Phillippe, Michael Gambon, Kristin Scott Thomas, Charles Dance, Stephen Fry, Emily Watson / Sinopse: Grupo de milionários se reúnem numa sofisticada e bonita mansão localizada no campo. Todos estão lá para um jantar fino e refinado, mas a sofisticação acaba quando um corpo é encontrado. Houve um assassinato e o assassino se encontra entre eles. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Direção. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Emily Watson), Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Smith), Melhor Direção (Robert Altman), Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

O Atirador

Série: O Atirador
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Simon Cellan Jones, entre outros
Roteiro: John Hlavin, Simon Cellan Jones, entre outros
Elenco: Ryan Phillippe, Shantel VanSanten, Cynthia Addai-Robinson, Eddie McClintock, Omar Epps, David Marciano
  
Episódios Comentados:

Shooter 1.01 - Point of Impact 
A série acompanha a história do veterano de guerra Bob Lee Swagger (Ryan Phillippe). Durante a invasão americana no Iraque (operação Tempestade do Deserto) ele se tornou um exímio franco atirador dos Marines. Agora está longe da carreira militar, curtindo a vida ao lado da mulher e sua pequena filha, uma garotinha de oito anos. Para não perder a mira faz incursões na floresta, procurando manter a prática dos tempos em que era um fuzileiro naval. Sua paz e tranquilidade são quebradas quando ele é procurado por um agente da CIA, um sujeito que tem a responsabilidade de manter a segurança do presidente dos Estados Unidos.

Há pouco a agência de inteligência detectou a presença de um sniper estrangeiro dentro do país e todos temem pela vida do líder na nação. Durante sua campanha militar Bob Lee enfrentou esse mesmo atirador, aliás foi ferido por ele. Por isso se torna a pessoa ideal para enfrentá-lo. Essa é basicamente a premissa da série. Confesso que gostei desse primeiro episódio, embora tenha algumas críticas sobre o ritmo do roteiro, que muitas vezes me pareceu apressado demais, tentando fisgar o espectador de todo jeito. Mesmo com esse problema até que me diverti. A série é produzida pelo ator Mark Wahlberg que também interpretou um sniper das forças armadas no cinema. Acredito que promete, acima de tudo, uma vez que uma segunda temporada já está em produção para exibição no mercado americano. Pelo visto o público de lá gostou bastante. Enfim, vale a pena acompanhar.

Shooter 1.03 - Musa Qala  
No episódio anterior o sniper (atirador de elite) Bob Lee Swagger (Ryan Phillippe) conseguiu escapar da prisão. E nem precisa esclarecer que todos querem pegá-lo, desde o FBI, passando pela CIA e pela agência de segurança nacional. Se torna imperioso para todos eles colocarem as mãos em Bob Lee. Porém como ele é treinado para desaparecer no meio da multidão isso vai ficando cada vez mais complicado. Uma possibilidade é forjar a própria morte, algo que ele faz assim que possível. Ele se deixa filmar em um mercadinho de conveniência e depois seu paradeiro numa cabana na floresta é localizado. Tudo fachada. Ele cria um ambiente onde sua morte é praticamente confirmada. O que o bem treinado atirador porém deseja é justamente isso, que todos pensem que ele está morto. Enquanto isso contando com a ajuda da agente Memphis ele pretende provar sua inocência, ao mesmo tempo em que localiza os responsáveis por tudo o que aconteceu. / Shooter 1.03 - Musa Qala (Estados Unidos, 2016) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: John Hlavin, Adam Fierro / Elenco: Ryan Phillippe, Shantel VanSanten.

Shooter 1.04 - Overwatch  
Muito bom esse episódio. Bob Lee Swagger (Ryan Phillippe) forjou sua morte no episódio anterior e isso lhe traz uma certa liberdade em seu raio de ação. O roteiro então bifurca o enredo do episódio. Mostrando a atualidade, onde Bob Lee procura se aliar a uma agente do FBI para ter uma fonte no governo e o passado, quando somos levados até uma operação no Afeganistão. Bob Lee está em uma missão complicada, quando um grupo dos marines entram em um vilarejo onde está um procurado líder terrorista. Inicialmente todos pensam em contar com a colaboração dos moradores, mas essa premissa logo se mostra frágil quando todos são emboscados, desarmados e ficam à mercê dos terroristas. Apenas um tiro certeiro dado por Bob Lee pode contrabalancear as forças. Nesse episódio também se vai desvendando a participação da CIA em tudo o que está acontecendo. E essa interferência da agência de inteligência do governo americano começou há muito tempo atrás. / Shooter 1.04 - Overwatch (Estados Unidos, 2016) Direção: Cellan Jones / Roteiro: John Hlavin, T.J. Brady / Elenco: Ryan Phillippe, Shantel VanSanten, Cynthia Addai-Robinson.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de março de 2017

Corações Apaixonados

Título no Brasil: Corações Apaixonados
Título Original: Playing by Heart
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Willard Carroll
Roteiro: Willard Carroll
Elenco: Sean Connery, Angelina Jolie, Madeleine Stowe, Gillian Anderson, Ellen Burstyn, Gena Rowlands, Ryan Phillippe, Anthony Edwards
  
Sinopse:
Onze pessoas vivendo e trabalhando em Los Angeles precisam lidar com os problemas profissionais e emocionais de suas vidas. Entre eles há Paul (Sean Connery), um produtor de TV, que precisa vencer suas dificuldades emocionais, enquanto tenta transformar um programa de culinária em sucesso de audiência. Joan (Jolie) é uma mulher apaixonada que tenta seduzir o jovem Keenan (Ryan Phillippe) sem muito sucesso. E por aí vai. O mote é sempre a tentativa de ser bem sucedido na vida de cada um, explorando como isso na realidade é bem complicado de se alcançar. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.

Comentários:
A intenção de Sean Connery ao aceitar o convite para esse filme era a de participar de uma pequena produção, mais artística, que tivesse um jeito mais de cinema independente, mais cult. O problema é que ao aceitar fazer o filme ele acabou atraindo a atenção de outros atores que queriam ter a oportunidade de trabalhar ao seu lado. É justamente aí que nasceu o maior problema dessa fita romântica. Com tantos atores e atrizes famosas no elenco o espaço para seus personagens tiveram que ser ampliados, criando mais um daqueles filmes com atores demais e roteiro de menos! É uma multidão de personagens, muitos deles sem a menor importância. Isso estraga a fita que se torna cansativa, com aqueles roteiros ao estilo mosaico, mostrando um monte de gente, fazendo um monte de coisas, que no fundo não significam nada! Enfim, ficou bem chato. O único que escapou do tédio foi o próprio Sean Connery. Dono de uma presença sempre marcante em cena, ele é uma das poucas razões que farão você acompanhar até o fim o desenrolar da história. Provavelmente se o filme não tivesse sua presença na tela, você provavelmente dormiria no sofá, de tão chatinha que é essa produção supostamente produzida para um público mais romântico. O filme como um todo pode até ser bem intencionado. O problema é que de boas intenções o inferno já está cheio. Melhor esquecer e ignorar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado

Título no Brasil: Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado
Título Original: I Know What You Did Last Summer
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Mandalay Entertainment
Direção: Jim Gillespie
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Jennifer Love Hewitt, Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe, Anne Heche
  
Sinopse:
Quatro jovens atropelam e matam um desconhecido na estrada. Com receios de ter problemas com a polícia eles simplesmente resolvem se livrar do corpo, o jogando no mar. O tempo passa, um ano depois, com todos pensando que tudo já foi superado, eles começam a receber mensagens onde está escrito " Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado". Pior do que isso, passam a ser perseguidos por uma sinistra figura. Filme premiado pelo MTV Movie Awards e Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films.

Comentários:
Nos anos 90 surgiram vários filmes de terror que apresentavam algumas características em comum. Uma delas era o elenco formado essencialmente por atores e atrizes que eram ao mesmo tempo ídolos adolescentes, daquele tipo de saem em revistas publicadas para o segmento teen. Outro ponto em comum era que os roteiros procuravam satirizar ou criticar indiretamente os clichês do gênero. Era um tipo de argumento que procurava passar a ideia de que era bem esperto ou inteligente. Por fim a maioria desses filmes de terror para adolescentes se tornaram franquias de sucesso no cinema, dando origem a inúmeras continuações, algumas bem ruins. Todas essas características podem ser encontradas nesse "I Know What You Did Last Summer". O curioso é que o nome mais importante aqui não é a do diretor Jim Gillespie. que logo desaparecia de cena, mas sim do roteirista Kevin Williamson que pode ser perfeitamente considerado o "Papa" desse tipo de horror. Ele foi a mente pensante por trás de "Pânico" (o filme que deu origem a tudo), "Prova Final" e "Tentação Fatal", três "clássicos" desse estilo. Depois foi para a TV onde escreveu roteiros para séries de sucesso do tipo "Dawson's Creek" e "The Vampire Diaries", ou seja, misturar terror com modinhas adolescentes é sua especialização. Diante de tudo isso não posso dizer que gosto de seu estilo. Em minha opinião Kevin Williamson pode realmente ter feito muito sucesso de bilheteria e ficado podre de rico por essa razão, mas convencer mesmo, nunca me convenceu. Seus filmes de horror teen não assustariam mesmo veteranos dos filmes de terror, são inofensivos demais para isso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Quebra de Confiança

A história desse filme é baseada em fatos reais. Tudo começa quando o FBI começa a desconfiar que o veterano agente Robert Hanssen (Chris Cooper) está repassando para os russos importantes informações da segurança interna dos Estados Unidos. Para comprovar as suspeitas a própria agência arma uma complexa rede de agentes e recursos para pegar Hanssen em flagrante. Para isso eles convocam o jovem agente Eric O'Neill (Ryan Phillippe), recém ingresso na agência de investigação, para se fazer passar por seu assistente pessoal. Como ambos são católicos e possuem as mesmas origens, o FBI acredita que Eric acabará entrando mais a fundo nos segredos e na intimidade de Hanssen. Logo nos primeiros momentos porém Eric descobre que essa missão não será nada fácil. O velho agente, calejado pela experiência, é bastante cuidadoso, minucioso e até mesmo paranoico. Ele desconfia que o FBI está fechando o cerco sobre ele e por isso jamais abaixa a guarda, mas Eric persiste, demonstrando que nenhum segredo é realmente cem por cento seguro e imune a falhas.

Gostei bastante desse filme. Esse gênero de espionagem ultimamente já não é mais tão explorado, com raras exceções, então quando você se depara com uma fita realmente boa desse estilo, valorizada por um roteiro inteligente, o melhor mesmo é comemorar. O texto foca bastante no relacionamento conturbado dos dois protagonistas. O velho Robert Hanssen é um mestre em contraespionagem, porém o FBI passa a desconfiar que ele virou agente duplo, repassando informações aos russos. Apenas a proximidade e a amizade de Eric poderá desvendar o que realmente se passa em sua carreira. Eu já tive  várias oportunidades de escrever dizendo que não gosto do trabalho do ator Ryan Phillippe. Ele é fraco e pouco complexo em suas atuações. Aqui ele jamais chega a atrapalhar o filme porque temos em cena Chris Cooper em atuação inspirada. Seu personagem é muito bem desenvolvido do ponto de vista psicológico. Ele parece estar sempre em conflito existencial. Ao mesmo tempo em que tenta ser um bom católico cultiva perversões sexuais bizarras. Externamente passa a imagem de um agente impecável, com quase 25 anos de bons serviços prestados ao FBI, enquanto que nas sombras joga dos dois lados, tanto dos americanos como dos russos. É certamente um personagem com uma personalidade dividida e atormentada, um belo presente para qualquer grande ator. O filme no geral é realmente muito bom, valorizado por enfocar o mundo da espionagem de uma maneira mais humana e relacional.

Quebra de Confiança (Breach, Estados Unidos, 2007) Direção: Billy Ray / Roteiro: Adam Mazer, William Rotko / Elenco: Chris Cooper, Ryan Phillippe, Laura Linney, Dennis Haysbert / Sinopse: Após muitos anos de trabalho no FBI, o agente Robert Hanssen (Chris Cooper) começa a ser alvo de uma investigação interna da agência após surgirem indícios de que ele estaria passando informações secretas aos russos. Para ficar em sua cola e de forma mais próxima possível o FBI coloca o jovem agente Eric O'Neill (Ryan Phillippe) como seu assistente pessoal para que ele possa relatar todos os seus passos no dia a dia. Filme indicado ao Village Voice Film Poll na categoria de Melhor Ator (Chris Cooper).

Pablo Aluísio. 

domingo, 8 de novembro de 2015

Segundas Intenções

Título no Brasil: Segundas Intenções
Título Original: Cruel Intentions
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Roger Kumble
Elenco: Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe, Reese Witherspoon, Tara Reid, Joshua Jackson, Selma Blair
  
Sinopse:
A jovem adolescente Annette Hargrove (Reese Witherspoon) escreve um artigo para uma conhecida revista teen defendendo a virgindade. Ela própria escreve que pretende se casar virgem, seguindo as antigas tradições de sua família. O texto chama a atenção de dois estudantes fúteis e ricos, Sebastian Valmont (Ryan Phillippe) e Kathryn Merteuil (Sarah Michelle Gellar) que decidem se aproximar de Annette para testar suas pretensas virtudes morais. Filme premiado pelo MTV Movie Awards e Teen Choice Awards.

Comentários:
Essa história você já assistiu antes em dois filmes bem conhecidos, "Ligações Perigosas" e "Valmont". Na verdade o roteiro era mais uma adaptação do famoso romance do século XVII escrito por Choderlos de Laclos. Aquele mesmo enredo de um grupo de pessoas fúteis e ricas que resolvem colocar em teste as virtudes tão propagadas de uma jovem inocente, pura e virgem. A diferença básica de "Cruel Intentions" para as demais adaptações cinematográficas é que o diretor e roteirista Roger Kumble resolveu inovar na adaptação, não colocando os personagens em seu contexto histórico original, mas trazendo a mesma história de intrigas para os Estados Unidos dos anos 1990. Como filmes de terror e suspense dessa época estavam em moda, ele resolveu trazer o velho romance para o mundo atual, escalando um grupo de jovens atores (alguns mais parecendo modelos do que atores) para seu filme. Como se sabe os filmes de terror e suspense dos anos 1990 apostavam muito nessa fórmula, levando um grupo de estrelinhas adolescentes para estrelar as fitas. O resultado final é até muito bom. O filme ganhou elogios da crítica, o que é de se admirar para esse tipo de filme. Particularmente ainda prefiro as versões mais fiéis, com tudo sendo passado no século XVII. De qualquer forma inegavelmente essa transposição temporal até que funcionou bem, para surpresa de muitos. O sucesso foi tão surpreendente que o filme ganhou uma sequência, essa porém bem mais inferior e sem o elenco original.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de agosto de 2014

Vingança por Jolly!

Título no Brasil: Vingança por Jolly!
Título Original: Revenge for Jolly!
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Atlas Independent
Direção: Chadd Harbold
Roteiro: Brian Petsos
Elenco: Brian Petsos, Adam Brody, Kristen Wiig, Elijah Wood, Ryan Phillippe

Sinopse:
Harry (Brian Petsos), como ele próprio reconhece, é um sujeito estranho. Não gosta de gente, é antissocial e vive isolado. Para sobreviver faz pequenos serviços para a baixa criminalidade de sua cidade. O que ele gosta mesmo de fazer é ficar ao lado de sua cachorrinha de estimação Jolly, montando quebra-cabeças. Quando essa aparece morta de forma violenta, Harry perde a cabeça! Tomado por um sentimento de raiva insana ele resolve ir atrás dos responsáveis, dando origem a um verdadeiro banho de sangue por onde passa.

Comentários:
Um filme de complicada definição. Não é bem uma comédia, embora o humor negro esteja presente o tempo todo. Não é uma fita de ação, apesar dos personagens principais estarem fortemente armados. Um lugar ideal para catalogar esse "Revenge for Jolly!" seria mesmo o gênero terror, embora seja na verdade um horror sui generis, diferente de quase tudo que você já assistiu. Os dois personagens principais são visivelmente perturbados, fora de realidade. Harry, por exemplo, é um psicopata que mata a esmo, tentando se vingar da morte de sua cadelinha. Seu primo não é muito melhor do que isso. Um sujeito tosco e fora da realidade que passa fogo nos demais sem pensar duas vezes. Esse é o tipo de filme que só seria possível mesmo dentro do cinema independente americano pois é violento e maluco ao extremo! Onde mais você iria presenciar um verdadeiro banho de sangue em uma festa de casamento? Por fim um alerta para os que irão atrás dessa produção esperando pela presença dos atores Elijah Wood e Ryan Phillippe (os nomes mais conhecidos do elenco). Eles estão lá, mas em apenas uma cena. Wood é um barman que logo sai de cena de forma ultra violenta. Ryan está na cena final, em um clímax aberto que fará muita gente coçar a cabeça para desvendar o que de fato aconteceu. Enfim, um filme para deixar os protetores dos direitos dos animais de cabelos em pé!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Stop-Loss - A Lei da Guerra

Título no Brasil: Stop-Loss - A Lei da Guerra
Título Original: Stop-Loss
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, MTV Films
Direção: Kimberly Peirce
Roteiro:  Kimberly Peirce e Mark Richard
Elenco: Ryan Phillippe, Channing Tatum, Abbie Cornish, Joseph Gordon-Levitt, Timothy Olyphant

Sinopse: 
Um grupo de soldados americanos de volta aos Estados Unidos após servirem por longo período em conflitos no Oriente Médio se revoltam ao saberem que devem, por obrigação legal, se alistarem novamente nas forças armadas para voltar ao Iraque. Caso não o façam serão considerados desertores, podendo até mesmo serem presos por isso.

Comentários:
Esse filme é interessante porque retrata a geração americana jovem de hoje. Com a economia em crise o jovem americano que não consegue ir para a faculdade fica sem muitas opções de vida e acaba entrando nas forças armadas. Esse tipo de jovem é vulgarmente conhecido nos EUA como "lixo branco"! O exército americano hoje vive basicamente do alistamento desse pessoal. Como se sabe o serviço militar naquele país deixou se ser obrigatório por causa do que aconteceu na Guerra do Vietnã. Hoje o jovem que queira entrar nas forças armadas americanas acaba assinando um contrato de trabalho, com duração pré-fixada. O problema é que muitas vezes o exército adiciona uma pequena cláusula contratual afirmando que esses jovens precisam voltar ao serviço caso haja déficit de homens em operações militares no exterior. Esse malabarismo legal acabou ficando conhecido como "Stop-Loss". Obviamente uma forma de obrigar o soldado a voltar para às fileiras de guerra. Agora imagine você a surpresa que isso causa em muitos desses veteranos, pois a maioria deles, sem conhecimento legal, nem sabem da existência desse tipo de manobra legal. O roteiro do filme se desenvolve (muito bem) em torno dessa situação. O personagem principal não quer voltar para o front, pelo contrário, quer ficar nos Estados Unidos para tentar reconstruir sua vida mas se vê no meio de uma armadilha jurídica - caso não volte para as tropas será preso por deserção! O filme é um bom retrato do jovem americano dos dias atuais e conta com um elenco bem interessante, inclusive com a presença do ator Timothy Olyphant que depois faria muito sucesso com a série "Justified" no canal FX.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Damages

Damages é a melhor série jurídica nos últimos anos. Com roteiros extremamente bem escritos e linhas narrativas ousadas considero esse um dos melhores momentos da TV americana, talvez sofisticado até demais para o público daquele país. "Damages" surgiu em 2007 e até agora já conta com cinco temporadas totalizando 59 episódios. A proposta é ousada: mostrar o dia a dia da bem sucedida advogada de Nova Iorque Patty Hewes (Glenn Close). Dona de um dos grandes escritórios da cidade ela contrata a jovem Ellen Parsons (Rose Byrne) como sua assistente. Recém saída da faculdade Ellen terá grandes surpresas na vida prática do mundo do direito e das leis. Damages é recomendada para todos os públicos mas para quem atua na área jurídica é particularmente saborosa. Como advogado me identifiquei completamente com os dramas, anseios e conflitos mostrados nas temporadas. Quem já se envolveu em um processo judicial sabe muito bem como essa pode ser uma experiência de vida inigualável em nossas vidas. Nos tribunais desfilam dramas de vida que modificam o modo de ser e de pensar de todos os envolvidos, sejam leigos ou profissionais como advogados, juízes e promotores.

Damages é particularmente inspirada nesse aspecto pois mostra sem receios que no mundo das leis podemos encontrar tanto enorme satisfação ao ver a justiça sendo realizada como também a frustração ao presenciar a mais absoluta injustiça sendo implantada. A melhor temporada sem dúvida foi a primeira, ousada e intrigante, mostrou de forma clara o enorme talento de Glenn Close. Sua carreira vinha em controle remoto no cinema e sua transposição para a televisão foi um achado pois ela é simplesmente brilhante e não deve ser limitada por filmes de segunda categoria. Rose Byrne, que conheci primeiramente aqui em Damages, também é excepcional. Sua Ellen Parsons é o contraponto ideal à personagem de Close. Um grande duelo de grandes atuações. Como já afirmei sempre achei Damages extremamente sofisticada e por essa razão a série sofreu problemas de audiência nos EUA, saindo de seu canal de origem para ser produzida pelo sistema DirectTV daquele país. Por essa razão não é tão fácil acompanhá-la mas o esforço certamente valerá a pena. Damages é visceral, impactante e marcante. Simplesmente não há como deixar de assistir.

Damages (Damages, Estados Unidos, 2007 - 2012) Criada por Glenn Kessler, Todd A. Kessler, Daniel Zelman / Direção: Glenn Kessler, Todd A. Kessler, entre outros / Roteiro: Glenn Kessler, Todd A. Kessler, Daniel Zelman entre outros / Elenco: Glenn Close, Rose Byrne, Tate Donovan, Ted Danson, Timothy Olyphant, William Hurt, John Goodman, Ryan Phillippe, Lily Tomlin / Sinopse: Damages mostra a vida da advogada Patty Hewes (Glenn Close), especializada em enfrentar grandes corporações e empresas nos Tribunais de Nova Iorque.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de março de 2012

O Poder e a Lei

Tive algumas surpresas ao assistir esse "O Advogado do Lincoln" (a tradução literal do título em inglês pois o personagem principal anda em um carrão Lincoln dos anos 70). Pois bem, eu pensei que o filme seria mais leve, soft, baseado numa fina ironia sobre advogados criminalistas vulgarmente conhecidos como "advogados de porta de cadeia" (nome aliás que o livro de Michael Conelly, que deu origem ao filme, recebeu no Brasil ao ser publicado). O material promocional me levou a pensar assim mas estava enganado. O Mick Haller, personagem bem interpretado pelo ator Matthew McConaughey, é certamente um espertalhão, sempre com uma carta na manga para tapear o primeiro idiota que aparecer pela frente mas o filme não se concentra nisso - e nem tenta fazer muito humor em cima desse tipo de situação. Na realidade o roteiro tem uma trama muito bem bolada, com várias reviravoltas ao longo do filme, mas tudo tratado de forma bem convencional. Certamente não vou contar nada aqui para não estragar mas de antemão é importante informar que o argumento é bem ao estilo "nada é aquilo do que aparenta ser".

"The Lincoln Lawyer" tem um bom elenco mas infelizmente há um sério problema na dupla central de atores. Matthew McConaughey apresenta um bom trabalho, inclusive trazendo para sua atuação vários maneirismos de advogados que quem atua na área conhece muito bem. A advocacia não consiste apenas em um bom desempenho processual mas também em um fino tato para lidar com todos os tipos de clientes. Nesse ponto Matthew se saí muito bem. O problema de "O Poder e a Lei" no quesito atuação tem nome: Ryan Phillippe. Sua caracterização do cliente em cena é pobre e medíocre. Esse papel que deveria ser um dos trunfos do roteiro, por causa de sua complexidade, não encontra nenhum respaldo na fraca interpretação de Ryan Phillippe. Sem profundidade, vazio em sua performance o ator quase leva tudo a perder. Fiquei imaginando Kevin Spacey nesse tipo de papel, certamente assim teríamos uma pequena obra prima em mãos mas infelizmente não é isso que acontece. De qualquer forma, mesmo com esse sério problema, o filme consegue prender a atenção, mesmo que tenha um clímax um pouco apressado - e mal direcionado. Certamente "O Poder e a Lei" não pode ser comparado com os grandes filmes de tribunal do passado mas de maneira em geral pode se tornar um bom entretenimento caso você não exija muito.

O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer, Estados Unidos, 2011) Direção: Brad Furman / Roteiro: John Romano baseado no livro de Michael Connelly / Elenco: Matthew McConaughey, Marisa Tomei, Ryan Phillippe / Sinopse: Mick Haller (Matthew McConaughey) é um advogado criminalista que é contratado para defender o jovem Louis Roulet (Ryan Phillippe) de família rica e tradicional na cidade.

Pablo Aluísio.