sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Rio Perdido

Título no Brasil: Rio Perdido
Título Original: Trail of the Rustlers
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Victor Arthur
Elenco: Charles Starrett, Gail Davis, Tommy Ivo, Mira McKinney, Don C. Harvey, Eddie Cletro 

Sinopse:
Com a intenção de ter todas as terras e fazendas do vale do Rio Perdido, Chick Mahoney (Don Harvey) e seu irmão Jed Mahoney (Myron Healey) formam uma quadrilha de malfeitores. O cowboy Steve Armitage (Charles Starrett) assim resolve ajudar a rancheira Mary Ellen Hyland (Gail Davis) que também está sendo vítima desses bandidos.

Comentários:
O melhor do filme é a direção de Ray Nazarro. Esse foi um diretor de faroestes de longa trajetória, tendo uma carreira longa e bem produtiva. Nem sempre contava com um elenco de astros e estrelas, mas conseguia realizar bons filmes, mesmo com orçamento limitado. Nesse western B chamado "Trail of the Rustlers" ele conseguiu mais uma vez realizar um bom filme. É interessante que ainda hoje o filme é lembrado, mostrando seu valor cinematográfico. O detalhe curioso é que nos anos 1950 a Columbia Pictures montou uma verdadeira linha de produção de filmes de cowboy. Afinal eram populares, custavam pouco e rendiam excelentes bilheterias. O ator Charles Starrett nunca foi um astro de primeira grandeza, mas tinha excelente presença de cena, o que no mínimo garantia um bom faroeste para os fãs do estilo na época.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A Grande Estirada

Título no Brasil: A Grande Estirada
Título Original: The Big Stampede
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Tenny Wright
Roteiro: Marion Jackson, Kurt Kempler
Elenco: John Wayne, Noah Beery, Paul Hurst, Mae Madison, Luis Alberni, Berton Churchill

Sinopse:
Com roteiro baseado no livro de faroeste "The Land Beyond the Law", escrito por Marion Jackson, o filme conta a estória do xerife John Steele (John Wayne), um homem da lei honesto que tenta colocar lei e ordem numa região cheia de ladrões de gado e matadores de aluguel.

Comentários:
Em 1932 chegou aos cinemas o filme "A Grande Estirada" (The Big Stampede). John Wayne interpretou um xerife, John Steele. Em um lugar remoto no meio do deserto, sem homens para apoiá-lo na captura de um violento pistoleiro e sua quadrilha, ele se vê forçado a recrutar cowboys comuns, alguns até mesmo com histórico de prisão, para enfrentar os demais criminosos. Esse foi outro filme de Wayne na Warner Bros, outra fita rápida com apenas 54 minutos de duração. Com direção de Tenny Wright e roteiro escrito a partir do conto "The Land Beyond the Law" de  Marion Jackson, o filme era mais um a ser exibido em matinês por cinemas em toda a América. A estratégia de lançamento desse tipo de produção era simples e lucrativa. Os filmes eram exibidos geralmente em sessões duplas, com outras produções, a preços promocionais. Baratos e altamente lucrativos, fizeram a fortuna de muitos produtores na época.

Pablo Aluísio.

Pena de Talião

Título no Brasil: Pena de Talião
Título Original: Ride Him, Cowboy
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Fred Allen
Roteiro: Kenneth Perkins, Scott Mason
Elenco:  John Wayne, Ruth Hall, Henry B. Walthall, Otis Harlan, Harry Gribbon, Frank Hagney

Sinopse:
John Wayne interpreta um cowboy chamado John Drury. Em uma cidade do velho oeste ele encontrava todos os tipos de gente, desde a mocinha romântica em perigo, até um grupo de bandoleiros sob às ordens do manda-chuva do lugar.

Comentários:
Em 1932 John Wayne voltou para os filmes de faroeste. A fita da vez se chamava "Pena de Talião" (Ride Him, Cowboy). Com direção de Fred Allen e roteiro escrito pela dupla Kenneth Perkins e Scott Mason, esse western de matinê era mais um passo para que Wayne se tornasse um verdadeiro astro de cinema. Esse também foi um dos primeiros trabalhos de Wayne na poderosa Warner Bros, conhecido estúdio que sempre caprichava em suas produções. Conforme podemos ver no poster original um destaque dessa fita era a presença do cavalo treinado Duke, um alazão muito bonito e forte, que acabou roubando várias cenas do próprio John Wayne. O curioso é que embora tenha se tornado um dos astros mais populares desse tipo de filme, ele nunca teria um cavalo ligado ao seu mito, como aconteceu por exemplo com Roy Rogers e Trigger. Ao invés disso preferiu deixar os animais de seus filmes em segundo plano, com exceção talvez única desse filme onde o "Duke" ganhou espaço até mesmo no cartaz da fita.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Escravos da Ambição

O título brasileiro desse filme é bem adequado. Todos os personagens que aparecem na tela são seres desprezíveis, pessoas sem valores morais, corroídos pela ganância. São mesmo escravos da ambição. Em jogo uma fortuna em ouro escondida numa montanha. As pedras de ouro em estado bruto foram colocadas lá em um passado distante. Mineradores espanhóis são mortos por apaches, justamente quando colocavam o ouro em um pequeno esconderijo no alto da montanha. E o tesouro fica lá por anos e anos.

Até que um estrangeiro que ninguém sabe exatamente de onde veio, alguns dizem que da Holanda, chega na região. Jacob 'Dutch' Walz (Glenn Ford) só pensa em achar o ouro e tem a sorte grande quando sai em perseguição a uma dupla que sobe a montanha sem chamar a atenção. Eles acabam achando o ouro e Jacob nem pensa duas vezes, os mata para ter o ouro só para ele.

A partir daí começa o frenesi. Jacob volta para a cidadezinha com parte do ouro, troca por dinheiro e vira uma verdadeira fera em suas ruas, como se o ouro lhe desse o direito de ser um crápula e um facínora. Chama a atenção o fato de que Glenn Ford interpretou esse personagem, um sujeito vil e inescrupuloso. O diferencial é que todos os demais que circulam à sua volta são piores do que ele, inclusive a loira Julia Thomas (Ida Lupino) que mesmo casada dá em cima de Jacob, de olho obviamente em sua fortuna. Uma mulher interesseira? Mais do que isso, assassina também.

O final é muito bom, com todos os personagens no alto da montanha mostrando o que quanto são desprezíveis. Vale tudo pelo ouro, pelo vil metal. Não há limites éticos a seguir, nada. Vale apenas ter o ouro e ficar rico. Todo o resto é secundário. Além de um roteiro muito bem escrito, que explora esse lado ganancioso do ser humano, a produção também se mostra muito boa. Recriaram parte da montanha dentro do estúdio. Isso não significa que não foram feitas cenas em locação, nada disso. Apenas que na cena no terremoto tudo ficou muito bem realizado. Um faroeste muito bom. Chega a surpreender que tenha sido feito em plenos anos 1940.

Escravos da Ambição (Lust for Gold, Estados Unidos, 1949) Direção: S. Sylvan Simon, George Marshall / Roteiro: Ted Sherdeman, Richard English / Elenco: Glenn Ford, Ida Lupino, Gig Young, William Prince / Sinopse: Jacob 'Dutch' Walz (Glenn Ford) é um homem desconhecido que chega numa região distante do Arizona. Ele está atrás de uma lenda que diz que anos atrás um grupo de mineradores escondeu uma fortuna em ouro nas montanhas. Ele resolve então ir até lá e acaba tirando a sorte grande, só que o dinheiro e a riqueza acabam expondo ainda mais seu mau caratismo e violência.

Pablo Aluísio.

Na Pista do Criminoso

Título no Brasil: Na Pista do Criminoso
Título Original: Sunset Pass
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Jack Cunningham, Gerald Geraghty
Elenco: Randolph Scott, Tom Keene, Kathleen Burke, Harry Carey, Noah Beery, Leila Bennett

Sinopse:
Um agente policial se infiltra no meio de uma quadrilha de criminosos. Seu objetivo é descobrir quem estaria por trás de uma fuga de prisioneiros de uma prisão de segurança no Texas. As coisas porém se complicam quando ele acaba se apaixonando pela irmã de um dos membros da quadrilha.

Comentários:
O faroeste seguinte de Randolph Scott foi "Na Pista do Criminoso" (Sunset Pass, 1933). Ao lado dele no elenco estavam Tom Keene e Kathleen Burke. A direção era do excelente Henry Hathaway, cineasta que assinou grandes clássicos da história do cinema americano como "Bravura Indômita" (que daria o primeiro Oscar na carreira de John Wayne), "Sublime Devoção" e "A Conquista do Oeste", para muitos o filme de faroeste mais pretensioso da história pois queria esgotar o assunto da ida dos pioneiros para as vastas terras do velho oeste. Pois bem, como se pode ver o filme tinha o diretor certo. Acontece que por essa época, ainda na primeira metade dos anos 30, tanto Henry Hathaway como o próprio Randolph Scott eram ainda bem jovens, muito longe dos grandes clássicos em que iriam trabalhar no futuro Voltando para a fita intitulada "Na Pista do Criminoso", aqui temos uma fita B da Paramount Pictures. Uma produção de apenas 61 minutos de duração, feita e realizada para ser exibida em matinês dos cinemas de bairro, a preços promocionais. Tudo feito em ritmo de linha de produção mesmo. Para se ter uma ideia a Paramount produziu mais de 700 fitas como essa entre os anos de 1929 a 1949, todas vendidas depois para a recém nascida TV que exibia os filmes em horários matutinos, tornando o western ainda mais popular, principalmente entre os mais jovens.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Castle Rock

Mesmo após tantos anos ainda gosto muito das adaptações dos contos e livros de Stephen King. Sempre que vejo seu nome em algum cartaz procuro assistir, seja um filme, seja uma série. "Castle Rock" acabou virando uma série. No primeiro episódio já encontramos vários elementos bem característicos das estórias do escritor. Logo nas primeiras cenas vemos um diretor de um presídio da região (do Maine, claro) que decide se matar. As razões? Vão ser explicadas ao longo da série. Com a morte dele assume a direção do presídio uma executiva que encontra muitos problemas, entre eles toda uma ala prisional abandonada. Houve uma rebelião lá, com chamas e destruição das celas. Ela então decide reabrir para mandar novos condenados.

Quando os agentes chegam por lá acabam encontrando um homem acorrentado em uma espécie de tanque abandonado há muitos anos. Quem é ele? Qual é a sua ligação com a morte do antigo diretor? São questões que King vai tecendo aos poucos. Um dos pontos positivos de se ter uma série é que tudo vai se desenvolvendo sem muita pressa, como geralmente acontece em filmes. A boa notícia é que o roteiro é bom, prende a atenção do espectador e a produção também tem qualidade. Além disso é impossível assistir a esse "Caste Rock" e não lembrar de "Um Sonho de Liberdade", outra adaptação maravilhosa de um livro de Stephen King. Aliás a prisão, chamada de Shawshank, é a mesma! Um verdadeiro castelo de rocha, como afirma o título original. Coisas de Stephen King...

Castle Rock (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Uppendahl, Ana Lily Amirpour, Daniel Attias / Roteiro: Sam Shaw, Dustin Thomason, baseados na obra de Stephen King / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård / Sinopse: Um homem desconhecido é encontrado acorrentando numa ala abandonada há muitos anos de um presídio no Maine. Ele pede a ajuda de um advogado negro, especializado em condenados à morte. Qual seria a ligação dele com o suicídio do antigo diretor do estabelecimento prisional? 

Castle Rock - Episódios Comentados: 

Castle Rock 1.06 - Filter
Essa série é baseada na obra de Stephen King. De maneira em geral eu gosto muito das adaptações do King para o cinema. Só que devo abrir o jogo. Esse é o sexto episódio da primeira temporada e ainda não vi nada que justifique todos os elogios que foram feitos ao programa. Os episódios até aqui se arrastam... se arrastam. Pouca coisa relevante acontece. O clima de tédio vai tomando conta do espectador. E saber que tudo se passa na sempre nublada e escura Castle Rock não ajuda em nada para despertar. Existe um personagem estranho. Um rapaz que foi encontrado no porão da penitenciária local. Ele vivia isolado, no escuro, sem ter contato com ninguém. O antigo diretor da prisão que estava envolvido diretamente com o fato acaba tirando a própria vida. Esse jovem sem nome acaba sendo ajudado pelo advogado Henry Deaver (André Holland) que consegue tirá-lo da cadeia através de um Habeas Corpus, mas isso só piora a situação geral, com acontecimentos esquisitos surgindo a cada instante. A própria personagem interpretada pela atriz Sissy Spacek decide pular dentro do rio, em um momento totalmente inoportuno. Gente esquisita! No mais é esperar pelos próximos episódios, esperando por alguma melhora. / Castle Rock 1.06 - Filter (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Bad Robot / Direção: Kevin Hooks / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård, Jane Levy, Sissy Spacek, Scott Glenn


Castle Rock 1.07 - The Queen 
Esse episódio é certamente o mais estranho da série, ao mesmo tempo, é o mais brilhante deles. A personagem de Ruth Deaver é interpretada pela maravilhosa atriz Sissy Spacek. Ela sofre do mal de Alzheimer, o que significa que ela não consegue muito distinguir passado, presente e futuro, tampouco espaço. Por isso os roteiristas do episódio optaram por fazer tudo sob o ponto de vista de Sarah. Ficou excelente. Não tenta amarrar muito os acontecimentos, pois o roteiro foi escrito mesmo para embaralhar a mente do espectador. Incrível o resultado final. Deixo aqui minhas palmas pela originalidade, inteligência e criatividade. Ótimo, ótimo episódio da série "Castle Rock". / Castle Rock 1.07 - The Queen (Estados Unidos, 2018) Direção: Greg Yaitanes / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: Sissy Spacek, André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård 


Castle Rock 1.08 - Past Perfect  
Essa série esconde algo sombrio. E esse episódio é um dos mais sangrentos. Mortes e assassinatos para todos os lados. O episódio começa com a chegada de um casal novo na cidade. Ele era psiquiatra na cidade grande, mas traiu um de seus clientes. Assim acabam comprando uma velha casa na cidade, um lugar onde no passado havia sido cometidos crimes. A intenção é montar um hotel histórico, contando e relembrando o passado sombrio do lugar. Coisa de louco. Só que, por uma razão ou outra, o novo inquilino acaba enlouquecendo, matando um casal, seus primeiros hóspedes. Ecos de Psicose. Bom episódio, deixando algumas pistas, como na cena final em que o estranho sujeito diz para uma das personagens que ela morreu na colina. O que isso significaria? Bom, só resta assistir aos dois últimos episódios dessa temporada para saber. / Castle Rock 1.08 - Past Perfect (Estados Unidos, 2018) Direção: Ana Lily Amirpour / Roteiro: Sam Shaw, baseado na obra de Stephen King / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård. 


Castle Rock 1.09 - Henry Deaver  
Esse episódio faz pouco sentido. Os atores trocam de personagens, o policial que já havia morrido na série retorna... Tudo parece saído da mente de alguém perturbado - e realmente é. O que se vê no episódio é apenas a versão dos fatos contada por aquele estranho sujeito que foi encontrado numa cela por anos. Quem é ele? De onde veio? É o próprio diabo? Quem sabe... de qualquer maneira nesse episódio ele passa uma conversa, ou melhor dizendo, uma narrativa completamente maluca para Molly. Sim, não vai fazer o menor sentido para quem vinha acompanhando a série até agora. É feito para explodir seus miolos. Se prepare e fique sem saber quem realmente é Henry Deaver. / Castle Rock 1.09 - Henry Deaver (Estados Unidos, 2018) Direção: Julie Anne Robinson / Roteiro:  Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård. 


Castle Rock 1.10 - Romans
Esse é o último episódio da primeira temporada. E como termina? De certa forma, como começou. Henry Deaver volta a advogar. Porém antes disso vem a grande revelação do episódio. Finalmente é revelado ao espectador que quando era criança Henry realmente matou seu pai adotivo, o pastor. Ele o empurrou de um barranco e o pastor se espatifou lá embaixo, morrendo na neve gelada. Assim todas as fofocas, todos os mexericos e o preconceito que envolviam sua presença na cidade se mostraram verdadeiros. Ele é o assassino. Esse é o seu pecado, revelado no livro de Romanos. E o misterioso jovem que vivia dentro de uma gaiola nos porões da prisão? Ele volta para lá. Henry, na última cena, leva comida para ele e lhe deseja feliz natal. Ao ser perguntado por quanto tempo ele iria continuar ali, a resposta veio seca e sem esclarecer muito. E assim termina essa primeira temporada. Para falar a verdade, por se tratar de Stephen King, esperava por algo melhor. Em termos gerais considerei a série um tanto fraca. / Castle Rock 1.10 - Romans (Estados Unidos, 2018) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård.

Pablo Aluísio.

The First

Quando o homem vai pisar em Marte? Por enquanto só existem projetos sobre isso. Embora tecnicamente já seja possível enviar um homem para o planeta vermelho o fato é que não existem recursos e nem interesse econômico em colocar algo assim em frente. Seria muito dinheiro para pouco resultado. E como o que move a humanidade é basicamente o lucro, penso que ainda vai demorar algumas décadas para algo assim sair do papel. Provavelmente nossa geração não vai presenciar essa viagem. Pessimismos à parte, aqui temos uma série de ficção que se adianta no tempo para contar a primeira viagem do homem rumo à Marte. Logo no primeiro episódio temos toda a equipe reunida prestes a ser lançada pelo foguete, mas que acaba se tornando um desastre anunciado. Oito astronautas são incinerados quando o foguete vira uma bola de fogo no céu. Nada sobra, nada resta.

O veterano astronauta Tom Hagerty (Sean Penn) deveria estar na tripulação, mas por causa da idade fica apenas no treinamento dos demais membros da nave. Servindo como professor e também relações públicas da NASA ele acaba vendo seu sonho de ser o primeiro homem em Marte renascer após a morte dos astronautas. Será que o destino lhe guardaria esse presente? Assista a essa nova série para descobrir.

The First (Estados Unidos, 2018) Direção: Deniz Gamze Ergüven, Agnieszka Holland, Ariel Kleiman / Roteiro: AJ Marechal, Francesca Sloane, Beau Willimon / Elenco: Sean Penn, Natascha McElhone, LisaGay Hamilton / Sinopse: O filme conta a história do primeiro homem a ser enviado para Marte. Após uma desastrosa missão, onde todos os astronautas são mortos, a NASA começa a planejar uma nova viagem, mais compacta, comandada por astronautas veteranos, com excelente treinamento e experiência.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Construindo Um Império: França

Título no Brasil: Construindo Um Império: França
Título Original: Napoleon: Steel Monster
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: KPI Productions, Mechanism Digital
Direção: Penny Fearon, Mark Cannon
Roteiro: Penny Fearon
Elenco: Peter Weller, Michael Carroll, Ed Avila, J.D. Brown, Marc C. Cancassi, Mitchell Speert

Sinopse e comentários:
Essa série de documentários é bem popular no Brasil, principalmente porque são exibidos com certa regularidade em canais como o The History Channel e National Geographic. Pois bem, cada episódio foca em um determinado país, ou melhor dizendo, em um império. Nesse aqui o foco vai para a França, começando com as contruções de Luís XIV, o Rei Sol, que criou do nada grandes monumentos ao seu ego descomunal, como o Palácio de Versalhes, obra maravilhosa, o maior palácio imperial da Europa por séculos.

Ainda nos tempos de Luís XIV, são desvendados os diversos canais que foram feitos por esse soberano, entre eles o projeto de um canal que conseguiria ligar o Mediterrâneo com o Atlântico, um projeto megalomaníaco que só poderia ter sido executado sob o império de um monarca absolutista e autocrata. Por fim o episódio fala sobre o período em Napoleão Bonaparte se tornou imperador. Aqui um problema: o general não foi um grande construtor, mas sim um conquistador. A única exceção veio com a construção do Arco do Triunfo para festejar justamente suas vitórias militares. Por isso não deixou grandes obras por onde passou.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de outubro de 2018

Reds

Já que o tema envolvendo ideologias políticas anda tão em voga no Brasil por causa da recente eleição, vale lembrar desse excelente filme chamado "Reds". Seu roteiro foi baseado em fatos reais, na história do jornalista americano John Reed que no começo do século XX foi até a Rússia cobrir a revolução que acontecia naquela grande nação. O regime do czar virava ruínas, enquanto os comunistas, naquela ocasião chamados de bolcheviques, tomavam o poder com sangue e fúria. O filme tem quase um estilo documental, porém investindo também numa boa dramaturgia, especialmente valorizada pelo maravilhoso elenco (afinal quem teria o luxo de ter um nome como Jack Nicholson como mero coadjuvante na época?). Foi um projeto bem pessoal do ator Warren Beatty, que não apenas atuou no filme como também produziu, escreveu o roteiro e o dirigiu!

O resultado para muitos soou um pouco excessivo e pesado. Com quase 200 minutos de duração, tem que realmente ter disposição para encarar sua longa duração. Outro aspecto que muitos reclamaram foi do claro viés esquerdista de seu roteiro. Sobre isso, bom, não haveria como mudar. Como o roteiro foi baseado no livro do próprio jornalista retratado na história chamado "Dez Dias que Abalaram o Mundo" e como ele era um socialista de carteirinha, não havia como fazer de outro modo. A visão na tela não deixa de ser do John Reed real, da história. De qualquer modo, como puro cinema, "Reds" ainda é um filme muito bom, que deve ser conhecido por essa nova geração de cinéfilos que está aí.

Reds (Estados Unidos, Inglaterra, 1981) Direção: Warren Beatty / Roteiro: Warren Beatty, Trevor Griffiths / Elenco: Warren Beatty, Diane Keaton, Jack Nicholson, Paul Sorvino, Maureen Stapleton, Edward Herrmann, M. Emmet Walsh / Sinopse: O filme retrata a revolução russa comunista sob a ótica de um jornalista americano que foi até o país cobrir os acontecimentos históricos. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Maureen Stapleton), Melhor Direção (Warren Beatty) e Melhor Direção de Fotografia (Vittorio Storaro).

Pablo Aluísio.

Sommersby: O Retorno de um Estranho

A guerra civil americana separou muitas famílias. Os homens foram para o campo de batalha e as mulheres ficaram para trás, nas fazendas, tentando sobreviver a uma carnificina brutal. Esse bom filme, uma mistura inteligente de drama, western e romance, mostra a volta dos veteranos que conseguiram sobreviver. Jack Sommersby (Richard Gere) retorna da guerra após longos anos. Ele havia sido dado inclusive como morto. Sua esposa Laurel (Jodie Foster) já estava inclusive conformada com a tragédia. De qualquer forma o destino tem suas próprias razões inexplicáveis e assim Jack volta para a antiga fazenda que deixou para trás.

Sua volta intriga a esposa. Ele, que era um sujeito rude e grosso, agora é só gentilezas. Ele não se comporta como era no passado. isso acaba levantando nela uma dúvida inusitada: seria seu verdadeiro marido ou um impostor se passando por ele? Para descobrir isso só assistindo ao filme. Claro uma trama dessas pode soar bem inverossímil para o espectador, pois como uma esposa não conseguiria reconhecer seu próprio marido? Ainda mais sendo um galã como o Richard Gere? O curioso é que mesmo tendo uma premissa estranha, o filme funciona muito bem. Palmas para o diretor britânico Jon Amiel. Ele trouxe a elegância e a sutileza do cinema europeu para essa produção, algo que era extremamente necessário para que tudo funcionasse bem. Acabou resultando em um filme bonito, sofisticado e muito gratificante.

Sommersby: O Retorno de um Estranho (Sommersby, Estados Unidos, Inglaterra, 1993) Direção: Jon Amiel / Roteiro: Daniel Vigne / Elenco: Richard Gere, Jodie Foster, Bill Pullman, R. Lee Ermey, Lanny Flaherty / Sinopse: Remake do filme original "The Return of Martin Guerre", o filme conta a história de um militar que de volta do campo de batalha reencontra sua esposa, só que ela passa a desconfiar, após um tempo, de que ele na verdade seria um impostor.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de outubro de 2018

Os Incríveis 2

Não consigo me lembrar de nenhuma animação com o selo Pixar que seja ruim. O nível de qualidade que eles colocam em seus produtos é realmente admirável. E isso continua, mesmo após o estúdio ter sido comprado pelo império Disney. Aqui o diretor  Brad Bird dá sequência aos incríveis, uma família de super-heróis. O divertido de tudo é que eles precisam lidar com os mesmos aborrecimentos do dia a dia como qualquer outra família normal. Cuidar do bebê, dormir mal à noite, ter que enfrentar as crises da adolescência da filha e impedir que o mundo civilizado sucumba ao mal absoluto. É uma saborosa sátira ao universo dos super-heróis dos quadrinhos, tudo feito numa base mordaz e divertida.

Em tempos de politicamente correto o roteiro coloca em primeiro plano a mãe, Helen, a Mulher-Elástico, que acaba sendo contratada para trabalhar numa espécie de reality show moderno. Ela vai enfrentar o crime, ao mesmo tempo fazendo publicidade para que os super-heróis voltem a ser reconhecidos pela lei. Já o Sr. Incrível fica em casa cuidado dos filhos, o que para ele logo se revela pior e mais desafiador do que enfrentar os mais malvados vilões. É o tipo de enredo inteligente que consegue agradar tanto aos pais como aos filhos, as crianças, que vão ao cinema e se divertem muito. Essa pegada sempre foi um dos segredos do sucesso das animações da Pixar. Aqui tudo segue alinhado com o mesmo espírito. Não me admira que a animação tenha ficado tão boa!

Os Incríveis 2 (Incredibles 2, Estados Unidos, 2018) Direção: Brad Bird / Roteiro: Brad Bird / Elenco: Craig T. Nelson, Holly Hunter, Samuel L. Jackson, Sarah Vowell / Sinopse: Com a ilegalidade dos super-heróis e o fim do programa secreto do governo, o Sr. Incrível fica desempregado. Morando num motel de beira de estrada, a sorte da família muda quando Helen recebe o convite de um milionário para trabalhar em um reality show que vai mostrar o combate ao crime por uma heroína numa cidade infestada de bandidos. Todos querem que os super-heróis sejam novamente reconhecidos pela lei.

Pablo Aluísio.

O Banqueiro da Resistência

Mais um filme que deixa a desejar com o selo da Netflix. O roteiro conta a história real, baseada em fatos históricos, de um banqueiro holandês que durante a ocupação nazista de seu pais montou um esquema financeiro de financiamento da resistência holandesa contra a opressão dos exércitos de Hitler. Usando de títulos de fundos de investimento e de pensão ele conseguiu desviar uma verdadeira fortuna para os membros da resistência que usaram todo esse dinheiro em serviços de espionagem, sabotagem, assassinatos, greves e outros mecanismos para ir destruindo as forças do Reich em solo holandês.

Boa história certamente, interessante e tudo mais, porém contada em um filme que realmente tem vários problemas. Um deles é de edição. As cenas vão acontecendo em uma linha narrativa mal desenvolvida. Alguns eventos são cortados de forma abrupta. Parece aquelas séries que são adaptadas em longas e que por essa razão ficam truncadas demais. A produção é até boa, com bons figurinos, uma direção de fotografia até bem feita, mas o roteiro mal estruturado, apostando demais em uma narração convencional, bem quadrada e uma edição desleixada coloca tudo a perder. Com quase duas horas de duração prevejo que muitos espectadores vão acabar largando o filme pela metade. Como escrevi, uma boa história que merecia um filme melhor.

O Banqueiro da Resistência (Bankier van het Verzet, Holanda, 2018) Direção: Joram Lürsen / Roteiro: Marieke van der Pol, Thomas van der Ree / Elenco: Barry Atsma, Fockeline Ouwerkerk, Jacob Derwig / Sinopse: Durante a ocupação nazista da Holanda na II Guerra Mundial, um banqueiro holandês resolve montar um esquema de financiamento da resistência com títulos de pensão e de fundos especiais, passando por cima da fiscalização das autoridades monetárias do III Reich.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Os Vigaristas

Esse filme é do tempo em que Nicolas Cage escolhia melhor o roteiro dos projetos em que iria atuar. Cheguei a assistir no cinema também, até porque os críticos gostaram do filme, do seu estilo cool e marginal. Aqui Cage interpreta um vigarista, como o próprio título nacional deixa claro. São pequenos e médios golpes que ele aplica, sempre evitando a todo custo usar de violência. Um tipo de criminoso pé de chinelo sempre disposto a enganar o próximo inocente que cruza seu caminho. As coisa vão indo bem até que um dia ele tem uma enorme surpresa...

Sua filha, que ele não vê há anos, aparece. Agora precisa morar com ele. Mas como viver ao lado de um trambiqueiro que sempre precisa estar fugindo de uma cidade para outra? Pior, como conciliar sua parceria com outro vigarista experiente, tendo a tiracolo uma garota, menor de idade? Até que Roy (Cage) percebe que pode usar a menina para "sofisticar" seus futuros golpes, afinal quem desconfiaria de uma jovem como aquela? O filme tem um cinismo ímpar e se desenvolve bem. Não é um roteiro maldoso, que vanglorie criminosos, não, apenas diverte com seus personagens cinicamente calhordas. Enfim, mais um bom filme dirigido pelo sempre interessante Ridley Scott, que aqui saiu um pouco de seu estilo habitual de fazer cinema.

Os Vigaristas (Matchstick Men, Estados Unidos, 2003) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Nicholas Griffin, baseado no romance escrito por Eric Garcia / Elenco: Nicolas Cage, Alison Lohman, Sam Rockwell, Bruce Altman / Sinopse: Roy Waller (Cage) é um vigarista que é surpreendido com a chegada de sua filha. Como conciliar sua vida bandida com uma garota como aquela? Bom, isso vai complicar tudo, até o dia em que ele chega na conclusão que ela pode sim lhe ajudar em seus golpes.

Pablo Aluísio.

Impostor

Filme de ficção que acabou sendo esquecido com o passar dos anos. A estória se passa no futuro, em 2079. A humanidade está em guerra com uma raça alienígena. Gary Sinise é um cientista envolvido em um projeto secreto que tem como objetivo desenvolver uma arma definitiva contra a ameaça alien, só que ele se envolve em uma complicada conspiração, onde ele mesmo se torna suspeito de ser um impostor, um agente extraterrestre infiltrado em nosso meio. Agora ele terá que provar que é inocente das acusações.

Não gostei muito do filme. Na verdade esse gênero Sci-fi é um dos mais difíceis do cinema se formos analisar bem. O erro na dosagem pode transformar qualquer roteiro cheio de boas intenções em um mero trash descartável. Esse filme escapou disso, mas pouco memorável, não é sequer lembrado pelos fãs que gostam desse estilo de produção. Por fim um detalhe importante: o roteiro foi inspirado na obra de Philip K. Dick, o mesmo criador de Blade Runner. Esse, no final das contas, é o grande atrativo para se conferir esse filme. Fora isso, nada de muito importante para citar.

Impostor (Estados Unidos, 2001) Direção: Gary Fleder / Roteiro: Scott Rosenberg, baseado no conto "The Impostor" de Philip K. Dick / Elenco: Gary Sinise, Madeleine Stowe, Vincent D'Onofrio, Shane Brolly / Sinopse: Em 2079, numa planeta Terra em guerra com uma raça vinda do espaço, um cientista chamado Spencer John Olham (Gary Sinise) tenta sobreviver a uma conspiração de vida ou morte.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

On Chesil Beach

Esse drama romântico conta a história de um relacionamento entre dois jovens ingleses na década de 1960. Ela se chama Florence (Saoirse Ronan). Filha de um homem rico e influente na sociedade londrina, quer ser música profissional.. Ela toca violino em um quarteto de cordas. Ela sonha um dia em ter uma carreira bem sucedida com o grupo, quem sabe até viver mesmo da música erudita. Ele é um jovem chamado Edward (Billy Howle). Ao contrário da namorada, não sabe muito bem o que fazer da vida. Estudante, está prestes a receber um diploma de história, mas nem sequer sabe se deseja mesmo ser professor. O roteiro é bem estruturado. Ao invés de contar a história do casal em linha cronológica ele escolhe um eixo narrativo central, mostrando o casamento deles e a lua de mel, onde ao redor vão surgindo cenas em flashback contando a história do namoro, desde o momento em que se encontraram pela primeira vez, passando pelos primeiros encontros, até chegar no dia em que decidiram se casar.

Há uma diferença de origens entre o casal. Enquanto ela vem de uma família bem estruturada, ele sofre com a mãe, que tem problemas mentais. Jovens e inexperientes vão acabar pagando um alto preço por se casarem tão jovens. O final do filme aliás pode vir a decepcionar o público, principalmente aquele mais romântico que adora finais felizes. Se há´uma lição a se aprender com essa história é a de que pessoas jovens não deveriam se casar precocemente. Há muito em jogo e nem sempre maturidade para se lidar com os problemas que vão surgindo. Quando não existe experiência de vida tudo pode acabar por um gesto impensado ou uma atitude impulsiva. Por isso acabei gostando bastante do filme. Não apenas pela presença sempre cativante e carismática da atriz Saoirse Ronan, mas também e principalmente pela preciosa mensagem que ele passa.

On Chesil Beach (Inglaterra, 2017) Direção: Dominic Cooke / Roteiro: Ian McEwan / Elenco: Saoirse Ronan, Billy Howle, Emily Watson, Andy Burse / Sinopse: O ano é 1961, na Inglaterra. Edward (Billy Howle) e Florence (Saoirse Ronan) são jovens. Eles se conhecem, se apaixonam e decidem se casar. Ela tem sonhos de ser uma música de palco, se apresentando com seu quarteto clássico. Ele se forma em história, para quem sabe se tornar um professor. São apaixonados, mas imaturos para lidar com problemas de um relacionamento adulto.

Pablo Aluísio.

Um Amor de Verdade

Gus (Matt Dillon) é um trabalhador comum que sonha em abrir seu próprio negócio. Só que trabalhando na companhia elétrica da cidade, ganhando pouco e ainda tendo que pagar pensão para a ex-esposa, suas chances de se tornar patrão vão ficando cada vez mais distantes. Até que ele tem uma ideia: que tal arranjar um novo marido para sua ex-mulher? Assim se ela se casar ele estará livre da pensão, podendo então abrir a sua própria empresa!

Hoje em dia esse tipo de enredo iria soar um pouco machista para o público feminino. Porém nos anos 90 era um filme OK, sendo consumido facilmente pelas mulheres. Afinal era considerada apenas uma comédia romântica sem maiores problemas. No elenco temos o bom e velho Matt Dillon. Esse ator conheço desde os anos 80, quando ele participou de muitos filmes de temática jovem que se tornaram clássicos, como o tão lembrado cult "O Selvagem da Motocicleta". Já esse aqui é apenas de rotina, sem maiores pretensões cinematográficas.

Um Amor de Verdade (Mr. Wonderful, Estados Unidos, 1993) Direção: Anthony Minghella / Roteiro: Amy Schor Ferris, Vicki Polon / Elenco: Matt Dillon, Annabella Sciorra, Mary-Louise Parker / Sinopse: Trabalhador comum, de empresa elétrica, tenta arranjar um novo marido para a ex-esposa. Ele faz isso não por bondade, mas sim para se livrar da pensão que paga a ela.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Conexão Escobar

Considero um filmão mesmo. Tudo o que se vê na tela foi baseado na história real de Robert Mazur (Bryan Cranston), um agente americano infiltrado no Cartel de Medellín. Ele era um mestre em contabilidade, com especialização em lavagem de dinheiro. Ora, nessa época o Cartel comandado por Pablo Escobar estava faturando alto com o tráfico internacional de drogas, saindo da Colômbia para os Estados Unidos. Com tanto dinheiro jorrando era necessário alguém para "legalizar" essa fortuna ilegal. Coube a Robert essa função. Claro que ao se infiltrar na quadrilha ele acaba testemunhando todos os tipos de crimes e também as personalidades dos principais chefões do tráfico. É um filme bem realista, mostrando a verdade sobre tudo o que aconteceu, sem tentar romantizar a vida dos criminosos. Além do bom roteiro ainda temos uma ótima atuação de  Bryan Cranston. Papel muito adequado, ainda mais para ele que se tornou famoso ao estrelar a série "Breaking Bad", que também tinha como tema o submundo do comércio ilegal de vendas de drogas.

No final ficamos sabendo de muitos detalhes, dos políticos corruptos, do modo de operação do grupo de Pablo Escobar e também do chamado Lado B do mundo do crime, aquele em que se tenta lavar imensas somas de dinheiro que vinham dos Estados Unidos, o maior mercado consumidor de drogas do mundo. Além de funcionar como cinema de boa qualidade o filme também pode ser visto como uma verdadeira reportagem investigativa, mostrando o que poucos conheciam até então.

Conexão Escobar (The Infiltrator, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Brad Furman / Roteiro: Ellen Sue Brown / Elenco: Bryan Cranston, John Leguizamo, Diane Kruger, Yul Vazquez, Benjamin Bratt, Elena Anaya / Sinopse: O filme conta a história de um agente do DEA infiltrado no maior cartel de tráfico de drogas do mundo durante os anos 80. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

Death Note

Definitivamente parece que ninguém, mas ninguém mesmo, curtiu essa adaptação de Death Note feita pela plataforma Netflix. Quando o projeto do filme foi anunciado os fãs dos quadrinhos comemoraram, acharam que vinha coisa muito boa por aí... só que não veio. Realmente é um filme bem fraco, com roteiro mal escrito, elenco jovem muito inexpressivo e uma direção de arte que vai do mediano para o ruim cena após cena. O enredo é bem conhecido para quem gosta de quadrinhos japoneses. Um livro que tem o poder de ceifar a vida de quem tem seu nome escrito nele, cai nas mãos de um jovem nerd, um estudante que só tira boas notas e que dá uma mãozinha para os que estão pendurados nas matérias.

Pois bem, com um poder desses o que ele decide fazer? Ora, escrever o nome dos mais diversos criminosos no livro, para que eles morram e assim a sociedade fique mais limpa, livre da criminalidade. Boa ideia? Nem tanto, logo as coisas fogem do controle e pioram ainda mais quando uma criatura sinistra, um demônio, surge para atazanar a vida do rapaz. Esse monstro aliás conta com a interpretação do único grande ator do elenco, o sempre bom e objetivo Willem Dafoe. Pena que uma andorinha só não faz verão e o filme como um todo seja muito fraquinho e decepcionante!

Death Note (Estados Unidos, 2017) Direção: Adam Wingard / Roteiro: Charley Parlapanides, Vlas Parlapanides / Elenco: Nat Wolff, Willem Dafoe, Lakeith Stanfield, Margaret Qualley, Shea Whigham / Sinopse: Jovem colegial, Light Turner (Wolff) coloca as mãos em um livro obscuro, que tem o poder de acabar com a vida daqueles cujos nomes são escritos em suas páginas. Com ele em seu poder começa a fazer uma espécie de "justiça pelas próprias mãos", em prol da sociedade, mas tudo acaba dando muito errado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Agora Estamos Sozinhos

Praticamente toda a humanidade desapareceu. Isso é uma premissa que o roteiro do filme vai impor logo nos primeiros minutos. Nada será explicado, por isso aceite esse fato como parte da história. Apenas um homem caminha nas ruas de uma pequena cidadezinhas perdida. Ele é interpretado pelo pequeno grande ator Peter Dinklage. Para não enlouquecer naquela solidão absoluta ele cria para si uma rotina. Continua organizando os livros da biblioteca (onde ele trabalhava antes do "apocalipse") e quando é possível entra nas casas, agora vazias, para fazer uma "limpeza", jogando todo o lixo fora e enterrando os corpos que por acaso encontra.

Sua rotina muda quando uma jovem aparece na cidade. Ela é encontrada inconsciente na direção de um carro que bateu violentamente em um poste, na madrugada anterior. Pelo visto ele não é o último sobrevivente sob a face da Terra. A garota é bonita, mais extrovertida do que ele (que é um sujeito monossilábico e com cara de poucos amigos) e vai ganhando sua confiança com o passar do tempo. Só que ela também guarda um segredo que ele nem desconfia. Do que ela estaria fugindo? Haveria outros sobreviventes ao suposto fim da humanidade?

Esse é um filme complicado, nem todos vão gostar. Quase sem nenhuma trilha sonora durante todo o desenrolar da história ele tem vários momentos onde basicamente nada acontece. Os diálogos são poucos, pontuais. Elle Fanning continua sendo uma graça de pessoa, mas sua personagem nunca se desenvolve bem. E para piorar tudo, embora talentoso, Peter Dinklage não consegue se sobressair por culpa de seu antipático papel. Barbudo, sempre com cara fechada, ele não cativa ninguém. Chega a ser até mesmo um pouco assustador. Em suma, não espere nem por algo convencional e nem por algo muito movimentado. O filme é, como algumas pessoas gostam de dizer, bem "paradão". O roteiro também deixa inúmeras perguntas sem respostas. Praticamente nada do que acontece é explicado devidamente. Assim a sensação final é que acabamos mesmo sendo enrolados, indo parar em lugar nenhum.

Agora Estamos Sozinhos (I Think We're Alone Now, Estados Unidos, 2018) Direção: Reed Morano / Roteiro: Mike Makowsky / Elenco: Peter Dinklage, Elle Fanning, Paul Giamatti, Charlotte Gainsbourg / Sinopse: Sozinho em sua cidade após um misterioso evento que matou todos os moradores, o pequeno Del (Peter Dinklage) tenta manter a sanidade, até o dia em que uma jovem aparece por lá. Grace (Fanning) vem para mudar sua vida para todo o sempre.

Pablo Aluísio.

Por um Corredor Escuro

Tipicamente um caso de filme de terror que tinha tudo para dar certo, mas que não funciona. A história se passa em um daqueles colégios tradicionais ingleses, onde garotas mais problemáticas são enviadas para aprender sobre disciplina, educação e postura. A protagonista é interpretada pela atriz AnnaSophia Robb. Ela é uma dessas meninas rebeldes que é enviada para uma dessas escolas bem conservadoras. Chegando lá fica sob supervisão de uma tutora rigorosa interpretada pela Uma Thurman. Aos poucos ela vai se acostumando com a rotina do lugar, conhecendo as outras alunas, etc. Só que tem algo muito errado com aquele lugar. As jovens começam a despertar talentos incomuns. Uma se torna uma excelente pianista. A outra começa a pintar quadros clássicos maravilhosos. Ainda sobra espaço para matemáticas, poetisas, etc. Nada parece fazer muito sentido.

A explicação vem da manifestação de entidades sobrenaturais. Dizer mais seria estragar as surpresas do roteiro. Só que não vá se animando muito. O enredo é bom, a premissa muito interessante, mas o filme é fraco demais. Dirigido por um cineasta espanhol (a Espanha tem realizado muitos bons filmes de terror ultimamente), tudo acaba em mera decepção. A cena final, com chamas digitais extremamente mal feitas, é a pá de cal definitiva sobre um filme que ficou pelo meio do caminho.

Por um Corredor Escuro (Down a Dark Hall, Estados Unidos, Espanha, 2018) Direção: Rodrigo Cortés / Roteiro: Michael Goldbach, Chris Sparling / Elenco: AnnaSophia Robb, Uma Thurman, Isabelle Fuhrman / Sinopse: Jovem garota rebelde é enviada para uma tradicional escola para moças para aprender disciplina e foco em sua vida, mas acaba descobrindo que o lugar guarda segredos envolvendo o sobrenatural e a invocação de pessoas mortas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Venom

O Venom é um personagem do universo do Homem-Aranha. Foi um vilão inventado pela Marvel para combater o famoso herói. Só que nesse filme nada disso conta. É um filme que se propõe a ser solo, quase como uma nova franquia do estúdio. Basicamente temos uma espécie de parasita espacial que chega em nosso planeta e começa a criar uma simbiose com seres humanos para sobreviver em nosso ambiente. Para azar do jornalista Eddie Brock (Tom Hardy) ele acaba sendo infectado. Como se não já bastasse ter perdido o emprego e a namorada com quem pretendia se casar, agora ele precisa lidar com essa ameaça desconhecida. A criatura chamada Venom ocupa não apenas seu corpo, mas sua mente também, falando com ele em tempo real, criando situações que até tentam ir pelo caminho do humor.

O filme está fazendo sucesso atualmente nos cinemas. Nos Estados Unidos foi o mais visto desse fim de semana. A crítica em geral opinou negativamente, mas o público parece ter gostado bastante, lotando as salas de exibição. Pessoalmente achei um bom filme pipoca, bem na base da diversão mesmo. A estória é pura ficção anos 50, com monstros espaciais, foguetes, vilões inescrupulosos, etc. Só faltou mesmo o Homem-Aranha, afinal o Venom é tão ligado ao Peter Parker que tem inclusive o mesmo visual de um de seus uniformes (coisa que o roteiro desse filme tenta ignorar, mas que é óbvio). Pelo que vinha lendo do filme poderia ser bem pior. Do jeito que está é um pipocão que cumpre aquilo que promete, trazendo uma boa diversão para seu público alvo.

Venom (Estados Unidos, 2018) Direção: Ruben Fleischer / Roteiro: Jeff Pinkner, Scott Rosenberg / Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed / Sinopse: Criatura espacial, uma espécie de parasita simbiótico, infecta um jornalista investigativo. Enquanto ele tenta entender o que está acontecendo, um plano que coloca em risco a vida humana na Terra é criado por um vilão psicopata.

Pablo Aluísio.

Duets

Esse é aquele típico caso de filme que foi salvo pela música. O roteiro passa longe de ser bem escrito, a trama é leve demais, irrelevante demais para ser levada em conta, porém é a tal coisa, a música do filme é muito boa. Me lembra de certa forma os filmes dos Beatles e Elvis Presley. Eram filmes básicos, quase sem roteiro, mas tinham trilhas sonoras cantadas por artistas fenomenais. Assim fica fácil, não é mesmo? Pois então, esse aqui é um herdeiro tardio daquele tipo de musical dos anos 50, 6o, etc. O fiapinho de roteiro, algo bem capenga, vai se sustentando pelos números musicais que vão surgindo ao longo da duração, tudo para evitar que o espectador levante da cadeira do cinema e vá embora.

Uma das gratas surpresas de "Duets" foi saber que a Gwyneth Paltrow tinha uma bela voz que enganava muito bem quando ela cantava. É curioso porque muitos astros e estrelas de Hollywood, atores e atrizes ricos e consagrados no cinema, são na verdade músicos frustrados, cantores e cantoras fracassadas. Isso foi revelado pela própria Gwyneth Paltrow durante entrevistas no lançamento do filme. A loira sempre quis ser uma grande cantora, mas acabou dando certo mesmo como atriz. A carreira vai bem, mas fica com aquele sabor amargo de não ter realizado um sonho de adolescência. Por fim um dado no mínimo curioso: esse filme foi produzido por uma das companhias de Harvey Weinstein, produtor acusado de assédio sexual por muitas atrizes, inclusive pela própria Paltrow. Teria ela ido para a cama do produtor para ganhar esse papel? Não sabemos ao certo, mas tudo leva a crer que sim...

Duets: Vem Cantar Comigo (Duets, Estados Unidos, 2000) Direção: Bruce Paltrow / Roteiro: John Byrum / Elenco: Gwyneth Paltrow, Paul Giamatti, Huey Lewis, Scott Speedman / Sinopse: O filme conta a história de um grupo de pessoas que extravasam seus problemas através da música, se inscrevendo em concursos de karaokê. Entre elas se encontra Liz (Gwyneth Paltrow) que se utiliza da música para tentar superar a morte da mãe.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de outubro de 2018

O Chamado 3

Qual é o verdadeiro passado de Samara? A resposta a essa pergunta é a melhor coisa do roteiro de "O Chamado 3". É um filme que não me animava em nada, pois pensava que seria apenas uma forma fácil do estúdio em faturar mais uma vez em cima dessa história. Só que o filme tem sim seus méritos. O roteiro, em seu começo, surge um pouco amarrado e sem novidades. O espectador deve ter paciência nesse início pouco promissor. Depois o filme vai melhorando muito com o desenvolvimento de seu enredo, fazendo com que no final se torne bem mais interessante do que se poderia imaginar.

O filme tem em suas cenas iniciais a experiência de um professor que decide escrever uma tese acadêmica sobre tudo o que aconteceu no passado envolvendo as fitas e a garota que sai do poço, a Samara. Como se pode perceber tudo acaba indo muito mal, com mortes inexplicáveis e tragédias. O tal professor, no alto de sua arrogância acadêmica, acredita que tudo pode ser explicado pela ciência, sem problemas. Só que os eventos sobrenaturais envolvendo Samara são bem reais, colocando todos em risco, não apenas o professor, mas todos os seus alunos.

É uma produção de terror muito boa, que tenta revitalizar a franquia "O Chamado" para os tempos atuais. Até a velha fita VHS foi deixada de lado, sendo agora tudo feito na base de arquivos digitais. E é nesse mundo sem limites que Samara acaba espalhando ainda mais o terror. Enfim, não deixe de conferir, pois "O Chamado 3" vale mesmo a pena.

O Chamado 3 (Rings, Estados Unidos, 2017) Direção: F. Javier Gutiérrez / Roteiro: David Loucka, Jacob Estes / Elenco: Matilda Anna Ingrid Lutz, Alex Roe, Johnny Galecki / Sinopse: Após um professor universitário elaborar uma pesquisa sobre Samara e vários alunos morrerem depois de assistirem ao seu vídeo, a namorada de um deles resolve procurar pelo passado da garota morta. Só assim, ela pensa, poderá quebrar o círculo de mortes envolvendo aquela aparição assombrada.

Pablo Aluísio.

Cidadão Cohn

Quando o filme começa encontramos esse velho advogado em uma cama de hospital. Ele está morrendo de AIDS. O desespero vem não apenas pelo fato dele estar nos últimos estágios de uma doença mortal e incurável, mas também pelo fato de que a Ordem dos advogados está prestes a cassar sua licença para advogar. O que aconteceu? Assim o filme volta em um longo flashback para contar sua história pessoal, os envolvimentos em pequenas e grandes corrupções envolvendo o governo dos Estados Unidos e o lado mais podre e escondido da política daquele país.

James Woods interpreta o advogado Roy Marcus Cohn. Sua interpretação é excelente, embora prejudicada um pouco pela forte maquiagem quando dá vida ao idoso moribundo. Parece uma máscara de borracha mal arranjada. Nas cenas em que aparece ao natural, com o rosto limpo, se sobressai seu talento. Do sujeito até idealista, recém saído da faculdade de direito, até o corrompimento completo de caráter ao rastejar pelo submundo e esgotos do jogo baixo envolvendo homens poderosos e corruptos, o filme tenta contar sua história. Poderia ser um retrato do Brasil, mas é uma amostra do que ocorre nos bastidores do poder nas altas esferas do governo americano. Não há democracia que resista. Assista e tenha um gostinho do que se passa também por lá, nas entranhas do grande irmão do norte.

Cidadão Cohn (Citizen Cohn, Estados Unidos, 1992) Direção: Frank Pierson / Roteiro: David Franzoni, baseado no livro escrito por Nicolas von Hoffman / Elenco: James Woods, Joe Don Baker, Joseph Bologna / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme conta a história de um influente advogado que está morrendo de AIDS, com ameaça de perder sua carteira de advogado depois que inúmeros escândalos envolvendo sua atuação dentro do governo são revelados ao público. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (James Woods).

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de outubro de 2018

Simplesmente Amor

São nove estórias de relacionamentos envolvendo os mais diversos personagens. Em uma delas o primeiro-ministro da Inglaterra acaba se apaixonando por uma das funcionárias de seu gabinete. Na outra uma jovem profissional, desenhista gráfica, vê sua vida amorosa ter inúmeros problemas por ter um irmão com problemas mentais. Na seguinte vemos um homem casado se interessando por sua secretária e por aí vai. Uma sucessão de pequenas crônicas amorosas que procura mostra a vida pessoal dos mais diversos tipos. Um retrato de problemas que podem atingir qualquer um, inclusive você

Esse filme tive a oportunidade de ver no cinema. Como já sabia de antemão ele apresentava vários problemas, um deles que é bem comum nesse tipo de produção com grande elenco e roteiro fragmentado, é a dispersão de foco. Com dezenas de personagens acaba que nenhum deles tem maior importância. Quando um estúdio resolve unir vários astros em um só filme já sabemos que nenhum deles terá personagens bem desenvolvidos na tela. É algo previsível. Muitos personagens, pouco foco. Além disso nem todo mundo aprecia esse tipo de roteiro ao estilo mosaico, com várias estórias correndo em paralelo ao mesmo tempo. Para muitos é algo que deixa o filme disperso demais. Enfim, "Simplesmente Amor" é isso, um filme prejudicado por suas próprias pretensões exageradas.

Simplesmente Amor (Love Actually, Estados Unidos, Inglaterra, 2003) Direção: Richard Curtis / Roteiro: Richard Curtis / Elenco: Hugh Grant, Liam Neeson, Colin Firth, Emma Thompson, Keira Knightley, Alan Rickman, Rodrigo Santoro, Billy Bob Thornton, Rowan Atkinson, Elisha Cuthbert, January Jones, Denise Richards, Claudia Schiffer, Bill Nighy, Martin Freeman, Martine McCutcheon / Sinopse: São nove estórias de amor, mostrando as dificuldades de encontrar o amor de nossas vidas. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical. Premiado pelo BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Bill Nighy).

Pablo Aluísio

Tudo para Ficar com Ele

É uma comédia romântica de rotina, estrelada por duas loiraças, a Cameron Diaz e a Christina Applegate. Essas duas atrizes nunca tinham trabalhado juntas antes. O curioso é que apesar delas serem belas mulheres, que poderiam fazer filmes que explorassem seus atributos de beleza femunina, optaram por outro caminho, indo mais para o lado do humor! A Cameron Diaz, por exemplo, chegou a atuar em comédias sexistas, com cenas que nem todo tipo de atriz toparia fazer. Porém como ela sempre andou na linha de comédias, nem ficou tão estranho assim. Ela sempre teve mesmo esse estilo mais de diversão.

Nesse filme ela interpreta uma jovem que não está preocupada em arranjar o homem certo para toda a vida, mas sim o homem certo para passar a noite. Há uma diferença aí se você pensar bem. Tudo vai mais ou menos bem até que ela se apaixona perdidamente por um cara que conhece casualmente. Com a paixão descontrolada perde a noção das coisas, fazendo qualquer coisa para ficar com ele (como o próprio título nacional sugere). Em termos gerais, como escrevi, não é um filme maravilhoso, nem nada parecido. É apenas uma fita descompromissada que até tem seus momentos. Diversão sem maiores culpas.

Tudo para Ficar com Ele (The Sweetest Thing, Estados Unidos, 2002) Direção: Roger Kumble / Roteiro: Nancy M. Pimental / Elenco: Cameron Diaz, Thomas Jane, Christina Applegate / Sinopse: Garota jovem e loira, que adora uma balada, com aventuras de uma noite só, acaba perdendo a noção e o bom senso após se apaixonar por um bonitão. Filme indicado ao Teen Choice Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Cálculo Mortal

Bom filme. Um thriller de suspense, tentando até mesmo em certos momentos copiar o estilo dos antigos filmes de detetives, do cinema noir, mas claro, tudo feito de forma muito sutil. A atriz Sandra Bullock deixou um pouco as porcarias que fazia na época para atuar bem em um filme bem melhor do que seu público estava acostumado a assistir. Ela interpreta essa policial, sempre mastigando um chiclete para dar uma de durona, que começa a investigar um assassinato.

Na realidade o crime foi cometido por dois jovens bem nascidos, da elite. Eles planejam o crime como um desafio intelectual, para demonstrar que estão acima da capacidade da polícia em resolver o caso. Um dos jovens é interpretado por Ryan Gosling em comecinho de carreira. Com o cabelo loiro, olhar de psicótico, ele domina o outro colega e coloca seu plano em frente. A fotografia do filme ficou muito bonita, toda em tons pastéis. Provavelmente seja um dos trabalhos mais interessantes de toda a carreira de Sandra Bullock. Gosta dela e nunca assistiu? Corra para ver.

Cálculo Mortal (Murder by Numbers, Estados Unidos, 2002) Direção: Barbet Schroeder / Roteiro: Tony Gayton / Elenco: Sandra Bullock, Ben Chaplin, Ryan Gosling / Sinopse: Cassie Mayweather (Bullock) é uma detetive que precisa desvender um crime de homícidio cometido por dois jovens de alta classe que apenas queriam cometer o chamado "Crime perfeito", onde eles não seriam pegos de jeito nenhum pelas investigações.

Pablo Aluísio.

Baby Boy - O Rei da Rua

O diretor John Singleton sempre foi um dos cineastas negros mais interessantes de sua geração. Assim como Spike Lee ele sempre procurou retratar em seus filmes a realidade dos bairros negros da América. Aqui ele foca sua câmera na vida de um jovem de 21 anos que tenta sair do ciclo destrutivo que atinge muitos como ele. O amigo está afundando numa gangue de rua. Sua mãe tem um novo relacionamento que quase nunca termina bem. Ele está desempregado e a mãe de seus filhos o pressiona para arranjar dinheiro. No meio de tudo ele tenta se manter na linha, sem ir para a criminalidade.

O filme de uma maneira em geral é muito bom, bem realizado, com roteiro realista, bem pé no chão. É um drama social, sem espaço para bobagens. Há até boas cenas envolvendo violência e até mesmo ação, mas no fundo o toque principal de sua temática nem passa muito por esse aspecto. O Singleton acabou realizando mais um bom filme, embora não seja nem dos seus melhores e nem dos mais lembrados. Vale a pena conhecer mais essa sua obra cinematográfica.

Baby Boy - O Rei da Rua (Baby Boy, Estados Unidos, 2001) Direção: John Singleton / Roteiro: John Singleton / Elenco: AlexSandra Wright, Tyrese Gibson, Taraji P. Henson / Sinopse: Jody (Tyrese), jovem negro morador de uma grande cidade americana, tenta endireitar a vida e resolver seus problemas pessoais. Algo que não será fácil para ele. Desempregado, com mulher e filhos e uma mãe cheia de problemas, ele tenta não cair na tentação de entrar para o mundo do crime.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Damsel

Esperava bem mais desse western moderno. Não apenas por ser um faroeste, gênero cada vez mais raro nos dias atuais, como também pelo fato de trazer a atriz Mia Wasikowska. Ela é uma das minhas preferidas. O enredo começa com um pastor surtando numa parada de diligências bem no meio do deserto. A carruagem não chega e ele vai perdendo a cabeça, até que enlouquece completamente e tira as roupas, para surpresa do outro passageiro que também está esperando por seu transporte.

A partir daí o filme volta em um longo flashback para contar parte de sua história. Uns trinta anos antes ele é contratado por um jovem pregador (interpretado pelo fraco Robert Pattinson). O objetivo é localizar sua noiva que foi raptada por um bandido do velho oeste. Pelas últimas notícias que ele teve, ela está em uma cabana bem distante da cidade mais próxima. Assim ele vai até lá, com o pastor e um pônei! (isso mesmo, um pônei que ele quer dar de presente para sua amada!).

O filme não se desenvolve muito bem. Há diversas perdas de ritmo e uma estranha pitada de humor negro, não muito em evidência, que também estraga um pouco as coisas. O maior destaque, já esperava por isso, vem da interpretação da Mia Wasikowska. Ela praticamente salva o filme do desastre total em sua parte final. No começo você fica pensando que ela vai ser mais uma personagem daquelas loirinhas bobinhas que sempre surgem nesse tipo de faroeste, mas não, numa reviravolta ficamos sabendo que ela está muito feliz e apaixonada por seu sequestrador e que mesmo sendo uma beldade sabe se defender muito bem, com arma em punho. Para terminar de destruir a imagem de mulher indefesa ela ainda fuma um nada sexy cachimbo de milho e bebe whisky na boca da garrafa! Pois é, a Mia acabou mesmo sendo a melhor coisa de um filme que no geral é bem fraco mesmo. Por ela vale o sacrifício.

Damsel (Estados Unidos, 2018) Direção: David Zellner, Nathan Zellner / Roteiro: David Zellner, Nathan Zellner / Elenco: Robert Pattinson, Mia Wasikowska, David Zellner / Sinopse: Jovem pregador vai até o oeste selvagem em busca de sua noiva, que foi sequestrada por um bandoleiro. Só que ao chegar na pequena cabana onde ela vive descobre que nada era do que ele pensava ser. Filme indicado no Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio.

Amor Louco

A atriz Drew Barrymore fez muitos filmes durante os anos 90. Não era difícil chegar na locadora e descobrir que havia um novo filme com ela na sessão de lançamentos. Como apareceu em inúmeras fitas, muitas delas acabaram caindo no esquecimento completo com o passar dos anos. Esse "Amor Louco" é um dos filmes mais interessantes dela nessa época, principalmente por causa de sua personagem, uma jovenzinha bonita, simpática, alegre, boa companhia, mas que sofre de problemas mentais. Não se trata apenas de crises depressivas, mas sim de um problema bem maior.

Seu namorado no filme é o próprio Robin, ou melhor dizendo, o ator Chris O'Donnell. Quando ela é internada em uma instituição psiquiátrica ele tenta resgatá-la a levando para longe, pegando a estrada, o que acaba tornando o filme um road movie. Não espere por grande coisa, mas é aquele tipo de filme que você não se arrepende de assistir, principalmente por causa do carisma do casal principal. Além disso a personagem da Drew tem mais a ver com ela na vida real do que qualquer outra coisa. Isso por si só, já desperta o interesse.

Amor Louco (Mad Love, Estados Unidos, 1995) Direção: Antonia Bird / Roteiro: Paula Milne / Elenco: Chris O'Donnell, Drew Barrymore, Matthew Lillard / Sinopse: Matt Leland (Chris O'Donnell) ama sua namoradinha Casey Roberts (Drew Barrymore), o problema é que a garota tem distúrbios mentais, o que a torna uma pessoa imprevísivel e cheia de manias. Quando ela é colocada dentro de uma instituição de tratamento, ele resolve raptá-la para juntos pegarem a estrada, rumo à liberdade.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Rua Cloverfield, 10

Gostei do roteiro desse filme. É um daqueles enredos que mexem com o espectador que fica na dúvida sobre o que de fato estaria acontecendo. O filme começa quando Michelle (Mary Elizabeth Winstead) recobra a consciência e descobre que está em lugar estranho que mais parece um porão de uma casa. É lá que vive o estranho Howard (John Goodman). Ele explica a ela que houve um acidente de carro. Após a batida ela foi levada até lá. O problema é que não poderá sair, pois aconteceu uma catástrofe do lado de fora, uma guerra nuclear ou um ataque químico. Impossível deixar a casa. Se tentar será morte certa.

Nesse ponto o espectador começa a se perguntar: seria verdade o que o personagem de John Goodman diz? Ou tudo não seria uma mera desculpa para ele manter aquela mulher ali, aprisionada. Com um quebra-cabeças desses sobre a mesa o espectador tem que sair pincelando pistas que vão surgindo aos poucos. É interessante saber também que a estória desse filme se passa em paralelo com o que se assistiu no primeiro Cloverfield, aquela ficção em que um monstro gigante começa a destruir toda uma cidade, enquanto as pessoas lá embaixo vão filmando tudo com seus celulares. Assim se curtiu o primeiro filme não deixe de ver esse aqui, que aliás é bem mais inteligente do que o anterior.

Rua Cloverfield, 10 (10 Cloverfield Lane, Estados Unidos, 2016) Direção: Dan Trachtenberg / Roteiro: Josh Campbell, Matthew Stuecken / Elenco: John Goodman, Mary Elizabeth Winstead, John Gallagher Jr / Sinopse: Jovem mulher, Michelle (Mary Elizabeth Winstead), se vê acorrentada em um tipo de abrigo anti-nuclear após sofrer um acidente na estrada. Lá vive o estranho Howard (John Goodman), um veterano de guerra que diz a ela que o mundo lá fora está destruído, pois provavelmente houve um ataque nuclear ou químico. Eles precisam ficar no abrigo para sobreviver. Estaria Howard falando a verdade ou escondendo tudo para aprisioná-la naquele lugar?

Pablo Aluísio.

Fora de Controle

O que achei muito fraco nesse filme foi sua trama. Basicamente temos dois personagens centrais. Gavin Banek (Ben Affleck) é um jovem advogado que precisa chegar urgentemente no tribunal para entregar uma procuração. Doyle Gibson (Samuel L. Jackson) também precisa chegar rapidamente em uma audiência judicial, caso contrário perderá a guarda dos filhos. No meio do caminho ocorre um acidente. Tanto Banek como Gibson saem prejudicados. Eles perdem a oportunidade de chegarem no tribunal. Um culpa o outro pelas consequências. Uma guerra então é declarada entre ambos.

E é isso. Complicado entender como um roteiro tão básico e também inverossímil contou com uma produção milionária como essa. As coisas simplesmente não funcionam, o filme não convence e nem diz a que veio. Ben Affleck continua o mesmo. Como ator ele é inegavelmente fraquíssimo. Parece ter apenas uma expressão facial no filme inteiro. Dramaticidade zero.  Samuel L. Jackson também não está bem. Ele não é um ator ruim, mas tem tendência a cair em um tipo de caricatura de homem nervoso, soltando palavrões em série, que depois de um tempo irrita. Então é isso. Um filme que foi prejudicado por não ter uma boa estória para contar.

Fora de Controle (Changing Lanes, Estados Unidos, 2002) Direção: Roger Michell / Roteiro: Chap Taylor / Elenco: Ben Affleck, Samuel L. Jackson, Kim Staunton / Sinopse: Após um acidente de trânsito banal, dois homens, o advogado Gavin Banek (Ben Affleck) e o pai de família Doyle Gibson (Samuel L. Jackson), chegam atrasados em compromissos importantes com a justiça. A partir daí eles começam uma guerra particular.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

O Agente da U.N.C.L.E.

Esse é mais um exemplo do que vem ocorrendo muito nos últimos tempos. Pega-se uma série antiga - de preferência dos anos 60 - se dá uma modelagem mais moderna e lança nos cinemas. Quem sabe se torna mais uma franquia milionária como "Missão Impossível". Não aconteceu nesse caso, mas até que valeu um pouco a tentativa. Quem é um pouco mais velho vai até se lembrar de "O Agente da U.N.C.L.E." passando nas emissoras brasileiras lá pelo final dos anos 60, comecinho dos anos 70. Fez um sucesso moderado, indo parar nas reprises vespertinas da Band.

Agora o diretor Guy Ritchie tentou revitalizar esse antigo produto televisivo. Ficou bom? Em termos. O novo filme tem excelente produção, ótima reconstituição de época, trilha sonora incidental saborosa (o que era de se esperar), mas ao mesmo tempo não empolga, não tem muito carisma. Henry Cavill, recentemente despedido do papel de Superman, é bem burocrático e sem graça. Como ele não funciona - sendo o protagonista - todo o resto acaba se perdendo numa sucessão de boas intenções que não resultou em um bom filme. Fica para a próxima.

O Agente da U.N.C.L.E.(The Man from U.N.C.L.E, Estados Unidos, Inglaterra, 2015) Estúdio: Warner Bros / Direção: Guy Ritchie / Roteiro: Guy Ritchie, Lionel Wigram / Elenco: Henry Cavill, Hugh Grant, Armie Hammer, Alicia Vikander, Jared Harris / Sinopse: Napoleon Solo (Henry Cavill) é um ladrão de jóias que é recrutado por uma agência de espionagem inglesa para fazer um serviço do outro lado da cortina de ferro, durante a guerra fria.

Pablo Aluísio.

O Amor Custa Caro

Olhando para o passado chego na conclusão que o George Clooney nunca convenceu como bom ator. Ele é mais um tipo, uma personalidade carismática (para alguns) que caiu nas graças do público em geral. Seus maneirismos repetidos à exaustão, seja em séries, seja em filmes, depois de um tempo cansam. Nesse "O Amor Custa Caro" ele está mais canastrão do que nunca no papel de um advogado especializado em divórcios milionários que acaba tendo um caso com a ex-esposa de um de seus clientes.

O roteiro aposta no ácido, no cinismo, nos diálogos de duplo sentido. Nada muito inspirado. Porém se você estiver passando por um daqueles divórcios infernais pode ao menos rir um pouquinho das situações colocadas no filme. Ao contrário do espectador comum que logo vai se cansar das piadinhas do filme, talvez largando a sessão no meio do caminho. É o mais banal e dispensável filme dos irmãos Coen. .

O Amor Custa Caro (Intolerable Cruelty, Estados Unidos, 2003)  Direção: Joel Coen, Ethan Coen / Roteiro: Robert Ramsey, Matthew Stone / Elenco: George Clooney, Catherine Zeta-Jones, Billy Bob Thornton / Sinopse: Advogado especializado em divórcios milionários, sempre defendendo os maridos, acaba sendo seduzido pela bonita ex-esposa de um de seus clientes.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Sicário: Dia do Soldado

Gostei bastante do primeiro filme. Nem sabia que o ator Benicio Del Toro tinha planos de criar e estrelar uma nova franquia de filmes de ação. Foi justamente isso que aconteceu. Nesse segundo filme temos a sequência dos acontecimentos do primeiro filme, só que com uma trama de fundo diferente. Tudo começa quando três terroristas islâmicos entram em um pequeno supermercado numa cidade de fronteira dos Estados Unidos. São homens bombas. Tudo vai pelos ares. A CIA entra na investigação e descobre que eles entraram no país justamente na fronteira com o México. Por trás de tudo estaria os grandes cartéis mexicanos de tráfico de drogas; A solução encontrada pelos agentes é criar uma guerra interna entre eles, para assim desmontar todo o crime organizado, tanto  do lado dos Estados Unidos, como do México. Bom roteiro, que apesar de não estar no mesmo patamar do primeiro filme, não deixa a desejar em nada.

Como destaque do filme temos algumas sequências extremamente bem realizadas. Numa delas três helicópteros militares das forças especiais americanas interceptam carros cheios de traficantes e sicários, onde uma jovem adolescente, chefe de um chefão de um cartel importante, era levada como refém. O estilo é cru e violento, com poucos diálogos (apenas os necessários). O resultado é bem expressivo.  Em outra cena o personagem de Benicio Del Toro é executado bem no meio do deserto, só que o tiro, dado por um garoto, atravessa sua boca, saindo pela lateral. Na hora você pensa que é o fim dele, afinal como alguém poderia sobreviver a algo assim... mas depois de alguns momentos ele se levanta e consegue escapar. Uma cena bem visceral. O roteiro obviamente deixa a porta aberta para novos filmes. Se eles continuarem nesse nível de qualidade serão muito bem-vindos.

Sicário: Dia do Soldado (Sicario: Day of the Soldado, Estados Unidos, México, 2018) Direção:  Stefano Sollima / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Benicio Del Toro, Josh Brolin, Isabela Moner, Matthew Modine / Sinopse: Alejandro (Benicio Del Toro) entra em uma nova operação da CIA, sob comando do agente Matt Graver (Josh Brolin). Após a entrada de terroristas pelas fronteiras, eles devem criar uma guerra entre os principais cárteis de drogas do México. Brigando entre si, ficariam mais fáceis de dominar e destruir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Marrocos

Título no Brasil: Marrocos
Título Original: Morocco
Ano de Produção: 1930
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Josef von Sternberg
Roteiro: Jules Furthman, Benno Vigny
Elenco: Gary Cooper, Marlene Dietrich, Adolphe Menjou

Sinopse:
Mademoiselle Amy Jolly (Marlene Dietrich) é uma cantora de cabaré que acaba se envolvendo amorosamente com um legionário americano, Tom Brown (Gary Cooper). O romance porém precisará superar vários obstáculos, entre eles o interesse de um homem rico em relação a Amy. Filme indicado a quatro Oscars nas categorias de Melhor Atriz (Marlene Dietrich), Melhor Direção (Josef von Sternberg), Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte.

Comentários:
Um romance épico que investe em um casal formado por Gary Cooper e Marlene Dietrich. Confesso que não achei muito boa a química entre o astro americano e a estrela alemã. Marlene Dietrich tinha um estilo que para muitos poderia ser considerado frio e esnobe. Em contrapartida Gary Cooper sempre se dava melhor interpretando o típico herói americano de bom coração. Mesmo com esse pequeno problema o filme certamente não decepciona, fruto em grande parte do brilhante trabalho do cineasta austríaco Josef von Sternberg (1894 - 1969) que foi para Hollywood por causa da guerra que devastava sua terra natal. Na capital do cinema ele foi considerado um verdadeiro mestre, trazendo a elegância do cinema europeu para a indústria americana. O resultado tenta justamente isso, uma tentativa de fazer algo mais sofisticado, sem deixar de lado o sucesso comercial de lado. 

Pablo Aluísio.