quarta-feira, 31 de julho de 2024
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
Eu Sou a Lenda
Título no Brasil: Eu Sou a Lenda
Título Original: I Am Legend
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Francis Lawrence
Roteiro: Mark Protosevich, Akiva Goldsman
Elenco: Will Smith, Alice Braga, Charlie Tahan, Salli Richardson-Whitfield, Willow Smith, Darrell Foster
Sinopse:
Anos depois de um grande apocalipse que praticamente varreu a humanidade da face da Terra, um último sobrevivente tenta se adaptar e achar a cura em uma Nova Iorque desolada. O que ele não sabe é que não está sozinho no meio daquela grande cidade em ruínas. Roteiro baseado no livro "I Am Legend" de Richard Matheson.
Comentários:
Mais uma ficção estrelada por Will Smith. Durante certo tempo ele foi o rei do verão americano, conseguindo vencer a batalha pela maior bilheteria por anos seguidos mas como tudo que sobe, desce, ele também entrou em declínio após um certo tempo. "Eu Sou Uma Lenda" tem uma boa premissa, ótimas cenas de impacto (as ruas vazias chamam a atenção), mas de maneira em geral se mostra abaixo das expectativas principalmente quando resolve esconder as falhas de roteiro com muitos efeitos digitais de última geração que curiosamente não tiveram o tratamento adequado, pois houve problemas durante a produção do filme. De qualquer maneira ainda há pontos positivos. O terço inicial do filme é bastante interessante, a ideia do isolamento, o suspense que se cria com toda aquela situação. Achei bastante satisfatório. O filme só perde mesmo nos dois terços finais onde o diretor esquece a sutileza e se entrega aos efeitos especiais gratuitos e desnecessários. E olha que muitos deles nem foram finalizados a tempo para o lançamento do filme! O clímax então deixa muito a desejar. No apagar das luzes é apenas um filme mediano.
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de março de 2018
Operação Red Sparrow
Depois do acidente sua vida muda radicalmente. Sem emprego e precisando ganhar dinheiro pois sua mãe está doente, precisando de tratamento médico, ela aceita entrar em um curso preparatório de agentes do serviço secreto russo. Afinal seu tio é um figurão por lá. Seu treinamento foca no uso dos atributos femininos para seduzir e conquistar espiões inimigos, principalmente americanos e britânicos. Em pouco tempo ela entra em campo e acaba se aproximando de um agente da CIA. Seu objetivo é descobrir a identidade de um traidor que estaria repassando segredos da Rússia para o ocidente. É bom explicar que a estória do filme não se passa nos tempos da guerra fria, quando KGB e CIA disputavam palmo a palmo o mundo da espionagem internacional. O filme se passa nos tempos atuais, por isso Dominika acaba entrando em um jogo perigoso, fazendo contra espionagem, jogando para os dois lados, tentando até mesmo arranjar um asilo político nos Estados Unidos. No saldo geral não achei o filme grande coisa. Em muitos momentos o roteiro se arrasta, caindo na monotonia. Não há também grandes cenas de ação, indo mais para o lado intelectual do jogo de espionagem. Há também um certo excesso de vulgaridade e violência (com cenas de tortura) que muitas vezes soam de forma gratuita. É um filme decepcionante em muitos aspectos. Não foi dessa vez que a Jennifer Lawrence conseguiu emplacar um grande filme nesse gênero cinematográfico.
Operação Red Sparrow (Red Sparrow, Estados Unidos, 2018) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Justin Haythe, baseado no romance de espionagem escrito por Jason Matthews / Elenco: Jennifer Lawrence, Charlotte Rampling, Jeremy Irons, Joel Edgerton / Sinopse: Após um sério acidente em uma apresentação do balé Bolshoi em Moscou, a bailarina Dominika Egorova (Jennifer Lawrence) vê sua carreira artística chegar ao fim. Desempregada e precisando de dinheiro, ela acaba sendo recrutada pelo serviço de inteligência do governo russo, onde passa a fazer o serviço sujo da agência, seduzindo agentes inimigos, arrancando deles informações importantes. Sua primeira missão é descobrir a identidade de um traidor russo que estaria repassando planos secretos para os países ocidentais.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
Depois o grupo avança e finalmente chega nas portas da mansão do Presidente Snow. Os rebeldes surgem disfarçados de refugiados (embora não proposital, essa é uma interessante referência ao momento atual vivido na Europa). Uma vez lá acontece o massacre de inocentes que irá determinar todo o destino dos rebeldes e da tirania de Snow. Aqui há uma reviravolta interessante que vale pela franquia como um todo. Embora "Jogos Vorazes" seja um produto nitidamente adolescente aqui a autora Suzanne Collins teve um ótimo momento de inspiração ao colocar algo que é mais corriqueiro do que se pensa (e que, surpresa, vale como alegoria política até mesmo no que acontece em nosso país atualmente). Uma vez assumindo o poder a líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore), portadora de tantas esperanças por mudanças por parte das populações oprimidas dos distritos, começa a agir justamente como o deposto presidente Snow. Ela ignora conselhos, promovendo execuções sumárias e propõe até mesmo a volta dos "Jogos Vorazes", um absurdo completo. A oposição ao colocar as mãos no poder muitas vezes acaba agindo mais cruelmente do que a própria tirania que ajudou a combater e derrubar! Sabendo muito bem disso o clímax acontece na praça central quando Katniss tem a oportunidade de executar o próprio presidente Snow ou até mesmo a agora empossada nova presidente Coin, que finalmente mostra a que veio, revelando suas verdadeiras intenções. Tudo se resume em escolher o alvo certo! É a melhor cena de toda a franquia e a mais representativa também. Traz uma bela lição de moral, para não esquecer. Por fim, nem a última sequência, bastante reforçada com pieguice sentimental, consegue estragar o que aconteceu momentos antes. Então é isso. O filme não foi o sucesso espetacular de bilheteria que o estúdio esperava, mas tampouco pode ser considerado como uma decepção ou algo assim. É de fato o melhor filme da franquia, fechando com chave de ouro uma série de filmes marcados pela irregularidade ao longo de todos esses anos.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final (The Hunger Games: Mockingjay - Part 2, Estados Unidos, 2015) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Peter Craig, Danny Strong, baseados na obra de Suzanne Collins / Elenco: Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, Woody Harrelson, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth / Sinopse: Os rebeldes dos distritos que lutam contra a tirania do Presidente Snow (Sutherland) finalmente conseguem entrar na capital Panem. A luta promete ser rua a rua, casa a casa, pelo controle do poder. Filme indicado ao prêmio da Broadcast Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Atriz (Lawrence).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
Como era de esperar essa primeira parte de "Jogos Vorazes: A Esperança" é também bem inconclusiva. Praticamente nenhum evento tem um desfecho, ficando tudo para o fim da saga. Apesar disso há coisas interessantes no filme. A direção de arte, bem diferente dos exageros dos filmes anteriores, deixou tudo mais clean, resultando em um visual mais equilibrado e menos agressivo. Uma das coisas que me incomodou bastante nos dois primeiros filmes foi exatamente o exagero nos figurinos. cabelos e nos cenários. Tudo era de uma breguice futurista difícil de engolir. Agora tudo surge mais sóbrio. Os cenários mais lembram países como a Síria, onde cidades inteiras acabam se transformando em escombros e ruínas de prédios que foram ao chão por causa das bombas. A desilusão impera e não apenas nas imagens, mas também no psicológico da protagonista. Katniss está muito vulnerável, se revelando corajosa e firme praticamente apenas nos vídeos de propaganda. Por dentro ela parece desmoronar. Ainda bem que Jennifer Lawrence é uma boa atriz para transmitir esse furacão de emoções ao espectador, caso contrário tudo passaria despercebido. Infelizmente o filme também vai marcando o adeus do grande ator Philip Seymour Hoffman que morreu em 2014 vítima de uma overdose. Seu trabalho nem aparece muito dentro da trama, mas ele era tão talentoso que conseguia se sobressair até mesmo em personagens mais secundários como esse. Os produtores lhe prestaram uma pequena homenagem nos letreiros finais. Assim, no geral, o que temos aqui é mais uma produção sanduíche que apenas prepara tudo para a conclusão do filme seguinte. Por essa razão não espere por nada muito marcante. É um bom filme, bem produzido, com tudo nos lugares, porém realmente apresenta esse pequenino problema.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 (The Hunger Games: Mockingjay - Part 1, Estados Unidos, 2014) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Peter Craig, Danny Strong, baseados na obra "Mockingjay" de Suzanne Collins / Elenco: Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Stanley Tucci / Sinopse: A jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se torna um símbolo da luta contra a opressão e tirania da Capital contra todos os distritos. A líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore) resolve transformá-la numa espécie de garota propaganda da causa dos revoltosos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original ("Yellow Flicker Beat" de Joel Little e Lorde). Vencedor do MTV Movie Awards nas categorias de Melhor sequência musical e Melhor Figurino.
Pablo Aluísio.
sábado, 15 de março de 2014
Jogos Vorazes - Em Chamas
Título Original: The Hunger Games - Catching Fire
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Francis Lawrence
Roteiro: Simon Beaufoy, Michael Arndt
Elenco: Jennifer Lawrence, Philip Seymour Hoffman, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Stanley Tucci
Sinopse:
Após os acontecimentos dos Jogos Vorazes do filme anterior a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se torna um ícone dos sentimentos que norteiam os grupos que desejam uma revolução dentro dos distritos. Isso é muito preocupante para o regime que resolve levar a garota em uma turnê de propaganda pelos distritos prestes a se rebelarem. O tiro porém sai pela culatra. Desesperados para se livrarem de Katniss, o presidente Snow (Donald Sutherland) resolve reunir os campeões dos últimos Jogos Vorazes para que lutem entre si naquele que promete ser o maior programa de sua história.
Comentários:
Para falar a verdade gostei mais dessa sequência do que do primeiro filme. Passada a necessidade de apresentar um novo universo aos cinéfilos a trama acaba fluindo muito melhor, sem aquela preocupação em explicar tudo nos mínimos detalhes para que os que não leram os livros possam entender do que se trata. Esse "Jogos Vorazes - Em Chamas" tem três aspectos que achei superiores ao primeiro filme. O primeiro deles foi a maior preocupação em mostrar os contextos políticos e sociais que rondam aquela sociedade. Há uma clara tentativa em mostrar isso em detrimento dos jogos propriamente ditos. Para se ter uma idéia em um filme que tem 140 minutos de duração, pelo menos mais da metade foi dedicada apenas ao clima de tensão e rebelião que rondam os distritos. O segundo ponto a se elogiar foi o maior equilíbrio alcançado dentro da produção. No primeiro filme tínhamos um certo exagero nos figurinos e na direção de arte, que soava muito kitsch - já aqui tudo está bem mais contido, demonstrando um melhor bom gosto nesses aspectos puramente técnicos.
Por fim, o mais importante: esse filme conta no elenco com o magistral Philip Seymour Hoffman em um de seus últimos trabalhos no cinema. Ele interpreta o personagem Plutarch Heavensbee. Dentro desse mundo de "Jogos Vorazes" todos concordam que ele é uma das peças mais importantes do quebra-cabeças que move toda a trama da série. No começo isso é bem fácil de entender. Inicialmente ele é um sujeito completamente comprometido com o sucesso dos Jogos transmitidos pela TV mas logo depois descobrimos que nem tudo é o aparenta ser. Com a trágica morte de Seymour não sei como a produtora levará seu personagem daqui em diante. A única coisa que sei é que não será nada fácil arranjar um ator à altura de Philip Seymour Hoffman que era realmente um talento fantástico, único. "Jogos Vorazes - Em Chamas" assim fica bem acima do que era esperado. Um blockbuster bem realizado que cumpre aquilo que promete muito bem: diversão pipoca sem culpas!
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Constantine
Essa produção é um exemplo claro disso. O clima soturno de Hellblazer desaparece. Constantine na pele de Keanu Reeves vira um herói clássico sempre lutando ao lado do bem contra o mal. Seu cinismo desaparece completamente e o pior é que ele acaba ficando sem personalidade em cena, fruto da canastrice de Reeves que não consegue passar qualquer emoção ou expressão com veracidade. Para piorar o espectador ainda tem que engolir a presença medíocre de Shia LaBeouf, seguramente um dos piores atores já surgidos nos últimos anos. O projeto foi desenvolvido pelo estúdio para ser estrelado por Nicolas Cage, uma escolha bem mais adequada, mas depois por diferenças criativas com o diretor, ele resolveu cair fora. Provavelmente Cage pressentiu a bomba que vinha por aí. Por razões puramente comerciais então foi escalado o Keanu Reeves que com sua atuação obtusa jogou a última pá de cal na esperança dos fãs de quadrinhos. Seguramente uma escolha muito equivocada. O que sobrou de todo esse processo foi apenas um filme sem alma, sem identidade mas com centenas de tomadas de efeitos digitais. Uma produção vazia que não diz a que veio.
Constantine (Constantine, Estados Unidos, 2003) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Frank A. Capello, Kevin Brodbin, Mark Bomback / Elenco: Keanu Reeves, Rachel Weisz, Shia LaBeouf, Max Baker, Tilda Swinton, Gavin Rossdale / Sinopse: Constantine (Keanu Reeves) é um exorcista e ocultista que terá que enfrentar terríveis forças do mal.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de junho de 2012
Água Para Elefantes
A crítica especializada torceu o nariz para "Água Para Elefantes", por isso esperava algo bem ruim. Sinceramente fiquei surpreso. Eu pensava seriamente que o filme fosse medíocre. Ledo engano. O filme me agradou bastante, em praticamente tudo. Quem acompanha as minhas resenhas aqui sabe que adoro filmes antigos, clássicos. "Água Para Elefantes" tem isso, um charme e um clima nostálgico que me fisgaram de imediato. Muito bom saber que um blockbuster feito por Hollywood nos dias de hoje consegue manter esse tipo de estilo, da Old School. O roteiro é redondinho e toca em assuntos que pessoalmente gosto bastante, como a questão da denúncia de maltrato de animais em circos e o contexto da grande depressão americana no século passado. Achei tudo tão bem contextualizado. Claro que o filme tem alguns clichês mas é de se perguntar: algum filme de Hollywood hoje em dia não abusa deles? Esse pelo menos tem bom gosto no final das contas.
Do elenco só achei um pouco superficial o Robert Pattinson. Ele realmente tem muito a aprender. Não sabe atuar adequadamente, geralmente suas expressões são fora do lugar (em quase todas as situações ele dá risinhos nervosos, mesmo que a cena não peça algo assim). A Reese não aborrece e o destaque vai mesmo novamente para o Christoph Waltz, aqui interpretando mais um sujeito sádico, cruel e irascível. Na cena em que ele maltrata a elefante eu fiquei particularmente incomodado embora é claro tudo não passe de mera ficção (sinal que seu trabalho foi muito bom aqui). Enfim, um filme acima da média, que prendeu a minha atenção e me surpreendeu positivamente. No meio de tanto filme ruim que anda sendo lançado "Água Para Elefantes" é uma grata surpresa. Recomendo.
Água Para Elefantes (Water for Elephants, Estados Unidos, 2011) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Richard LaGravenese / Elenco: Robert Pattinson, Reese Witherspoon, Christoph Waltz, Mark Povinelli, Stephen Taylor, E.E. Bell / Sinopse: Jacob Jankowski (Robert Pattinson) é um jovem vai trabalhar em um circo. Lá acaba se apaixonando por Marlena (Reese Whiterspoon). O problema é que ela é casada com August (Christoph Waltz), o violento e irascível dono da companhia circense.
Pablo Aluísio.