sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Sistema

Título no Brasil: O Sistema
Título Original: The East
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Scott Free Productions
Direção: Zal Batmanglij
Roteiro: Zal Batmanglij, Brit Marling
Elenco: Brit Marling, Alexander Skarsgård, Ellen Page, Toby Kebbell

Sinopse: 
Um grupo de ativistas radicais anarquistas liderados por Benji (Alexander Skarsgård) adota uma linha de retaliação contra grandes grupos corporativos capitalistas na base do "olho por olho, dente por dente". Assim eles promovem ataques, a que chamam de "peças", para protestar e ao mesmo tempo dar aos grandes executivos um pouco de seus próprios venenos. Para descobrir a verdadeira identidade do grupo uma corporação de investigação resolve infiltrar a agente Sarah (Brit Marling) entre eles. A aproximação com as ideologias e bandeiras que o grupo defende porém irá mudar para sempre a forma de pensar dela.

Comentários:
Um filme muito oportuno para o momento em que vivemos, inclusive no Brasil onde grupos anarquistas estão ficando cada vez mais numerosos. O roteiro procura mostrar todos os lados dessa nova e complicada realidade social. O grupo de ativistas mostrada no filme é formada por jovens da alta classe, filhos de industriais, milionários, etc, que certo dia descobrem o vazio em que vivem. Para trazer algum sentido em suas vidas eles resolvem se unir para lutar contra as grandes corporações que não se inibem em destruir o meio ambiente ou contaminar pessoas (até crianças!) visando única e exclusivamente lucros e mais lucros. Uma das coisas pelas quais bato palmas em relação a esse filme é que ele evita o moralismo fácil e de certa forma procura se manter numa postura bem neutra. A agente infiltrada no grupo de anarquistas, por exemplo, acaba sendo seduzida por sua ideologia. Eu credito esse roteiro inteligente não só aos roteiristas mas também a Ridley Scott e seu irmão, Tony Scott, que produziram o filme. Certamente temos aqui uma produção para levantar questionamentos, levar à reflexão. Todo o elenco está muito bem com destaque para a sempre ótima Ellen Page e Alexander Skarsgård, o vampiro de "True Blood" em seu primeiro grande papel no cinema. É um filme realmente muito bom que não pode passar batido em sua lista. Desde já o consideramos um dos melhores do ano, por isso não vá perder!

Pablo Aluísio.

Sobrevivendo ao Natal

Título no Brasil: Sobrevivendo ao Natal
Título Original: Surviving Christmas
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Mike Whitcher
Roteiro: Deborah Kaplan, Harry Elfont
Elenco: Ben Affleck, Christina Applegate, James Gandolfini, Catherine O'Hara, Josh Zuckerman, Bill Macy

Sinopse: 
Executivo bem sucedido, saudoso dos natais passados ao lado de sua família, decide voltar para a cidade onde nasceu. Na antiga casa encontra uma outra família morando o que o faz recordar ainda mais de suas anos de infância. Para superar a nostalgia ele então decide tomar uma decisão no mínimo fora do comum ao "alugar" uma família para passar esse novo natal ao seu lado!

Comentários:
Para desespero de muitos vai começar a temporada de filmes natalinos na TV aberta. Produções que focam no natal nem sempre dão certo. Claro que existem os clássicos como os filmes estrelados por James Stewart na era de ouro do cinema americano mas aquelas produções são certamente exceções. Na maioria das vezes esse subgênero de filmes de natal não apresentam películas muito relevantes. Esse "Surviving Christmas" tenta trazer alguma inovação embora seu roteiro seja bem derivativo. Basicamente repete a situação dos livros de Charles Dickens, onde ricaços sem almas são tocados pelo espírito natalino de uma forma ou outra e assim se tornam pessoas melhores. Como se pode perceber a mensagem é bem velha e batida mas ainda encontra eco no público que vai aos cinemas nesse período de festas para conferir filmes como esse. Aqui o destaque vai para o novo Batman, sim ele mesmo, Mr. Ben Affleck que tenta disfarçar sua canastrice crônica se escorando no roteiro cheio de boas intenções. Funciona? Bom, aí vai depender de seu estado de espírito ao assistir ao filme.

Pablo Aluísio.

A Família Addams

Título no Brasil: A Família Addams 
Título Original: The Addams Family
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Caroline Thompson, baseada na obra de Charles Addams
Elenco: Anjelica Huston, Raul Julia, Christopher Lloyd, Christina Ricci

Sinopse: 
A Família Addams pode ser tudo, menos normal. Com gosto exagerado para o sombrio, eles na verdade são uma versão radical da típica família americana suburbana. Agora terão que lidar com um misterioso acontecimento envolvendo seu querido tio Fester (Christopher Lloyd). Adaptação da famosa obra do cartunista Charles Addams para o cinema.

Comentários:
Poucas vezes vi uma escolha de elenco tão acertada como essa no cinema americano. Os famosos personagens criados por Charles Addams encontraram atores simplesmente perfeitos para a tela. Some-se a isso uma brilhante direção de arte e uma produção requintada e de bom gosto e você terá um grande filme em mãos, sem exagero algum. O humor negro nunca foi tão divertido e engraçado como aqui. Obviamente todos estão ótimos em seus respectivos papéis mas destaco Christina Ricci e Anjelica Huston. Ricci parece ter incorporado a sua personagem Wednesday Addams não apenas nesse filme mas em sua própria personalidade como atriz. Basta ver qualquer outro filme dela para entender isso. Já Huston está tão adequada à Morticia Addams que para ser sincero nem seria necessária aquela maquiagem toda! Barry Sonnenfeld conseguiu assim realizar aquilo que chamo de "adaptação perfeita", definitiva. Tanto isso é verdade que nenhuma tentativa posterior de trazer essa estranha família de volta às telas deu certo. É algo parecido com o que aconteceu com Drácula de Bram Stoker. Depois daquela adaptação não há mais espaço para mais nada. Assista, se divirta muita e dê boas risadas!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Masters of Sex

Título no Brasil: Masters of Sex
Título Original: Masters of Sex
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime
Direção: Michael Apted, Michael Dinner
Roteiro: Michelle Ashford, Tyler Bensinger
Elenco: Michael Sheen, Lizzy Caplan, Caitlin FitzGerald

Sinopse: 
O Dr. William Masters (Michael Sheen) é um respeitado médico de um dos melhores centros de tratamento contra a infertilidade. Ele pretende levar adiante uma série de estudos sobre a sexualidade humana mas acaba esbarrando nos inúmeros preconceitos que rondam seu objeto de estudo. A instituição na qual trabalha não vê com bons olhos a criação de uma ala especial para desvendar os segredos da vida sexual de homens e mulheres. Masters porém está determinado em começar suas pesquisas sobre o tema.

Comentários:
Nova série do canal Showtime. Em primeiro lugar temos que admitir que o assunto certamente vai chamar a atenção de muitas pessoas, afinal a sexualidade sempre está em voga. A série porém tenta abraçar o ponto de vista da ciência, mostrando as pesquisas do Dr. Masters da forma mais contida possível. Por isso não vá esperar por cenas quentes de sexo ou algo parecido, não é essa a proposta do seriado. Aliás achei tudo um tanto quanto frio, principalmente pelo tema que o programa desvenda. O próprio personagem do Dr. Masters é completamente frio e praticamente sem emoções. Embora estude a sexualidade dos outros ele próprio tem problemas sexuais. Seu relacionamento embaixo dos lençóis com sua esposa é complicado, nada amoroso e eles passam por vários dificuldades para que ela finalmente venha a engravidar. A trama da série se passa em 1956, o que traz um charme especial aos episódios, mas de uma forma em geral ainda está muito distante dos grandes programas do Showtime como "Dexter" e "Homeland", por exemplo. Tem potencial para crescer, basta apenas alguns ajustes na construção de determinados personagens. Vamos acompanhar para torcer por melhorias.

Pablo Aluísio.

A Lenda

Título no Brasil: A Lenda
Título Original: Legend
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro: William Hjortsberg
Elenco: Tom Cruise, Mia Sara, Tim Curry

Sinopse: 
Jack (Tom Cruise) é um jovem que precisa vencer o senhor da escuridão para que assim possa trazer paz e harmonia para seu mundo, desposando a jovem princesa de seus sonhos. Fantasia com ares medievais dirigido pelo grande cineasta Ridley Scott.

Comentários:
Tom Cruise resolve finalmente assumir seu lado galã de vez. E nada melhor para isso do que interpretar um príncipe dos sonhos em uma fantasia juvenil. Dirigido pelo grande Ridley Scott (de Alien, o Oitavo Passageiro) o filme tentava transportar para as telas uma estória cheia de fadas, duendes, unicórnios e seres mágicos. A produção foi concebida para ser um grande sucesso ao estilo Star Wars. Não deu muito certo. O filme foi criticado por ser excessivo, com direção de arte duvidosa e kitsch. Cruise também não está bem em cena, seu personagem é vazio e destituído de profundidade, raso demais até para um conto de fadas. Com custo milionário "A Lenda" afundou nas bilheterias se tornando um grande fracasso. Não seria dessa vez que Cruise iria despontar para o estrelado, para o time das grandes estrelas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Lara Croft: Tomb Raider

Título no Brasil: Lara Croft: Tomb Raider
Título Original: Lara Croft: Tomb Raider
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Simon West
Roteiro: Sara B. Cooper, Mike Werb
Elenco: Angelina Jolie, Jon Voight, Iain Glen, Daniel Craig.

Sinopse: 
Adaptação da popular personagem do mundo dos games  Lara Croft, aqui interpretada pela bela estrela Angelina Jolie. Na trama ela terá que enfrentar um grupo perigoso de vilões que estão em busca de artefatos antigos dotados de grande poder.

Comentários:
Abrindo o jogo devo dizer que nunca gostei dessa franquia. É artificial demais. O que era muito elegante em Indiana Jones aqui vira puro pixel. Também nunca vi um roteiro de Tomb Raider que valesse alguma coisa. Dizem que 99% das adaptações de games para o cinema são bombas. Bom, assistindo a Lara Croft não tenho como discordar. O único interesse maior para o cinéfilo é a presença da atriz Angelina Jolie e do futuro James Bond Daniel Craig. Jolie se apaixonou pelas locações no Camboja a ponto de adotar um garotinho que encontrou por lá. Já Craig chamou a atenção a ponto de virar a estrela de uma das mais populares séries do cinema mundial, a do 007. Em suma todos ganharam de uma forma ou outra menos o espectador que não terá muito o que fazer a não ser bocejar nas inúmeras sequências de ação forçadas ao longo do filme.

Pablo Aluísio.

Rollerball

Título no Brasil: Rollerball
Título Original: Rollerball
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: John McTiernan
Roteiro: William Harrison
Elenco: Chris Klein, LL Cool J, Rebecca Romjin-Stamos, Jean Reno

Sinopse: 
No futuro nenhum esporte consegue ser mais popular do que o Rollerball. Esse jogo extremamente violento e muitas vezes mortal se torna uma febre com inúmeras arenas de competição distribuídas em todo o mundo. Nesse mundo altamente competitivo alguns jogadores resolvem denunciar a corrupção nos altos escalões envolvendo dirigentes importantes do esporte. Não tardará para que virem alvos desses criminosos de colarinho branco.

Comentários:
Esperava bem mais de John McTiernan. Afinal estamos falando do mesmo cineasta que deu ao mundo do cinema filmes como "Predador", o primeiro "Duro de Matar" e "Caçada ao Outubro Vermelho". De repente ele inventa de fazer esse remake de uma conhecida fita de sci-fi dos anos 70 e se dá muito mal. Eu sempre digo que nada é mais perigoso para um diretor do que topar fazer um remake. As probabilidades do novo filme ser um desastre são grandes. Esse novo Rollerball não empolga, não convence e deixa saudades do filme original que na minha opinião também nunca foi grande coisa. Certas estórias já encontraram suas adaptações definitivas para o cinema, não precisa mais tentar fazer algo que já foi feito melhor no passado. John McTiernan deveria saber disso

Pablo Aluísio.

Reign

Título no Brasil: Reign
Título Original: Reign
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Television Studios
Direção: Jeremiah S. Chechik, Holly Dale
Roteiro: Laurie McCarthy, Stephanie Sengupta
Elenco: Adelaide Kane, Megan Follows, Torrance Coombs

Sinopse: 
Criada em um convento na Escócia a jovem princesa católica Mary Stuart (Adelaide Kane), filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, é enviada para a França para conhecer seu futuro noivo e herdeiro do trono francês, o jovem Francis II (Toby Regbo). O romance porém terá que superar muitas intrigas palacianas para se concretizar.

Comentários:
A premissa dessa nova série era muito boa: explorar a juventude da famosa rainha Mary Stuart da Escócia. O problema é que ao invés de fazer algo mais de acordo com a história real optou-se por se produzir um programa no estilo "The Tudors" encontra "The Vampire Diaries". E o que exatamente isso significa? Significa que o que temos aqui é uma série teen, endereçada para jovens adolescentes, ou seja, o mesmo público que ama a saga "Crepúsculo" e seu equivalente televisivo, o já citado "The Vampire Diaries". A jovem Mary, por exemplo, que era uma católica fervorosa, sisuda, que sempre se vestia de negro, e que era de poucos amigos na história real, virou uma jovem cheia de sonhos, calorosa e amiga, que não pensa duas vezes em sair dançando com suas damas de honra pelos salões, enquanto músicas modernas tocam a todo volume (por essas e outras esqueça qualquer tipo de fidelidade histórica). Até me lembrou em certos aspectos de "The White Queen" mas é bem mais juvenil. Agora para finalizar devo confessar que apesar de todos os problemas esse novo "Reign" não chegou a me aborrecer. Claro que passa longe de empolgar mas não causa desconforto ao assistir, desde que, é óbvio, você saiba de antemão o que irá encontrar pela frente. Já para o público alvo da série (adolescentes) fica a recomendação. Afinal de contas sonhar com príncipes, princesas e castelos faz mesmo parte dessa idade!

Pablo Aluísio.

Exorcista - O Início

Título no Brasil: Exorcista - O Início
Título Original: Exorcist: The Beginning
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Renny Harlin
Roteiro: William Wisher Jr.
Elenco: Stellan Skarsgård, Izabella Scorupco, James D'Arcy

Sinopse: 
No Oeste da África, em um lugar remoto e abandonado por séculos, o padre e arqueólogo Lankester Merrin (Stellan Skarsgård) acaba descobrindo evidências de rituais macabros e satânicos em solo sagrado. Suas descobertas revelarão a presença de um demônio milenar que tentará tomar o controle de seu corpo e espírito.

Comentários:
Como se sabe "O Exorcista" é até hoje considerado um dos maiores filmes de terror já feitos. Um daqueles filmes que marcaram tanto que se tornaram ícones do gênero. Infelizmente nem suas continuações (todas bem fracas) e nem as tentativas de criar algo novo com aquela estória deram certo. Assim a Warner tentou revitalizar a franquia em 2004 com esse "Exorcista - O Início". O que temos aqui é um Prequel, ou seja, o roteiro explora as origens do padre Merrin e seus primeiros contatos com as forças demoníacas que anos depois iriam atingir a jovem garota no filme "O Exorcista". A ideia como se pode perceber era muito boa, além de ser mais do que interessante para os fãs do filme original.

O problema é que a produção desse filme foi muito tumultuada. Diferenças artísticas entre o diretor e o estúdio tornaram tudo muito tenso e desgastante para todos os envolvidos. A primeira versão foi considerada ruim e praticamente tentou-se realizar outro filme mais adequado ao mercado dos dias de hoje. O resultado de tudo isso é uma bela produção, com muito efeitos digitais mas pouco aterrorizante. As cenas em que uma pessoa possuída passeia pelas paredes escuras de uma caverna podem até ser bem realizadas do ponto de vista técnico mas nada assustadoras já que o verdadeiro clima de terror foi substituído por pirotecnias digitais, esfriando o suspense que a fita poderia ter. De bom mesmo apenas a elogiada atuação do ator Stellan Skarsgård que se esforça muito para criar uma complexidade psicológica para seu personagem. Fora isso nada de muito digno de nota. Em termos de "O Exorcista" isso é pouco, muito pouco, temos que convir.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Homeland

Título no Brasil: Homeland
Título Original: Homeland
Ano de Produção: 2011 - 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime
Direção: Michael Cuesta, Lesli Linka Glatter
Roteiro: Henry Bromell, William Bromell
Elenco: Claire Danes, Damian Lewis, Morena Baccarin

Sinopse: 
Após ficar longos anos prisioneiro de grupos radicais islâmicos o fuzileiro naval Nicholas Brody (Damian Lewis) retorna aos Estados Unidos mudado. Resgatado por tropas americanas e recebido em seu país como um herói na guerra contra o terrorismo ele esconde um segredo. Convertido ao islamismo se torna peça chave de retaliação contra os altos escalões do governo americano. Para investigar a ligação de Brody com grupos terroristas a CIA envia a agente Carrie Mathison (Claire Danes) para o caso. Ela porém acaba descobrindo muito mais embaixo de toda a imagem ufanista construída em torno de Brody.

Comentários:
"Homeland" é outra ótima série atualmente em cartaz na TV americana. Produzida pelo canal Showtime (o mesmo de "Dexter"), o seriado se tornou uma febre conquistando até mesmo a audiência do presidente Obama. Eu sou fã assumido. No momento estou começando a conferir a terceira temporada. Todos os personagens já estão bem delimitados e as peças do grande xadrez que formam a trama de "Homeland" já estão sobre a mesa. A interpretação da agente bipolar vivida por Claire Danes é um achado. Ela realmente incorpora os maneirismos, os olhares perdidos e os desafios pelos quais uma pessoa em sua condição passa. Nessa nova temporada temos mais um grande ator adicionado no elenco, o sempre ótimo F. Murray Abraham. Ele havia aparecido timidamente nos últimos episódios da temporada anterior mas agora assume um papel melhor já que depois do grande atentado que fechou a segunda temporada vários personagens foram simplesmente eliminados! Para quem pensa que a guerra contra o terrorismo é algo simples de entender, com vilões e mocinhos bem definidos, "Homeland" é uma ótima pedida.

Pablo Aluísio.

Linha de Frente

Título no Brasil: Linha de Frente
Título Original: Homefront
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Gary Fleder
Roteiro: Sylvester Stallone, Chuck Logan
Elenco: Jason Statham, James Franco, Winona Ryder, Kate Bosworth 

Sinopse: 
Após trabalhar como infiltrado numa missão que não acaba bem, o agente da Interpool Phil Broker (Jason Statham) decide se mudar para uma cidadezinha do interior para criar sua pequena filha em uma região mais pacata e tranquila. Sua paz porém chega ao fim quando uma confusão banal, envolvendo sua filha e um colega de classe, acaba desencadeando uma série de acontecimentos sem controle, principalmente após o traficante Morgan 'Gator' Bodine (James Franco) descobrir a verdadeira identidade de Broker.

Comentários:
"Linha de Frente" é um projeto bem pessoal do ator Sylvester Stallone. Ele roteirizou e produziu o filme mas ao invés de estrelar essa boa fita de ação resolveu escalar seu amigo Jason Statham no papel principal. O resultado dessa dobradinha se revelou muito boa. Não é um filme de pancadaria pela pancadaria, Stallone desenvolveu toda uma situação em que os eventos vão acontecendo aos poucos. O tira interpretado por Statham só quer mesmo sossego e paz para seguir com sua vida em frente mas seu passado, envolvendo mortes de uma gangue de motociclistas que ele desbaratou, volta para lhe assombrar. James Franco por sua vez interpreta um traficante cruel mas pé de chinelo que quer ganhar muito dinheiro cozinhando metanfetamina, em um reflexo do recente sucesso da série de TV Breaking Bad. Como não poderia deixar de ser nesse tipo de produção alguns clichês se fazem presentes mas nada que vá depor contra a qualidade do filme em si. No geral temos aqui realmente um bom filme de ação valorizado ainda mais pela presença de Winona Ryder (que andava meio desaparecida) como uma prostituta. Enfim, assista sem medo pois vale de fato a pena.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Downton Abbey

Título no Brasil: Downton Abbey 
Título Original: Downton Abbey
Ano de Produção: 2010 - 2013
País: Inglaterra
Estúdio: ITV
Direção: Brian Percival, Andy Goddard
Roteiro: Julian Fellowes, Tina Pepler, Shelagh Stephenson
Elenco: Hugh Bonneville, Phyllis Logan, Elizabeth McGovern, Jim Carter, Maggie Smith

Sinopse: 
Lord Robert Crawley (Hugh Bonneville) e sua esposa Lady Cora Crawley (Elizabeth McGovern) vivem as alegrias, dramas e tristezas de administrar e manter uma grande mansão de campo chamada Downton Abbey no interior da Inglaterra. Suas três filhas e a grande equipe de empregados da mansão completam esse delicado e complexo drama familiar passado no começo do século XX.

Comentários:
Eu devo confessar que sempre fui uma pessoa que zelei pelo meu próprio bom gosto. Nunca fui de correr atrás de produtos culturais apenas pelo seu sucesso comercial. Nesse aspecto sempre nutri uma grande admiração pelas séries inglesas. Acompanhei todas as que pude, com ênfase nas maravilhosas produções do canal BBC. É o que sempre digo, o diferencial está mesmo na qualidade do povo inglês, sempre muito culto, educado e instruído. Vejam o caso dessa excelente série Downton Abbey. Tenho orgulho em dizer que acompanho religiosamente desde o primeiro episódio. Que classe! Que sofisticação! O tema lembra um dos meus filmes favoritos de James Ivory, "Vestígios do Dia" com Anthony Hopkins. Tal como naquela película somos levados para o cotidiano de uma daquelas belas e enormes mansões do interior da Inglaterra. O enredo de "Downton Abbey" se passa nas primeiras décadas do século XX, passando pela I Guerra Mundial (quando a casa se torna um hospital improvisado por causa do esforço de guerra) e segue em frente no pós-guerra. O elenco é fabuloso com destaque para Jim Carter como o mordomo Mr. Carson e a brilhante Maggie Smith como a condessa de Grantham, sempre roubando as atenções. Esse é o tipo de programa que nos deixa com vontade de ter vivido naquela época, com aqueles costumes, aquele modo de ser. Uma nostalgia muito gostosa de um tempo não vivido. Melhor e mais sofisticado do que isso na TV você não encontrará em nenhum outro canal. Não deixe de conhecer.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Do Inferno

Título no Brasil: Do Inferno
Título Original: From Hell
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Albert Hughes, Allen Hughes
Roteiro: Eddie Campbell, baseado na obra de Alan Moore
Elenco: Johnny Depp, Heather Graham, Ian Holm

Sinopse: 
A trama se passa na sombria Londres de 1888. Pelos becos mais escuros de Whitechapel uma série de prostitutas são encontradas mortas de forma extremamente violenta e brutal. O assassino, um serial killer que se auto denomina Jack, o Estripador, desafia a polícia para descobrir a origem e a sua verdadeira identidade. O investigador Frederick Abberline (Johnny Depp) então é designado para solucionar o caso. Suas investigações porém o levarão a um beco sem saída!

Comentários:
E afinal quem foi Jack, o Estripador? Essa é uma das mais famosas perguntas não respondidas da história. De fato o serial killer que colocou Londres em um verdadeiro terror e pavor de sangue segue sendo desconhecido. Ele provou que o crime perfeito existe pois cometeu atos bárbaros e não pagou pelos seus assassinatos. Tudo o que temos até hoje são especulações, mas nada comprovado, nada solucionado. E foi em torno dessa história que Alan Moore resolveu escrever um de seus trabalhos mais conhecidos, a graphic novel "From Hell". Essa adaptação que temos aqui para o cinema é de fato muito boa e interessante. Muitos confundem pensando ser um filme de Tim Burton pois além da presença de Johnny Depp ainda há todo aquele clima de sombras que tanto marcou as obras do cineasta. A reação ao filme foi divergente. Alguns acusaram o roteiro de mastigar demais a trama para o grande público, deixando o clima sufocante e pessimista de Alan Moore de lado para agradar aos fãs de blockbusters. Para outros se trata do melhor trabalho da carreira de Johnny Depp. Deixando as controvérsias de lado não há como negar que é uma produção tecnicamente muito bem realizada, com uma trama que prende a atenção do espectador da primeira à última cena. Não resolve a contento sobre o mistério de Jack, o Estripador mas apresenta uma tese interessante. Vale a pena ser assistido.

Pablo Aluísio.

Ponto de Vista

Título no Brasil: Ponto de Vista
Título Original: Vantage Point
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Pete Travis
Roteiro:  Barry L. Levy
Elenco: Dennis Quaid, Mathew Fox, Forest Whitaker

Sinopse: 
A execução de uma tentativa de assassinato ao presidente dos Estados Unidos é analisado sob cinco diferentes pontos de vista. Produção que investe na ação e no suspense, levemente inspirada no filme de Akira Kurosawa, 'Rashomon'.

Comentários:
Considero um filme tecnicamente muito bem realizado mas no aspecto entretenimento deixa a desejar pois a mesma situação é repetida inúmeras vezes causando um inevitável aborrecimento no espectador. Assim o mesmo atentado à vida do presidente americano é visto sob o ponto de visão de cinco personagens diferentes, cada um com sua própria versão dos acontecimentos. Certamente o roteiro pegou carona nas inúmeras tentativas de explicar a morte do presidente JFK. Como mostrado em um recente programa do Discovery a morte de Kennedy pode ser recriada sob inúmeros pontos de vista, com centenas de versões divergentes entre si. Foi justamente isso que o diretor pretendeu com esse filme. Certo, é uma boa ideia, inclusive pode ser muito interessante sob o aspecto cinematográfico mas o resultado, não tem como negar, é cansativo. Na quarta repetição dos fatos o espectador já estará torcendo para o filme acabar logo. Enfim, é válido como uma tentativa de inovação das técnicas de narrativa mas fora isso nada de muito relevante.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Canção para Marion

Título no Brasil: Canção para Marion
Título Original: Song for Marion
Ano de Produção: 2012
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Steel Mill Pictures, Coolmore Productions
Direção: Paul Andrew Williams
Roteiro: Paul Andrew Williams
Elenco: Terence Stamp, Vanessa Redgrave, Gemma Arterton, Christopher Eccleston

Sinopse: 
Arthur (Terence Stamp) e Marion (Vanessa Redgrave) formam um casal na terceira idade. Ele é ranzinza, mal humorado e durão. Ela adora cantar, é extrovertida e resolve fazer parte de um grupo de coral formado apenas por pessoas de sua idade. Arthur acha tudo uma grande bobagem mas resolve ajudar sua esposa. Ela sonha participar de um grande concurso de corais mas antes disso precisa superar um grande revés em sua vida pois é diagnosticada com um câncer incurável.

Comentários:
Bonito filme. É um roteiro muito delicado e sensível que mostra a realidade de um casal no final de sua jornada. Como não poderia deixar de ser o grande destaque vai para os veteranos Vanessa Redgrave e Terence Stamp. Eles estão ótimos em seus respectivos personagens. Outro ponto muito positivo do filme vem na sua bela trilha sonora com lindas canções executadas por todos os corais que desfilam em cena. Aliás em tempos natalinos "Canção para Marion" se torna ainda mais conveniente pois a sonoridade apresentada na competição nos remete imediatamente para essa época do ano em que vivemos. O tema envolvendo uma doença terminal pode afastar alguns espectadores mas não precisa se preocupar, porque não é um filme pesado mas lírico e aí vai uma grande diferença. Em suma, aproveite para conhecer esse pequeno e muito interessante drama sobre pessoas comuns, vivendo suas vidas da melhor forma possível. Certamente a sensibilidade mostrada irá lhe tocar de uma forma ou outra.

Pablo Aluísio.

Daylight

Título no Brasil: Daylight
Título Original: Daylight
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rob Cohen
Roteiro: Leslie Bohem
Elenco: Sylvester Stallone, Amy Brenneman, Viggo Mortensen

Sinopse: 
Um grande desastre acontece em um movimentado túnel de Nova Iorque. Explosões levam ao colapso da construção e assim várias pessoas ficam presas, se tornando praticamente impossível de sair do local. Quando tudo parecia praticamente perdido Kit Latura (Sylvester Stallone) se propõe a salvar a todos.

Comentários:
Depois de alguns fracasso comerciais Stallone reencontrou o caminho do sucesso nesse eficiente thriller que de certa forma lembrava o estilo disaster-movie dos anos 70. Tecnicamente é uma produção muito bem realizada, com grande esmero em recriar toda a situação que faz parte da trama. O roteiro tropeça algumas vezes caindo até mesmo em contradição mas isso não chega a comprometer o resultado final. Sylvester Stallone está em seu habitual mas quem acaba se destacando dentro do elenco é o ator Viggo Mortensen, aqui mero coadjuvante, anos antes de se consagrar como Aragorn na série O Senhor dos Anéis. Se Stallone é o herói em cena ele interpreta o sujeito comum capaz de grandes façanhas. Enfim, embora tenha envelhecido um pouco após todos esses anos "Daylight" ainda é um bom entretenimento, um filme que funciona e que atende as expectativas dos fãs de Stallone.

Pablo Aluísio.

Jason X

Título no Brasil: Jason X
Título Original: Jason X
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Isaac
Roteiro: Victor Miller, Todd Farmer
Elenco: Kane Hodder, Lexa Doig, Jeff Geddis

Sinopse: 
O imortal psicopata Jason Voorhees (Kane Hodder) é levado até o espaço onde cientistas do século XXV pretendem estudar sua natureza violenta. Os planos porém saem dos eixos e Jason retorna para mais um festival de matanças, dessa vez com tecnologia high-tech.

Comentários:
Depois de dez filmes é de se esperar que qualquer franquia vire uma piada, ainda mais "Sexta-Feira 13" cujos roteiros não evoluíram muito ao longo dos anos. Tudo bem a saturação é esperada mas também não precisavam fazer uma paródia tão rasteira e boba como essa. A intenção de fazer um filme propositalmente trash, nonsense, não deu certo. Claro que os fãs de Jason compraram a ideia do filme em ver o manjado serial killer em pleno espaço mas não há como negar a decepção. O roteiro é mal feito, o elenco é de uma nulidade absurda e o clima que imita os filmes B não funciona. O personagem surge em cena com novo visual, mais parecendo um andróide mas quem vai se importar com esse tipo de bobagem? Uma pena que a Paramount tenha repassado os direitos da franquia para a New Line sem se importar com o que fizessem com Jason. No final tudo se resumiu a uma piada sem graça onde quase ninguém riu! Esqueça qualquer esperança de ver algo divertido. Jason X é simplesmente muito ruim e mais nada.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sr. & Sra. Smith

Título no Brasil: Sr e Sra Smith                                                   
Título Original: Mr. & Mrs. Smith
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises
Direção: Doug Liman
Roteiro: Simon Kinberg
Elenco: Brad Pitt, Angelina Jolie, Adam Brody, Vince Vaughn 

Sinopse: 
John (Brad Pitt) e Jane Smith (Angelina Jolie) são assassinos profissionais mas como era de se esperar escondem sua verdadeira profissão um para o outro. Na vida de casados tudo caminha para a rotina e para a banalidade mas quando estão trabalhando a adrenalina sobe à mil. Por um ironia do destino acabarão descobrindo a vida secreta de cada um, dando origem a muita ação e aventura!

Comentários:
Foi durante as filmagens desse filme que Brad Pitt e Angelina Jolie começaram a se relacionar, bem debaixo do nariz de Jennifer Aniston que só ficou sabendo de tudo pela imprensa, poucas semanas depois. Tirando a fofoquinha de bastidores da lado, o filme é um misto de policial e comédia, com várias cenas bem exageradas, no que parece ser uma tendência de Hollywood no ano em que o filme foi lançado. Muita gente achou uma porcaria tremenda! Eu qualifico apenas como uma diversão ligeira e só. Tudo bem, em termos de qualidade cinematográfica o filme pode sim ser considerado um passo atrás na vida profissional de Brad Pitt, já que ele vinha fazendo tantos filmes bons. De qualquer maneira definiria tudo como descartável. O enredo vai a mil, numa velocidade absurda com uma profusão propositada de cenas impossíveis de ação. Para contrabalancear isso, temos o suposto romance entre os personagens que saiu das telas e invadiu a vida privada dos atores. O problema é que ambos eram casados na época. Bom, como estamos falando de Hollywood, isso de fato não foi um grande obstáculo para eles. No geral é uma diversão sem maior importância.

Pablo Aluísio.

Apenas Amigos

Título no Brasil: Apenas Amigos
Título Original: Just Friends
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Adam 'Tex' Davis
Elenco: Ryan Reynolds, Amy Smart, Anna Faris, Julie Hagerty, Chris Klein, Chris Marquette

Sinopse: 
Chris Brander (Ryan Reynolds) sempre foi apaixonado por sua amiga de escola Jamie Palamino (Amy Smart). O namoro de seus sonhos porém nunca se concretizou porque ele era um garoto gordinho, acima do peso. E ela sempre o considerou apenas como um amigo da escola. O tempo passa e ele acaba voltando para a cidade da sua juventude, reencontrando Jamie. Será que agora ele conseguirá conquistar o coração dela?

Comentários:
Filme bem divertido e ao mesmo tempo com toques emocionais, por mais incrível que isso possa parecer. Só o cinema americano consegue mesclar esse tipo de coisa, situações de comédias retardadas com um fundo de história que muita gente vai se identificar. É o conhecido caso do sujeito que é apaixonado por uma garota, mas que é colocado na "friendzone" por ela. Ou seja, você se vê na situação de ser apaixonado por uma mulher que o vê apenas como amigo! Se identificou ou não? Claro que sim. Em algum momento de sua vida isso aconteceu. O Ryan Reynolds consegue fazer humor do mais raso estilo débil mental e ainda trazer carga emocional para seu personagem. Amy Smart é uma graça, uma loira linda que deixaria qualquer um apaixonado por ela e a Anna Faris está impecável como uma cantora teen, ídolo adolescente, que é completamente sem noção em tudo o que faz. Enfim, curti mesmo esse filme. Tem momentos para rir, momentos para ficar com pena do protagonista, um romantismo bem colocado. É bacana, definitivamente é uma comédia romântica bacana. E isso é tudo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sombras do Além

Título no Brasil: Sombras do Além
Título Original: Shadows, Hellgate
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos, Tailândia
Estúdio: Capitol Motion Pictures
Direção: John Penney
Roteiro: John Penney
Elenco: William Hurt, Cary Elwes, Ploy Jindachote

Sinopse: 
Após um acidente de carro na Tailândia, o americano Jeff Mathews (Cary Elwes) passa por um longo período de recuperação. Ao recobrar a consciência descobre que seu pequeno filho e sua esposa não sobreviveram ao trágico evento. Para piorar sua situação ele começa a apresentar uma série de alucinações envolvendo pessoas mortas em acidentes também fatais. Seu desespero vai aumentando ao ponto dele finalmente procurar ajuda. Warren Mills (William Hurt), um guia espiritual meio hippie, tentará fazer com que Mathews supere essas aparições inexplicáveis.

Comentários:
Pela sinopse até parece interessante, infelizmente é melhor deixar o entusiasmo de lado. Esse "Shadows" é muito confuso, atira para todos os lados e tenta criar algum clima de verdadeiro terror - sem sucesso. Um dos grandes problemas é o roteiro truncado que apela inúmeras vezes para sustos fáceis. As aparições de pessoas mortas que se recusam a atravessar para o lado da luz (ou das trevas) logo se torna banal, diluindo o impacto que poderiam ter. O filme erra várias vezes no desenrolar dos acontecimentos e só melhora um pouquinho com a presença de William Hurt. Infelizmente as esperanças logo se vão também pois seu personagem logo se torna um coadjuvante de luxo. A maquiagem é fraca e os efeitos não empolgam. O final tenta apelar um pouco e o enredo quase vira uma espécie de "Indiana Jones espiritual" (por mais estranho que isso possa parecer!). O saldo final certamente é negativo pois pouco do que é prometido é realmente entregue ao espectador. Enfim, uma película de terror que pode ser classificada como mediana para fraca. Existem coisas melhores por aí. Pode ser dispensado sem maiores problemas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Garota

Mesmo sem experiência o diretor e mestre do suspense Alfred Hitchcock (Toby Jones) decide contratar a jovem atriz Tippi Hedren (Sienna Miller) para ser a próxima estrela de seu novo filme, "Os Pássaros". O que parece ser um grande lance de sorte para Tippi logo se revela uma caixinha de surpresas pois aos poucos o diretor começa a se revelar completamente apaixonado por ela no set, causando uma série de saias justas e situações constrangedoras. E para piorar o que já era ruim as coisas ficam mais do que complicadas durante as filmagens pois Hitch decide usar aves de verdade nas cenas mais perigosas, deixando a jovem starlet simplesmente em pânico! Pois é, fica determinado que o cineasta Alfred Hitchcock não foi apenas um dos maiores diretores da história mas também um personagem e tanto que tem servido para vários filmes sobre os bastidores de suas maiores obras primas. Não faz muito tempo e tivemos as filmagens de "Psicose" no interessante "Hitchcock" e agora acompanhamos o método nada sutil de filmagem do diretor em seus filmes "Os Pássaros" e "Marnie", considerado o último grande filme da carreira do mestre, nesse "A Garota".

Não há como negar que essa nova produção da HBO também é um filme interessante, principalmente para quem adora conhecer os bastidores do mundo do cinema. Claro que o retrato pintado do famoso cineasta vai decepcionar bastante os fãs dele. Afinal o Alfred Hitchcock que vemos aqui é praticamente uma ruína de homem. Além de ser obsessivamente perturbado com suas estrelas loiras ele ainda se mostrava muito complexado com sua própria imagem. Se achava gordo e asqueroso, incapaz de conquistar uma de suas atrizes. Além disso em determinado momento o próprio Hitch confidencia ao seu roteirista que trocaria tudo, sua carreira, seus filmes, sua fama e dinheiro, pela chance de ter um relacionamento com uma linda mulher como Tippi Hedren mas que isso era de fato impossível pois ele era impotente! Informações demais para você? Certamente! Mesmo assim temos que sempre agradecer quando filmes assim são produzidos pois o que pode ser mais delicioso para um cinéfilo do que dar uma espiada no set de filmagens de seus filmes preferidos? Acredito que pouca coisa.

A Garota (The Girl, Estados Unidos, 2012) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Gwyneth Hughes, Donald Spoto / Elenco: Sienna Miller, Toby Jones, Imelda Staunton / Sinopse: "A Garota" conta os bastidores de filmagens de dois clássicos do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Durante os trabalhos acaba ficando completamente apaixonado pela jovem e novata Tippi Hedren, estrelinha dos filmes.

Pablo Aluísio.

O Mensageiro

Em um mundo pós apocalíptico, onde não existem mais instituições e nem o Estado, um homem, conhecido apenas como o mensageiro (Kevin Costner), resolve viajar por diversos locais onde existem sobreviventes para passar adiante a mensagem de que os correios dos Estados Unidos estão novamente funcionando, dando a impressão a todos de que o Estado ainda está vivo e ativo, renascendo no espírito dos que sobreviveram de que ainda há uma nação e uma esperança pelo qual vale a pena lutar e preservar todos os dias. Depois do fracasso monumental de "Waterworld" poucos acreditariam que Kevin Costner voltaria a realizar filmes assim, passados em um mundo devastado após uma grande hecatombe nuclear. Pois ele voltou! "The Postman" (Literalmente "O Carteiro") é justamente isso mas não leva até as últimas consequências aquele tipo de argumento que vimos em sua confusa aventura no mar. Para falar a verdade esse filme está mais para um western modernoso do que para um Mad Max aquático, como era "Waterworld".

Claro que não precisa de muitas cenas para o espectador compreender bem o tom ufanista e patriota que Costner desfila no roteiro. A novela de David Brin no qual o filme se baseou é justamente isso, uma ode à existência do Estado, mostrando que fora dele a convivência da sociedade é completamente impossível e desumana. Quando o personagem de Costner vai a grupos de sobreviventes ele representa não apenas um carteiro mas sim a prova de que a nação organizada ainda existe. A ironia de tudo é que ele, na verdade, apesar de se passar por um servidor público, não é coisa nenhuma, pois seu objetivo é apenas convencer os sobreviventes de que ainda existem os Estados Unidos. Certamente para os brasileiros esse tipo de argumento vai soar no mínimo muito esquisito, afinal nunca fomos conhecidos pelo nosso patriotismo ou nada parecido. Provavelmente se o enredo se passasse no Brasil e o tal mensageiro chegasse aos lugares com a bandeira nacional seria logo agredido mas enfim, deixemos as especulações de lado. O fato é que apesar do tom até meio bobinho o filme não é ruim e funciona. Obviamente o espectador terá que criar algum vínculo com a mensagem principal do roteiro mas feito isso poderá se divertir. De fato "O Mensageiro" passa longe de ser um desastre tão grande quanto foi "Waterworld". Podem conferir sem maiores receios.

O Mensageiro (The Postman, Estados Unidos, 1997) Direção: Kevin Costner / Roteiro: Eric Roth, baseado na obra de David Brin / Elenco: Kevin Costner, Will Patton, Larenz Tate, James Russo / Sinopse: Para restaurar a fé, o patriotismo e a esperança em um mundo pós-apocalíptico, um homem se faz passar por carteiro do governo dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Gremlins

Randall Peltzer (Hoyt Axton) resolve dar de presente ao filho algo diferente do habitual. Visitando uma antiga loja chinesa ele encontra um estranho animal que nunca havia visto antes. O vendedor chinês após alguma insistência resolve vender o pequeno bichinho mas antes dá três avisos a Randall. Conhecidos como Gremlins eles são ótimos animalzinhos de estimação mas jamais podem ser alimentados após a meia noite. Além disso devem ser mantidos longe da água e a da luz. Randall garante que está tudo bem, que seguirá as instruções. Após presentear seu pequeno filho Billy ele descobre que por descuido o pequeno Gizmo acaba entrando em contato com a água dando origem a um verdadeiro caos na pequena cidade de Kingston Falls. "Gremlins" é um verdadeiro clássico do cinema de fantasia dos anos 80. Contanto com um ótimo trio em sua realização (Steven Spielberg na produção, Joe Dante na direção e Chris Columbus no roteiro) o filme marcou época para quem era adolescente naquela época.

Joe Dante sempre foi muito ligado ao mundo dos quadrinhos e animações. Além disso trabalhou ao lado de Roger Corman onde aprendeu todos os macetes para se fazer pequenos mas envolventes filmes de terror e fantasia. Aqui em "Gremlins" ele encontrou o meio ideal para colocar para fora tudo o que havia aprendido ao lado do mestre Corman. O roteiro de Chris Columbus (que anos depois traria Harry Potter para o cinema pela primeira vez) é um primor de criatividade e humor negro. Assim que chegou nos cinemas o público respondeu positivamente até porque quem resistiria aos próprios Gremlins, figuras fofinhas que viravam pequenos monstros anarquistas e destruidores após serem molhados ou alimentados após a meia noite. Por falar no tais bichinhos, o cineasta Joe Dante acertou em cheio ao apostar nos chamados animatronics. Sem efeitos especiais exagerados (não havia ainda a tecnologia digital dos dias atuais) ele resolveu aproveitar algo mais analógico o que trouxe muito charme ao resultado final. Os tais Gremlins aliás viraram febre de consumo quando chegaram ao mercado de brinquedos, até porque eles próprios pareciam ursinhos de pelúcia exóticos. Enfim, muita diversão ao estilo anos 80. Em breve teremos um remake, vamos torcer para que não estraguem essa pequena jóia de Joe Dante nessa nova releitura.

Gremlins (Gremlins, Estados Unidos, 1984) Direção: Joe Dante / Roteiro: Chris Columbus / Elenco: Zach Galligan, Phoebe Cates, Hoyt Axton / Sinopse: Veho vendedor chinês vende a Randall Peltzer (Hoyt Axton) um estranho bichinho chamado Gremlim. Ele é um fofura mas caso entre em contato com a água, a luz ou seja alimentado após a meia noite pode dar origem a algo verdadeiramente terrível.

Pablo Aluísio.

Super-Herói: O Filme

Rick Riker (Drake Bell) é um sujeito comum que acaba sendo picado por um inseto geneticamente modificado. Não uma aranha, mas sim uma libélula! Após isso ele ganha vários poderes e começa a incorporar a identidade de um novo super-herói, o Homem-Libélula (sim, isso mesmo, acredite!). Desastrado, não leva o menor jeito para Batman ou Superman e sempre que tenta ajudar alguém comete uma trapalhada. Agora, como convém a todo herói de quadrinhos, ele terá que enfrentar uma nova ameaça, um super-vilão chamado, ora vejam só, o Ampulheta, que busca o segredo da vida eterna para dominar o mundo! Ok, temos aqui mais um filme ao estilo sátira besteirol cujo alvo é os filmes de super-heróis que tanto sucesso tem feito no cinema nos últimos tempos.

Quando assisto produções como essa fico surpreso como um gênero pode decair tanto como esse. Para quem não se lembra essa tipo de filme começou lá no distantes anos 1980 com comédias malucas ao estilo "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu!" (que satirizava os filmes da franquia Aeroporto) e "Top Secret!" (que tirava onda com os filmes de guerra tradicionais). Naquela época, principalmente sob a direção do trio ZAZ (os irmãos Zucker e Jim Abrahams) os filmes eram divertidos, bem bolados, realmente engraçados. Agora o que temos são coisas sem a menor graça, com pitadas grotescas, vulgares, sem uma pingo de talento. Esse "Super-Herói: O Filme" é um típico filme nessa linha. Os risos são raros e as situações não vão lhe fazer rir. Enfim, um desperdício completo de tempo, dinheiro e trabalho. Melhor ignorar.

Super-Herói: O Filme (Superhero Movie, Estados Unidos, 2008) Direção: Craig Mazin / Roteiro: Craig Mazin / Elenco: Drake Bell, Leslie Nielsen, Sara Paxton / Sinopse: Jovem comum é picado por uma libélula e assume a identidade de um novo super-herói, o Homem-Libélula. Filme ao estilo sátira besteirol que procura rir dos filmes de super-heróis que fazem sucesso atualmente no cinema.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Desafiando os Limites

Título no Brasil: Desafiando os Limites 
Título Original: The World's Fastest Indian
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Roger Donaldson
Elenco: Anthony Hopkins, Diane Ladd, Iain Rea

Sinopse: 
Burt Munro (Anthony Hopkins) é considerado velho e ultrapassado pela maioria das pessoas ao seu redor. Para provar que não existe idade para realizar seus sonhos ele decide quebrar o recorde de velocidade nas salinas de Utah com sua moto Indian. Sua meta é transformar seu sonho em realidade e de quebra entrar para o Guinness World Records Book como o homem mais velho a quebrar um recorde de velocidade em motocicletas no mundo.

Comentários:
Infelizmente pouca gente viu esse interessante filme, um projeto muito pessoal do cineasta Roger Donaldson que explora um fato real acontecido com o piloto Burt Munro, um neozelandês obstinado e muito focado que resolveu provar que pessoas da terceira idade conseguiam também atingir grandes feitos na vida, inclusive esportivos. O ator Anthony Hopkins abraçou a ideia a ponto de abrir mão de parte de seu cachê para participar do filme no papel principal. Para ele foi quase uma declaração pessoal, pois assim como o personagem do filme jamais desistiu de sua carreira, se tornando um astro de primeira grandeza no cinema também já com certa idade. Outro ponto atrativo nessa produção é a própria moto Indian. Nos Estados Unidos essa marca de motos é tão cultuada como a Harley-Davidson, o que certamente atrairá o interesse dos amantes de motovelocidade. Por falar nisso as cenas no deserto de sal de Utah são realmente de tirar o fôlego, tal a competência técnica que foi utilizada nas sequências. Em suma, "The World's Fastest Indian" é uma ótima pedida para os fãs do grande Anthony Hopkins, aqui em um filme menor mas não menos precioso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Expresso Transiberiano

Título no Brasil: Expresso Transiberiano
Título Original: Transsiberian
Ano de Produção: 2008
País: Espanha, Alemanha, Inglaterra
Estúdio:  Filmax International, Canal+ España
Direção: Brad Anderson
Roteiro: Brad Anderson, Will Conroy
Elenco: Woody Harrelson, Emily Mortimer, Ben Kingsley

Sinopse: 
Uma viagem transcontinental entre a China e Moscou, passando pela gelada e inóspita Sibéria se torna um intrigado caso de suspense e morte após um grupo de americanos descobrirem que um crime foi cometido a bordo.

Comentários:
Alguns filmes valem a pena não por serem inovadores, obras primas da sétima arte ou por terem grandes roteiros. Alguns filmes valem a pena por causa de aspectos secundários, que em outras produções, chamariam menos a atenção. É o caso desse "Expresso Transiberiano". O roteiro é até interessante mas sem muitas novidades. Também pudera, desde que a grande escritora Agatha Christie escreveu o famoso livro "Murder on the Orient Express" em 1934 esse tipo de trama como a que vemos aqui deixou de ser novidade. O elenco também não traz nada de muito surpreendente, embora conte com bons atores em seu conjunto. O que no final das contas vale mesmo a pena em "Transsiberian" é a fantástica fotografia de uma das regiões mais selvagens e hostis do planeta, exatamente a rota pelo qual o trem passa em todas as suas viagens. Aliás olhando para todo aquele gelo podemos compreender porque os presos políticos do regime comunista da URSS se consideravam praticamente mortos quando eram enviados à Sibéria. É um mar de gelo e neve que não parece ter fim. Definitivamente não é lugar para um ser humano morar. Belo? Certamente mas apenas em filmes como podemos ver aqui, no aconchego do lar. Enfim, não, a película não é uma obra de arte, nem um clássico do cinema mas vai levar você para uma viagem muito interessante pela inferno gelado da Sibéria.

Pablo Aluísio.

Horas de Desespero

Título no Brasil: Horas de Desespero
Título Original: Desperate Hours
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis
Direção: Michael Cimino
Roteiro: Joseph Hayes, Lawrence Konner
Elenco: Mickey Rourke, Anthony Hopkins, Mimi Rogers

Sinopse: 
Michael Bosworth (Mickey Rourke) é um fugitivo da prisão que entra na casa da família de Tim Cornell (Anthony Hopkins) fazendo todos de reféns, inclusive sua esposa Nora Cornell (Mimi Rogers). Instalado o clima de suspense e terror, ambos, bandido e vítima, começarão um intenso jogo psicológico para descobrir quem sairá vitorioso daquela complicada situação.

Comentários:
Esse é um remake do clássico filme "The Desperate Hours" de 1955 dirigido por William Wyler e que tinha em seu elenco as presenças grandiosas de Humphrey Bogart e Fredric March. Um ótimo suspense que marcou bastante em seu lançamento. Nessa produção do começo dos anos 90 Rourke interpreta um dos assaltantes que invadem uma casa e fazem seus moradores de reféns. Contracenando com ele o grande Anthony Hopkins. Dirigido pelo cineasta Michael Cimino (o mesmo de "O Ano do Dragão") o filme tentava repetir o bom resultado do anterior. Apesar da boa produção e dos diálogos bem trabalhados o filme não conseguiu alcançar um bom resultado comercial. Além disso em decorrência dos constantes atritos de Rourke com a imprensa ele acabou sendo "premiado" com uma indicação ao Framboesa de Ouro por sua atuação aqui. Certamente uma injustiça pois sua atuação é correta, sem máculas. O que pareceu mesmo foi tudo não passar de um ato de vingança dos jornalistas contra Rourke por algumas de suas atitudes fora das telas. No saldo geral temos uma refilmagem correta, muito interessante. Anthony Hopkins está mais contido do que de costume, fruto de seu personagem. Cimino procura  desenvolver da melhor forma possível a tensa situação e se sai bem. Não é uma obra prima e de certa maneira está um pouco abaixo de todos os talentos envolvidos mas mesmo assim é certamente um bom filme que vale a pena ser redescoberto.

Pablo Aluísio.

A Fronteira

Título no Brasil: A Fronteira
Título Original: The Mule
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Voltage Pictures
Direção: Gabriela Tagliavini
Roteiro: Don Fiebiger, Amy Kolquist
Elenco: Sharon Stone, Promise LaMarco, Billy Zane

Sinopse: 
Sofie (Sharon Stone) é uma jornalista americana que vai até o México em busca de seu irmão desaparecido, Aaron (Billy Zane). Ele trabalha numa ONG que ajuda refugiados mexicanos que tentam passar pela fronteira americana, entrando ilegalmente nos Estados Unidos. O problema é que sua atuação militante acaba desagradando os chamados coiotes, criminosos especializados em levar mexicanos pela fronteira. Sofie agora fará de tudo para localizar seu irmão desaparecido.

Comentários:
Produzido pela própria Sharon Stone esse filme B chamado "A Fronteira" é um verdadeiro desastre! O roteiro é primário e nunca se decide entre ser uma filme de ação ou um drama com ares de crítica social. Para piorar ainda a falta de qualidade geral a atriz Sharon Stone está simplesmente péssima! Com o cabelo pintado de preto a ex-sex symbol se limita a desfilar um festival de caretas e olhos esbugalhados ao longo do filme. Sua "atuação" é canhestra ao ponto de passar vergonha alheia ao espectador. Quem consegue ser pior do que ela (coisa muito complicada de superar) é o Billy Zane que passa o filme todo acorrentado, sendo torturado por uma mexicana coiote, com ares de machona! O filme tem poucos cenários (fruto de seu orçamento apertado) e muitos clichês. Também surgem situações absurdas e fora da realidade como a de patrulheiros americanos fazendo tiro ao alvo em imigrantes mexicanos na fronteira, algo que me lembrou "A Lista de Schindler". O problema é que os policiais de fronteira dos EUA não são nazistas, provando que o roteiro é de fato boboca e infantilóide. Enfim, esqueça. A produção só serve mesmo para mostrar o quão decadente está a carreira de Sharon Stone.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Negócios de Família

Título no Brasil: Negócios de Família
Título Original: Family Business
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Vincent Patrick
Elenco: Sean Connery, Dustin Hoffman, Matthew Broderick

Sinopse: 
Uma família de criminosos entra em conflito após o avô Jessie (Sean Connery) cumprir sua longa pena por assalto. De volta às ruas ele pretende retomar sua vida de delitos. Para isso acaba convidando seu neto,  Adam (Matthew Broderick), para participar de um plano envolvendo um ousado assalto a banco. O convite acaba sendo combatido pelo pai de Adam, Vito (Dustin Hoffman), um ex-criminoso que agora está tentando voltar a uma vida honesta.

Comentários:
Um filme que tinha tudo para se tornar uma pequena obra prima mas que ficou pelo meio do caminho, assim podemos definir esse "Family Business" que prometia muito, principalmente por causa do excelente elenco, mas que cumpriu pouco. O resultado é morno, o que é de surpreendente pelos talentos envolvidos. Até mesmo o grande Sidney Lumet se mostra sem inspiração, burocrático mesmo. Outro aspecto muito curioso é que os atores não tinham faixa etária para representarem avô, pai e filho - as idades não batiam. Mesmo assim o estúdio ignorou isso e todos foram escalados, principalmente por causa de seu apelo comercial junto ao público. Dos três astros do elenco principal (que eu particularmente aprecio muito de outros trabalhos) o que se sai melhor em cena é Dustin Hoffman. É o único que parece ter se preocupado em desenvolver melhor seu personagem. Os demais não se destacam muito. Sean Connery não parece levar o seu papel muito à sério e Matthew Broderick está ofuscado, talvez pelo brilho natural dos mais veteranos. Interessante também notar que Broderick teve uma oportunidade incrível de trabalhar ao lado de verdadeiros monstros do cinema por essa época, inclusive trabalhando com o mito Marlon Brando em "Um Novato na Máfia".

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ishtar

Título no Brasil: Ishtar
Título Original: Ishtar
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Elaine May
Roteiro: Elaine May
Elenco: Warren Beatty, Dustin Hoffman, Isabelle Adjani, Charles Grodin

Sinopse: 
Dois cantores americanos de segunda linha contratados para trabalhar em um hotel do Marrocos acabam se envolvendo numa complexa trama envolvendo agentes da CIA, chefes políticos árabes e rebeldes revolucionários.

Comentários:
Pouca gente vai se lembrar desse filme até porque pouca gente viu, mesmo na época. "Ishtar" foi um dos maiores fracassos da história de Hollywood, um filme que deu tanto prejuízo que quase afunda as carreiras dos atores Warren Beatty e Dustin Hoffman! A premissa era terrivelmente ruim e o filme, que pretendia ser uma comédia bem humorada lidando com os problemas dos países árabes, logo se tornou um vexame alheio, fruto do roteiro confuso, sem foco algum e o pior, contando com um sem número de cenas vergonhosamente mal feitas, sem graça, obtusas. Por isso certo estava o público que não gastou seu dinheiro para ver essa coisa. Para se ter uma ideia do desastre financeiro de "Ishtar" basta consultar os números. O filme custou 51 milhões de dólares (um absurdo para a época) e faturou no mercado americano 14 mil dólares!!! Faltou pouco para a Columbia Pictures abrir falência! Para não dizer que nada presta temos pelo menos de brinde a quem se aventurou a ver esse abacaxi a presença maravilhosa de Isabelle Adjani. Jovem, no auge da beleza, ela consegue por poucos momentos diminuir a tortura de assistir a esse "Ishtar", um filme simplesmente pavoroso, em todos os sentidos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O Diabo Veste Prada

Título no Brasil: O Diabo Veste Prada
Título Original: The Devil Wears Prada
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Frankel
Roteiro: Aline Brosh McKenna, Lauren Weisberger
Elenco: Anne Hathaway, Meryl Streep, Adrian Grenier

Sinopse: 
Miranda Priestly (Meryl Streep) é editora de uma das mais conceituadas revistas de moda do mundo. Como tal ela não admite de seus funcionários nada que não seja simplesmente perfeito. Que o diga Andy Sachs (Anne Hathaway), contratada para ser sua assistente pessoal. Ela descobrirá isso da pior forma possível.  

Comentários:
A Rede Globo andou ameaçando acabar com a Sessão da Tarde algumas semanas atrás. Alegava falta de audiência. Estava planejando até mesmo colocar mais uma reprise de novela no ar (Deus nos livre!) mas de uns dias para cá tem melhorado a seleção de seus filmes no horário da tarde. Ainda bem. Hoje teremos a exibição desse muito bom "O Diabo Veste Prada" que fez sucesso quando lançado nos cinemas e conseguiu repercussão em seu lançamento. O roteiro é baseado no livro de Lauren Weisberger que através de uma obra ficcional resolveu contar coisas reais que viveu quando foi assistente da editora toda poderosa da revista Vogue. Miranda Priestly é assim o retrato da executiva que tratava todos mal, colecionando momentos de assédio moral em sua rotina. É a tal coisa. Algumas pessoas não podem ter qualquer tipo de poder em mãos que logo abusam dele, muitas vezes da pior maneira possível.

Pois bem, falar que Meryl Streep está um arraso em sua atuação seria chover no molhado. Quando você viu essa atriz em algo que não fosse simplesmente espetacular? Ela sempre se sobressai em qualquer filme mesmo. Já Anne Hathaway continua daquele jeito. Se uma atriz não consegue se destacar nem como a Mulher Gato então é melhor desistir da carreira. Mesmo com sua falta de carisma habitual o filme vale muito a pena. É um retrato mordaz do mundo corporativo americano, com toda a sua crueza e falta de humanidade no trato social entre altos executivos e empregados de base. Para piorar o que já era ruim tudo se passa no fútil mundo da moda onde obviamente aparência e status é tudo! Compaixão? Respeito? Esqueça! Assista e sinta na pela como é duro a realidade das grandes empresas daquele país. Capitalismo puro, selvagem, implacável - para o bem e para o mal.

Pablo Aluísio.

Hostages

Título no Brasil: Hostages
Título Original: Hostages
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Henry Bronchtein, Phil Abraham, Matt Earl Beesley
Roteiro: Alon Aranya, Jeffrey Nachmanoff, Omri Givon 
Elenco: Toni Collete, Dylan McDermott, Quinn Shephard, Mateus Ward

Sinopse: 
A cirurgiã chefe da operação de coração do presidente dos Estados Unidos se torna refém de um grupo de origem desconhecida. A exigência é que ela mate o presidente na sala de cirurgia, caso contrário o grupo vai eliminar toda a sua família, agora refém em sua casa!

Comentários:
Assim que eu soube que se tratava de uma produção de Jerry Bruckheimer  já desanimei um pouco, afinal esse produtor não é conhecido pela sutileza e nem muito menos pelo refinamento de seus filmes no cinema. Agora ele está investindo no mundo da televisão. Mesmo com esse receio resolvi seguir em frente para conferir o piloto de "Hostages". A minha primeira impressão foi apenas regular. A premissa é boa, interessante, mas ideal apenas para um thriller de no máximo noventa minutos. Não sei como vão esticar esse enredo a ponto de dar origem a mais de dez episódios. Prevejo com isso saturação na certa. Sabe quando você fica com a clara intenção de que estão te enrolado episódio a cada episódio? Pois é isso mesmo que acho que acontecerá aqui. Séries precisam de mais, necessitam de subtramas interessantes, personagens cativantes, personalidades complexas e sinceramente nada vi aqui disso. Apenas uma situação de tensão não segura o espectador semana após semana. Em poucas palavras não me cativou muito. Obviamente darei chance e verei no mínimo uns cinco episódios para ter certeza mesmo do que se trata, caso não decole deixarei para trás. Com séries é justamente isso que você deve fazer. Não agradou, parte-se para outra.

Pablo Aluísio.

N.Y.C. Underground

Título no Brasil: N.Y.C. Underground
Título Original: N.Y.C. Underground
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Garbus Kroupa Entertainment, Hallway Pictures
Direção: Jessy Terrero
Roteiro: Andrew Klavan, Matthias Visser
Elenco: Arielle Kebbel, Sean Faris, Evan Ross, Rob Mayes

Sinopse: 
Dylan Montgomery (Rob Mayes) é um filhinho de papai que mora no lado mais rico de Nova Iorque. Em busca de emoção ele convence o seu motorista particular a ir com ele até uma festa no Brooklin para que ele o apresente ao chefão do tráfico local. Dylan deseja fazer uma ponte entre o bandido que lhe venderia as drogas e seu círculo social onde sempre há alguém querendo comprar a mercadoria proibida por lei. Seus planos porém acabam dando errado quando um membro da gangue de criminosos descobre que o chofer é na verdade um informante do FBI. Sem alternativa Dylan e seus amigos tentam fugir, entrando em túneis de metrô desativados da cidade, onde acabam sendo literalmente caçados pelos criminosos.

Comentários:
"N.Y.C. Underground" é uma produção B de ação que nos Estados Unidos foi lançada diretamente no mercado de vídeo. O que temos aqui é uma tentativa de criar tensão, ação e suspense no subterrâneo de Nova Iorque. Abaixo da grande cidade existe praticamente uma outra, formada por lugares escuros, cheios de ratos, baratas e viciados em crack. É justamente nesse submundo que dois irmãos riquinhos de Park Avenue tentam sobreviver enquanto membros do tráfico do Brooklin os procuram para não deixarem testemunhas pelo meio do caminho (afinal eles presenciaram a morte de seu próprio motorista pelos traficantes após eles descobrirem que o sujeito seria um dedo-duro do FBI). Nada de muito relevante você encontrará nesse filme. A partir do momento que os jovens riquinhos se escondem em túneis de metrô a coisa fica saturada, com muitos clichês e tentativas de se criar alguma situação realmente interessante. Todo o elenco é formado por atores desconhecidos. As garotas são particularmente irritantes, dando gritinhos a todo momento. Os irmãos não são melhores. Um é do tipo inconsequente, irresponsável e o outro um universitário de Harvard certinho. Personagens rasos sem qualquer profundidade. Enfim, pode deixar passar batido, pois não há nada que vá fazer falta em sua coleção.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ondine

Título no Brasil: Ondine
Título Original: Ondine
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Irlanda
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Neil Jordan
Elenco: Colin Farrell, Alicja Bachleda, Dervla Kirwan

Sinopse: 
Durante uma pescaria Syracuse (Colin Farrell) acaba encontrando em sua rede uma jovem chamada Ondine (Alicja Bachleda) que significa "aquela que veio do mar". A situação fora do comum acaba despertando a imaginação da pequena filha do pescador que logo imagina que a garota seja na verdade uma espécie de sereia, bem popular dentro do folclore da Escócia. Para complicar ainda mais vários fatos parecem confirmar a suspeita da menina. Será que Ondine seria mesmo uma sereia ou tudo não passaria de mero fruto de imaginação de uma criança?

Comentários:
Filme que marca a volta ao cinema do talentoso cineasta Neil Jordan. Como sempre ele traz para a tela todo um clima de realismo fantástico passado em sua terra natal e do coração, a Irlanda. Embora o tema sereias possa afastar parte do público o fato é que o resultado final passa longe de ser uma espécie de "Splash" irlandês. Na verdade Jordan optou por um clima de fábula e romance em um primeiro momento que depois vira drama social (não convém explicar o porquê para não estragar as surpresas da estória). Achei um filme muito bem intencionado, com um clima adequado, que procura deixar o espectador na dúvida sobre a verdadeira origem da personagem Ondine. O roteiro nesse aspecto é bem escrito. Também achei digno de nota o trabalho do ator Colin Farrell. Seu papel é a de um homem simples, rústico, que vive da pescaria e não consegue separar muito bem a fábula do mundo real. Claro que para os fãs do cinema de Neil Jordan ficará um gostinho de decepção no ar. Embora o filme não seja ruim ele passa muito longe da genialidade que o cineasta já demonstrou no passado com filmes como por exemplo "Traídos pelo Desejo", "Michael Collins: O Preço da Liberdade" e até mesmo "Entrevista Com o Vampiro". Esse é um filme menor em sua rica filmografia mas mesmo assim vale a pena conhecer, mesmo que seja apenas com a intenção de continuar prestigiando o trabalho do diretor.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Alcatraz - Fuga Impossível

Título no Brasil: Alcatraz - Fuga Impossível
Título Original: Escape from Alcatraz
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: J. Campbell Bruce, Richard Tuggle
Elenco: Clint Eastwood, Patrick McGoohan, Roberts Blossom

Sinopse: 
Baseado em fatos reais o filme "Alcatraz - Fuga Impossível" conta a história do prisioneiro Frank Morris (Clint Eastwood). Levado para a prisão de segurança máxima do rochedo de Alcatraz em San Francisco ele decide junto a um grupo de comparsas tentar algo que parecia simplesmente impossível: Fugir da rocha (como era chamada a prisão) em direção à liberdade!

Comentários:
Belo filme com Clint Eastwood no auge de sua popularidade. Gostei bastante por vários motivos, um deles é que o roteiro é extremamente fiel aos acontecimentos reais: a fuga de Frank Morris de Alcatraz, considerado o único (ao lado de dois irmãos) que conseguiu fugir dessa penintenciária de segurança máxima dos EUA. O personagem real tinha um QI altíssimo e mostrou isso dando o fora da Rocha. Outro aspecto digno de nota é que até hoje não se sabe ao certo o que aconteceu com esse fugitivo. Teria conseguido a liberdade, alcançando San Francisco e de lá sumido para sempre? Ou teria sido levado pelas fortes correntezas da maré da baía de San Francisco e se afogado? A única certeza é que sim, ele realmente passou pelas muralhas de Alcatraz, algo considerado único na história do complexo penitenciário. Seu corpo nunca foi encontrado, aumentando e muito o mistério sobre seu destino. O roteiro é de fato excelente e apesar de contar uma história que todos sabem o final consegue empolgar e prender a atenção do espectador do começo até o fim. Clint Eastwood em grande forma mostra como se faz cinema de ação e aventura de verdade. Há muitos anos tinha assistido mas hoje decidi rever. Estou fazendo uma retrospectiva da carreira de Eastwood. Esse é simplesmente perfeito.

Pablo Aluísio.

A morte de Paul Walker

Que triste começar o domingo com essa notícia! O ator Paul Walker morreu em um acidente de carro nos Estados Unidos. Faz poucos dias inclusive que comentamos sobre seu último filme lançado no Brasil, "Hours" (Contagem Regressiva), cuja resenha foi publicada em nosso blog Cine Action. Era ainda bastante jovem, com apenas 40 anos, e certamente estava procurando se desenvolver como ator, com filmes mais interessantes que fugissem da fórmula dos filmes de ação como "Velozes e Furiosos" que inclusive virou uma franquia de muito sucesso, faturando milhões de dólares pelo mundo afora. O próprio "Hours" já trazia uma premissa mais bem desenvolvida, com situações mais interessantes, o que era um avanço para Walker.

No total o ator deixa 42 filmes em sua carreira. Há algumas produções nesse meio que não tiveram o devido reconhecimento mas certamente são bons filmes. Ele não foi apenas um ator de filmes de ação alucinada como alguns pensam. Walker esteve no drama de guerra "A Conquista da Honra" de Clint Eastwood, por exemplo. "A Vida em Preto E Branco", uma curiosa fábula sobre os anos 50, também contou com sua presença. "Anjo de Vidro", um drama natalino estrelado por Susan Sarandon, também é uma exceção na carreira do ator. O recente "Pawn Shop Chronicles" (Crônicas de uma Loja de Penhores) também confirmava que Walker poderia transitar muito bem por outros gêneros, inclusive comédias de humor negro como essa. E o que dizer de sua participação mais do que especial na série dramática-religiosa "O Toque de um Anjo"?

Agora realmente não há como negar que ele sempre será lembrado como um astro dos filmes de ação, gênero que o consagrou definitivamente. A virada em sua carreira nesse aspecto se deu em 2001 com o lançamento do grande sucesso "Velozes e Furiosos". Depois veio a sequência "+Velozes +Furiosos". A fórmula carros possantes e muita ação caiu no gosto popular e Paul Walker virou um campeão de bilheteria. Foram mais três filmes dentro da franquia ("Velozes e Furiosos 4", "Velozes & Furiosos 5: Operação Rio" e "Velozes & Furiosos 6"). Seu personagem Brian O'Conner nesses filmes acabou ganhando seu próprio fã clube, inclusive feminino, que agora tinha uma boa desculpa para assistir a todos os filmes da série. Some-se a isso vários outros bons e interessantes filmes de ação como "Vehicle 19", "No Rastro da Bala", "Mergulho Radical" e "Ladrões" e você entenderá porque Walker sempre foi admirado pelos consumidores de action movies. O ator estava estava em plena filmagem de "Fast & Furious 7" mas infelizmente o destino havia lhe reservado outros planos. De qualquer maneira fica aqui nossa homenagem a Paul Walker. Que ele descanse em paz.

Pablo Aluísio.

Vizinhos Imediatos de 3º Grau

Título no Brasil: Vizinhos Imediatos de 3º Grau
Título Original: The Watch
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Akiva Schaffer
Roteiro: Jared Stern, Seth Rogen
Elenco: Ben Stiller, Vince Vaughn, Jonah Hill, Richard Ayoade, Will Forte

Sinopse: Evan (Ben Stiller) é um americano tipicamente suburbano. Ele trabalho num supermercado como gerente e fica chocado quando o guarda do local é brutalmente assassinado. Como a polícia não consegue chegar aos autores do crime ele resolve formar um grupo de vigilância formado pelos próprios moradores da cidade. O problema é que só idiotas aparecem para fazer parte do grupo. Mesmo assim se tornam patrulheiros civis com a missão de manter a segurança e tranquilidade da bucólica cidade onde vivem. Eles só não esperavam encontrar uma invasão de outro planeta bem no bairro onde moram!

Comentários:
Que Bobagem!!! (assim mesmo com vários sinais de exclamação). Você começa a assistir uma comédia que até começa mais ou menos e de repente tudo dá uma guinada péssima, horrível, e joga o resto do filme no lixo. Só isso tenho a dizer dessa comediazinha boboca que tenta se misturar com sci-fi para tirar algo engraçado dessa fusão. Lamento informar mas a mistura é indigesta. Não tem graça, não faz rir, as piadas são clichês e grotescas e no final o sorrisinho amarelo que você vinha ensaiando desde a primeira cena vira expressão de vergonha alheia. Tudo fruto do roteiro debilóide escrito por ninguém menos do que Seth Rogen. O que espanta não é o fato dele ter escrito tamanha abobrinha mas sim o de um estúdio de Hollywood ter aceitado produzir algo desse nível.

Esse Ben Stiller, fazendo pela milésima vez o papel de um boboca suburbano não tem salvação. Só mesmo os americanos para engolir alguém tão sem graça. Devem achar muito divertido ver um cara tão boboca em cena. A única razão que me levou a ver esse abacaxi foi a presença do Vince Vaughn mas ele tem um papel menor e muito tolinho. Mesmo assim suas brigas com a filha adolescente ainda é uma das poucas coisas que se salvam no meio dessa porcaria. Pelo visto Seth Rogen anda abusando no consumo de erva, pois só isso explica algo assim tão retardado. Depois ainda dizem que maconha não faz mal! Faz sim, pois faz com que você escreva coisas debilóides como esse filme! Enfim, chega! Não adianta, passem longe dessa presepada pois é ruim de doer.

Pablo Aluísio.