Título no Brasil: O Estranho
Título Original: The Stranger
Ano de Produção: 2014
País: Chile
Estúdio: Sobras International Pictures
Direção: Guillermo Amoedo
Roteiro: Guillermo Amoedo
Elenco: Lorenza Izzo, Cristobal Tapia Montt, Ariel Levy
Sinopse:
Um sujeito errante resolve retornar para sua antiga cidade em busca de informações sobre o que teria acontecido com sua ex-esposa. Ele se considera uma pessoa doente e condenada por sua estranha condição. Evitando sempre o dia, ele vaga pelas noites completamente solitário. Depois que é espancada pelo filho de um policial numa praça pública começam a surgir coisas estranhas pelo meio do caminho. Mesmo esfaqueado e alvejado por armas de fogo nada parece colocar um fim em sua vida. Agora o estranho está decidido a se vingar de todos aqueles que o agrediram e espancaram.
Comentários:
Cansado da mesmice dos filmes americanos? Está procurando por uma nova abordagem do velho tema envolvendo vampiros? Pois bem, aqui está uma opção diferente. Esse filme de terror chileno procura trazer uma visão diferente do universo vampiresco. O protagonista é uma criatura da noite, um tipo de vampiro diferente. Ele não é intrinsecamente mau e nem está em busca de novas presas. Ao contrário disso é um sujeito perturbado que não consegue viver nessa sua nova condição. Mesmo procurando evitar confusão ele acaba sendo envolvido numa delas ao ser espancada por jovens valentões de rua que o confundem com um sem-teto. Os jovens o espancam violentamente e pensando que ele está morto decidem dar um fim em seu corpo. O que eles nem desconfiam é que estão lidando na verdade não com uma pessoa normal, mas sim com um vampiro que voltará para acertar contas com todos eles. Sua maior preocupação é evitar que seu sangue entre em contato com outras pessoas, pois em suas próprias palavras ele estaria contaminado e infectado por uma terrível doença.
Ao contrário de outros vampiros de outras produções o personagem central desse filme não vê sua condição como algo que lhe dê poderes, mas sim como uma verdadeira maldição que ele precisa suportar a cada dia. Por essa razão não espere ver vampiros tradicionais ou moderninhos demais nesse filme, eles não usam capas e nem muito menos brilham ao sol. Por fora parecem mesmo pessoas comuns, como qualquer uma que passe ao seu lado na rua. Tampouco estão empenhados em passar adiante sua condição, muito pelo contrário, tudo se torna um fardo, algo quase impossível de se lidar. Os efeitos especiais e a maquiagem são os mais discretos possíveis. O enredo é bem desenvolvido e o resultado final agrada. O filme inclusive caiu nas graças do produtor e diretor americano Eli Roth (de "O Albergue", "O Último Exorcismo" e tantos outros filmes) que resolveu patrocinar o lançamento da produção nos Estados Unidos, onde ganhou elogios de certas publicações especializadas em terror. Assim deixamos a dica para você que considera que filmes sobre vampiros já estão esgotados. Há sempre uma nova visão tentando renovar esse tipo de tema.
Pablo Aluísio.