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terça-feira, 2 de abril de 2024

Contrabandistas da Fronteira

Título no Brasil: Contrabandistas da Fronteira
Título Original: The Kid from Amarillo
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Barry Shipman
Elenco: Charles Starrett, Smiley Burnette, Harry Lauter

Sinopse:
Ao Agente do Tesouro Steve Ransom (Charles Starrett) é dada a missão de desmascarar Jonathan Cole (Fred Sears), chefe de uma quadrilha de contrabandistas que operam perto da fronteira México / Texas. Apesar das advertências de Steve, seu amigo trapalhão Smiley (Smiley Burnette) resolve fazer alguma investigação solitária na fazenda Cole e é feito prisioneiro. Para soltar o amigo e desbaratar de uma vez por todas o grupo de bandidos liderados por Cole, Ransom resolve assumir a identidade de Durango Kid, o justiceiro mascarado.

Comentários:
Nos anos 50 a Columbia Pictures se especializou em produzir westerns B para consumo em massa. Como era o estúdio mais modesto de Hollywood a Columbia estava sempre precisando fazer caixa rápido e no auge da popularidade dos filmes de faroeste essa era a maneira mais fácil de ter lucro, realizando westerns com orçamentos modestos (por isso eram chamados de filmes B) com garantia certa de retorno nas bilheterias. "The Kid from Amarillo" é um desses lançamentos da Columbia. Hoje em dia já poderia estar inclusive completamente esquecido se não fosse por um detalhe importante: foi dirigido pela subestimado e ótimo cineasta Ray Nazarro. O considero um injustiçado pela história do cinema americano já que era de fato um artesão da sétima arte. Geralmente pegava material inexpressivo, do tipo que o estúdio não acreditava, e transformava em filmes marcantes. Certamente continuavam a ser produções B mas com um toque todo especial que os tornavam especiais. Aqui temos mais uma chance de conhecer seu talento por trás das câmeras. Uma pequenina jóia B com o popular Durango Kid que certamente vai surpreender os fãs de westerns.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 25 de abril de 2023

Ágil no Gatilho

Título no Brasil: Ágil no Gatilho
Título Original: Top Gun
Ano de Lançamento: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Fame Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Steve Fisher, Richard Schayer
Elenco: Sterling Hayden, Rod Taylor, William Bishop, Karin Booth, James Millican, Regis Toomey

Sinopse:
O pistoleiro Rick Martin (Sterling Hayden) retorna à sua cidade natal no Wyoming, para saber do destino de sua mãe e alertar a cidade sobre um ataque iminente da gangue de Tom Quentin. Os habitantes da cidade, entretanto, o rejeitam, com medo de que seu passado de pistoleiro cause novos problemas. Rick então descobre que sua mãe não morreu de alguma doença, mas que foi assassinada, e ele passa a suspeitar do principal figurão da cidade - um homem agora noivo da mulher que ele ama.

Comentários:
A primeira curiosidade é que esse filme originalmente se chama "Top Gun". Obviamente nada tem a ver com os filmes estrelados por Tom Cruise décadas depois. Na realidade é um bom faroeste com orçamento modesto, mas que ao mesmo tempo apresenta um roteiro que trata de temas bem caros para a mitologia do western. O protagonista ficou alguns anos na prisão e quando retorna para a sua cidade natal passa a ser hostilizado por moradores. Por ser ex-presidiário sofre o estigma dessa situação. Só que ele pagou seu crime na prisão e merece uma segunda chance. Pior do que isso, ele descobre que sua mãe foi morta provavelmente pelo homem que posa de cidadão modelo, tipo conservador, cidadão de bem. No fundo não passa de um criminoso hipócrita e oportunista. Conhecemos bem o tipo. O filme foi rodado em preto e branco e em minha opinião tem uma bela fotografia. Recomendo esse faroeste para quem aprecia filmes do gênero dos anos 50. É bem na média do que era feito naquela época. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Rio Perdido

Título no Brasil: Rio Perdido
Título Original: Trail of the Rustlers
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Victor Arthur
Elenco: Charles Starrett, Gail Davis, Tommy Ivo, Mira McKinney, Don C. Harvey, Eddie Cletro 

Sinopse:
Com a intenção de ter todas as terras e fazendas do vale do Rio Perdido, Chick Mahoney (Don Harvey) e seu irmão Jed Mahoney (Myron Healey) formam uma quadrilha de malfeitores. O cowboy Steve Armitage (Charles Starrett) assim resolve ajudar a rancheira Mary Ellen Hyland (Gail Davis) que também está sendo vítima desses bandidos.

Comentários:
O melhor do filme é a direção de Ray Nazarro. Esse foi um diretor de faroestes de longa trajetória, tendo uma carreira longa e bem produtiva. Nem sempre contava com um elenco de astros e estrelas, mas conseguia realizar bons filmes, mesmo com orçamento limitado. Nesse western B chamado "Trail of the Rustlers" ele conseguiu mais uma vez realizar um bom filme. É interessante que ainda hoje o filme é lembrado, mostrando seu valor cinematográfico. O detalhe curioso é que nos anos 1950 a Columbia Pictures montou uma verdadeira linha de produção de filmes de cowboy. Afinal eram populares, custavam pouco e rendiam excelentes bilheterias. O ator Charles Starrett nunca foi um astro de primeira grandeza, mas tinha excelente presença de cena, o que no mínimo garantia um bom faroeste para os fãs do estilo na época.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de março de 2018

Domino Kid, O Vingador

Título no Brasil: Domino Kid, O Vingador
Título Original: Domino Kid
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Kenneth Gamet, Hal Biller
Elenco: Rory Calhoun, Kristine Miller, Andrew Duggan
  
Sinopse:
Após passar longos anos fora, lutando na guerra civil americana, Domino Kid (Rory Calhoun) finalmente retorna ao lar. Ao entrar no rancho de seu pai descobre que tudo está em ruínas. Pior, seu próprio pai está morto! Um choque em sua vida, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Domino acaba sendo informado que ele foi covardemente assassinado por um grupo de bandidos, cinco facínoras que não atenderam seus pedidos de misericórdia antes de ser morto. A partir desse momento Domino decide fazer justiça pelas próprias mãos, indo atrás dos responsáveis pela morte de seu velho pai.

Comentários:
Esse western foi estrelado pelo galã Rory Calhoun (1922–1999), uma das apostas da Universal em emplacar um novo astro nas telas. Ele surgiu quase na mesma época do que outro grande campeão de bilheteria do estúdio, o grandalhão Rock Hudson. Os destinos porém entre eles foi bem diverso. Rock Hudson definitivamente se transformou em um astro, um ator que trouxe muito dinheiro para a Universal ao longo de sua carreira. Rory porém não teve a mesma sorte. Após ser escalado em vários filmes românticos ele acabou sendo deixado de lado pela Universal por não ter correspondido muito bem nas bilheterias. Assim em fins dos anos 1950 ele começou a ser cedido para outros estúdios menores, como a Columbia. Essa não perdeu muito tempo e o escalou em diversos faroestes B de sua linha de produção. "Domino Kid" é um western dessa fase. O personagem era claramente uma adaptação das histórias em quadrinhos populares na época, escrita em um roteiro bem trabalhado pelo talentoso Kenneth Gamet. Havia até mesmo uma expectativa de transformar Domino em um personagem de seriado de TV. O resultado comercial morno porém enterrou esse projeto. De uma forma ou outra temos aqui um bom filme, valorizado justamente por esse estilo mais comic. Vale pela aventura e por boas cenas de ação.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Rebelião em Dakota

Título no Brasil: Rebelião em Dakota
Título Original: The Black Dakotas
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Ray Buffum, DeVallon Scott
Elenco: Gary Merrill, Wanda Hendrix, John Bromfield, Noah Beery Jr, Howard Wendell, James Griffith

Sinopse:
O presidente Lincoln decide amenizar a crise com as nações indígenas do oeste. Em plena guerra civil ele envia um emissário para os territórios da nação Sioux para propor um tratado de paz. Além disso envia um carregamento de ouro para os índios, uma maneira de mostrar sua boa vontade. Brock Marsh (Gary Merrill), um espião confederado, descobre sobre essa missão e decide que irá roubar o ouro para a causa dos estados do sul.

Comentários:
Bom western B. A premissa se baseia em um fato histórico real, quando os confederados (que tinha senso de honestidade e ética bem maleáveis) decidem roubar um carregamento de ouro enviado pelo presidente Lincoln ao oeste. É curioso que o roteiro não coloque como protagonista nenhum dos militares da união, conhecidos como ianques, mas sim um espião do lado confederado, um sujeito que inclusive usa um nome falso (Zachary Paige) para se infiltrar entre os soldados de casaca azul para planejar um grande roubo. O filme tem um elenco interessante, com destaque para Gary Merrill, um veterano, com mais de 100 filmes na carreira. Quase sempre atuando como coadjuvante aqui ele teve uma chance de aparecer em primeiro lugar nos créditos. Um presente de reconhecimento por parte da Columbia. Outro nome que sempre chamará atenção nos créditos é o do diretor Ray Nazarro. Esse certamente foi um dos grandes mestres da era de auge dos faroestes americanos. Um verdadeiro artesão do Bang-Bang made in USA.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de maio de 2006

O Poder da Vingança

Título no Brasil: O Poder da Vingança
Título Original: Apache Territory
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Charles R. Marion, George W. George
Elenco: Rory Calhoun, Barbara Bates, John Dehner, Carolyn Craig, Tom Pittman, Leo Gordon

Sinopse:
Logan Cates (Rory Calhoun) é um cowboy errante que viaja pelo país; Ao chegar no Arizona acaba entrando em pleno território Apache. Ele está acompanhado por alguns pioneiros e um pequeno grupo de soldados. O clima deserto e hostil maltrata os viajantes, mas eles seguem em frente. A meta de todos é chegar em um forte da cavalaria situado alguns quilômetros pelo deserto adentro, entretanto antes que isso aconteça são violentamente atacados por um grupo de guerreiros Apaches. E depois disso, desse confronto sangrento, tudo acaba virando uma questão de vida ou morte no meio daquela imensidão inóspita.

Comentários:
Mais um western da Columbia que surpreende. Para os fãs de filmes de faroeste a resposta vem em um só nome: Ray Nazarro! Cineasta bem subestimado, ele rodou algumas das mais criativas fitas de western dos anos 1950. Seu estilo procurava ser o mais realista possível, mostrando a dificuldade de se cruzar um deserto como aquele, onde em estado de necessidade extrema, os verdadeiros aspectos das personalidades dos personagens iam sendo revelados. O filme foi estrelado pelo ator Rory Calhoun, um eficiente intérprete para esse tipo de produção. Outro aspecto digno de nota é que o roteiro do especialista Charles R. Marion mostrava algo que era bem comum e recorrente naqueles anos duros, o rapto e sequestro de mulheres brancas por indígenas, algo pouco falado nos dias de hoje. Afinal havia uma guerra entre brancos e nativos e nessa guerra valia de tudo, algo que passsava bem longe dos tratados de paz. Assim deixo a dica desse faroeste chamado "Apache Territory", um filme que mostra o lado mais cruel daqueles tempos de sangue e morte no deserto.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

O Retorno do Pistoleiro

Título no Brasil: O Retorno do Pistoleiro
Título Original: Return to Warbow
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Les Savage Jr, Les Savage Jr
Elenco: Philip Carey, Catherine McLeod, Andrew Duggan, William Leslie, William Leslie, James Griffith

Sinopse:
Após ficar preso por longos onze anos, o pistoleiro e fora-da-lei Clay Hollister (Philip Carey) consegue escapar. Ao lado de dois outros prisioneiros, ele engana os guardas e foge rumo ao deserto. Antes de ser preso pelo xerife no passado, Clay determinou ao seu irmão que enterrasse em um lugar seguro o dinheiro de um grande assalto de banco que havia cometido ao lado de seus comparsas. Agora, em liberdade, ele irá atrás desse valor que está bem escondido em algum lugar. O problema é que seu irmão é um beberrão, jogador inveterado e está hesitante em revelar o verdadeiro paradeiro daquela pequena fortuna. O que terá acontecido de verdade?

Comentários:
Outro faroeste B muito competente da Columbia. Nos anos 1950 era comum a publicação de estórias de western nos grandes jornais americanos, aos domingos. Na maioria dos casos esses textos mesclavam ficção com fatos reais, em uma espécie de romantização de eventos que realmente ocorreram no velho oeste. "O Retorno do Pistoleiro" é baseado em um desses textos que foi publicado no New York Times. Era a história de um fora-da-lei que conseguia fugir de uma prisão no meio do deserto e que logo após partia para uma jornada atrás do ouro roubado de um banco, em um assalto sangrento que ele mesmo havia cometido. Por mais que procurasse o dinheiro, não conseguia chegar no saco que supostamente havia sido enterrado logo após ele ser preso. Se não fosse um western poderia muito bem ser um filme noir, pois a trama é das melhores, com muitas reviravoltas, traições e surpresas envolvendo todos os personagens. Curiosamente nenhum deles pode ser apontado como um "mocinho" pois é de fato um ninho de cobras, com bandoleiros querendo passar a perna em pistoleiros e criminosos de toda ordem enganando uns aos outros. Não há nenhuma ética envolvendo todos eles, mas apenas a ganância de recuperar o valor do assalto, nem que para isso se tenha que matar aqueles que se colocam entre o dinheiro e o pistoleiro Clay Hollister. Com apenas 67 minutos de duração "Return to Warbow" impressiona ainda hoje por causa de seu bem estruturado roteiro. Uma ótima opção para fãs de faroestes antigos dos anos 50.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de março de 2006

Abrindo Horizontes

Faroeste B da companhia cinematográfica Allied Artists Pictures. Essa empresa, que já não existe mais, começou distribuindo filmes pelo interior dos Estados Unidos e depois que alcançou grande sucesso nessa atividade começou a produzir seus próprios filmes. Nessa nova função chegou a produzir quase 150 filmes, quando problemas financeiros a levaram à falência. Suas produções tinham pequenos orçamentos, geralmente com nomes de segundo escalão em Hollywood, mas que conseguiam levar público em cinemas dos rincões das cidades do interior do país, geralmente nos cinemas do tipo drive-in, em programação dupla, onde o espectador pagava uma entrada para assistir a dois filmes.

“Abrindo Horizontes” fez parte desse tipo de pacote. Estrelado pelo ator cowboy Sterling Hayden, o filme de baixo orçamento se dava ao luxo de surgir nas telas em cores (technicolor), um luxo para filmes de western B da época como esse. Sterling Hayden era um ator bem limitado, ainda mais nesse ano em que trabalhou nesse filme, pois não passava de um aspirante ao estrelado. Nunca o achei bom ator, Ficava bem abaixo até mesmo de outros atores do gênero. De um jeito ou outro, conseguiria estrelar com êxito um ano depois o clássico “Johnny Guitar” onde interpretava justamente o próprio protagonista chamado Johnny “Guitar” Logan. Esse seria o grande filme de sua carreira. Também seria o único que ganharia o status de cult movie.

Nesse “Abrindo os Horizontes” ele interpreta um oficial do exército americano que se disfarça de engenheiro para ajudar a companhia ferroviária que está construindo uma linha entre o Kansas e o Pacífico. Por essa razão o filme tem o título original de “Kansas Pacific”, justamente o nome da ferrovia em questão. A construção era inevitavelmente alvo de ataques por parte de sulistas que viam a neutralidade do Kansas como um afronta aos interesses dos estados americanos confederados. De ataque em ataque, eles foram minando os trabalhos pois ninguém mais desejava trabalhar na ferrovia com medo de ser morto em algum atentado.

Assim o Capitão Nelson (Hayden) é enviado para a região para dar proteção e segurança aos trabalhadores. O filme é pequeno, quase um média metragem (meros 72 minutos de duração) e se parece demais com um outro filme de Randolph Scott chamado “Devastando Caminhos” de 1949. Plágio? Não diria que chegaria a tanto, apenas um “reciclagem” de ideias por parte da Allied. De qualquer modo, por ser tão curto e com enredo tão redondinho, passa longe de aborrecer alguém. No fundo é uma boa oportunidade de conhecer um típico faroeste da Aliied Artists. E pensar que a juventude da década de 1950 ia para os cinemas drive-in naquela época para namorar e acompanhar faroestes desse tipo.

Abrindo Horizontes (Kansas Pacific, Estados Unidos, 1953) Direção: Ray Nazarro / Roteiro: Daniel B. Ullman / Elenco: Sterling Hayden, Eve Miller, Burton MacLane, Harry Shannon / Sinopse: Capitão do exército americano é enviado para o Kansas para ajudar na proteção dos trabalhadores que estão construindo uma importante ferrovia. Os trabalhos são alvos de vários ataques promovidos por confederados que desejam a guerra entre norte e sul.

Pablo Aluísio. 

sábado, 4 de março de 2006

Rebelião de Bravos

George Montgomery foi por longos anos o ator preferido dos estúdios para estrelar faroestes B. Esse "Rebelião de Bravos" é um exemplo. Um western B da Columbia com o ator encabeçando o elenco (sem nenhum nome de maior repercussão nele). Aqui somos levados ao Arizona, onde um grupo de índios Apaches revoltosos comandados por Gerônimo (Miguel Incian) promovem uma grande rebelião. Eles atacam mineradores e posseiros que entram em suas terras. Para pacificar o local é enviado o Capitão Chase McCloud (George Montgomery). Fazendo um pacto com Gerônimo ele garante que as terras da reserva indígena serão preservadas e em troca exige que o líder nativo deponha suas armas. O problema é que os demais brancos da região não querem abrir mão das minas dentro da reserva Apache pois estão abarrotadas de ouro em grande quantidade. Em pouco tempo Chase terá que lidar não apenas com os Apaches mas também com os mineradores que querem a todo custo explorar a região.

"Rebelião de Bravos" é um bang bang autêntico, ou seja, há muitos tiroteios, emboscadas, batalhas. O roteiro é levado para o lado da ação em detrimento de outros aspectos, como por exemplo, o desenvolvimento dos personagens. Esses obviamente são bem unilaterais, os mocinhos são virtuosos e os bandidos são o supra sumo da maldade. George Montgomery faz um Capitão de boas intenções que acaba tendo que sucumbir aos aspectos políticos de ter que defender os índios em desfavor dos brancos. No saldo final o filme, que é bem curtinho (pouco mais de 70 minutos) consegue entreter o fã de faroestes ao estilo bang bang, sem maiores pretensões do que apenas divertir com muitas lutas entre soldados e índios.

Rebelião de Bravos (Indian Uprising, EUA, 1952) Direção: Ray Nazarro / Roteiro: Keneth Gamet, Richard Schaver / Elenco: George Montgomery, Audrey Long, Carl Benton Reid, Miguel Incian / Sinopse: Brancos, Apaches e a cavalaria norte-americana entram em conflito pelas posses de terras com minas de ouro no Arizona do século XVIII. Para apaziguar a região é enviado o Capitão Chase McCloud (George Montgomery).

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de fevereiro de 2006

De Homem Para Homem

Título no Brasil: De Homem Para Homem
Título Original: Gun Belt
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Global Productions
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Jack DeWitt, Arthur E. Orloff
Elenco: George Montgomery, Tab Hunter, Helen Westcott

Sinopse:
O pistoleiro Billy Ringo (George Montgomery) decide pendurar as armas, comprar um rancho e se casar com Arlene Reach (Helen Westcott). Sua vontade de levar uma vida tranquila é perturbada quando ele é visitado por três ex-membros de uma gangue de que ele participou. Dixon, Hollaway e Hoke querem que ele faça parte de um último grande assalto de banco. Ringo porém resolve tomar outro caminho e entrega os ex-comparsas ao xerife Wyatt Earp que os mata. Ike Clinton, um dos líderes do roubo frustrado, decide então acertar contas com Ringo pelo que ele fez.

Comentários:
Mais um bom trabalho do diretor Ray Nazarro. Seus roteiristas fizeram uma mistura entre ficção e fatos históricos reais. Transformaram o famoso pistoleiro Johnny Ringo em Billy Ringo, de mera ficção. Ao invés do bandido inveterado do mundo real lhe deram uma consciência e um sentimento de arrependimento e justiça (algo que inexistia no verdadeiro Ringo). Depois o colocaram como um informante da lei, onde ele acaba entregando parte do bando de Ike Clinton. Na verdade Ringo era um fora-da-lei sanguinário e cruel mas como estamos no mundo do cinema isso foi invertido em prol do entretenimento. O bandido do mundo real virou um mocinho com crises existenciais. O elenco conta com dois "astros" de faroestes B, George Montgomery e Tab Hunter. Eles eram limitados do ponto de vista dramático, mesmo assim mantém o mínimo suficiente para o filme funcionar. "Gun Belt" é um bang-bang típico dos anos 1950. Está longe de ser uma obra prima mas também não é ruim em nenhum momento.

Pablo Aluísio.