Highlander tinha tudo para ser uma das grandes sagas da história do cinema. Porém tudo acabou muito cedo. Já no segundo filme já tínhamos uma ideia da lambança que os produtores e roteiristas iriam fazer. Como se sabe os filmes contam a história do Highlander Connor MacLeod interpretado nos quatro filmes por Christopher Lambert. Ele seria apenas um guerreiro do século XVI se não fosse por um detalhe: MacLeod era um ser imortal, que passaria a eternidade lutando contra outros imortais, até que sobrasse apenas um. Era o destino de todos os que não poderiam morrer pelos meios tradicionais. Muitos duelos e lutas pelos séculos, atravessando a história da humanidade.
Só que não souberam aproveitar o personagem ao longo dos filmes. Com um personagem que poderia viver em qualquer época os roteiristas jogaram ele no filme "Highlander 2 - A Ressurreição" em um mundo distópico, meio Blade Runner, meio Mad Max. Não ficou bom em nenhum aspecto. Uma péssima ideia. A ideia de copiar outros filmes ao invés de desenvolver sua própria mitologia estragou a franquia muito rapidamente. A culpa aqui pode ser creditada facilmente aos roteiristas que não capricharam, não procuraram pela originalidade. E isso foi destruindo o personagem ao longo dos filmes.
Em "Highlander 3: O Feiticeiro" o protagonista até enfrentou um bom vilão, interpretado pelo ator Mario Van Peebles, porém o estrago estava feito. O diretor Andrew Morahan só conseguiu mesmo dirigir um filme genérico de ação. E a direção de arte, além dos efeitos especiais, deixaram muito a desejar. O quarto filme chamado "Highlander 4: A Batalha Final" já mostrava que a saga havia caído na vala comum dos filmes de pequeno orçamento. Um diretor desconhecido chamado Douglas Aarniokoski foi contratado. A Dimension Films comprou os direitos dos personagens, mas não fez nada muito interessante com eles. Nesse quarto filme o único mérito foi fechar mesmo, de forma praticamente definitiva, a história de Connor MacLeod no cinema. Não foi em nenhuma hipótese uma grande cena, mas pelo menos o personagem encerrou sua participação na franquia original. Ele finalmente morre durante o filme. Pois é, imortais podem morrer, mas apenas se forem decapitados com uma espada por outros imortais. Regras que foram impostas no primeiro filme e seguidas desde então.
Aliás por falar no primeiro filme... esse foi mesmo o único grande filme dessa saga. Lançado em 1986, "Highlander - O Guerreiro Imortal" segue sendo um clássico dos anos 80. Além do ótimo elenco, que tinha a honra de trazer Sean Connery como coadjuvante nessa mitologia que nasceu nas terras altas da Escócia (logo ele que sempre teve grande orgulho de ser escocês), o filme ainda presenteava o público com uma trilha sonora em parte assinada pelo Queen. Além disso todos os méritos também vão para o diretor australiano Russell Mulcahy. Ele era jovem e cheio de ideias excelentes para o filme como um todo. Esse primeiro filme é daqueles em que todos os elementos parecem estar bem colocados. Pena que com o passar dos anos nada tenha sido feito de bom dessa mitologia dos imortais. Recentemente um remake foi anunciado, mas será que podemos esperar por alguma coisa boa? É complicado acreditar que sim.
Pablo Aluísio.
A Saga Highlander
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Só o primeiro filme é bom. O resto é caça-níqueis. A série de 1992 também é outra coisa indigesta, ruim demais. Se fizerem ramke que façam direito.
ResponderExcluirÉ uma franquia de filmes que afundou rapidamente. Já no segundo filme estava tudo errado. Ai para consertar depois complica.
ResponderExcluirE, rapaz, eu vi tudo. Eu vi todas essas bombas nos anos 90. Ia na locadora, resolvia dar uma nova chance. Acabei sendo enganado por 3 vezes! kkkkkkkkk
ResponderExcluirExiste o conto do vigário. E você caiu no conto do vigário dos produtores. Eu também. Estamos juntos nessa! rsrsrs
ResponderExcluirNinguém nunca perdoou, ou aceitou, a ressurreição absurda do personagem do Sean Connery "Juan Sánchez Villa-Lobos Ramírez" no segundo filme. Isso "matou" o filme, que perdeu sua conexão com o minimo de realidade, que é o que nos faz acreditar no que estamos vendo, mesmo com toda a suspensão de descrença necessário a esse tipo de obra.
ResponderExcluirEsse foi um dos piores roteiros de todos. De repente ele reaparece, do nada, e agradece à "magia". Que coisa mais absurda!
ResponderExcluirBoa resenha, de fato as sequências foram muito decepcionantes.
ResponderExcluirUm pequeno detalhe: a trilha sonora não foi feita inteiramente pelo Queen. O compositor Michael Kamen foi o responsável pela trilha, contando com inserções das canções do Queen.
Por exemplo o magnífico e encantatório tema do treinamento de McLeod.
https://youtu.be/yQhkQGNeq00
Infelizmente, Kamen é sempre esquecido.
Obrigado pela informação adicional Ana.
ResponderExcluirSeja bem-vinda ao blog
Abraços.
Eu nao consigo saber se essa fraquia ajudou ou destriu a promissora carteira do Christopher Lambert. Mas a minha impressão é que dai pra frente foi ladeira abaixo.
ResponderExcluirCorr. ..
Excluirfranquia...
Verdade seja dita... a carreira dele nunca foi muito consistente...
ResponderExcluirCorr. ...carreira
ResponderExcluir