quinta-feira, 10 de agosto de 2023
Outubro Negro
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Tubarão 3
Título Original: Jaws 3-D
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Joe Alves
Roteiro: Peter Benchley, Richard Matheson
Elenco: Dennis Quaid, Louis Gossett Jr, Bess Armstrong, Simon MacCorkindale
Sinopse:
Em um luxuoso parque aquático, o Sea World, um desaparecimento começa a preocupar os administradores, até que eles descobrem existir um terrível perigo ali mesmo em seus enormes aquários. Ao que tudo indica um enorme tubarão branco está de volta para reiniciar seu ciclo de matanças e mortes, um verdadeiro assassino dos oceanos. Filme indicado ao Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Filme, Pior Roteiro, Pior Direção e Pior Ator Coadjuvante (Louis Gossett Jr).
Comentários:
Steven Spielberg havia recusado a tentação de dirigir "Tubarão 2" porque em sua visão aquela era uma história bem fechada em si mesmo. O arco se completava no primeiro filme, não era necessário novas sequências. A questão porém é que a Universal tinha outros planos. Entre eles ressuscitar a franquia, obviamente esperando lucrar muito com isso. Para tornar tudo ainda mais comercial resolveu-se apostar novamente na tecnologia 3D que havia sido deixada de lado desde os anos 50. Esse novo 3D dos anos 80 porém em pouco se assemelha ao que vemos hoje em dia nos cinemas. Era algo bem mais primitivo, onde se distribuíam pequenos óculos de plástico, uma lente vermelha de um lado e outra azul do outro lado. Uma coisa bem tosca que só servia para infernizar a vida do espectador porque no final das contas tudo ficava tão escuro que você não conseguia enxergar absolutamente nada! Imagine o desconforto! Some-se a isso um filme bem ruim e você terá o quadro de terror completo - tanto do ponto de vista da qualidade do filme em si, como da péssima experiência que o 3D dos anos 80 proporcionava a você! O horror, o horror...
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Águia de Aço II
Título Original: Iron Eagle II
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Sidney J. Furie
Roteiro: Kevin Alyn Elders
Elenco: Louis Gossett Jr, Mark Humphrey, Stuart Margolin, Alan Scarfe, Sharon Hacohen
Sinopse:
Militares dos Estados Unidos e da União Soviética se unem para juntos atacarem instalações de perigosos terroristas no Oriente Médio. E os caças americanos e seus pilotos arrojados se tornam parte essencial para que esses planos sejam executados com perfeição.
Comentários:
Continuação de "Águia de Aço", que em seu lançamento original era encarado como uma espécie de imitação de "Top Gun - Ases Indomáveis", o que de certa forma era uma verdade. Nesse segundo filme da linha "Águia de Aço" o ator principal do filme anterior resolveu pular fora do barco. Assim coube a Louis Gossett Jr assumir o protagonismo da história. Um fato curioso é que com a queda do muro de Berlim os soviéticos (os russos) não poderiam mais ser encarados como os vilões malvadões, como no passado. Por isso em cima do começo das filmagens o roteiro foi reescrito às pressas para colocar russos e americanos trabalhando juntos, em cooperação internacional. Sinal dos tempos, claro.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Águia de Aço
Título Original: Iron Eagle
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Sidney J. Furie
Roteiro: Kevin Elders, Sidney J. Furie
Elenco: Louis Gossett Jr, Jason Gedrick, David Suchet
Sinopse:
Quando o caça do pai do jovem piloto Doug Masters (Jason Gedrick) é abatido por dois MIGs inimigos, ele vai até o Coronel Charles 'Chappy' Sinclair (Louis Gossett Jr.) com uma proposta ousada e incomum: como o governo americano não quer um problema diplomático com nações do bloco socialista, eles dois iriam até o território inimigo em uma missão não oficial para resgatar o pai de Doug que se encontra prisioneiro. Para isso dar certo porém ele terá que pilotar seu caça de última geração da Califórnia até o Mediterrâneo sem ser detectado por radares americanos e inimigos.
Comentários:
Eu me recordo bem que na época o filme "Iron Eagle" foi recebido com bastante reserva por parte da crítica em seu lançamento. Muitos acharam que o filme era apenas uma espécie de genérico de "Top Gun", o grande sucesso com Tom Cruise no ano anterior. Em minha forma de entender há certamente semelhanças de roteiro (afinal temos aqui um personagem que segue bem de perto os passos do piloto interpretado por Cruise em seu blockbuster), porém a verdade é que o público alvo de "Águia de Aço" era ligeiramente diferente do que curtiu o outro filme que lhe serviu de modelo. Ali havia doses de romance, drama e como pano de fundo os modernos aviões da Marinha Americana. Aqui o ponto focal do roteiro é a pura diversão, acima de tudo. Assim ao invés de se perder muito tempo construindo psicologicamente cada personagem do script, parte-se logo para a ação com muita adrenalina e cenas de combate pelos ares. Isso de certa forma garantiu o sucesso da produção no mercado de vídeo VHS. É importante lembrar que embora "Águia de Aço" tenha sido lançado nos cinemas - inclusive aqui no Brasil - sua bilheteria ficou muito longe e distante do estrondoso sucesso estrelado por Cruise. Porém nas locadoras o filme fez bonito, conseguindo inclusive ficar várias semanas no Top 10 dos mais locados. Enfim, se você estiver em busca de um action movie da década de 1980 com aviões se enfrentando pelos céus do mundo, "Iron Eagle" certamente é uma boa pedida.
Pablo Aluísio
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
O Justiceiro
Título Original: The Punisher
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: New World Pictures
Direção: Mark Goldblatt
Roteiro: Boaz Yakin
Elenco: Dolph Lundgren, Louis Gossett Jr., Jeroen Krabbé
Sinopse:
Frank Castle (Dolph Lundgren) é um homem honrado e íntegro que acaba vendo sua família ser morta brutalmente e covardemente por um grupo insano de criminosos. Cansado da lentidão dos órgãos oficiais e sua ineficiência em punir os bandidos, ele resolve assumir a identidade de "Justiceiro", para limpar com as próprias mãos as ruas da escória da criminalidade, se tornando assim juiz, júri e executor desses assassinos.
Comentários:
Hoje em dia as adaptações dos personagens da Marvel geralmente envolvem milhões de dólares em mega produções dos principais estúdios de Hollywood. Bom, nos anos 80 a coisa era bem diferente. Veja o caso dessa primeira transposição do personagem Justiceiro ao cinema. Um filme de orçamento bem modesto, realizado com poucos recursos e produzido por um pequeno estúdio (nessa época a New World ainda era pequena e modesta). Para interpretar Frank Castle o ator Dolph Lundgren foi escalado. Não era a primeira vez que ele interpretava um personagem assim, pois não fazia muito tempo tinha encarnado o poderoso He-Man em "Mestres do Universo". O público porém o conhecia muito mais por causa de seu papel marcante do lutador soviético Drago em "Rocky IV". As fitas de Dolph Lundgren nem sempre encontravam espaço nos cinemas brasileiros, mas viravam sucesso de locações dentro do mercado VHS com o selo da Paris Filmes ou da América Vídeo. Assim "The Punisher" acabou seguindo o rastro de "Red Scorpion", lançado pouco antes, fazendo sucesso entre o público fã de fitas de ação estreladas pelo grandalhão de Estocolmo.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de abril de 2014
A Força do Destino
Título Original: An Officer and a Gentleman
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Taylor Hackford
Roteiro: Douglas Day Stewart
Elenco: Richard Gere, Debra Winger, David Keith, Robert Loggia, Louis Gossett Jr
Sinopse:
Zack Mayo (Richard Gere) é um jovem problemático que decide entrar nas forças armadas dos Estados Unidos. Enquanto leva um conturbado romance com sua namorada, Paula (Debra Winger) vai crescendo como homem e soldado, sob o comando do sargento linha dura Emil Foley (Louis Gossett Jr).
Comentários:
Um dos maiores sucessos da carreira de Richard Gere. Na época o filme surpreendeu se tornando um dos mais lucrativos da história (custou meros 3 milhões de dólares e rendeu mais de 130 milhões só no primeiro ano de exibição). A estória envolvendo o romance de um militar e uma garota de muita personalidade caiu nas graças do público que lotou os cinemas. Gere, jovem e bonitão, encarna sem culpa a figura do rapaz rebelde que se alista nas forças armadas americanas e sofre com a dura disciplina da rotina militar. O grande destaque do elenco, premiado inclusive com o Oscar de melhor ator coadjuvante, é o ator Louis Gossett Jr. Ele interpreta o Sargento Emil Foley, um tipo que se tornaria recorrente nos anos seguintes, um sujeito linha dura mas de bom coração que no fundo só deseja que seus subordinados se endireitem na vida.
Além do Oscar de Gossett o filme ainda levou o Oscar de Canção ("Up Where We Belong", um hit em seu lançamento, grande sucesso que sempre tocava na FM embalando os namoros dos jovens apaixonados da época). Visto hoje em dia "A Força do Destino" ainda se mantém interessante. O filme foi acusado por alguns críticos de ser uma mera propaganda de recrutamento do complexo militar americano, mostrando com sua mensagem que apenas as forças armadas conseguem colocar certas pessoas de volta no caminho certo da vida. Acho essa visão injusta. O foco do filme é em cima do romance de Zack Mayo (Richard Gere) e Paula (Debra Winger) e não apenas na mudança de vida do protagonista após entrar na vida militar. Tanto isso é verdade que o filme até hoje é lembrado por seu romantismo e não pelas cenas dentro do quartel. E é justamente por esse lado romântico que resolvi resgatar esse que é certamente um dos mais belos contos de amor que o cinema da década de 80 produziu. Indicado para quem ainda acredita na força do amor, apesar de tudo.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Inimigo Meu
“Inimigo Meu” tem um dos melhores roteiros já feitos no mundo da ficção. Essa afirmação pode até mesmo soar um pouco fora de propósito para alguns mas se formos analisar bem a mensagem do filme é simplesmente sublime e maravilhosa. De certa forma é uma alegoria até mesmo sobre o que acontecia no mundo naquela época. Em meados dos anos 80 a guerra fria ainda era uma realidade. Vivia-se eternamente no medo de ocorrer uma guerra nuclear entre União Soviética e Estados Unidos, numa bipolaridade de nações armadas e prontas para o conflito. “Inimigo Meu” colocava assim dois inimigos que vivem em um planeta isolado mas que precisam deixar essa disputa de lado para sobreviver. Entendeu a metáfora? Simplesmente genial. Assim como os personagens do filme, EUA e URSS tinham que aprender a conviver juntos, se ajudarem, para sobreviver mutuamente. O filme em análise é isso, um grande manifesto pela paz e pela solidariedade de todos, independentemente de onde você veio ou de que lado está. “Inimigo Meu” é sem dúvida um dos mais inteligentes argumentos já filmados no cinema americano.
Inimigo Meu (Enemy Mine, Estados Unidos, 1985) Direção: Wolfgang Petersen / Roteiro: Barry Longyear, Edward Khmara / Elenco: Dennis Quaid, Louis Gossett Jr., Brion James / Sinopse: Em um planeta distante e inóspito dois combatentes aprendem que para sobreviver naquela ambiente hostil terão que ajudar um ao outro. Nasce assim um grande laço de amizade e solidariedade entre quem supostamente deveria se comportar como um inimigo.
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Aventureiros de Fogo
Título no Brasil: Os Aventureiros de Fogo
Título Original: FireWalker
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Robert Gosnell, Jeffrey M. Rosenbaum
Elenco: Chuck Norris, Louis Gossett Jr, Melody Anderson
Sinopse:
Dois aventureiros resolvem partir em busca de tesouros das antigas civilizações Astecas, Maias e egípcias, na América Central e em outras regiões inóspitas e perdidas do mundo. Na busca pelo ouro encontrarão muitas aventuras em locais exóticos e perigosos. Um filme de Chuck Norris em uma aventura ao estilo Indiana Jones.
Comentários:
Em 1986 a produtora Cannon Group resolveu escalar seu astro Chuck Norris para estrelar o filme "FireWalker", uma produção que procurava seguir os passos de Indiana Jones. Ao seu lado foi contratado o ator e ídolo black Louis Gossett Jr que tinha se destacado na aventura B “Águia de Aço”, um genérico do grande sucesso “Top Gun – Ases Indomáveis”. A produção seria realizada no México por causa das locações exóticas que o país poderia disponibilizar para a fotografia do filme e os baixos custos de se filmar por lá. Era um filme bem diferente para Chuck Norris. O ator que vinha de vários sucessos em filmes de ação que seguiam o estilo mais cru, tinha agora que bancar o aventureiro cheio de piadinhas do script. Definitivamente não era bem a praia dele. A Cannon apostava em um grande sucesso tanto que investiu mais do que costumava investir em efeitos especiais e pirotecnia. O diretor contratado era J. Lee Thompson, o mesmo que havia dirigido “As Minas do Rei Salomão” outro genérico de Indiana Jones pela mesma Cannon. Já deu para perceber logo de cara que originalidade realmente não era o forte desse “Aventureiros de Fogo”. Apesar dos esforços do estúdio o filme não conseguiu se dar bem nas bilheterias. Os fãs de Norris gostavam de vê-lo em filmes mais simples, de pura pancadaria, não uma produção que procurava seguir os passos dos famosos filmes de Spielberg. Ele tinha seu próprio estilo e imitar os outros soava como uma péssima ideia. O roteiro também não era nada bom, muito mal escrito e sem boas cenas de ação (um pecado para o fã clube de Chuck Norris).
Assim o filme simplesmente não pegou, não deu certo. A crítica por sua vez detestou (mais do que o normal em se tratando de filmes de Norris). “Imbecil”, “Péssimo” e “estúpido” foram adjetivos usados para qualificar o filme. O próprio Chuck Norris ficou chateado com o resultado. Para falar a verdade ele nunca havia comprado inteiramente a ideia. Como resultado da má repercussão do filme ele resolveu dar um tempo e ficou dois anos longe das telas de cinema, só retornando com “Braddock 3” que logo também se tornou um fracasso de público e crítica. De qualquer modo “Aventureiros de Fogo” marcou o fim da melhor fase do ator nas telas de cinema. A década de 1980 foi onde ele realizou seus maiores sucessos comerciais. Filmes simples, sem muitos recursos, com orçamentos bem modestos, mas que conseguiam trazer bom retorno de bilheteria. O erro do estúdio foi tentar transformá-lo em um novo Harrison Ford, coisa que ele definitivamente não era. Depois disso Norris rompeu com a Cannon e tentou bancar seus próprios filmes, algo que não deu muito certo. A salvação só viria mesmo na TV quando finalmente reencontraria o sucesso na pele de um Texas Ranger durão. No final fica a lição, não se pode transformar um ator em outro, por mais sedutora que seja essa ideia.
Pablo Aluísio.