sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Bernardo e Bianca

Título no Brasil: Bernardo e Bianca
Título Original: The Rescuers
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: John Lounsbery, Wolfgang Reitherman
Roteiro: Margery Sharp, Larry Clemmons 
Elenco: Bob Newhart, Eva Gabor, Geraldine Page

Sinopse: 
Um casal de ratinhos formado por Bernardo e Bianca vive mil e uma aventuras quando resolvem solucionar o mistério do desaparecimento de uma garotinha. Suas investigações os levarão a enfrentar terríveis caçadores de tesouros e vilões da pior espécie.

Comentários:
Após a morte de Walt Disney, fundador e mentor do maior estúdio de animação da história, houve uma inegável queda na qualidade dos longas da empresa que chegaram aos cinemas. Criticados por não mais trazer o tom mágico de Disney os animadores se esforçaram por anos para reencontrarem o caminho do sucesso. Foi justamente no meio dessa grande crise que finalmente eles conseguiram um sucesso digno do nome de Disney. Foi com esse "Bernardo e Bianca" que finalmente se conseguiu aliar mais uma vez uma reação positiva tanto do público como da crítica. Roteiro bem desenvolvido aliado a personagens carismáticos, o longa logo se tornou um grande sucesso. Na época os ratinhos se transformaram em um sopro de ar fresco para os criadores do estúdio. O caminho do sucesso finalmente estava aberto novamente. Os traços dessas animações dos anos 70 são bem diferentes da técnica que vemos hoje em dia. São traços fortes, com cores pesadas até. Essa fase do qual ando assistindo alguns longas são considerados de uma fase de baixa dos estúdios, que só iria se reerguer totalmente com "A Pequena Sereia". Até dou razão a alguns críticos dessa época, pois apesar dos personagens serem carismáticos, as animações da Disney mostravam pouca inspiração e tinham ainda um visual desatualizado, antigo. "Bernardo e Bianca" ainda possui algumas dessas características mas já mostra com brilhantismo uma clara amenização em certos aspectos. É a animação que fez a Disney reerguer novamente sua cabeça com orgulho.

Pablo Aluísio.

Hamburger Hill

Título no Brasil: Hamburger Hill
Título Original: Hamburger Hill
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Pictures
Direção: John Irvin
Roteiro: James Carabatsos
Elenco: Anthony Barrile, Michael Boatman, Don Cheadle

Sinopse: 
Durante a guerra do Vietnã um grupo de soldados americanos fica encurralado numa colina no meio da selva mas a defendem com valentia. Depois de sofrer mais de 70% de baixas os militares são surpreendidos pelas novas ordens recebidas por seus superiores. Um espelho da insanidade de um dos conflitos mais sangrentos da história americana.

Comentários:
Mais uma produção do ciclo do Vietnã que legou ao cinema algumas clássicos como 'Platoon', 'Nascido Para Matar' e 'Nascido em 4 de Julho', todos grandes filmes daquela época. Esse aqui é bem menos conhecido e de certa forma foi ofuscado pelos demais. O bom é que narra um fato real, uma colina onde muitos americanos morreram. Na época um soldado resumiu a situação afirmando que o inimigo havia feito 'hamburguer' com seu pelotão! O clima mais cru ajuda a apreciação do filme mas de fato não consegue ter o mesmo impacto ou a mesma qualidade dos melhores filmes dessa fase do cinema americano. Na vida real as tropas americanas fizeram um tremendo sacrifício para tomar o Hamburguer Hill (o morro onde eles estavam virando Hamburguer, literalmente) para depois abandonar o local sem mais nem menos por ordens superiores. Os que morreram, morreram em vão... Anos depois a colina virou o símbolo da falta de direção do comando americano na guerra. Não havia foco e nem sentido em muitos dos confrontos. Um fato histórico muito marcante e interessante. Já o filme é apenas mediano mas dá para assistir sem problemas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Tex - Um Retrato da Juventude

Título no Brasil: Tex - Um Retrato da Juventude
Título Original: Tex
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Productions
Direção: Tim Hunter
Roteiro: Charles S. Haas
Elenco: Matt Dillon, Jim Metzler, Meg Tilly

Sinopse:
Depois que sua mãe morre e seu pai os deixa, os irmãos adolescentes Tex e Mason McCormick lutam para sobreviver por conta própria. Roteiro baseado no livro escrito por S.E. Hinton.

Comentários:
Os anos 80 legaram para o cinema os melhores filmes sobre juventude já feitos. Eu acompanhei bem aquela década pois comecei a ser louco por cinema justamente nos anos 80. E eu era um jovem naquela época, então todos esses filmes foram mais do que presentes em minha vida. "Tex" não fez tanto sucesso como outros de sua estirpe, mas é certamente um excelente filme, muito por causa do texto original que deu origem ao seu roteiro. A escritora S.E. Hinton escreveu livros geniais sobre os jovens naqueles anos, muitos deles resultando em filmes inesqueciveis. Em termos de elenco o destaque ia para a presença do ator Matt Dillon, que não demorou muito e virou ídolo teen daquela geração. E aqui ele surge bem mais country do que o habitual.

Pablo Aluísio.

O Mundo Segundo Garp

Título no Brasil: O Mundo Segundo Garp
Título Original: The World According to Garp
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: George Roy Hill
Roteiro: John Irving, Steve Tesich
Elenco: Robin Williams, Glenn Close, John Lithgow, Mary Beth Hurt

Sinopse:
Um jovem escritor esforçado vê sua vida e obra dominadas por sua esposa infiel e sua mãe feminista radical, cujo manifesto de sucesso a transforma em um ícone cultural. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz coadjuvante (Glenn Close) e melhor ator coadjuvante (John Lithgow). 

Comentários:
Uma das coisas mais tristes que presenciei nessa minha longa vida de cinéfilo foi a morte trágica do Robin Williams. Como era possível um ator como aquele, um comediante nato, um homem que ganhou a vida fazendo os outros rirem, se matar daquela forma? Como disse certa vez o Jô Soares, o suicídio era a ausência completa de humor na vida de uma pessoa. E como era possível um profissional que viveu do humor resolver tirar sua própria vida? Era algo bem triste. Esse filme aqui em questão é da fase primeira da carreira de Robin Williams no cinema. Ele vinha fazendo sucesso na TV, mas no concorrido mundo do cinema ainda não era ninguém relevante. Acabou que esse filme abriu as portas da sétima arte para ele. O resto, como todos já bem sabemos, é história.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Hanky Panky

Título no Brasil: Hanky Panky, Uma Dupla em Apuros
Título Original: Hanky Panky
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sidney Poitier
Roteiro: Henry Rosenbaum, David Taylor
Elenco: Gene Wilder, Gilda Radner, Kathleen Quinlan

Sinopse:
Homem completamente inocente, Michael Jordon, é atraído para uma teia de segredos do governo quando uma garota carregando um pacote misterioso entra em um táxi com ele. Mais tarde, quando ela é assassinada, Michael se torna o principal suspeito e foge.

Comentários:
Olhando para o passado vejo que esse filme é até bem antigo, de 1982. Eu tinha nove anos de idade quando ele chegou nos cinemas, por essa razão obviamente não o vi nos cinemas. Porém, mais tarde, mas ainda nos anos 80, me recordo de ter assistido na TV, provavelmente na Rede Globo. É uma comédia apenas razoável, misturando alguns elementos de filmes de espionagem. Uma das coisas curiosas é o que o filme foi dirigido pelo ator Sidney Poitier. O que ele tinha a ver com comédias? Absolutamente quase nada, já que havia construído sua carreira toda em cima de dramas nos anos 50 e 60. De qualquer forma não deixava de ser curioso ver seu trabalho como cineasta, algo que não foi tão longe, mas que até renderia bons frutos.

Pablo Aluísio.

Caras e Caretas

Na década de 80 a Rede Globo criou uma sessão onde exibia várias sitcons da TV americana. Chamada de "Sessão Comédia" passava logo depois da Sessão da Tarde e antes da novela das seis. Eram exibidos cinco sitcons durante a semana. "Caras e Caretas" era uma delas e se não estou enganado era exibida nas quartas à tarde. Esse horário inclusive depois seria da novela teen "Malhação".

Pois bem, "Caras e Caretas" mostrava um adolescente que tinha uma mentalidade de adulto, o Alex Keaton, interpretado pelo Michael J. Fox que depois de alguns anos iria se tornar também um astro do cinema com a franquia de enorme sucesso "De Volta Para o Futuro". Era uma sitcom que não fugia muito do padrão desse tipo de programa, mas era também bem divertida. Nunca mais passou na TV brasileira depois que a Globo cancelou a Sessão Comédia. Uma pena.

Caras e Caretas (Family Ties, Estados Unidos, 1982 - 1989) Direção: Sam Weisman, Will Mackenzie / Roteiro: Sam Weisman, Will Mackenzie / Elenco: Michael J. Fox, Michael Gross, Meredith Baxter / Sinopse: Série de sucesso nos anos 80 a série Caras e Caretas mostrava uma família bem pouco convencional daqueles anos.  

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Águia de Aço II

Título no Brasil: Águia de Aço II
Título Original: Iron Eagle II
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Sidney J. Furie
Roteiro: Kevin Alyn Elders
Elenco: Louis Gossett Jr, Mark Humphrey, Stuart Margolin, Alan Scarfe, Sharon Hacohen

Sinopse:
Militares dos Estados Unidos e da União Soviética se unem para juntos atacarem instalações de perigosos terroristas no Oriente Médio. E os caças americanos e seus pilotos arrojados se tornam parte essencial para que esses planos sejam executados com perfeição.

Comentários:
Continuação de "Águia de Aço", que em seu lançamento original era encarado como uma espécie de imitação de "Top Gun - Ases Indomáveis", o que de certa forma era uma verdade. Nesse segundo filme da linha "Águia de Aço" o ator principal do filme anterior resolveu pular fora do barco. Assim coube a Louis Gossett Jr assumir o protagonismo da história. Um fato curioso é que com a queda do muro de Berlim os soviéticos (os russos) não poderiam mais ser encarados como os vilões malvadões, como no passado. Por isso em cima do começo das filmagens o roteiro foi reescrito às pressas para colocar russos e americanos trabalhando juntos, em cooperação internacional. Sinal dos tempos, claro.

Pablo Aluísio.

Dinamite, o Bionicão

Esse desenho animado é dos meus tempos de infância. O curioso é que sempre lembrava dele como o desenho do Falcão Azul, um dos vários personagens criados pelos estúdios Hanna-Barbera. Na verdade o personagem principal desse desenho não era o Falcão Azul, mas sim seu mascote, o Bionicão! Claro que me lembro dele - era uma versão mecânica e high tech do próprio Scooby-Doo, o personagem mais popular da HB.

Essa série de desenhos animados foi lançada na década de 1970 (exatamente os meus tempos de criança). Se não estou enganado esse desenho era exibido na Rede Globo com o devido destaque nas manhãs de domingo. Depois entrou na programação normal dos programas infantis. E depois que a Globo não mostrou mais interesse nas reprises ele foi passando para outros canais de TV aberta no Brasil como Record e Bandeirantes. É um dos desenhos que mais trazem saudades de meus tempos de criança - tempos bons que não voltam mais. Fica aqui então meu registro.

Dinamite, o Bionicão (Dynomutt Dog Wonder, Estados Unidos, 1976 - 1977) Direção: Joe Ruby, Ken Spears / Roteiro:  Joe Ruby, Ken Spears / Elenco: Gary Owens, Frank Welker, Casey Kasem / Sinopse: As aventuras de um super-herói diferente, um cão robótico que se mostra um obstáculo e um trunfo para seu mestre, o Falcão Azul.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Você Já Foi à Bahia?

Título no Brasil: Você Já Foi à Bahia?
Título Original: The Three Caballeros
Ano de Produção: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: Norman Ferguson, Clyde Geronimi
Roteiro: Homer Brightman, Ernest Terrazas
Elenco: Aurora Miranda, Carmen Molina, Dora Luz

Sinopse: 
Pato Donald recebe diversos presentes em seu aniversário, entre eles uma viagem muito especial ao México e ao Brasil em companhia dos simpáticos Panchito e Zé Carioca.

Comentários:
Animação que virou um clássico dos estúdios Disney, embora não fosse essa a intenção do estúdio quando a lançou na década de 1940. Na verdade o desenho foi feito sob encomenda numa tentativa de melhorar as relações diplomáticas, comerciais e culturais entre os países da América, em especial México e Brazil (ops, Brasil). Havia uma política de boa vizinhança no ar e Disney, um gênio da animação e das relações públicas, criou dois personagens que de certa forma representavam as nações mostradas no enredo. O primeiro era Panchito, um galo mexicano, amante das touradas e das danças típicas, com seu enorme sombreiro. O segundo seria Zé Carioca (dublado pelo brasileiro José Oliveira), uma ave verde (como a floresta Amazônica) que mostrava toda a ginga latina. Era um símbolo do que os americanos pensavam dos cariocas de uma maneira em geral, ou seja, um sujeito malandro, bom de papo, mas também com bom coração! Um personagem muito simpático que dentro do universo Disney internacional teria pouca expressão nos anos seguintes mas que em nosso país continuaria a ser muito querido por décadas e décadas - a ponto inclusive de ter sua revistinha publicada por longos anos. "The Three Caballeros" é hoje em dia considerado um cult, quem diria. Até mesmo no exterior o filme é reverenciado, principalmente pela presença do esquentado e ranzinza Pato Donald, um dos personagens mais populares da galeria Disney. Deixando toda a diplomacia e boas intenções de lado não temos como negar a simpatia irresistível dessa animação que resistiu muito bem ao tempo. Uma graça.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de agosto de 2015

O Filho do Sheik

Título no Brasil: O Filho do Sheik
Título Original: The Son of the Sheik
Ano de Produção: 1926
País: Estados Unidos
Estúdio: Feature Productions
Direção: George Fitzmaurice
Roteiro: Edith Maude Hull, Frances Marion
Elenco: Rudolph Valentino, Vilma Bánky, George Fawcett

Sinopse:
O filho do poderoso sheik se apaixona por uma dançarina muito sensual e bela. Seu romance porém não será um mar de rosas pois contraria os interesses de várias pessoas, inclusive de parentes e pessoas influentes de dentro de sua própria família. Nada disso abalará seu coração pois Ahmed (Rodolfo Valentino) está decidido a lutar pelo grande amor de sua vida.

Comentários:
Rudolph Valentino, ou como é conhecido no Brasil, Rodolfo Valentino, foi um dos primeiros grandes ídolos do cinema americano. Seu estilo exótico, fruto de sua nacionalidade italiana, fazia com que as mulheres americanas das décadas de 1910 e 1920 suspirassem sempre que ele aparecia na tela. Era a época do cinema mudo, onde os atores e atrizes usavam forte maquiagem (para que suas expressões faciais fossem captadas pelas primitivas câmeras cinematográficas). Valentino virou um ícone porque teve uma vida trágica, morreu muito jovem, causando comoção mundial. Seu enterro foi um dos maiores da época e ninguém conseguia entender como aquele galã tão pintoso e bonito havia morrido daquele jeito. Sua morte prematura, ainda nesse ano, o elevaria à categoria de ídolo imortal da sétima arte. Esse filme aqui foi seu último, uma tentativa de repetir o sucesso de seu grande êxito de bilheteria, "O Sheik" de 1921. Para o público de hoje tudo obviamente vai soar bem estranho. Os filmes do cinema mudo eram extremos, as tramas sempre exageradas e geralmente com momentos trágicos que hoje em dia vão soar quase risíveis. De qualquer maneira é o tipo de película que deve ser conhecida, nem que seja para ver Valentino em cena, afinal de contas ele foi o primeiro grande mito da nascente indústria cinematográfica dos Estados Unidos. E isso há cem anos, imagine você! Seu nome sempre será lembrado na história do cinema.

Pablo Aluísio.

Corridas de Automóveis para Meninos

Título no Brasil: Corridas de Automóveis para Meninos
Título Original: Kid Auto Races at Venice
Ano de Produção: 1914
País: Estados Unidos
Estúdio: Keystone Film Company
Direção: Henry Lehrman
Roteiro: Henry Lehrman, Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Henry Lehrman

Sinopse:
Um cameraman tenta filmar uma corrida de garotos em Venice mas acaba tendo que lidar com um espectador inconveniente (Chaplin) que tenta a todo custo ser filmado nas imagens. Fingindo estar passeando ou de bobeira ele coloca todo o trabalho do câmera a perder! Primeira aparicão de Charles Chaplin no cinema americano.

Comentários:
Primeiro filme do genial Charles Chaplin (1889–1977). Na época ele era apenas um inglês na Califórnia tentando entender as manhas da nascente indústria cinematográfica americana que nascia. Assim em seu primeiro dia de trabalho ele foi desafiado pelo diretor Henry Lehrman a dar senso de humor a uma corrida que estava sendo realizada com pequenos carros pilotados pela garotada. Charles Chaplin então teve uma ideia original e que já mostrava sinais da genialidade que iria desenvolver nos anos seguintes. O que seria mais inconveniente do que um sujeito sem noção que, querendo aparecer para as câmeras a todo custo, surgia a todo momento no meio da filmagem da corrida, atrapalhando todo o trabalho do câmera? E foi justamente com essa ideia simples - mas muito engraçada - que Chaplin surgiu pela primeira vez nas telas. O curta tem pouco mais de dez minutos mas as risadas são garantidas. Chaplin também já demonstra um pouco do figurino que iria lhe transformar em um dos maiores mitos da sétima arte. O terno desajeitado, fora de seu número certo, e uma inconveniência divertida que nascia até mesmo de uma ingenuidade já antecipava o que veríamos no imortal Carlitos. Esse filme está celebrando cem anos de idade agora em 2014. Uma boa pedida para quem quiser conferir Chaplin pela primeira vez nos cinemas.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de agosto de 2015

Somos Todos Católicos

Título no Brasil: Somos Todos Católicos
Título Original: Heaven Help Us
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Pictures
Direção: Michael Dinner
Roteiro: Charles Purpura
Elenco: Donald Sutherland, Andrew McCarthy, John Heard, Mary Stuart Masterson, Kevin Dillon

Sinopse:
Um novo estudante transferido para uma tradicional escola católica e tenta se encaixar enquanto romanticamente persegue uma jovem problemática.

Comentários:
Filme bem bacana, com um elenco de estrelas jovens dos anos 80. Curiosamente não fez o mesmo sucesso de outros filmes desse estilo como "Clube dos Cinco", etc, mas inegavelmente é um bom filme, bem representativo daquela geração jovem da década de 80. Eu particularmente gostei muito, principalmente porque o tema me soou bem familiar. Nessa mesma época - anos 80 - eu também frequentava e era aluno de uma dessas escolas tradicionais mantidas pela Igreja Católica. Bons tempos, por isso o filme sempre me sooa completamente nostálgico. Quem passou por experiências semelhantes certamente vai se identificar. Se é também o seu caso, não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

Action Jackson

Título no Brasil: Action Jackson
Título Original: Action Jackson
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Lorimar Film Entertainment,
Direção: Craig R. Baxley
Roteiro: Robert Reneau
Elenco: Carl Weathers, Sharon Stone, Craig T. Nelson, Thomas F. Wilson, Robert Davi, Jack Thibeau

Sinopse:
A vingança leva um policial durão de Detroit a seguir o rastro de um magnata automotivo sedento de poder que está sistematicamente eliminando seus concorrentes.

Comentários:
Numa entrevista a atriz Sharon Stone recordou que certa vez pegou um táxi em Nova Iorque e quando o motorista a reconheceu, perguntou: "Ei, você não é aquela loira gostosa de Action Jackson?". Sharon riu e respondeu: "Sim, eu mesma, eu era a loira gostosa que precisava pagar meu aluguel naquela época". Risadas à parte, o fato é que a loiraça ainda não era a estrela que um dia iria se tornar. Ela era bem jovem quando fez esse filme de ação estrelado pelo "Apolo" da série Rocky, mais conhecido como Carl Weathers. Enfim, filme de ação e porrada para as massas dos anos 80. Muita ação enquanto se toma uma cerveja gelada com pizza em um sábado à noite.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Um Tira de Aluguel

Título no Brasil: Um Tira de Aluguel
Título Original: Rent-a-Cop
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Kings Road Entertainment
Direção: Jerry London
Roteiro: Michael Blodgett, Dennis Shryack
Elenco: Burt Reynolds, Liza Minnelli, James Remar, Richard Masur, Dionne Warwick, Bernie Casey

Sinopse:
Tony Church (Burt Reynolds) é um ex-policial durão, atualmente desempregado, que se une a uma prostituta para desbaratar uma perigosa quadrilha que explora mulheres para a prostituição e outros crimes de natureza sexual.

Comentários:
Eu me recordo, puxando pelas minhas lembranças mais antigas, de ver esse filme em cartaz em um cinema popular da minha cidade chamado Plaza. Realmente o filme passava para o mesmo público que curtia os filmes de porrada pura do Chuck Norris. E ele foi produzido em uma época já decadente da carreira do ator Burt Reynolds, embora ele naquela fase ainda não tivesse destruído seu rosto com opereções plásticas simplesmente desastrosas. E  o que dizer de Liza Minnelli? Pobre Liza, ter que participar de um filme tão fraco como esse... mas enfim, é a vida de altos e baixos de qualquer artista. Então é isso, um filme de ação dos anos 80, com um astro dos anos 70, já em plena fase de decadência artística e comercial.

Pablo Aluísio.

Elton John - Rocketman

Já não sou mais de ir tanto ao cinema como antigamente. Hoje em dia a qualidade de algumas salas do tipo cineplex deixam muito a desejar. A imagem aparece na tela apagada, sem cor, sem brilho. Também nunca fui muito fã do Elton John. Com tudo isso em jogo, com esses dados lançados, era de se esperar que eu nunca iria ao cinema assistir a esse musical. Pois é, mesmo com tantos fatores contra eu fui até um cinema da minha cidade para assistir a esse Rocketman.

A exibição continuou péssima, do ponto de vista técnico. Certamente eu teria apreciado muito mais o filme se tivesse visto em minha casa, com toda a comodidade do screaming. Porém como estava no cinema não tinha outra saída. Está no inferno? Ora, abraça o capeta então!

O filme é bem legal. Não segue o modelo do filme do Queen. Aqui é um musical mesmo, do tipo em que os personagens saem cantando e dançando no meio da rua sem motivo aparente. Por isso se esse tipo de filme não é de seu gosto pessoal fique longe dele. Em alguns momentos chega a ser até bobinho. O roteiro explora tudo do Elton John, seu começo complicado, os atritos com os familiares (nada muito sério) e seus problemas com drogas (nada muito dramático no roteiro também, para não atrapalhar o clima de festa).

No final das contas não é um filme para encher os olhos. Nada disso. É apenas um enredo comum com uma trilha sonora fabulosa. Aliás é bom deixar claro: se não fosse a música do Elton John esse filme seria bem mais ou menos, com cenas e momentos bem artificiais. Para sorte do público porém tem a música desse cantor e compositor talentoso. O que no final salva tudo do lugar comum. Com essa trilha sonora "Rocketman" se torna bem agradável aos olhos (e ouvidos, principalmente).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Shogun

Título no Brasil: Shogun
Título Original: Shogun
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: Jerry London
Roteiro: James Clavell, Eric Bercovici
Elenco: Richard Chamberlain, Toshirô Mifune, Yôko Shimada, Furankî Sakai, Alan Badel, Damien Thomas

Sinopse:
O Major John Blackthorne (Richard Chamberlain) é um navegador inglês que torna-se peão e jogador nos jogos políticos mortais do Japão feudal.

Comentários:
É curioso como a mente pode pregar peças na gente. A minha memória mais viva desse "Shogun" era como minissérie sendo exibida na Rede Globo lá no começo dos anos 80 (eu era um garotinha na época, é bom esclarecer). Entretanto em todas as referências que encontrei vi que na realidade se trata de um telefilme, de pouco mais de 2 horas de duração. Foi um dos trabalhos mais lembrados do ator Richard Chamberlain, aqui tendo a honra (honra mesmo!) de contracenar com o grande Toshirô Mifune. Olhando para o passado e percebendo como esse filme da NBC (canal de TV aberto nos Estados Unidos) está datado, fica a pergunta: Por que ainda não fizeram uma nova versão de uma história tão boa? Quem sabe em breve surja alguma novidade por aí.

Pablo Aluísio.

The Pacific

Foi bastante aguardada essa minissérie do canal HBO, "The Pacific". A intenção era não apenas repetir o êxito de crítica e público de "Band of Brothers" mas também focar nas terríveis batalhas no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Para muitos a guerra no Pacífico foi bem mais violenta, insana e extrema do que a que se desenvolveu na Europa. O diferencial vinha das características do próprio inimigo, os japoneses, que lutavam com uma determinação feroz e fanática. A honra era prezada a um patamar que até então era desconhecido para os ocidentais. Para um guerreiro japonês morrer por seu imperador e por seu país era uma grande honra pessoal e familiar, quase beirando á devoção divina. Assim os americanos encontraram muitas vezes uma resistência muito mais combativa e focada do que a que encontrou na Europa quando enfrentou as tropas alemãs. Assim que "The Pacific" foi anunciado pela HBO as expectativas foram às alturas. Infelizmente depois de conferir os dez episódios pude perceber que o material não era excepcional. A produção certamente era  maravilhosa mas no geral alguns episódios sofreram de sérios problemas de ritmo. As diversas histórias também foram editadas de modo confuso, deixando o espectador meio sem se situar corretamente dentro do que estava acontecendo em cena.

Excesso de personagens e ausência de foco no roteiro prejudicaram ainda mais o resultado final. Minha maior decepção com "The Pacific" foi que muitas vezes ao invés de mostrar algumas das batalhas mais sangrentas da II Guerra Mundial o roteiro ficou se preocupando em focar nos relacionamentos dos recrutas! Nada contra humanizar os combatentes mas a partir do momento em que se ficou mais preocupado em mostrar a dor de cotovelo de certos soldados do que em retratar as lutas sangrentas entre japoneses e americanos a coisa desandou. Há também uma grande irregularidade entre os episódios. Alguns são bem interessantes enquanto que outros caem no marasmo completo, se tornando chatos. Um exemplo é um episódio todo passado na Austrália. Nada de relevante acontece e o tédio impera, quebrando a espinha dorsal do que vinha acontecendo. De bom apenas um maior realismo no que efetivamente acontecia nas forças armadas, inclusive em termos de violência e insanidade dos soldados. Mesmo assim o saldo final não foi muito bom. O fato é que apesar de todo o dinheiro e luxuosa produção, "The Pacific" foi apenas mediano, abaixo do que era esperado.

The Pacific (The Pacific, Estados Unidos, 2008) Direção: Sanford Booksta / Elenco: Dennis Hopper, Clare Carey, Luis Chávez, Ross McCall, Brian Tee, Heather Mazur / Sinopse: Minissérie em dez episódios que conta parte da luta das forças armadas americanas na chamada guerra do Pacífico durante a II Guerra Mundial.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Leão Branco, o Lutador sem Lei

Título no Brasil: Leão Branco, o Lutador sem Lei
Título Original: Lionheart
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Imperial Entertainment Corporation
Direção: Sheldon Lettich
Roteiro: S.N. Warren, Jean-Claude Van Damme
Elenco: Jean-Claude Van Damme, Harrison Page, Deborah Rennard, Lisa Pelikan, Ashley Johnson  

Sinopse:
Um ex-soldado francês começa a participar de lutas de rua clandestinas para ganhar dinheiro para a família de seu irmão. E nas ruas o que vale mesmo é a lei do mais forte, do lutador mais poderoso, do último que ficará de pé.

Comentários:
Esse é um filme bem do comecinho da carreira do ator e lutador Jean-Claude Van Damme. Nessa fase inicial ele foi chegando aos poucos, participando de filmes com orçamento modesto, mas cultivando um público que se sentia órfã desse estilo de filme desde os tempos do Bruce Lee. Deu certo. Nesse filme em questão o próprio Jean-Claude Van Damme escreveu a história original. Apesar da produção com menos dinheiro, é seguramente uma fita de ação que acabou agradando aos fãs de fitas de luta. E em plena era do VHS ele acabou fazendo com que esse filme se tornasse um campeão de locação nas locadoras de vídeo. Nada mal para quem era praticamente desconhecido e que acabou virando a estrela de sua própria linha de filmes.

Pablo Aluísio.

Fantasia

Walt Disney era um gênio. Além de grande artista, homem culto, era um empresário de mão cheia. Não é à toa que ele construiu todo um império de entretenimento apenas com sua velha prancheta de desenho, onde criou personagens eternos como o ratinho Mickey e o ranzinza Pato Donald. Quando já estava rico, milionário, e muito poderoso em Hollywood (ele praticamente inventou o longa-metragem de animação), Disney resolveu que queria realizar um velho sonho: unir desenho animado com música clássica. Ele era apaixonado por grandes compositores clássicos do passado e achou que a fusão poderia dar muito certo, afinal de contas Disney geralmente desenhava enquanto ouvia música clássica em seu atelie. Quando estava ouvindo um disco da orquestra da Philadelphia, pensou logo em Mickey como um aprendiz de feiticeiro muito desastrado sincronizado com as notas musicais que ouvia. Após criar um rápido rascunho com suas ideias em sua casa levou o projeto para seus animadores que ficaram bastante entusiasmados com seu conceito. O que não sabiam era que a sincronização entre os movimentos dos desenhos com as notas musicais seria extremamente complicada e demorada - levaria meses para que eles finalmente terminassem uma única sequência. A espera porém valeu muito a pena.

"Fantasia" é considerada não apenas uma das animações mais maravilhosas da história do cinema mas também um marco revolucionário nas técnicas de produção de desenhos animados. Assistir a esse filme hoje em dia e pensar que ele foi realizado em 1940, sem qualquer uso de computação gráfica ou algo parecido, mas apenas lápis e papel é realmente de deixar qualquer um de queixo caído. Foi praticamente um trabalho artesanal, feito mão a mão, traço a traço, pela equipe do estúdio. Foram no total nove diretores de animação (alguns não creditados, inclusive o próprio Disney). Cada um ficou responsável por uma sequência específica. O resultado se mostrou maravilhoso, mostrando vários estilos e técnicas de animação diversas. Disney conseguiu realizar o que para muitos seria sua obra prima definitiva. Infelizmente como geralmente acontece com obras dessa envergadura, "Fantasia" também não foi completamente compreendida em seu lançamento. O roteiro foi acusado de ser sem foco, com vários sequências jogadas ao vento, sem uma estrutura narrativa básica. Disney se defendeu afirmando que o verdadeiro conceito por trás de tudo era levar cultura (no caso os grandes clássicos da música) para as crianças, de uma forma leve e divertida. Certo estava ele. O tempo mostrou quem realmente tinha razão e hoje em dia "Fantasia" é considerado um dos maiores momentos da história do cinema americano. Coisa de gênio.

Fantasia (Idem, Estados Unidos, 1940) Direção: Walt Disney, James Algar, Samuel Armstrong, Ford Beebe Jr, Norman Ferguson, Jim Handley, Wilfred Jackson, Hamilton Luske, Bill Roberts, Paul Satterfield, Ben Sharpsteen  / Roteiro: Walt Disney, Joe Grant, Dick Huemer, entre outros / Elenco: Leopold Stokowski, Deems Taylor, Corey Burton / Sinopse: "Fantasia" é composto de várias sequências independentes entre si onde o espectador é levado a ver a perfeita união entre animação e música clássica.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Grease 2

Título no Brasil: Grease 2
Título Original: Grease 2
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Patricia Birch
Roteiro: Ken Finkleman, Jim Jacobs
Elenco: Michelle Pfeiffer, Maxwell Caulfield, Lorna Luft, Maureen Teefy, Alison Price, Pamela Adlon

Sinopse:
"Grease 2 - Os Tempos da Brilhantina Voltaram" conta a história de uma estudante britânica em uma escola secundária americana durante anos 1960, E nesse nova escola ela terá que mostrar todo o seu valor.

Comentários:
Continuação muito fraca do sucesso "Grease", aquele musical passado nos anos 50 com o John Travolta. Como um raio geralmente não cai no mesmo lugar duas vezes, esse segundo filme não conseguiu agradar nem ao público (que deixou as salas de cinema na época completamente vazias) e nem à crítica (que malhou impiedosamente o filme nos jornais em 1982). E o fracasso comercial foi merecido porque é um caça-níqueis vergonhoso por parte da Paramount. A única coisa que presta para falar a verdade é a presença e uma esforçada atriz novata. O nome dela? Michelle Pfeiffer! Pois é, ela conseguiu dar a volta por cima e fez uma bela carreira em Hollywood. Lembrou da Mulher-Gato? Esse foi apenas um de seus futuros sucessos.

Pablo Aluísio.

Spice World - O Mundo das Spice Girls

O universo pop é o mundo da música feito de algodão doce, das harmonias chicletes e dos discos descartáveis. Poucos são os artistas que escapam do "use e jogue fora" nesse estilo. Os anos passam mas a fórmula continua a mesma. Um empresário esperto junta um grupo de garotos e forma uma boy band. Depois que eles atingem os 20 anos são descartados pois já estão velhos demais. Foi assim com Menudo, Backstreet Boys e mais uma centena de bandas farofas do mesmo naipe. O curioso é que na Inglaterra resolveram formar não uma banda de garotos com cara de meninas mas sim uma banda de garotas mesmo! Nasceu assim esse "fenômeno" pop chamado "Spice Girls"! Hoje em dia elas já são senhoras, algumas inclusive ficaram fora do padrão com a idade (Tentaram inclusive vários retornos mas sem sucesso). Atualmente o sonho acabou para elas mas no passado elas foram muito bem sucedidas comercialmente. Elas venderam tantos CDs em seu auge que os produtores de cinema resolveram até mesmo produzir um filme com as moças. Imagine você que coisa mais sem noção! Claro que as Spice Girls não sabiam atuar mas fechavam os olhinhos e davam beijinhos para a tela! Afinal quem disse que algum artista da música pop precisou mesmo atuar em algum filme que fez ao longo de todos esses anos?

O clima do filme tenta copiar o estilo dos antigos filmes dos Beatles, ou seja, muito nonsense inglês misturado com músicas bacanas na linha fast food. Não há propriamente um roteiro mas sim uma sucessão de sequências musicais onde elas cantam, dançam, "atuam" (perdão Sir Lawrence Olivier pelo uso da palavra!) e fazem caretas fofinhas o tempo todo. O conteúdo é o mesmo de uma bolha de sabão colorida! Claro que se você tiver mais de dezesseis anos de idade vai achar tudo uma tolice sem cabimento. E é isso mesmo, o filme é um chicletão colorido, vazio, mas que os adolescentes da época adoraram a ponto da produção fazer bonito nas bilheterias. No fundo é um grande videoclip das meninas. Elas próprias são simples caricaturas de garotas. Tem a fofinha (Baby Space), a esportista (Mel C), a afro (Mel B), a bonitona (Geri Halliwell) e a fashionista (Victoria).  Para não dizer que nada se salva temos que dar o braço a torcer e dizer que algumas baladas das Spice Girls eram até bonitas, com harmonias pegajosas (grudou no ouvido, não sai mais). Curiosamente depois de dois anos do sucesso desse filme elas já não eram mais nada. Foram descartadas, jogadas na lata de lixo da cultura dos anos 90 como convém a esse linha de artista. Assim se você estiver curioso em saber qual vai ser o futuro de cantores pop como Justin Bieber (que também tem cara de menina) então basta dar uma olhada nesse filme para sentir como nesse mundo pop tudo é passageiro e fugaz, feito bolha de sabão.

Spice World - O Mundo das Spice Girls (Spice World, Inglaterra, 1998 ) Direção: Bob Spiers / Roteiro : Kim Fuller e Jamie Curtis / Elenco: Melanie Chisholm, Victoria Beckham, Melanie Brown, Emma Bunton, Geri Halliwell / Sinopse:  As Spice Girls precisam salvar o mundo de um vilão muito malvado. Para isso cantam e dançam. Como é lindo o mundo pop da música!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Banana Joe

Título no Brasil: Banana Joe
Título Original: Banana Joe
Ano de Produção: 1982
País: Itália
Estúdio: Derby Cinematografica
Direção: Steno
Roteiro: Mario Amendola
Elenco: Bud Spencer, Marina Langner, Mario Scarpetta

Sinopse:
Um homem vive feliz em uma ilha com sua família, cultivando bananas. Quando um mafioso local, de olho na propriedade do homem, tenta tirá-la dele, ele deve ir à cidade pela primeira vez para obter ajuda.

Comentários:
Eu me recordo desse filme sendo exibido pelo SBT - e não foram poucas vezes. Acontece que o Bud Spencer sempre foi muito querido no Brasil. Aqui ele surge em um filme solo, já que todos estavam acostumados a vê-lo em dupla com o Terence Hill. E o filme, como não poderia deixar de ser, é uma daquelas comédias italianas sem medo de serem bregas e cafonas. O humor é bem pastelão, ao estilo dos Trapalhões e justamente por essa razão acabou caindo no gosto do público brasileiro, ou melhor dizendo, entre o povão mesmo. E não há nada de errado nisso. Cada filme acaba encontrando seu próprio público, de um jeito ou de outro.

Pablo Aluísio.

Os Guerreiros do Bronx

Título no Brasil: Os Guerreiros do Bronx
Título Original: 1990 - I guerrieri del Bronx
Ano de Produção: 1982
País: Itália
Estúdio: Deaf Internacional Films
Direção: Enzo G. Castellari
Roteiro: Dardano Sacchetti, Dardano Sacchetti
Elenco: Mark Gregory, Fred Williamson, Vic Morrow

Sinopse:
Em uma cidade pós-apocalíptica de Nova York, um policial se infiltra no Bronx, que se tornou um campo de batalha para várias gangues de rua assassinas.

Comentários:
Voltando no  tempo, em minhas memórias afetivas de cinéfilo, eu me lembro bem dessa fita pegando poeira na locadora Betamax onde eu costumava alugar filmes todas as semanas. Pois é, acredite, era uma época de tanta fartura nas videolocadoras no Brasil que até mesmo filmes ao estilo trash como esse ganhavam lançamentos em nosso país. E se eu não estou enganado esse filme foi lançado por aqui pelo selo Look Vídeo. E deixando esse lado da nostalgia de lado é bom salientar que esse filme italiano nada mais é do que outro filho bastardo de "Mad Max", provavelmente um dos filmes mais influentes da história do cinema. Acabou dando origem a uma série sem fim de filmes passados em mundos pós-apocalípticos.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de agosto de 2015

Cry-Baby

Título no Brasil: Cry-Baby
Título Original: Cry-Baby
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus
Direção: John Waters
Roteiro: John Waters
Elenco: Johnny Depp, Tracy Lords, Iggy Pop, Willie Dafoe e Amy Locane

Sinopse: 
A cidade é Baltimore, o ano é 1954. Wade "Cry-Baby" Walker (Johnny Depp) é um "Teddy Boy" que lidera um grupo de outsiders. No bairro e na escola tem o sugestivo apelido de "Cry-Baby" justamente por causa de algo bem singular em si mesmo: ele chora apenas por um olho! Embora se faça de durão ele na verdade está apaixonado pela bela Allison Vernon-Williams (Amy Locane), uma garota rica que parece estar fora de seu alcance uma vez que seus parentes o odeiam. Afinal todos pensam que "Cry-Baby" é apenas um delinqüente juvenil sem qualquer futuro pela frente.

Comentários:
Acredito que pouquíssimas pessoas vão lembrar desse filme. A razão é simples: poucas pessoas viram "Cry-Baby" na época de seu lançamento. No comecinho da carreira o jovem Johnny Depp já colocava as asinhas de fora estrelando um filme do cineasta (e maluco de plantão) John Waters. Quem assistiu já sabe, o filme é todo fora do convencional. Tem até a ex estrela pornô Traci Lords, que foi colocada no elenco como provocação mesmo: na época várias pessoas da indústria pornô estavam sendo presas por causa dela (mas isso é uma outra história). Sinceramente não me lembro de ter visto Cry-Baby na TV. Acho inclusive que deve ser inédito até em dvd no Brasil (me corrijam se estiver enganado). É um filme raro e dificil de achar mas recomendo aos fãs do trabalho de Depp pois ele está impagável na pele de um personagem que mistura de uma vez só James Dean, Marlon Brando e Elvis Presley. Ele também canta no filme (e não é que o cara já cantava bem há mais de 20 anos!). Não é de se espantar já que ele mesmo se considera um músico frustrado que virou ator por necessidade. Enfim, para quem gosta do cinema subversivo de Waters, "Cry-Baby" é um prato cheio - de brilhantina é claro!

Pablo Aluísio.

Duro de Matar - A Vingança

Título no Brasil: Duro de Matar - A Vingança 
Título Original: Die Hard: With a Vengeance
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John McTiernan
Roteiro: Jonathan Hensleigh, Roderick Thorp
Elenco: Bruce Willis, Jeremy Irons, Samuel L. Jackson

Sinopse: 
Surge um novo terrorista, Simon Gruber (Jeremy Irons) que ameaça explodir dezenas de escolas de Nova Iorque caso não coloque as mãos no policial John McClane (Bruce Willis). Acontece que Simon é irmão de um criminoso que foi morto justamente por McClane (na trama do primeiro "Duro de Matar") e agora quer vingança. O que os policiais de Nova Iorque não sabem é que ele na realidade arma um grande golpe para desviar as atenções da autoridades. Enquanto elas correm para salvar as crianças ele rouba bilhões de dólares do banco central da cidade. 

Comentários:
Terceiro filme da franquia "Die Hard". A franquia não era mais do interesse de Willis e por isso a Fox teve que pagar um cachê recorde para o ator voltar para mais um filme de ação na pele do indestrutível John McClane. Aqui há dois bons aspectos a se considerar. O primeiro é a grandiosidade da produção. Há cenas realmente bem realizadas como a explosão de uma bomba no metrô de Nova Iorque. Outro ponto muito positivo é o elenco de apoio. Tanto Jeremy Irons (que interpreta um terrorista psicopata e frio) como Samuel L. Jackson (que faz um tira obcecado com racismo) estão muito bem em seus respectivos personagens. No saldo final é um filme de ação escapista, muito bem realizado, que consegue divertir bastante o espectador e os fãs da série.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de agosto de 2015

Alguém Lá em Cima Gosta de Mim

Título no Brasil: Alguém Lá em Cima Gosta de Mim
Título Original: Oh, God!
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Carl Reiner
Roteiro: Larry Gelbart, Avery Corman
Elenco: George Burns, John Denver, Teri Garr, Donald Pleasence, Ralph Bellamy, William Daniels

Sinopse:
Quando Deus aparece a um gerente assistente de mercearia como um velho de boa índole, o Todo-Poderoso o seleciona como seu mensageiro para o mundo moderno. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado (Larry Gelbart).

Comentários:
Filme mais do que simpático, na realidade é uma graça. Com muito bom humor (humor leve e divertido) acompanhamos um velhinho boa praça que na realidade é o própro Deus, descend na Terra para ver o que estaria acontecendo com a humanidade. Até hoje me lembro da cena final quando Deus (na interpretação maravilhosa do ator George Burns) se despede de seu pupilo e diz que vai andar por aí, pela natureza, para ver o que teria acontecido, o que fizeram com sua criação. Claro, uma mensagem ecológica, já naqueles tempos, década de 1970, quando isso nem era tão comum assim no cinema. Eu adorei esse filme e sempre recomendo. Nunca Deus surgiu tão carismático como vemos aqui. Uma maravilha mesmo!

Pablo Aluísio.

Frankenstein, o Monstro das Trevas

Título no Brasil: Frankenstein, o Monstro das Trevas
Título Original: Roger Corman's Frankenstein Unbound
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: The Mount Company
Direção: Roger Corman
Roteiro: Brian Aldiss, Roger Corman
Elenco: John Hurt, Raul Julia, Bridget Fonda, Jason Patric, Nick Brimble, Michael Hutchence

Sinopse:
A arma definitiva, que deveria ser segura para a humanidade, produz efeitos colaterais globais, incluindo deslizamentos no tempo e desaparecimentos. E nesse meio surge a lenda do Frankenstein.  E depois disso salve-se quem puder!

Comentários:
Eu me recordo que aluguei esse filme em uma locadora na época, ainda nos tempos das velhas fitas VHS e odiei, odiei o filme. Achei tudo muito ruim, com cenas absurdas como aquela em que o personagem de John Hurt passeia por uma aldeia medieval dentro de um carro moderno. Que porcaria era aquela? E o pior é que as pessoas daqueles tempos viam um carro moderno e achavam tudo muito natural. Completamente nonsense. O Roger Corman sempre foi o rei dos filmes B em Hollywood, filmes que fugiam dos padrões, mas no caso desse filme bem ruim ele certamente exagerou (e muito) na dose! E tem alguma coisa que preste? Tem o poster com os olhos costurados. Foi o que me fez alugar o filme... e quebrar a cara!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros

O diretor Colin Trevorrow, que nunca tinha dirigido nada de importante antes na carreira, acabou realizando um filme bem genérico que não se importa em copiar descaradamente o formato e a fórmula do primeiro filme, dirigido por Steven Spielberg em 1993 (e lá se vão mais de vinte anos do lançamento original, estamos ficando mesmo velhos!). E qual seria essa fórmula antiga? Simples. Um parque de diversões temático, com dinossauros trazidos de volta à existência com a ajuda da tecnologia genética. Uma espécie de Disneyworld do mundo jurássico. Os bichanos expostos para o público formado basicamente por crianças e adolescentes. Entre eles estão dois irmãos, um pouquinho mais velho do que outro. Eles são sobrinhos de uma das executivas do Jurassic World. Aqui vemos a mão marota de Spielberg. Os dois garotos estão enfrentando o divórcio dos pais e a tiazona que mal tem tempo de dar atenção a eles mais parece uma mulher balzaquiana mal resolvida na vida que procura se afundar no trabalho para compensar a inexistência de um relacionamento sério e duradouro, com seus próprios filhos (Spielberg pelo visto ainda acredita na velha visão da mulher na cozinha, dona de casa, cuidando dos filhos, morando no subúrbio e sendo feliz! - Me poupe Sr. Midas do cinema).

Isso é o de menos, melhor esquecer os personagens "humanos". Jurassic World é um filme de efeitos digitais, efeitos especiais e tecnologia. A criançada não quer saber de garotos fedelhos e nem tiazonas com problemas de relacionamento e vida profissional, a meninada quer ver os dinossauros! Nesse aspecto o filme é até bem interessante, mas apenas no que se refere aos dinos que realmente existiram em uma época remota da existência do nosso planeta. Isso porque os roteiristas não se contentaram com a riqueza natural do mundo pré-histórico e resolveram criar um híbrido genético, uma criatura mais mortal e feroz que um T-Rex, mais esperto que um Velociraptor e mais sagaz que um animal comum, nascido e gerado pela mãe natureza. Assim seguindo a velha máxima em filmes de ficção em que seres humanos se dão muito mal ao mexerem com o mundo natural, as coisas logo viram pelo avesso. A super máquina de matar engana seus tratadores e foge de sua jaula. Em pouco tempo começa a comer todo humano que encontra pela frente e o mais incrível de tudo é que o faz apenas pelo sabor de matar (ou matar de forma esportiva como bem salienta um futuro bife do bichão). Quando começa a matança é melhor você esquecer qualquer tentativa de achar um fiapo de roteiro pela frente. Vira tudo a mesma coisa, a turma corre de um lado para o outro e os dinossauros correm atrás de comida rápida e fácil. O banquete de carne humana está servido! "Jurassic World" não consegue ser um grande filme, mas rendeu horrores nas bilheterias, provando mais uma vez que não adianta procurar muito por inteligência nas filas de cinemas comerciais. Ela está definitivamente extinta na cabeça desse povo todo!

Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World, Estados Unidos, 2015) Direção: Colin Trevorrow / Roteiro: Rick Jaffa, Amanda Silver, baseados na obra de Michael Crichton / Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Ty Simpkins / Sinopse: Mais um filme da franquia cinematográfica de grande sucesso Jurassic Park. Os dinossauros estão de volta e estão vorazes.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Cold Mountain

"Cold Moutain" narra a estória de duas mulheres que, sozinhas, terão que enfrentar o desafio de sobreviver em um dos períodos mais conturbados da história norte-americana. A Guerra Civil levou todos os homens para o campo de batalha. Para trás ficaram apenas as mulheres, crianças e idosos, tentando levar em frente suas propriedades rurais da melhor forma possível. Ada (Nicole Kidman) é uma dessas mulheres. Ao lado de Ruby (Renée Zellweger) ela tenta tocar a fazenda deixada por seu pai. Não é algo fácil ou simples. Como se não bastassem os efeitos danosos da guerra elas ainda tem que lidar com o clima hostil e a falta de uma melhor infra-estrutura na região, o que torna tudo mais complicado. Ada tem esperanças que seu namorado Inman (Jude Law) volte vivo do front mas tudo se torna incerteza e apreensão. Enquanto o país se destroça a pequena vila de Cold Mountain tenta sobreviver ao caos em volta. "Cold Mountain" é um bom filme mas há alguns aspectos importantes a se considerar. Há um certo artificialismo na condução do roteiro. As situações em cena tentam imitar os grandes épicos clássicos do passado mas o resultado pode ser definido como irregular.

O projeto original tencionava ser estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman. Como eles tinham muitos problemas pessoais envolvidos, Cruise desistiu do filme, ficando apenas Nicole que sinceramente acreditava no bom roteiro. Seu objetivo era voltar ao topo, quem sabe até vencer um Oscar, pois seu papel era suficientemente forte e complexo para tal. Curiosamente ela acabou sendo esnobada pela Academia que resolveu premiar Renée Zellweger com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Uma premiação controvertida pois em nenhum momento gostei plenamente de seu trabalho. O fato é que ela definitivamente confundiu um pouco o tipo de produção que participava. Sua personagem, a irascível Ruby, caiu na caricatura. Renée Zellweger surge exagerada em cena, com muitas caras e bocas e um sotaque completamente exagerado, beirando a fanfarronice. Quando ela foi premiada não fiquei menos do que surpreso. Em minha opinião Nicole Kidman está muito melhor. Ela certamente continua com aquela classe que lhe é inerente. Enquanto sua partner exagera para aparecer ela surge com fina delicadeza. Já Jude Law é o tipo de ator que nunca me agradou completamente. No saldo final "Cold Mountain" é sim um bom filme, que diverte mas que ficou no meio do caminho para se tornar uma obra importante. Enfim, entre mortos e feridos "Cold Mountain" apesar de não ser brilhante mantém um certo status. Vale a pena conhecer.

Cold Mountain (Cold Mountain, Estados Unidos, 2003) Direção: Anthony Minghella / Roteiro: Anthony Minghella / Elenco: Nicole Kidman, Renée Zellweger, Jude Law, Natalie Portman, Philip Seymour Hoffman, Giovanni Ribisi, Ray Winstone./ Sinopse: Durante a Guerra Civil duas mulheres tentam sobreviver ao caos reinante. Tentando levar a propriedade de seu pai em frente, a bela e jovem Ada (Nicole Kidman) e sua parceira Ruby (Renée Zellwegger) enfrentarão muitos desafios juntas. Vencedor do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Renée Zellwegger, contando ainda com indicações para Melhor Ator (Jude Law), Fotografia, Edição, Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Scarlet Tide" por Elvis Costello e "You Will Be My Ain True Love" por Sting);

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Mad Max - Estrada da Fúria

Título no Brasil: Mad Max - Estrada da Fúria
Título Original: Mad Max - Fury Road
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: George Miller
Roteiro: George Miller, Brendan McCarthy
Elenco: Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult, Hugh Keays-Byrne, Riley Keough
  
Sinopse:
Max Rockatansky (Tom Hardy) vaga por um mundo destruído e sem esperanças. Os bens mais valiosos do que restou da humanidade e da civilização são a gasolina para os motores e a água para a sobrevivência em um mundo deserto e hostil. Durante sua jornada ele acaba sendo feito prisioneiro por uma comunidade liderada por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), um homem conhecido por sua violência e pulso de ferro para com os seus prisioneiros de guerra, que usa como meras bolsas de sangue para seus guerreiros feridos. Tentando escapar de suas garras a jovem combatente Furiosa (Charlize Theron) resolve fugir para o deserto usando uma de suas máquinas de guerra. Com ela segue um grupo de jovens que se transformaram com os anos em verdadeiras escravas sexuais de Joe. Para Max essa pode ser a chance de finalmente recuperar sua liberdade perdida, mesmo que antes disso ele precise sobreviver a uma caçada mortal pelas areias do deserto.

Comentários:
É incrível que mesmo após tantos anos o diretor George Miller tenha sido tão inovador em uma franquia que ele mesmo criou, lá nos distantes anos 1970. Miller poderia ter optado por realizar um reboot preguiçoso, sem maiores inovações, até mesmo porque ele com a trilogia "Mad Max" original já entrou definitivamente na história do cinema. Seu grande mérito foi não ter se acomodado nas glórias passadas, procurando reinventar a todo momento sua maior criação. Esse novo filme é um primor de inovação. O diretor optou por uma linguagem bem mais moderna, histérica, insana e sem controle. Não há momentos para pausas ou descansos na mente do espectador. "Mad Max - Fury Road" é pura pauleira, da primeira à última cena. É literalmente um veículo sem freios cruzando o deserto sem fim. O enredo é simples, como convém a esse tipo de filme de ação, mas isso em nenhum momento surge como um defeito, pelo contrário, em torno de sua história nitidamente simplória Miller acelera e explode a tela com sensacionais cenas de puro impacto narrativo. Optando por um fotografia saturada e excessiva, o diretor acabou criando um mundo pós-apocalíptico como poucas vezes se viu. A questão é que esse tipo de estilo cinematográfico foi praticamente todo criado por Mad Max e após tantos anos de imitações baratas o produto que deu origem a tudo poderia soar banal e repetitivo. Para evitar esse tipo de armadilha Miller procurou inovar e nesse processo acabou sendo realmente brilhante.

Ouso até escrever que esse filme só não é superado pelo original de 1978 e isso por causa de sua importância histórica. Em termos de fluidez e ritmo nenhum outro filme da série se assemelha a nada do que se vê por aqui. Miller transformou acidentes espetaculares em pura obra de arte visual, totalmente alucinada, mas mesmo assim de uma beleza incrível! O elenco também se destaca, a começar por Charlize Theron. Para interpretar a guerreira Furiosa ele teve que ter parte de seu braço apagado digitalmente. Um trabalho visual simplesmente perfeito. Tom Hardy como o novo Max tampouco decepciona. Suas cenas iniciais mostram bem a luta pela sobrevivência nesse mundo em ruínas. O ator, que teve inúmeros problemas relacionados a abuso de drogas no passado, confessou depois em entrevistas que acabou se identificando com o estilo alucinante do filme. É bem por aí mesmo, o novo "Mad Max" chega a ser lisérgico! Caótico é pouco para definir. O resultado de tantas peças chaves bem colocadas no tabuleiro da produção se traduziu em um belo sucesso de público e crítica, a tal ponto que o estúdio já anunciou sua continuação, "Mad Max - The Wasteland" com a mesma equipe técnica e elenco. Se Mad Max continuar tão bom como nesse "Fury Road" novas sequências serão mais do que bem-vindas.

Pablo Aluísio.

Corrente do Mal

Título no Brasil: Corrente do Mal
Título Original: It Follows
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Northern Lights Films
Direção: David Robert Mitchell
Roteiro: David Robert Mitchell
Elenco: Maika Monroe, Keir Gilchrist, Olivia Luccardi
  
Sinopse:
Jay Height (Maika Monroe) é uma garota como qualquer outra de sua idade. Entre a escola e a sua casa ela começa a ter seus primeiros namorados, entre eles um jovem atraente que a leva para o cinema no fim de semana. O que Jay nem desconfia é que o tal bonitão na verdade deseja se livrar de uma maldição terrível que lhe foi passada após praticar sexo casual com uma desconhecida numa boate. Após dopar sua companheira o sinistro jovem, que muito provavelmente tenha até mesmo inventado um nome falso, lhe informa que agora ela está condenada a ver aparições de almas penadas vindo em sua direção! O que ela deve fazer quando isso acontecer? Correr o mais rapidamente que puder para salvar sua vida...

Comentários:
Bom, você certamente já ouviu falar em doenças sexualmente transmissíveis, certo? Claro que sim. O que você obviamente nunca ouviu falar foi em assombrações sexualmente transmissíveis, não é mesmo? Pois então fique sabendo que o roteiro desse filme usa justamente essa estranha ideia para compor seu bizarro enredo. Imagine um grupo de jovens, com os hormônios em ebulição... agora pense no que eles estariam fazendo em suas horas vagas... Ora, transando entre si, é claro! O problema é que junto com o prazer vai também uma maldição, um terrível fardo de ver pessoas mortas em todos os lugares e o pior, vindo em sua direção! O argumento esquisito, criado pelo próprio diretor que também assina o roteiro, não parece muito comum, tanto que já houve até quem quisesse comparar o estilo fora dos padrões desse cineasta praticamente novato com o diretor M. Night Shyamalan, o que convenhamos é um pouco demais da conta. Talvez o ritmo lento, quase contemplativo da narrativa tenha levado alguns a levantar essa esdrúxula comparação!

De qualquer maneira, como pura experiência cinematográfica, esse terror até que tem algumas coisinhas interessantes. Se não chega a ser bom, pelo menos a tentativa de levar adiante uma história tão estranha já é por si só um ponto positivo a favor. Outro fato que me chamou atenção é que o diretor e roteirista Mitchell não parece muito preocupado em explicar nada, a questão é simplesmente colocada em cena, os mortos vão surgindo e acabou. Não se sabe de onde estão vindo, o que querem, como seria possível quebrar esse encanto macabro, nada... assim tudo parece como uma bizarra condenação para esses esses jovens que transaram com quem não deveriam. Um moralismo disfarçado tentando fazer uma estranha analogia com a AIDS? Quem vai saber... acho que nem o próprio diretor saberia responder a esse tipo de pergunta. De uma forma ou outra a moral da história é a de que sempre é bom usar camisinha, vai que numa bobeira você acabe pegando uma maldição dos diabos dessa pela frente...

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Preto e Branco

Título no Brasil: Preto e Branco
Título Original: Black or White
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Relativity Media
Direção: Mike Binder
Roteiro: Mike Binder
Elenco: Kevin Costner, Octavia Spencer, Gillian Jacobs, Bill Burr, Mpho Koaho
  
Sinopse:
Elliot Anderson (Kevin Costner) é um advogado quase aposentado que precisa lidar com a maior tragédia de sua vida, a morte de sua esposa em um acidente de trânsito. A questão se torna ainda mais delicada porque Elliot agora terá que criar sozinho sua jovem neta, uma menina negra, fruto de um relacionamento complicado de sua filha, também já falecida, com um rapaz desajustado que simplesmente foi embora após seu nascimento. A morte de sua esposa faz com que a avó paterna da garota, Rowena Jeffers (Octavia Spencer), passe a exigir a presença de sua neta em sua casa, já que em sua opinião a menina precisa agora de uma nova figura materna como referência. A idéia não parece ser a ideal para Elliot, o que acaba desencadeando uma tensão racial entre as duas famílias da menina que são de etnias e origens bem diferentes. Filme vencedor do African-American Film Critics Association (AAFCA) na categoria de Melhor Atriz (Octavia Spencer). Também indicado ao Black Reel Awards.

Comentários:
Em pouco menos de seis meses dois filmes estrelados por Kevin Costner, ambos enfocando questões raciais, foram lançados nos cinemas americanos. Em "McFarland dos EUA" (já comentado aqui no blog) tínhamos um treinador americano branco que enfrentava o desafio de treinar uma equipe formada por jovens latinos pobres. Em "Black or White" mais uma vez o mesmo argumento vem à tona, só que ao invés de explorar o problema do latino imigrante das periferias das grandes cidades, temos a tensão racial entre um advogado branco, avô de uma netinha negra e a família dela por parte de pai, que deseja ter a guarda da garotinha, mas sem o seu apoio. Quando isso acontece começam os questionamentos: Seria ele um racista, a tal ponto de negar a convivência da menina com seus parentes negros que moram numa região mais pobre e humilde da cidade? Ou apenas um sujeito devastado pela morte da esposa que não quer mais problemas em sua vida? O roteiro deixa claro desde o começo que o personagem de Costner não é um racista, mas um homem que está decidido a vencer na disputa pela guarda da criança. E quando esse tipo de disputa surge em um tribunal todas as armas parecem válidas, principalmente quando os advogados de sua avó negra (em excelente atuação de Octavia Spencer) decidem jogar sujo. A questão mais importante desse filme, principalmente para o profissional da área jurídica, é demonstrar que a ética precisa se impor ao simples desejo de vencer uma ação judicial.

Não é inventando mentiras ou impondo uma verdadeira chantagem social e emocional sobre o magistrado que se conseguirá realizar a verdadeira justiça. Há limites e esses devem ser respeitados. Qualificar alguém de racista apenas por ele ser um branco que deseja continuar com a guarda da neta negra é, além de uma calúnia infame, também um vitimismo fora de propósito, que ultrapassa qualquer tipo de ética profissional. No mais, gostei bastante da atuação de Kevin Costner. Seu personagem tem problemas com bebidas, é um bom homem, mas que se vê no meio de uma luta bem sórdida para falar a verdade. Octavia Spencer também se destaca mais uma vez. Uma atriz com muita expressividade. Sua personagem também não é a de uma má pessoa, mas apenas uma avó preocupada com o destino da criação de sua neta e que nesse processo acaba fazendo concessões demais aos seus advogados. Além deles há vários personagens secundários bem interessantes, como o jovem professor de matemática (interpretado pelo talentoso Mpho Koaho). Assim no final o que temos aqui é um roteiro articulado, bem honesto, que toca em um tema extremamente delicado. Um bom filme, ideal para uma reflexão posterior bem sincera sobre os rumos que a sociedade anda trilhando ultimamente sobre a questão racial. 

Pablo Aluísio.

Frontera

Título Original: Frontera
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Michael Berry
Roteiro: Michael Berry, Louis Moulinet
Elenco: Ed Harris, Eva Longoria, Michael Peña, Amy Madigan
  
Sinopse:
Roy (Ed Harris) é um xerife aposentado que toca sua propriedade rural no Arizona, localizada bem na fronteira entre Estados Unidos e México. O lugar acaba virando rota de imigrantes ilegais mexicanos que atravessam o deserto em busca de uma vida melhor nas cidades americanas. Durante uma cavalgada a esposa de Roy, Olivia (Amy Madigan), encontra dois mexicanos tentando atravessar a fronteira e resolve lhes ajudar, oferecendo água e um cobertor. Para seu azar um grupo de adolescentes, usando os rifles de seu pai, atiram nos mexicanos, mas acaba assustando o cavalo de Olivia, que cai e bate com a cabeça nas pedras de um riacho seco. O trágico acontecimento desencadeia uma série de eventos de consequências imprevisíveis. Filme vencedor do Women Film Critics Circle Awards.

Comentários:
Muito bom esse filme passado no moderno oeste americano. O roteiro explora o drama dos imigrantes ilegais mexicanos que arriscam suas vidas todos os dias em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos. O enredo assim acaba mostrando a vida de dois casais que vivem em lados opostos da fronteira. O casal americano é formado por Roy (Ed Harris) e Olivia (Amy Madigan). Eles possuem uma pequena fazenda na fronteira. É justamente lá que o ex-xerife Roy aproveita sua aposentadoria ao lado da mulher que sempre amou. O casal mexicano é formado por Miguel (Michael Peña) e Paulina (Eva Longoria). Com a esposa grávida e sem trabalho, Miguel resolve fazer a travessia da fronteira em busca de uma vida melhor, passando pelo deserto do Arizona e no meio das terras de Roy. Um trágico acontecimento acaba unido o destino de todos eles. Um dos bons motivos para se assistir a esse filme é a narrativa que mostra em detalhes os problemas sociais que criam esse tipo de imigração e a exploração dos coiotes, criminosos que vivem de extorquir e explorar a miséria alheia, realizando um verdadeiro tráfico de seres humanos naquela região. Quando a esposa de Roy morre após cair do cavalo a polícia americana logo coloca a culpa nos mexicanos, mas Roy, policial experiente e com muitos anos de investigações nas costas, não fica convencido com a conclusão oficial do xerife e resolve ir atrás, ele mesmo, em busca de respostas. Acaba descobrindo que há muito mais por trás dos acontecimentos, como ele inicialmente desconfiava. O elenco é muito bom e dois membros do elenco se destacam. O primeiro é o sempre ótimo Ed Harris. Ele interpreta esse velho xerife de poucas palavras, mas com muita experiência de vida. Tentando manter sempre sua postura de homem durão ele engole sua dor e vai em busca dos verdadeiros fatos que envolveram a morte de sua esposa de longos anos. O outro destaque vem da atriz Eva Longoria que interpreta Paulina, uma mexicana que tenta atravessar a fronteira com ajuda de coiotes e acaba sofrendo todos os tipos de abusos possíveis, inclusive de natureza sexual. Um retrato cruel, mas sincero, de um drama humano que ocorre todos os dias entre esses dois países, tão próximos e tão diferentes entre si.

Pablo Aluísio.

Deixa Rolar

Título no Brasil: Deixa Rolar
Título Original: Playing It Cool
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Voltage Pictures
Direção: Justin Reardon
Roteiro: Chris Shafer, Paul Vicknair
Elenco: Chris Evans, Michelle Monaghan, Topher Grace, Luke Wilson
  
Sinopse:
Chris Evans interpreta um roteirista de Los Angeles que é contratado para escrever um novo roteiro de mais uma comédia romântica de verão. O problema é que ele pessoalmente jamais acreditou no amor. Cínico e calejado por anos e anos de decepções amorosas, ele acredita que tudo isso, o romantismo e todos os sentimentos de paixão que o envolvem, não passam de bobagens criadas pela arte e a literatura ao longo dos séculos. Sua visão de mundo acaba mudando radicalmente quando ele conhece uma nova garota em uma evento de caridade na sua cidade. Uma mulher que não apenas pensa como ele, mas também tem seu modo de agir. Em pouco tempo o roteirista amargo e desiludido acaba se descobrindo completamente apaixonado por ela, para sua imensa surpresa!

Comentários:
Eis aqui uma comédia romântica que pretende criticar justamente as... comédias românticas! Contraditório não é mesmo? Pois bem, a premissa desse argumento é justamente dar voz aos mais céticos, aos que já desistiram de acreditar no chamado amor verdadeiro. Para essa gente tudo não passaria de uma enorme bobagem piegas. A verdade nua e crua seria a de que relacionamentos em geral não passariam de meros arranjos de comodidade para os envolvidos. Chris Evans parece bem à vontade em seu papel. Seu personagem tem a imaginação fértil, como convém a todo escritor e por essa razão grande parte de seus sentimentos e pensamentos acabam virando metáforas visuais na tela (como por exemplo a imagem que ele tem de seu próprio coração, como a de um velho detetive cínico dos anos 1940 que acende um cigarro atrás do outro, sempre com uma expressão de desilusão na face). O roteiro assim brinca o tempo todo com a imaginação de seu protagonista, ora o colocando em situações e narrativas contadas por terceiros, ora como um herói de animação (como quando seu velho avô resolve lhe contar a história de como conheceu e se apaixonou por sua avó). 

De maneira em geral há boas soluções narrativas (como a mudança ininterrupta de planos de sequências), mas a sensação que fica é a de que o filme, sendo bem sincero, não consegue escapar de ser no final das contas apenas mais uma comédia romântica como tantas outras. Para uma produção feita justamente para ser apenas mais uma, até que nem seria tão ruim, mas o problema é que "Playing It Cool" quer ser justamente a antítese disso tudo. Assim naufraga em suas próprias ambições. Se formos analisar bem o roteiro, ele não foge muito daquele velho esquema que mostra um sujeito desiludido e cético em relação ao amor que acaba nesse processo se apaixonando perdidamente por uma garota, indo atrás dela como um náufrago em busca de uma tábua de salvação. Se o seu roteiro fosse mais esperto, inovador e ousado o resultado geral certamente teria sido bem melhor. Do jeito que está é apenas mais uma historinha de amor batida, com um visual moderninho e nada muito além disso.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Estranho

Título no Brasil: O Estranho
Título Original: The Stranger
Ano de Produção: 2014
País: Chile
Estúdio: Sobras International Pictures
Direção: Guillermo Amoedo
Roteiro: Guillermo Amoedo
Elenco: Lorenza Izzo, Cristobal Tapia Montt, Ariel Levy
  
Sinopse:
Um sujeito errante resolve retornar para sua antiga cidade em busca de informações sobre o que teria acontecido com sua ex-esposa. Ele se considera uma pessoa doente e condenada por sua estranha condição. Evitando sempre o dia, ele vaga pelas noites completamente solitário. Depois que é espancada pelo filho de um policial numa praça pública começam a surgir coisas estranhas pelo meio do caminho. Mesmo esfaqueado e alvejado por armas de fogo nada parece colocar um fim em sua vida. Agora o estranho está decidido a se vingar de todos aqueles que o agrediram e espancaram.

Comentários:
Cansado da mesmice dos filmes americanos? Está procurando por uma nova abordagem do velho tema envolvendo vampiros? Pois bem, aqui está uma opção diferente. Esse filme de terror chileno procura trazer uma visão diferente do universo vampiresco. O protagonista é uma criatura da noite, um tipo de vampiro diferente. Ele não é intrinsecamente mau e nem está em busca de novas presas. Ao contrário disso é um sujeito perturbado que não consegue viver nessa sua nova condição. Mesmo procurando evitar confusão ele acaba sendo envolvido numa delas ao ser espancada por jovens valentões de rua que o confundem com um sem-teto. Os jovens o espancam violentamente e pensando que ele está morto decidem dar um fim em seu corpo. O que eles nem desconfiam é que estão lidando na verdade não com uma pessoa normal, mas sim com um vampiro que voltará para acertar contas com todos eles. Sua maior preocupação é evitar que seu sangue entre em contato com outras pessoas, pois em suas próprias palavras ele estaria contaminado e infectado por uma terrível doença. 

Ao contrário de outros vampiros de outras produções o personagem central desse filme não vê sua condição como algo que lhe dê poderes, mas sim como uma verdadeira maldição que ele precisa suportar a cada dia. Por essa razão não espere ver vampiros tradicionais ou moderninhos demais nesse filme, eles não usam capas e nem muito menos brilham ao sol. Por fora parecem mesmo pessoas comuns, como qualquer uma que passe ao seu lado na rua. Tampouco estão empenhados em passar adiante sua condição, muito pelo contrário, tudo se torna um fardo, algo quase impossível de se lidar. Os efeitos especiais e a maquiagem são os mais discretos possíveis. O enredo é bem desenvolvido e o resultado final agrada. O filme inclusive caiu nas graças do produtor e diretor americano Eli Roth (de "O Albergue", "O Último Exorcismo" e tantos outros filmes) que resolveu patrocinar o lançamento da produção nos Estados Unidos, onde ganhou elogios de certas publicações especializadas em terror. Assim deixamos a dica para você que considera que filmes sobre vampiros já estão esgotados. Há sempre uma nova visão tentando renovar esse tipo de tema. 

Pablo Aluísio.

Os Filmes Perdidos da II Guerra Mundial

Título no Brasil: Os Filmes Perdidos da II Guerra Mundial
Título Original: WWII in HD
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: History Channel, Lou Reda Productions
Direção: Frederic Lumiere
Roteiro: Frederic Lumiere
Elenco: Gary Sinise, Rob Lowe, Justin Bartha
  
Sinopse:
Documentário em seis episódios que conta as principais batalhas da II Guerra Mundial, através de registros reais capturados por cinegrafistas militares americanos, ingleses a franceses. Momentos cruciais do maior conflito da história são enfocados, entre eles o Dia D, quando tropas aliadas invadiram o norte da França dando origem a uma ofensiva inédita na história rumo à vitória contra as forças armadas alemãs. Premiado pela International Documentary Association, MovieGuide Awards e News & Documentary Emmy Awards.

Comentários:
Para quem gosta de história esse é um documentário excelente e isso não apenas por trazer um material maravilhoso de cenas reais, mas sim por trazer um inegável lado humano para tudo o que aconteceu. Pense bem, uma coisa é você tomar conhecimento dos números, das estatísticas e das baixas ocorridas durante a guerra. Outra coisa completamente diferente é ouvir sobre os acontecimentos contados diretamente dos lábios daqueles que conseguiram sobreviver. Quando isso acontece a fria matemática da guerra ganha um contorno completamente diferente. Além disso o ufanismo, tão comum em filmes de propaganda de guerra, é deixado de lado. Tomamos conhecimento, por exemplo, que a invasão do Dia D não foi apenas um êxito completo, mas sim uma batalha aguerrida e sangrenta onde muitas coisas não deram certo ou não saíram como foi inicialmente planejado. Os soldados americanos foram jogados em praias como Omaha sem o devido planejamento. Os foguetes lançados de navios não chegaram até as forças nazistas e o pior de tudo, o bombardeio promovido pela força aérea foi totalmente ineficaz, errando seus alvos por causa do mal tempo que assolava a região. A grande lição que fica de documentários como esse é a de que guerras são vencidas pela bravura e coragem do soldados anônimos do front e não apenas pelos generais que geralmente ganham toda a fama, isso muitas vezes à custa de muito sangue alheio. Uma lição de história que não pode ser esquecida.

Pablo Aluísio.