Quando o filme começa encontramos esse velho advogado em uma cama de hospital. Ele está morrendo de AIDS. O desespero vem não apenas pelo fato dele estar nos últimos estágios de uma doença mortal e incurável, mas também pelo fato de que a Ordem dos advogados está prestes a cassar sua licença para advogar. O que aconteceu? Assim o filme volta em um longo flashback para contar sua história pessoal, os envolvimentos em pequenas e grandes corrupções envolvendo o governo dos Estados Unidos e o lado mais podre e escondido da política daquele país.
James Woods interpreta o advogado Roy Marcus Cohn. Sua interpretação é excelente, embora prejudicada um pouco pela forte maquiagem quando dá vida ao idoso moribundo. Parece uma máscara de borracha mal arranjada. Nas cenas em que aparece ao natural, com o rosto limpo, se sobressai seu talento. Do sujeito até idealista, recém saído da faculdade de direito, até o corrompimento completo de caráter ao rastejar pelo submundo e esgotos do jogo baixo envolvendo homens poderosos e corruptos, o filme tenta contar sua história. Poderia ser um retrato do Brasil, mas é uma amostra do que ocorre nos bastidores do poder nas altas esferas do governo americano. Não há democracia que resista. Assista e tenha um gostinho do que se passa também por lá, nas entranhas do grande irmão do norte.
Cidadão Cohn (Citizen Cohn, Estados Unidos, 1992) Direção: Frank Pierson / Roteiro: David Franzoni, baseado no livro escrito por Nicolas von Hoffman / Elenco: James Woods, Joe Don Baker, Joseph Bologna / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme conta a história de um influente advogado que está morrendo de AIDS, com ameaça de perder sua carteira de advogado depois que inúmeros escândalos envolvendo sua atuação dentro do governo são revelados ao público. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (James Woods).
Pablo Aluísio.
Cidadão Cohn
ResponderExcluirCitizen Cohn
Pablo Aluísio.
Quando eu assisti esse filme eu pensei o seguinte: e nós, brasileiros, que nos sentimos defasados em tudo em relação aos Estados Unidos, (uns trinta anos, no mínimo) estamos hoje nos esforçando tanto pra chegar NISSO. Que desespero!
ResponderExcluirA corrupção nunca foi exclusividade do Brasil. A impunidade sim, essa ainda teima em resistir, mas vamos melhorar com os anos e com a mudança de rumo determinado nessas eleições.
ResponderExcluirAh Pablo, como você é otimista. Isso é uma da coisas boas da juventude, tudo parece possível. Tomara!
ResponderExcluirVamos abraçar o otimismo. Como diria o Papa Francisco não beba o cálice de pessimismo que o diabo tem a lhe oferecer todos os dias. :)
ResponderExcluirLindo pensamento!
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