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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

O Mistério de Silver Lake

O filme conta a história de um jovem de Los Angeles que está perdido na vida. Ele está desempregado, sendo despejado de seu pequeno apartamento em Los Angeles e seu carro está sendo retomado pelo banco por falta de pagamento. Só que nada disso parece ser muito importante para ele. Sua mente vai para outro caminho. Um dia ele vê uma bela garota loira nadando em um piscina e cria uma verdadeira obsessão por ela. Após poucas palavras trocadas, cria um tipo de paixão platônica pela garota, algo que parece piorar depois que ela se muda e ele fica literalmente desesperado em sua busca. Ele quer saber para onde ela foi, com quem anda, etc. E Los Angeles assim se torna o cenário dessa busca um tanto sem sentido.

Não espere por um roteiro convencional. Nessa sua jornada em busca do "amor de sua vida" ele encontra figuras bizarras como um autor de fanzines muito loucos e um seguidor de uma estranha seita que prega o ebterro de seus membros como se fazia no Egito Antigo, Em meu ponto de vista fizeram um filme longo, longo demais para não aborrecer. Também faltou humor. Na tentativa de fazer algo cult a coisa toda, muitas vezes, se tornou chata e cansativa. Salva o elenco que tem nomes interessantes, com destaque para o casal protagonista. Você conhece o Andrew Garfield  dos filmes do Homem-Aranha e a  Riley Keough é a talentosa neta do Elvis Presley, com uma carreira no cinema que já pode ser considerada bem interessante. O filme é isso então. Meio estranho, bizarro, mas acima de tudo uma espécie de declaração de amor para a cidade de Los Angeles.

O Mistério de Silver Lake (Under the Silver Lake, Estados Unidos, 2018) Direção: David Robert Mitchell / Roteiro: David Robert Mitchell / Elenco: Andrew Garfield, Riley Keough, Topher Grace / Sinopse: Jovem moerador de Los Angeles se apaixona loucamente por uma garota que vê numa piscina, numa noite de luar. Quando ela se muda ele parte em busca dela, para descobrir o que aconteceu. Ele cria uma verdadeira obsessão pela jovem.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Logan Lucky

Título no Brasil: Logan Lucky - Roubo em Família
Título Original: Logan Lucky
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: FilmNation Entertainment
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Jules Asner
Elenco: Channing Tatum, Adam Driver, Daniel Craig, Riley Keough, Katie Holmes, Seth MacFarlane

Sinopse:
A família Logan, um grupo de caipiras, decide roubar todo o dinheiro arrecadado no grande prêmio da Nascar em Charlotte, na Carolina do Norte. Antes disso porém eles precisam tirar da cadeia o especialista em arrombamento de cofres Joe Bang (Daniel Craig) e isso não vai ser muito fácil de fazer.

Comentários:
Esse filme foi inspirado em um fato real que ficou conhecido nos Estados Unidos como o "Roubo dos caipiras". Um bando de criminosos praticamente amadores, caipirões do interior do país, decidiram fazer um ousado roubo, colocando toda a grana de uma conhecida corrida da Nascar em sacos de lixo. O problema era sair dali com todo esse dinheiro sem despertar suspeitas. Filme muito bom, bem divertido, que em minha opinião foi muito mal divulgado em seu lançamento nos cinemas. Não é a toa que a bilheteria ficou bem abaixo do esperado. E o mais absurdo de tudo é saber que o filme contava com um ótimo elenco. Channing Tatum é o líder do bando, um cara até honesto e legal, que perde tudo ao ficar desempregado. O irmão dele é interpretado por Adam Driver, um sujeito que perdeu o braço numa linha de montagem.  Riley Keough, a neta de Elvis, é a caçula da família. Garota esperta, boa motorista de carros velozes. E para completar o núcleo central do bando temos o próprio 007, ou melhor dizendo, o ator Daniel Craig. Cumprindo pena numa prisão ele precisa dar o fora, para participar do roubo. Enfim, bom filme que passou meio despercebido, injustamente aliás.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de setembro de 2020

Noite de Lobos

Título no Brasil: Noite de Lobos
Título Original: Hold the Dark
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Jeremy Saulnier
Roteiro: Macon Blair, William Giraldi
Elenco: Jeffrey Wright, Riley Keough, Alexander Skarsgård, James Badge Dale, Michael Tayles

Sinopse:
Medora Slone (Riley Keough) é uma jovem mãe que após ver seu filho sendo levado por lobos no Alaska, decide entrar em contato com o escritor Russell Core (Jeffrey Wright) que escreveu um livro relatando justamente uma caçada a lobos em uma montanha gelada naquela região. Será que ele poderia ajudar de alguma forma?

Comentários:
Gostei desse filme. OK, ele tem alguns problemas de ritmo, mas de uma maneira em geral conta bem sua história. Uma coisa incomum nesse roteiro é que ele passeia por diversos gêneros cinematográficos em uma só película. Há bons momentos de ação, como na cena em que um veterano de guerra sobe no primeiro andar de sua casa, arma uma potente metralhadora .50 e manda fogo para cima dos policiais. A aventura surge justamente em cima da montanha, com os homens caçando lobos, algo que é muito mais complicado do que se pensa, ainda mais quando uma matilha se une para atacar apenas um ser humano. E por fim, também é um filme com toques de produções sobre serial killers. O personagem de Alexander Skarsgård é um militar que volta do Iraque com a mente destruída pela guerra. E agindo como tal, ele sai matando a esma, muitas vezes com requintes de crueldade. Enfim, há de tudo um pouco aqui. O conjunto porém não se revela disperso, pelo contrário, a história é coesa e seu final vai surpreender muita gente. Só não espere por um final feliz no estilo mais convencional.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

A Cabana

Título no Brasil: A Cabana
Título Original: The Lodge
Ano de Produção: 2019
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Hammer Films
Direção: Severin Fiala, Veronika Franz
Roteiro: Severin Fiala, Veronika Franz
Elenco: Riley Keough, Alicia Silverstone, Jaeden Martell, Lia McHugh, Richard Armitage, Danny Keough

Sinopse:
No passado Grace (Riley Keough) fez parte de uma seita fanática onde muitos membros cometerem suicídio coletivo. Agora ela tenta reconstruir sua vida, planejando se casar com Richard (Armitage). O problema é que a esposa dele se matou há pouco tempo e seus dois filhos odeiam a nova noiva do pai. Para piorar tudo a sombra da mãe das crianças parece estar sempre presente.

Comentários:
Temos aqui um filme de suspense com o selo histórico da Hammer Films. Para quem conhece a história do cinema de terror inglês sabe muito bem o peso do nome dessa veterana companhia cinematográfica. Só que o roteiro desse filme realmente privilegia o lado mais psicológico dos personagens. Muitos podem pensar que o filme vai trazer almas penadas, assombrações, etc. Isso fica até mesmo um pouco sugerido quando a família vai para uma distante e isolada casa nas montanhas, em pleno inverno. O clima me lembrou até mesmo "O Iluminado", mas com pretensões bem mais modestas. A atriz Riley Keough (neta de Elvis Presley) se sai muito bem em seu papel. Ela precisa trazer muitas emoções e sentimentos para sua personagem. O peso do passado sempre a persegue e ela toma remédios para não perder o controle. Só que nessa nova casa ela passa a enfrentar a antipatia dos filhos menores de seu futuro marido. E se você acredita que ela talvez seja a grande culpada pelos eventos trágicos que se desenvolvem, pense duas vezes. O roteiro, muito bem escrito a quatro mãos, joga o tempo todo com esse tipo de dualidade. Quem é o culpado e quem é a vítima? Depois de assistir cheguei na conclusão de que nem tudo nesse filme parece ser tão óbvio. Ponto positivo. Assim deixo a recomendação desse bom suspense psicológico, que em certas cenas realmente consegue dar nos nervos do espectador.

Pablo Aluísio. 

sábado, 15 de junho de 2019

The Girlfriend Experience

Essa série foi lançada em 2016. A primeira temporada contou com treze episódios. O roteiro conta a história de Christine Reade (Riley Keough). Ela tem uma vida dupla. De dia assiste aulas na faculdade de direito. Pela tarde faz estágio em um escritório de advocacia. Durante à noite ganha a vida como garota de programa. Na realidade a série é uma adaptação para a TV de um filme que contava basicamente a mesma história. É uma realidade que cada vez mais tem sido frequente entre jovens garotas que procuram por um meio de bancar sua universidade e estudos, até se formarem. O problema é que geralmente acabam se viciando na profissão de garota de programa porque é um serviço muito bem remunerado. Sair dessa vida é que se torna uma dificuldade depois de alguns anos. É uma boa série, com um clima mais cult, mais sofisticado. Há cenas de nudez, mas não de vulgaridade. Tudo é bem sutil. Abaixo seguem comentários de alguns episódios. Assisti a todos, porém só escrevi resenhas aos que constam na lista. Fica como registro de arquivo.  

The Girlfriend Experience 1.01 - Entry
Episódio piloto dessa nova série. A primeira coisa que chama a atenção é que os episódios só duram em média 30 minutos, algo típico de sitcoms, embora "The Girlfriend Experience" seja uma série dramática. Nesse piloto somos apresentados a Christine Reade (Riley Keough, sim, a própria neta de Elvis Presley em sua primeira série como atriz). Ela é uma estudante de direito lutando pela sua primeira vaga como estagiária em um grande escritório de advocacia. Depois de muitas entrevistas e várias recusas ela finalmente consegue sua vaga. O cotidiano do trabalho porém não é dos melhores. Seu chefe é um sujeito meio insuportável, o trabalho é excessivo e o pagamento nada satisfatório. Melhor se sai sua amiga que após encontrar um "sugar daddy" rico lhe coloca em uma bela casa, com carrões na garagem e muita mordomia. Durante um jantar ela acaba sendo seduzida por dinheiro fácil, ao acompanhar um homem mais velho em um restaurante. Sem nem sentir direito o que está acontecendo o fato é que Reade começa a entrar dentro do ramo de prostitutas de luxo, algo que lhe renderia muito mais dinheiro do que como uma simples funcionária de um escritório de advocacia. Gostei do que vi. Ainda é cedo para julgar, porém é aquele tipo de série que ao menos deixa a sensação de ser muito promissora, de ser ao menos bem interessante. Vou acompanhar com certeza. /  The Girlfriend Experience 1.01 - Entry (EUA, 2016) Direção: Amy Seimetz / Roteiro: Lodge Kerrigan, Amy Seimetz / Elenco: Riley Keough, Paul Sparks, Mary Lynn Rajskub.

The Girlfriend Experience 1.02 - A Friend
Segundo episódio. Aqui a jovem estudante de direito Christine (Riley Keough, a neta do cantor Elvis Presley) resolve ceder, aceitando o convite para fazer parte da lista de garotas de programa de luxo de uma madame de Nova Iorque. Como ela tem potencial nesse meio sua nova "empresária" resolve alugar uma bela casa para ela. Patrocinada, com a caução do aluguel pago, Christine começa a sair com os clientes. A maioria deles homens de meia idade, alguns com problemas psicológicos ou traumas emocionais. Tudo na fachada faz parecer algo até sofisticado, com encontros em belos hotéis e tudo mais. Porém tudo isso não disfarça o fato de que Christine é apenas mais uma jovem prostituta no mercado. Nesse episódio vemos ela atendendo seus primeiros clientes, começando a entrar de vez nesse tipo de situação, fazendo até mesmo que ela o compare com o serviço que tem um escritório de advocacia, onde é mal paga e precisa lidar com um chefe estressado, ou seja, boa coisa definitivamente não vem pela frente. / The Girlfriend Experience 1.02 - A Friend (Estados Unidos, 2016 ) Direção: Lodge Kerrigan / Roteiro: Lodge Kerrigan, Amy Seimetz  / Elenco: Riley Keough, Paul Sparks, Mary Lynn Rajskub.

The Girlfriend Experience 1.13 - Separation  
Esse é o último episódio da primeira temporada. É o final da história da jovem estudante e garota de programa Christine Reade (Riley Keough). Depois de todos os problemas, tanto profissionais como familiares, ela tenta reorganizar melhor sua vida, mas tudo o que consegue é ficar na mesma, insistindo no velho círculo vicioso da prostituição. Nesse último episódio vemos como Reade não parece mais ter esperanças de sair disso. Se bem que a falta de vida em seu olhar mostra também que ela não parece mais se importar. De fato aos poucos ela foi ficando mais à vontade nesse mundo, procurando inclusive ser dona de seu próprio "negócio", sem precisar prestar favores a cafetinas. Os homens continuam os mesmos, facilmente manipuláveis, ainda mais quando ela topa entrar em suas depravações pessoais. Em sua mente Reade vê tudo como uma maneira rápida e fácil de ganhar dinheiro. Nada pessoal, apenas negócios. O final dessa temporada foi deixado em aberto, o que me fez pensar que a mesma personagem voltaria na segunda temporada. Porém não é isso o que acontece. Na segunda leva de episódios mudou-se tudo, não é mais a história pessoal de Christine e nem tampouco tivermos o retorno da atriz Riley Keough. Por isso me desinteressei de continuar acompanhando. No que diz respeito a "The Girlfriend Experience" acabei ficando por aqui mesmo. / The Girlfriend Experience 1.13 - Separation (Estados Unidos, 2016) Direção:  Lodge Kerrigan / Roteiro: Lodge Kerrigan, Amy Seimetz / Elenco: Riley Keough, John Hoogenakker, Brock Cuchna.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de junho de 2018

Bem-vinda, estranha

Esse filme é um suspense psicológico que conta com apenas três personagens. Dois irmãos e a namorada de um deles. Alice (Abbey Lee) acaba indo parar numa distante e isolada casa onde vive seu irmão, Ethan (Caleb Landry Jones). Ele está escrevendo um livro que pretende publicar em breve. Ela não é uma visita bem-vinda. Acontece que no passado Alice resolveu seduzir o segundo marido de sua mãe. Isso a abalou tanto que ela simplesmente sumiu. Alguns boatos dizem que ela teria ido para o mar e lá se cometido suicídio. Outros dizem que ela simplesmente foi embora para nunca mais voltar. Por essa razão Ethan não gosta e nem fica à vontade ao lado de sua irmã. Completando o trio central de personagens surge Misty, a namorada de Ethan. Ela é interpretada por Riley Keough, a neta de Elvis Presley, que tem feito uma carreira interessante em filmes e séries para TV.

Pois bem, desde o primeiro momento Alice e Misty não se dão bem. Alice tem um comportamento possessivo, com nuances de desequilíbrio emocional e Misty é uma jovem atriz que não parece disposta a suportar abusos por parte da irmã de seu namorado. O roteiro vai se desenvolvendo aos poucos, lembrando em certos momentos do ritmo do cinema europeu, mais especificamente dos filmes franceses. Há aquele clima de tensão entre todos que vai desembocar em algo muito mais sério, um crime, que não convém explicar aqui. Um spoiler poderia estragar as surpresas do filme. Então é isso, não é um suspense tradicional ou que siga uma linha narrativa mais previsível. Dentro de sua proposta até que é um filme bem curioso e interessante.

Bem-vinda, estranha (Welcome the Stranger, Estados Unidos, 2018) Direção: Justin Kelly / Roteiro: Justin Kelly / Elenco: Abbey Lee, Caleb Landry Jones, Riley Keough / Sinopse: Apenas três pessoas, a irmã, o irmão e sua namorada, convivem numa casa isolada. A tensão entre eles vai aumentando com o passar do tempo. A irmã não gosta da namorada do irmão, que por sua vez acredita que a presença dela faz mal a ele. As diferenças vão dar origem a algo bem mais sinistro e sombrio.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Paterno

Filme baseado em fatos reais. Al Pacino interpreta Joe Paterno, um treinador veterano de futebol americano. Querido pelos torcedores e jogadores de sua equipe, um nome muito respeitado no mundo do esporte, ele vê toda a sua carreira desmoronar quando uma jovem jornalista chamada Sara Ganim (Riley Keough) começa a investigar uma série de denúncias envolvendo pedofilia de um dos membros da equipe de Paterno. O que parecia algo baseado apenas em rumores, começa a ganhar uma grande dimensão quando vários outros casos de abuso sexual infantil começam a ser descobertos. Pior do que isso, muitos dos abusos foram cometidos dentro do estádio do time de futebol, algo que seria facilmente descoberto pelo veterano treinador. Teria ele se omitido diante desses crimes? Encobriu de alguma forma os abusos envolvendo crianças? O que realmente fez para que seu assistente pedófilo fosse acusado e preso? Estaria envolvido nos crimes de alguma forma? São perguntas que o roteiro vai desvendado aos poucos...

Al Pacino volta ao mundo do futebol americano, terreno que ele não pisava desde "Um Domingo Qualquer" de 1999. Ao contrário desse outro filme, que de certa maneira louvava o esporte, esse aqui mostra um dos piores escândalos envolvendo treinadores, cartolas e jogadores. Algo que gerou grande escândalo nos Estados Unidos quando foi desvendado. Mostra que a pedofilia está em praticamente todos os setores da sociedade, envolvendo até mesmo pessoas acima de qualquer suspeita. Além do velho Pacino, novamente muito bem em sua atuação, com grandes e pesados óculos de grau, outro destaque do elenco é a atriz Riley Keough. A neta de Elvis Presley, que começou profissionalmente no mundo da moda, tem surpreendido cada vez mais como atriz. Sempre escolhendo personagens mais desafiadoras, ela tem se destacado em sua geração. Aqui atua em um filme com o grande Al Pacino, um dos mais consagrados atores da história do cinema, mais uma amostra que a garota vai realmente longe na carreira.

Paterno (Paterno, Estados Unidos, 2018) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Debora Cahn, John C. Richards / Elenco: Al Pacino, Riley Keough, Annie Parisse / Sinopse: Joe Paterno (Al Pacino), um treinador veterano de futebol americano, há 60 anos considerado um dos melhores profissionais do esporte, vê sua imagem ser destroçada pela mídia após o envolvimento de um de seus assistentes em um caso envolvendo inúmeros abusos sexuais de menores. O homem, um criminoso pedófilo, acaba arrastando Paterno para o centro do escândalo, quando todos começam a se perguntar se o treinador de alguma forma encobriu tudo o que estava acontecendo ao seu redor.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Ao Cair da Noite

Esse filme foi até muito bem recomendado por fãs de filmes de terror e suspense, por isso resolvi conferir. A história se passa em um mundo que foi devastado por uma estranha doença incurável. Aos primeiros sinais de sua presença não resta outra alternativa a não ser a morte. O filme começa justamente assim, com o neto matando e enterrando o próprio avô por esse estar infectado. Eles o levam para a floresta e lá incineram seu corpo. Tudo para evitar que o resto da família seja também contaminada. Passados alguns dias a casa onde vivem pai, esposa e filho, é invadida por um estranho. Ele consegue ser imobilizado e conta que estava em busca de água pois tem mulher e filho em um lugar próximo esperando  por ele.

No benefício da dúvida Paul (Joel Edgerton) resolve acreditar na história contada pelo estranho. Eles vão até a floresta e resgatam sua família, mas será que o novo hóspede estaria mesmo contando toda a verdade? Esse roteiro investe muito mais no suspense. Como todos vivem isolados, com medo da contaminação que praticamente exterminou a humanidade, há sempre um clima de medo, ansiedade e apreensão com o mundo lá fora. Não se trata de mais um filme sobre apocalipse zumbi como alguns disseram, nem de uma contaminação que transformou os seres humanos em vampiros, como afirmaram outros. O roteiro nunca esclarece tudo. O espectador apenas fica sabendo que há uma doença mortal, altamente contagiosa, fazendo com que a família fique isolada e reclusa numa velha casa no meio do bosque. No elenco o filme conta com a atriz Riley Keough, a neta de Elvis Presley, como a esposa do estranho. Ela tem duas ótimas cenas no filme, mostrando que é realmente uma boa atriz. Fora isso o que temos aqui é um bom suspense, que tem seus momentos, mas que também passa longe de ser a obra prima do terror que alguns andaram dizendo por aí.

Ao Cair da Noite (It Comes at Night, Estados Unidos, 2017) Direção: Edward Shults / Roteiro: Trey Edward Shults / Elenco: Joel Edgerton, Christopher Abbott, Riley Keough, Carmen Ejogo / Sinopse: Depois que um vírus mortal se espalha pelo mundo, uma família decide se isolar em uma casa no meio da floresta. Tudo muda quando um estranho chega por lá. Ele tenta invadir a casa e depois que é imobilizado diz que tem mulher e filho sem água no meio da floresta. A vinda dessa segunda família acaba mudando o destino de todos naquela casa isolada.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Mad Max - Estrada da Fúria

Título no Brasil: Mad Max - Estrada da Fúria
Título Original: Mad Max - Fury Road
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: George Miller
Roteiro: George Miller, Brendan McCarthy
Elenco: Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult, Hugh Keays-Byrne, Riley Keough
  
Sinopse:
Max Rockatansky (Tom Hardy) vaga por um mundo destruído e sem esperanças. Os bens mais valiosos do que restou da humanidade e da civilização são a gasolina para os motores e a água para a sobrevivência em um mundo deserto e hostil. Durante sua jornada ele acaba sendo feito prisioneiro por uma comunidade liderada por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), um homem conhecido por sua violência e pulso de ferro para com os seus prisioneiros de guerra, que usa como meras bolsas de sangue para seus guerreiros feridos. Tentando escapar de suas garras a jovem combatente Furiosa (Charlize Theron) resolve fugir para o deserto usando uma de suas máquinas de guerra. Com ela segue um grupo de jovens que se transformaram com os anos em verdadeiras escravas sexuais de Joe. Para Max essa pode ser a chance de finalmente recuperar sua liberdade perdida, mesmo que antes disso ele precise sobreviver a uma caçada mortal pelas areias do deserto.

Comentários:
É incrível que mesmo após tantos anos o diretor George Miller tenha sido tão inovador em uma franquia que ele mesmo criou, lá nos distantes anos 1970. Miller poderia ter optado por realizar um reboot preguiçoso, sem maiores inovações, até mesmo porque ele com a trilogia "Mad Max" original já entrou definitivamente na história do cinema. Seu grande mérito foi não ter se acomodado nas glórias passadas, procurando reinventar a todo momento sua maior criação. Esse novo filme é um primor de inovação. O diretor optou por uma linguagem bem mais moderna, histérica, insana e sem controle. Não há momentos para pausas ou descansos na mente do espectador. "Mad Max - Fury Road" é pura pauleira, da primeira à última cena. É literalmente um veículo sem freios cruzando o deserto sem fim. O enredo é simples, como convém a esse tipo de filme de ação, mas isso em nenhum momento surge como um defeito, pelo contrário, em torno de sua história nitidamente simplória Miller acelera e explode a tela com sensacionais cenas de puro impacto narrativo. Optando por um fotografia saturada e excessiva, o diretor acabou criando um mundo pós-apocalíptico como poucas vezes se viu. A questão é que esse tipo de estilo cinematográfico foi praticamente todo criado por Mad Max e após tantos anos de imitações baratas o produto que deu origem a tudo poderia soar banal e repetitivo. Para evitar esse tipo de armadilha Miller procurou inovar e nesse processo acabou sendo realmente brilhante.

Ouso até escrever que esse filme só não é superado pelo original de 1978 e isso por causa de sua importância histórica. Em termos de fluidez e ritmo nenhum outro filme da série se assemelha a nada do que se vê por aqui. Miller transformou acidentes espetaculares em pura obra de arte visual, totalmente alucinada, mas mesmo assim de uma beleza incrível! O elenco também se destaca, a começar por Charlize Theron. Para interpretar a guerreira Furiosa ele teve que ter parte de seu braço apagado digitalmente. Um trabalho visual simplesmente perfeito. Tom Hardy como o novo Max tampouco decepciona. Suas cenas iniciais mostram bem a luta pela sobrevivência nesse mundo em ruínas. O ator, que teve inúmeros problemas relacionados a abuso de drogas no passado, confessou depois em entrevistas que acabou se identificando com o estilo alucinante do filme. É bem por aí mesmo, o novo "Mad Max" chega a ser lisérgico! Caótico é pouco para definir. O resultado de tantas peças chaves bem colocadas no tabuleiro da produção se traduziu em um belo sucesso de público e crítica, a tal ponto que o estúdio já anunciou sua continuação, "Mad Max - The Wasteland" com a mesma equipe técnica e elenco. Se Mad Max continuar tão bom como nesse "Fury Road" novas sequências serão mais do que bem-vindas.

Pablo Aluísio.