sábado, 17 de março de 2018
Os Madrugadores
Título Original: The Sundowners
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Le May-Templeton Pictures
Direção: George Templeton
Roteiro: Alan Le May
Elenco: Robert Preston, Robert Sterling, Chill Wills
Sinopse:
O enredo gira em torno de três irmãos, Tom (Robert Sterling), James (Robert Preston) e Jeff (John Barrymore, Jr.). Eles lutam para vencer no concorrido mercado de gado no Texas. Compram, transportam e depois vendem grandes rebanhos que são enviados ao leste. Além das dificuldades naturais do negócio precisam lutar contra bando de criminosos, ladrões de gado, que estão sempre à espera de uma maneira de se apoderar dos animais. Sem apoio das autoridades eles então resolvem fazer justiça com as próprias mãos, eliminando os bandoleiros que ousam roubar seus rebanhos durante as longas viagens pelo oeste adentro.
Comentários:
Um interessante western que se concentra na figura mitológica do cowboy americano. No século XIX essa figura histórica entrou definitivamente no imaginário popular ao se empenhar em longas cavalgadas pelo oeste bravio, levando grandes carregamentos de rebanho bovino para serem vendidos em pontos de distribuição por todo o Texas e estados vizinhos. De fato era uma travessia de pura bravura, pois além dos problemas inerentes ao vencer essas grandes distâncias ainda havia o perigo sempre presente dos criminosos e tribos hostis que invariavelmente atacava essas caravanas. Era não apenas uma empreitada comercial, mas também de valentia, honra e coragem, acima de tudo. Curiosamente se trata de um western independente produzido pela pequena produtora Le May-Templeton Pictures, assinado pelo diretor George Templeton. Para conseguir realizar o filme os produtores alugaram as locações da Universal nos arredores de Amarillo, Texas, uma bonita região, perfeita para a realização desse tipo de faroeste. Até aí tudo bem, o problema é que sem a força das grandes distribuidoras americanas o filme acabou sendo mal distribuído pela América, gerando prejuízos financeiros para seus realizadores. Isso demonstrou para todos que não havia muita saída para pequenas produções independentes naquela época. Para se fazer sucesso era realmente necessário ter o apoio das chamadas grandes majors do mercado americano como Warner, Universal, MGM e Columbia. Fora do Mainstream era muito complicado obter êxito comercial para fitas de faroeste naquele período. Por fim é importante realçar que não se deve confundir esse filme com "Peregrino da Esperança" de Fred Zinnemann, estrelado por Deborah Kerr, Robert Mitchum e Peter Ustinov. Esse é um outro western, realizado dez anos depois, que apresentou o mesmo título "The Sundowners".
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 16 de março de 2018
A Bela do Yukon
Uma delas é Belle De Valle (Gypsy Rose Lee); No começo ela finge não conhecer Honest John Calhoun (Randolph Scott), mas na verdade são velhos conhecidos, mais do que isso, amantes de outros tempos. O roteiro assim vai se desenvolvendo, mostrando vários números musicais e um ou outro momento de ação. Não há tiroteios ou duelos. Logo no começo do filme vem um aviso muito bem humorado informando aos espectadores que aquele não seria um faroeste de tiros e perseguições a cavalo. É na verdade até mesmo uma comédia de costumes, mostrando a vida nessa cidadezinha. O mais divertido é que em determinado ponto o personagem de Randolph Scott resolve abrir um banco na cidade! Logo ele que sempre foi acusado de enganar os outros em seu passado! O absurdo vem depois quando sua agência é assaltada por ninguém menos do que o próprio xerife da cidade! Tudo bem divertido. No geral é um filme de que gostei bastante. A produção não é classe A porque o filme foi rodado durante a II Guerra e os estúdios já não tinham os mesmos recursos de antes, mas nada consegue atrapalhar esse filme champagne saboroso passado no velho oeste americano.
A Bela do Yukon (Belle of the Yukon, Estados Unidos, 1944) Direção: William A. Seiter / Roteiro: Houston Branch, James Edward Grant / Elenco: Randolph Scott, Gypsy Rose Lee, Dinah Shore / Sinopse: Randolph Scott interpreta um cowboy que resolve dar no pé de sua cidade Seattle após alguns problemas com a lei. Ele é considerado um sujeito pouco honesto, dado a pequenos tranbiques. Na nova cidade ele resolve montar uma casa de shows e variedades, assumindo uma nova identidade, Honest John Calhoun. Tudo caminha bem até a chegada da bailarina Belle De Valle (Gypsy Rose Lee) que conhece muito bem o passado nada lisonjeiro e honesto de Calhoun. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Música original ("Sleighride in July" de Jimmy Van Heusen e Johnny Burke) e Melhor Trilha Incidental (Arthur Lange).
Pablo Aluísio.
Quando Explode a Vingança
Título Original: Giù la testa
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Euro International Film (EIA)
Direção: Sergio Leone
Roteiro: Sergio Leone, Sergio Donati
Elenco: Rod Steiger, James Coburn, Romolo Valli, Maria Monti, Franco Graziosi, Antoine Saint-John
Sinopse:
No México, na época da Revolução, Juan Miranda (Rod Steiger), o líder de uma família de bandidos, conhece John Mallory (James Coburn), um especialista em explosivos do IRA que fugiu dos britânicos. Vendo a habilidade de John com explosivos, Juan decide convencê-lo a se juntar aos bandidos em um plano ousado. John, entretanto, faz contato com outros interessados em seus "serviços", pretendendo usar sua dinamite apenas a quem pagar mais.
Comentários:
Rod Steiger fazendo western spaghetti? Pois é, nos anos 60 e 70 isso não foi incomum. Muitos atores americanos foram para a Europa para aproveitar o momento do cinema italiano que estava no auge do sucesso comercial. Nada mal faturar um dinheiro fácil. No caso desse filme havia ainda um outro atrativo de peso, a presença do grande diretor Sergio Leone. Esse cineasta tinha muito prestígio, inclusive nos Estados Unidos, graças a grande qualidade de seus faroestes italianos. O resultado aqui não é tão bom como de seus clássicos, suas obras primas ao lado de Clint Eastwood, mas não pense que se trata de um filme fraco, nada disso. Há ótimos momentos, todos seguindo na linha do estilo do spaghetti, com toda aquela violência estilizada e trilha sonora forte marcando cada cena, cada momento de tensão. Há também uma boa dose de humor que contribuiu ainda mais para seu sucesso de bilheteria nos cinemas da época.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 15 de março de 2018
Seven - Os Sete Crimes Capitais
O diretor David Fincher criou uma espécie de filme noir moderno. As ruas são sujas, está sempre chovendo (com ecos de "Blade Runner") e tanto o assassino como suas vítimas vivem em ambientes decadentes, imundos. O personagem de Pitt é impulsivo, algumas vezes violento, e não pensa muito antes de agir. O extremo oposto de Freeman, sempre racional, tentando descobrir os próximos passos do assassino. É curioso essa diferença entre eles pois apesar de ser um clichê dos filmes de duplas policiais, até que funciona muito bem. Gwyneth Paltrow, que interpreta a esposa do tira de Brad Pitt, está no filme por motivos óbvios. Ela era namorada do astro galã na época, causando sensação nas revistas de fofocas. O estúdio então pensou que seria uma boa promoção colocá-la no elenco.
Por fim cabe ressaltar o papel de Kevin Spacey no filme. Ele é o vilão, o serial killer dos sete pecados capitais. Hoje em dia Spacey caiu em desgraça por causa das várias acusações de assédio sexual (inclusive contra menores de idade). Algo que provavelmente vai destruir sua carreira. Não deixa de ser uma grande pena porque ele sempre foi um grande ator, como bem demonstrado aqui nesse Se7en. Ele demora praticamente dois terços do filme para aparecer, mas quando finalmente surge na tela acaba roubando as atenções. A cena final, com eles no deserto, no meio daquelas grandes estações de energia, é um primor de ironia e humor negro (sem tentar ser engraçado, é bom frisar). No fim de tudo Morgan Freeman fala uma frase de Ernest Hemingway, que apesar dele próprio não acreditar muito nela, fecha com chave de ouro esse roteiro acima da média. Um grand finale, sem dúvida.
Seven: Os Sete Crimes Capitais (Se7en, Estados Unidos, 1995) Direção: David Fincher / Roteiro: Andrew Kevin Walker / Elenco: Morgan Freeman, Brad Pitt, Kevin Spacey, Gwyneth Paltrow / Sinopse: Dois policias tentam descobrir a identidade de um assassino em série que mata suas vítimas de acordo com os sete pecados capitais (gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja). Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição (Richard Francis-Bruce). Também indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Roteiro Original (Andrew Kevin Walker).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de março de 2018
Assassinato em Gosford Park
No filme temos um jantar de ricaços sendo organizado.Tudo se passa na década de 1930. Sir William McCordle e sua família recebem um grupo de milionários. A fina flor da sociedade da costa leste dos Estados Unidos. Apenas barões. Tudo vai correndo bem naquele estilo de falsidade grã fina até que um corpo é encontrado. Um homem está morto! Pronto, quem poderia ser o assassino? Não disse que seguia basicamente a fórmula dos livros de Agatha Christie? Pois então... O curioso é que esse filme apesar de ser bom e interessante, acabou seguindo a sina de muitos filmes de Robert Altman, ou seja, ser muito elogiado pela crítica, mas ignorado pelo público. O filme custou 20 milhões de dólares, mas só faturou 1,4 milhão em bilheteria. Tremendo fracasso comercial. Mesmo assim acabou levando um Oscar importante para casa, o de melhor roteiro. Pois é, algumas vezes ser levemente desonesto, copiando a ideia original dos outros, pode também dar bons frutos, inclusive sendo premiado pela Academia.
Assassinato em Gosford Park (Gosford Park, Estados Unidos, Inglaterra, 2001) Direção: Robert Altman / Roteiro: Julian Fellowes, Robert Altman / Elenco: Clive Owen, Helen Mirren, Maggie Smith, Ryan Phillippe, Michael Gambon, Kristin Scott Thomas, Charles Dance, Stephen Fry, Emily Watson / Sinopse: Grupo de milionários se reúnem numa sofisticada e bonita mansão localizada no campo. Todos estão lá para um jantar fino e refinado, mas a sofisticação acaba quando um corpo é encontrado. Houve um assassinato e o assassino se encontra entre eles. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Direção. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Emily Watson), Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Smith), Melhor Direção (Robert Altman), Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original.
Pablo Aluísio.
American Pie
Provavelmente com mais de 16 anos você conseguirá enxergar o que esse filme é na realidade: uma tremenda porcaria! No meio das situações nada engraçadas surge um ou outro momento que vá lhe fazer dar um pequeno sorriso amarelo que logo vai passar quando você se lembrar que pagou para assistir a esse produto descartável. No elenco nada de relevante a não ser um bando de atores jovens, nenhum particularmente famoso ou talentoso. No saldo geral tudo se resumirá em você perder seu tempo e dinheiro, o que convenhamos não é nada interessante.
American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível (Estados Unidos, 1999) Direção: Paul Weitz, Chris Weitz / Roteiro: Adam Herz / Elenco: Jason Biggs, Tara Reid, Chris Klein, Thomas Ian Nicholas / Sinopse: Pornochanchada norte-americana cujo humor nasce de situações envolvendo sexo e picardias com jovens. Primeiro filme de uma longa franquia.
Pablo Aluísio
terça-feira, 13 de março de 2018
Irmãos de Guerra
Obviamente o roteiro explora a figura dos soldados, mas curiosamente não elege nenhum deles para ser uma espécie de protagonista. Assim as histórias são contadas sem um foco permanente, sempre sob uma visão mais coletiva da situação. A minissérie teve 10 episódios, exibidos entre setembro e novembro de 2001. Não houve uma segunda temporada porque isso não estava mesmo nos planos de Spielberg. Foi mais um caso de se contar uma boa história sem se preocupar em transformar tudo em franquia comercial. O mais importante foi mesmo o resgate histórico. Quem acabou ganhando foi o público que foi presentado com uma das melhores séries sobre a II Guerra Mundial. Se ainda não assistiu não deixe de conferir.
Irmãos de Guerra (Band of Brothers, Estados Unidos, 2001) Direção: David Frankel, Mikael Salomon, Tom Hanks / Roteiro: Stephen Ambrose, E. Max Frye / Elenco: Scott Grimes, Damian Lewis, Ron Livingston / Sinopse: O filme conta a história real da companhia Easy. Grupo de paraquedistas americanos que cumpriram diversas missões especiais durante a II Guerra Mundial, com destaque para sua atuação na batalha das Ardenas. Premiado com o Globo de Ouro na categoria de Melhor Minissérie.
Pablo Aluísio.
Códigos de Guerra
O problema básico dessa fita é que a direção foi entregue ao mestre dos filmes de ação John Woo, o que criou a expectativa de que haveria excelentes cenas de combate no filme. Tudo em vão. Woo entregou um filme muito morno nesse aspecto. Mais do que isso, acabou perdendo o fio da meada, deixando o filme cair em um marasmo e em um tédio que acabaram com as expectativas do público. No final o que restou foi um filme de guerra com pouco teor de ação (o que é um absurdo por si mesmo). Cage também não convence como um soldado americano na II Guerra Mundial. Com muitos maneirismos irritantes ele jogou por terra qualquer verossimilhança que se poderia esperar. É um filme bem chato, arrastado, que apesar da premissa interessante nunca cumpre o que promete, sobrando apenas aborrecimento e sensação de perda de tempo.
Códigos de Guerra (Windtalkers, Estados Unidos, 2002) Direção: John Woo / Roteiro: John Rice, Joe Batteer / Elenco: Nicolas Cage, Adam Beach, Peter Stormare / Sinopse: Nicolas Cage interpreta um G.I. Joe (um soldado americano) que durante a II Guerra Mundial participa do uso da língua nativa dos Navajos para comunicação. Um verdadeiro código longe do alcance dos alemães. Roteiro baseado em fatos históricos reais.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 12 de março de 2018
Projeto Flórida
A mãe que foi presa no passado ganha alguns trocados vendendo perfumes falsificados na frente dos resorts. Afinal turistas sempre são patos mais fáceis de pegar. Quando a grana se torna ineficiente até mesmo para pagar o aluguel, ela decide ir por outro caminho, se prostituindo no próprio quarto onde mora. Enquanto atende os seus clientes a filha pequena fica escondida dentro do banheiro. Uma situação horrível para uma criança. Apesar desse drama todo o filme tem uma pegada até leve. Sean Baker parece mais interessado em mostrar a breguice artificial da Flórida, com todos aqueles prédios pintados em cores berrantes e a cafonice das lojas da região. A própria Disney World é retratada como algo kitsch, brega, que só interessa aos turistas estrangeiros (os brasileiros em especial são citados no roteiro com ironia, imagine!). Então é isso. Um bom filme, bem humano, que arrancou uma indicação ao Oscar para Willem Dafoe no seu papel de Bobby, o gerente boa praça. Um dos atores mais talentosos de sua geração, a indicação foi bem merecida, pois ele é inegavelmente uma das almas desse filme.
Projeto Flórida (The Florida Project, Estados Unidos, 2017) Direção: Sean Baker / Roteiro: Sean Baker, Chris Bergoch / Elenco: Willem Dafoe, Brooklynn Prince, Bria Vinaite / Sinopse: O filme mostra o dia a dia e o cotidiano de um grupo de famílias pobres da Flórida. Vivendo ao lado do "mundo dos sonhos" da Disney World, elas vão vivendo um dia de cada vez, mesmo com os inúmeros poblemas de falta de dinheiro e perspectivas para o futuro. Filme indicado ao Oscar, ao BAFTa e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Dafoe).
Pablo Aluísio.
Doce Novembro
As coisas mudam quando conhece Sara (Charlize Theron). Ela propõe que eles fiquem juntos durante um mês, para ver se darão certo como casal. Bom, se um homem continua apático com um mulherão como Charlize Theron de lado, realmente a coisa anda bem complicada. O roteiro assim vai mostrando o casal se curtindo até que acontece algo inesperado (e que obviamente não irei revelar por aqui para não dar spoiler). Só digo que o filme tenta uma meia volta para o drama, porém sem muito êxito. De qualquer forma, mesmo sem uma química adequada para a dupla central de atores, ainda há boas coisas a conferir nesse romance cinematográfico sem muita paixão. Uma delas é a bonita fotografia providenciada por Edward Lachman. Pelo menos nisso se acertou pois o filme ficou com um visual realmente bem bonito.
Doce Novembro (Sweet November, Estados Unidos, 2001) Direção: Pat O'Connor / Roteiro: Herman Raucher, baseado no romance escrito por Paul Yurick / Elenco: Keanu Reeves, Charlize Theron, Jason Isaacs / Sinopse: Nelson Moss (Keanu Reeves) é um homem frustrado na vida amorosa. Quando ele conhece Sara Deever (Charlize Theron) resolve tentar novamente. Dar uma nova chance ao amor. Eles decidem namorar por um mês para ver se darão certo como casal. Tudo corre bem até um acontecimento inesperado muda os rumos do relacionamento.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de março de 2018
Evolução
David Duchovny queria largar a série "Arquivo X" para ir para o cinema, se transformar em um astro de filmes de grande bilheteria. No final ele largou a série e... deu errado no cinema. Esse "Evolução" fracassou nas bilheterias e foi impiedosamente massacrado pela crítica especializada. Tudo justo. O filme é muito ruim mesmo, daquele tipo que faz você ficar constrangido de estar assistindo. Era para ser o primeiro de uma franquia, mas deu tão errado que a Columbia Pictures cancelou todo o projeto, varrendo as continuações para debaixo do tapete. Puro lixo cinematográfico. Nem para virar histórias em quadrinhos prestou. Enfim, um desastre absoluto. Melhor esquecer para sempre.
Evolução (Evolution, Estados Unidos, 2001) Direção: Ivan Reitman / Roteiro: Don Jakoby, David Diamond / Elenco: David Duchovny, Orlando Jones, Julianne Moore / Sinopse: Um meteoro cai no Planeta Terra, trazendo para nosso mundo uma nova forma de vida que evolui com extrema rapidez, dando razão ao bom e velho Darwin que dizia que a espécie mais apta a sobreviver seria aquela que se adaptasse melhor ao meio em que vivia. Para azar da humanidade essa nova forma de vida supostamente seria então mais evoluída e bem mais adaptada do que o próprio homem.
Pablo Aluísio.
Censura Máxima
Título Original: Rated X
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime Networks
Direção: Emilio Estevez
Roteiro: Norman Snider
Elenco: Charlie Sheen, Emilio Estevez, Rafer Weigel, Tracy Hutson, Megan Ward, Terry O'Quinn
Sinopse:
Baseado no livro biográfico escrito por David McCumber, o filme conta a história de dois irmãos que decidem abrir uma produtora de filmes adultos em San Francisco, isso em uma época em que esse tipo de atividade ainda era tipificado como crime pelo código penal americano.
Comentários:
Os irmãos Charlie Sheen e Emilio Estevez resolveram se unir para contar em filme a história de dois outros irmãos, Artie e Jim Mitchell, que no final da década de 1960 resolveram abrir uma produtora clandestina de filmes pornográficos. A história é real e bem barra pesada. O ator Charile Sheen vinha sendo criticado justamente na época por estar se envolvendo com pornstars, como Ginger Lynn, e por isso topou na hora a ideia do irmão Estevez para fazer esse filme sobre exploração sexual, decadência moral e tragédia. Não se trata de spoiler, uma vez que foi justamente o fim trágico dos irmãos Mitchell que acabou fazendo diferença nesse projeto. O filme acabou sendo exibido na TV americana na época - bem no comecinho do canal a cabo Showtime - e no Brasil foi lançado no mercado de vídeo VHS. Bem produzido, com roteiro e enredo interessante, esse "Rated X" traz uma boa amostra de como eram as coisas na fase jurássica da pornográfica americana. Aula de história que certamente você não aprenderá na escola. Um filme violento com final trágico, mas que mesmo assim merece ser conhecido.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de março de 2018
Eu, Tonya
O mesmo vale para a atriz Allison Janney que interpretou sua mãe. Ela inclusive foi premiada com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Merecidíssimo. Com óculos enormes e bregas, cigarro sempre na mão, mau humor ácido e frases péssimas sempre na ponta da língua, ela é uma perfeita "bitch" como os americanos gostam de chamar. Uma mulher completamente insuportável que fez de tudo - inclusive terrorismo psicológico - para transformar a filha numa campeã dos patins. Outro aspecto digno de nota é que o roteiro conseguiu contar a história com dignidade, sem apelar para as toneladas de lixo que foram publicados pela mídia podre na época. Assim descobrimos que se Tonya não era a heroína que poderia ser retratada, tampouco foi a monstruosidade que foi pintada por certos jornais na época. No fundo era um garota pobre, sem educação formal, que tentou vencer naquilo que mais dedicou sua vida. Ela era boa, excepcionalmente boa, mas foi prejudicada por se envolver com as pessoas erradas, entre elas alguns dos idiotas mais estúpidos que já se viu na face da Terra. Então é isso, um filmão que merecia mesmo até uma indicação ao Oscar de Melhor Filme do ano. Muito, muito bom.
Eu, Tonya (I, Tonya, Estados Unidos, 2017) Direção: Craig Gillespie / Roteiro: Steven Rogers / Elenco: Margot Robbie, Sebastian Stan, Allison Janney / Sinopse: O filme conta a história real da patinadora Tonya (Margot Robbie) que durante os anos 80 se envolveu em um incidente vergonhoso, quando sua principal concorrente a uma vagas nas Olimpíadas sofreu um ataque onde ela quebrou seu joelho. Depois com as investigações descobriu-se que pessoas próximas a Tonya estariam envolvidas no crime, causando uma grande comoção por parte da imprensa americana. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Allison Janney). Indicado ainda ao Oscar nas categorias de Melhor Edição (Tatiana S. Riegel) e Melhor Atriz (Margot Robbie). Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Allison Janney). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz (Margot Robbie).
Pablo Aluísio.
Heroína(s)
Os números chocam. Em determinado momento do filme a médica afirma que a cidade, mesmo sendo pequena e isolada no interior, tem algo em torno de 90 mil usuários de heroína. Todos os dias, sem trégua, ela é chamada para atender pessoas com overdose da droga. São jovens mulheres, homens na faixa de 30, 40 anos, colegiais, enfim, todo tipo de gente. A heroína parece não escolher faixa etária, sexo e nem classe social. Alguns atendimentos são mostrados em cena. Em um deles uma jovem cai no meio de um estabelecimento comercial e fica lá, no chão, completamente prostrada. Em outro momento um homem tem uma overdose no banheiro de seu apartamento. Ele imediatamente tem uma parada cardíaca e todos os esforços são feitos para salvar sua vida. Pois é, a sociedade norte-americana está afundada no abuso de drogas. Recentemente o Presidente Trump tratou do problema em um discurso. Não parece haver solução a curto e médio prazo.
Heroína(s) (Heroin(e), Estados Unidos, 2017) Direção: Elaine McMillion Sheldon / Roteiro: Elaine McMillion Sheldon / Elenco: Jan Rader, Patricia Keller, Necia Freeman / Sinopse: Documentário rodado na cidade de Huntington, West Virginia, nos Estados Unidos, que mostra o trabalho de uma médica, uma assistente social e a juíza do condado, todas empenhadas no trabalho de salvar vidas de viciados em drogas.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 9 de março de 2018
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
Outro aspecto digno de nota vem das inúmeras e excelentes cenas de batalha campal. O diretor Peter Jackson teve receios do filme ficar com cara de videogame, algo que aconteceu bastante em outras produções que exageram na computação gráfica. Em momentos pontuais isso realmente aconteceu, temos que admitir, mas não foi a regra geral. Considero todas as cenas muito bem feitas, o que foi fruto do uso do que havia de melhor no mercado em termos de efeitos digitais de última geração. Grande parte do orçamento de 94 milhões de dólares aliás foi usado justamente para pagar por esses efeitos especiais. Para os padrões atuais o orçamento desse segundo filme nem foi algo fabuloso, de impressionar. Poderíamos dizer que foi apenas mediano, o que não atrapalhou em nada o resultado final. Sucesso de público e crítica, o filme conseguiu até mesmo arrancar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme do ano, o que achei um certo exagero na época. Até porque todas as demais indicações eram apenas técnicas. Não venceu, mas acabou trazendo pela primeira vez um grande prestígio por parte da Academia para esse tipo de produção de fantasia.
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (The Lord of the Rings: The Two Towers, Estados Unidos, 2002) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Stephen Sinclair e Peter Jackson. baseados na obra imortal de J.R.R. Tolkien / Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Viggo Mortensen, Cate Blanchett, Orlando Bloom, Billy Boyd, Christopher Lee, Sean Bean, Andy Serkis / Sinopse: Frodo e seus companheiros continuam na sua jornada para destruir o anel. Durante a viagem descobrem que estão sendo perseguidos por uma estranha criatura obcecada pelo objeto. Ele se apresenta como Gollum, antigo possuidor da joia, alguém corroído pela ganância e pela sede do poder do anel. Enquanto isso Aragorn, Legolas e Gimli chegam no Reino do Rohan, onde o Rei está amaldiçoado pelo maléfico Saruman. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
Harry Potter e a Câmara Secreta
Esses primeiros filmes de Harry Potter para o cinema são os melhores. Os atores ainda eram quase crianças (entrando na prè adolescência) e por isso uma certa magia é preservada nas produções. Claro que em termos de produção não há nada a reclamar. Como uma franquia milionária, Harry Potter teve tudo do melhor em termos de efeitos especiais, figurinos, cenários, direção de arte, etc. É um universo com muitas possibilidades (tanto que já deu origem a uma nova franquia inaugurada recentemente com o sucesso de "Animais Fantásticos e onde Habitam"). Confesso que hoje em dia, passado tanto tempo (lá se vão quinze anos de sua estreia no cinema!), já não me recordo exatamente de cada filme com exatidão detalhista, afinal os assisti apenas uma vez no cinema, na época de seus lançamentos originais. Mesmo assim não seria nada penoso rever essas produções. São filmes que funcionam bem, para todas as idades.
Harry Potter e a Câmara Secreta (Harry Potter and the Chamber of Secrets, Estados Unidos, 2002) Direção: Chris Columbus / Roteiro: Steve Kloves, baseado na obra de J.K. Rowling / Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Kenneth Branagh, Alan Rickman, Richard Harris, Maggie Smith, John Cleese / Sinopse: Após péssimas férias na casa de seus tios, o jovem Harry Potter se prepara para o segundo ano em Hogwarts, a famosa escola de magia. Tudo vai indo bem até que ele recebe a visita de uma estranha criatura, que lhe avisa para não voltar pois coisas sinistras estão prestes a acontecer.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 8 de março de 2018
Scooby-Doo
O elenco contou com algumas figurinhas fáceis e populares do mundo teen como Freddie Prinze Jr e Sarah Michelle Gellar (a caçadora de vampira "Buffy" da série de grande sucesso na época). Eles encaixaram bem em seus personagens, porém nada supera Matthew Lillard como o Salsicha, o amigão de Scooby. Na verdade esse personagem era um tipo de hippie noiado, maconheiro, com gestos estridentes e sotaque de cearense (sabe-se lá o que se passou no processo de dublagem no Brasil!). A caracterização de Lillard ficou perfeita. E para quem ainda pedia por um plus, o estúdio escalou o próprio Mr Bean, o comediante inglês Rowan Atkinson, como um vilão engraçado. Assim esse filme (que também servia como homenagem nostálgica) acabou cumprindo seus objetivos, sendo bem divertido. Ignore todos os que vieram depois que são bem fracos, alguns feitos exclusivamente para canais a cabo. Procure ver apenas esse, que já estará de bom tamanho.
Scooby-Doo (Scooby-Doo, Estados Unidos, 2002) Direção: Raja Gosnell / Roteiro: James Gunn, Craig Titley, baseados nos personagens criados por Hanna-Barbera / Elenco: Matthew Lillard, Freddie Prinze Jr., Sarah Michelle Gellar, Rowan Atkinson / Sinopse: O cachorão Scooby-Doo e seus amigos Salsicha, Daphne, Fred e Velma precisam descobrir um estranho mistério envolvendo a aparição de fantasmas em uma estação de turismo.
Pablo Aluísio.
Monstros S.A.
O outro ponto digno de nota é que os personagens eram criados à imagem e semelhança dos atores que os dublavam. Uma ideia muito interessante que deu mais do que certo. Assim o tampinha em forma de ervilha Mike tinha todas as características de Billy Crystal, chatinho e falando pelos cotovelos. Seu colega de "fábrica" o felpudo Sullivan lembrava muito o próprio corpanzil de John Goodman. A dupla se entrosou perfeitamente o que contribuiu ainda mais para o êxito dessa animação. Por isso procure pelas versões legendadas, até porque a Pixar não fazia exatamente suas animações apenas para a criançada. O roteiro, cheio de tiradas criativas que só os adultos entenderiam completamente, era feito também para os pais que iam ao cinema. Agradando a todos os públicos a Pixar só poderia mesmo encher seus cofres com as gordas bilheterias. Tacada de mestre.
Monstros S.A. (Monsters, Inc, Estados Unidos, 2001) Direção: Pete Docter, David Silverman / Roteiro: ete Docter, Jill Culton / Elenco: Billy Crystal, John Goodman, Mary Gibbs / Sinopse: Dos mesmos autores de "Toy Story" e "Wall-E" essa animação conta a estorinha de dois amigos, operários, que trabalham numa "fábrica" de sustos na função de "bicho-papão". Tudo muda quando eles encontram uma garotinha que não fica assustada com a presença deles. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Música Original ("If I Didn't Have You" de Randy Newman). Também indicado nas categorias de Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição de Som e Melhor Animação do Ano.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de março de 2018
Jumanji: Bem-Vindo à Selva
As poucas novidades se referem aos jogadores. Agora é um grupo de estudantes de um colégio. Eles são levados para o castigo e descobrem o Jumanji pegando poeira no porão da escola. Uma vez aberta a caixa de Pandora já viu... Outra novidade é que os adolescentes agora jogam com seus avatares. Assim um nerd vira o The Rock, puro músculos e coragem. O mais estranho dessas imersão no universo do jogo é que há uma jovem loira que vira o... Jack Black!!! Estranho pouco é bobagem. Pelo menos o talento cômico do Jack se sobressai pois ele tem que interpretar um personagem com cara de cartógrafo da selva com a mente de uma loirinha de high school. Não faz muito sentido. Ficou estranho, mas também levemente divertido. No mais é aquela coisa toda que já se espera de um filme como esse, com muitas cenas de ação, comédia suave e efeitos especiais de última geração. Não tem o mesmo carisma e charme do filme original, mas se você tiver uns 13, 14 anos, vai se divertir. Então se esse é o seu tipo de filme vá ao cinema sem receios de se decepcionar.
Jumanji: Bem-Vindo à Selva (Estados Unidos, Jumanji: Welcome to the Jungle, 2018) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers / Elenco: Dwayne Johnson, Jack Black, Karen Gillan, Kevin Hart / Sinopse: Depois de encontrarem um velho game dos anos 90 no porão da escola, um grupo de estudantes adolescentes são enviados para o universo de Jumanji, onde terão que sobreviver, ao mesmo tempo em que procuram uma saída de volta para casa. Pura fantasia em ritmo de diversão e aventura ao som de um velho sucesso do grupo de rock Guns N' Roses.
Pablo Aluísio.
A Vingança do Mosqueteiro
Na trama temos realmente uma estorinha meio fraca. D'Artagnan (Justin Chambers) vê seus pais sendo mortos pelo cruel nobre Febre (Tim Roth). Em busca de vingança e um novo recomeço ele se muda de sua cidade natal. Quer entrar para a guarda real, mas chegando em Paris descobre que os mosqueteiros estão quase destruídos por causa de intrigas políticas do Cardeal Richelieu (Stephen Rea). O mundo porém ainda não acabou, há esperanças, e ele se une aos amigos Athos (Jan Gregor Kremp), Porthos (Steven Spiers) e Aramis (Nick Moran), todos mosqueteiros, para tentar reviver a glória da antiga ordem. Basicamente é isso. Não se trata de uma adaptação literal do livro de Alexandre Dumas. Houve modificações importantes, por isso escrevi que seria um tipo de continuação não respeitosa ao livro original. De qualquer maneira como diversão funciona. Além disso há toda essa constelação de grandes astros e estrelas em papéis secundários. Eles garantem o interesse nas duas horas de duração do filme.
A Vingança do Mosqueteiro (The Musketeer, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, 2001) Direção: Peter Hyams / Roteiro: Gene Quintano, baseado na obra de Alexandre Dumas / Elenco: Justin Chambers, Catherine Deneuve, Tim Roth, Stephen Rea, Mena Suvari, Jan Gregor Kremp / Sinopse: D'Artagnan (Justin Chambers) parte para a vingança após a morte de seus pais. Ele se muda para Paris com o sonho de entrar para a guarda do rei, os mosqueteiros, mas descobre que eles estão sendo perseguidos impiedosamente pelo Cardeal Richelieu.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de março de 2018
Jason Bourne
Por isso não espere muita coisa da trama. Após roubar dados sigilosos da CIA (a agência de inteligência dos Estados Unidos) Nicky Parsons (Julia Stiles) decide se encontrar com Jason Bourne (Damon) na Grécia, em meio aos protestos violentos que acontecem no país. Ao mesmo tempo o diretor da CIA, Robert Dewey (Tommy Lee Jones) decide colocar dois de seus melhores agentes para localizar e destruir Bourne e sua amiga. Basicamente é isso. Uma perseguição em diversas cidades, com Jones tentando pegar Damon, enquanto ele vai escapando, obviamente em cenas de ação para deixar qualquer um tonto ao assistir. Por fim um aspecto que também me chamou a atenção. O filme traz uma sequência de perseguições de motos que dura mais de 30 minutos! Nem Steve McQueen em seus anos mais apaixonados nesse tipo de sequência iria gostar. Ficou muito excessivo e exagerado.Espero que se fizerem um quinto filme que pelo menos trabalhem melhor o roteiro, porque cena de ação atrás de cena de ação acaba entediando o espectador.
Jason Bourne (Jason Bourne, Estados Unidos, 2016) Direção: Paul Greengrass / Roteiro: Paul Greengrass, Christopher Rouse / Elenco: Matt Damon, Tommy Lee Jones, Julia Stiles, Vincent Cassel, Alicia Vikander / Sinopse: Quarto filme da franquia "Bourne" com o ator Matt Damon. Aqui ele tenta escapar da CIA que está atrás dele para elimina-lo o mais rapidamente possível. Sua atuação se torna uma questão de segurança nacional.
Pablo Aluísio.
Dia de Treinamento
Embora a estrutura do roteiro possa ser considerado clichê em termos de filmes policiais, com aquela velha coisa de dupla de tiras com personalidades diferentes, o diretor Antoine Fuqua pegou essa situação banal e transformou em um filme muito bom, que deixa o espectador sempre no interesse do que vai acontecer a seguir. O filme foi bem nas bilheterias, mas não tanto quanto se esperava. Conseguiu faturar praticamente o dobro de seu custo, chegando aos 100 milhões de dólares arrecadados. O curioso é que Denzel deixou um pouco os dramas mais artísticos para se arriscar em um filme para ser comercialmente bem sucedido. Ficou no meio do caminho. O filme porém lhe valeu o Oscar de Melhor Ator naquele ano, algo que como ele mesmo explicou algum tempo depois jamais esperaria acontecer. Afinal ele queria mesmo era fazer sucesso em um filme policial feito para as massas. Nem sempre se acerta no alvo, mas com Denzel uma coisa é certa, sempre vem algo bom pela frente.
Dia de Treinamento (Training Day, Estados Unidos, 2001) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: David Ayer / Elenco: Denzel Washington, Ethan Hawke, Scott Glenn / Sinopse: Alonzo (Denzel Washington) é um policial veterano que joga com suas próprias regras. Após trabalhar anos nas ruas, enfrentando a criminalidade na divisão de narcóticos, ele já não está muito certo sobre o que seria legal ou não. Quando um novo parceiro é designado para trabalhar ao seu lado, o novato Jake (Ethan Hawke), as coisas ficam ainda mais complicadas. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington). Também indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Ethan Hawke). Igualmente indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 5 de março de 2018
Aniquilação
Assim uma nova expedição é formada, dessa vez apenas por mulheres, pesquisadoras. Portman acaba entrando na missão. Assim que ultrapassam a fronteira descobrem que há coisas bem estranhas acontecendo com a fauna e a flora da região. As plantas passam por estranhas mutações e os animais, como crocodilos e ursos, parecem mais monstros e feras disformes do que animais normais. O filme vai criando um certo suspense, enquanto as jovens pesquisadoras tentam chegar em um velho farol, onde tudo pode ter começado. O roteiro, bem escrito em minha opinião, tenta esconder a verdade do espectador até o último momento (a cena final inclusive é bem reveladora do que realmente estaria acontecendo). É um quebra-cabeças para quem for assistir. Como uma das mulheres dizem, não se sabe se a tal bolha é um evento de causa religiosa, alienígena ou apocalíptica. O título "Aniquilação" já deixa entre linhas o que está prestes a acontecer (inclusive aposto que esse filme vai acabar virando uma franquia ou uma nova série). Esse enredo aliás poderia ter sido usado em qualquer filme de ficção dos anos 50, já que seu espírito é bem esse. No mais é outra produção Netflix, que ultimamente tem contratado grandes atores para atuarem em seus filmes. A Natalie Portman é a estrela da vez nesse Sci-fi que se não chega a ser brilhante pelo menos tenta ser o mais fiel possível aos antigos filmes do gênero.
Aniquilação (Annihilation, Estados Unidos, 2018) Direção: Alex Garland / Roteiro: Alex Garland / Elenco: Natalie Portman, Jennifer Jason Leigh, Tessa Thompson / Sinopse: Baseado no livro de ficção escrito por Jeff VanderMeer o filme conta a estória de um estranho evento, quando surge uma bolha dimensional que vai aumentando de tamanho a cada dia. Conhecida como "O Brilho" esse fenômeno começa a mudar o DNA de plantas e animais. Uma expedição é então enviada para dentro do estranho evento, causando mortes e destruição jamais vistos.
Pablo Aluísio.
Um Grande Garoto
Levando a vida na brisa ele acaba conhecendo um garoto que acaba se afeiçoando a ele, criando assim uma amizade bacana entre eles. O roteiro é basicamente isso. Não acontece nada de muito dramático e nada de muito especial surge na tela. Fica uma sensação de zero a zero no espectador, como se ele tivesse assistido um pedaço da vida de uma pessoa comum e nada mais. E quando o filme termina a pergunta "Ok, mas e daí?" vem direto na mente. A crítica porém gostou mais do que o normal, fazendo com que esse filme levemente banal ganhasse uma incrível indicação ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Também foi lembrado pelo Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical (um exagero!) e Melhor Ator (para Hugh Grant, mostrando que até os refinados canastrões merecem reconhecimento!). Enfim, mais um filme meramente assistível de Hugh Grant.
Um Grande Garoto (About a Boy, Estados Unidos, 2002) Direção: Chris Weitz, Paul Weitz / Roteiro: Peter Hedges / Elenco: Hugh Grant, Nicholas Hoult, Toni Collette / Sinopse: Will Freeman (Grant) é um cara comum, relax, que não quer saber das responsabilidades da vida adulta. Ele leva sua vida numa boa. Tudo caminha bem até ele conhecer um garoto que acaba criando uma amizade com ele. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. Baseado no livro escrito por Nick Hornby.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de março de 2018
Star Wars: Os Últimos Jedi
Na outra linha narrativa temos a aproximação entre a jovem que tem pretensões de um dia se tornar uma Jedi e o mestre Luke Skywalker (Mark Hamill). Tudo se passando em uma pequena ilha de um planeta distante. Essa parte do filme remete o espectador imediatamente ao filme "O Império Contra-ataca" quando o próprio Luke tem seu treinamento inicial com o mestre Yoda. É uma parte referencial do roteiro que funcionou muito bem. Esse novo "Star Wars" aliás deu certo porque não quiseram enrolar ou complicar uma fórmula que nasceu nos anos 70 e que continua dando muito certo. Houve algumas críticas pontuais principalmente em relação ao comportamento de Luke, que aqui surge sem esperanças, melancólico e para alguns até mesmo tendo atitudes covardes. Até o ator Mark Hamill reclamou publicamente disso, mas penso que tudo cai por terra quando Luke resolve enfrentar as tropas do império na frente do grande portão do esconderijo dos rebeldes naquele planeta minerador. No mais o filme se saiu muito bem em termos de público e crítica. O filme já rompeu a barreira do bilhão de dólares em termos de faturamento e a crítica em geral elogiou muito. Sem maiores máculas ou defeitos, é um filme realmente muito bom, que não desmerece em nada a marca bilionária "Star Wars". Parabéns para a Disney pelo resultado final.
Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi, Estados Unidos, 2017) Direção: Rian Johnson / Roteiro: Rian Johnson / Elenco: Mark Hamill, Carrie Fisher, Daisy Ridley, Benicio Del Toro, Laura Dern, John Boyega, Adam Driver, Andy Serkis, Anthony Daniels, Frank Oz, / Sinopse: Oitavo episódio de "Star Wars". Enquanto a princesa Leia (Fisher) tenta comandar uma fuga com os últimos rebeldes pelo espaço, a jovem Rey ( Ridley) se encontra com o mestre Jedi Luke (Hamill) em um distante e isolado planeta da galáxia. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhores Efeitos Especiais, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhor Trilha Sonora Original (John Williams).
Pablo Aluísio.
Código de Conduta
Imediatamente Clyde resolve ele mesmo fazer justiça pelas próprias mãos. Dono de recursos impensáveis (nunca bem explicados pelo roteiro) ele começa a tocar o terror por toda a cidade, fazendo atos terroristas, matando juízes, advogados e promotores. O seu alvo passa obviamente a ser família de Rice (Jamie Foxx). Já que o promotor não parece disposto a fazer justiça, caberá a Clyde colocar em frente seu plano de vingança. Ok, temos aqui a velha fórmula da justiça pessoal, da vingança privada. Se o sistema não funciona, chega a hora de sujar as mãos. É uma velha premissa de muitos e muitos filmes de ação. O problema é que de repente o personagem Clyde de Gerard Butler se torna um sujeito com poderes dignos de um super-herói dos quadrinhos. Ele explode o que quer e quando quer. Mesmo quando está atrás das grades é capaz de colocar a cidade aos seus pés. O roteiro nunca dá, como eu escrevi, uma explicação convincente de como ele consegue fazer tudo isso. Com isso a trama acaba se tornando completamente inverossímil, o roteiro acaba estragando esse filme. Se o roteirista Kurt Wimmer tivesse sido mais convincente, penso que até que seria um filme interessante. Do jeito que ficou não dá mesmo para comprar a ideia absurda do que acontece na tela.
Código de Conduta (Law Abiding Citizen, Estados Unidos, 2009) Direção: F. Gary Gray / Roteiro: Kurt Wimmer / Elenco: Gerard Butler, Jamie Foxx, Leslie Bibb / Sinopse: Gerard Butler interpreta um pai de família que decide fazer justiça com as próprias mãos após perceber que os assassinos de sua esposa e sua filha ficarão impunes por causa do sistema judicial americano. Seu alvo passa a ser não apenas os criminosos, mas também o promotor do caso, em atuação de Jamie Foxx, que acabou escolhendo o caminho mais fácil, a do acordo judicial, do que a do julgamento dos assassinos.
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de março de 2018
Operação Red Sparrow
Depois do acidente sua vida muda radicalmente. Sem emprego e precisando ganhar dinheiro pois sua mãe está doente, precisando de tratamento médico, ela aceita entrar em um curso preparatório de agentes do serviço secreto russo. Afinal seu tio é um figurão por lá. Seu treinamento foca no uso dos atributos femininos para seduzir e conquistar espiões inimigos, principalmente americanos e britânicos. Em pouco tempo ela entra em campo e acaba se aproximando de um agente da CIA. Seu objetivo é descobrir a identidade de um traidor que estaria repassando segredos da Rússia para o ocidente. É bom explicar que a estória do filme não se passa nos tempos da guerra fria, quando KGB e CIA disputavam palmo a palmo o mundo da espionagem internacional. O filme se passa nos tempos atuais, por isso Dominika acaba entrando em um jogo perigoso, fazendo contra espionagem, jogando para os dois lados, tentando até mesmo arranjar um asilo político nos Estados Unidos. No saldo geral não achei o filme grande coisa. Em muitos momentos o roteiro se arrasta, caindo na monotonia. Não há também grandes cenas de ação, indo mais para o lado intelectual do jogo de espionagem. Há também um certo excesso de vulgaridade e violência (com cenas de tortura) que muitas vezes soam de forma gratuita. É um filme decepcionante em muitos aspectos. Não foi dessa vez que a Jennifer Lawrence conseguiu emplacar um grande filme nesse gênero cinematográfico.
Operação Red Sparrow (Red Sparrow, Estados Unidos, 2018) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Justin Haythe, baseado no romance de espionagem escrito por Jason Matthews / Elenco: Jennifer Lawrence, Charlotte Rampling, Jeremy Irons, Joel Edgerton / Sinopse: Após um sério acidente em uma apresentação do balé Bolshoi em Moscou, a bailarina Dominika Egorova (Jennifer Lawrence) vê sua carreira artística chegar ao fim. Desempregada e precisando de dinheiro, ela acaba sendo recrutada pelo serviço de inteligência do governo russo, onde passa a fazer o serviço sujo da agência, seduzindo agentes inimigos, arrancando deles informações importantes. Sua primeira missão é descobrir a identidade de um traidor russo que estaria repassando planos secretos para os países ocidentais.
Pablo Aluísio.
Gotham City 1889: Um Conto de Batman
Outra boa sacada do roteiro é colocar vários personagens do universo do Batman para servirem como ponto de referência para pessoas reais que encontraram com o Jack, o estripador, pelas ruas escuras e cheias de névoa daqueles tempos sinistros. Assim a Hera Venenosa, conhecida vilã e inimiga de Batman, surge como uma das vítimas do assassino. Ela é uma dançarina que após fazer seu número em uma casa de show da cidade acaba sendo atacada ao retornar para casa. A Mulher Gato também está na animação. Ela nunca veste sua roupa, mas é a mesma Selina Kyle dos quadrinhos. Chega inclusive a ter um affair com o mascarado. Então é isso, uma animação que tem traços bem originais, a salvando o lugar comum.
Gotham City 1889: Um Conto de Batman (Batman: Gotham by Gaslight, Estados Unidos, 2018) Direção: Sam Liu / Roteiro: James Krieg / Elenco: Bruce Greenwood, Jennifer Carpenter, Chris Cox / Sinopse: Adaptação para animação da graphic novel "Gotham by Gaslight" de Brian Augustyn. Aqui Bruce Wayne vive no século XIX, em uma Gotham City cheia de criminalidade. Quando prostitutas começam a morrer pelas ruas obscuras da cidade, Batman começa a investigar e descobre que há um novo serial killer andando pelas ruas, um assassino que se auto denomina "Jack, o Estripador".
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 2 de março de 2018
Pantera Negra
Dito tudo isso, o filme me agradou bastante. Existe todo um novo universo a explorar, o que provavelmente vai gerar várias continuações nos próximos anos. O Pantera Negra na verdade é mais um "cargo" do que um herói convencional. Atravessando os séculos, inúmeros homens vestiram seu uniforme. Tal como acontecia com o Fantasma, um dos personagens mais famosos de quadrinhos no Brasil. Assim o enredo do filme começa justamente quando o antigo Pantera Negra morre e sua tradição é passada para o filho. Antes porém ele precisa provar seu valor em um combate de vida e morte. Um dos aspectos mais interessante dessa estória é a existência de uma nação africana chamada Wakanda. É o lar do Pantera Negra. Um país altamente desenvolvido que esconde sua existência do mundo usando dos mais modernos meios tecnológicos. A ironia involuntária vem do fato de que o líder dessa nação que se diz tão desenvolvida é determinado por um brutal combate corpo a corpo, algo um tanto primitivo. Outro fato que contradiz essa suposta superioridade é que tão logo começa uma disputa pela sucessão do trono logo explode uma guerra civil entre o seu povo. Qualquer semelhança com as mais miseráveis nações africanas do mundo real definitivamente não seria mera coincidência.
Pantera Negra (Black Panther, Estados Unidos, 2018) Direção: Ryan Coogler / Roteiro: Ryan Coogler, Joe Robert Cole / Elenco: Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong'o / Sinopse: Após a morte de seu velho pai, T'Challa (Chadwick Boseman) se torna o herdeiro do manto do Pantera Negra. Também se torna o sucessor do trono, se tornando rei de Wakanda. Antes disso porém precisa provar seu valor como homem e como guerreiro, enfrentando um novo desafio, seu próprio primo que, abandonado nos Estados Unidos muitos anos atrás, retorna para reclamar seu direito ao trono de sua nação.
Pablo Aluísio.
Cinquenta Tons de Liberdade
Um aspecto que notei nesse terceiro filme é que a autora E.L. James pareceu ter absorvido as críticas que se fazia no tocante à violência de Grey para com Anastasia. As cenas de masoquismo estão muito atenuadas, quase inexistentes. O tal quarto vermelho, com algemas e chicotes pelas paredes, ainda está lá, mas o casalzinho o usa cada vez menos. Na verdade durante o filme inteiro só há mesmo uma sessão de sexo nessa linha. Depois o quarto acaba sendo usado por ela apenas para afogar suas mágoas, quando dorme no sofá de lá, ao descobrir que seu marido pode estar tendo um caso extraconjugal. Quando o filme termina ficamos com a sensação que o casal vai cair numa rotina daquelas, que destrói vários casamentos. Eles estão no jardim, carregando o filhinho para dentro de casa. Pois é, nesse filme a Anastasia também descobre que está grávida, o que apavora Grey que diz que ainda não está preparado para ser pai. Pelo visto ele não é emocionalmente muito maduro. Um velho clichê de livros românticos ao estilo Sabrina. Então basicamente é isso o que temos. Se faz o seu gênero não deixe de assistir a esse filme que acabou me soando como uma conclusão bem insossa da trilogia.
Cinquenta Tons de Liberdade (Fifty Shades Freed, Estados Unidos, 2018) Direção: James Foley / Roteiro: Niall Leonard, baseado no romance escrito por E.L. James / Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Eric Johnson / Sinopse: Christian Grey (Jamie Dornan) e Anastasia Steele (Dakota Johnson) finalmente se casam. Para a Lua de Mel eles começam a viajar pelos lugares mais bonitos do planeta como Paris e Aspen. Só que a felicidade completa do casal é perturbada pela presença criminosa de Jack Hyde (Eric Johnson), o ex-patrão de Anastasia que foi demitido de seu emprego após ter problemas com ela. Achando que sua vida acabou, ele decide partir para a vingança, custe o que custar.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de março de 2018
Mark Felt
Bom filme sobre um dos mais famosos informantes da história. É interessante notar que essa nova produção pode ser assistida em conjunto com dois outros filmes, dando uma ideia geral do que aconteceu no caso Watergate. O primeiro indicado é "Todos os Homens do Presidente", o clássico com Robert Redford e Dustin Hoffman. Lá tínhamos esse mesmo evento que levou Nixon à renúncia, mostrando tudo sob o ponto de vista da imprensa. Recentemente tivemos também "The Post" com Tom Hanks e Meryl Streep. A última cena mostra a invasão do comitê democrata em Watergate, quase o ponto de partida desse filme aqui. Assim são filmes que se complementam. Outro ponto importante a frisar é que "Mark Felt" marca a volta de Liam Neeson aos filmes mais sérios, dramáticos, deixando de lado as produções de pura ação que ele vinha estrelando. Para viver o Garganta Profunda, Liam usou uma maquiagem que o deixou mais envelhecido e em certos aspectos até mesmo irreconhecível. Também está bem mais magro, tudo para se adequar ao papel. De modo em geral é um bom filme, porém será necessário ao espectador médio ter pelo menos noções mínimas de história americana, principalmente do caso Watergate, uma vez que o roteiro parte da premissa que o público já saiba de antemão tudo o que aconteceu. Com ritmo mais centrado, um pouco lento, diria em certos momentos até um pouco burocrático, esse novo filme do diretor Peter Landesman não deixa de ser também uma boa aula de história política.
Mark Felt - O Homem que Derrubou a Casa Branca (Mark Felt: The Man Who Brought Down the White House, Estados Unidos, 2017) Direção: Peter Landesman / Roteiro: Peter Landesman, baseado no livro de memórias escrito por Mark Felt / Elenco: Liam Neeson, Diane Lane, Marton Csokas, Tom Sizemore, Bruce Greenwood, Michael C. Hall / Sinopse: Após a morte do diretor do FBI J. Edgar Hoover, o Presidente Nixon nomeia um novo diretor que começa a abafar os crimes e desvios do governo. Em vista disso o agente veterano Mark Felt (Neeson) começa a vazar informações confidenciais para a imprensa, com o objetivo de desmascarar a corrupção que existe dentro do governo Nixon.
Pablo Aluísio.