quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Damsel

Esperava bem mais desse western moderno. Não apenas por ser um faroeste, gênero cada vez mais raro nos dias atuais, como também pelo fato de trazer a atriz Mia Wasikowska. Ela é uma das minhas preferidas. O enredo começa com um pastor surtando numa parada de diligências bem no meio do deserto. A carruagem não chega e ele vai perdendo a cabeça, até que enlouquece completamente e tira as roupas, para surpresa do outro passageiro que também está esperando por seu transporte.

A partir daí o filme volta em um longo flashback para contar parte de sua história. Uns trinta anos antes ele é contratado por um jovem pregador (interpretado pelo fraco Robert Pattinson). O objetivo é localizar sua noiva que foi raptada por um bandido do velho oeste. Pelas últimas notícias que ele teve, ela está em uma cabana bem distante da cidade mais próxima. Assim ele vai até lá, com o pastor e um pônei! (isso mesmo, um pônei que ele quer dar de presente para sua amada!).

O filme não se desenvolve muito bem. Há diversas perdas de ritmo e uma estranha pitada de humor negro, não muito em evidência, que também estraga um pouco as coisas. O maior destaque, já esperava por isso, vem da interpretação da Mia Wasikowska. Ela praticamente salva o filme do desastre total em sua parte final. No começo você fica pensando que ela vai ser mais uma personagem daquelas loirinhas bobinhas que sempre surgem nesse tipo de faroeste, mas não, numa reviravolta ficamos sabendo que ela está muito feliz e apaixonada por seu sequestrador e que mesmo sendo uma beldade sabe se defender muito bem, com arma em punho. Para terminar de destruir a imagem de mulher indefesa ela ainda fuma um nada sexy cachimbo de milho e bebe whisky na boca da garrafa! Pois é, a Mia acabou mesmo sendo a melhor coisa de um filme que no geral é bem fraco mesmo. Por ela vale o sacrifício.

Damsel (Estados Unidos, 2018) Direção: David Zellner, Nathan Zellner / Roteiro: David Zellner, Nathan Zellner / Elenco: Robert Pattinson, Mia Wasikowska, David Zellner / Sinopse: Jovem pregador vai até o oeste selvagem em busca de sua noiva, que foi sequestrada por um bandoleiro. Só que ao chegar na pequena cabana onde ela vive descobre que nada era do que ele pensava ser. Filme indicado no Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio.

9 comentários:

  1. Avaliação:
    Direção: ★★★
    Elenco: ★★★
    Produção: ★★★
    Roteiro: ★★
    Cotação Geral: ★★
    Nota Geral: 6.8

    Cotações:
    ★★★★★ Excelente
    ★★★★ Muito Bom
    ★★★ Bom
    ★★ Regular
    ★ Ruim

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  2. Pablo:

    O Robert Pattinson fez um vampiro que brilha na luz do dia em vez de virar cinzas. E você achou que ele em um western seria bom? Você é um otimista. Ainda que a atriz lhe salvou.

    Off topic:

    Pablo:

    Morreu a grande soprano Montserrat Caballé. A ironia da coisa é que independente da grande capacidade dela como cantora, excepcional, a maior parte do planeta não a conheceria se ela não tivesse gravado "Barcelona" com o Freddie Mercury, do grupo de rock Queen. Não é a toa que se diz que o grande sonho de um cantor de opera é ser famoso como um Elvis, um Frank Sinatra, ou outros de igual quilate. É o contrassenso do superior, tecnicamente, e muitas vezes, artisticamente, querende ser o inferior pra ser popular. Esse nosso mundo!

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  3. Ele é muito fraco. Já desisti de esperar por boas interpretações dele. Para piorar o personagem que ele interpreta é meio bobão, bestão... ficou ruim demais. Só se salva o pônei... rsrsrs

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  4. Nesse mundinho da música existem dois grupos. Os que estudam muito para se tornarem grandes músicos, pianistas, instrumentistas, maestros, etc. Se são realmente bons até conseguem viver da música, mas sem maiores luxos. E no segundo grupo existem os artistas populares, aqueles que ficam ricos e famosos. O interessante é que o primeiro grupo sempre esnoba o segundo. E a vida segue. PS: grande parda realmente, ainda mais nos dias atuais onde a qualidade artística vai piorando cada dia mais.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Dizem que um cantor de opera, ou maestro, não sei direito, encontrou com o Elvis e lhe disse que ele deveria estudar canto e a reposta do Elvis não foi das mais polidas.

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  5. Acho improvável que Elvis tivesse sido rude com um maestro. Não era da personalidade dele. Não esqueçamos que Elvis tinha uma autêntica educação sulista, muito cordial com estranhos.

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    1. Não me lembro direito mas li que a resposta foi algo como: "você que estudou consegue consegue atrair esse tanto de publico que eu consigo?"

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