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quinta-feira, 1 de março de 2018

Mark Felt

Após a morte do todo poderoso diretor do FBI, J. Edgar Hoover, o Presidente Nixon resolve nomear para o cargo um homem de sua confiança, alguém para abafar todos os escândalos envolvendo o governo. Antigo braço direito de Hoover, o veterano agente Mark Felt (Liam Neeson) começa então a vazar para a imprensa informações confidenciais que comprometiam o Presidente. As coisas pioram ainda mais quando homens do Partido Republicano invadem a sede do comitê de campanha dos democratas no prédio Watergate. Imediatamente o novo diretor do FBI começa a abafar o caso, mas Mark usando o codinome de "Garganta Profunda" entrega o jogo para dois jornalistas do Washington Post, abrindo assim a maior crise do governo Nixon, algo que o levaria a renunciar ao cargo alguns meses depois, em vista dos crimes cometidos.

Bom filme sobre um dos mais famosos informantes da história. É interessante notar que essa nova produção pode ser assistida em conjunto com dois outros filmes, dando uma ideia geral do que aconteceu no caso Watergate. O primeiro indicado é "Todos os Homens do Presidente", o clássico com Robert Redford e Dustin Hoffman. Lá tínhamos esse mesmo evento que levou Nixon à renúncia, mostrando tudo sob o ponto de vista da imprensa. Recentemente tivemos também "The Post" com Tom Hanks e Meryl Streep. A última cena mostra a invasão do comitê democrata em Watergate, quase o ponto de partida desse filme aqui. Assim são filmes que se complementam. Outro ponto importante a frisar é que "Mark Felt" marca a volta de Liam Neeson aos filmes mais sérios, dramáticos, deixando de lado as produções de pura ação que ele vinha estrelando. Para viver o Garganta Profunda, Liam usou uma maquiagem que o deixou mais envelhecido e em certos aspectos até mesmo irreconhecível. Também está bem mais magro, tudo para se adequar ao papel. De modo em geral é um bom filme, porém será necessário ao espectador médio ter pelo menos noções mínimas de história americana, principalmente do caso Watergate, uma vez que o roteiro parte da premissa que o público já saiba de antemão tudo o que aconteceu. Com ritmo mais centrado, um pouco lento, diria em certos momentos até um pouco burocrático, esse novo filme do diretor Peter Landesman não deixa de ser também uma boa aula de história política.

Mark Felt - O Homem que Derrubou a Casa Branca (Mark Felt: The Man Who Brought Down the White House, Estados Unidos, 2017) Direção: Peter Landesman / Roteiro: Peter Landesman, baseado no livro de memórias escrito por Mark Felt / Elenco: Liam Neeson, Diane Lane, Marton Csokas, Tom Sizemore, Bruce Greenwood, Michael C. Hall / Sinopse: Após a morte do diretor do FBI J. Edgar Hoover, o Presidente Nixon nomeia um novo diretor que começa a abafar os crimes e desvios do governo. Em vista disso o agente veterano Mark Felt (Neeson) começa a vazar informações confidenciais para a imprensa, com o objetivo de desmascarar a corrupção que existe dentro do governo Nixon.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de abril de 2016

JFK a História Não Contada

Título no Brasil: JFK, a História Não Contada
Título Original: Parkland
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: American Film Company, Playtone Films
Direção: Peter Landesman
Roteiro: Peter Landesman
Elenco: Paul Giamatti, Billy Bob Thornton, Tom Welling, Zac Efron, Colin Hanks

Sinopse:
22 de novembro de 1963. O presidente americano John Kennedy chega em Dallas para uma visita oficial ao povo texano e aos líderes políticos da região. Para ficar mais próximo do público presente ao seu desfile pelas ruas da cidade o presidente resolve fazer o percurso em carro aberto, saudando todos os que vão às ruas para lhe ver. Ao entrar na esquina em frente a um prédio que serve como depósito de livros infantis o líder dos Estados Unidos é alvejado por uma série de tiros. Em questão de segundos a história muda para sempre.

Comentários:
Excelente drama baseado no livro escrito por Vincent Bugliosi. A intenção é ser o mais detalhista possível. Assim o roteiro explora os três dias em que a história mudou para sempre para os americanos. O foco é obviamente voltado para o assassinato do presidente JFK durante sua visita à Dallas. O espectador é convidado a ser uma testemunha de tudo o que aconteceu e foi apurado depois nos inúmeros inquéritos policiais que tentaram desvendar aquele que é considerado um dos maiores crimes que se tem notícia. Claro que ao tratarmos sobre a morte de JFK logo vem em mente as centenas de teorias de conspiração envolvendo os fatos que aconteceram. O roteiro porém ignora isso completamente, procurando seguir a versão original e oficial nos menores detalhes. Não é intenção dos realizadores apontar o dedo para A ou B, mas sim contar tudo, sob um ponto de vista objetivo e isento de teses de conspiração. Não há preocupação em tentar entender as razões da morte de JFK, mas sim mostrar tudo o que aconteceu após o presidente ser baleado na frente de todos. Para os que se interessam por história o filme traz também ótimas cenas reais captadas por pessoas que estavam lá naquele dia. Também acompanhamos o drama dos médicos que atenderam o presidente em seu centro de emergência, o desespero de Jackie e o sentimento de completa surpresa por parte das autoridades. "JFK, a História Não Contada" é bem honesto em suas pretensões e muito eficiente em seu resultado final.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

JFK - A História Não Contada

Grata surpresa. Assim posso definir esse Parkland. Talvez hoje em dia o assunto sobre a morte do presidente americano JFK esteja um tanto saturada mas pensando bem ainda há como tocar no assunto no cinema de uma maneira original. É o caso dessa produção de Tom Hanks. Aqui ele explora um lado pouco visto da morte do líder americano. Ao invés de ficar discutindo por horas sobre as possíveis teorias da conspiração que levaram Kennedy a ser assassinado em Dallas naquela manhã de 1963 o filme opta por revelar os bastidores da tragédia. Assim toda a trama se desenvolve em apenas 3 dias! Acompanhamos o desembargue do presidente na cidade (inclusive com uso de várias imagens reais), o almoço que lhe foi oferecido pelos políticos da região e depois o seu desfile em carro aberto pelas ruas de Dallas. Nesse ponto o primeiro aspecto curioso do roteiro: somos apresentados a Abraham Zapruder (Paul Giamatti), um cidadão comum que decide filmar a passagem de Kennedy pelas ruas. Tudo seria apenas mais uma filmagem banal se não fosse por um detalhe: foi exatamente enquanto filmava o presidente passando que ele foi alvejado pelos tiros disparados da sacada do depósito de livros por Lee Oswald.

A partir daí somos transportados para o meio do caos. O presidente é levado imediatamente para o hospital mais próximo onde os médicos, completamente surpresos, tentam salvar sua vida. Cada segundo é mostrado na tela, cada momento, cada tentativa de ressuscitamento. Detalhes que não foram vistos em filme nenhum aqui ganham ares de destaque, revelando o lado mais humano da dor pela perda do presidente. São cenas recriadas com exatidão impressionante e que deixam o espectador completamente fisgado pelos acontecimentos. Certamente o ineditismo do ponto de vista fez toda a diferença nessa produção. Para quem gosta de conhecer os grandes acontecimentos históricos em mínimos detalhes (como esse que vos escreve) certamente vai adorar Parkland. Aliás parabéns a Tom Hanks pelo belíssimo trabalho de produtor. Tudo soa muito bem realizado - a reconstituição histórica é perfeita e o elenco inteiro está acima da média. São eventos tão surpreendentes que fica complicado até mesmo acreditar que eles realmente aconteceram. Enfim, Parkland é uma aula de história que não se aprende na escola. Nota dez com louvor.

JFK - A História Não Contada (Parkland, Estados Unidos,, 2013) Direção: Peter Landesman / Roteiro: Peter Landesman, baseado no livro de Vincent Bugliosi / Elenco: Paul Giamatti, Billy Bob Thornton, Tom Welling, Zac Efron, Colin Hanks / Sinopse: O filme Parkland mostra os bastidores da tragédia do assassinato do presidente JFK em 1963. Após sofrer os tiros o líder americano é enviado para o hospital Parkland em Dallas.

Pablo Aluísio.