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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Na Linha de Fogo

Título no Brasil: Na Linha de Fogo
Título Original: In the Line of Fire
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Jeff Maguire
Elenco: Clint Eastwood, John Malkovich, Rene Russo, Dylan McDermott, Gary Cole, Fred Dalton Thompson

Sinopse:
O agente do Serviço Secreto Frank Horrigan (Clint Eastwood) não pôde salvar o presidente John Kennedy, que foi assassinado ao seu lado, quando esse andava de carro aberto em Dallas, mas ele está determinado a não deixar um assassino obcecado derrubar esse novo presidente.

Comentários:
Achei apenas razoável esse filme. Veja bem, eu adoro o trabalho de Clint Eastwood, tanto como diretor, como apenas ator. Aqui ele deu um freio numa série de filmes em que atuava e dirigia e topou interpretar o protagonista, sem dar apito em roteiro, direção, etc. Em se tratando de Clint Eastwood é uma surpresa e tanto. De volta ao filme, o que temos aqui é apenas uma fita de rotina no meu ponto de vista. Novamente o roteiro adota um certo tom ufanista em relação aos presidentes americanos (isso foi antes da era Trump) e os mostra como heróis da nação, homens íntegros, etc. Aquela coisa toda. Sabemos que na vida real, por exemplo, o presidente JFK tinha falhas de caráter, então não tem como embarcar completamente em certa nuances desse roteiro cheio de patriotada barata. De qualquer forma Clint Eastwood sempre mantém sua dignidade, mesmo em filmes de rotina. E mantém o charme mesmo quando corre ao lado de um carro presidencial, sendo um homem de sua idade. Pensando bem esses caras durões realmente não respeitam e nem seguem limites por causa da idade. São forjados em outra época. Por fim uma curiosidade: o filme conseguiu três indicações ao Oscar! Foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original e melhor edição. Além disso o ator John Malkovich foi lembrado pela academia na categoria de melhor ator coadjuvante. Nada mal, nada mal mesmo...

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de outubro de 2016

Força Aérea Um

Título no Brasil: Força Aérea Um
Título Original: Air Force One
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Andrew W. Marlowe
Elenco: Harrison Ford, Gary Oldman, Glenn Close, William H. Macy, Dean Stockwell, Tom Everett
  
Sinopse:
O avião presidencial é sequestrado com o presidente dos Estados Unidos a bordo. O grupo que toma seu controle é formado por terroristas de uma ex-república soviética, o Cazaquistão, que está insatisfeita com as críticas e a política adotada pelo governo americano em relação ao governo ditatorial daquele distante país. Assim, ao se ver em uma armadilha, o próprio presidente resolve enfrentar os criminosos, em um jogo mortal de vida e morte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som (Paul Massey, Rick Kline) e Melhor Edição (Richard Francis-Bruce).

Comentários:
Os americanos possuem uma visão boba de seus presidentes. Geralmente eles se tornam figuras lendárias dentro do imaginário popular. O caso mais absurdo de ufanismo patriota no cinema aconteceu justamente nesse filme. Aqui o presidente dos Estados Unidos James Marshall, encarnado na figura do ator Harrison Ford, não apenas é mostrado como uma pessoa extremamente cheia de virtudes, como também um herói acima do bem e do mal. Ele literalmente sai no braço com um grupo de terroristas que tomam de assalto seu avião presidencial (denominado de Air Force One). Bom para o estrelismo de Ford que aqui conseguiu mais um belo sucesso de bilheteria em sua carreira, mas péssimo para o cineasta alemão Wolfgang Petersen que começou sua filmografia com filmes conceituados (e até cults) como "O Barco: Inferno no Mar", "A História Sem Fim" e "Inimigo Meu" para depois perder o rumo e se afundar numa série de filmes comerciais de baixo teor artístico como "Tróia", por exemplo. Essa fita de ação é seguramente seu filme mais bem sucedido nas bilheterias, o que necessariamente não foi muito bom para ele. De qualquer forma, apesar do enredo completamente surreal e absurdo, o filme ainda apresenta algumas boas cenas de ação - aliás a proposta do filme parece se resumir a isso apenas, explorar cenas e mais cenas de ação e violência. Falando sinceramente nem era preciso reunir um elenco tão bom como esse para um filme que se apoia mesmo em ação física. Os personagens de Oldman, Close e outros excelentes atores poderiam ser interpretados por qualquer um que não faria diferença alguma. Do ponto de vista técnico um dos destaques vem da excelente edição do filme (que inclusive foi indicada ao Oscar). Algo necessário para uma produção desse gênero. Porém desconsidere tudo o que foi dito se você estiver apenas em busca de um filme de pura ação, pois nesse caso não se decepcionará, pelo contrário, provavelmente ficará bem satisfeito. Como não era o meu caso, fiquei realmente um pouco entediado de assistir algo tão sem conteúdo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Força Aérea Um

Título no Brasil: Força Aérea Um
Título Original: Air Force One
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Andrew W. Marlowe
Elenco: Harrison Ford, Gary Oldman, Glenn Close

Sinopse:
O presidente dos Estados Unidos James Marshall (Ford) vai até Moscou e lá realiza um discurso contra o terrorismo internacional, expondo a política de tolerância zero que seu país tomará dali em diante sobre o tema. Na volta para casa porém o Air Force One ("Força Aérea Um" - codinome do avião presidencial) é tomado de refém por um grupo extremamente perigoso e armado de terroristas radicais. Todos os passageiros e membros da tripulação se tornam reféns. O presidente porém  resolve enfrentar os criminosos que se apoderaram de seu avião...

Comentários:
Eu fico imaginando um filme desses realizado no Brasil. Nos Estados Unidos eles possuem essa visão bem glamorizada (e romântica) de seus presidentes. São venerados e adorados quase como se fossem lendas da Idade Média. Basta lembrar o carinho que aquela nação tem por alguns líderes da sua história como Lincoln ou Kennedy. No Brasil não existe nada parecido. Nossos presidentes geralmente viram ou alvo de piadas ou de ódio mortal. Na história do Brasil não conheço nenhum presidente que tenha ganho qualquer sentimento minimamente parecido com o que vemos tão frequentemente na América. Se o filme fosse feito no Brasil certamente viraria motivo de chacota e piada. Mas deixemos isso de lado. "Air Force One" foi muito badalado em seu lançamento. Trazia algo novo que seria imitado alguns anos depois em outras produções - a figura do presidente herói, íntegro até o último grau que não hesitava em colocar sua própria vida em perigo para salvar as demais pessoas inocentes. O roteiro é do tipo que não dá trégua ao espectador. Provavelmente tenha sido escrito dessa forma porque se pararmos para pensar sobre o que vemos na tela certamente descobriremos centenas de furos na trama. O ritmo é do estilo "não perca a respiração"! Harrison Ford está menos antipático do que o habitual e o diretor Wolfgang Petersen consegue no mínimo entregar um action movie eficiente. Esse é do tempo em que Harrison Ford era sinônimo de blockbusters e sucessos de bilheteria. Já faz um tempão...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Epidemia

Título no Brasil: Epidemia
Título Original: Outbreak
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Laurence Dworet, Robert Roy Pool
Elenco: Dustin Hoffman, Rene Russo, Morgan Freeman

Sinopse:
Um vírus mortal é descoberto no distante e isolado país africano do Zaire. A doença se mostra avassaladora, com alto índice de mortalidade. Para pesquisar e combater a nova ameaça um grupo de pesquisadores de alto nível é enviado para tentar controlar uma possível epidemia, o que colocaria em risco a vida de milhões de pessoas. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor Filme de Ficção.

Comentários:
Fazendo outro passeio nos filmes dos anos 90 chegamos nesse "Epidemia". Por que é interessante relembrar dessa produção? Ora, diante dos recentes casos do vírus Ebola na África, muitos se perguntaram o que afinal de contas teria ocorrido na epidemia anterior do mesmo vírus, que chegou inclusive a dar origem a essa película? Pois é, simplesmente desapareceu. Nos anos 90 houve esse mesmo pânico sobre uma possível proliferação mundial do vírus Ebola, mas a doença, da mesma forma que apareceu rapidamente, também sumiu por anos e anos. Deixando de lado isso o que temos aqui é até um filme interessante como aventura científica (se é que esse estilo cinematográfico realmente exista de fato!). O elenco é liderado por  Dustin Hoffman, que já na época era considerado decadente (imagine, isso faz quase vinte anos!). Para dar uma certa credibilidade no enredo nada melhor do que trazer a dignidade ímpar de Morgan Freeman, muito embora ele não tenha muito o que fazer no meio da trama. Enfim é isso, em breve teremos novos filmes explorando o Ebola (já que Hollywood adora um oportunismo) apenas para nos lembrarmos que já passamos por tudo isso antes, como bem deixa claro esse "Outbreak"!

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de junho de 2014

Tróia

Título no Brasil: Tróia
Título Original: Troy
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: David Benioff
Elenco: Brad Pitt, Eric Bana, Orlando Bloom, Peter O'Toole

Sinopse:
Baseado na obra de Homero o filme conta a história da lendária guerra de Tróia que supostamente ocorreu no ano de 1193 a.C. Um evento banal envolvendo questões familiares deu origem a um intenso conflito armado entre as poderosas cidades estados de Messênia e Tróia. Liderando os exércitos invasores surge o valente e heróico Aquiles (Brad Pitt). Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Figurino.

Comentários:
Alguns filmes épicos tinham tudo para se tornarem clássicos modernos da sétima arte, o problema é que muitas vezes os produtores optam por realizar blockbusters vazios que visam apenas satisfazer os desejos de uma platéia jovem e pouco interessada em história. Ao invés de contar tudo da forma mais crível possível se opta por enredos fantasiosos e baseados em cenas de ação gratuitas. Esse "Tróia" vai por esse caminho. O cineasta Wolfgang Petersen perdeu o controle sobre o filme e os executivos da Warner impuseram sua visão de realizar um filme feito meramente para alcançar grandes bilheterias na temporada mais competitiva do cinema americano. Ao custo de 175 milhões de dólares, "Tróia" tem tudo que a indústria americana tem de melhor a oferecer em aspectos puramente técnicos, principalmente em seus ótimos efeitos digitais, figurinos luxuosos e cenas de impacto visual. A única coisa que não tem é um bom roteiro que logo se perde em bobagens históricas. Brad Pitt, que sempre considerei um bom ator está particularmente medíocre no papel de  Aquiles e como todo o restante do elenco é fraco (alguém vai esperar alguma coisa de Orlando Bloom?) o filme deixa aquela sensação de pastel de vento. Não alimenta e nem enriquece, só engorda.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Inimigo Meu

Uma pequena obra prima da ficção cientifica da década de 80. Assim podemos definir esse “Inimigo Meu” que marcou bastante, tanto que até hoje é relembrado com muito carinho pelo público. O enredo em si é bem simples mas maravilhosamente desenvolvido. Após uma batalha feroz dois astronautas combatentes caem em um planeta inóspito. Se trata de um humano, Willis Davidge (Dennis Quaid) e um alienígena, Jeriba 'Jerry' Shigan (Louis Gossett Jr). Como são inimigos inicialmente tentam prejudicar um ao outro ao máximo. A intenção é obviamente liquidar o inimigo no solo, uma vez que isso não foi possível no ar. O problema é que ambos estão isolados naquele local, sem nenhuma perspectiva de serem resgatados. Para todos os efeitos são dados como mortos. Os anos passam e de repente eles se dão conta que a sobrevivência depende do apoio mutuo, da colaboração entre eles. Assim começam a se ajudar em pequenas coisas até que se tornam grandes amigos, confidentes e até mesmo irmãos.

“Inimigo Meu” tem um dos melhores roteiros já feitos no mundo da ficção. Essa afirmação pode até mesmo soar um pouco fora de propósito para alguns mas se formos analisar bem a mensagem do filme é simplesmente sublime e maravilhosa. De certa forma é uma alegoria até mesmo sobre o que acontecia no mundo naquela época. Em meados dos anos 80 a guerra fria ainda era uma realidade. Vivia-se eternamente no medo de ocorrer uma guerra nuclear entre União Soviética e Estados Unidos, numa bipolaridade de nações armadas e prontas para o conflito. “Inimigo Meu” colocava assim dois inimigos que vivem em um planeta isolado mas que precisam deixar essa disputa de lado para sobreviver. Entendeu a metáfora? Simplesmente genial. Assim como os personagens do filme, EUA e URSS tinham que aprender a conviver juntos, se ajudarem, para sobreviver mutuamente. O filme em análise é isso, um grande manifesto pela paz e pela solidariedade de todos, independentemente de onde você veio ou de que lado está. “Inimigo Meu” é sem dúvida um dos mais inteligentes argumentos já filmados no cinema americano.

Inimigo Meu (Enemy Mine, Estados Unidos, 1985) Direção: Wolfgang Petersen / Roteiro: Barry Longyear, Edward Khmara / Elenco: Dennis Quaid, Louis Gossett Jr., Brion James / Sinopse: Em um planeta distante e inóspito dois combatentes aprendem que para sobreviver naquela ambiente hostil terão que ajudar um ao outro. Nasce assim um grande laço de amizade e solidariedade entre quem supostamente deveria se comportar como um inimigo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Poseidon

Se trata de mais uma refilmagem de um filme da década de 70. Depois do remake de “A Profecia” os produtores de Hollywood, sem idéias novas, resolveram trazer de volta o navio Poseidon. Quem tem mais de 30 anos certamente conhece o filme original campeão de reprises da Rede Globo. É uma estória ficcional mas completamente inspirada no Titanic. O luxuoso Poseidon nada mais era do que uma alegoria sob nova roupagem do navio famoso da história. O filme original, “O Destino do Poseidon” é um clássico do chamado cinema-catastrofe que tanto sucesso fez naqueles anos da discoteca. Os roteiros desses filmes seguiam uma fórmula simples. Geralmente um grande elenco (formado na maioria das vezes por veteranos nas telas) era colocado numa situação limite, seja um terremoto, um arranha-céu em chamas ou em um naufrágio monumental. Basta lembrar dos filmes “Terremoto”, “Inferno na Torre” ou “Aeroporto” para entender do que se trata. Aqui tudo é recriado com efeitos digitais de última geração (inexistentes há 40 anos). O enredo é praticamente o mesmo do filme original: uma onda gigante vira um enorme transatlântico de cabeça para baixo. Para sobreviver um grupo de passageiras tenta chegar a alguma saída enquanto o navio não afunda de uma vez por todas.

Tal como acontecia nos filmes catástrofes da década de 70 aqui também temos um elenco numeroso de atores veteranos tentando alcançar uma nova chance de sucesso nos cinemas. O elenco é encabeçado por Kurt Russell, um ator bacana que não tem tido muita sorte com seus filmes mais recentes. Juntam-se a ele Richard Dreyfuss (de “Tubarão”, outro filme símbolo do cinema da década de 70) e Emily Rossum (que parece ter tomado gosto pela tragédia haja vista seu filme anterior, “O Dia Depois do Amanhã). Josh Lucas também está no elenco mas sua atuação é completamente indigna de qualquer comentário. O diretor é o irregular Wolfgang Petersen que ao longo da carreira alternou filmes criativos (O Barco – Inferno em Alto Mar) com produções eficientes (Mar em Fúria, Força Aérea Um) e equívocos históricos (Tróia). Dentro dessa lista “Poseidon” pode ser considerada uma de suas obras mais fracas, derivativas e sem novidades. Particularmente não gosto de remakes pois eles soam sempre como caça-níqueis oportunistas sem qualquer razão de ser. Esse é mais um filme que se enquadra nessa categoria. Só vale mesmo pelos efeitos digitais mas esses também acabam cansando após certo tempo. Assim o melhor mesmo é assistir ao filme original que pode estar datado e ultrapassado mas que certamente mantém o charme dos filmes da década de 70.

Poseidon (Poseidon, Estados Unidos, 2006) Direção: Wolfgang Petersen / Roteiro: Paul Attanasio, Akiva Goldsman, Shirow Masamune, Mark Protosevich baseados no filme “O Destino do Poseidon” / Elenco: Josh Lucas, Kurt Russell, Jacinda Barrett, Richard Dreyfuss, Jimmy Bennett, Emmy Rossum, Mike Vogel, Mía Maestro, Andre Braugher, Kevin Dillon, Freddy Rodríguez / Sinopse: Onda gigantesca vira o navio Poseidon de cabeça para baixo. Agora os passageiros lutarão para saírem vivos daquela situação terrível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mar em Fúria

Bastante subestimada essa boa aventura "Mar em Fúria" que foi na verdade mais um meio promocional para lançar George Clooney no mundo do cinema. Na época ele ainda tentava fazer a complicada transição das séries de TV para os filmes nas telas de cinema. O roteiro é bem escrito, enxuto e consegue tirar excelente proveito da trama interessante. Aqui acompanhamos a embarcação Andrea Gal, capitaneada por Billy Tyne (George Clooney). É um barco comercial que vai até regiões isoladas do Oceano para recolher um tipo especial de pescado muito valorizado no mercado americano. O problema é que bem no meio da viagem todos são surpreendidos por uma "Tempestade Perfeita", uma denominação usada para caracterizar a fusão de uma série de fatores climáticos que criam uma tempestade feroz, formando ondas no Oceano do tamanho de um prédio de dez andares. No meio do caos em que se encontram todos os membros da tripulação tentam sobreviver da melhor forma possível. Esse é um daqueles argumentos de tirar o fôlego, onde não sobra muito tempo para o espectador respirar. Inspirado no romance de aventuras escrito por Sebastian Junger.o filme consegue deixar a adrenalina alta, sem cair no marasmo em nenhum momento.

O filme obviamente usa e abusa de efeitos digitais, todos extremamente bem realizados. Como se sabe sempre houve grande desafio em recriar digitalmente com sucesso o Oceano. Aqui tudo soa muito bem feito, criando realmente a sensação de se estar vendo imagens reais do pequeno barco no meio da imensidão azul em fúria. O orçamento foi milionário (140 milhões de dólares) e a aposta ousada pois não se sabia ao certo se o público compraria a idéia de ver um grupo de marujos comerciais enfrentando uma tempestade épica no meio do mar. Depois do lançamento todos respiraram aliviados pois a produção conseguiu fazer sucesso de bilheteria. Muito do mérito do sucesso cabe ao diretor Wolfgang Petersen que já tinha conseguido grande êxito em um filme levemente semelhante,"O Barco - O Inferno no Mar". De qualquer modo ele deveria ter deixado esse tema um pouco de lado pois depois afundou de forma monumental com o remake de "Poseidon", um grande fracasso de público e crítica. Isso porém é tema para outra resenha. Aqui deixo a dica de "Mar em Fúria" uma boa aventura com o mesmo espírito dos antigos filmes do mar que tanto conhecemos. Um bom programa de entretenimento em suma.

Mar Em Fúria (The Perfect Storm, Estados Unidos, 2000) Direção: Wolfgang Petersen / Roteiro: William D. Wittliff / Elenco: George Clooney, Mark Wahlberg, Diane Lane, Mary Elizabeth Mastrantonio, Karen Allen, William Fichtner, Michael Ironside./ Sinopse: Navio comercial de pesca se vê envolvida por uma enorme tempestade em alto mar. Para sobreviver os tripulantes terão que partir para uma verdadeira luta contra as forças da natureza.

Pablo Aluísio.