quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Bel Canto
Mal realizado e com um roteiro absurdo desses tudo vai por água abaixo. Não há salvação. Nem o bom elenco salva o filme. Julianne Moore já fez tantos filmes bons ao longo de sua carreira que esse aqui vai se tornar apenas uma mancha em sua filmografia. Christopher Lambert, que chegou a ser bem popular nos anos 80, ressurge para um papel de refém sem maior importância. Até Ken Watanabe não tem muito o que fazer. Enfim, um filme realmente fraco e sem mensagem. Pura perda de tempo.
Bel Canto (Estados Unidos, 2018) Direção: Paul Weitz / Roteiro: Paul Weitz, Anthony Weintraub / Elenco: Julianne Moore, Ken Watanabe, Christopher Lambert, María Mercedes Coroy, Sebastian Koch / Sinopse: Roxanne Coss (Julianne Moore) é uma cantora lírica americana que vai se apresentar em Lima, no Peru e lá acaba refém de um grupo guerrilheiro de esquerda.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de março de 2018
American Pie
Provavelmente com mais de 16 anos você conseguirá enxergar o que esse filme é na realidade: uma tremenda porcaria! No meio das situações nada engraçadas surge um ou outro momento que vá lhe fazer dar um pequeno sorriso amarelo que logo vai passar quando você se lembrar que pagou para assistir a esse produto descartável. No elenco nada de relevante a não ser um bando de atores jovens, nenhum particularmente famoso ou talentoso. No saldo geral tudo se resumirá em você perder seu tempo e dinheiro, o que convenhamos não é nada interessante.
American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível (Estados Unidos, 1999) Direção: Paul Weitz, Chris Weitz / Roteiro: Adam Herz / Elenco: Jason Biggs, Tara Reid, Chris Klein, Thomas Ian Nicholas / Sinopse: Pornochanchada norte-americana cujo humor nasce de situações envolvendo sexo e picardias com jovens. Primeiro filme de uma longa franquia.
Pablo Aluísio
quinta-feira, 12 de julho de 2012
A Família Flynn
"Being Flynn" mostra o tormentoso relacionamento entre Jonathan Flynn (Robert De Niro) e seu filho Nick (Paul Dano). Após o abandonar ainda criança ele volta inesperadamente na vida do filho que agora adulto tenta sobreviver nos empregos que aparecem, como em um abrigo para sem tetos (nos EUA chamados de "Homeless"). Para sua surpresa certa noite quem chega no abrigo atrás de uma cama e um prato de sopa quente é justamente seu velho, agora desempregado, vivendo pelas ruas da grande cidade. Finalmente depois de vários filmes inexpressivos o ator Robert De Niro apresenta uma interpretação de nível em uma produção tocante. "Being Flynn" é um filme muito humano, um roteiro muito sensível que enfoca as dificuldades que podem surgir entre pai e filho, principalmente após longos anos de afastamento entre eles. Também mostra uma faceta muito cruel do momento econômico porque passa os EUA nesse momento.
Recentemente li uma extensa matéria mostrando o alarmante aumento no número de pessoas sem emprego, casa e perspectiva que vivem nas ruas das grandes cidades americanas. Muitas dessas pessoas são cidadãos de bem, pessoas que viveram por anos de seus trabalhos, mesmo que humildes, mas que de uma hora para outra ficam sem nada, tendo que ir parar nas ruas. Pessoas dignas que acabam miseráveis por uma série de fatores sociais e econômicos. Como se sabe o Estado Americano é do tipo liberal o que significa que essas pessoas estão por sua própria conta e não receberão qualquer tipo de ajuda governamental para se levantarem na vida. Não é de se admirar o avanço da miséria no país mais rico do mundo. O roteiro foi baseado numa história real que foi contada em livro por Nick Flynn (atualmente um artista bem sucedido nos EUA). É um retrato muito humano dessas pessoas que perdem tudo, até sua dignidade, de uma hora para outra. De Niro está ótimo na pele de seu personagem, um taxista sem emprego com sonhos de um dia se tornar um grande escritor. Tudo é desenvolvido com muita sensibilidade, humanidade, mostrando a luta pela sobrevivência de certas pessoas que não aceitam a derrota. "Being Flynn" é socialmente consciente e leva à reflexão sobre a situação desses milhões de excluídos que vagam pelas ruas das grandes metrópoles sem qualquer esperança.
A Família Flynn (Being Flynn, Estados Unidos, 2012) Direção: Paul Weitz / Roteiro: Paul Weitz baseado no livro de memória de Nick Flynn / Elenco: Robert De Niro, Paul Dano, Julianne Moore / Sinopse: Após perder seu emprego e sua licença para dirigir Jonathan Flynn (Robert De Niro) vira um homeless, um sem teto. Vagando pelas ruas, no frio e abandono, acaba indo parar num abrigo para pessoas pobres onde seu filho Nick trabalha.
Pablo Aluísio.
domingo, 27 de maio de 2012
Entrando Numa Fria Maior Ainda Com a Família
Ben Stiller continua péssimo, fazendo sempre o mesmo personagem, filme após filme. Novamente aqui ele entrega mais um personagem pamonha para acabar com nossa paciência. Comediante completamente sem graça ele se limita a fazer cara de paspalho por toda a sua filmografia. É especializado em vender lixo para um público idiota. Parece que os americanos gostam de seu tipo uma vez que ele está por ai já há um bom tempo. Bom, como diria Brando o público americano não é mesmo conhecido por sua inteligência e nem bom gosto. Ele é um tipo baixinho, franzino, sem expressão e só perde no quesito mediocridade para o também horrível Adam Sandler, esse campeão absoluto nessa categoria. Mas isso nem é o pior, o constrangedor mesmo é ver o grande Robert De Niro participando de cenas ridículas de flatulências e ereções involuntárias. Muito tosco. O que será que deu na cabeça dele para jogar seu prestígio assim pela latrina? Será que perdeu o prazer de atuar ou apenas virou um mercenário que aceita fazer qualquer tipo de filme apenas por causa do dinheiro? No meio de tanta coisa ruim apenas a gracinha Jessica Alba se salva. Voluntariosa ela tenta trazer alguma credibilidade à sua personagem, uma vendedora de remédios para disfunção erétil (um papel bem parecido já foi feito recentemente por Jake Gyllenhaal em "Amor e Outras Drogas"). Mesmo assim ganhou o Framboesa de Ouro de Pior atriz coadjuvante. Se ela é a melhor coisa do filme e levou o Framboesa imagine o resto! Aliás o filme foi fartamente indicado no Razzie Award concorrendo ainda nas categorias “Pior Roteiro” e novamente “Pior Atriz Coadjuvante” para Barbra Streisand, que poderia muito bem se aposentar sem passar por essa vergonha. Enfim, "Little Fockers" é chato como uma festa para crianças, só que no caso os palhaços sem graça são atores consagrados e você que pagou para ver esse abacaxi. Vai encarar?
Entrando Numa Fria Maior Ainda Com a Família (Little Fockers, Estados Unidos, 2010) Direção: Paul Weitz / Roteiro: John Hamburg, Larry Stuckey, Greg Glienna, Mary Ruth Clarke / Elenco: Robert De Niro, Ben Stiller, Owen Wilson, Dustin Hoffman, Barbra Streisand, Blythe Danner, Teri Polo, Jessica Alba, Laura Dern / Sinopse: Mais uma continuação da franquia sem graça Fockers. Aqui a família tem que lidar com bebezinhos chatinhos que puxaram aos pais nos quesitos aborrecimento e tédio.
Pablo Aluísio.