quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Os Cavaleiros do Zodíaco
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Anna Karenina
domingo, 1 de janeiro de 2023
Pixels
sexta-feira, 9 de março de 2018
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
Outro aspecto digno de nota vem das inúmeras e excelentes cenas de batalha campal. O diretor Peter Jackson teve receios do filme ficar com cara de videogame, algo que aconteceu bastante em outras produções que exageram na computação gráfica. Em momentos pontuais isso realmente aconteceu, temos que admitir, mas não foi a regra geral. Considero todas as cenas muito bem feitas, o que foi fruto do uso do que havia de melhor no mercado em termos de efeitos digitais de última geração. Grande parte do orçamento de 94 milhões de dólares aliás foi usado justamente para pagar por esses efeitos especiais. Para os padrões atuais o orçamento desse segundo filme nem foi algo fabuloso, de impressionar. Poderíamos dizer que foi apenas mediano, o que não atrapalhou em nada o resultado final. Sucesso de público e crítica, o filme conseguiu até mesmo arrancar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme do ano, o que achei um certo exagero na época. Até porque todas as demais indicações eram apenas técnicas. Não venceu, mas acabou trazendo pela primeira vez um grande prestígio por parte da Academia para esse tipo de produção de fantasia.
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (The Lord of the Rings: The Two Towers, Estados Unidos, 2002) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Stephen Sinclair e Peter Jackson. baseados na obra imortal de J.R.R. Tolkien / Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Viggo Mortensen, Cate Blanchett, Orlando Bloom, Billy Boyd, Christopher Lee, Sean Bean, Andy Serkis / Sinopse: Frodo e seus companheiros continuam na sua jornada para destruir o anel. Durante a viagem descobrem que estão sendo perseguidos por uma estranha criatura obcecada pelo objeto. Ele se apresenta como Gollum, antigo possuidor da joia, alguém corroído pela ganância e pela sede do poder do anel. Enquanto isso Aragorn, Legolas e Gimli chegam no Reino do Rohan, onde o Rei está amaldiçoado pelo maléfico Saruman. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de outubro de 2017
Refém do Silêncio
Título Original: Don't Say a Word
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises, Village Roadshow Pictures
Direção: Gary Fleder
Roteiro: Anthony Peckham
Elenco: Michael Douglas, Sean Bean, Brittany Murphy, Skye McCole Bartusiak, Jennifer Esposito, Shawn Doyle
Sinopse:
Dr. Nathan R. Conrad (Michael Douglas) é um conceituado terapeuta que precisa fazer uma paciente voltar a falar após ficar 10 anos sem emitir uma palavra. Acontece que sua filha foi sequestrada por uma quadrilha que poupará sua vida, caso o médico consiga o código que eles procuram. A única pessoa que sabe o código é justamente a paciente do Dr. Conrad.
Comentários:
O ator Michael Douglas sempre foi conhecido por escolher bem os roteiros de seus filmes. Douglas certamente pode ter muitos defeitos, mas não o de não saber exatamente o que o público quer ver nos cinemas. Durante muito tempo ele acertou em cheio, porém também deu seus tropeços. Esse thriller de suspense não foi exatamente um fracasso comercial, mas também não faturou nas bilheterias o valor que Douglas (que foi produtor do filme) pretendia. No final das contas mal se pagou, deixando um lucro mínimo para o estúdio. De fato não vejo aqui um grande filme. Esses roteiros mirabolantes demais, com aquela fórmula que consegue resumir todo o enredo de um filme apenas numa frase, nunca chegaram a me convencer. Mesmo que tenha sido baseado no livro escrito por Andrew Klavan, o fato é que não funcionou muito bem na tela. É a tal coisa, nem sempre o que dá certo nas páginas de um livro consegue convencer numa adaptação para as telas de cinema. Muitas vezes esse tipo de transição soa forçada demais. É justamente o que aconteceu nesse "Don't Say a Word".
Pablo Aluísio.
sábado, 1 de julho de 2017
Drone
São perguntas que você só saberá ao assistir ao filme. Agora, vamos convir que o roteiro desse filme deixa muito a desejar. Imagine que você seja um contratado da CIA que opera drones que envia mísseis no Oriente Médio. Agora imagine que um belo dia surja em sua casa um sujeito muçulmano dando a maior pinta de que seria um homem-bomba! Você seria completamente amigável a esse sujeito? Convidaria ele a jantar ao seu lado e de sua família? Claro que não! São situações absurdas demais para acreditar. Ninguém que trabalharia com um drone de ataque teria tamanha inocência! Pois é justamente esse tipo de coisa que o roteiro desse filme quer que você engula! As situações são forçada demais e completamente inverossímeis! Além disso a mensagem do filme, principalmente em seu final, é bem perigosa. Não irei dar spoiler, mas basta apenas dizer que o roteiro tenta, mesmo que de forma sutil, justificar um ato terrorista! Não é cabível algo assim... Dessa forma apesar da boa premissa faltam duas coisas básicas nesse filme chamado "Drone": bom senso e nexo com a realidade. Sem isso o filme fica simplesmente irreal demais para se levar à sério.
Drone (Drone, Estados Unido, 2017) Direção: Jason Bourque / Roteiro Paul A. Birkett, Jason Bourque / Elenco: Sean Bean, Patrick Sabongui, Mary McCormack / Sinopse: Um operador de drones, contratado pela CIA, recebe a visita de um muçulmano que lhe diz estar interessado na venda de um barco. Inicialmente o americano pensa estar conhecendo uma boa pessoa, que deseja mesmo comprar o veleiro que ele herdou de seu pai, mas aos poucos as coisas vão se revelando, demonstrando as verdadeiras intenções daquele islâmico em sua residência.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de agosto de 2016
The Frankenstein Chronicles
Eis aqui uma boa dica de nova série que está chegando agora na TV. O primeiro episódio se chama "A World Without God" (Um Mundo Sem Deus). Tudo começa quando uma jovem garota é encontrada morta nas margens lamacentas do Rio Tâmisa em Londres. Em estado de decomposição avançado o cadáver é logo enviado a um renomado cirurgião para autópsia. Ele descobre que o corpo na verdade é uma composição de vários corpos de pessoas diferentes, ligadas por costuras cirúrgicas! São crianças e adolescentes que desapareceram sem deixar rastros. Há uma suspeita de que se trata de uma maneira de se desacreditar a classe médica, uma vez que está ocorrendo uma acirrada disputa no Parlamento envolvendo o ato cirúrgico (que passaria a ser exclusivo dessa classe, colocando em perigo o emprego ou o trabalho de vários sujeitos sem diploma, alguns deles envolvidos com tráfico de corpos humanos para instituições de pesquisa). Para descobrir o que realmente está acontecendo um nobre resolve designar John Marlott (Sean Bean), um investigador veterano, para solucionar a morte daqueles jovens. "The Frankenstein Chronicles" é aquele tipo de série que desde os primeiros momentos você já sabe que está diante de um bom produto televisivo. Direção de arte? Impecável. Roteiro? Muito bem estruturado, lidando muito bem com todo o suspense que envolve os crimes. Interpretação? Bean está perfeito na pele do sujeito que é atormentado por um passado trágico (sua família - esposa e filha pequena - morreram de sífilis transmitido por ele mesmo, o que lhe traz uma culpa imensa e eterna). Enfim, mais uma preciosidade de terror para se acompanhar daqui em diante. Não vá perder a chance de conhecer essa excelente série. / The Frankenstein Chronicles 1.01 - A World Without God (Inglaterra, EUA, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Sean Hanrahan, Shaun Blaney.
The Frankenstein Chronicles 1.02 - Seeing Things
Conforme o próprio título do episódio sugere o investigador John Marlott (Sean Bean) começa a ter visões do sobrenatural. Em um delírio ele acaba vendo a garota Alyce. Como se viu no episódio piloto ele foi contratado para descobrir o paradeiro de jovens que simplesmente desapareceram, em especial o que teria acontecido realmente com a adolescente Alyce e do estranho corpo encontrado boiando nas águas do rio Tâmisa. Em decomposição, nele havia claras demonstrações e sinais de que teria passado por algum tipo de experiência médica mal sucedida, pois havia diferentes partes de corpos humanos diversos costurados em um só! Uma obra de arte sombria. Além disso "Seeing Things" chama a atenção por outros aspectos que considero extremamente curiosos. O primeiro é que o personagem de Sean Bean resolve comprar um exemplar do romance de terror "Frankenstein Ou o Prometeu Moderno" de Mary Shelley, demonstrando que a série não é uma adaptação do livro como inicialmente se esperava. A trama se passa ao largo da literatura. Outro fato digno de nota foi a inserção de autores consagrados como personagens da série, entre eles o poeta vitoriano William Blake, em seu leito de morte, passando preciosas pistas para Marlott. Aliás a própria Mary Shelley também dá o ar de sua graça, de maneira bem discreta, é verdade, mas já demonstrando que os roteiristas procuram por algo diferente, realmente inovador. Ponto positivo para o público, certamente. / The Frankenstein Chronicles 1.02 - Seeing Things (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Lucy Cray-Miller, Jessie Ross.
The Frankenstein Chronicles 1.03 - All the Lost Children
Numa Londres suja e pobre o investigador John Marlott (Sean Bean) continua reunindo pistas para descobrir quem teria assassinado a jovem adolescente cujo corpo foi encontrado em decomposição nas margens do rio Tâmisa. Sua investigação curiosamente o leva até a escritora Mary Shelley (Anna Maxwell Martin). Ela escreveu um romance de terror que ficou muito conhecido chamado Frankenstein. Em sua estória um cientista à beira da loucura resolvia trazer restos de corpos humanos de volta à vida usando métodos da teoria Galvanista (onde a energia elétrica era usada para dar movimentos aos músculos de pessoas mortas). Ela é uma pobre viúva que tenta ganhar a vida com seus escritos, algo nada fácil de fazer, ainda mais com um garotinho muito jovem ainda para criar. Para Marlott porém é mais importante colocar as mãos em um suspeito indicado pelo carregador de corpos. Esse sujeito teria ligação direta com o crime cometido. O problema é achá-lo, uma vez que ele parece viver em túneis escuros e úmidos embaixo da velha cidade. Outro aspecto interessante desse episódio é que Marlott é confrontado com seu próprio futuro ao visitar um antigo mosteiro que agora serve como hospital de inválidos. Lá ele encontra um paciente terminal da terrível sífilis (Marlott também sofre desse mesmo mal). Temos aqui mais um bom episódio de "The Frankenstein Chronicles". Essa série é muito bem produzida, com roteiros realmente bem escritos. Não há apelação e tudo surge de forma muito caprichosa. Estou realmente gostando muito, indico sem reservas para os fãs de séries de terror e suspense. / The Frankenstein Chronicles 1.03 - All the Lost Children (EUA, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Samuel West, Sean Bean, Eloise Smyth.
The Frankenstein Chronicles 1.04 - The Fortune of War
Uma das melhores coisas desse episódio é que ele mostra a escritora Mary Shelley (Anna Maxwell Martin) visitando a propriedade de um velho conhecido, um amigo dos velhos tempos. Ele está morto há muitos anos. Quando vai até os fundos da velha casa descobre dois cômodos praticamente abandonados. Os móveis estão cobertos por panos e quando ela os levanta o que vemos? Sim, a velha maquinaria usada em experiências científicas, tão típica da era vitoriana. A sutileza do roteiro deixa então subentendido que o enredo que vemos em sua famosa obra pode não ter sido apenas um romance de terror como todos pensavam! Para fãs do horror é realmente uma jogada genial, que abre espaço para uma guinada nas estórias da série. Além disso temos aqui o desfecho (assim esperamos) do desaparecimento da menina Alice. O investigador John Marlott (Sean Bean, sempre tão bem em cena) finalmente chega nas pessoas que supostamente a mataram. São carvoeiros miseráveis dos subúrbios mais infectos de uma Londres nada bonita de se ver. É curioso pois mostra a extrema pobreza em que viviam certas pessoas na Inglaterra durante o século XIX. Lugares de miséria absoluta, onde nem os mais básicos valores humanos conseguiam sobreviver. Comunidades formadas não por seres humanos, mas por verdadeiras bestas, seres bestiais. Em suma, excelente episódio, um dos melhores até aqui. / The Frankenstein Chronicles 1.04 - The Fortune of War (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Charlie Creed-Miles, Shaun Mason.
The Frankenstein Chronicles 1.05 - The Frankenstein Murders
O investigador John Marlott (Sean Bean) finalmente descobre (quase) toda a verdade. Realmente médicos famosos de Londres estavam usando corpos humanos comprados no mercado negro para suas experiências. Pior do que isso, muitos deles encomendavam jovens adolescentes ou crianças, o que fazia com que eles fossem mortos de forma brutal por pessoas criminosas em busca do dinheiro da venda de seus cadáveres. Marlott então resolve levar suas conclusões ao Lord inglês que o contratou. Para seu desapontamento descobre que o sujeito, um figurão do parlamento britânico, não está disposto a fazer nada para prender os assassinos. Pelo contrário, ele usa toda a investigação apenas para chantagear outros parlamentares para que assim sejam aprovados seus projetos de lei, entre eles o ato médico de anatomia. Pois é, "The Frankenstein Chronicles" transita bem no meio do lado mais sórdido de uma Londres onde conhecimento científico e crime andam de mãos dadas. O impulso inicial para todas as investigações havia sido o desaparecimento de uma jovem adolescente chamada Alice. Seu corpo foi encontrado boiando nas águas sujas do rio. Agora que a teia da trama de sua morte foi tecida tudo caminha tragicamente para a impunidade completa de seus algozes. Uma triste realidade de um mundo sombrio. / The Frankenstein Chronicles 1.05 - The Frankenstein Murders (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Anna Maxwell Martin, Elliot Cowan.
The Frankenstein Chronicles 1.06 - Lost and Found
O texto a seguir contém spoiler. Assim se você ainda não conferiu o episódio final dessa série recomendo não seguir em frente na leitura. Pois bem, a primeira temporada de "The Frankenstein Chronicles" se encerra aqui. É uma série extremamente bem produzida e por essa razão poucos são os episódios em cada temporada. Nesse aqui temos uma ironia do roteiro que me deixou realmente surpreendido. Depois de tanto lutar para descobrir o que estaria acontecendo com as crianças e adolescentes desaparecidos, o investigador John Marlott (Sean Bean). São pessoas poderosas e ricas, bem influentes dentro da sociedade londrina. Sem querer Marlott acaba caindo numa armadilha montada justamente por essa gente. Ele é colocado na cena de um crime, com a roupa encharcada de sangue da vítima. Ora, não demora muito e ele é preso em flagrante. Julgado apressadamente logo é condenado à morte. Enforcado, tudo parece ter chegado a um melancólico fim, mas... eis que Marlott acaba caindo nas mãos de todos aqueles que ele queria ver condenados. Eles usam seu corpo para novas experiências e pasmem, o próprio investigador vira uma criatura, ressuscitada como nos velhos moldes do conto de Frankenstein!!! A cena final com ele se arrastando, dentro daquele corpo ressuscitado profano é uma das melhores coisas que vi ultimamente em séries. Em minha opinião seria o desfecho perfeito para tudo o que aconteceu. Pena que os produtores vão continuar em uma segunda temporada!!! Chegou a me perguntar: Por quê? Querem mostrar a vida do monstro após voltar do mundo dos mortos? Nada a ver... perderam a chance de terminar tudo com chave de ouro. / The Frankenstein Chronicles 1.06 - Lost and Found (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross, Barry Langford / Elenco: Sean Bean, Joel Gillman, Richie Campbell.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Equilibrium
Essa ficção me lembrou muito de um clássico chamado "Fahrenheit 451" de François Truffaut. Tal como lá, aqui também temos um Estado opressivo que não abre margens para a liberdade individual. A simples posse de um livro de poesias, por exemplo, pode significar a eliminação completa do grupo, resultando em uma execução sumária. Literatura, filmes e música também são proibidos. A arte em geral é vista como algo extremamente nocivo pois faz aflorar os sentimentos e emoções tão inerentes aos seres humanos que esse Estado autoritário quer de todas as formas eliminar da sociedade. Embora tenha uma premissa realmente excelente o filme também faz inúmeras concessões comerciais para o deixar mais palatável ao público jovem que frequenta os cinemas. Assim sai uma abordagem mais intelectual da questão para se priorizar várias cenas de ação - muito bem realizadas, é bom frisar. Christian Bale está muito adequado em seu papel. Ele é realmente o ator indicado para interpretar tipos como o do filme, inicialmente frios e sem emoção e que depois precisam lidar com uma nova forma de enxergar o mundo ao seu redor. Com boa direção de arte (que investe em cenários assépticos e desprovidos de alma) e um bom argumento, "Equilibrium" é certamente uma das ficções mais interessantes dos últimos anos. Inteligente e bem perspicaz.
Equilibrium (Equilibrium, EUA, 2002) Direção: Kurt Wimmer / Roteiro: Kurt Wimmer / Elenco: Christian Bale, Sean Bean, Emily Watson, William Fichtner, Sean Pertwee / Sinopse: Em um mundo que tenta se reconstruir após uma guerra nuclear, a sociedade resolve se submeter a um Estado totalitário que prega a supressão de todas as emoções humanas para se chegar na verdadeira paz entre os homens. Filme indicado ao American Choreography Awards e à Phoenix Film Critics Society Awards.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
O Destino de Júpiter
Título no Brasil: O Destino de Júpiter
Título Original: Jupiter Ascending
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures, Warner Bros
Direção: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Roteiro: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Elenco: Channing Tatum, Mila Kunis, Sean Bean, Eddie Redmayne
Sinopse:
Jupiter Jones (Mila Kunis) não conheceu seu pai que foi morto em um assalto quando sua família morava na Rússia. Depois da morte dele sua mãe decide ir embora para os Estados Unidos. A nova vida não é fácil, Jupiter ganha a vida como faxineira, onde trabalha muito, mas ganha muito pouco. Ele odeia sua vida, mas vê tudo mudar radicalmente da noite para o dia quando descobre que estranhas criaturas estão atrás dela. Para salvá-la do perigo surge Caine Wise (Channing Tatum) que lhe explica que ela está bem no meio de uma disputa espacial envolvendo um dos clãs mais poderosos do universo. Ela seria a reencarnação de uma das mais poderosas imperatrizes de todas as galáxias.
Comentários:
É outro produto pop feito para o público adolescente. Outro que também não tem muita originalidade. Logo no começo você percebe que as semelhanças com "Star Wars" beiram o plágio. Se na saga de George Lucas tínhamos um jovem comum (Luke Skywalker) jogado bem no meio da guerra espacial entre rebeldes e o império, aqui temos uma humana também bem comum que de repente se vê herdeira de um dos maiores impérios do universo e tudo isso acontecendo praticamente da noite para o dia. Essa produção custou quase 200 milhões de dólares e seu maior problema, além da falta de originalidade, é o excesso de informações que é jogado em cima do espectador. De repente ele descobre que não apenas existe vida fora da Terra como também eles são "donos" do nosso planeta, criaram a raça humana e basicamente nos usam como adubos. Os seres alienígenas também vivem milênios (e não apenas poucos anos como todos nós) e acreditam na reencarnação, mas em uma versão científica, baseada em traços genéticos! E tudo isso você ficará sabendo em menos de vinte minutos de filme!
No meio de tudo isso muita ação desenfreada e, temos que admitir, ótimos efeitos especiais, como convém a qualquer filme assinado por Andy Wachowski (um dos irmãos Wachowski, que criaram o universo de "Matrix"). Curiosamente ele assina o filme ao lado de uma tal de Lana Wachowski! Muitos pensaram que seria a esposa de Andy, mas não, é o próprio irmão dele, Laurence Wachowski, que agora assina como Lana depois que resolveu assumir sua identidade GLS. Pintou o cabelo de vermelho, começou a usar roupas femininas e não aceita mais ser chamado por seu nome masculino! Bizarrices à parte, o fato é que o filme tem excesso de ação, efeitos digitais e visual inovador, pena que não tenha também ideias novas e originais. Do jeito que está só ficou excessivo, algumas vezes confuso e nada interessante - com menos de 60 minutos de duração você deixa de se importar com o que está acontecendo. O filme foi considerado um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, o que talvez só venha confirmar que os irmãos Wachowski só consigam se dar bem mesmo com a franquia "Matrix". São criadores de um universo só! Fora disso até hoje só colecionaram mesmo fracassos comerciais e filmes exagerados. Pior para o público que adora um chicletinho pop nas telas.
Pablo Aluísio.
sábado, 19 de julho de 2014
Jogos Patrióticos
Título Original: Patriot Games
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: W. Peter Iliff
Elenco: Harrison Ford, Sean Bean, Anne Archer
Sinopse:
Jack Ryan (Harrison Ford) acaba se envolvendo em uma complicada rede de complôs, envolvendo membros revolucionários irlandeses que planejam cometer o maior atentado terrorista da história do Reino Unido. Indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor lançamento em DVD.
Comentários:
O personagem Jack Ryan foi criado pelo autor Tom Clancy, que resolveu adaptar alguns aspectos das fantasiosas estórias de James Bond para o mundo atual, onde sai o charmoso agente inglês e entra um agente americano envolvido em inúmeras tramas envolvendo a CIA. Ryan assim vive em um mundo bem mais pé no chão que Bond, mas mesmo tentando ser o mais realista possível ainda enfrenta grandes desafios, geralmente salvando o mundo no fim de mais um dia duro de trabalho. Como já tive a oportunidade de escrever antes, esse é um dos melhores filmes com Jack Ryan. Até mesmo Harrison Ford está bem no papel (ele voltaria a encarnar o personagem novamente em "Perigo Real e Imediato" dois anos depois). Há um ótimo enredo, uma trama muito bem bolada e ótimas cenas de suspense e ação. Mostra que o gênero filme de espionagem não morreu com o fim da guerra fria na virada dos anos 80 para os 90. O diretor australiano Phillip Noyce também conseguiu unir inteligência com movimentação de uma forma que anda cada vez mais rara em Hollywood.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de junho de 2014
O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei
Título Original: The Lord of the Rings - The Return of the King
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, baseado na obra de J.R.R. Tolkien
Elenco: Elijah Wood, Viggo Mortensen, Ian McKellen, Cate Blanchett,Orlando Bloom, Sean Astin, Sean Bean, Christopher Lee
Sinopse:
Sauron (Sala Baker) está decidido a se apoderar do anel que lhe dará imensos poderes. Para isso envia o mago Saruman (Christopher Lee) para capturar Frodo (Elijah Wood), Sam (Sean Astin) e os demais hobbits que estão em posse da preciosidade. Enquando isso Gandalf (Ian McKellen) lidera as forças do bem. Filme vencedor de onze prêmios da Academia nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Edição, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Música Original, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Especiais. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Direção, Música Original e Roteiro.
Comentários:
É o mais bem sucedido filme da franquia "The Lord of the Rings". Também foi o mais premiado, muito embora pessoalmente acredite que o filme foi tão homenageado por ser a conclusão da série (valendo como uma premiação pelo conjunto da obra). Penso que "O Senhor dos Anéis - As Duas Torres" ainda deve ser considerado o melhor filme, isso de um ponto de vista estritamente cinematográfico. O roteiro é melhor trabalhado e a trama tem um desenvolvimento mais bem escrito. Nessa conclusão há uma certa confusão em apresentar tantas estórias paralelas ao mesmo tempo - fruto, é claro, da complexidade da obra original de J.R.R. Tolkien. Depois do lançamento do filme houve boatos de que Peter Jackson teve muitos problemas com o roteiro no set de filmagem, sendo que muitas partes eram reescritas praticamente no calor das filmagens, o que demonstra uma certa preocupação em encaixar tudo no último filme, o que sinceramente o deixou levemente truncado. Quem nunca leu o livro, por exemplo, ficará um pouco perdido com tantos povos, culturas e batalhas acontecendo praticamente ao mesmo tempo. Talvez fosse melhor que mais um filme fosse realizado para caber tanta informação para o espectador. De qualquer maneira como foi o que mais rendeu nas bilheterias e o mais bem sucedido em termos de reconhecimento, isso tudo se torna apenas uma observação jogada ao vento, pois se trata mesmo de um belo filme, embora não seja perfeito.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Cleanskin - Jogo de Interesses
Título Original: Cleanskin
Ano de Produção: 2012
País: Inglaterra
Estúdio: UK Film Studio
Direção: Hadi Hajaig
Roteiro: Hadi Hajaig
Elenco: Sean Bean, Charlotte Rampling, Abhin Galeya, Tom Burke
Sinopse:
Após um atentado em um restaurante no centro de Londres, com várias mortes, o serviço secreto britânico resolve operar fora dos registros. Charlotte (Charlotte Rampling), uma das diretoras do setor de Contra-Espionagem, envia um de seus melhores agentes, Ewan (Sean Bean), para rastrear e identificar o grupo responsável pelos atos terroristas. Seguindo pistas ele chega até Ash (Abhin Galeya), jovem natural do Paquistão que está na capital inglesa supostamente estudando Direito.
Comentários:
"Cleanskin" é uma expressão em língua inglesa usada para identificar terroristas internacionais que não se tornam alvo de investigação das autoridades de segurança até o dia em que literalmente explodem tudo pelos ares. São terroristas que conseguem se infiltrar dentro da sociedade sem despertar suspeitas. Com passado limpo, geralmente usando disfarces bem montados (como a de estudantes estrangeiros em universidades ocidentais), eles se tornam acima de qualquer suspeita até o dia em que são acionados por seus líderes terroristas para cometerem os atentados a bomba em lugares públicos. Ash (Abhin Galeya) se enquadra perfeitamente nesse perfil. Ele parece ser um jovem comum, que quer estudar para voltar para seu país. Até mesmo se envolve com uma inglesa, uma garota que parece gostar de fato. Isso porém muda radicalmente quando chega sua hora de agir. Essa produção inglesa então explora esse lado sangrento do conflito entre fundamentalistas e forças de segurança e inteligência dos países desenvolvidos. Todo o enredo se passa na Londres dos dias atuais. O roteiro se desdobra em duas linhas narrativas. A primeira mostra o passado de Ash e as razões que o levaram a se tornar um homem-bomba. A segunda se desenvolve no presente, com o agente britânico seguindo os passos de Ash para o tirar de circulação. O enredo, como se pode perceber, é bom, mas o resultado final é apenas mediano. O diretor adota uma linguagem bem convencional, diria até burocrática, e não ousa em nenhum momento. A trama, como não poderia deixar de ser, tem uma grande reviravolta final mas quando ela acontece o espectador já se encontra um pouco desinteressado com o desenrolar dos acontecimentos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Percy Jackson e o Ladrão de Raios
Título Original: Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Craig Titley, baseado no livro de Rick Riordan
Elenco: Logan Lerman, Sean Bean, Pierce Brosnan, Uma Thurman
Sinopse:
O jovem Percy Jackson (Logan Lerman) aparenta ser um adolescente comum, igual a todos os outros. Sua verdadeira natureza porém é bem diversa. Ele na realidade é um semideus, filho de uma mortal com o deus Poseidon. Tentando lidar com essa nova realidade ele precisa agora se defender daqueles que o acusam de ter roubado uma das armas mais poderosas da mitologia, o raio de Zeus! Para provar que é inocente ele então parte para uma grande aventura, jamais imaginada por um garoto como ele!
Comentários:
Com o sucesso de franquias como "Harry Potter" e "O Senhor dos Anéis" era de se esperar que outras adaptações de livros populares para o público infanto-juvenil viessem à tona. A aposta dos estúdios Fox então recaiu sobre esse personagem Percy Jackson. Com um orçamento de quase 100 milhões de dólares na produção as expectativas comerciais eram as melhores possíveis mas os resultados foram bem mornos. Em termos de qualidade também não há comparação com as séries de filmes que levaram a Fox a investir tanto aqui. Na verdade as tramas envolvendo Percy Jackson são bem derivativas, sem maiores novidades. Nem o talento do cineasta Chris Columbus para esse tipo de filme fez diferença. Na minha opinião o que atrapalhou mesmo foi o material original que deu origem ao filme. Nem sempre livros de fantasia são adequados para o cinema pois o que funciona na literatura nem sempre funciona na tela. Esse personagem é um exemplo. Ele não tem o carisma de um Harry Potter e nem muito menos a profundidade da saga de J. R. R. Tolkien! É apenas uma aventura fantasiosa com um excelente elenco de apoio mas com um ator bem sem graça no papel principal. O que sobra no final das contas é puro tédio. Talvez agrade a certa parcela do público na faixa dos 14 anos. Já para os adultos o bocejo no final da exibição será inevitável.
Pablo Aluísio.
sábado, 21 de setembro de 2013
Soldados da Fortuna
Assim que surgiram as primeiras cenas de "Soldados da Fortuna" na tela eu me lembrei imediatamente das antigas produções de ação da produtora Cannon Group. Quem é cinéfilo de longa data saberá exatamente do que estou falando. Curiosamente nos créditos pude conferir também que o filme foi produzido pela produtora Globus-film. Ora, o produtor Yoram Globus era um dos donos da Cannon. Assim tudo se explica. É uma produção nova com todas as características que fizeram a festa dos fãs da Cannon na década de 80. Nessa fórmula temos filmes com roteiros simples, muitas explosões e cenas de ação. É o que eu gosto de chamar de filme de ação em sentido estrito. Nada de enrolação e nem de tentar ser o que não é. Tudo se resume a um ritmo de puro pancadaria sem freios. "Soldados da Fortuna" é exatamente isso. A única curiosidade mais digna de nota é a presença de um elenco de apoio acima da média. Todos os atores que interpretam os milionários que pagam para sentir a emoção de um verdadeiro campo de guerra são nomes reconhecíveis dos cinéfilos. De uma maneira ou outra é o tipo de filme que indico para quem gosta de ação e nada mais do que ação. Se é o seu caso, bom apetite.
Soldados da Fortuna (Soldiers of Fortune, Estados Unidos, 2013) Direção: Maxim Korostyshevsky / Roteiro: Alexandre Coscas, Robert Crombie / Elenco: Christian Slater, Sean Bean, Ving Rhames, Colm Meaney, Dominic Monaghan / Sinopse: Veterano da guerra do Afeganistão (Slater) é contratado para levar um grupo de ricaços até um front de batalha real para que eles experimentem a adrenalina de uma verdadeiro campo de guerra. As coisas porém acabam saindo que era inicialmente planejado.
Pablo Aluísio.
domingo, 14 de julho de 2013
Plano de Voo
Jodie Foster interpreta Kyle Pratt. Viúva, ela mora na Alemanha e está trazendo o corpo do marido de volta aos Estados Unidos para ser sepultado. O problema é que bem no meio da cansativa viagem sua pequena filha simplesmente desaparece dentro da grande aeronave. Desesperada a personagem de Jodie enfrenta todos os tipos de problemas para solucionar o desaparecimento da sua filha, que tanto pode ser algo paranoico de sua mente como um fato real. O roteiro aliás joga muito bem com essa dualidade e não é raro o espectador parar para se perguntar se ela é um louca alucinada ou realmente um mãe que perde o contato com a filha durante o longo voo. O filme fez bastante sucesso em seu lançamento apesar do mal estar que foi criado com os comissários de bordo de empresas americanas que não digeriram muito bem a proposta do roteiro. No final das contas isso realmente foi excesso de preciosismo pois “Plano de Voo” nada mais é do que um suspense eficiente e bem arquitetado. Se você estiver em busca de algo assim então aproveite e tente descobrir todos os mistérios que cercam esse misterioso desaparecimento em pleno ar.
Plano de Voo (Flightplan, Estados Unidos, 2005) Direção: Robert Schwentk / Roteiro: Billy Ray, Peter A. Dowling / Elenco: Jodie Foster, Peter Sarsgaard, Sean Bean, Erika Christensen / Sinopse: Durante um voo comercial entre a Alemanha e Estados Unidos uma mãe entra em desespero ao perceber que sua pequena filha Júlia simplesmente desapareceu dentro do avião. Agora terá que lutar contra o tempo para descobrir o que aconteceu.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
A Morte Pede Carona
Pois bem, o tempo passa, e como Hollywood não parece mais ter tanto fôlego para criar algo de novo resolveu-se refilmar aquele enredo que tanto causou furor em sua época. Assim chegamos nesse novo “A Morte Pede Carona”, tentativa desnecessária e burocrática de ganhar alguns trocados em cima da fama do original. Como vivemos em tempos politicamente corretos muito da crueza do enredo original foi bem amenizada. A premissa inicial continua a mesma: Grace Andrews (Sophia Bush) e Jim Halsey (Zachary Knighton) formam o lindo casalzinho que decide sair pela estrada em um carro antigo para desfrutar a delícia de uma viagem a dois para aproveitarem o feriado. No caminho resolvem dar carona a John Ryder (Sean Bean). Bem, já deu para perceber que essa é definitivamente uma péssima idéia. O novo “A Morte Pede Carona” não entusiasma, não assusta e nem marca. É mais uma bobagem Made in Hollywood reciclada. Uma decepção que só serve para uma coisa: nos lembrar de como era realmente bom o filme original. Por isso esqueça esse remake e se possível prefira ver o primeiro filme, vai valer muito mais a pena. E não se esqueça: nunca dê carona a estranhos.
A Morte Pede Carona (The Hitcher, Estados Unidos, 2007) Direção: Dave Meyers / Roteiro: Eric Red, Jake Wade Wall / Elenco: Sean Bean, Sophia Bush, Zachary Knighton / Sinopse: Jovem casal resolve dar carona um rapaz no meio da estrada. A idéia se revelará péssima já que o caroneiro é na verdade um cruel psicopata.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Silent Hill – Revelação 3D
Em busca de respostas acaba retornando ao universo de pesadelos e delírios que a atormentam desde quando era uma simples garotinha. Como se pode perceber em termos gerais o enredo segue os passos do primeiro filme, o que não é de se espantar já que se trata de uma adaptação do famoso game de terror japonês. É o tipo de produto que se destaca mais pelo estilo e visual do que propriamente por aspectos como roteiro, direção ou atuação. De certa maneira me lembra até de outro clássico de terror, “Hellraiser”, pois ambos possuem um estilo único, com personagens que parecem nascer dentro de um universo próprio e singular, sem qualquer semelhança com qualquer outro filme do gênero. A boa notícia é que o “Silent Hill – Revelação” tenta manter a qualidade do primeiro filme, embora seja levemente inferior. A produção também faz bom uso do 3D o que certamente vai agradar aos fãs dessa técnica. Se é fã dos games e do mundo de “Silent Hill” não deixe de assistir.
Silent Hill - Revelação (Silent Hill: Revelation 3D, Estados Unidos, 2012) Direção: Michael J. Bassett / Roteiro: Michael J. Bassett / Elenco: Adelaide Clemens, Kit Harington, Carrie-Anne Moss, Sean Bean, Radha Mitchell / Sinopse: Garota em busca do paradeiro de seu pai acaba dentro do universo aterrorizante e bizarro de Silent Hill.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Espelho, Espelho Meu
A atriz que faz Branca de Neve, Lily Collins, foi prejudicada por uma maquiagem muito pesada, nada sutil ou elegante. Com sobrancelhas enormes e pretas tudo soa muito deselegante. O pior é que a moça é bonita, não precisavam estragar seu bonito rosto com tudo aquilo. Será que a Julia Roberts a enfeiou propositalmente com medo dela roubar o filme? Não duvido nada. Se fez isso então ela agiu exatamente como a rainha má que interpreta o que não seria surpresa nenhuma. Ao natural Lily é bela, delicada e lembra em certos momentos Audrey Hepburn mas no filme surge praticamente "escondida" sob a maquiagem fora de tom. A produção do filme também não é melhor. A direção de arte é muito excessiva, não particularmente bonita ou de bom gosto. Tudo é muito kitsch, mesmo sendo um conto de fadas deveriam ter trilhado um caminho mais soft do que é apresentado em cena. O roteiro também não agrada. Tenta contar a velha estória de uma forma inovadora o que é um erro. Contos de fadas foram escritos e passados de gerações em gerações para ensinar valores morais e culturais para a criançada. São simples por natureza e devem permanecer assim. Qualquer tentativa de mudar sua essência é bem condenável sob qualquer ponto de vista. Provavelmente Jacob e Wilhelm Grimm estejam se revirando na tumba com o que fizeram com sua estorinha. Lamentável.
Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror, Estados Unidos, 2012) Direção: Tarsem Singh / Roteiro: Jason Keller, Marc Klein, Melisa Wallack baseado no conto de fadas escrito por Jacob Grimm e Wilhelm Grimm / Elenco: Lily Collins, Julia Roberts, Armie Hammer, Nathan Lane, Sean Bean / Sinopse: Branca de Neve (Lily Collins) fica sob os cuidados da madrasta, a Rainha (Julia Roberts) após seu pai desaparecer na floresta negra.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
007 Contra GoldenEye
Seu primeiro filme foi esse "007 Contra GoldenEye", uma produção muito equilibrada que tentava revitalizar o famoso espião para o novo público jovem que frequentava as salas de cinema. A franquia vinha com problemas sérios, havia processos para todos os lados - fruto da briga pelos direitos autorais - e uma sensação de que o espião poderia até nunca mais voltar às telas de cinema. Após chegarem a uma conciliação finalmente deram o pontapé inicial para trazer James Bond de volta. Pierce Brosnan era o nome mais natural já que ele deveria ter assumido o posto após a aposentadoria de Roger Moore e só não o fez porque tinha obrigações contratuais com outros projetos que o impediram de fazer "007 Marcado Para a Morte" que foi realizado com Dalton. Na metade da década de 90 finalmente surgiu uma nova oportunidade e dessa vez ele a agarrou com unhas e dentes. O enredo girava em torno de um projeto de satélites chamado GoldenEye que poderia desestabilizar o Reino Unido caso seu controle caísse em mãos erradas. Era um bom argumento, divertido, que agradou ao grande público. O filme teve ótima bilheteria superando os 300 milhões de dólares, provando que Bond ainda era um produto de apelo popular. Brosnan recebeu uma boa cota de elogios e garantiu seu lugar para uma sequência. Nada mal para uma franquia que havia sido declarada morta para a sétima arte.
007 Contra GoldenEye (GoldenEye, Estados Unidos, Inglaterra, 1995) Direção: Martin Campbell / Roteiro: Michael France baseado na obra de Ian Fleming / Elenco: Pierce Brosnan, Sean Bean, Izabella Scorupco, Famke Janssen, Gottfried John, Alan Cumming, Judi Dench / Sinopse: O agente James Bond (Pierce Brosnan) tenta evitar que a rede de satélites GoldenEye seja utilizada para desestabilizar a paz e a ordem nos países ocidentais.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de junho de 2012
A Morte Negra
Pensei que seria mais uma daquelas bobagens medievais que o cinema americano vem fazendo ultimamente mas para minha total surpresa o filme não é nada disso - pelo contrário, é um filme muito, muito bom! Gostei de praticamente tudo, do argumento, da ambientação, do roteiro inteligente e das boas interpretações. Confesso que fiquei esperando uma reviravolta ao estilo realismo fantástico mas felizmente isso não acontece! O roteiro conseguiu fugir do óbvio - como virar uma bobagem adolescente cheia de monstros - e fincou o pé na realidade e no racional, o que lhe deu um ótimo posicionamento de cinema adulto (e correto do ponto de vista histórico).
O enredo mostra bem a realidade do homem medieval europeu. Imerso em uma religiosidade fanática ele não consegue entender porque tantas pessoas morrem em tão pouco tempo. Dentro daquele contexto ficou fácil para culpar a própria humanidade pela peste, pregando a crença que tudo não passaria de um castigo de Deus para com a humanidade. Nesse contexto somos levados a acompanhar um grupo de enviados do Bispo a uma pequena vila que não estaria sendo afetada pela peste negra (o que seria claro indicio de que forças diabólicas estariam atuando no local). Não adianta falar mais para não estragar. Basta apenas dizer que do período enfocado (alta idade média) esse foi um dos melhores filmes que já assisti. Recomendo muito - se ainda não viu corra atrás.
A Morte Negra (Black Death, Estados Unidos, 2010) Direção: Christopher Smith / Roteiro: Dario Poloni / Elenco: Eddie Redmayne, Sean Bean, Carice van Houten / Sinopse: Na Idade Média, durante a proliferação da Peste Negra, enviados a um pequeno vilarejo inglês entram em contato com as crenças da população local.
Pablo Aluísio.