Gus (Matt Dillon) é um trabalhador comum que sonha em abrir seu próprio negócio. Só que trabalhando na companhia elétrica da cidade, ganhando pouco e ainda tendo que pagar pensão para a ex-esposa, suas chances de se tornar patrão vão ficando cada vez mais distantes. Até que ele tem uma ideia: que tal arranjar um novo marido para sua ex-mulher? Assim se ela se casar ele estará livre da pensão, podendo então abrir a sua própria empresa!
Hoje em dia esse tipo de enredo iria soar um pouco machista para o público feminino. Porém nos anos 90 era um filme OK, sendo consumido facilmente pelas mulheres. Afinal era considerada apenas uma comédia romântica sem maiores problemas. No elenco temos o bom e velho Matt Dillon. Esse ator conheço desde os anos 80, quando ele participou de muitos filmes de temática jovem que se tornaram clássicos, como o tão lembrado cult "O Selvagem da Motocicleta". Já esse aqui é apenas de rotina, sem maiores pretensões cinematográficas.
Um Amor de Verdade (Mr. Wonderful, Estados Unidos, 1993) Direção: Anthony Minghella / Roteiro: Amy Schor Ferris, Vicki Polon / Elenco: Matt Dillon, Annabella Sciorra, Mary-Louise Parker / Sinopse: Trabalhador comum, de empresa elétrica, tenta arranjar um novo marido para a ex-esposa. Ele faz isso não por bondade, mas sim para se livrar da pensão que paga a ela.
Pablo Aluísio.
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quinta-feira, 11 de outubro de 2018
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Cold Mountain
"Cold Moutain" narra a estória de duas mulheres que, sozinhas, terão que enfrentar o desafio de sobreviver em um dos períodos mais conturbados da história norte-americana. A Guerra Civil levou todos os homens para o campo de batalha. Para trás ficaram apenas as mulheres, crianças e idosos, tentando levar em frente suas propriedades rurais da melhor forma possível. Ada (Nicole Kidman) é uma dessas mulheres. Ao lado de Ruby (Renée Zellweger) ela tenta tocar a fazenda deixada por seu pai. Não é algo fácil ou simples. Como se não bastassem os efeitos danosos da guerra elas ainda tem que lidar com o clima hostil e a falta de uma melhor infra-estrutura na região, o que torna tudo mais complicado. Ada tem esperanças que seu namorado Inman (Jude Law) volte vivo do front mas tudo se torna incerteza e apreensão. Enquanto o país se destroça a pequena vila de Cold Mountain tenta sobreviver ao caos em volta. "Cold Mountain" é um bom filme mas há alguns aspectos importantes a se considerar. Há um certo artificialismo na condução do roteiro. As situações em cena tentam imitar os grandes épicos clássicos do passado mas o resultado pode ser definido como irregular.
O projeto original tencionava ser estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman. Como eles tinham muitos problemas pessoais envolvidos, Cruise desistiu do filme, ficando apenas Nicole que sinceramente acreditava no bom roteiro. Seu objetivo era voltar ao topo, quem sabe até vencer um Oscar, pois seu papel era suficientemente forte e complexo para tal. Curiosamente ela acabou sendo esnobada pela Academia que resolveu premiar Renée Zellweger com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Uma premiação controvertida pois em nenhum momento gostei plenamente de seu trabalho. O fato é que ela definitivamente confundiu um pouco o tipo de produção que participava. Sua personagem, a irascível Ruby, caiu na caricatura. Renée Zellweger surge exagerada em cena, com muitas caras e bocas e um sotaque completamente exagerado, beirando a fanfarronice. Quando ela foi premiada não fiquei menos do que surpreso. Em minha opinião Nicole Kidman está muito melhor. Ela certamente continua com aquela classe que lhe é inerente. Enquanto sua partner exagera para aparecer ela surge com fina delicadeza. Já Jude Law é o tipo de ator que nunca me agradou completamente. No saldo final "Cold Mountain" é sim um bom filme, que diverte mas que ficou no meio do caminho para se tornar uma obra importante. Enfim, entre mortos e feridos "Cold Mountain" apesar de não ser brilhante mantém um certo status. Vale a pena conhecer.
Cold Mountain (Cold Mountain, Estados Unidos, 2003) Direção: Anthony Minghella / Roteiro: Anthony Minghella / Elenco: Nicole Kidman, Renée Zellweger, Jude Law, Natalie Portman, Philip Seymour Hoffman, Giovanni Ribisi, Ray Winstone./ Sinopse: Durante a Guerra Civil duas mulheres tentam sobreviver ao caos reinante. Tentando levar a propriedade de seu pai em frente, a bela e jovem Ada (Nicole Kidman) e sua parceira Ruby (Renée Zellwegger) enfrentarão muitos desafios juntas. Vencedor do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Renée Zellwegger, contando ainda com indicações para Melhor Ator (Jude Law), Fotografia, Edição, Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Scarlet Tide" por Elvis Costello e "You Will Be My Ain True Love" por Sting);
Pablo Aluísio.
O projeto original tencionava ser estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman. Como eles tinham muitos problemas pessoais envolvidos, Cruise desistiu do filme, ficando apenas Nicole que sinceramente acreditava no bom roteiro. Seu objetivo era voltar ao topo, quem sabe até vencer um Oscar, pois seu papel era suficientemente forte e complexo para tal. Curiosamente ela acabou sendo esnobada pela Academia que resolveu premiar Renée Zellweger com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Uma premiação controvertida pois em nenhum momento gostei plenamente de seu trabalho. O fato é que ela definitivamente confundiu um pouco o tipo de produção que participava. Sua personagem, a irascível Ruby, caiu na caricatura. Renée Zellweger surge exagerada em cena, com muitas caras e bocas e um sotaque completamente exagerado, beirando a fanfarronice. Quando ela foi premiada não fiquei menos do que surpreso. Em minha opinião Nicole Kidman está muito melhor. Ela certamente continua com aquela classe que lhe é inerente. Enquanto sua partner exagera para aparecer ela surge com fina delicadeza. Já Jude Law é o tipo de ator que nunca me agradou completamente. No saldo final "Cold Mountain" é sim um bom filme, que diverte mas que ficou no meio do caminho para se tornar uma obra importante. Enfim, entre mortos e feridos "Cold Mountain" apesar de não ser brilhante mantém um certo status. Vale a pena conhecer.
Cold Mountain (Cold Mountain, Estados Unidos, 2003) Direção: Anthony Minghella / Roteiro: Anthony Minghella / Elenco: Nicole Kidman, Renée Zellweger, Jude Law, Natalie Portman, Philip Seymour Hoffman, Giovanni Ribisi, Ray Winstone./ Sinopse: Durante a Guerra Civil duas mulheres tentam sobreviver ao caos reinante. Tentando levar a propriedade de seu pai em frente, a bela e jovem Ada (Nicole Kidman) e sua parceira Ruby (Renée Zellwegger) enfrentarão muitos desafios juntas. Vencedor do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Renée Zellwegger, contando ainda com indicações para Melhor Ator (Jude Law), Fotografia, Edição, Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Scarlet Tide" por Elvis Costello e "You Will Be My Ain True Love" por Sting);
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
O Talentoso Ripley
Título no Brasil: O Talentoso Ripley
Título Original: The Talented Mr. Ripley
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax, Paramount Pictures
Direção: Anthony Minghella
Roteiro: Anthony Minghella
Elenco: Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Jude Law, Cate Blanchett, Philip Seymour Hoffman, Jack Davenport
Sinopse:
Tom Ripley (Matt Damon) não é um sujeito comum. Ele tem o dom natural para copiar o modo de ser das pessoas, além de as manipular com maestria. Ao viajar para a Europa ele acaba se aproximando do casal formado por Dickie Greenleaf (Jude Law) e Marge Sherwood (Gwyneth Paltrow). No começo ele parece ser apenas uma pessoa agradável e amigável, mas logo surgem suspeitas sobre as suas reais intenções.
Comentários:
Boa adaptação do romance escrito por Patricia Highsmith. O enredo é tecido sobre as sutilezas do comportamento humano, mostrando que nem sempre uma amizade pode ser criada apenas por sentimentos nobres e verdadeiros. Um aspecto curioso é que o filme, apesar de ser americano, procurou copiar o melhor do estilo do cinema europeu. Por isso, para muitos, o filme tem um ritmo um pouco arrastado, quase parando. Essa crítica é porém injusta. Como a trama é baseada em nuances comportamentais, era mesmo de se esperar que existisse um certo tempo para desenvolver todas elas. Melhor para o elenco que assim teve a oportunidade de dar o melhor de si em termos de atuação. Embora todo o trio protagonista esteja muito bem (até o limitado Matt Damon se sobressai), eu gostaria de dar o devido crédito para o grande (em todos os aspectos) Philip Seymour Hoffman. Ele não tem um grande papel dentro da trama, isso é verdade, mas acaba roubando o show em todos os momentos em que surge na tela. Sua morte, causada por uma overdose acidental, deixou um vácuo muito grande dentro da indústria americana de cinema. Por fim, a título de informação, é importante salientar que "The Talented Mr. Ripley" virou uma espécie de queridinho da crítica americana em seu lançamento, o que proporcionou ao filme ser indicado a cinco categorias no Oscar, incluindo Melhor Ator (Jude Law), Melhor Roteiro Adaptado (para o próprio diretor Anthony Minghella que também escreveu o texto do roteiro) e Melhor Direção de Arte (para a dupla formada por Roy Walker e Bruno Cesari, em um reconhecimento mais do que merecido). Então é isso, um filme americano com todo o jeitão do elegante cinema europeu, em uma espécie de estudo da alma humana em frangalhos. Incisivo, mordaz e cruel nas medidas certas.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Talented Mr. Ripley
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax, Paramount Pictures
Direção: Anthony Minghella
Roteiro: Anthony Minghella
Elenco: Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Jude Law, Cate Blanchett, Philip Seymour Hoffman, Jack Davenport
Sinopse:
Tom Ripley (Matt Damon) não é um sujeito comum. Ele tem o dom natural para copiar o modo de ser das pessoas, além de as manipular com maestria. Ao viajar para a Europa ele acaba se aproximando do casal formado por Dickie Greenleaf (Jude Law) e Marge Sherwood (Gwyneth Paltrow). No começo ele parece ser apenas uma pessoa agradável e amigável, mas logo surgem suspeitas sobre as suas reais intenções.
Comentários:
Boa adaptação do romance escrito por Patricia Highsmith. O enredo é tecido sobre as sutilezas do comportamento humano, mostrando que nem sempre uma amizade pode ser criada apenas por sentimentos nobres e verdadeiros. Um aspecto curioso é que o filme, apesar de ser americano, procurou copiar o melhor do estilo do cinema europeu. Por isso, para muitos, o filme tem um ritmo um pouco arrastado, quase parando. Essa crítica é porém injusta. Como a trama é baseada em nuances comportamentais, era mesmo de se esperar que existisse um certo tempo para desenvolver todas elas. Melhor para o elenco que assim teve a oportunidade de dar o melhor de si em termos de atuação. Embora todo o trio protagonista esteja muito bem (até o limitado Matt Damon se sobressai), eu gostaria de dar o devido crédito para o grande (em todos os aspectos) Philip Seymour Hoffman. Ele não tem um grande papel dentro da trama, isso é verdade, mas acaba roubando o show em todos os momentos em que surge na tela. Sua morte, causada por uma overdose acidental, deixou um vácuo muito grande dentro da indústria americana de cinema. Por fim, a título de informação, é importante salientar que "The Talented Mr. Ripley" virou uma espécie de queridinho da crítica americana em seu lançamento, o que proporcionou ao filme ser indicado a cinco categorias no Oscar, incluindo Melhor Ator (Jude Law), Melhor Roteiro Adaptado (para o próprio diretor Anthony Minghella que também escreveu o texto do roteiro) e Melhor Direção de Arte (para a dupla formada por Roy Walker e Bruno Cesari, em um reconhecimento mais do que merecido). Então é isso, um filme americano com todo o jeitão do elegante cinema europeu, em uma espécie de estudo da alma humana em frangalhos. Incisivo, mordaz e cruel nas medidas certas.
Pablo Aluísio.
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