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domingo, 21 de maio de 2023

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
Mais um filme da Marvel com esse super-herói que nos quadrinhos sempre foi terceiro escalão dos personagens da editora. Curiosamente no cinema o Homem-Formiga até que deu certo, pelo menos do ponto de vista comercial. Eu considerei os filmes anteriores pelo menos divertidos. E se eu não estou enganado esse é o terceiro filme solo desse herói, o que não deixa de ser algo surpreendente. Eu sou de um tempo onde apenas super-heróis de primeiro time cmo Superman e Batman tinham o privilégio de ganharem trilogias no cinema. Hoje, pelo visto, as coisas andam mais banais. De qualquer forma são os novos tempos onde qualquer coisa com o selo Marvel ganha a aprovação dos grandes estúdios de Hollywood. 

Já sobre o filme não há maiores novidades. O roteiro segue de perto a fórmula dos filmes Marvel, o que vamos convir já virou uma camisa de força das mais embaraçosas para roteiristas que queiram ser mais criativos e originais. A única novidade parcial vem do fato de que o enredo desse novo filme se passa todo em um mundo quântico. Devo dizer que em termos de direção de arte copiaram na cara dura o mundo de Avatar, com resultados menos impressionantes, claro. Também não deixa de ser um pouco decepcionante reencontrar ícones da Hollywood dos anos 80 como Michael Douglas e Michelle Pfeiffer bem envelhecidos, assumindo seus cabelos brancos. Fica um sabor de choque de realidade no ar pois o tempo passou, até mesmo para esses veteranos astros de Hollywood.

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (Ant-Man and the Wasp: Quantumania, Estados Unidos, 2023) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Jeff Loveness, Stan Lee, Larry Lieber / Elenco: Paul Rudd, Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michelle Pfeiffer, Jonathan Majors, Bill Murray / Sinopse: O Homem-Formiga é enviado para um mundo quântico dominado por um tirânico e megalomaníaco vilão que tem planos de dominar todos os mundos do multiverso Marvel. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de maio de 2022

Cinema News - Edição IX

Downton Abbey: Novo filme baseado na famosa série inglesa chega aos cinemas no Brasil - A série inglesa "Downton Abbey" foi um dos maiores sucessos de audiência da TV britânica. Depois de várias temporadas os produtores decidiram levar a franquia para o cinema. O primeiro filme foi muito bem sucedido nas bilheterias da Europa e Estados Unidos. Agora chega o momento de lançamento do segundo filme nos cinemas brasileiros.

No Brasil esse novo filme vai se chamar "Downton Abbey II: Uma Nova Era" (Downton Abbey: A New Era) e tem sua estreia marcada para amanhã (27 de abril de 2022) em todo o circuito nacional. Com inovações, mas mantendo a tradição de qualidade tanto da série como do primeiro filme, os fãs dessa história estão animados para conferir o novo filme.

A história desse segundo filme segue de perto os acontecimentos do primeiro filme, onde a famosa casa recebeu a visita da família real inglesa. Curiosamente durante toda a série a família real da Inglaterra havia sido colocada de lado, sendo apenas sugerida a proximidade da família Crawley com o Rei do Reino Unido. Agora vemos como tudo se desenrolou e se desenvolveu. A direção desse nova produção  foi entregue ao cineasta Simon Curtis. conhecido por ótimos filmes como "A Dama Dourada", "Sete Dias com Marilyn" e "Adeus, Christopher Robin". O elenco da série também retornou com destaque para a talentosa participação da veterana Maggie Smith.

Michelle Pfeiffer faz aniversário de 64 anos e diz que não pensa em se aposentar - A bela Michelle Pfeiffer completou 64 anos de idade, cheia de projetos para novos filmes. Aposentadoria? Ela não quer nem ouvir essa palavra. A atriz está com a agenda cheia no momento trabalhando na série "The First Lady" onde interpretou Betty Ford. Para ela esses novos tempos, atuando em séries, é uma nova experiência em sua vida profissional.

"Eu sempre trabalhei no cinema e agora estou fazendo essa série, é uma oportunidade nova, com essa idade estou sempre pronta para novas experiências na vida" - concluiu a atriz. Além da série Michelle Pfeiffer ainda está comprometido com dois outros filmes. O primeiro é mais uma sequência das aventuras do Homem Formiga, um super-herói da Marvel. O segundo é o novo filme do diretor Francis Ford Coppola chamado "Megalopolis".

"Megalopolis" ainda contará no elenco com Cate Blanchett e Jessica Lange. Na opinião de Michelle Pfeiffer elas são atrizes maravilhosas! "Eu poderia pensar em parar depois de receber convites tão bons? Jamais!". A única coisa que ela se negou a responder foi sobre o novo filme do Batman. A atriz que interpretou a Mulher-Gato fez um bom trabalho? "Ah, eu nunca iria julgar o trabalho de uma colega! Desejo boa sorte para ela!" - finalizou a simpática Michelle.

Daniel Day-Lewis completa 65 anos e diz que pode voltar ao cinema
- O ator Daniel Day-Lewis completou 65 anos de idade no dia de hoje (29.04.2022). O ator está distante do mundo do cinema desde o lançamento do filme "Trama Fantasma" de 2018. Na época ele anunciou que estava se aposentando, mas com o passar dos anos o ator percebeu que sente falta de trabalhar no cinema e que um bom convite poderia ser visto como algo positivo. Ele declarou a um jornal de Londres: "Tudo é possível, se houver um bom roteiro com um ótimo cineasta na direção, quem sabe...".

Daniel Day-Lewis é considerado um dos atores mais talentosos de sua geração. Foi premiado 3 vezes com o Oscar de melhor ator, pelos filmes "Lincoln" (onde interpretou o famoso e histórico presidente dos Estados Unidos), por "Sangue Negro" (que ele considera uma das melhores atuações de sua carreira) e finalmente pelo trabalho em "Trama Fantasma" (seu último filme, até o momento).

Antes de se aposentar o ator já vinha demonstrando um certo desconforto com os rumos que o cinema vinha trilhando nos últimos tempos. Para ele os grandes filmes não encontram mais espaço, com o lado comercial de Hollywood se concentrando apenas em filmes de super-heróis que para ele é um tipo de roteiro que definitivamente não lhe interessaria.

Próximo filme de Steven Spielberg terá como tema a nostalgia da infância
- O próximo filme de Steven Spielberg se chamará "The Fabelmans" e contará a história de um garoto vivendo sua infância e adolescência no pós-guerra. Segundo algumas fontes o roteiro é baseado nas próprias lembranças de infância do diretor. Spielberg sempre foi muito nostálgico em relação aos seus primeiros anos quando descobriu também sua paixão pelo cinema, pela sétima arte.

Recentemente o diretor dirigiu uma nova versão de "Amor Sublime Amor" o que também não deixou de ser um exercício de nostalgia, uma volta ao passado. Agora, em sua próxima produção, Spielberg espera relembrar como eram seus anos de criança, vivendo em uma cidade do Arizona e depois na Califórnia.

O diretor assina o roteiro ao lado de Tony Kushner e o elenco conta com Michelle Williams, Seth Rogen, Paul Dano e, acreditem, David Lynch, um diretor que o próprio Steven Spielberg sempre admirou. O filme, ainda em fase final de produção, ainda não tem data de estreia nos Estados Unidos, mas o diretor espera que tudo esteja pronto para o filme ser lançado no Natal desse ano de 2022.

Cantora Country Naomi Judd, mãe da atriz Ashley Judd, morre nos Estados Unidos - A cantora de música country Naomi Judd faleceu nos Estados Unidos aos 73 anos de idade. Ela é mãe das atrizes Wynonna Judd e Ashley Judd. As duas lamentaram a morte da mãe escrevendo em suas redes sociais: "Hoje nós, irmãs, passamos por uma tragédia. Perdemos nossa linda mãe. Estamos despedaçadas. Vivemos uma profunda dor e sabemos que, assim como a amávamos, ela era amada por seu público.".

Naomi morreu um dia antes de seu nome ser introduzido no Country Music Hall of Fame em 1º de maio. Foi uma desagradável surpresa para todos os envolvidos no evento que celebra os maiores nomes da country music nos Estados Unidos. A cidade de Nashville decretou luto oficial pela morte da cantora. A artista planejava uma turnê de despedida que iria começar no dia 11 de abril de 2022, mas começou a sentir dores no peito e foi internada às pressas. Não teve tempo de realizar o sonho de voltar pela última vez aos palcos que tanto amava.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Susie e os Baker Boys

Quando se consegue unir boa música e cinema com elegância o resultado costuma ser dos melhores. Veja o caso desse drama romântico musical. Com uma trilha muito fina e de bom gosto e uma história interessante servindo de cenário, tudo soa muito prazeroso aos ouvidos e aos olhos. O enredo mostra dois irmãos músicos, Jack Baker (Jeff Bridges) e Frank Baker (Beau Bridges). Durante muitos anos eles conseguiram sobreviver cantando e se apresentando em pequenos clubes noturnos de Nova Iorque. O tempo passou e naturalmente  tudo começou a se tornar mais complicado, como conseguir arranjar os mesmos trabalhos de antes. Para dar uma turbinada na dupla eles então resolvem contratar uma bela cantora para se apresentar junto a eles, Susie Diamond (Michelle Pfeiffer). Nasce assim o grupo Susie e os Baker Boys. Apesar do bom sucesso inicial as coisas começam a se complicar quando eles acabam confundindo aspectos profissionais com a vida pessoal de cada um.

Além da já citada ótima trilha sonora o filme ganha muito também por causa da presença de Michelle Pfeiffer. Ainda jovem e muito bonita, ela chama todas as atenções para si, roubando o filme dos irmãos Bridges, que também são ótimos, mas que não conseguem se sobressair por causa do brilho de Michelle. Com aquela beleza natural dela seria realmente impossível para eles se destacarem. Ainda assim vale destacar e citar o talento musical que todos os atores demonstraram em cena. Além de Michelle Pfeiffer cantar muito bem, Jeff Bridges demonstrou que tinha realmente um talento musical digno de aplausos. Anos depois ele chegaria a gravar seus próprios álbuns, alguns realmente muito bons. Country music de qualidade.

Susie e os Baker Boys (The Fabulous Baker Boys, Estados Unidos, 1989) Direção: Steve Kloves / Roteiro: Steve Kloves / Elenco: Jeff Bridges, Michelle Pfeiffer, Beau Bridges. / Sinopse: Dois irmãos músicos se unem a uma talentosa cantora. Juntos acabam fazendo sucesso em restaurantes e casas de show de luxo em Nova Iorque. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Michelle Pfeiffer), melhor direção de fotografia (Michael Ballhaus), melhor edição (William Steinkamp) e melhor música (Dave Grusin).

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de dezembro de 2020

A Época da Inocência

Título no Brasil: A Época da Inocência
Título Original: The Age of Innocence
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Jay Cocks
Elenco: Daniel Day-Lewis, Michelle Pfeiffer, Winona Ryder, Richard E. Grant, Alec McCowen, Geraldine Chaplin

Sinopse:

Baseado no romance histórico escrito por Edith Wharton, o filme "A Época da Inocência" conta a história de um aristocrata americano vivendo em Nova Iorque no século XIX. Mesmo casado, ele não se furta em ter vários romances com jovens da sociedade, criando um grande escândalo entre a elite da cidade.

Comentários:
Excelente drama de época, vencedor do Oscar na categoria de melhor figurino (Gabriella Pescucci). Concorreu ainda ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Winona Ryder) e melhor atriz coadjuvante (Winona Ryder). Também concorreu ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme, no gênero drama. Poderia ter vencido em todas essas categorias que todas as premiações seriam justas. O roteiro se baseia em um triângulo amoroso que se forma na alta sociedade de Nova Iorque durante o século XIX. Ali está o aristocrata que posa perante aos seus pares ricos como um homem impecável, moralista, conservador e todo o pacote que bem conhecemos. Por trás das cortinas é um sujeito infiel, sem muitos sentimentos de culpa pelas mulheres que seduz. O ator Daniel Day-Lewis deveria ter sido premiado com o Oscar porque seu trabalho de atuação é perfeito. Martin Scorsese também deveria ter levado a estatueta naquele ano. Ele fez seu filme mais bonito. Toda cena parece um quadro clássico pintado. Tudo extremamente caprichado. É o ápice do romantismo cinematográfico em sua brilhante carreira.
 
Pablo Aluísio.

domingo, 14 de junho de 2020

De Caso com a Máfia

Título no Brasil: De Caso com a Máfia
Título Original: Married to the Mob
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Barry Strugatz, Mark R. Burns
Elenco: Michelle Pfeiffer, Alec Baldwin, Dean Stockwell, Joan Cusack, Charles Napier, Paul Lazar

Sinopse:
Após a morte do marido mafioso, sua viúva Angela de Marco (Michelle Pfeiffer), vê a oportunidade de cair fora, de se desligar e se livrar dos amigos e familiares mafiosos dele. Só que isso não vai ser muito fácil, pois esse tipo de saída pode ser muito perigosa.

Comentários:

Uma comédia meramente regular dos anos 80. O que salvou aqui foi mesmo o elenco. A começar por Michelle Pfeiffer. Sempre foi uma atriz carismática que mantinha o interesse mesmo nos filmes mais banais. Seu visual está bem diferente nesse filme. Ao invés de surgir com aquele estilo loira bombhell, ela aqui surge com os cabelos curtinhos e de tonalidade mais escuro. O talento porém segue o mesmo. E o que dizer de um jovem Alec Baldwin, ainda em sua fase inicial de carreira, dando uma de galã? Revisto hoje em dia soa engraçado. Porém no elenco de apoio quem se destaca pra valer mesmo é Dean Stockwell. Ele interpreta o "Padrinho", o chefe da "Famiglia", termo usado geralmente para designar as castas mafiosas e sua organização. Stockwell conseguiu ser indicado ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante. Uma surpresa e tanto. E o elenco parecia estar bem inspirado, tanto que Michelle Pfeiffer também foi indicada, mas ao Globo de Ouro de melhor atriz! Quem poderia imaginar? Atores atuando em uma comédia com tantas indicações em prêmios importantes como esse? Realmente foi um feito e tanto.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Uma Lição de Amor

Título no Brasil: Uma Lição de Amor
Título Original: I Am Sam
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jessie Nelson
Roteiro: Kristine Johnson, Jessie Nelson
Elenco: Sean Penn, Michelle Pfeiffer, Dakota Fanning, Dianne Wiest, Laura Dern, Richard Schiff

Sinopse:
Sam Dawson (Sean Penn) é um homem com deficiência mental que luta pela custódia de sua filha de 7 anos Lucy (Dakota Fanning) e, nesse processo, ensina para sua advogada Rita (Michelle Pfeiffer) o valor do amor e da família. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (Sean Penn).

Comentários:
Belo filme, bem humano, com um tema importante. O roteiro tenta responder a uma questão crucial: Poderia um homem com problemas mentais ser o responsável pela criação de uma filha de sete anos de idade? Pai amoroso, mas com esse problema de saúde, estaria ele habilitado para isso? O ator Sean Penn aqui realizou seu melhor trabalho no cinema como ator. De fato ele surpreende em sua interpretação, porém quase é ofuscado pela pequena Dakota Fanning, ainda bem criança, dando show, falando perfeitamente seus diálogos, numa atuação de se admirar e bater palmas. E o trio principal do elenco se completa com a bela Michelle Pfeiffer, interpretando a advogada que tenta vencer uma causa que pela letra fria da lei seria simplesmente impossível de ganhar. De quebra o filme dá uma bela lição de amor entre pai e filha, apesar das óbvias limitações dele. E se todos esses elementos ainda lhe parecem pouco interessantes, que tal uma trilha sonora inteira com clássicos dos Beatles? Nada mal, não é mesmo? Assim indico esse belo filme para um público mais sensível e poético.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Malévola: Dona do Mal

O conto de fadas original era simples. Afinal esse tipo de literatura feito para crianças deve ser simples mesmo, passando os valores básicos para as crianças. Nunca pensei que esse "Malévola" iria ter continuação. A Disney porém decidiu ir além. Contratou uma equipe de roteiristas para dar continuidade à estória, só que não havia nenhum material disponível para adaptar, afinal "A Bela Adormecida" já tinha sido adaptada na íntegra na animação. E aí inventaram um enredo muito forçado, colocando a vilã Malévola como uma pessoa de bom coração (algo inexistente no texto original).

Mais do que isso, criaram uma espécie de seres alados que são os verdadeiros antepassados da Malévola, a linha de onde ela se originou. Esses seres com asas foram caçados no passado pelos seres humanos e agora querem uma guerra contra o reino, justamente o mesmo do príncipe que Aurora vai se casar. Até ecos de "O Senhor dos Anéis", com aquelas batalhas enormes, surgem nesse novo filme. Certo, não havia mais nada para contar, mas precisavam exagerar tanto? No final esse filme pareceu tudo, menos um conto de fadas. A essência original se perdeu completamente. Ficou estranho e até mesmo bizarro em certos aspectos.

O que salva o filme para quem gosta de cinema é o elenco. Michelle Pfeiffer interpreta a rainha má. A maquiagem e os figurinos não lhe favoreceram. Ela ficou mais velha do que realmente é. Basta ver as fotos da noite de estreia do filme, onde a atriz surgiu bem elegante e natural, para entender isso. Elle Fanning, a princesa Autora (entenda-se "A Bela Adormecida") ficou bem no papel. Ela tem o visual certo, a imagem adequada. A sua beleza também ajuda a aguentar os exageros estéticos da produção. Por fim Angelina Jolie segue em dia com sua canastrice. Essa personagem da Malévola já é tão rebuscada que ela não precisa fazer muita coisa para se destacar. Achei a Jolie bem envelhecida, algo que nem a pesada maquiagem ajudou a esconder. Cada vez mais com botox nos lábios, seu visual anda cada vez mais andrógino (e estranho). Então é isso. Um conto de fadas que não se parece com um conto de fadas. Tudo exagerado, excessivo. Não foi bem isso que pensaram séculos atrás quando criaram "A Bela Adormecida".

Malévola: Dona do Mal (Maleficent: Mistress of Evil, Estados Unidos, 2019) Direção: Joachim Rønning / Roteiro: Linda Woolverton / Elenco: Angelina Jolie, Elle Fanning, Michelle Pfeiffer, Harris Dickinson / Sinopse: A princesa Aurora está feliz pois vai se casar com seu príncipe dos sonhos. Só que nuvens escuras surgem no horizonte. Malévola não se sente muito bem com isso, além de descobrir que ela na verdade é parte de uma espécie de seres alados que querem vingança contra os seres humanos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Onde Está Kyra?

Esse é um filme sobre a velhice e as dificuldades que a pessoa enfrenta quando vai avançando na idade. Michelle Pfeiffer interpreta Kyra, a filha única de uma senhora idosa. Elas moram juntas em um pequeno apartamento e vivem da aposentadoria dela. Kyra até luta para arranjar um emprego, mas o mercado de trabalho fecha as portas para uma pessoa como ela, uma mulher que já passou dos 50 anos. Desempregada, ela tenta levar em frente a vida, mas tudo desaba quando sua mãe falece. Sem emprego e sem o dinheiro da aposentadoria ela fica sem ter meios como viver. Até que no desespero resolve cometer uma fraude, se vestindo como sua mãe, tudo para continuar recebendo os cheques da previdência social.

Ela também se envolve com um motorista de passageiros, um homem igualmente com muitos problemas financeiros, pois não consegue se firmar na vida. Esse papel é interpretado por Kiefer Sutherland, em boa atuação. É interessante ver esses dois famosos dos anos 80 interpretando pessoas mais velhas, com complicações na vida. No passado eles eram astros glamorosos de Hollywood, mas nesse filme se despem dessa imagem, interpretando pessoas comuns, com problemas bem ordinários.

Pode-se dizer que o diretor Andrew Dosunmu imprimiu uma forte carga dramática em seu filme. Toda a fotografia é bem opaca, escura, dando ao filme um clima bem soturno e pessimista. Não há espaço para o humor, que poderia até surgir nas cenas em que Kyra se faz passar por sua velha mãe. As tintas imprimidas nesse filme porém são puramente dramáticas, sem espaço para alívios cômicos. Apesar disso gostei da proposta do roteiro. Ele mostra que mesmo nas economias mais desenvolvidas do mundo ainda há muitas pessoas pobres, desempregadas, passando por várias necessidades. Um bom exemplo para quem pensa que o primeiro mundo é isento desse tipo de drama social.

Onde Está Kyra? (Where Is Kyra?, Estados Unidos, 2017) Direção: Andrew Dosunmu / Roteiro: Andrew Dosunmu, Darci Picoult / Elenco: Michelle Pfeiffer, Kiefer Sutherland, Suzanne Shepherd, Sam Robards / Sinopse: Pobre e desempregada, Kyra (Pfeiffer) decide fazer uma fraude para continuar a receber a aposentadoria da mãe, recentemente falecida. Para isso se veste como ela, tentando enganar os funcionários da previdência social. Ao mesmo tempo conhece um homem em situação parecida, em papel interpretado por Kiefer Sutherland.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Homem-Formiga e a Vespa

E a Marvel segue lançando seus filmes nos cinemas. Uma das coisas que me surpreendem é o ritmo dos lançamentos. Mal um filme Marvel sai de cartaz e outro já entra no mercado. Com isso o estúdio vai faturando milhões, mas também vai criando uma certa saturação para filmes de super-heróis. Pois bem, esse aqui é o segundo da linha Homem-Formiga. O primeiro até que me agradou, principalmente pelo tom leve e descontraído do personagem. O Homem-Formiga no mundo dos quadrinhos é bem secundário. Ele foi criado há muitos anos, não fez muito sucesso e passou anos sem ser publicado. Agora com a força do cinema tem recebido mais atenção dos leitores de quadrinhos. De minha parte o considero um herdeiro do Sci-fi dos anos 1950, com todos aqueles filmes B com insetos gigantes destruindo as cidades.

Por falar nisso uma das melhores cenas desse novo filme acontece justamente quando o Homem-Formiga se torna um gigante (por causa de uma falha em seu uniforme). Ele andando na baía de San Francisco, com 25 metros de altura, tentando pegar um objeto que está nas mãos do vilão em um barco, é puro cinema de ficção B dos anos 50. Outro ponto que me chamou a atenção foi que o roteiro deu mais espaço para o ator Michael Douglas. Veteranos das telas, um nome importante dentro da indústria, ele merecia mesmo aparecer mais. Paul Rudd por sua vez continua o mesmo. Ele que sempre fez filmes de comédia romântica mantém o mesmo tom, bem ameno. O roteiro desse novo filme porém me soou sem inspiração, sem novidades. Seguindo uma velha fórmula o enredo criado pelos roteiristas não tem criatividade. Sempre que o filme vai caindo no lugar comum eles usam a bengala dos efeitos especiais para que o público não fique entediado. Em suma, um filme mais fraquinho do que o primeiro. Só não se torna ruim por causa de seu estilo vintage.

Homem-Formiga e a Vespa (Ant-Man and the Wasp, Estados Unidos, 2018) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers / Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Laurence Fishburne, Michelle Pfeiffer, Evangeline Lilly, Michael Peña  / Sinopse: O cientista Dr. Hank Pym (Michael Douglas) quer trazer sua esposa de volta. Ao se tornar minúscula ela acabou se perdendo no mundo quântico. Para isso Hank precisará da ajuda de Scott Lang (Paul Rudd) que desde o filme anterior se tornou o novo Homem-Formiga.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Mãe!

Esse filme foi absurdamente elogiado pela crítica em seu lançamento. Tudo fruto da inegável competência do diretor Darren Aronofsky, um cineasta que aliás gosto muito. Um verdadeiro artista da sétima arte. Dito isso, devo deixar claro também que esse filme não me agradou. Na verdade foi, até o momento, o pior trabalho de Darren Aronofsky que já assisti. Está muito longe da genialidade de "Cisne Negro" ou da emoção de "O Lutador", as duas obras primas desse diretor. Aronofsky caiu na velha armadilha de ser pretensioso demais, tentar parecer cult além da conta. O enredo começa até de forma convencional com um casal vivendo numa bela e isolada casa no campo. Curiosamente os personagens não possuem nome. Ele é apenas um escritor de livros que passa por uma crise de criatividade (isso é um clichê em personagens de escritor, não vamos esquecer disso). Ela é uma dona de casa, uma mulher que tenta dar apoio ao marido, fazendo os trabalhos domésticos enquanto ele tenta finalmente escrever um novo livro.

A esposa é interpretada por Jennifer Lawrence, o marido por Javier Bardem. Tudo caminha relativamente bem até a chegada de um estranho, um médico que vai parar na residência do casal. Interpretado por Ed Harris, esse personagem parece esconder algo. Pior é quando sua esposa também chega, fazendo com que a expressão "visitantes inconvenientes" ganhe uma nova dimensão. A coisa não para por aí. Logo chegam os filhos do casal, dois sujeitos que se odeiam e vivem brigando e daí a coisa toda vai virando um caos até tudo terminar em um final simplesmente caótico e devastador. Embora você tenha a sensação de estranheza durante todo o filme, nada vai lhe preparar para a bizarrice de seu final. É tudo muito estranho, bizarro, onde Darren Aronofsky tenta transmitir uma mensagem que provavelmente nem ele saiba qual é! É aquele tipo de filme que força uma barra para ser cult, moderninho, caindo na graça do público mais descolado. Nada errado em tentar alcançar esse tipo de objetivo. O problema é a chatice que vem com tudo isso. O saldo geral me soou bem negativo. É um filme estranho para pessoas estranhas. Não adiciona em nada nas carreiras de Jennifer Lawrence, Javier Bardem ou Ed Harris, nem muito menos para Darren Aronofsky, que acabou sendo atropelado pelo seu próprio ego.

Mãe! (Mother!, Estados Unidos, 2017) Direção: Darren Aronofsky / Roteiro: Darren Aronofsky / Elenco: Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Brian Gleeson, Domhnall Gleeson / Sinopse: Esposa (Lawrence) e seu marido escritor (Bardem) vivem em uma casa no campo quando suas vidas são reviradas de cabeça para baixo após a chegada de um estranho (Ed Harris) que diz ser médico em um hospital da região. Filme indicado ao Leão de Ouro no Venice Film Festival na categoria de Melhor Filme.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Assassinato no Expresso do Oriente

Sempre gostei das adaptações dos livros de Agatha Christie para o cinema. Grandes filmes do passado mantiveram bem essa tradição. Provavelmente o livro mais famosa dessa escritora seja exatamente esse, "Assassinato no Expresso do Oriente". Aqui você encontrará todos os ingredientes que fizeram dessa pacata velhinha inglesa uma das maiores vendedores de livros de todos os tempos. Sempre há um mistério a se resolver e vários suspeitos geralmente em ambientes fechados. É quase uma experiência empírica. Com o ambiente controlado fica mais fácil estudar os objetos de estudo, que são justamente as pessoas suspeitas do crime que move toda a trama. Esse sempre foi o grande atrativo da obra de Agatha Christie: resolver um caso misterioso e desvendar a identidade do verdadeiro autor do crime.

Pois bem, nem faz muito tempo que assisti a versão de 1974. Um filme muito bom por sinal. Agora o ator e diretor Kenneth Branagh resolveu apostar numa nova adaptação. Como é de praxe nesse tipo de filme ele contou também com um elenco numeroso, cheio de nomes famosos, do passado e do presente. O problema é que Kenneth Branagh decidiu que iria fazer um produto fast food, de rápida digestão, a ser exibido nos cinemas comerciais de shopping center mundo afora. Uma decisão lamentável. Tudo parece acontecer rápido demais, sem explorar o clima e nem os personagens que rondam esse assassinato que ocorre justamente nesse trem tão famoso, o Orient Express. Esse aliás é o grande problema desse novo filme: a pressa. Praticamente tudo vai se atropelando, sem muita sofisticação, sem muita preocupação em se criar todo um ambiente sofisticado para contrastar justamente com o lado grotesco de um homicídio.

Em um filme assim temos que ter também uma caracterização perfeita do detetive Hercule Poirot. Nesse quesito nenhum ator até hoje conseguiu superar Peter Ustinov que foi a mais perfeita encarnação de Poirot no cinema. Talvez envaidecido por sua própria fama, o diretor Kenneth Branagh cometeu o erro fatal de se auto escalar como Poirot. Ficou péssimo. Ele não tem nem a corporação física de ser Poirot que sempre foi um figura bonachona, com quilinhos a mais e QI acima do normal. Tentando ser Poirot  Kenneth Branagh só se tornou muito chato! E o que dizer daquele bigode simplesmente horrível que ele ostenta no filme? Com o personagem central mal escalado tudo fica mais difícil. Para piorar ainda mais a situação a pressa não dá chance nenhuma para nenhum dos atores desse rico elenco se sobressair. Eles possuem apenas pequenos momentos, pequenos trechos que não fazem muita diferença. Assim o meu veredito final não é bom. Não gostei dessa nova versão que peca por querer ser comercial demais. Ficou com cara mesmo de fast food descartável.

Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express, Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Direção: Kenneth Branagh / Roteiro: Michael Green, baseado na obra escrita por Agatha Christie / Elenco: Kenneth Branagh, Penélope Cruz, Willem Dafoe, Michelle Pfeiffer, Judi Dench,  Johnny Depp / Sinopse: Durante uma viagem no Expresso do Oriente um homem é morto misteriosamente em sua cabine. Para descobrir o crime entra em cena o detetive Hercule Poirot que acaba descobrindo que praticamente cada um dos passageiros do trem teria um motivo para assassinar o tal sujeito.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de agosto de 2017

Al Pacino e Michelle Pfeiffer

Fazer "O Poderoso Chefão III" foi realmente marcante, mas Pacino ficou bem chateado com as críticas negativas. O curioso é que as críticas não atingiram o seu trabalho como ator no filme, mas sim outros aspectos da produção, como seu roteiro e alguns coadjuvantes que ficaram devendo. Mesmo assim o ator ficou bem contrariado.

Ele esperava que o terceiro filme dessa franquia marcasse a história do cinema como os dois filmes anteriores. Só que isso não aconteceu. O filme também foi menosprezado pela Academia. Quem estava esperando uma chuva de premiações no Oscar ficou realmente a ver navios. Nada aconteceu como era previsto.

Por isso o ator decidiu por um filme bem leve depois da experiência de fazer "O Poderoso Chefão III". A nova produção se chamava "Frankie & Johnny" e era sobre um romance envolvendo um cozinheiro e uma garçonete de uma lanchonete daquelas bem populares nos Estados Unidos. Gente comum retratada no cinema.

Para contracenar ao seu lado o estúdio contratou a linda Michelle Pfeiffer. Todos ainda tinham na cabeça sua performance como a Mulher-Gato, lançado nesse mesmo ano. O sucesso do filme do Batman, acabou, quem diria, levantando e muito a bilheteria desse filme despretensioso, um mero romance sobre duas pessoas do dia a dia. Pacino ficou duplamente feliz com o resultado do filme. E adorou trabalhar novamente ao lado de Michelle Pfeiffer. Afinal eles já tinham feito uma ótima parceria no começo dos anos 80 no filme "Scarface" de Brian De Palma.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Revelação

Ao longo de uma carreira bem produtiva, com muitos filmes, Harrison Ford atuou nos mais diversos gêneros cinematográficos. Aqui ele resolveu arriscar estrelar um filme de terror e suspense, algo que nunca havia sido habitual em sua filmografia. Aliás não me lembro de nenhum outro filme de Ford nesse gênero, apenas esse. Pena que não deu certo. O roteiro explora uma trama mal escrita, envolvendo fantasmas e espíritos que surgem nas sombras. Nada muito original ou assombroso, o que para um filme que vinha com proposta de causar sustos era uma péssima notícia.

Outro novato nessa área era o diretor Robert Zemeckis. Pupilo de Steven Spielberg, Zemeckis nunca havia dirigido um filme de terror antes em sua carreira. Ele sempre será lembrado pela trilogia "Back to the Future" (De Volta para o Futuro), uma ficção bem humorada, com fartas doses de pura diversão. Assim, no final das contas esse "Revelação" trazia dois veteranos no cinema, mas novatos no pantanoso terreno dos filmes de terror. Faltou experiência na área, impossível negar. Para não dizer que o filme foi um desperdício total de dinheiro e talentos envolvidos, podemos pelo menos elogiar a beleza de Michelle Pfeiffer, que pelo menos teve algumas cenas para nos despertar do tédio absoluto. Detalhe curioso: a banheira, marca registrada dessa produção, foi distribuída em versão miniatura para as locadoras da época. Um marketing bem bolado. Pena que o filme em si não ajudou em nada.

Revelação (What Lies Beneath, Estados Unidos, Inglaterra, 2000) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Clark Gregg, Sarah Kernochan / Elenco: Harrison Ford, Michelle Pfeiffer, Katharine Towne / Sinopse: Claire (Michelle Pfeiffer), esposa do renomado Dr. Norman Spencer (Harrison Ford), começa a ouvir e sentir a presença de espíritos desconhecidos em sua casa, entre eles uma mulher falecida que passa a surgir durante as madrugadas pelo local, causando pânico em Claire. Para o médico porém tudo não passaria de meras ilusões criadas em sua mente.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de junho de 2017

O Mago das Mentiras

Esse filme conta a história real do magnata de Wall Street Bernie Madoff (interpretado por Robert De Niro). Esse sujeito deu um golpe no mercado financeiro dos Estados Unidos avaliado em 65 bilhões de dólares! Os investidores que confiaram nele perderam tudo, as economias de uma vida, por causa da fraude que Madoff criou e escondeu por anos e anos! Essa história é impactante porque demonstrou duas coisas importantes: existia muita corrupção no meio político e financeiro dos Estados Unidos e os meios de fiscalização do governo falharam completamente ao não detectarem o tamanho dessa fraude. De uma forma ou outra Madoff virou sinônimo de ladrão no mercado de capitais, a tal ponto que toda a sua família acabou sendo destruída por esses acontecimentos que se seguiram após seus crimes serem descobertos. A sua história já foi tema de livros e séries, mas aqui ganhou uma nova visão, focada não apenas nos crimes que ele cometeu, mas também no impacto deles em sua própria família. Madoff tentou preservar seus dois filhos e sua esposa dos crimes que estava fazendo no mercado, porém como podemos ver no filme tudo isso foi em vão. O roteiro explora os tempos de riqueza e desgraça em cenas intercaladas, usando de flashbacks para mostrar sua vida antes e depois da queda final.

A direção é do excelente veterano Barry Levinson. Ele andava meio sumido ultimamente. Nos últimos anos só dirigiu poucos filmes. Aqui ele exercita novamente seu talento para contar boas histórias. Auxiliado por um elenco acima da média, conseguiu alcançar seus objetivos. Robert De Niro novamente tem uma boa atuação em sua carreira (algo que vinha lhe faltando em seus últimos filmes). Ele consegue em muitos momentos sumir dentro de seu personagem. A maquiagem e a caracterização também o deixaram muito parecido fisicamente com Madoff. A atriz Michelle Pfeiffer também é outro destaque. Ela interpreta a esposa do magnata, uma mulher envelhecida, arruinada, que tenta sobreviver após a tragédia que se abate sobre ela e seus filhos. No final a mensagem que fica é a que a ganância não corrói apenas as finanças de uma pessoa, mas sua alma também.

O Mago das Mentiras (Estados Unidos, 2017) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Diana Henriques, Sam Levinson / Elenco: Robert De Niro, Michelle Pfeiffer, Alessandro Nivola, Hank Azaria, Kristen Connolly, Nathan Darrow / Sinopse: O filme conta a história de um magnata de Wall Street que deu um golpe enorme no mercado financeiro americano. A fraude atingiu a incrível cifra de 65 bilhões de dólares, levando milhares de investidores à ruína completa. Roteiro baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O Príncipe do Egito

Título no Brasil: O Príncipe do Egito
Título Original: The Prince of Egypt
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Brenda Chapman, Steve Hickner
Roteiro: Philip LaZebnik, Nicholas Meyer
Elenco: Val Kilmer, Ralph Fiennes, Michelle Pfeiffer, Sandra Bullock, Patrick Stewart, Helen Mirren
  
Sinopse:
Baseado no texto bíblico, "O Príncipe do Egito" conta a história de Moisés (Val Kilmer). Originário do povo judeu ele é abandonado nas águas do Rio Nilo. Encontrado por uma mulher pertencente à família real do Egito acaba sendo criado como um verdadeiro príncipe da realeza daquela antiga nação, até descobrir suas origens. Chamado por Deus para libertar seu povo, Moisés começa uma verdadeira saga pessoal que marcaria a história para sempre. Filme vencedor do Oscar na categoria melhor canção original ("When You Believe" de Stephen Schwartz). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.

Comentários:
Quando Spielberg criou o novo estúdio DreamWorks ele bem sabia que para vencer nesse concorrido mercado cinematográfico, ele teria que vencer também no mundo da animação. Não era fácil. Havia obviamente o domínio completo da Disney, algo consolidado por anos e anos de tradição. Fora o estúdio do Mickey Mouse havia igualmente vários outros estúdios consolidados no meio. Assim abrir um canal de sucesso foi um dos grandes obstáculos para Spielberg e sua empresa. "O Príncipe do Egito" tinha uma proposta bem inovadora, adaptando o velho testamento para um longa-metragem de animação. A história de Moisés, amplamente conhecida, ganhou assim sua versão animada. Ficou realmente muito bom, porém o peso de ser comparado com o grande clássico da era de ouro "Os Dez mandamentos" cobrou o seu preço. A animação do estúdio de Spielberg não foi considerada tão grandiosa ou marcante como o filme original. Também pudera, era uma comparação absurda e fora de propósito. De toda forma a indicação segue valendo. Do que a DreamWorks produziu ao longo de todos esses anos em termos de desenhos animados, esse é seguramente um de seus melhores momentos na sétima arte. Vale muito a pena conferir.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ladyhawke - O Feitiço de Áquila

Um casal de amantes acaba sofrendo uma maldição que os impede de se encontrar pois ambos viram animais selvagens em momentos diferentes do dia. Para quebrar o feitiço agora eles contam com a colaboração de Gaston (Matthew Broderick), um jovem acostumado a aplicar pequenos e grandes golpes por onde passa. Na década de 1980 tivemos uma safra de filmes ótima entre os anos de 1985 e 1986. Se tiver dúvidas procure por qualquer lista de produções lançadas nesses dois anos. Você certamente ficará surpreso com a quantidade de bons filmes lançados nessas duas temporadas. "O Feitiço de Áquila" também faz parte do que de melhor foi feito naqueles anos. Um misto muito bem realizado que combinava um enredo profundamente romântico com o clima de fábulas medievais. O enredo por si só já era muito bem escrito, mostrando a impossibilidade de duas pessoas que se amavam de se encontrar por causa de uma maldição que lhes havia sido imposta. Sob direção do excelente Richard Donner o elenco trazia três ótimos atores como protagonistas.

Poucas vezes Michelle Pfeiffer esteve tão bela como nessa produção. Jovem e com uma pele alva e delicada que só tornou sua personagem ainda mais enigmática, ela aqui encontrou um veículo perfeito para aquele momento em que vivia na carreira. Rutger Hauer havia brilhado em "Blade Runner" e estava em um momento de ascensão na carreira, algo que infelizmente não duraria muitos anos. Contrabalanceando o romantismo reinante entre esses dois atores, surgindo muitas vezes como alívio cômico o cast se completava com um jovem Matthew Broderick! Com todas as peças em seus lugares não é de se admirar portanto que o filme até hoje seja considerado um cult movie dos anos 1980. Romantismo à toda prova.

Ladyhawke - O Feitiço de Áquila (Ladyhawke, Estados Unidos, 1985) Direção: Richard Donner / Roteiro: Edward Khmara / Elenco: Matthew Broderick, Rutger Hauer, Michelle Pfeiffer / Sinopse: O filme conta a história de um amor medieval impossível de se concretizar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som e Melhores Efeitos Sonoros. Vencedor do Saturn Awards (da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films) nas categorias de Melhor Filme - Fantasia e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de janeiro de 2016

A História de Nós Dois

Esse drama melancólico foi uma tentativa do astro Bruce Willis em ser levado mais a sério como ator. Ao invés de estrelar a centésima continuação da franquia "Duro de Matar" ele preferiu atuar nesse filme bem dramático e sensível que mostra o esfacelamento de um casamento. Após muitos anos de casada Katie Jordan (Michelle Pfeiffer), a esposa de Ben (Bruce Willis), começa a questionar as escolhas que fez no passado. Ela olha para trás e sente uma sensação de que se casou com a pessoa errada, que não o amava tanto quanto pensava e o pior de tudo, que teria desperdiçado grande parte de sua vida tentando fazer funcionar um relacionamento que no fundo não tem grande profundidade. O vazio existencial logo se instala em sua alma. Muitos casais só continuam juntos por causa das pressões sociais ou financeiras, onde não parece haver muito espaço para o amor verdadeiro, que deveria ser o ponto principal em todo relacionamento duradouro.

Esse sentimento de frustração emocional e sentimental é passado para o espectador sem tentativas de amenizar o mal estar reinante entre os personagens principais. Por essa razão a história vai se desenvolvendo de forma pesada, triste e sem esperanças. Uma verdadeira armadilha que parece prender o casal, que no fundo pensa mesmo em acabar com tudo, para procurar quem sabe a verdadeira felicidade, caso ela realmente exista em algum outro lugar. Definitivamente não é um passatempo leve e divertido, mas certamente levanta questões importantes. Um bom filme que vale a pena assistir e quem sabe talvez se identificar.

A História de Nós Dois (The Story of Us, Estados Unidos, 1999) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel, Jessie Nelson / Elenco: Bruce Willis, Michelle Pfeiffer, Colleen Rennison / Sinopse: A história das crises na vida de um casal. Filme vencedor do Santa Barbara International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Rob Reiner).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Grease 2

Título no Brasil: Grease 2
Título Original: Grease 2
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Patricia Birch
Roteiro: Ken Finkleman, Jim Jacobs
Elenco: Michelle Pfeiffer, Maxwell Caulfield, Lorna Luft, Maureen Teefy, Alison Price, Pamela Adlon

Sinopse:
"Grease 2 - Os Tempos da Brilhantina Voltaram" conta a história de uma estudante britânica em uma escola secundária americana durante anos 1960, E nesse nova escola ela terá que mostrar todo o seu valor.

Comentários:
Continuação muito fraca do sucesso "Grease", aquele musical passado nos anos 50 com o John Travolta. Como um raio geralmente não cai no mesmo lugar duas vezes, esse segundo filme não conseguiu agradar nem ao público (que deixou as salas de cinema na época completamente vazias) e nem à crítica (que malhou impiedosamente o filme nos jornais em 1982). E o fracasso comercial foi merecido porque é um caça-níqueis vergonhoso por parte da Paramount. A única coisa que presta para falar a verdade é a presença e uma esforçada atriz novata. O nome dela? Michelle Pfeiffer! Pois é, ela conseguiu dar a volta por cima e fez uma bela carreira em Hollywood. Lembrou da Mulher-Gato? Esse foi apenas um de seus futuros sucessos.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de novembro de 2014

Scarface

Título no Brasil: Scarface
Título Original: Scarface
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Oliver Stone
Elenco: Al Pacino, Michelle Pfeiffer, Steven Bauer, Mary Elizabeth Mastrantonio, F. Murray Abraham, Robert Loggia

Sinopse:
Remake do clássico filme de gangsters da década de 1930. Agora o espectador é convidado a conhecer Tony Montana (Al Pacino), um refugiado cubano que deseja viver intensamente o chamado American Dream. Ele quer vencer e subir na vida na América dos anos 80. Para isso não mede esforços em roubar, matar e traficar o maior número possível de toneladas de cocaína para dentro do mercado americano. Quem cruzar seu caminho será recebido com chumbo quente. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Al Pacino), Melhor Ator Coadjuvante (Steven Bauer) e Melhor Trilha Sonora.

Comentários:
Até hoje é uma obra controvertida, havendo defensores e detratores apaixonados de ambos os lados da balança. Alguns consideram um filme violento, vulgar e ofensivo ao extremo. Outros dizem que "Scarface" é uma obra prima da safra mais inspirada de Brian de Palma. Afinal quem tem a razão? Na verdade essa nova versão do famoso personagem Tony Montana (praticamente uma caricatura de Al Capone) tem seus pontos positivos e negativos. A diferença é que tudo parece ser levado ao extremo, então quando o filme acerta, ele realmente passeia pela perfeição e quando erra, cai facilmente na vulgaridade gratuita. No meio da montanha russa o que podemos afirmar com certeza é que Brian De Palma realizou sua obra mais visceral. O personagem de Al Pacino tem fome de vencer na vida, uma vontade tão ferrenha que ele não pensa duas vezes em passar por cima de todos os valores morais e éticos mais caros para a sociedade. Para Tony Montana não importa perder sua alma, mas sim conquistar o mundo, acima de tudo! E não há caminho mais fácil para isso do que o submundo milionário das drogas! Até hoje certos momentos são lembrados, como a verdadeira montanha de cocaína que voa pelos ares, ou do acesso de fúria de Al atirando com sua metralhadora para todos os lados. De fato você não vai encontrar sutileza por aqui, mas certamente encontrará um filme mais do que instigante. Não há limites para Tony Montana, essa é a mensagem principal.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ligações Perigosas

Título no Brasil: Ligações Perigosas
Título Original: Dangerous Liaisons
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Glenn Close, John Malkovich, Michelle Pfeiffer, Keanu Reeves, Uma Thurman

Sinopse:
Baseado no famoso romance "Les Liaisons Dangereuses" do autor Choderlos de Laclos (1741 - 1803), o filme "Ligações Perigosas" narra as intrigas, fofocas e ciladas sociais que se desenvolvem na corte francesa do século XVIII. De um lado o fútil e perigoso Visconde Sébastien de Valmont (John Malkovich), do outro a maquiávelica Marquesa Isabelle de Merteuil (Glenn Close) e no meio de todas as armações sociais a bela e jovem Madame de Tourvel (Michelle Pfeiffer). Um jogo mortal de sedução e poder dentro das relações entre nobres da monarquia francesa da época. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte.

Comentários:
Choderlos de Laclos foi um dos principais generais de Napoleão Bonaparte. Quando não estava nos campos de batalha lutando por seu imperador, escrevia romances. O livro que deu origem a esse filme logo se tornou um dos mais populares de sua carreira como escritor. Ele desvenda o jogo de poder e cobiça que existia dentro da corte francesa. O curioso é que o próprio Napoleão era fruto da revolução francesa, que procurava colocar abaixo a ordem social da monarquia daquela nação, mas tão logo assumiu o poder absoluto deu origem a também uma corte suntuosa e luxuosa, provando que nem sempre as boas intenções resultam em algo positivo. Deixando um pouco de lado esse contexto histórico o fato é que "Ligações Perigosas" tem uma das tramas mais saborosamente perversas da história do cinema americano. Stephen Frears, em grande momento, soube como poucos explorar as vilanices de seus personagens. Aqui, como obviamente podemos notar, o que importa é realmente passear pelas artimanhas e manipulações dos dois personagens centrais, ambos sem quaisquer escrúpulos pessoais ou valores morais, mas mestres na arte da manipulação social. Claro que apenas dois grandes atores poderiam tirar todo o potencial do texto literário para as telas de cinema. Nesse ponto John Malkovich e Glenn Close estão soberbos. Glenn Close em especial tem uma das melhores atuações de sua vida e quem a conhece sabe que isso definitivamente não é pouca coisa. O contraste da podridão de seus interesses e almas com a delicada inocência, juventude e beleza de Michelle Pfeiffer (linda no filme) garantem o alto nível do filme no quesito atuação. Em termos de produção o filme também apresenta um requinte único, com belíssima reconstituição de época, extremamente luxuosa nos mínimos detalhes. Um filme para se ter na coleção, com a finalidade de se rever sempre que possível. Cinema do mais puro e fino bom gosto.

Pablo Aluísio.