sábado, 21 de junho de 2014

007 Contra Octopussy

Título no Brasil: 007 Contra Octopussy
Título Original: Octopussy
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: United Artists, MGM
Direção: John Glen
Roteiro: George MacDonald Fraser, Richard Maibaum
Elenco: Roger Moore, Maud Adams, Louis Jourdan

Sinopse:
Após a morte de um importante agente, um plano criminoso que envolve falsificação de obras de arte é descoberto. James Bond (Roger Moore) é designado para o caso mas acaba descobrindo algo maior, envolvendo até mesmo o uso de armas nucleares para dominar toda a Europa. No centro de tudo o agente inglês acaba se deparando com a perigosa contrabandista Octopussy (Maud Adams), que está disposta a tirar 007 de seu caminho. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme e Melhor Atriz Codjuvante (Maud Adams).

Comentários:
Mais um filme de James Bond na era Roger Moore que será exibido essa semana pela TV a cabo brasileira. "Octopussy" é um dos mais conhecidos filmes com Moore e também um dos mais bem sucedidos de bilheteria - o que deu uma sobrevida ao ator na pele do agente secreto inglês. Mesmo com a boa recepção do público, a crítica achou que as palhaçadas (literalmente falando) em cima do personagem já tinham passado do limite. Existem cenas tão absurdas que acabam transformando o filme numa auto paródia de humor involuntário. Como se não bastasse ainda temos que encarar Bond dando uma de Jim das Selvas em momento tão sem graça como constrangedor. De bom mesmo apenas as boas locações na Índia - com destaque para o famoso Taj Mahal, além da produção bem mais caprichada e bem realizada do que a do filme anterior. Também merecem destaque algumas boas cenas de ação, entre elas aquela em que Bond pilota o que é chamado de menor jato do mundo (uma geringonça que mais parece um ultraleve turbinado) e outra, quando fica pendurado no teto de um avião em pleno vôo (um maravilhoso trabalho do dublê do filme). Esse seria o penúltimo filme de Moore no papel, algo que para muitos deveria ser o último. De qualquer maneira, como é um Bond da franquia oficial (pois o filme de Sean Connery estava saindo nesse mesmo ano nos cinemas para disputar nas bilheterias), vale a pena ser assistido por pelo menos uma vez na vida, afinal os fãs de 007 não deixariam passar mais essa aventura em branco.

Pablo Aluísio.

A Rainha dos Condenados

Título no Brasil: A Rainha dos Condenados
Título Original: Queen of the Damned
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Rymer
Roteiro: Scott Abbott, baseado na obra de Anne Rice 
Elenco: Aaliyah, Stuart Townsend, Marguerite Moreau

Sinopse:
O secular vampiro Lestat (Stuart Townsend) resolve mudar mais uma vez os rumos de sua existência, procurando agora levar uma vida de superstar da música mundial. Seu sucesso porém acaba atraindo a atenção de outros poderosos seres das trevas, entre eles a Rainha Akasha (Aaliyah), despertada de seu sono milenar sob uma fria cripta no Ártico. Indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor Filme de Terror.

Comentários:
Considero "Entrevista com o Vampiro" uma pequena obra prima do cinema de terror moderno. Muito bem realizado, contando com elenco inspirado e tendo como material o ótimo livro de Anne Rice! Esse "A Rainha dos Condenados" é outra adaptação de um livro da autora, com o mesmo personagem, o vampiro charmoso Lestat (aqui interpretado pelo fraco ator Stuart Townsend). Se o primeiro filme era um show de produção, bons atores e direção caprichada esse aqui é bem mais modesto. Eu não culpo o fato do filme ser fraco apenas pelos poucos recursos que foram disponibilizados para sua realização. Na verdade vou mais longe, culpando a própria autora Anne Rice que escreveu uma estória muito fraca, boba e sem maiores atrativos. Essa coisa toda de transformar o vampiro Lestat em um roqueiro é uma tolice sem tamanho. Ora, se não agradou na literatura porque iria dar certo no cinema? Assim esse é um daqueles casos em que a culpa não é do filme em si, mas sim da obra que lhe deu origem. E como nota triste é importante lembrar que foi o último filme da cantora Aaliyah que acabou morrendo tragicamente logo após a conclusão das filmagens. Enfim, um projeto que começou errado e terminou em tragédia, infelizmente.

Pablo Aluísio.

Skinwalkers

Título no Brasil: Skinwalkers
Título Original: Skinwalkers
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Lionsgate
Direção: James Isaac
Roteiro: James DeMonaco, Todd Harthan
Elenco: Jason Behr, Elias Koteas, Rhona Mitra

Sinopse:
Um garoto de apenas 12 anos de idade parece ter a chave para a cura da maldição dos Skinwalkers, um grupo de homens que se transformam em lobisomens em noites de lua cheia. Uma antiga lenda da tribo Navajo consolida o entendimento de que ele poderia ser a saída para todos os amaldiçoados, o que dá surgimento a uma verdadeira caçada em busca do jovem e de sua família, que fará de tudo para protegê-lo!

Comentários:
Os fãs de filmes com Lobisomens não precisam ficar muito animados com esse "Skinwalkers" porque se trata de mais uma produção bem fraquinha que tenta ganhar alguns trocados em cima da fama desses monstros lendários do cinema. O filme só não é pior porque os realizadores tiveram o mínimo de bom senso e como sabiam que não tinham em mãos um bom orçamento para mostrar lobisomens convincentes, resolveram apostar mais na tensão e no clima psicológico do que nas cenas de ataque propriamente ditas. O interessante é que agindo assim acabaram dando o mínimo de qualidade para o filme, já que convenhamos, filmes que partem logo para as cenas sangrentas geralmente perdem a chance de jogar melhor com o medo e a ansiedade do público. No geral não há nada de muito interessante a se conferir nesse "SkinWalkers" que no final das contas se resume a ser mais um filme de baixo orçamento que usa lobisomens para atrair seu público. Nossos queridos licantropos mereciam coisa melhor certamente.

Pablo Aluísio.

Sahara

Título no Brasil: Sahara
Título Original: Sahara
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Breck Eisner
Roteiro: Clive Cussler, Thomas Dean Donnelly
Elenco: Matthew McConaughey, Penélope Cruz, Steve Zahn

Sinopse:
Dirk Pitt (Matthew McConaughey) é um aventureiro americano na África que deseja encontrar um tesouro milenar há muito enterrado nas areias do tempo. Seus planos porém não serão simples de realizar. No meio do caminho ele encontrará assassinos profissionais e criminosos de toda ordem. Conseguirá colocar as mãos na fortuna que tanto procura? Filme baseado no romance de aventuras de mesmo nome escrito pelo autor Clive Cussler.

Comentários:
Antes de qualquer coisa não vá confundir esse filme com o clássico "Sahara" estrelado por Humphrey Bogart e dirigido por Zoltan Korda (filme esse que já comentamos inclusive no blog Cinema Clássico). Esse aqui tem outra proposta, enquanto o filme original era um filme tradicional de guerra, esse pende muito mais para as modernas aventuras ao estilo Indiana Jones. Olhando sob um ponto de vista ameno, diria que o resultado é até divertido. O curioso é que apesar do marketing agressivo não conseguiu se tornar um sucesso de bilheteria. Foi uma tentativa mal sucedida de transformar Matthew McConaughey em um herói de ação, interpretando uma espécie de genérico de Indiana Jones. Uma má ideia, vamos convir. Quem acompanhou o ator em "True Detective" e viu sua premiação na última noite do Oscar por seu belo trabalho em "Clube de Compras Dallas" sabe que é um grande desperdício de talento escalar ele para esse tipo de filme sem maiores pretensões. Agora, temos que reconhecer que a fita tem lá seus atrativos, principalmente pelas boas tomadas de ação e pela fotografia bonita - fruto da beleza natural do local onde tudo foi filmado. Não pegou, mas pelo menos não aborrece a quem se aventurar a assistir. Vale pela diversão.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O Quarto do Pânico

Título no Brasil: O Quarto do Pânico
Título Original: Panic Room
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David Fincher
Roteiro: David Koepp
Elenco: Jodie Foster, Kristen Stewart, Forest Whitaker

Sinopse:
Meg Altman (Jodie Foster) vive confortavelmente e tranquilamente ao lado de sua filha Sarah (Kristen Stewart) numa bela casa na Califórnia. Sua rotina muda completamente quando a residência é subitamente invadida por três criminosos. Apavorada, ela e a filha logo correm para o chamado "quarto do pânico", um aposento fortemente protegido adaptado especialmente para esse tipo de situação de emergência. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Atriz (Jodie Foster).

Comentários:
O fato do filme ser dirigido por David Fincher leva muita gente a se decepcionar com esse "Panic Room", afinal de contas estamos falando de um cineasta que assinou verdadeiras obras primas como "Clube da Luta", por exemplo. Assim quando o filme chega ao fim o gosto de decepção fica no ar. Na realidade considero esse um dos mais despretensiosos trabalhos do diretor. Aqui ele quis apenas realizar um thriller de suspense e tensão da maneira mais eficiente possível. Não há exercícios de metalinguagem, inovações estéticas ou manipulação da linguagem cinematográfica. É apenas uma produção mais comercial, feita para ajudar no estrelismo de Jodie Foster e nada muito além disso. O segredo para gostar do filme é baixar as expectativas, esperar por um filme na média, com sustos e enredo envolvente, embora nada revolucionário ou algo parecido. E como brinde, para as fãs da saga "Crepúsculo", o filme ainda traz em seu elenco uma ainda muito jovem Kristen Stewart! Forest Whitaker também está lá, esse um ator que sempre achei muito subestimado pois o considero extremamente talentoso. Então é isso, não vá esperando mais uma obra prima de David Fincher que você certamente pelo menos se divertirá.

Pablo Aluísio.

O Fantasma da Ópera

Título no Brasil: O Fantasma da Ópera
Título Original: The Phantom of the Opera
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Joel Schumacher, Andrew Lloyd Webber
Elenco: Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson

Sinopse:
Uma jovem e talentosa cantora soprano se torna a obsessão de um gênio musical que vive escondido nos bastidores da Ópera de Paris após ter tido seu rosto desfigurado. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhor Música Original ("Learn To Be Lonely" de Andrew Lloyd Webber e Charles Hart). Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz - comédia ou musical - para Emmy Rossum e Melhor Canção Original.

Comentários:
Muitos críticos não gostaram dessa nova versão do famoso romance "Le Fantôme de L'Opéra" de Gaston Leroux. Artificial, meloso, plástico e pop demais foram alguns dos adjetivos usados para definir o filme. Eu penso um pouco diferente. Em minha visão "O Fantasma da Ópera" é aquele tipo de texto que fica mais adequado mesmo ao mundo do teatro. Quando se transporta esse tipo de obra ao cinema sempre se estará perdendo parte de sua força original. A experiência teatral exige um nível de sofisticação e cumplicidade que nem sempre se encontra numa sala de cinema, principalmente se essa for do circuito comercial, com todas aquelas hordas de adolescentes comendo pipoca, tomando refrigerante e falando ao celular. Assim nesse caso o fato desse musical parecer pop demais nem vem tanto da direção de Joel Schumacher, mas sim do próprio meio em que foi lançado. Some-se a isso o fato de vermos Gerard Butler, o brucutu, se saindo muito bem em uma obra tão sensível como essa (quem diria?) e tudo vai parecer mesmo pop além do limite. Mas essa, repito, é uma visão equivocada. No geral se não é o melhor dos mundos pelo menos é digno. Serve como porta de entrada para outras versões, inclusive no teatro.

Pablo Aluísio.

A Firma

Título no Brasil: A Firma
Título Original: The Firm
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: David Rabe, baseado na obra de John Grisham 
Elenco: Tom Cruise, Jeanne Tripplehorn, Gene Hackman

Sinopse:
Mitch McDeere (Tom Cruise) é um jovem advogado que parece encontrar a grande chance de sua carreira, ao ser admitido em uma das melhores e mais conhecidas firmas de advocacia dos Estados Unidos. O que ele não desconfia é que tudo se trata de uma mera fachada para lavagem de dinheiro de criminosos internacionais. Após a morte de dois sócios da firma, McDeere precisa decidir o que irá fazer, cair fora do negócio, correndo o risco de ser morto também ou se tornar informante do FBI, algo que também não será muito fácil de realizar.

Comentários:
Cruise se une ao escritor de best sellers John Grisham e ao consagrado cineasta Sydney Pollack para levar o livro de sucesso aos cinemas. Interpretando um jovem advogado que se vê envolto numa teia de mentiras e conspirações, Tom Cruise conseguiu mais um êxito comercial em sua carreira. Embora tenha feito sucesso nas bilheterias, o filme também tem seus problemas - é frio e distante demais, não conseguindo criar um bom vínculo com o público. Por essa época Cruise ainda estava em busca de seu Oscar, mas não conseguiu arrancar uma indicação por seu trabalho que passou em brancas nuvens pela Academia. As duas únicas indicações do filme - Holly Hunter como melhor atriz coadjuvante e Dave Grusin na categoria Melhor Trilha Sonora Original - não foram consideradas favoritas aos prêmios e não trouxeram nenhuma estatueta ao filme. Situações como essa talvez explique o fato de Cruise ter desistido de concorrer ao prêmio de Melhor Ator no Oscar. Hoje em dia o astro está mais preocupado mesmo em garantir polpudas bilheterias e não mais reconhecimento da crítica. Seus trabalhos mais recentes são blockbusters realizados para gerar muito dinheiro, mas poucos elogios dos especialistas em cinema. Pelo visto o que realmente importa para Cruise hoje em dia é se manter como um nome quente e popular em Hollywood, deixando o reconhecimento por seu trabalho como algo de menor importância, em segundo plano. Curiosamente "A Firma" acabaria virando série de TV muitos anos depois, em 2012. Infelizmente o seriado não faria sucesso, sendo cancelado após a exibição de poucos episódios.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Invasores

Título no Brasil: Invasores
Título Original: The Invasion
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Oliver Hirschbiegel
Roteiro: David Kajganich
Elenco: Nicole Kidman, Daniel Craig, Jeremy Northam

Sinopse:
Uma misteriosa epidemia começa a se espalhar sobre a Terra. A psiquiatra Carol (Nicole Kidman) começa então a trabalhar para descobrir a cura ao lado do colega Ben (Daniel Craig) após seu próprio filho ser infectado. O que afinal estará por trás desses misteriosos incidentes?

Comentários:
Apesar do bom elenco, do tema interessante (baseado na novela de Jack Finney), esse filme não consegue decolar em nenhum momento. De certa forma há uma indecisão sobre qual gênero ele pretende escolher. Em certos momentos há tensão, drama e o lado Sci-fi de todo o enredo fica envolto em uma neblina, nunca se mostrando completamente ao espectador. No meio de jogo de esconde esconde só o que sobra ao público é um ritmo arrastado, beirando o tédio completo. Para quem conhece a fundo os filmes de ficção dos anos 50 haverá ainda algo a gostar, já que o texto procura de certa maneira imitar aquelas antigas produções, mas isso é pouco. Nicole Kidman inclusive surge com um figurino que ficaria bem naquele tipo de ficção. Pena que embora esteja linda em cena também se mostra apagada (o seu personagem também não ajuda muito). Pior se sai Daniel Craig, o James Bond que praticamente entra mudo e sai calado. Em conclusão temos aqui um filme que poderia ser muito melhor caso cumprisse todo o seu potencial. Do jeito que ficou não convence e nem muito menos diverte.

Pablo Aluísio.

007 - Somente Para Seus Olhos

Título no Brasil: 007 - Somente Para Seus Olhos
Título Original: For Your Eyes Only
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Glen
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson
Elenco: Roger Moore, Carole Bouquet, Topol

Sinopse:
Um embarcação da frota britânica afunda e com isso uma importante arma secreta desaparece de forma misteriosa. Para investigar o paradeiro dela o serviço de inteligência real envia o agente 007, James Bond (Roger Moore), para dar solução a todo o mistério, pois caso a arma caia em mãos inimigas o mundo correrá um grande risco. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original (Bill Conti e Michael Leeson pela música "For Your Eyes Only").

Comentários:
Sexto filme de Roger Moore na pele de James Bond. O ator segurou as pontas por duas décadas, de 1973 (quando realizou o primeiro filme com o personagem em "Com 007 Viva e Deixe Morrer") até 1985 (quando se despediu de Bond em "007 - Na Mira dos Assassinos"). Esse "007 - Somente Para Seus Olhos" seria seu antepenúltimo filme como o mais famoso agente inglês do cinema. Por essa época os produtores já se movimentavam para dar um novo fôlego para as aventuras de 007. Roger Moore já estava ficando velho para o papel e seu estilo, mais escrachado, quase indo para a galhorfa completa, estava minando a credibilidade do personagem como herói de ação. Revisto hoje em dia muito dos filmes de Moore se tornam anacrônicos, datados, pouco atrativos, justamente por trilhar muitas vezes o caminho da auto-paródia. Claro que Roger Moore foi importante dentro da franquia, principalmente após Sean Connery decidir abandonar os filmes de Bond, mas também trouxe um certo desgaste para a série de uma forma em geral. Não gosto muito desse filme em particular pois acho que teve uma das mais fracas produções, embora algumas cenas - como a perseguição na neve e o ataque de tubarões - tenham algum valor. A música tema também é bonita, embora ande esquecida. Em suma, um Bond de rotina na era de Roger Moore.

Pablo Aluísio.

Alien vs. Predador

Título no Brasil: Alien vs. Predador
Título Original: AVP Alien vs. Predator
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Dan O'Bannon, Ronald Shusett
Elenco: Sanaa Lathan, Lance Henriksen, Raoul Bova

Sinopse:
A fria e distante Antártida se torna palco do conflito entre um grupo de predadores e Aliens que começam a ser caçados de forma impiedosa. Um grupo de cientistas que estão na região realizando pesquisas científicas acabam ficando no meio do campo de batalha, sem saber exatamente do que se trata. Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria "Pior Remake ou Sequência".

Comentários:
Ao custo de 60 milhões de dólares a Fox resolveu arriscar ao unir duas franquias de sucesso que pareciam enterradas comercialmente pela indústria. Os executivos apostavam que a simples menção ao nome de Aliens e Predador no cartaz já iria garantir um retorno de bilheteria certo. Até porque um filme chamado "AVP Alien vs. Predator" certamente chamaria a atenção dos fãs do universo Sci-fi. Nem que fosse pela curiosidade muitos iriam aos cinemas ao menos para ver no que aquilo iria dar. Claro que em termos de resultados cinematográficos essa nova franquia sequer poderia ser comparada aos bons filmes das séries originais (alguns inclusive são considerados verdadeiros clássicos). O elenco era praticamente formado por jovens desconhecidos (com exceção de Lance Henriksen) e a produção bem mais modesta. A direção foi entregue ao cineasta inglês Paul W.S. Anderson de "Resident Evil: O Hóspede Maldito", "O Soldado do Futuro", "O Enigma do Horizonte" e "Mortal Kombat". Pelos filmes já dava para entender que ele sabia transitar por esse universo. O problema é que realmente não há muito o que contar em termos de roteiro. O enredo é trivial e tudo não passa de um duelo entre as duas raças de alienígenas aqui na Terra. De certa maneira retoma o espírito de algumas histórias em quadrinhos onde personagens famosos também vão para o quebra pau para ver quem seria mais poderoso! No geral é apenas isso que acontece durante todo o filme. Curiosamente a fita faria sucesso suficiente para gerar uma continuação, mas essa bem inferior, alguns anos depois.

Pablo Aluísio.

A Última Ameaça

Título no Brasil: A Última Ameaça
Título Original: Broken Arrow
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Woo
Roteiro: Graham Yost
Elenco: John Travolta, Christian Slater, Samantha Mathis

Sinopse:
"Broken Arrow" é o termo técnico usado pelas forças armadas americanas quando algum armamento nuclear é perdido ou roubado. E é justamente isso que acontece quando um piloto da US Air Force, Vic Deakins (John Travolta), resolve fazer para ficar milionário. Ele pretende pousar sua aeronave em uma região deserta para vender a terroristas internacionais os dois mísseis nucleares que seu bombardeio carrega. O problema será passar por seu co-piloto, Riley Hale (Christian Slater), que fará de tudo para não deixar essa traição se consumar.

Comentários:
Como filme de ação é de fato um produto muito competente, com ótimas sequências e um ritmo que não deixa o espectador ficar entediado. Nesse aspecto o cineasta John Woo merece todos os elogios, afinal Hollywood o trouxe nos anos 1990 justamente para que ele revitalizasse o cansado gênero dos filmes de ação americanos que já se mostravam bem saturados por essa época. O roteiro também é bom, tem uma premissa muito interessante e até bem bolada. O problema central de "Broken Arrow" vem realmente da escolha do elenco. John Travolta estão tão canastrão em suas cenas que chega ao ponto de ser constrangedor. Imagine encarar um ator como esse, mais adequado a musicais e comédias românticas, tentando bancar o malvadão! O próprio Travolta aliás dá muitas pistas que simplesmente não está levando nada a sério, principalmente ao optar por uma caracterização exagerada, fazendo caras e bocas que mais parecem ter sido copiadas de desenhos animados. Enfim, veja pelo talento de John Woo e tente (se possível) ignorar as patetadas do Travolta.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de junho de 2014

O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei

Título no Brasil: O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei
Título Original: The Lord of the Rings - The Return of the King
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, baseado na obra de J.R.R. Tolkien
Elenco: Elijah Wood, Viggo Mortensen, Ian McKellen, Cate Blanchett,Orlando Bloom, Sean Astin, Sean Bean, Christopher Lee 

Sinopse:
Sauron (Sala Baker) está decidido a se apoderar do anel que lhe dará imensos poderes. Para isso envia o mago Saruman (Christopher Lee) para capturar Frodo (Elijah Wood), Sam (Sean Astin) e os demais hobbits que estão em posse da preciosidade. Enquando isso Gandalf (Ian McKellen) lidera as forças do bem. Filme vencedor de onze prêmios da Academia nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Edição, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Música Original, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Especiais. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Direção, Música Original e Roteiro.

Comentários:
É o mais bem sucedido filme da franquia "The Lord of the Rings". Também foi o mais premiado, muito embora pessoalmente acredite que o filme foi tão homenageado por ser a conclusão da série (valendo como uma premiação pelo conjunto da obra). Penso que "O Senhor dos Anéis - As Duas Torres" ainda deve ser considerado o melhor filme, isso de um ponto de vista estritamente cinematográfico. O roteiro é melhor trabalhado e a trama tem um desenvolvimento mais bem escrito. Nessa conclusão há uma certa confusão em apresentar tantas estórias paralelas ao mesmo tempo - fruto, é claro, da complexidade da obra original de J.R.R. Tolkien. Depois do lançamento do filme houve boatos de que Peter Jackson teve muitos problemas com o roteiro no set de filmagem, sendo que muitas partes eram reescritas praticamente no calor das filmagens, o que demonstra uma certa preocupação em encaixar tudo no último filme, o que sinceramente o deixou levemente truncado. Quem nunca leu o livro, por exemplo, ficará um pouco perdido com tantos povos, culturas e batalhas acontecendo praticamente ao mesmo tempo. Talvez fosse melhor que mais um filme fosse realizado para caber tanta informação para o espectador. De qualquer maneira como foi o que mais rendeu nas bilheterias e o mais bem sucedido em termos de reconhecimento, isso tudo se torna apenas uma observação jogada ao vento, pois se trata mesmo de um belo filme, embora não seja perfeito.

Pablo Aluísio.

Elysium

Título no Brasil: Elysium
Título Original: Elysium
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp
Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Wagner Moura, Diego Luna, Alice Braga, Sharlto Copley

Sinopse:
A humanidade está dividida em 2154. As elites desistiram de tentar mudar o planeta e decidiram viver de forma artificial no espaço, longe dos crimes, da violência e da pobreza do resto do mundo. Já as classes trabalhadoras e pobres sobrevivem em um cotidiano de dureza e falta de perspectivas. Sonhando em ir morar em Elysium, o operário Max (Matt Damon) acaba pagando um preço muito caro por seus desejos.

Comentários:
Um filme sci-fi que foi muito badalado em seu lançamento mas que no final das contas cumpriu muito pouco do que prometeu. O roteiro mostra uma humanidade dividida entre pobres e ricos. A massa miserável vive no planeta Terra, violento, sujo e praticamente abandonado. Os ricos vivem na estação Elysium com tudo do bom e do melhor que o dinheiro possa comprar. Esse tipo de argumento poderia render boas ideias se o roteiro não fosse tão derivativo e preguiçoso. Em determinado momento do filme acabamos nos convencendo de que não há nada de mais profundo no texto e que todo o pano de fundo que vemos não passa de cenário para as mais variadas cenas de ação, algumas bem clichês. Nem o bom elenco consegue se destacar. Matt Damon está repetitivo, voltando ao tipo de personagem que lhe é habitual. Jodie Foster surge caricata, como uma vilã fria e desumana que defende com unhas e dentes seu ponto de vista, por mais equivocado que ele possa ser. Por fim temos o brasileiro Wagner Moura que está tentando se firmar dentro da indústria americana mas que no final só consegue mesmo é ser jogado para escanteio. Para piorar a direção de arte não empolga pois lembra demais o que vimos em "Distrito 9". Assim o que sobra é apenas decepção pelo que o filme poderia ter sido se tivessem caprichado melhor em seu roteiro.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de junho de 2014

Rei Davi

Título no Brasil: Rei Davi
Título Original: King David
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: Andrew Birkin, James Costigan
Elenco: Richard Gere, Edward Woodward, Alice Krige

Sinopse:
Após vencer o terrível Golias, o jovem Davi (Richard Gere) se torna o novo Rei dos judeus. Durante sua vida (estima-se que tenha vivido entre 1040 a.C até 970 a.C) o monarca da antiguidade se torna um exemplo de rei forte mas piedoso e temeroso perante seu Deus. Baseado nos fatos narrados no Velho Testamento da Bíblia.

Comentários:
Imaginem o galã Richard Gere dando vida no cinema ao lendário Rei Davi de Israel. Pois é, foi justamente isso que a Paramount Pictures tentou transformar em sucesso em meados da década de 80. Nem precisa dizer que não deu muito certo. O roteiro escrito não agradou, nem aos judeus e nem aos cristãos. Houve várias críticas às licenças poéticas mostradas no enredo. Realizar filmes com personagens bíblicos sempre trazem problemas pois certamente algum líder de algum segmento religioso não gostará do resultado final. Em minha forma de ver o filme não é tão ruim como dizem. Certamente o texto não é tão religioso como alguns grupos queriam, priorizando mais o lado mais guerreiro e romântico do famoso monarca. Acredito que muitos religiosos criam sua própria visão do que seria Davi no velho testamento mas na realidade, olhando sob um ponto de vista puramente histórico, ele estaria mais próximo do que efetivamente aconteceu. Não é um grande épico e nem tem produção muito luxuosa mas não me desagradou. Penso que é um filme bem interessante no final das contas.

Pablo Aluísio.

Celular - Um Grito de Socorro

Título no Brasil: Celular - Um Grito de Socorro
Título Original: Cellular
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: David R. Ellis
Roteiro: Larry Cohen, Chris Morgan
Elenco: Kim Basinger, Chris Evans, Jason Statham, Jessica Biel

Sinopse:
A vida segue tranquilamente para Ryan (Chris Evans) até o momento em que ele recebe o telefonema desesperado de uma mulher, Jessica Martin (Kim Basinger), que pede por socorro pois está sendo sequestrada. Ela teme pela vida não apenas dela, mas também pela de seu marido e filho. Caberá a Ryan tentar descobrir onde Jessica está, antes que a bateria de seu celular chegue ao fim. Filme indicado na Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Atriz (Kim Basinger).

Comentários:
Um thriller que pega carona nesse aparelho que faz parte da vida de praticamente todo mundo hoje em dia e as possibilidades que podem surgir de seu uso. O livro que deu origem ao filme inclusive se baseou em um fato real ocorrido em Los Angeles quando uma jovem garota foi sequestrada. O que os criminosos não perceberam era que ela estava com seu celular (na época ainda um dispositivo para poucos) e assim logo entrou em contato com a polícia que saiu na perseguição dos bandidos. Em termos gerais não é um filme ruim, pelo contrário, o qualificaria como boa diversão. Talvez o roteiro tenha sido esticado ao máximo por causa da situação central que vai se estendendo durante praticamente toda a trama. O elenco é interessante pois reúne novatos (como o futuro Capitão América Chris Evans) com veteranos (Kim Basinger, diva dos anos 80, aqui tentando levantar a carreira). Até o elenco de apoio é de luxo, contando com as presenças de Jason Statham e da gracinha Jessica Biel! Uma diversão passageira que vale a pena ser assistida, mas apenas uma única vez pois na segunda já não funcionará mais, por causa da falta de maiores surpresas para o espectador. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra

Título no Brasil: Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra
Título Original: Pirates of the Caribbean - The Curse of the Black Pearl
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom

Sinopse:
No século XVII, no auge da era dos piratas, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) acaba tendo seu navio, o Pérola Negra, roubado por um rival, Barbossa (Geoffrey Rush)! O que Sparrow nem desconfia é que a tripulação de seu navio sob o comando de Barbossa está agora completamente amaldiçoada. Filme indicado a cinco prêmios da Academia nas categorias Melhor Ator (Johnny Depp), Melhor Maquiagem, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Especiais. Indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Ator - Comédia ou Musical (Depp). 

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da franquia "Pirates of the Caribbean". A Disney foi ousada pois investiu 150 milhões de dólares em um roteiro que havia sido escrito tendo como base um brinquedo de seu parque temático em Orlando! Imagine você! Não tenho conhecimento de nenhum outro filme da história que tenha sido realizado inspirado em brinquedos de parques de diversão mas enfim... são sinais dos novos tempos. De uma forma ou outra a aposta deu muito certo e "Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra" se tornou um sucesso espetacular de bilheteria, rendendo praticamente dez vezes o seu custo de produção, ou seja, uma verdadeira fortuna arrecadada pelos cinemas do mundo todo. De minha parte, apesar de gostar muito de filmes de piratas, capa e espada e coisas do tipo, essa série nunca me satisfez plenamente. Falta algo a mais para que eu venha a considerar como algo realmente marcante. Certamente é divertido, mas como todo blockbuster milionário da indústria de cinema americana se rende a clichês de forma muito fácil. Com esse tipo de filme Johnny Depp, que por anos cultivou uma postura de ator cult, se rendeu completamente ao cinemão comercial pipoca. E pelo visto a coisa vai longe pois vem aí novos filmes. Previsto para estrear em 2016, o capitão Jack Sparrow estará de volta às telas com "Piratas do Caribe: Os Mortos Não Contam Histórias". Quem viver, verá. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Lembranças de Hollywood

Título no Brasil: Lembranças de Hollywood
Título Original: Postcards from the Edge
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Carrie Fisher
Elenco: Meryl Streep, Shirley MacLaine, Dennis Quaid, Gene Hackman, Richard Dreyfuss, Annette Bening

Sinopse:
O filme narra o conturbado relacionamento entre duas gerações de atrizes, mãe e filha. Uma está passando por um sério problema com drogas e a outra tenta colocar a filha no caminho certo, embora passe longe de ser um exemplo a seguir pois tem problemas com bebidas, desde que seu marido a deixou por uma outra atriz famosa. Filme baseado em fatos reais. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Meryl Streep) e Melhor Canção Original ("I'm Checkin' Out" por Shel Silverstein). Também indicado ao Globo de Ouro nas categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep), Melhor Atriz Coadjuvante (Shirley MacLaine) e Melhor Canção Original.

Comentários:
Para muitos a atriz Carrie Fisher é apenas a Princess Leia da trilogia original de "Star Wars". Essa é uma visão simplista. Carrie fez parte da "nobreza de Hollywood" desde o berço. Ela é filha de Debbie Reynolds e Eddie Fisher e indiretamente fez parte de um dos maiores escândalos da história do cinema americano. Quando tinha apenas três anos de idade seu pai abandonou a família para ir viver com Elizabeth Taylor, que era inclusive uma das grandes amigas de Debbie Reynolds! Os anos que se seguiram não foram dos melhores e ela viveu tempos turbulentos ao lado de sua mãe. De suas memórias dessa época ela acabou escrevendo um livro de memórias que deu origem ao roteiro desse filme. "Postcards from the Edge" é um belo drama familiar, um tipo de produção que tem ficado cada vez mais raro em Hollywood. Um texto muito bem escrito que lida com problemas familiares e pequenos e grandes dramas na relação entre mãe e filha. O elenco fala por si só, fabuloso, cheio de atores e atrizes talentosas. A direção de Mike Nichols é um primor, nunca deixando o filme deslizar para banalidades estéticas. Em conclusão, esse é um belo trabalho de composição, um resgate de parte da história da velha Hollywood e um deleite para os cinéfilos que gostem de conhecer a fundo os bastidores da indústria do cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Syriana - A Indústria do Petróleo

Título no Brasil: Syriana - A Indústria do Petróleo
Título Original: Syriana
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stephen Gaghan
Roteiro: Stephen Gaghan, Robert Baer
Elenco: George Clooney, Matt Damon, Amanda Peet

Sinopse:
O enredo, baseado no livro escrito pelo autor Robert Baer, tenta desvendar e destrinchar o jogo político e econômico existente nos bastidores da intervenção militar americana no Oriente Médio. Os interesses das grandes indústrias de petróleo se mesclando ao violento quadro de sangue e morte naquela conturbada região do mundo. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Ator Coadjuvante (George Clooney). Indicado também na categoria de Melhor Roteiro (Stephen Gaghan). Também vencedor da categoria Melhor Ator Coadjuvante (George Clooney) no Globo de Ouro.

Comentários:
Esqueça a imagem que você andou vendo de George Clooney nesse fim de semana em seu casamento chic de Veneza. Nesse filme ele passa por cima de sua imagem de galã ao incorporar o anti-ético e sinistro Bob Barnes, um sujeito que transita tranquilamente entre os esgotos imundos do interesse estrangeiro nas guerras de intervenção dos Estados Unidos no Oriente Médio. Barbudo, gordo e com atitudes desprezíveis o Barnes é seguramente um dos melhores personagens interpretados por Clooney em sua carreira. Isso se deve principalmente à complexa personalidade dele, ora manipulando as peças de um xadrez sórdido em razão de interesses escusos, ora agindo de acordo com o manual. Ao seu lado giram vários outros personagens interessantes, tramas de corrupção, violência e chantagem e muitas mortes, vítimas de atentados terroristas ou de políticas intervencionistas e imperialistas. O filme e seu roteiro ao estilo mosaico certamente é de grande valia para entender um pouco o incompreensível mundo político e religioso do Oriente Médio. É aquele tipo de situação que se leva você a não entender nada do que está acontecendo se torna ainda mais fiel ao que ocorre atualmente naquela parte do mundo, porque se existe um lugar no planeta que não faz muito sentido esse é certamente o explosivo mundo islâmico radical. Assista e tente decifrar todas as nuances desse complicado quadro geopolítico.

Pablo Aluísio.

Stealth - Ameaça Invisível

Título no Brasil: Stealth - Ameaça Invisível
Título Original: Stealth
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Cohen
Roteiro: W.D. Richter
Elenco: Josh Lucas, Jessica Biel, Jamie Foxx

Sinopse:
Em um futuro próximo, a Marinha dos Estados Unidos desenvolve um jato pilotado por um computador de inteligência artificial. O avião é então designado para atuar em um porta-aviões no Pacífico, com a finalidade de testar as novas manobras de combate com pilotos humanos a bordo. Tudo corre relativamente bem e dentro dos planos até que o sistema de inteligência da aeronave entra em pane, assumindo o controle e tomando decisões que colocarão em risco a segurança mundial.

Comentários:
Até que a ideia era muito boa, afinal de contas filmes sobre super caças de combate sempre renderam boas produções. Assim que li a sinopse desse aqui, me lembrei daquele antigo "Firefox" com Clint Eastwood, uma película de ação que até hoje se mantém divertida e bem realizada. Pois bem, infelizmente Hollywood e seus conceitos conseguem estragar até bons pontos de partida. Aqui os executivos da Columbia entenderam que o público alvo seria o mais jovem, que frequentas os famigerados cinemas de shopping center. Assim para haver uma maior indentificação com esses espectadores resolveram mudar as características dos pilotos do roteiro original, que passaram de oficiais durões a idiotas que se comportam como adolescentes imbecis. A partir desse ponto não houve mais salvação para esse "Stealth - Ameaça Invisível". Tudo ficou muito bobo e para ser sincero bem estúpido. Jamais aviões dessa tecnologia seriam disponibilizados a idiotas como aqueles, eis a questão. Nem adianta a profusão de efeitos digitais de última geração. Infelizmente essa produção, que acabou afundando nas bilheterias, é de fato uma bela porcaria high tech e nada mais. Dispense sem cerimônia.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Insônia

Título no Brasil: Insônia
Título Original: Insomnia
Ano de Produção:
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Hillary Seitz, Nikolaj Frobenius
Elenco: Al Pacino, Robin Williams, Hilary Swank

Sinopse:
Dois detetives do departamento de homicídios de Los Angeles são enviados a uma cidade do norte, onde o sol não se põe, para investigar o assassinato de um adolescente local. As provas parecem confirmar a atuação de um serial killer na região. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (Robin Williams).

Comentários:
Um dos mais interessantes filmes do cineasta Christopher Nolan. Ele conseguiu trazer para o público todo um clima opressor e sufocante, levando o espectador a sentir o dilema pelo qual passa o protagonista. Esse grande domínio das técnicas de narração foi aliás o fator que levou a Warner a se decidir definitivamente pelo nome de Nolan para dirigir a nova franquia de Batman para os cinemas. Afinal de contas basta ver o clima onde tudo se passa aqui para entender que o espírito sombrio que seria usado nas aventuras do cavaleiro das trevas já estava presente. Já para os fãs de Pacino o filme se mostrou um grande presente pois o ator se entregou de corpo e alma para seu personagem. Aqui Pacino se utilizou de uma interpretação bem menos intensa, preferindo optar pelos pequenos detalhes, pelas mínimas nuances em cada momento. Outro ponto a se destacar vem com Robin Williams, que aqui ressurge em um papel perturbador, bem longe de suas atuações cômicas. Sempre fico intrigado quando vejo Williams nesse tipo de atuação pois ele prova que não é apenas um comediante ao estilo metralhadora giratória mas também um ator de mão cheia. Em suma, um filme diferente que revela aspectos adormecidos em todos esses grandes nomes da sétima arte.

Pablo Aluísio.

Nove Meses

Título no Brasil: Nove Meses
Título Original: Nine Months
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Patrick Braoudé, Chris Columbus
Elenco: Hugh Grant, Julianne Moore, Robin Williams, Jeff Goldblum, Joan Cusack, Tom Arnold

Sinopse:
Remake do filme "Neuf mois". No enredo acompanhamos a vida do casal Samuel Faulkner (Hugh Grant), um psiquiatra infantil, e sua esposa Rebecca (Julianne Moore). A vida tranquila deles acaba virando de cabeça para baixo quando ela lhe informa que está grávida! A partir daí Samuel passará por vários problemas, inclusive o fato de ter que lidar com um estranho psiquiatra, o Dr. Kosevich (Robin Williams), que na sua terra natal havia se especializado em atender animais e não seres humanos! 

Comentários:
Esse filme é mais lembrado pelo que aconteceu nos bastidores de seu lançamento do que propriamente por causa de suas qualidades cinematográficas. E o que aconteceu? Quando o filme ia estrear em Nova Iorque o ator Hugh Grant resolveu viajar até lá para promover a produção, comparecer na noite de estreia, ir a programas de entrevistas e todo aquele itinerário que astros de cinema conhecem muito bem. E então o galã inglês resolveu fazer algo realmente impensado. Ele aproveitou um tempo de folga para ir até a esquina mais próxima para pegar uma prostituta de rua! Imagine você, o sujeito é um ator mundialmente conhecido, capaz de conquistar as mais belas mulheres e o que ele faz? Vai atrás de uma garota de programa de 20 dólares! Tá para compreender algo assim? Pior foi que justamente o seu carro foi alvo da policia americana. Pego em flagrante por estar com uma prostituta (as penas de prostituição são altas na América), Hugh acabou indo em cana justamente um dia antes da estréia de nove Meses! Claro que o escândalo foi enorme, saindo em todos os jornais. Para muitos era o fim definitivo de sua carreira, mas Hugh Grant com todo aquele tímido charme inglês acabou dando a volta por cima, assumiu a culpa em um programa de TV, transformando tudo em mais uma piada. Dessa forma foi perdoado pelo público americano. E nessa altura você pode se perguntar: o filme é bom? Olha, foi bem ignorado, de fato é uma comédia romântica sem maiores novidades, apesar do elenco de apoio ser acima da média nesse tipo de produção. Sabe aquele tipo de película em que os bastidores são mais saborosos que o próprio resultado do filme em si? É bem por aí. No final de tudo a polêmica foi bem mais divertida!

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de junho de 2014

Um Conto do Destino

Título no Brasil: Um Conto do Destino
Título Original: Winter's Tale
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Akiva Goldsman
Roteiro: Akiva Goldsman
Elenco: Colin Farrell, Jessica Brown Findlay, Russell Crowe, William Hurt, Will Smith, Jennifer Connelly

Sinopse:
Quando ainda era apenas um bebê, Peter Lake (Colin Farrell) é deixado à deriva no mar por seus pais, imigrantes irlandeses que são impedidos de imigrar para os Estados Unidos. Encontrado por um grupo de pescadores ele passa a ser criado por um gangster violento chamado Pearly Soames  (Russell Crowe). Anos depois decide abandonar a gangue e começa a ser caçado por seu criminoso bando. Para sua surpresa porém é salvo no último momento por um cavalo alado, com asas angelicais. Depois por acaso, em um assalto, conhece Beverly Penn (Jessica Brown Findlay), uma linda garota ruiva que está com os dias de vida contados pois sofre de tuberculose. Esse encontro mudará a vida de Peter Lake para sempre.

Comentários:
Antes de mais nada é bom saber que é um filme de complicada definição. Tem romance mas esse não é o foco principal da trama. O roteiro explora temas religiosos como a eterna luta entre anjos e demônios, mas mesmo assim também não é um filme religioso. Tem cenas de lutas e confrontos mas não se pode considerar um filme de ação. Tem um enredo lírico, quase em tom de contos de fadas, mas não é uma fábula. No final o que acaba atraindo mesmo é a originalidade, pois dificilmente você encontrará por aí algo que seja parecido. As referências bíblica começam logo nas primeiras cenas. O personagem de Peter Lake (Colin Farrell) é abandonado nas águas para ser encontrado (uma clara alusão a Moisés). Depois ele é criado por um sujeito desprezível, um chefe mafioso que se revelará um ser sobrenatural do mal (com direito a um superior bem conhecido, nada mais, nada menos, do que o próprio Lúcifer aqui encarnado em um pouco convincente Will Smith). O texto ainda explora os limites da fé, a veracidade dos milagres e até mesmo a chamada eterna juventude proveniente de algum poder mágico ou divino que nunca fica muito claro. Por se desenvolver em um universo de realismo mágico e misticismo, o roteiro vai exigir uma certa cumplicidade do espectador. Não é aquele tipo de filme que você vai gostar assim imediatamente. Tem que ir ligando os pontos calmamente, para depois criar um mosaico maior sobre a mensagem que o diretor e roteirista quis passar adiante. Com bela direção de arte, ótima trilha sonora e momentos bem cativantes, o filme é mais recomendado para pessoas com sentimentos religiosos mais acentuados. Assim depois de tanto procurar por alguma classificação poderia dizer que se trata de um romance místico, por mais estranho que isso possa parecer. Na dúvida arrisque e não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de junho de 2014

O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel

Título no Brasil: O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
Título Original: The Lord of The Rings The Fellowship of the Ring
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, baseado na obra de J.R.R. Tolkien
Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Orlando Bloom, Cate Blanchett, Sean Astin, Ian Holm, Christopher Lee, Viggo Mortensen 

Sinopse:
Frodo Baggins (Elijah Wood) é um hobbit que fica de posse de um antigo anel que havia pertencido ao seu tio Bilbo Baggins (Ian Holm). Após mostrá-lo para Gandalf (Ian McKellen) esse o alerta de que não se trata de uma peça comum, mas sim de um poderoso artefato que dará poderes inimagináveis para quem o usar. Se cair nas mãos de Sauron será o fim da Terra Média. Filme indicado a treze prêmios da Academia. Vencedor dos Oscars de Melhor Fotografia, Maquiagem, Música e Efeitos Especiais.

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da trilogia "The Lord of the Rings". Durante muitos anos se pensou que o livro escrito por J.R.R. Tolkien não poderia ser adaptado para o cinema. Era uma obra tão complexa e que exigia um orçamento tão imenso que nenhum estúdio estava disposto a arriscar. Coube ao mediano New Line Cinema topar o desafio. O resultado se vê em cada pequeno detalhe. Uma produção realmente maravilhosa que conseguiu fazer jus ao talento do grande escritor. O interessante é que não se trata de um filme com orçamento gigantesco. Essa primeira aventura, por exemplo, custou menos do que 100 milhões de dólares, um valor muito razoável para um filme desse porte. Palmas também para Peter Jackson que de diretor desacreditado no começo do projeto se revelou um verdadeiro mestre nesse tipo de produção. Para economizar custos e aproveitar a linda natureza local o estúdio enviou toda a equipe para a Nova Zelândia - uma ilha bem ao lado da Austrália, onde tudo foi realizado sem maiores problemas. Não há como negar que "The Lord of the Rings - The Fellowship of the Ring" seja um marco do cinema de fantasia. Revisto hoje em dia já não causa mais tanto impacto, mas isso se deve principalmente aos dois filmes que viriam a seguir, que se revelaram bem superiores a esse. De qualquer maneira é uma bela obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.

Vanilla Sky

Título no Brasil: Vanilla Sky
Título Original: Vanilla Sky
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cameron Crowe
Roteiro: Alejandro Amenábar, Mateo Gil
Elenco: Tom Cruise, Penélope Cruz, Cameron Diaz

Sinopse:
David Aames (Tom Cruise) é um sujeito rico, bem sucedido, que coleciona namoradas, entre elas Sofia (Penélope Cruz) que tem um relacionamento amoroso com seu melhor amigo. Um mero detalhe para David. Seu estilo de vida mulherengo porém logo lhe trará muitos problemas. Uma ex-namorada obcecada por ele, a instável Julie (Cameron Diaz), acaba causando um terrível acidente que desfigura completamente o rosto de David. Após várias cirurgias para restaurar sua face ele começa a apresentar sintomas estranhos, com alucinações recorrentes.

Comentários:
Refilmagem do filme espanhol Abra Los Ojos de Alejandro Amenabar. O roteiro intrigante mostrava um personagem que após um acidente de carro ficava com o rosto deformado. Cruise assim passa quase o tempo todo em cena com uma estranha máscara. O enredo diferente não agradou muito aos fãs do ator que mesmo prestigiando a produção nas bilheterias não conseguiram gostar muito do resultado final. Nos bastidores Cruise se envolveu com a atriz Penelope Cruz após romper com sua esposa Nicole Kidman. Embora o filme não tenha tido a recepção que se esperava contou com um bônus mais do que especial: uma canção original de Paul McCartney composta exclusivamente para a produção. A música inclusive chegou a concorrer ao Oscar (também foi indicada na Globo de Ouro). Cruise tinha esperanças de ser indicado na categoria de Melhor Ator pela academia mas ficou a ver navios, apesar de seu trabalho ser considerado corajoso, afinal de contas não é todo dia que um ator que faz o estilo galã aceita interpretar um homem desfigurado e deformado.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Nascido Para Matar

Título no Brasil: Nascido Para Matar
Título Original: Full Metal Jacket
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick
Elenco: Matthew Modine, R. Lee Ermey, Vincent D'Onofrio

Sinopse:
Jovens americanos se preparam para entrar em combate durante a Guerra do Vietnã. Sob ordens de um sargento linha dura, eles são submetidos a todo tipo de pressão física e mental. Apenas os fortes resistirão a esse desafio. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Roteiro Adaptado. Também indicado na mesma categoria no Globo de Ouro, onde venceu na categoria Melhor Ator Coadjuvante (R. Lee Ermey). "Full Metal Jacket" foi o penúltimo filme da carreira do cineasta Stanley Kubrick.

Comentários:
Esse foi o último grande filme da carreira do genial Stanley Kubrick. Para muitos também é a melhor produção do chamado ciclo do Vietnã, uma série de filmes feitos sobre o conflito que começaram a surgir nas telas em meados dos anos 80. Não é para menos. Kubrick dividiu a trama de seu roteiro em dois atos bem claros. No primeiro acompanhamos o duro treinamento de um grupo de soldados, levando um deles à beira da insanidade completa. No segundo ato já temos os recrutas em plena guerra, tendo que enfrentar os desafios de uma batalha que nunca parecia ter fim. Em um momento crucial acabam ficando na mira de um atirador de elite das forças vietcongues. Kubrick se mostra genial em todos os momentos da película. Dono de um estilo maravilhoso no que toca ao poder de domínio sobre a narrativa, ele consegue expor a loucura do Vietnã de forma magistral. O enredo foi baseado na novela de Gustav Hasford mas, como sempre acontecia com o genial cineasta, ele usou isso apenas como ponto de partida para seu script, que se mostra extremamente atual e relevante. Em termos de elenco quem acaba se destacando mesmo é R. Lee Ermey que interpreta o sargento durão Hartman. O curioso é que Ermey era de fato um militar, o que trouxe ainda mais veracidade no que vemos na tela. Em suma, uma verdadeira obra prima cinematográfica com a assinatura do gênio Stanley Kubrick! Precisa dizer mais alguma coisa?

Pablo Aluísio.

Blade II - O Caçador de Vampiros

Título no Brasil: Blade II - O Caçador de Vampiros
Título Original: Blade II
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Marv Wolfman, Gene Colan
Elenco: Wesley Snipes, Kris Kristofferson, Ron Perlman

Sinopse:
O mundo sombrio dos vampiros é abalado pelo surgimento de um novo tipo de monstro denominado "Anjo da Morte". Uma máquina de matar insaciável que parece disposta a destruir toda a humanidade. Obviamente que isso acaba contrariando o próprio interesse dos seres da noite que precisam dos mortais para continuarem sua existência através dos séculos. Para deter essa nova ameaça o vampiro Blade se une ao conselho das sombras, formado por vampiros de elite. A caçada vai começar. Filme indicado no prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme de Horror e Melhor Maquiagem. Vencedor do Fangoria Chainsaw Awards na categoria Melhor Maquiagem.

Comentários:
Se tivesse que escolher a melhor adaptação para Blade no cinema não teria receio de apontar "Blade II" como o filme que ocuparia essa posição. Aqui temos tudo o que uma boa transposição do universo dos quadrinhos precisa ter para obter êxito no mundo da sétima arte. Trama movimentada e bem escrita, que não ofende a inteligência do espectador, excelentes efeitos digitais, vilões bem bolados e direção de arte bonita e adequada. Também pudera, basta ver o nome do cineasta Guillermo del Toro na ficha técnica para entender porque o filme é de fato tão bom! Se o primeiro filme da franquia era ainda uma tentativa de apresentar o personagem ao grande público e o terceiro já mostrava sinais de desgaste, esse "Blade II" consegue acertar em cheio naquilo que todos esperavam. Nunca é demais salientar também que o vampiro mestiço Blade é um dos responsáveis pelo boom de adaptações de sucesso dos personagens Marvel que tomaria de assalto os cinemas nos anos seguintes. Blade provou que havia todo um público consumidor sedento por novas adaptações. O curioso é que no mundo dos comics ele nunca foi um personagem de primeiro escalão, já no cinema seu pioneirismo se mostrou mais do que importante. Se você gosta dos filmes de Homem-Aranha, Homem de Ferro ou Capitão América, não se engane, tem muito a agradecer aos caninos desse vampiro negro. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A Filha do Meu Melhor Amigo

Título no Brasil: A Filha do Meu Melhor Amigo
Título Original: The Oranges
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Olympus Pictures
Direção: Julian Farino
Roteiro: Ian Helfer, Jay Reiss
Elenco: Leighton Meester, Hugh Laurie, Catherine Keener, Alia Shawkat

Sinopse:
Nina (Leighton Meester) é uma jovem garota que só pensa em curtir a vida. Na universidade, em festas mil, ela acaba se decepcionando com a traição de seu namorado, um aloprado qualquer da vida. De volta para a casa dos pais acaba se envolvendo com o cinquentão David (Hugh Laurie), seu vizinho, que é casado, tem filhos e o pior de tudo, é o melhor amigo do seu próprio pai! Durma-se com um barulho desses...

Comentários:
Poderia ser até algo interessante, unir dois astros da telinha dos seriados "Gossip Girl" e "House" em um filme que explorasse o relacionamento entre pessoas de idades bem diferentes mas... Usando uma expressão bem popular poderíamos dizer que esse filme é muito sem sal. Em nenhum momento você vai ficar minimamente convencido que existe mesmo um romance de verdade entre Meester e Laurie. Aliás o ator que se celebrizou interpretando o Dr. House está péssimo em cena - sem graça, sem vida, sem a menor empatia. Melhor se sai mesmo a gatinha Leighton Meester que até tenta trazer algum calor humano para esse romance de araque mas, tadinha, não consegue sozinha fazer o filme decolar em nenhum momento. O resto do elenco também não ajuda e os personagens idem, pois são todos chatos, um bando de gente da classe média americana que leva uma vida pra lá de enfadonha. No final das contas quem ficará entediado é o espectador em um filme que não tem coragem de ir adiante, resumindo-se a ser um programinha tão xarope quanto os personagens que retrata! Ah, e para não dizer que nada se salva, preste bem atenção nas canções natalinas de Dean Martin, essas sim de primeira qualidade.

Pablo Aluísio.

Palco de Ilusões

Título no Brasil: Palco de Ilusões
Título Original: Punchline
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David Seltzer
Roteiro: David Seltzer
Elenco: Sally Field, Tom Hanks, John Goodman

Sinopse:
O filme narra a estória de duas pessoas bem diferentes que possuem um objetivo de vida em comum: vencer no concorrido mercado de comediantes de stand-up em Nova Iorque durante os anos 80. Steven Gold (Tom Hanks) é um jovem cujo pai deseja que ele curse uma faculdade de medicina. Ele detesta essa coisa de ser médico e deseja mesmo é se tornar um comediante conhecido. Já Lilah Krytsick (Sally Field) é uma dona de casa, mãe de três filhas, que sonha um dia fazer algo diferente, apesar de não contar com o apoio de seu marido John (John Goodman).

Comentários:
Esse filme surpreendeu muita gente na época de seu lançamento. Contando com a presença de Tom Hanks, especialista em comédias escrachadas dos anos 80, interpretando um comediante de palco, todos esperavam por mais um filme bem divertido e engraçado como os seus demais que tinham feito tanto sucesso. Ao chegar no cinema porém o público acabou encontrando um drama, que apesar do tema que prometia muita graça, tinha também uma grande carga dramática, inclusive com tintas pesadas. O argumento é construído em torno do fracasso de pessoas que vão nutrindo sonhos de um dia serem artistas, mas que por um motivo ou outro, acabam não dando certo na busca desse objetivo. A cena em que Hanks desmorona perante seu público em um clube mequetrefe de Nova Iorque, após ser informado que caçadores de talento da TV estariam lá para lhe conhecer, é de fato muito tocante. De certa forma a produção antecipa os rumos que a carreira de Hanks iria tomar dali em diante, o que culminaria em seus Oscars de melhor ator na década seguinte. Não é um filme para rir, mas sim refletir. Por isso vale tanto a pena ver ou rever sempre que possível.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Três Vezes Amor

Título no Brasil: Três Vezes Amor
Título Original: Definitely, Maybe
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Adam Brooks
Roteiro: Adam Brooks
Elenco: Ryan Reynolds, Abigail Breslin, Rachel Weisz, Elizabeth Banks, Isla Fisher, Kevin Kline

Sinopse:
Will Hayes (Ryan Reynolds) está passando por uma fase particularmente complicada de sua vida. Enfrentando o divórcio, ele resolveu contar para sua filhinha, Maya (Abigail Breslin), como conheceu sua mãe. Para tornar as coisas mais divertidas ele troca o nome de três de suas namoradas do passado para que Maya descubra qual delas é a sua mãe! E assim recorda seu passado de relacionamentos amorosos complicados desde de que chegou a Nova Iorque em 1992.

Comentários:
Uma comédia romântica das mais simpáticas, valorizada pelo bom elenco e pelo roteiro muito bem escrito e desenvolvido. O enredo se desenrola em forma de flashback quando Will (Reynolds) começa a recordar seu passado para sua pequena filha. Assim o espectador é transportado para o começo dos anos 90 quando Will vai até Nova Iorque trabalhar na campanha presidencial de Bill Clinton. No começo as coisas não andam muito bem, mas ele segue em frente com a intenção de se estabelecer profissionalmente para se casar em breve com sua namoradinha da faculdade, Emily (Elizabeth Banks), que ficou no Wisconsin para terminar sua universidade. O problema é que Nova Iorque se revela uma cidade cheia de mulheres interessantes, entre elas a alternativa e espevitada April (Isla Fisher) e a inteligente e charmosa jornalista Summer (Rachel Weisz). Dividido entre essas três mulheres realmente especiais, Will terá que decidir com quem ficará para um relacionamento realmente mais sério e maduro. O grande destaque desse filme fica mesmo por conta do elenco. Nesse aspecto quem brilha de fato são as atrizes (Banks, Weisz e Fisher), todas encantadoras em seus respectivos personagens. É um daqueles filmes que inicialmente você não dá grande importância mas que acaba lhe conquistando pela honestidade de sua proposta. Simples, mas bem cativante no final das contas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de junho de 2014

O Terminal

Título no Brasil: O Terminal
Título Original: The Terminal
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, Amblin Entertainment
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Andrew Niccol, Sacha Gervasi
Elenco: Tom Hanks, Catherine Zeta-Jones, Chi McBride

Sinopse:
Viktor Navorski (Tom Hanks) é um cidadão da República da Krakozhia que se vê numa situação inesperada. Assim que chega no aeroporto de Nova Iorque descobre que seus documentos não possuem mais validade pois um golpe militar em seu país derrubou o governo que emitiu seu passaporte. Sem poder sair ou entrar nos Estados Unidos ele acaba confinado numa pequena area do próprio terminal da cidade americana.

Comentários:
Nesse filme o diretor Steven Spielberg quis realizar algo bem diferente em sua filmografia mas infelizmente o tiro saiu pela culatra. Não que falte talento a Spielberg, cineasta que considero um dos maiores da história do cinema, o que falta a ele especificadamente no caso dessa produção é uma história para contar. O enredo de "O Terminal" daria no máximo para render um bom média-metragem ou até mesmo um curta bem inspirado. Como longa não deu, pois o argumento se esgota rapidamente, em no máximo trinta minutos de filme. Depois disso não há mais nada de interessante para se contar e o tudo se arrasta da forma mais enfadonha possível. Se há algo de bom a se destacar nesse filme é o carisma absurdo de Tom Hanks. Qualquer outro ator levaria mais da metade do público a simplesmente se levantar no meio da projeção e ir embora, por puro tédio, mas Hanks é um profissional tão carismático que consegue segurar firme essa bola furada com pitadas de heroísmo até o fim da melancólica projeção! Catherine Zeta-Jones, por exemplo, pode ser uma atriz interessante e bonita, mas não diz a que veio. Em suma, um dos mais fracos filmes da carreira de Steven Spielberg que já anda inclusive muito esquecido. Pois é, até os gênios da sétima arte pisam na bola de vez em quando.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Apartamento 143

Título no Brasil: Apartamento 143
Título Original: Emergo
Ano de Produção: 2011
País: Espanha
Estúdio: Nostromo Pictures
Direção: Carles Torrens
Roteiro: Rodrigo Cortés
Elenco: Kai Lennox, Gia Mantegna, Michael O'Keefe

Sinopse:
Após a morte de sua esposa um pai de família se vê abalado ao presenciar várias manifestações fora do normal. Portas batendo, objetos se mexendo sozinhos e sombras pela noite aterrorizam ele, seu pequeno filho e sua jovem filha adolescente. Para descobrir o que se passa um grupo de especialistas de atividades extra sensoriais são chamados ao apartamento 143 para investigar a origem desses estranhos fenômenos.

Comentários:
Mockumentary espanhol falado em inglês que pega carona com sucessos recentes como a franquia "Atividade Paranormal". Assim você já sabe de antemão o que irá encontrar pela frente - cenas paradas, momentos de ansiedade e tensão e por fim o susto final! A maior diferença é que o roteiro procura dar uma explicação mais racional aos acontecimentos, pelo menos na voz dos pesquisadores que acabam concluindo que todas as atividades paranormais que se manifestam no local não passam de uma manifestação física do poder parapsicocinético da garota adolescente que está passando por uma fase complicada na vida após a morte de sua mãe. Na boa essa fórmula está desgastada. Aqui há poucos sustos realmente memoráveis e o clima não soa muito adequado por ter várias cenas passadas durante o dia (fazer filme de assombração na luz do dia não dá, não é mesmo?). Depois de um começo relativamente à sombra de "Atividade Paranormal" o filme ainda dá uma guinada em direção a coisas como "O Último Exorcismo" mas aí já é tarde demais. O congo da falta de originalidade já havia batido. O cinema espanhol pode fazer melhor, principalmente em relação a fitas de terror.

Pablo Aluísio.

O Filho de Deus

Título no Brasil: O Filho de Deus
Título Original: Son of God
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Christopher Spencer
Roteiro: Richard Bedser, Christopher Spencer
Elenco: Diogo Morgado, Amber Rose Revah, Sebastian Knapp

Sinopse:
O filme narra a história de Jesus de Nazaré (Diogo Morgado), jovem judeu que mudou os rumos da história da humanidade, pois afirmava ser o filho de Deus, o Messias enviado para redimir os pecados do mundo. Pregando ao lado de doze apóstolos ele disseminou sua mensagem de paz e amor ao próximo por onde passou. Sua popularidade e carisma acabou despertando a inveja dos poderosos do Templo que sob a aprovação do governador romano da Judéia, Pilatos, o mandaram para a morte na cruz no calvário.

Comentários:
Antes de mais nada é bom salientar que não adianta você ir assistir a esse filme pensando em encontrar algo extremamente fiel aos evangelhos. Sim, no geral o roteiro é bem respeitoso, porém há pequenos detalhes que vão incomodar os mais tradicionalistas. Além disso é notório que certas partes importantes da vida de Cristo foram amenizadas ou ignoradas, enquanto outras são mal aproveitadas. Na realidade é um filme que me soou até despretensioso do ponto de vista puramente cinematográfico. Não há maiores ousadias autorais ou tentativas de provar qualquer tese teológica como estamos acostumados a ver em filmes sobre Jesus. O diretor, apesar de pequenas licenças poéticas, nunca ousa ir muito além disso. Apesar desse aspecto o filme teve uma certa repercussão negativa, principalmente em seu lançamento na Europa, algo que sinceramente achei um pouco fora de tom, desproporcional até. O ator que faz Cristo não chega nem perto dos bons atores que já interpretaram o papel no passado mas também não chega a prejudicar o resultado final. A produção não é de encher os olhos e os efeitos digitais que recriam cenários da época - como o templo de Jerusalém - não são lá muito bem feitos. Apesar de tudo isso vale ainda a pena assistir, nem que seja para o conferir pura e simplesmente. Diria que é um filme até mesmo didático sob um certo ponto de vista. Dessa maneira até vale a indicação para os mais jovens que não são tão versados assim nas escrituras ou se mostram desinteressados em religião. Fica como um mero convite para um primeiro contato, para quem sabe depois eles possam se aprofundar melhor - e com a devida seriedade - na maior história de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de junho de 2014

Reino Escondido

Título no Brasil: Reino Escondido
Título Original: Epic
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox Animation
Direção: Chris Wedge
Roteiro: James V. Hart, William Joyce
Elenco: Amanda Seyfried, Colin Farrell, Beyoncé Knowles, Josh Hutcherson, Beyoncé Knowles

Sinopse:
Mary Katherine (Amanda Seyfried) é uma garota comum que vai morar com seu pai, um cientista maluco que acredita na existência de uma civilização perdida de pequeninos seres na floresta perto de onde mora. Para sua surpresa ela se vê no meio desses pequenos seres ao esbarrar com uma rainha da natureza que está sendo perseguida por malignas entidades do mal e da poluição. Filme indicado ao Annie Awards, o Oscar da Animação, em cinco categorias.

Comentários:
Animação ecológica dos estúdios Fox que custou uma fortuna de 100 milhões de dólares! Foi uma aposta ousada já que não havia nenhum personagem famoso envolvido e o estúdio teria que vender pela primeira vez a ideia desse universo novo para a garotada. A sorte do estúdio é que vivemos a era de ouro do mundo da animação e assim o retorno foi praticamente garantido. Não resta dúvida que é uma produção simpática, muito bem realizada do ponto de vista técnico e com uma boa mensagem ensinando às crianças o valor da preservação da natureza e do meio ambiente. Em um tempo em que se fazem tantas animações sem nenhuma boa intenção por trás, essa aqui pelo menos ensina e traz uma lição importante para os pequeninos. Com visual colorido, personagens simpáticos e muita aventura é uma animação bastante indicada para a garotada entre 10 a 12 anos. Eles certamente vão gostar bastante do resultado final.

Pablo Aluísio.

O Escafandro e a Borboleta

Título no Brasil: O Escafandro e a Borboleta
Título Original: Le Scaphandre et le Papillon
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Pathé Renn Productions, France 3 Cinéma
Direção: Julian Schnabel
Roteiro: Ronald Harwood, Jean-Dominique Bauby
Elenco: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze

Sinopse:
Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) está no auge da sua carreira profissional. Bem sucedido, rico, no topo de sua profissão (ele é editor da revista Elle, uma das mais importantes do mundo da moda) tudo acaba mudando tragicamente quando sofre um derrame cerebral enquanto dirige seu carro. A partir daí ele perderá todos os movimentos de seu corpo, sendo que a única parte de seu organismo que ainda responde aos seus comandos é seu olho esquerdo. Ele então usa isso para se comunicar com as pessoas ao redor e acaba dando asas à sua imaginação e mente. Filme baseado em fatos reais. Filme indicado a quatro Oscars. Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Direção (Julian Schnabel). Premiado no BAFTA Awards na categoria Melhor Roteiro Adaptado. Vencedor na categoria Melhor Direção no Cannes Film Festival.

Comentários:
Um drama que deixa marcas no espectador. Mesmo após passar um certo tempo você ainda vai se lembrar dessa história que foi baseada em fatos reais. Mostra, entre outras coisas, que todos temos que agradecer por nossa saúde e nossa vida. Depois de assistir a esse filme certamente você não será mais o mesmo e vai parar de reclamar tanto de sua vida. O ditado popular "Saúde e Paz, o resto a gente corre atrás" nunca fará tanto sentido para você depois de conferir essa película. Antes de tudo o que temos aqui é uma bela lição de vida, uma amostra de como nossa vida pode ser frágil e mudar em questão de segundos. Agora o mais louvável na forma como essa história é contada é a extrema sensibilidade que tudo é mostrado ao espectador. O personagem principal é um sujeito bem sucedido (financeiramente), que tem um carrão esporte último tipo, tão auto suficiente que não se importa muito com sua própria humanidade. Após sofrer o derrame tudo muda e ele se torna um ser humano bem melhor, mais consciente do que é realmente importante. Em suma, um filme que fará você se emocionar, chorar e refletir sobre sua própria vida - e isso é o mais importante que a sétima arte pode fazer por qualquer pessoa. Sem dúvida um belo filme para assistir e nunca mais esquecer.

Pablo Aluísio

Tróia

Título no Brasil: Tróia
Título Original: Troy
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: David Benioff
Elenco: Brad Pitt, Eric Bana, Orlando Bloom, Peter O'Toole

Sinopse:
Baseado na obra de Homero o filme conta a história da lendária guerra de Tróia que supostamente ocorreu no ano de 1193 a.C. Um evento banal envolvendo questões familiares deu origem a um intenso conflito armado entre as poderosas cidades estados de Messênia e Tróia. Liderando os exércitos invasores surge o valente e heróico Aquiles (Brad Pitt). Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Figurino.

Comentários:
Alguns filmes épicos tinham tudo para se tornarem clássicos modernos da sétima arte, o problema é que muitas vezes os produtores optam por realizar blockbusters vazios que visam apenas satisfazer os desejos de uma platéia jovem e pouco interessada em história. Ao invés de contar tudo da forma mais crível possível se opta por enredos fantasiosos e baseados em cenas de ação gratuitas. Esse "Tróia" vai por esse caminho. O cineasta Wolfgang Petersen perdeu o controle sobre o filme e os executivos da Warner impuseram sua visão de realizar um filme feito meramente para alcançar grandes bilheterias na temporada mais competitiva do cinema americano. Ao custo de 175 milhões de dólares, "Tróia" tem tudo que a indústria americana tem de melhor a oferecer em aspectos puramente técnicos, principalmente em seus ótimos efeitos digitais, figurinos luxuosos e cenas de impacto visual. A única coisa que não tem é um bom roteiro que logo se perde em bobagens históricas. Brad Pitt, que sempre considerei um bom ator está particularmente medíocre no papel de  Aquiles e como todo o restante do elenco é fraco (alguém vai esperar alguma coisa de Orlando Bloom?) o filme deixa aquela sensação de pastel de vento. Não alimenta e nem enriquece, só engorda.

Pablo Aluísio.