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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

O Álamo

Título no Brasil: O Álamo
Título Original: The Alamo
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Leslie Bohem, Stephen Gaghan
Elenco: Dennis Quaid, Billy Bob Thornton, Jason Patric, Patrick Wilson, Emilio Echevarría

Sinopse:
Em San Antonio, no ano de 1836, um grupo de americanos encurralados no forte Álamo decide ficar e resistir ao enorme exército liderado pelo general mexicano Antonio Lopez de Santa Ana. Eles estão em menor número e com pouco armamento mas mesmo assim resolvem lutar com honra e bravura, uma atitude de coragem que entrou para a história do Texas.

Comentários:
Mais um remake, dessa vez do clássico filme dirigido por John Wayne. O enredo é o tradicional, já bem conhecido dos fãs de western em geral. Obviamente há todo aquele clima de ufanismo sempre presente quando levam essa história para as telas, pois afinal de contas esse é o tipo de enredo que exige uma certa postura de seus realizadores pois caso contrário podem mexer com um vespeiro, principalmente em relação aos texanos. Talvez por causa desse excessivo respeito esse novo filme sobre o Álamo tenha ficado muito burocrático, sem vida, sem impacto. Certo, a história é mostrada de forma muito correta, mas em minha forma de ver correção demais, sem espaço para uma visão mais original sobre tudo, só acaba rendendo muita chatice. Outro ponto que me deixou desapontado foi a escolha de certos atores para determinados personagens. Ok, gosto muito de Dennis Quaid, mas ele está muito mal na pele de Sam Houston (cujo nome batizaria a futura capital do Texas). Billy Bob Thornton como o famoso Davy Crockett também não me convenceu em nada. Aqui temos realmente um filme cujo medo de reações adversas acabou estragando o resultado final. Um pouquinho mais de ousadia cairia muito bem. Filme indicado ao Harry Awards.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Incógnito

Título no Brasil: Incógnito
Título Original: Incognito
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Productions
Direção: John Badham
Roteiro: Jordan Katz
Elenco: Jason Patric, Irène Jacob, Thomas Lockyer
  
Sinopse:
Harry Donovan (Jason Patric) é um artista frustrado que decide mudar sua vida. Não reconhecido por seus quadros ele resolve então entrar no ramo criminoso das pinturas falsificadas. Ele tem talento para isso. Em pouco tempo pinta um quadro e depois tenta passar para o mercado dizendo ser um original do grande pintor Rembrandt. Para seu golpe dar certo porém ele precisa da ajuda de uma especialista em arte, Broeck (Jacob).

Comentários:
Anda bem esquecido esse thriller de ação e suspense estrelado pelo ator Jason Patric. Ele era apontado na época como um dos mais promissores futuros astros de Hollywood, algo que nunca aconteceu. Ele certamente atuou em bons filmes, mas nunca chegou ao topo. Esse filme "Incógnito" tem sua dose de sofisticação e charme. Esse mundo das artes sempre foi muito sofisticado. Mesmo quando se trata de um criminoso em cena há inegavelmente um certo glamour no ar. O filme de um modo em geral é bom, porém nem todos vão gostar, uma vez que ele tem um ritmo um pouco mais lento do que o habitual. Pessoalmente sempre gostei muito do trabalho do cineasta John Badham. Seu grande sucesso na carreira veio com o musical "Os Embalos de Sábado à Noite", mas há outros excelentes filmes assinados pelo diretor como, por exemplo, "Drácula", "Jogos de Guerra" e até mesmo o policial "Tocaia". Esse filme segue sendo um de seus filmes menos conhecidos, mas isso não significa que seja fraco ou ruim, bem ao contrário, é uma boa produção explorando o submundo dos quadros falsificados em um mercado milionário. Vale conferir.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Velocidade Máxima 2

Título no Brasil: Velocidade Máxima 2
Título Original: Speed 2 - Cruise Control
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures Studios
Direção: Jan de Bont
Roteiro: Graham Yost, Jan de Bont
Elenco: Sandra Bullock, Jason Patric, Willem Dafoe, Brian McCardie, Temuera Morrison, Christine Firkins, Colleen Camp
  
Sinopse:
Annie (Sandra Bullock) e Alex Shaw (Jason Patric) resolvem fazer um cruzeiro no Caribe. Ela ainda está se recuperando pelo que passou recentemente em Los Angeles, quando quase morreu em um ônibus desenfreado (no primeiro filme). Ele é um agente da SWAT que apenas quer curtir suas férias ao lado de sua namorada Annie. O que eles não poderiam imaginar é que o transatlântico em que estão viajando iria virar alvo do terrorista cibernético John Geiger (Willem Dafoe). Agora todos vão lutar para sobreviver a um desastre iminente!

Comentários:
O primeiro filme "Velocidade Máxima" foi certamente um dos melhores filmes de ação dos anos 90. Com roteiro bem escrito, se apoiando única e exclusivamente em apenas uma situação (a do ônibus sem freios), o filme foi um sucesso de público e crítica. Claro que uma sequência não tardaria. Infelizmente o que era original e bem bolado no filme original não voltou a se repetir. Esse "Speed 2: Cruise Control" é uma das piores continuações da história do cinema americano - sem exagero algum! Talvez prevendo o fiasco o ator Keanu Reeves resolveu cair fora da sequência. Anos depois ele mesmo explicaria em uma entrevista que ao ler o roteiro desse segundo filme viu claramente que não daria certo. O enredo se passava todo em um grande navio de cruzeiro e a pergunta que ele mesmo se fez foi básica: onde estaria a tal velocidade nesse tipo de situação? Acertou em cheio. Esse péssimo ponto de partida seria a principal causa do desastre dessa produção. Com roteiro ruim, mas boa produção (cheia de efeitos digitais inovadores), o filme afundou nas bilheterias (com total merecimento é bom frisar). Sandra Bullock nunca esteve tão ruim (e olha que pelas bombas que fez na carreira isso não era algo fácil de atingir). Jason Patric tentou compensar a ausência de Reeves, mas foi em vão. Até mesmo o ótimo ator Willem Dafoe saiu chamuscado de ter participado de um abacaxi desses! Enfim, fracasso completo de crítica e público, o filme hoje só serve para nos lembrar que muitas vezes a ganância dos estúdios vai um pouco longe demais.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Os Garotos Perdidos

Título no Brasil: Os Garotos Perdidos
Título Original: The Lost Boys
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Jan Fischer, James Jeremias
Elenco: Jason Patric, Corey Haim, Kiefer Sutherland, Dianne Wiest
  
Sinopse:
Depois de se mudarem de sua cidade dois irmãos começam a suspeitar que a região para onde foram morar está na verdade infestada de vampiros pelas redondezas. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Terror. Também indicado nas categorias de Melhor Maquiagem, Figurino, Ator (Corey Haim) e Melhor Ator Coadjuvante (Barnard Hughes).

Comentários:
Muitos dizem que Joel Schumacher é um cineasta que só realiza porcarias. Bobagem, ele certamente é um diretor de altos e baixos, mas também acerta o alvo quando lhe convém. Esse "The Lost Boys" é um exemplo. Pense bem, esse filme já adentrou a esfera dos cult movies, sendo considerado hoje em dia um dos melhores filmes de terror dos anos 80 - o que não deixa de ser um título pra lá de honroso. O roteiro não esconde suas pretensões. Foi uma forma de revitalizar a figura do vampiro para as novas gerações. Não no sentido do que hoje isso significa (transformando vampiros em adolescentes bobos e apaixonados), mas sim em resgatar o monstro do passado para lhe dar uma nova roupagem, mas de acordo com os jovens daquela época. O resultado se mostra desde o começo muito acertado. Há ótimas decisões de linguagem, como a câmera sobrevoando a cidade como se fosse o ponto de vista de um vampiro e uma trilha sonora muito bem escolhida, com alguns clássicos do rock. Além disso o uso bem bolado do visual Heavy Metal dos jovens dos anos 80 acabou, vejam só, se encaixando muito bem na proposta. Enfim, "The Lost Boys" é realmente um achado para quem curte vampiros adolescentes assassinos em geral. Uma ótima diversão que resistiu até mesmo ao tempo, mostrando que tal como seus personagens também se mostra forte candidato a se tornar também imortal. Quem diria...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Amor e Liberdade

Alguns filmes você simplesmente esquece que um dia os assistiu. Apenas com registros antigos é que um dia se lembra que os viu em algum momento de sua vida. É o caso desse "Amor e Liberdade", produção de época, que mostra os dramas de um fazendeiro na Carolina do Norte no distante ano de 1815. Durante os tempos de escravidão ele, ao retornar para casa após vender sua produção, se depara com uma jovem escrava fugitiva. Como viúvo ele se solidariza com a situação, levando a garota para sua propriedade rural, algo que violava a lei naqueles tempos distantes e cruéis, quando o escravo nada mais era do que considerado uma coisa, um objeto, qua fazia parte do direito de propriedade de seu amo.

Não é de hoje que dramas desse tipo fazem sucesso de bilheteria, principalmente por causa da mensagem que carregam. Esteticamente bem produzido, com boa reconstituição de época, o filme agrada, pode ser considerado bom, mas nada excepcional ou maravilhoso. O roteiro muitas vezes se torna maniqueísta o que ofende de certa maneira a inteligência do espectador. Mesmo assim, baixando um pouco o tom do senso crítico, dá para curtir essa produção que é inegavelmente cheia de boas intenções ideológicas e históricas. Nunca é tarde demais para se aprender com os erros do passado, para que eles não venham a se repetir no futuro.

Amor e Liberdade (The Journey of August King, EUA, 1995) Direção: John Duigan / Roteiro: John Ehle, baseado no romance escrito por John Ehle  / Elenco: Jason Patric, Thandie Newton, Larry Drake / Estúdio: Miramax, Addis Wechsler Pictures / Data de lançamento: 26 de janeiro de 1996 / Duração: 91 minutos / Sinopse: Fazendeiro do século XIX resolve ajudar escravos fugitivos, o que o coloca contra a lei, porém em prol de seus próprios valores humanos e sentimentais.

Pablo Aluísio. 

sábado, 8 de agosto de 2015

Frankenstein, o Monstro das Trevas

Título no Brasil: Frankenstein, o Monstro das Trevas
Título Original: Roger Corman's Frankenstein Unbound
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: The Mount Company
Direção: Roger Corman
Roteiro: Brian Aldiss, Roger Corman
Elenco: John Hurt, Raul Julia, Bridget Fonda, Jason Patric, Nick Brimble, Michael Hutchence

Sinopse:
A arma definitiva, que deveria ser segura para a humanidade, produz efeitos colaterais globais, incluindo deslizamentos no tempo e desaparecimentos. E nesse meio surge a lenda do Frankenstein.  E depois disso salve-se quem puder!

Comentários:
Eu me recordo que aluguei esse filme em uma locadora na época, ainda nos tempos das velhas fitas VHS e odiei, odiei o filme. Achei tudo muito ruim, com cenas absurdas como aquela em que o personagem de John Hurt passeia por uma aldeia medieval dentro de um carro moderno. Que porcaria era aquela? E o pior é que as pessoas daqueles tempos viam um carro moderno e achavam tudo muito natural. Completamente nonsense. O Roger Corman sempre foi o rei dos filmes B em Hollywood, filmes que fugiam dos padrões, mas no caso desse filme bem ruim ele certamente exagerou (e muito) na dose! E tem alguma coisa que preste? Tem o poster com os olhos costurados. Foi o que me fez alugar o filme... e quebrar a cara!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Geronimo – Uma Lenda Americana

A conquista do oeste americano também foi um grande choque de civilizações. De um lado o branco, muito mais avançado do ponto de vista tecnológico, procurando expandir suas conquistas territoriais e do outro o nativo americano, ainda em um estágio mais primitivo, porém não menos forte e bravo. Por anos o conflito entre o colonizador e os grupos indígenas se prolongou dentro dos territórios mais distantes da jovem nação americana mas aos poucos as grandes tribos entraram em acordo com o governo americano. Eles desistiam das guerras em troca de lugares pacíficos para viver. Assim grandes nações de sioux, apaches, comanches e demais etnias foram enviadas para reservas determinadas por Washington. Nem todos porém resolveram abaixar suas armas. Pequenos grupos seguiram em frente contra o invasor branco, causando prejuízos e baixas entre a cavalaria americana. Muitas vezes adotando táticas de guerrilhas eles mantiveram a chama acesso dos antigos guerreiros.

Um dos mais famosos combatentes nesse período foi o líder Apache Geronimo. Ele liderou um grupo de bravos guerreiros que se recusavam a abaixar a cabeça para o exército branco. Por anos lutaram nas regiões mais hostis do velho oeste contra o usurpador de terras vindo do leste. A história desse apache rebelde é justamente o tema desse western “Geronimo – Uma Lenda Americana”. Contando com um excelente elenco, incluindo os consagrados Gene Hackman e Robert Duvall, o roteiro mostrava os fatos históricos que cercaram Geronimo sob o olhar e a visão de um jovem tenente da cavalaria americana, Charles Gatewood (Jason Patric) que é enviada para a região mais conflituosa do oeste americano, justamente o local onde Geronimo e seu grupo de guerreiros se tornavam mais presentes e ativos. O filme tem uma bela reconstituição histórica, com um roteiro que procura ser fiel aos fatos reais sem que com isso se torne chato ou enfadonho. Para quem gosta de conhecer um pouco mais da verdadeira história da conquista do oeste americano esse filme é mais do que recomendado.

Geronimo – Uma Lenda Americana (Geronimo: An American Legend, Estados Unidos, 1993) Direção: Walter Hill / Roteiro: John Milius / Elenco: Jason Patric, Gene Hackman, Robert Duvall, Wes Studi / Sinopse: Jovem tenente da cavalaria americana é enviado para um forte distante do oeste americano onde terá que enfrentar o lendário guerreiro apache conhecido como Geronimo. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísi.

domingo, 23 de novembro de 2014

No Vale das Sombras

Título no Brasil: No Vale das Sombras
Título Original: In the Valley of Elah
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Paul Haggis
Roteiro: Paul Haggis, Mark Boal
Elenco: Tommy Lee Jones, Charlize Theron, Susan Sarandon, Jason Patric, Josh Brolin, Jonathan Tucker

Sinopse:
Hank Deerfield (Tommy Lee Jones) tem um sério problema a resolver. Seu filho, um veterano do exército na intervenção americana no Iraque, resolve desertar das forças armadas e muito provavelmente para não ser preso e enfrentar uma severa corte marcial resolve fugir, desaparecer, sem deixar rastros. Seu pai Hank então junta todos os esforços ao lado da detetive Emily Sanders (Charlize Theron) e da mulher de Hank, Joan (Susan Sarandon), para descobrir sobre seu verdadeiro paradeiro.

Comentários:
Filme com um tremendo elenco que conseguiu unir mistério, suspense e até mesmo aventura. A trama é por demais interessante e mostra um lado da guerra que nem sempre é muito explorado por Hollywood, a aflição dos pais de jovens que são enviados ao exterior e uma vez lá sofrem danos psicológicos irreversíveis. O grande mérito do filme vem do trabalho do ator Tommy Lee Jones. É incrível como ele consegue mesmo não usando muitas expressões faciais transmitir inúmeras emoções internas aos espectadores. Aqui seu estilo se sobressai como nunca. Enquanto os demais membros do elenco se esforçam ao máximo para impactar em cena, Jones é de uma calma que incomoda. Mesmo assim o cinéfilo mais atento verá que por trás do mar de tranquilidade há um maremoto terrível de sentimentos que poderá explodir a qualquer momento. No geral o filme consegue agradar bastante, tanto que também se consagrou nos principais festivais de cinema, entre eles o Oscar que deu uma justa indicação a Tommy Lee Jones por sua excelente atuação.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de novembro de 2014

Rush - Uma Viagem ao Inferno

Título no Brasil: Rush - Uma Viagem ao Inferno
Título Original: Rush
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Lili Fini Zanuck
Roteiro: Kim Wozencraft, Peter Dexter
Elenco: Jason Patric, Jennifer Jason Leigh, Sam Elliott

Sinopse:
Dois policiais da Divisão de Narcóticos de polícia acabam caindo numa armadilha mortal. Ao mesmo tempo em que investigam poderosos grupos criminosos de narcotraficantes se viciam nas drogas colocadas no mercado. Nisso acabam vivendo numa dualidade insuportável para pessoas que deveriam cumprir e fazer cumprir as leis. Afundando cada vez mais em seu vício, o detetive Jim Raynor (Jason Patric) começa a perder o senso de realidade de tudo o que acontece ao seu redor. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original ("Tears in Heaven" de Eric Clapton). Vencedor do Grammy Awards na categoria Melhor Canção do Ano (também com "Tears in Heaven" de Eric Clapton).

Comentários:
Um interessante drama com toques policiais que trata de um tema que infelizmente também acontece na vida real. Aqui não temos a questão da corrupção policial em seu sentido mais comum, a dos subornos e propinas envolvendo homens da lei com o poder financeiro dos traficantes, mas sim uma situação ainda mais grave, a de tiras viciados em drogas. Sempre considerei "Rush" muito subestimado, pois além de apresentar um roteiro original muito bem escrito e trabalhado, temos ainda ótimas atuações, em especial a do ex-galã Jason Patric que se despe de sua imagem para interpretar um policial em frangalhos, caindo no abismo sem fundo da dependência química pesada. Sua parceira Jennifer Jason Leigh também brilha dando vida e voz para a sua personagem Kristen Cates. Sempre considerei Jason Leigh uma das melhores atrizes jovens do cinema americano, mas infelizmente anda bem sumida ultimamente. O roteiro não abre concessões e procura mostrar sem receios a barra pesada de quem não consegue mais sair das armadilhas das drogas. E para completar a produção fecha todo o conjunto com chave de ouro, pois temos aqui uma das melhores trilhas sonoras da década de 1990 para ouvir, contando não apenas com a imortal canção "Tears in Heaven" de Eric Clapton (que se tornou um hit tremendo depois da morte de seu filho, a quem ele dedicou a música), mas também com os mitos Jimi Hendrix e Bob Dylan. Precisa dizer algo a mais? Bastante recomendado, "Rush" é uma daquelas fitas que merecem ser redescobertas.

Pablo Aluísio