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domingo, 8 de outubro de 2023

Brincando de Seduzir

Título no Brasil: Brincando de Seduzir
Título Original: Beautiful Girls
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Ted Demme
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Timothy Hutton, Matt Dillon, Natalie Portman, Mira Sorvino, Rosie O'Donnell, Uma Thurman

Sinopse:
O pianista de jazz Willie Conway (Hutton), residente em Nova York, volta para sua pequena cidade natal, Knights Ridge, em Massachusetts, para uma reunião do ensino médio. A viagem serve tanto para ir ao reencontro aos seus parentes como também para rever seus velhos amigos e amores dos tempos de colégio. É também uma oportunidade única de resolver velhos problemas que ficaram no passado. 

Comentários:
Filme muito legal que capta bem aquele período da vida das pessoas quando os seus planos sobre o futuro não estão dando muito certo e eles precisam rever seus velhos conceitos, analisar novamente suas próprias vidas. O protagonista do filme retorna para sua cidade natal depois de alguns anos tentando uma carreira de pianista em Nova Iorque. Ele basicamente vive de se apresentar em bares pela cidade, algo muito longe de seu antigo sonho de ser um pianista clássico se apresentando em prestigiadas casas de concertos. A cruel realidade é que sua vida não deu muito certo. De volta ao antigo lar, ele reencontra os velhos amigos e antigas paixões dos tempos do ensino médio. A maioria dessas pessoas nunca saiu da cidadezinha onde sempre moraram. Então fica a dúvida, ele deve desistir dos seus sonhos de músico para retomar um velho romance ou voltar para Nova Iorque e tentar mais uma vez dar certo como pianista? Filme muito bom, leve, com um elenco ótimo, com todos ainda bem jovens e bonitos, esbanjando carisma em cena. Enfim, um otimo programa para um fim de noite nostálgico dos anos 90. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de março de 2022

Minha Super Ex-Namorada

Título no Brasil: Minha Super Ex-Namorada
Título Original: My Super Ex-Girlfriend
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Don Payne
Elenco: Uma Thurman, Luke Wilson, Anna Faris, Rainn Wilson, Eddie Izzard, Stelio Savante

Sinopse:
Matt Saunders (Luke Wilson) é um cara legal. Seu maior problema é a ex-namorada. Jenny Johnson (Uma Thurman) não é uma garota qualquer. Na verdade ela é a super-heroína G-Girl. E tem problemas com seu ex-namorado.

Comentários:
Será que misturar filmes de super-heróis com comédias românticas daria certo? Esse filme, que inclusive foi lançado com certa repercussão nos cinemas brasileiros, veio provar que essa é definitivamente uma péssima ideia! Não tem nada a ver uma coisa com outra. Esse é aquele tipo de filme que já começa errado na premissa, onde a história já é ruim por si mesma. Algo sem salvação. Curiosamente a série "The Boys" iria levar esse tipo de fusão em novo patamar, mas não em misturar heróis com romantismo, mas sim com humor negro. Funcionou bem melhor. De mais a mais outra coisa que estraga esse filme é o casal central. Não parece haver química nenhuma entre eles. Para uma comédia romântica isso é definitivamente o fim!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Por um Corredor Escuro

Katherine 'Kit' Gordy (AnnaSophia Robb) é uma garota rebelde. Depois de muitos problemas e cansados do jeito de ser dela, os pais decidem que ela vai para um daquelas escolas tradicionais, no sistema de internato, onde eles esperam que ela fique sob supervisão, onde aprenderá o valor da disciplina. Só que Kit acaba percebendo que há coisas estranhas naquele lugar. A escola funciona em uma velha casa do estilo vitoriano. Tudo é muito escuro e sombrio. Assim que as aulas começam as demais alunas começam a apresentar habilidades que parecem fora do normal. Uma delas pinta excelentes quadros, a outra escreve poesia de extrema qualidade. Até mesmo Kit começa a tocar piano excepcionalmente bem, muito longe de suas poucas habilidades. O que estaria acontecendo?

Esse filme de terror e suspense apresenta os mesmos problemas de várias outras produções recentes do gênero. É a mesma situação que já vi várias vezes antes. O filme até começa muito bem, apresentando os personagens e tudo mais. Porém conforme vai avançando para seu final vai perdendo o toque, a sutileza. A impressão que tenho é que os roteiristas acreditam que o público dos dias atuais precisa de tudo bem explicadinho. Subestimam a inteligência de quem está assistindo ao filme. O filme deixa a sugestão de lado, para estragar tudo em um final muito exagerado. Não precisava disso.

Por um Corredor Escuro (Down a Dark Hall, Estados Unidos, 2018) Direção: Rodrigo Cortés / Roteiro: Michael Goldbach, Chris Sparling / Elenco: AnnaSophia Robb, Uma Thurman, Isabelle Fuhrman / Sinopse: Uma garota rebelde é enviada para uma escola tradicional e conservadora e descobre que aquele é um lugar perigoso, que esconde segredos sinistros e sombrios.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de outubro de 2021

Kill Bill: Volume 2

Muitos que foram ao cinema assistir a esse filme pensaram equivocadamente que se tratava de uma continuação, uma sequência do primeiro filme. Não é bem assim. Na verdade como o próprio diretor Quentin Tarantino explicaria depois, se tratava na realidade de apenas um filme, dividido em duas partes. A questão é que seu roteiro ficou tão extenso, tão longo e cheio de referências da cultura pop, que ficou impossível desenvolver e apresentar tudo em apenas uma parte (ou um volume como pensou o cineasta). Assim temos aqui o final da trama envolvendo a "noiva" (Uma Thurman) e as razões que a fizeram se tornar praticamente uma assassina serial (ou algo que o valha). A trama é secundária, como aconteceu também na primeira parte. Nessa segunda fita há maiores explicações sobre tudo, inclusive com o uso bem realizado de flashbacks.

Tudo isso porém não é o mais importante. O que "Kill Bill" tem de melhor é a sua estética cinematográfica, sua apologia em forma de homenagem a filmes do passado e centenas de referências à cultura pop. Tudo fruto do caldeirão de cultura popular que povoa a mente do diretor. O resultado de tudo isso é muito divertido e também muito bem feito. Tarantino sabe como ninguém fazer da paródia descompromissada uma verdadeira obra de arte. Curiosamente a Academia, mais uma vez, resolveu ignorar. Pelo menos o Globo de Ouro ainda lembrou do filme em sua premiação, indicando Uma Thurman ao prêmio de Melhor Atriz - Drama (Drama?!) e David Carradine na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (o último grande reconhecimento em sua carreira).

Kill Bill: Volume 2 (Kill Bill: Vol. 2, Estados Unidos, 2004) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Uma Thurman, David Carradine, Michael Madsen, Vivica A. Fox./ Sinopse: Enquanto todos pensavam que "a noiva" estava morta e enterrada, ela retorna finalmente para sua última vingança.

Pablo Aluísio.

Kill Bill: Volume 1

Quentin Tarantino afirmou recentemente que vai retomar essa saga cinematográfica. Então nada mais oportuno do que rever os dois primeiros filmes. E de onde surgiu a ideia que deu origem a Kill Bill? Quando era apenas um adolescente e nerd, o futuro diretor Quentin Tarantino trabalhou por bastante tempo em uma locadora no bairro onde morava. Para quem é jovem demais para saber o que é uma locadora de vídeo, bem... era um lugar bem bacana onde você alugava fitas de um sistema chamado VHS para assistir em casa. A era da internet, dos canais a cabo, do streaming e tudo mais praticamente acabou com esse mundo. A velha locadora de vídeo virou algo tão ultrapassado como uma máquina de escrever! Pois bem, o mais interessante em trabalhar em uma locadora era que você tinha acesso a um acervo enorme de filmes que poderia assistir a qualquer momento. Foi assim mesmo que Tarantino conseguiu cultivar uma tremenda cultura pop.

Nesse "Kill Bill" ele resolveu jogar tudo o que assistiu por anos em apenas um filme. Na realidade o roteiro dessa produção nada mais é do que uma longa homenagem do cineasta para aqueles filmes podreiras que ficavam anos pegando poeira nas prateleiras. Produções vagabundas de artes marciais, filmes de faroeste italianos que ninguém conhecia (só o próprio Tarantino) e todo tipo de underground cinematográfico que você possa imaginar. O que fez Tarantino foi apenas pegar tudo isso que ele assistiu por anos e anos, embalar em um embrulho chique e cult e... voilá! Eis o produto nerd por excelência. O fato é que não importa que esse rocambole seja muito estimado por certos críticos de cinema pelo mundo, o que vale mesmo é saber que a fita, o enredo e o desenvolvimento da trama são divertidíssimos! É o tipo de filme que você não deve encarar com seriedade ou reverência, muito pelo contrário, você tem que conferir procurando se divertir o máximo possível com a mente insana do diretor. Assista com um balde de pipoca e uma Coca-Cola dois litros de lado e desligue o cérebro. Garanto que a diversão estará garantida!

Kill Bill: Volume 1 (Kill Bill: Vol. 1, Estados Unidos, 2003) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Uma Thurman, David Carradine, Daryl Hannah, Lucy Liu, Michael Madsen, Vivica A. Fox / Sinopse: Uma noiva em busca de vingança, artes marciais, uma espada de samurai. Eis tudo o que você precisa saber antes de assistir ao primeiro filme da linha Kill Bill. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Uma Thurman).

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de agosto de 2021

Ninfomaníaca: Volume 1

O diretor Lars von Trier decidiu fazer dois filmes dessa história. Esse primeiro começa quando um senhor mais velho chamado Seligman (Stellan Skarsgård) encontra uma mulher, conhecida como Joe (Charlotte Gainsbourg), caída no chão, no meio da rua, machucada. Ele prontamente se oferece para ajudá-la. Pensa em chamar uma ambulância ou a polícia, mas ela recusa. Ao invés disso ele o leva para casa, para tomar chá e se recuperar. Então Joe começa a contar sua história. Desde quando era garotinha sua sexualidade era fora dos padrões. Depois quando veio a puberdade ela se atirou em uma vida promíscua. Fazia apostas com a amiga, sobre quem iria transar com mais homens em um trem e coisas do tipo. Com o tempo a coisa só piorou. Ela começou a transar com qualquer homem que surgisse pela frente. Homens mais novos, mais velhos, solteiros, casados, todos se tornavam seu alvo.

E claro, um comportamento como esse, também sempre traz problemas como quando a esposa de um de seus amantes apareceu em seu apartamento com três filhos pequenos para fazer uma cena constrangedora. Esse filme foi criticado em seu lançamento por causa das fortes cenas de sexo, mas ao meu ver essa é uma leitura superficial. Na verdade Lars apostou muito mais no aspecto emocional e psicológico de sua protagonista. Tanto isso é verdade que sua escalada de sexo e promiscuidade acontece na mesma proporção em que ela vai perdendo seu prazer real. Vai ficando insensível ao longo do tempo, como se fosse uma viciada em drogas, até porque queiram ou não há mesmo muitas semelhanças entre esse e o vício em sexo. Assim, olhando sob esse ponto de vista, gostei do filme e pretende ver o segundo. Não costumo me decepcionar com os filmes de Lars von Trier.

Ninfomaníaca: Volume 1 (Nymphomaniac: Vol. I, Dinamarca, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Lars von Trier / Roteiro: Lars von Trier / Elenco: Charlotte Gainsbourg, Stacy Martin, Stellan Skarsgård, Shia LaBeouf, Christian Slater, Uma Thurman / Sinopse: Mulher ninfomaníaca começa a destruir a vida dos homens com quem mantém relações amorosas. Aos poucos sua vida também vai se desmoronando por causa de seu comportamento promíscuo e sem limites.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de agosto de 2020

Henry & June

Título no Brasil: Henry & June
Título Original: Henry & June
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Philip Kaufman
Roteiro: Philip Kaufman
Elenco: Fred Ward, Uma Thurman, Kevin Spacey, Maria de Medeiros, Richard E. Grant, Juan Luis Buñuel

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Anaïs Nin, o filme "Henry & June" conta a história do romance e erotismo vivido pela autora com o escritor Henry Miller e sua esposa June. Em plena década de 1930 eles decidiram ampliar seus horizontes eróticos e sexuais. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de fotografia (Philippe Rousselot). 

Comentários:
Esse filme conta uma história real de um triângulo amoroso que aconteceu em Paris, durante o ano de 1931. Os envolvidos eram escritores e poetisas, que decidiram romper com o moralismo e o pensamento conservador que existia na época. Nada de relacionamentos tradicionais, com casais chatos que procuravam seguir uma determinada cartilha de comportamento. Como intelectuais que eram, eles perceberam que tudo aquilo não passava de meras convenções sociais e como tais deveriam ser rompidas, sem culpas e nem pecados. O cineasta Philip Kaufman sempre foi conhecido por assinar obras cinematográficas mais autorais e também mais intelectualizadas. Aqui ele quis levar para a tela um evento envolvendo artistas que sempre admirou em sua vida. O resultado ficou muito bom, bem produzido, com um elenco acima da média. Na época se falou muito do fato do filme, que tinha tanto potencial nesse sentido, ter ficado de fora das principais categorias do Oscar. Parece que isso de deu pelo teor erótico de seu roteiro, considerado acentuado demais pela Academia. Um falso moralismo de seus membros. Uma pena. Assim se escreveu mais um capítulo na longa lista de injustiças do Oscar. Como cinema "Henry & June" é um primor.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de outubro de 2019

Robin Hood, o Herói dos Ladrões

Título no Brasil: Robin Hood, o Herói dos Ladrões
Título Original: Robin Hood
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: John Irvin
Roteiro: Sam Resnick
Elenco: Patrick Bergin, Uma Thurman, Jürgen Prochnow, Edward Fox, Jeroen Krabbé, Danny Webb

Sinopse:
Durante o reinado de Ricardo Coração de Leão, um usurpador tenta colocar as mãos na coroa já que o rei se encontra longe, participando de uma cruzada. Sir Robert Hode tenta impedir, mas acaba caindo em desgraça, se tornando assim um bandoleiro nas florestas de Sherwood.

Comentários:
Dois filmes sobre Robin Hood foram lançados quase simultaneamente. O primeiro foi "Robin Hood" com Kevin Costner no papel principal. O segundo foi esse "Robin Hood, o Herói dos Ladrões" que trazia o menos conhecido Patrick Bergin interpretando o famoso personagem que roubava dos ricos para dar aos pobres. O filme de Kevin Costner, como era de se esperar, fez muito mais sucesso. Esse aqui chegou a ser lançado em VHS no Brasil, mas sem muita badalação. O curioso é que a Fox para promovê-lo fez uma campanha de marketing afirmando que esse seu filme de Robin Hood era bem mais realista, mais de acordo com o que os historiadores levantaram sobre o Robin Hood da história. Será mesmo? Penso que não. O filme só pode ser considerado mais realista se for comparado com o de Costner, esse sim com mais elementos de fantasia. Mesmo assim ainda há muita lenda nessa roteiro. Patrick Bergin que havia se destacado ao lado de Julia Roberts em "Dormindo com o Inimigo" não decepciona no papel. Tampouco empolga. Quem no final acaba roubando as atenções é a bela e exótica Uma Thurman. Na época original do lançamento do filme poucos sabiam quem ela era. Enfim deixo a dica, principalmente se você gosta do Robin Hood. Esse aqui é um de seus filmes menos conhecidos.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de agosto de 2019

O Pagamento

Título no Brasil: O Pagamento
Título Original: Paycheck
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Woo
Roteiro: Dean Georgaris
Elenco: Ben Affleck, Aaron Eckhart, Uma Thurman, Paul Giamatti, Michael C. Hall, Kathryn Morris

Sinopse:
Baseado em um conto escrito por Philip K. Dick, o filme "Paycheck" conta a história de um programador de tecnologia que é contratado para invadir os sistemas de empresas concorrentes. Para encobrir o crime sua memória é apagada após o processo, só que ele começa a ter flashs desses momentos, causando uma verdadeira caçada humana.

Comentários:
Existem filmes que você assiste, mas que depois de alguns anos esquece que assistiu. É o meu caso nesse "O Pagamento". Segundo meus apontamentos o assisti no cinema em abril de 2004. Tudo bem, informação segura, só que me recordo muito pouco dessa produção high-tech que procurava faturar em cima da febre da era da informática. Claro, alguns nomes são sintomáticos por aqui. O primeiro é a do diretor John Woo, especialista em cenas de ação. O segundo é de Philip K. Dick, o visionário escritor de ficção que criou o mundo de "Blade Runner". Obviamente que essa produção passa longe do clássico cult movie dos anos 80, mas que pelo sim, pelo não, merece ser conferida pelo menos uma vez, mesmo que anos depois você esqueça de tudo, tal como o perssonagem interpretado pelo ator (de uma só expressão) Ben Affleck! Por fim um aviso aos que primam pela literatura de Dick. Aqui apenas a ideia original foi aproveitada. O conceito ainda está lá, mesmo que soterrado por clichês de Hollywood, por isso nem tente comparar o filme ao conto que lhe deu origem. São literalmente dois universos que não se encontram.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Bel Ami - O Sedutor

Georges Duroy (Robert Pattinson) é um jovem sedutor em Paris que usa de sua beleza para subir na escala social, usando para isso mulheres ricas e influentes dentro da sociedade. Roteiro baseado na novela escrita pelo autor Guy de Maupassant, cuja trama é parcialmente baseada em fatos reais. A produção é muito boa, figurinos luxuosos, boa reconstituição de época, clima adequado... Inicialmente você pensa sinceramente que vai assistir no mínimo um bom filme, mas aí... entra em cena Robert Pattinson! Nada tenho de pessoal contra ele, até já cheguei a elogiá-lo em filmes mais recentes onde ele acertou, mas aqui... não há salvação - ele está completamente fora do tom, deslocado no tempo e no espaço, sem charme (essencial para o personagem) e desfilando suas expressões de paisagem.

Nada se salva em seu trabalho o que é uma grande pena já que o elenco feminino de apoio é dos melhores. Elas (entenda-se Uma Thurman, Kristin Scott Thomas e Christina Ricci) realmente salvam o filme de afundar feito o Titanic. Thurman nunca foi particularmente bonita, porém conseguiu uma boa atuação com sua personagem Madeleine Forestier. Kristin Scott Thomas como Virginie Rousset é outro ponto positivo em termos de elenco. Delas eu destacaria mesmo como acima da média Christina Ricci interpretando o papel de Clotilde de Marelle! Muitos a consideram apenas uma atriz esquisita especializada em personagens bizarros, mas penso diferente. Permitam-me discordar. Sua beleza (sim, a considero bonita) provém de um tipo de estética diferente, mas não esquisita. Nesse filme então ela está ótima nesse aspecto. Por elas não jogaria o filme no lixo, essa é a conclusão final a que chego.

Bel Ami - O Sedutor (Bel Ami, Estados Unidos, 2012) Direção: Declan Donnellan, Nick Ormerod
/ Roteiro: Rachel Bennette ; Elenco: Robert Pattinson, Uma Thurman, Kristin Scott Thomas, Christina Ricci / Um perigoso jogo de amor, sedução e ambição se forma em Paris, onde o charme e a beleza são usadas para fins nada louváveis. Filme romântico de época, estrelado pelo astro teen Robert Pattinson.
    
Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Por um Corredor Escuro

Tipicamente um caso de filme de terror que tinha tudo para dar certo, mas que não funciona. A história se passa em um daqueles colégios tradicionais ingleses, onde garotas mais problemáticas são enviadas para aprender sobre disciplina, educação e postura. A protagonista é interpretada pela atriz AnnaSophia Robb. Ela é uma dessas meninas rebeldes que é enviada para uma dessas escolas bem conservadoras. Chegando lá fica sob supervisão de uma tutora rigorosa interpretada pela Uma Thurman. Aos poucos ela vai se acostumando com a rotina do lugar, conhecendo as outras alunas, etc. Só que tem algo muito errado com aquele lugar. As jovens começam a despertar talentos incomuns. Uma se torna uma excelente pianista. A outra começa a pintar quadros clássicos maravilhosos. Ainda sobra espaço para matemáticas, poetisas, etc. Nada parece fazer muito sentido.

A explicação vem da manifestação de entidades sobrenaturais. Dizer mais seria estragar as surpresas do roteiro. Só que não vá se animando muito. O enredo é bom, a premissa muito interessante, mas o filme é fraco demais. Dirigido por um cineasta espanhol (a Espanha tem realizado muitos bons filmes de terror ultimamente), tudo acaba em mera decepção. A cena final, com chamas digitais extremamente mal feitas, é a pá de cal definitiva sobre um filme que ficou pelo meio do caminho.

Por um Corredor Escuro (Down a Dark Hall, Estados Unidos, Espanha, 2018) Direção: Rodrigo Cortés / Roteiro: Michael Goldbach, Chris Sparling / Elenco: AnnaSophia Robb, Uma Thurman, Isabelle Fuhrman / Sinopse: Jovem garota rebelde é enviada para uma tradicional escola para moças para aprender disciplina e foco em sua vida, mas acaba descobrindo que o lugar guarda segredos envolvendo o sobrenatural e a invocação de pessoas mortas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Vatel - Um Banquete para o Rei

Título no Brasil: Vatel - Um Banquete para o Rei
Título Original: Vatel
Ano de Produção: 2000
País: França, Inglaterra, Bélgica
Estúdio: Miramax Films
Direção: Roland Joffé
Roteiro: Jeanne Labrune, Tom Stoppard
Elenco: Gérard Depardieu, Uma Thurman, Tim Roth, Julian Sands, Julian Glover, Richard Griffiths
  
Sinopse:
Em 1671 o Rei da França Louis XIV (Julian Sands) decide passar três dias na propriedade de um conde francês, que no passado foi seu inimigo, mas que agora poderá se tornar um aliado importante em uma nova guerra que o monarca francês pretende se envolver. Para que a visita seja um sucesso, onde tudo dê certo, o conde contrata os serviços do mestre de cerimônias François Vatel (Gérard Depardieu). Caberá a ele administrar todos os eventos da visita real ao Château de Chantilly. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Direção de Arte (Jean Rabasse e Françoise Benoît-Fresco). Vencedor do César Awards na categoria de Melhor Design de Produção (Jean Rabasse).

Comentários:
Outro filme que gira em torno da figura de Louis XIV, o "Rei Sol". A diferença básica de seu roteiro é que tudo se concentra não na figura real, mas sim no trabalho minucioso e exaustivo de François Vatel (Gérard Depardieu), o empregado do conde anfitrião, que precisará tomar todos os cuidados para que tudo saia conforme o planejado na visita do rei nas terras de seu patrão. E isso não é algo fácil. Ele precisará lidar com uma corte inteira (que sempre seguia os passos do rei). Pessoas mimadas, muitas vezes indisciplinadas e arrogantes, que exigiam o melhor em termos de serviços, sem facilitar o trabalho de ninguém em troca. O próprio Louis XIV é um exemplo disso. Embora viajasse com a sua Rainha, ele tinha várias cortesãs, mulheres que frequentavam sua cama, em casos escandalosos e notórios. Uma delas seria a dama de companhia Anne de Montausier (Uma Thurman), que cai nas graças do monarca justamente em sua visita ao conde. E por mais incrível que isso possa parecer, embora se torne cortesã real, ela nutre simpatias mesmo por Vatel, o homem comum, trabalhador e esforçado. Ter que lidar com a nobreza da corte se mostra assim seu trabalho mais árduo. Para se ter uma ideia de como era até mesmo perigoso lidar com a nobreza, em determinado momento do filme o irmão do rei se engraça por um menino protegido por Vatel. Embora o roteiro não deixe tudo muito claro, fica-se subentendido que o irmão de Louis seria pedófilo e estaria tentando abusar da criança. Agora imaginem a situação complicada para Vatel, ter que salvar a pele do garoto sem criar um problema com o membro da família real (o que em tempos de absolutismo poderia lhe custar a própria vida). Em termos de elenco não há o que reclamar, pois todos os atores estão excepcionalmente bem em cena. Entre os destaques poderia lembrar da excelente presença de Tim Roth como o maquiavélico Marquês de Lauzun e, é claro, como não poderia deixar de ser, a sempre marcante presença de Gérard Depardieu. Ele sempre fez valer qualquer tipo de papel que representasse. Esse filme não é exceção. É um desses atores ímpares na história do cinema. Simplesmente genial.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Os Vingadores

Título no Brasil: Os Vingadores
Título Original: The Avengers
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jeremiah S. Chechik
Roteiro: Don MacPherson
Elenco: Ralph Fiennes, Uma Thurman, Sean Connery, Patrick Macnee
  
Sinopse:
John Steed (Ralph Fiennes) e Emma Peel (Uma Thurman) formam uma dupla de agentes secretos ingleses designados para investigar as misteriosas atividades do milionário excêntrico Sir August de Wynter (interpretado pelo ex-James Bond do cinema Sean Connery). Após algumas descobertas eles ficam sabendo que o vilão está planejando destruir o mundo, usando para isso uma incrível e moderna máquina que consegue mudar o clima e o tempo de diferentes partes do planeta Terra.

Comentários:
Antes de mais nada não vá confundir esse filme com a adaptação para o cinema dos super-heróis da Marvel. Esse aqui é baseado em uma série de TV inglesa criada pelo roteirista Sydney Newman que fez bastante sucesso em 1961, no ano em que foi exibida pela primeira vez. Esse roteirista ainda iria escrever outra série de sucesso, Dr. Who. Os personagens principais desse filme são agentes secretos ingleses (pegando clara e óbvia inspiração nos livros e filmes de James Bond) que enfrentam perigosos vilões que querem destruir o mundo. O agente secreto John Steed (Ralph Fiennes), por exemplo, usa um figurino dos mais conservadores, com direito a bengala e chapéu, mas que ao lado de seu visual de lorde inglês se esconde um hábil lutador e especialista nas típicas manobras de um verdadeiro espião. O que há mais a se elogiar nesse filme é a bonita direção de arte, com figurinos, reconstituição de época, cenários e produção do mais alto nível. O filme inclusive foi rodado nos mesmos estúdios onde os filmes de Bond foram feitos. A despeito disso e de contar com um ótimo elenco (com direito a Sean Connery em papel coadjuvante!) o fato é que o material original que deu origem a essa adaptação envelheceu demais, ficou fora de moda, ultrapassado. Assim não há muito o que apreciar, a não ser a nostálgica atmosfera vintage de uma época que já não existe mais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Os Miseráveis

Título no Brasil: Os Miseráveis
Título Original: Les Misérables
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Mandalay Entertainment, TriStar Pictures
Direção: Bille August
Roteiro: Rafael Yglesias
Elenco: Liam Neeson, Geoffrey Rush, Uma Thurman
  
Sinopse:

Filme adaptado da obra do escritor Victor-Marie Hugo, Les Misérables. Na história vemos a conturbada vida de Jean Valjean, um homem condenado que é colocado em liberdade durante um dos períodos mais agitados da história francesa. O enredo se passa no século XIX, mostrando a queda do regime do imperador Napoleão Bonaparte e a intensa miséria a que foi submetida grande parte da população da França naquele momento histórico. Filme indicado ao Cairo International Film Festival.

Comentários:
Tantas adaptações já foram feitas para o cinema da famosa obra de Victor Hugo que fica realmente complicado ao cinéfilo escolher a melhor de todas. Na realidade não existe "a melhor", mas sim aquelas que são mais fiéis ao texto original ou mais bem realizadas do ponto de vista da produção, reconstituição histórica, elenco, figurinos, etc. Essa versão de 1998 de "Les Misérables" se enquadra nessa segunda categoria. É uma produção realmente de requinte, com excelentes aspectos técnicos. O roteiro pode até não ser tão fiel ao livro de Victor Hugo, mas isso se torna secundário diante de um filme tão bem realizado. O elenco é composto por astros do cinema americano que unem suas forças a atores realmente brilhantes do ponto de vista da arte dramática. Na época de seu lançamento o filme foi acusado, entre outras coisas, de ser um produto pop demais, feito para consumo das massas. Além de bem preconceituosa essa visão não é inteiramente verdadeira. Mesmo sob uma análise literária e histórica o filme convence. Na trama vemos os perigos de se confiar cegamente em um líder populista e ditatorial como Bonaparte e as consequências nefastas que se abatem sobre o povo francês naquele momento histórico de muita agitação política e social. Por essa razão deixo a recomendação dessa versão que certamente foi uma porta de entrada muito eficaz para os interessados na literatura de Victor Hugo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pegando Fogo

Bom, se você considera cozinhar bem uma verdadeira arte, então vou deixar a dica desse interessante filme chamado "Pegando Fogo" (Lamentavelmente mais um título nacional completamente sem noção). O enredo gira em torno de Adam Jones (Bradley Cooper). No passado ele foi um consagrado chef de cuisine em Paris. Seus pratos eram respeitados e ele era admirado como profissional inovador e criativo. Em seu auge chegou a ser qualificado como um dos melhores da cidade, o que definitivamente não era pouca coisa, uma vez que Paris sempre foi o centro da gastronomia mundial. Infelizmente os anos de glória ficaram para trás após ele mesmo colocar tudo a perder por causa de mulheres, drogas e bebidas. Depois da queda resolveu então voltar para os Estados Unidos. Trabalhando em um boteco de quinta categoria em New Orleans ele decide se redimir de uma vez por todas, novamente jogando tudo para o alto, com a intenção de voltar para a Europa, para recuperar seu prestígio e fama do passado nos melhores restaurantes do continente. Ao invés de retornar a Paris, Jones resolve então ir dessa vez para Londres, onde um antigo colega de profissão agora trabalha como maitre. Será que haverá uma segunda oportunidade para ele no concorrido mercado de finas iguarias da capital inglesa?

Quando esse filme começou me recordei imediatamente de um filme mais antigo com Catherine Zeta-Jones e Aaron Eckhart chamado "Sem Reservas" (No Reservations, EUA, 2007). A temática é bem parecida e mostra o lado mais concorrido desse mundo da alta culinária mundial. Para trazer mais apelo dramático a esse roteiro os escritores criaram uma personalidade muito atormentada para o personagem central interpretado por Bradley Cooper. Ele aliás está muito bem no papel desse temperamental chefe que vira e mexe protagoniza acessos de fúria e raiva em sua cozinha. Basta um pequeno erro no sabor, um excesso de algum condimento para que tudo voe pelos ares. Como se isso não fosse o bastante há ainda explosões de raiva contra seus subordinados o que transforma seu ambiente de trabalho em um verdadeiro caos de tensão incontida. Ele deseja a cobiçada terceira estrela da famosa publicação Michelin, um guia com os melhores restaurantes e chefes de cozinha de todo o mundo e está decidido a ganhar sua redenção na profissão. Ser um profissional três estrelas no guia iria lhe transformar em um dos cozinheiros mais respeitados de todo o planeta. Para isso Jones realmente não está disposto a ser nada menos do que perfeito em suas criações, o que não será nada fácil uma vez que ele tem uma vida conturbada, com um passado complicado de apagar. No saldo final o filme me agradou, não apenas pela boa dramaticidade como também pelas cenas de preparo dos pratos finos. Cada refeição é tratada praticamente como uma obra de arte. Para um gourmet não poderia haver nada melhor do que isso. Não deixe de conferir e Bon Appétit!

Pegando Fogo (Burnt, EUA, 2015) Direção: John Wells / Roteiro: Steven Knight, Michael Kalesniko / Elenco: Bradley Cooper, Emma Thompson, Uma Thurman, Sienna Miller, Matthew Rhys, Daniel Brühl / Sinopse: Após arruinar sua carreira em Paris, um cozinheiro americano chamado Adam Jones (Bradley Cooper) resolve voltar para a Europa, mais especificamente Londres, para um retorno triunfal ao mercado mais concorrido da alta culinária em todo o mundo. Ele deseja ser reconhecido por seu talento, ganhando a tão cobiçada terceira estrela do Guia Michelin de restaurantes. O caminho até a consagração porém não será nada fácil.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um Bom Partido

Um filme meramente mediano com um elenco muito bom. Assim de maneira simples poderíamos definir esse “Um Bom Partido”, nova comédia romântica que está chegando nas telas de cinema em todo o Brasil. Jessica Biel, Gerard Butler, Uma Thurman, Dennis Quaid e Catherine Zeta-Jones estão em cena mas o filme não consegue empolgar. Na estória Gerard Butler interpreta um jogador de futebol aposentado e arruinado financeiramente que tenta dar a volta por cima. Nos anos de glória ele se distanciou da família, embriagado pela fama e sucesso e agora tem que reconstruir todos os seus relacionamentos familiares que destruiu quando era rico e famoso. Em relação a sua ex-esposa (Jessica Biel) e seu filho a questão é ainda mais delicada pois ele tem que provar que é um bom sujeito apesar dos erros cometidos no passado. Como se vê é mais um filme Made in Hollywood que investe no velho argumento da redenção pessoal de seus personagens.

O filme tenta se segurar na base dos diálogos e interpretação dos bons atores mas a direção preguiçosa não avança. O cineasta Gabriele Muccino não parece estar muito empenhado em tirar proveito do enredo, preferindo apostar no elenco como chamariz de público. Gerard Butler investe novamente no gênero mas não consegue emplacar. É curioso saber que ele tenha tentado de novo mesmo com o relativo fracasso de “Caçador de Recompensas”. Já as atrizes Jessica Biel, Uma Thurman e Catherine Zeta-Jones parecem estar numa situação bem parecida com o personagem principal do filme. Depois de vários sucessos encontram-se em um impasse na carreira, se contentando em ser meras coadjuvantes de um filme como esse. A pior situação é a de Zeta-Jones que desde “Chicago” não conseguiu mais bons papéis. No saldo final “Um Bom Partido” se torna apenas uma boa premissa que poderia render muito mas que se contenta em ser apenas uma comédia romântica de rotina, sem grandes atrativos. 

Um Bom Partido (Playing for Keeps, Estados Unidos, 2012) Direção: Gabriele Muccino / Roteiro: Robbie Fox / Elenco: Jessica Biel, Gerard Butler, Uma Thurman, Judy Greer, Dennis Quaid, Catherine Zeta-Jones, James Tupper / Sinopse: Ex-jogador de futebol (Gerard Butler) tenta recomeçar a vida após a aposentadoria. Sem dinheiro tenta reconquistar o amor de seu filho e de sua ex-esposa treinando o time do garoto.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Batman & Robin

Título no Brasil: Batman & Robin
Título Original: Batman & Robin
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Akiva Goldsman, baseado na obra de Bob Kane
Elenco: Arnold Schwarzenegger, George Clooney, Chris O'Donnell, Uma Thurman, Alicia Silverstone

Sinopse:
Batman (George Clooney) se une ao seu pupilo e parceiro no combate ao crime, Robin (Chris O'Donnell), e à Batgirl (Alicia Silverstone) para enfrentar os terríveis vilões Mr. Freeze (Arnold Schwarzenegger) e Poison Ivy (Uma Thurman). Filme indicado a três prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Maquiagem, Figurino e Melhor Filme de Fantasia. "Vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria Pior Atriz Coadjuvante (Alicia Silverstone).

Comentários:
Nem só de obras primas viveu o personagem Batman nos cinemas. Para quem é jovem e só conheceu mesmo os filmes dirigidos por Christopher Nolan é bom saber que houve uma primeira franquia que surgiu com Tim Burton e morreu com Joel Schumacher. E foi justamente esse filme aqui que enterrou a primeira quadrilogia do homem morcego nos cinemas. O interessante é que as filmagens foram muito badaladas pois todos queriam conferir o personagem com o novo queridinho de Hollywood, George Clooney. De fato ele estava no pique do sucesso, após provar que tinha conseguido fazer a complicada transição da TV para o cinema. Assim a Warner desembolsou uma fortuna para tê-lo na pele de Batman. O estúdio inclusive queria realizar o melhor filme de todos os tempos sobre o herói, com orçamento milionário e caprichos impensáveis naquela época, como por exemplo, contratar o astro Arnold Schwarzenegger para interpretar o vilão Mr. Freeze! Tudo parecia caminhar para a consagração de mais um grande blockbuster, desses que realmente arrasam quarteirões mas... tudo resultou em um grande desapontamento! Joel Schumacher, provavelmente inspirado na série televisiva dos anos 1960, optou erroneamente por dar ao filme um tom exageradamente cartunesco, beirando a paródia completa. O público não aceitou e a crítica detestou. Depois que Tim Burton tinha renovado o personagem com tintas sombrias era de fato uma surpresa e tanto uma abordagem tão pop e camp como essa. Desnecessário dizer que o filme naufragou completamente, se tornando um vexame para todos os envolvidos. George Clooney ainda tentou amenizar soltando algumas piadinhas sobre o uniforme ridículo que estava usando (com direito a mamilos salientes), mas nada disso salvou "Batman & Robin" de se tornar um dos maiores desastres da história da Warner Bros. Uma mancha negra complicada de apagar na história de um dos mais populares heróis de quadrinhos de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ligações Perigosas

Título no Brasil: Ligações Perigosas
Título Original: Dangerous Liaisons
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Glenn Close, John Malkovich, Michelle Pfeiffer, Keanu Reeves, Uma Thurman

Sinopse:
Baseado no famoso romance "Les Liaisons Dangereuses" do autor Choderlos de Laclos (1741 - 1803), o filme "Ligações Perigosas" narra as intrigas, fofocas e ciladas sociais que se desenvolvem na corte francesa do século XVIII. De um lado o fútil e perigoso Visconde Sébastien de Valmont (John Malkovich), do outro a maquiávelica Marquesa Isabelle de Merteuil (Glenn Close) e no meio de todas as armações sociais a bela e jovem Madame de Tourvel (Michelle Pfeiffer). Um jogo mortal de sedução e poder dentro das relações entre nobres da monarquia francesa da época. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte.

Comentários:
Choderlos de Laclos foi um dos principais generais de Napoleão Bonaparte. Quando não estava nos campos de batalha lutando por seu imperador, escrevia romances. O livro que deu origem a esse filme logo se tornou um dos mais populares de sua carreira como escritor. Ele desvenda o jogo de poder e cobiça que existia dentro da corte francesa. O curioso é que o próprio Napoleão era fruto da revolução francesa, que procurava colocar abaixo a ordem social da monarquia daquela nação, mas tão logo assumiu o poder absoluto deu origem a também uma corte suntuosa e luxuosa, provando que nem sempre as boas intenções resultam em algo positivo. Deixando um pouco de lado esse contexto histórico o fato é que "Ligações Perigosas" tem uma das tramas mais saborosamente perversas da história do cinema americano. Stephen Frears, em grande momento, soube como poucos explorar as vilanices de seus personagens. Aqui, como obviamente podemos notar, o que importa é realmente passear pelas artimanhas e manipulações dos dois personagens centrais, ambos sem quaisquer escrúpulos pessoais ou valores morais, mas mestres na arte da manipulação social. Claro que apenas dois grandes atores poderiam tirar todo o potencial do texto literário para as telas de cinema. Nesse ponto John Malkovich e Glenn Close estão soberbos. Glenn Close em especial tem uma das melhores atuações de sua vida e quem a conhece sabe que isso definitivamente não é pouca coisa. O contraste da podridão de seus interesses e almas com a delicada inocência, juventude e beleza de Michelle Pfeiffer (linda no filme) garantem o alto nível do filme no quesito atuação. Em termos de produção o filme também apresenta um requinte único, com belíssima reconstituição de época, extremamente luxuosa nos mínimos detalhes. Um filme para se ter na coleção, com a finalidade de se rever sempre que possível. Cinema do mais puro e fino bom gosto.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Os Produtores

Título no Brasil: Os Produtores
Título Original: The Producers
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Columbia Pictures
Direção: Susan Stroman
Roteiro: Mel Brooks, Thomas Meehan
Elenco: Nathan Lane, Matthew Broderick, Uma Thurman, Will Ferrell

Sinopse:
Depois de mais um fracasso nos palcos, um produtor de teatro, Max Bialystock (Nathan Lane), resolve armar um golpe ao lado de seu contador (interpretado por Broderick) para ganhar muito dinheiro com a grana dos investidores da peça. O golpe porém só dará certo se a peça fracassar completamente, mas para surpresa de todos o musical chamado "Primavera para Hitler" acaba se tornando um enorme sucesso de público! Filme Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Musical ou comédia, Melhor ator (Nathan Lane), Melhor Ator Coadjuvante (Will Ferrell) e Melhor Trilha Sonora Original.

Comentários:
Nem tudo o que dá certo na Broadway funciona no cinema. Tiro essa conclusão após assistir a esse "The Producers" que é considerado um dos maiores sucessos de público e crítica nos palcos de Nova Iorque. A adaptação para o cinema foi realizada por praticamente os mesmos responsáveis pela peça que estava em cartaz na mesma época em que o filme foi produzido mas o charme se foi... O que pode ter acontecido? Acredito que são linguagens que nem sempre se completam perfeitamente. Na Broadway provavelmente seja mesmo um arraso, as músicas, o roteiro com aquela doce farsa que funciona muito bem ao vivo mas nas telas a coisa toda ficou plastificada demais, sem vida, sem encanto. Certamente essa minha opinião vai ser considerada ácida por muitas pessoas que gostam de musicais e provavelmente tenham gostado do resultado dessa adaptação. Eu particularmente não curti. Da próxima vez tentarei ver nos palcos para ver se lá também ainda funciona.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Percy Jackson e o Ladrão de Raios

Título no Brasil: Percy Jackson e o Ladrão de Raios
Título Original: Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Craig Titley, baseado no livro de Rick Riordan
Elenco: Logan Lerman, Sean Bean, Pierce Brosnan, Uma Thurman

Sinopse: 
O jovem Percy Jackson (Logan Lerman) aparenta ser um adolescente comum, igual a todos os outros. Sua verdadeira natureza porém é bem diversa. Ele na realidade é um semideus, filho de uma mortal com o deus Poseidon. Tentando lidar com essa nova realidade ele precisa agora se defender daqueles que o acusam de ter roubado uma das armas mais poderosas da mitologia, o raio de Zeus! Para provar que é inocente ele então parte para uma grande aventura, jamais imaginada por um garoto como ele!

Comentários:
Com o sucesso de franquias como "Harry Potter" e "O Senhor dos Anéis" era de se esperar que outras adaptações de livros populares para o público infanto-juvenil viessem à tona. A aposta dos estúdios Fox então recaiu sobre esse personagem Percy Jackson. Com um orçamento de quase 100 milhões de dólares na produção as expectativas comerciais eram as melhores possíveis mas os resultados foram bem mornos. Em termos de qualidade também não há comparação com as séries de filmes que levaram a Fox a investir tanto aqui. Na verdade as tramas envolvendo Percy Jackson são bem derivativas, sem maiores novidades. Nem o talento do cineasta Chris Columbus para esse tipo de filme fez diferença. Na minha opinião o que atrapalhou mesmo foi o material original que deu origem ao filme. Nem sempre livros de fantasia são adequados para o cinema pois o que funciona na literatura nem sempre funciona na tela. Esse personagem é um exemplo. Ele não tem o carisma de um Harry Potter e nem muito menos a profundidade da saga de J. R. R. Tolkien! É apenas uma aventura fantasiosa com um excelente elenco de apoio mas com um ator bem sem graça no papel principal. O que sobra no final das contas é puro tédio. Talvez agrade a certa parcela do público na faixa dos 14 anos. Já para os adultos o bocejo no final da exibição será inevitável.

Pablo Aluísio.