Esse filme é um marco do gênero western. E curiosamente ele foi produzido fora da era de ouro desse estilo. Em 1969 o faroste já era considerado uma coisa do passado. Havia a contracultura dos anos 60 pegando fogo e os jovens estavam mais interessados em rock e LSD. Assim o filme vinha para resgatar esse que é o mais americano de todos os gêneros cinematográficos. E toda a história era baseada em fatos históricos, contando a vida da dupla de criminosos Butch Cassidy e Sundance Kid. Bandidos que ao longo dos anos tiveram sua biografia romanceada em uma literatura até farta. Eles conseguiram fugir das garras da lei por anos e anos e por isso se criou uma certa romantização sobre seus feitos.
O elenco não poderia ser melhor. Para interpretar os dois bandoleiros, o estúdio teve a sorte de conseguir dois grandes nomes de Hollywood, Paul Newman e Robert Redford. Amigos pessoais, eles se interessaram pelo roteiro justamente por esse fugir dos padrões da época. Apesar de ser um western, contando uma história clássica daqueles tempos, o texto inovava com certas liberdades, investindo também no lado psicológico dos dois personagens principais. O resultado se revelou maravilhoso. O filme é considerado até hoje um dos melhores filmes de faroeste já feitos. Com excelente trilha sonora e produção, além da direção segura e firme do veterano e especialista George Roy Hill, esse é um daqueles filmes que simplesmente não podem faltar na coleção de um admirador de filmes de western. Um dos dez mais desse gênero tão rico em termos de grandes filmes.
Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid, Estados Unidos, 1969) Direção: George Roy Hill / Roteiro: William Goldman / Elenco: Paul Newman, Robert Redford, Katharine Ross, Strother Martin, Henry Jones / Sinopse: No ano de 1900, no estado americano do Wyoming, dois criminosos formam uma quadrilha de assaltantes de bancos e ferrovias. Logo se tornam procurados vivos ou mortos por todo o país. A caça se torna tão intensa que eles decidem fugir para o exterior, para sumir das pistas de seus perseguidores. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia, melhor roteiro adaptado, melhor música e melhor trilha sonora original.
Pablo Aluísio.
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
Butch Cassidy
Título no Brasil: Butch Cassidy
Título Original: Butch Cassidy and the Sundance Kid
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: George Roy Hill
Roteiro: William Goldman
Elenco: Paul Newman, Robert Redford, Katharine Ross, Strother Martin, Henry Jones, Jeff Corey
Sinopse:
O criminoso Butch Cassidy (Paul Newman) decide se unir a outro bandoleiro chamado Sundance Kid (Robert Redford) para formar uma quadrilha de assaltantes de bancos. Quando um desses assaltos dá errado, eles decidem que chegou a hora de irem embora dos Estados Unidos e fogem para a América do Sul, em busca de liberdade. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Butch Cassidy e Sundance Kid foram dois criminosos. Assassinos, ladrões, gente da pior espécie. Esse filme porém não está preocupado em contar de forma realista a história deles dois. No fundo apenas os nomes reais foram usados em personagens bem carismáticos. Não podemos esquecer que esse faroeste foi produzido nos anos 60. O clima de contracultura estava no ar. Os bandidos do passado poderiam se passar muito bem como os heróis da resistência do presente. Assim o que vemos aqui é uma alegoria romanceada. A criminalidade da dupla é vista até sob um ponto de vista otimista, positivo, de ser livre, fora das normas, fora dos padrões. E quem disse que isso também não resultaria em ótimo cinema? Pois foi justamente isso que aconteceu. Se tivessem optado por contar a história desses bandidos da forma mais fiel aos fatos históricos, não teríamos seguramente uma obra-prima do cinema em mãos. Aqui os pistoleiros são gentis, educados e acima de tudo espertos. Eles não querem o confronto, apenas querem lutar por sua liberdade. É uma visão tão lírica que o roteiro se dá até mesmo ao luxo de colocar esses dois bandoleiros em momentos de puro prazer, dando voltinhas de bicicleta pela vizinhança. É um grande filme, não me entendam mal, porém no final das contas tem pouca coisa a ver com a trajetória de crimes, roubos e sangue derramado que marcou a vida dos reais Butch Cassidy e Sundance Kid. Vai agradar e muito a quem adora cinema e histórias romanceadas. Para quem estiver em busca da história real, da poeira dos fatos, vai entender que essa produção passa muito longe de ser fidedigna. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado (William Goldman), Melhor Direção de Fotografia (Conrad L. Hall) e Melhor Música ("Raindrops Keep Fallin' on My Head" de Burt Bacharach e Hal David).
Pablo Aluísio.
Título Original: Butch Cassidy and the Sundance Kid
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: George Roy Hill
Roteiro: William Goldman
Elenco: Paul Newman, Robert Redford, Katharine Ross, Strother Martin, Henry Jones, Jeff Corey
Sinopse:
O criminoso Butch Cassidy (Paul Newman) decide se unir a outro bandoleiro chamado Sundance Kid (Robert Redford) para formar uma quadrilha de assaltantes de bancos. Quando um desses assaltos dá errado, eles decidem que chegou a hora de irem embora dos Estados Unidos e fogem para a América do Sul, em busca de liberdade. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Butch Cassidy e Sundance Kid foram dois criminosos. Assassinos, ladrões, gente da pior espécie. Esse filme porém não está preocupado em contar de forma realista a história deles dois. No fundo apenas os nomes reais foram usados em personagens bem carismáticos. Não podemos esquecer que esse faroeste foi produzido nos anos 60. O clima de contracultura estava no ar. Os bandidos do passado poderiam se passar muito bem como os heróis da resistência do presente. Assim o que vemos aqui é uma alegoria romanceada. A criminalidade da dupla é vista até sob um ponto de vista otimista, positivo, de ser livre, fora das normas, fora dos padrões. E quem disse que isso também não resultaria em ótimo cinema? Pois foi justamente isso que aconteceu. Se tivessem optado por contar a história desses bandidos da forma mais fiel aos fatos históricos, não teríamos seguramente uma obra-prima do cinema em mãos. Aqui os pistoleiros são gentis, educados e acima de tudo espertos. Eles não querem o confronto, apenas querem lutar por sua liberdade. É uma visão tão lírica que o roteiro se dá até mesmo ao luxo de colocar esses dois bandoleiros em momentos de puro prazer, dando voltinhas de bicicleta pela vizinhança. É um grande filme, não me entendam mal, porém no final das contas tem pouca coisa a ver com a trajetória de crimes, roubos e sangue derramado que marcou a vida dos reais Butch Cassidy e Sundance Kid. Vai agradar e muito a quem adora cinema e histórias romanceadas. Para quem estiver em busca da história real, da poeira dos fatos, vai entender que essa produção passa muito longe de ser fidedigna. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado (William Goldman), Melhor Direção de Fotografia (Conrad L. Hall) e Melhor Música ("Raindrops Keep Fallin' on My Head" de Burt Bacharach e Hal David).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
O Mundo Segundo Garp
Título no Brasil: O Mundo Segundo Garp
Título Original: The World According to Garp
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: George Roy Hill
Roteiro: John Irving, Steve Tesich
Elenco: Robin Williams, Glenn Close, John Lithgow, Mary Beth Hurt
Sinopse:
Um jovem escritor esforçado vê sua vida e obra dominadas por sua esposa infiel e sua mãe feminista radical, cujo manifesto de sucesso a transforma em um ícone cultural. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz coadjuvante (Glenn Close) e melhor ator coadjuvante (John Lithgow).
Comentários:
Uma das coisas mais tristes que presenciei nessa minha longa vida de cinéfilo foi a morte trágica do Robin Williams. Como era possível um ator como aquele, um comediante nato, um homem que ganhou a vida fazendo os outros rirem, se matar daquela forma? Como disse certa vez o Jô Soares, o suicídio era a ausência completa de humor na vida de uma pessoa. E como era possível um profissional que viveu do humor resolver tirar sua própria vida? Era algo bem triste. Esse filme aqui em questão é da fase primeira da carreira de Robin Williams no cinema. Ele vinha fazendo sucesso na TV, mas no concorrido mundo do cinema ainda não era ninguém relevante. Acabou que esse filme abriu as portas da sétima arte para ele. O resto, como todos já bem sabemos, é história.
Pablo Aluísio.
Título Original: The World According to Garp
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: George Roy Hill
Roteiro: John Irving, Steve Tesich
Elenco: Robin Williams, Glenn Close, John Lithgow, Mary Beth Hurt
Sinopse:
Um jovem escritor esforçado vê sua vida e obra dominadas por sua esposa infiel e sua mãe feminista radical, cujo manifesto de sucesso a transforma em um ícone cultural. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz coadjuvante (Glenn Close) e melhor ator coadjuvante (John Lithgow).
Comentários:
Uma das coisas mais tristes que presenciei nessa minha longa vida de cinéfilo foi a morte trágica do Robin Williams. Como era possível um ator como aquele, um comediante nato, um homem que ganhou a vida fazendo os outros rirem, se matar daquela forma? Como disse certa vez o Jô Soares, o suicídio era a ausência completa de humor na vida de uma pessoa. E como era possível um profissional que viveu do humor resolver tirar sua própria vida? Era algo bem triste. Esse filme aqui em questão é da fase primeira da carreira de Robin Williams no cinema. Ele vinha fazendo sucesso na TV, mas no concorrido mundo do cinema ainda não era ninguém relevante. Acabou que esse filme abriu as portas da sétima arte para ele. O resto, como todos já bem sabemos, é história.
Pablo Aluísio.
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