Título no Brasil: Fonte da Vida
Título Original: The Fountain
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Darren Aronofsky
Elenco: Hugh Jackman, Rachel Weisz, Sean Patrick Thomas, Mark Margolis, Stephen McHattie, Donna Murphy
Sinopse:
Três linhas narrativas correm em paralelo na tela. Na primeira, durante o descobrimento das Américas, um explorador tenta achar a fonte da vida. Na outra, no presente, um homem tenta salvar a vida de sua mulher que está morrendo de câncer. Na terceira e última, no futuro, um astronauta entra em crise existencial.
Comentários:
Consultando meus arquivos pude constatar que assisti a esse filme no cinema em 2006. Não era para tanto. É um filme com muita pretensão, mas com resultados bem modestos ao meu ver. O diretor Darren Aronofsky faz um cinema para poucos, aquele tipo de filme que já é lançado com pretensões altas de se tornar um cult movie. Então os roteiros são interligados com muitos diálogos existencialistas e coisas do tipo. Para alguns soa como cinema de grande e alta cultura, mas para outros apenas torna o filme bem chato e arrastado. De minha parte apreciei em termos, muito embora tenha achado bem errado a escalação do ator Hugh Jackman para esse elenco. Nada contra, gosto de seu trabalho, mas essa não é sua praia. Já sua colega Rachel Weisz está em seu tipo habitual de filme.
Pablo Aluísio.
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domingo, 1 de maio de 2022
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
O Júri
Título no Brasil: O Júri
Título Original: Runaway Jury
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: Gary Fleder
Roteiro: John Grisham
Elenco: John Cusack, Rachel Weisz, Gene Hackman, Dustin Hoffman, Bruce Davison, Nick Searcy
Sinopse:
Um fabricante de armas é levado a julgamento, mas esse não será um julgamento comum pois haverá manipulação e tentativa de mudar as decisões do júri. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards na categoria de melhor roteiro.
Comentários:
O tribunal do júri sempre foi um aspecto do ordenamento jurídico dos mais questionáveis. No Brasil ele é usado basicamente apenas em crimes dolosos contra a vida, mas nos Estados Unidos praticamente quase tudo vai a júri. O roteiro desse filme explora os problemas desse sistema, onde os jurados podem ser ameaçados, manipulados ou até mesmo comprados, a depender da ousadia, da desonestidade e do poder de quem está sendo julgado. É um bom filme com roteiro muito bem trabalhado, fruto da adaptação do próprio livro que lhe deu origem. O elenco é muito bom. Claro que os veteranos Gene Hackman e Dustin Hoffman se destacam. Embora coadjuvante de John Cusack, eles roubam o filme completamente. Fiquei até com pena do Cusack tentando se segurar. Enfim, um bom filme que assisti ainda em DVD quando as locadoras já estavam fechando suas portas. Era o fim de uma era.
Pablo Aluísio.
Título Original: Runaway Jury
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: Gary Fleder
Roteiro: John Grisham
Elenco: John Cusack, Rachel Weisz, Gene Hackman, Dustin Hoffman, Bruce Davison, Nick Searcy
Sinopse:
Um fabricante de armas é levado a julgamento, mas esse não será um julgamento comum pois haverá manipulação e tentativa de mudar as decisões do júri. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards na categoria de melhor roteiro.
Comentários:
O tribunal do júri sempre foi um aspecto do ordenamento jurídico dos mais questionáveis. No Brasil ele é usado basicamente apenas em crimes dolosos contra a vida, mas nos Estados Unidos praticamente quase tudo vai a júri. O roteiro desse filme explora os problemas desse sistema, onde os jurados podem ser ameaçados, manipulados ou até mesmo comprados, a depender da ousadia, da desonestidade e do poder de quem está sendo julgado. É um bom filme com roteiro muito bem trabalhado, fruto da adaptação do próprio livro que lhe deu origem. O elenco é muito bom. Claro que os veteranos Gene Hackman e Dustin Hoffman se destacam. Embora coadjuvante de John Cusack, eles roubam o filme completamente. Fiquei até com pena do Cusack tentando se segurar. Enfim, um bom filme que assisti ainda em DVD quando as locadoras já estavam fechando suas portas. Era o fim de uma era.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
A Oitava Página
Os verdadeiros agentes de inteligência britânicos são bem diferentes de James Bond. Um bom exemplo podemos ver nesse filme. Johnny Worricker (Bill Nighy) é um burocrata, um servidor público cuja função muitas vezes se resume em ler milhares de páginas de relatórios de inteligência. Os pontos mais importantes ele passa então, de forma resumida, para seus superiores. E é justamente na oitava página de um desses relatórios que surge uma informação importante. Nele se fica sabendo que o primeiro-ministro da Inglaterra tem pleno conhecimento de atividades de torturas promovidas pelos americanos em várias de suas prisões espalhadas pelo mundo. Além de ser um crime, se divulgada tal informação certamente levaria à derrubada do governo. Ralph Fiennes interpreta o primeiro-ministro, um sujeito nada ético, que só pensa em acobertar tudo de uma vez por todas.
A atriz Rachel Weisz (ótima como sempre!) interpreta a vizinha do agente inglês. Ela tanto pode ser uma mulher que está verdadeiramente interessada nele (apesar da diferença de idade) como também uma agente infiltrada pelo serviço de inteligência da Síria. Afinal seu irmão foi morto naquela guerra sangrenta e ela, obviamente, busca por alguma justiça. Um bom filme, com nuances mais psicológicas, numa trama bem mais intelectual. Nada parecido com a linha dos filmes de James Bond, com aquele agente de pura ficção, em cenas de ação impossíveis. Esse realismo é sem dúvida o grande atrativo dessa produção.
A Oitava Página (Page Eight, Inglaterra, 2011) Direção: David Hare / Roteiro: David Hare / Elenco: Bill Nighy, Rachel Weisz, Ralph Fiennes, Tom Hughes / Sinopse: Agente veterano do serviço real de inteligência do Reino Unido descobre que o primeiro-ministro sabe sobre torturas promovidas pelo governo americano e nada fez, escondendo a informação. Com isso sua situação dentro da agência começa a ficar delicada e até mesmo perigosa.
Pablo Aluísio.
A atriz Rachel Weisz (ótima como sempre!) interpreta a vizinha do agente inglês. Ela tanto pode ser uma mulher que está verdadeiramente interessada nele (apesar da diferença de idade) como também uma agente infiltrada pelo serviço de inteligência da Síria. Afinal seu irmão foi morto naquela guerra sangrenta e ela, obviamente, busca por alguma justiça. Um bom filme, com nuances mais psicológicas, numa trama bem mais intelectual. Nada parecido com a linha dos filmes de James Bond, com aquele agente de pura ficção, em cenas de ação impossíveis. Esse realismo é sem dúvida o grande atrativo dessa produção.
A Oitava Página (Page Eight, Inglaterra, 2011) Direção: David Hare / Roteiro: David Hare / Elenco: Bill Nighy, Rachel Weisz, Ralph Fiennes, Tom Hughes / Sinopse: Agente veterano do serviço real de inteligência do Reino Unido descobre que o primeiro-ministro sabe sobre torturas promovidas pelo governo americano e nada fez, escondendo a informação. Com isso sua situação dentro da agência começa a ficar delicada e até mesmo perigosa.
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de setembro de 2021
O Lagosta
Filme maluco! Para se ter uma ideia vou tentar resumir em uma sinopse a maluquice do roteiro. Colin Farrell interpreta um arquiteto que após longos anos se vê divorciado e sozinho. Ele então decide ir se hospedar em um hotel onde está sendo realizado uma espécie de "tratamento" para pessoas solitárias. Também é um tipo de programa para que homens solitários conheçam mulheres solitárias para quem sabe recomeçar uma vida a dois. Até aí, tudo bem, faria algum sentido. Porém a coisa toda pira quando descobrimos que todo participante precisa escolher um animal para se identificar. Ele escolhe ser uma lagosta. Caso não encontre uma mulher para viver ao seu lado ele será abatido em uma caçada humana. Abatido como um animal qualquer. Achou absurdo? E o que dizer quando ele foge para uma floresta onde vivem homens e mulheres solitárias que são caçados e que não aceitam relacionamentos entre eles. É proibido!
Não adianta procurar por muito sentido. Não há mesmo. O que pude deduzir de todas as situações bizarras é que se trata de uma crítica contra a sociedade que de certa maneira estigmatiza pessoas solteiras, solitárias ou divorciadas. Pode ser uma interpretação válida. Afinal toda obra de arte, seja ela qual for, tem que ter pelo menos um mínimo sentido, mesmo que seja soterrado embaixo de toneladas e toneladas de bizarrice. E isso vai até o final do filme que tem uma cena completamente nonsense, onde o personagem de Farrell resolve arrancar seus próprios olhos para ficar igual à sua amada, que é cega! Pois é, meus caros, esse filme é para poucos. Chegar ao seu final é um grande exercício de paciência e paixão pelo cinema. A maioria, creio eu, vai largar o filme lá pela metade.
O Lagosta (The Lobster, Estados Unidos, 2015) Direção: Yorgos Lanthimos / Roteiro: Yorgos Lanthimos, Efthymis Filippou / Elenco: Colin Farrell, Rachel Weisz, John C. Reilly, Jessica Barden / Sinopse: Após o divórcio, homem solitário se hospeda em um hotel para fazer parte de um estranho programa para pessoas solitárias. Ele tem um prazo para achar uma nova companheira, caso contrário as coisas vão ficar realmente ruins para ele.
Pablo Aluísio.
Não adianta procurar por muito sentido. Não há mesmo. O que pude deduzir de todas as situações bizarras é que se trata de uma crítica contra a sociedade que de certa maneira estigmatiza pessoas solteiras, solitárias ou divorciadas. Pode ser uma interpretação válida. Afinal toda obra de arte, seja ela qual for, tem que ter pelo menos um mínimo sentido, mesmo que seja soterrado embaixo de toneladas e toneladas de bizarrice. E isso vai até o final do filme que tem uma cena completamente nonsense, onde o personagem de Farrell resolve arrancar seus próprios olhos para ficar igual à sua amada, que é cega! Pois é, meus caros, esse filme é para poucos. Chegar ao seu final é um grande exercício de paciência e paixão pelo cinema. A maioria, creio eu, vai largar o filme lá pela metade.
O Lagosta (The Lobster, Estados Unidos, 2015) Direção: Yorgos Lanthimos / Roteiro: Yorgos Lanthimos, Efthymis Filippou / Elenco: Colin Farrell, Rachel Weisz, John C. Reilly, Jessica Barden / Sinopse: Após o divórcio, homem solitário se hospeda em um hotel para fazer parte de um estranho programa para pessoas solitárias. Ele tem um prazo para achar uma nova companheira, caso contrário as coisas vão ficar realmente ruins para ele.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
Trazido pelo Mar
Um filme de época muito interessante. A história é bem romanceada, mas se mantém coesa durante todo o filme. O drama começa quando um navio russo naufraga nas águas geladas da costa norte da Inglaterra. Quase toda a tripulação morre, sobrevivendo apenas um marinheiro. Resgatado por moradores na praia, ele consegue sobreviver, quase milagrosamente. Aos poucos vai se recuperando e se apaixona por uma jovem chamada Amy Foster (Rachel Weisz), uma bela mulher. E o romance floresce cada vez mais entre ela e o marujo russo, só que o passado volta para atormentar Yanko Gooral (Vincent Perez).
Eu gosto de filmes assim, como histórias passadas no século XIX, grandes navios de madeira que afundam, amores impossíveis. Esse século em especial, que iria ser conhecido como a era vitoriana, foi muito rico em literatura romântica. E esse filme segue bem por essa caminho. Além da boa produção eu destacaria também um elenco simplesmente excelente. Veja, temos aqui a sempre ótima Rachel Weisz. Hoje posso afirmar, sem medo de errar, que nunca assisti uma interpretação ruim dessa atriz. Ela é excepcional e sabe muito bem escolher os filmes em que vai trabalhar. Outro nome que considero excepcional é o de Ian McKellen. A classe de seu trabalho está acima de críticas. Por fim ainda há a presença de Kathy Bates. Assim, resumindo, temos boa história e bom elenco, além de uma produção muito boa. Precisa de alguma coisa a mais?
Trazido pelo Mar (Swept from the Sea, Inglaterra, Estados Unidos, 1997) Direção: Beeban Kidron / Roteiro: Tim Willocks / Elenco: Rachel Weisz, Vincent Perez, Ian McKellen, Kathy Bates / Sinopse: Baseado no conto " "Amy Foster" de Joseph Conrad conta a história de amor de um marinho russo que sobreviveu ao naufrágio de seu navio e uma jovem inglesa no século XIX.
Pablo Aluísio.
Eu gosto de filmes assim, como histórias passadas no século XIX, grandes navios de madeira que afundam, amores impossíveis. Esse século em especial, que iria ser conhecido como a era vitoriana, foi muito rico em literatura romântica. E esse filme segue bem por essa caminho. Além da boa produção eu destacaria também um elenco simplesmente excelente. Veja, temos aqui a sempre ótima Rachel Weisz. Hoje posso afirmar, sem medo de errar, que nunca assisti uma interpretação ruim dessa atriz. Ela é excepcional e sabe muito bem escolher os filmes em que vai trabalhar. Outro nome que considero excepcional é o de Ian McKellen. A classe de seu trabalho está acima de críticas. Por fim ainda há a presença de Kathy Bates. Assim, resumindo, temos boa história e bom elenco, além de uma produção muito boa. Precisa de alguma coisa a mais?
Trazido pelo Mar (Swept from the Sea, Inglaterra, Estados Unidos, 1997) Direção: Beeban Kidron / Roteiro: Tim Willocks / Elenco: Rachel Weisz, Vincent Perez, Ian McKellen, Kathy Bates / Sinopse: Baseado no conto " "Amy Foster" de Joseph Conrad conta a história de amor de um marinho russo que sobreviveu ao naufrágio de seu navio e uma jovem inglesa no século XIX.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 23 de julho de 2021
Viúva Negra
Mais um filme da Marvel. Nesse aqui aconteceu um fato interessante. Após uma boa estreia a bilheteria foi caindo, caindo... Ao que parece a conhecida propaganda boca a boca foi negativa, fazendo com que o filme perdesse força comercial. Será que essa fórmula de filmes de super-heróis se esgotou? É cedo para dizer, mas uma coisa é certa, já vive uma fase de saturação. Em relação ao filme em si temos aqui uma personagem de terceiro escalão da Marvel. Penso até que foi um exagero do estúdio bancar uma produção milionária como essa para uma personagem que pouca gente conhece. Provavelmente só os leitores de gibis saibam quem é a Viúva Negra mais a fundo. Para o resto do público a resposta será mais parecida com a frase "já ouvi falar, mas não sei direito quem é essa Viúva Negra".
No meu caso o filme até soou divertido. Tem um bom enredo que pode ser assistido de forma avulsa. Você não precisa assistir a todos os demais filmes da Marvel para entender esse, apesar de todos eles se passarem em um mesmo contexto, um mesmo universo. A Natasha Romanoff (protagonista interpretada pela atriz Scarlett Johansson) é uma garota que foi treinada para ser uma assassina na União Soviética. E ela não foi a única, há toda uma geração de meninas órfãs e abandonadas que acabaram entrando nesse programa de treinamento militar. No caso dela o roteiro até que tira boas ideias de uma "falsa família" que ela fez parte quando era criancinha. Outros pontos positivos vem do vilão e da cena final, com todos caindo após o colapso e explosão de uma estação. Só não espere respeito a qualquer lei da física nessa sequência. Tudo bem, como produto da cultura pop esse "Viúva Negra" até diverte bem.
Viúva Negra (Black Widow, Estados Unidos, 2021) Direção: Cate Shortland / Roteiro: Eric Pearson, Jac Schaeffer, Ned Benson / Elenco: Scarlett Johansson, Rachel Weisz, Florence Pugh, David Harbour, Ray Winstone / Sinopse: Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), uma assassina treinada na guerra fria na antiga União Soviética, vai atrás de suas origens, procurando por vingança contra o homem que matou sua mãe e criou um programa de treinamento para meninas como ela, em um passado hoje remoto.
Pablo Aluísio.
No meu caso o filme até soou divertido. Tem um bom enredo que pode ser assistido de forma avulsa. Você não precisa assistir a todos os demais filmes da Marvel para entender esse, apesar de todos eles se passarem em um mesmo contexto, um mesmo universo. A Natasha Romanoff (protagonista interpretada pela atriz Scarlett Johansson) é uma garota que foi treinada para ser uma assassina na União Soviética. E ela não foi a única, há toda uma geração de meninas órfãs e abandonadas que acabaram entrando nesse programa de treinamento militar. No caso dela o roteiro até que tira boas ideias de uma "falsa família" que ela fez parte quando era criancinha. Outros pontos positivos vem do vilão e da cena final, com todos caindo após o colapso e explosão de uma estação. Só não espere respeito a qualquer lei da física nessa sequência. Tudo bem, como produto da cultura pop esse "Viúva Negra" até diverte bem.
Viúva Negra (Black Widow, Estados Unidos, 2021) Direção: Cate Shortland / Roteiro: Eric Pearson, Jac Schaeffer, Ned Benson / Elenco: Scarlett Johansson, Rachel Weisz, Florence Pugh, David Harbour, Ray Winstone / Sinopse: Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), uma assassina treinada na guerra fria na antiga União Soviética, vai atrás de suas origens, procurando por vingança contra o homem que matou sua mãe e criou um programa de treinamento para meninas como ela, em um passado hoje remoto.
Pablo Aluísio.
sábado, 17 de julho de 2021
O Jardineiro Fiel
O filme foi baseado no livro escrito por John le Carré, famoso autor de best-sellers, com uma grande legião de leitores e admiradores. Eu não li o livro original. Minha opinião segue baseada apenas no filme. E nesse aspecto não tive boa percepção desse longa-metragem. Sim, eu tenho pleno consciência que o filme foi extremamente elogiado pela crítica em seu lançamento, mas no meu caso não consegui gostar. Achei um filme extremamente frio, quase uma obra cinematográfica sem nenhuma emoção para passar ao espectador. Acontece muito e é mais comum do que muitas pessoas que curtem cinema pensam. A palavra que me vem à mente é sempre a mesma quando penso em "O Jardineiro Fiel". É uma obra fria, asséptica.
Posso dizer que a única coisa que me agradou mesmo foi a atuação da atriz Rachel Weisz. que inclusive foi premiada com o Oscar na categoria naquele ano que foi até bem disputada. A personagem dela é a única que parece ter alma nessa história, a única que passa algum sentimento verdadeiro. O papel de Ralph Fiennes é todo baseado em um personagem que tem uma frieza fora do normal. O sujeito simplesmente não consegue passar nenhum calor humano. E como ele está em cena em praticamente todo o filme seu jeito de ser passa a incomodar. Com isso tudo o filme acabou me soando bem entediante. Tédio e frio, eis o resumo.
O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener, Inglaterra, Estados Unidos, 2005) Direção: Fernando Meirelles / Roteiro: Jeffrey Caine, baseado na obra de John le Carré / Elenco: Ralph Fiennes, Rachel Weisz, Danny Huston, Hubert Koundé / Sinopse: Um viúvo está determinado a descobrir um segredo potencialmente explosivo envolvendo o assassinato de sua esposa, um grande negócio e um caso de corrupção corporativa.
Pablo Aluísio.
Posso dizer que a única coisa que me agradou mesmo foi a atuação da atriz Rachel Weisz. que inclusive foi premiada com o Oscar na categoria naquele ano que foi até bem disputada. A personagem dela é a única que parece ter alma nessa história, a única que passa algum sentimento verdadeiro. O papel de Ralph Fiennes é todo baseado em um personagem que tem uma frieza fora do normal. O sujeito simplesmente não consegue passar nenhum calor humano. E como ele está em cena em praticamente todo o filme seu jeito de ser passa a incomodar. Com isso tudo o filme acabou me soando bem entediante. Tédio e frio, eis o resumo.
O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener, Inglaterra, Estados Unidos, 2005) Direção: Fernando Meirelles / Roteiro: Jeffrey Caine, baseado na obra de John le Carré / Elenco: Ralph Fiennes, Rachel Weisz, Danny Huston, Hubert Koundé / Sinopse: Um viúvo está determinado a descobrir um segredo potencialmente explosivo envolvendo o assassinato de sua esposa, um grande negócio e um caso de corrupção corporativa.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
Desobediência
Título no Brasil: Desobediência
Título Original: Disobedience
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Braven Films, Element Pictures
Direção: Sebastián Lelio
Roteiro: Sebastián Lelio, Rebecca Lenkiewicz
Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola, Nicholas Woodeson, David Fleeshman, Bernice Stegers
Sinopse:
Após a morte de seu pai, um rabino muito querido numa comunidade judaica de Londres, a fotógrafa Ronit Krushka (Rachel Weisz) decide voltar para sua antiga casa, com a intenção de participar das homenagens finais do pai falecido que não via há anos. E o retorno dela ao velho lar acaba criando um clima de constrangimento entre os religiosos da sinagoga. O passado dela era algo que todos gostariam de esquecer. Filme premiado no British Independent Film Awards.
Comentários:
Excelente filme produzido e atuado pela talentosa atriz Rachel Weisz. O tema é dos mais delicados, mostrando o choque que pode existir entre membros de uma comunidade de judeus ortodoxos e o passado da filha do rabino que acabou de falecer. Ele era muito querido por todos, mas ela sempre foi um problema pois desde muito cedo assumiu sua condição de lésbica. Quando ela volta para o funeral do pai tudo parece voltar. Pior do que isso, no passado ela teve um caso apaixonado com Esti Kuperman (Rachel McAdams) que agora está casada justamente com o novo rabino. Esti não é uma mulher feliz no casamento de fachada, pois no fundo continua apaixonada perdidamente pela personagem interpretada por Rachel Weisz. Imagine o clima tenso que se forma. Como resolver uma situação assim? Os religiosos judeus tendo que lidar com um caso tórrido de amor homossexual entre duas judias que sempre fizeram parte da comunidade. O roteiro é sutil e muito bem escrito, jamais adotando uma postura de desrespeito com a crença religiosa do povo judeu. Ao contrário disso apenas mostra que as pessoas são livres em suas escolhas, pois até mesmo nas antigas escrituras está escrito que Deus deu o livre-arbítrio para todos os seres humanos. Cada um deve escolher a melhor maneira de ser feliz em sua vida. Enfim, um filme britânico que está facilmente entre os melhores que assisti nesses últimos anos. Especialmente recomendado para o público LGBT.
Pablo Aluísio.
Título Original: Disobedience
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Braven Films, Element Pictures
Direção: Sebastián Lelio
Roteiro: Sebastián Lelio, Rebecca Lenkiewicz
Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola, Nicholas Woodeson, David Fleeshman, Bernice Stegers
Sinopse:
Após a morte de seu pai, um rabino muito querido numa comunidade judaica de Londres, a fotógrafa Ronit Krushka (Rachel Weisz) decide voltar para sua antiga casa, com a intenção de participar das homenagens finais do pai falecido que não via há anos. E o retorno dela ao velho lar acaba criando um clima de constrangimento entre os religiosos da sinagoga. O passado dela era algo que todos gostariam de esquecer. Filme premiado no British Independent Film Awards.
Comentários:
Excelente filme produzido e atuado pela talentosa atriz Rachel Weisz. O tema é dos mais delicados, mostrando o choque que pode existir entre membros de uma comunidade de judeus ortodoxos e o passado da filha do rabino que acabou de falecer. Ele era muito querido por todos, mas ela sempre foi um problema pois desde muito cedo assumiu sua condição de lésbica. Quando ela volta para o funeral do pai tudo parece voltar. Pior do que isso, no passado ela teve um caso apaixonado com Esti Kuperman (Rachel McAdams) que agora está casada justamente com o novo rabino. Esti não é uma mulher feliz no casamento de fachada, pois no fundo continua apaixonada perdidamente pela personagem interpretada por Rachel Weisz. Imagine o clima tenso que se forma. Como resolver uma situação assim? Os religiosos judeus tendo que lidar com um caso tórrido de amor homossexual entre duas judias que sempre fizeram parte da comunidade. O roteiro é sutil e muito bem escrito, jamais adotando uma postura de desrespeito com a crença religiosa do povo judeu. Ao contrário disso apenas mostra que as pessoas são livres em suas escolhas, pois até mesmo nas antigas escrituras está escrito que Deus deu o livre-arbítrio para todos os seres humanos. Cada um deve escolher a melhor maneira de ser feliz em sua vida. Enfim, um filme britânico que está facilmente entre os melhores que assisti nesses últimos anos. Especialmente recomendado para o público LGBT.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
360
Título no Brasil: 360
Título Original: 360
Ano de Produção: 2011
País: Inglaterra, França, Brasil
Estúdio: BBC Films
Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Peter Morgan
Elenco: Jude Law, Anthony Hopkins, Ben Foster, Maria Flor, Rachel Weisz, Vladimir Vdovichenkov
Sinopse:
Vários histórias, envolvendo pessoas diversas, das mais distantes partes do mundo, se entrelaçam, mostrando que cada uma delas está ligada às demais, mesmo que isso não seja tão aparente como muitos poderiam pensar. Filme indicado no London Film Festival na categoria de melhor direção (Fernando Meirelles).
Comentários:
Esse filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles me fez lembrar até mesmo dos filmes antigos de Robert Altman. A estrutura do roteiro segue a mesma linha. É no estilo mosaico, com vários personagens vivendo suas próprias vidas sem se darem conta que todos estão ligados entre si, de uma forma ou outra. Assim temos uma verdadeira galeria de personagens diferentes. Jude Law interpreta o executivo que mesmo casado com uma bela mulher, procura por encontros com prostitutas que encontrou na internet. Anthony Hopkins dá vida ao pai que embarca numa viagem da Inglaterra aos Estados Unidos em busca de sua filha desaparecida. A polícia de Phoenix encontrou um corpo carbonizado, não identificado de uma mulher inglesa que pode ser sua filha. Ele então parte para reconhecer o corpo. Ben Foster é o maníaco sexual que acabou de sair da cadeia, está voltando para casa e precisa de todas as formas conter seus impulsos criminosos. Além disso há um capanga da máfia russa que pensa em cair fora de seu "ramo de trabalho". Há ainda uma jovem brasileira, cansada das traições de seu namorado francês. Enfim, várias histórias circulando, todas interessantes. Um bom filme para quem aprecia esse tipo de roteiro mais fragmentado.
Pablo Aluísio.
Título Original: 360
Ano de Produção: 2011
País: Inglaterra, França, Brasil
Estúdio: BBC Films
Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Peter Morgan
Elenco: Jude Law, Anthony Hopkins, Ben Foster, Maria Flor, Rachel Weisz, Vladimir Vdovichenkov
Sinopse:
Vários histórias, envolvendo pessoas diversas, das mais distantes partes do mundo, se entrelaçam, mostrando que cada uma delas está ligada às demais, mesmo que isso não seja tão aparente como muitos poderiam pensar. Filme indicado no London Film Festival na categoria de melhor direção (Fernando Meirelles).
Comentários:
Esse filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles me fez lembrar até mesmo dos filmes antigos de Robert Altman. A estrutura do roteiro segue a mesma linha. É no estilo mosaico, com vários personagens vivendo suas próprias vidas sem se darem conta que todos estão ligados entre si, de uma forma ou outra. Assim temos uma verdadeira galeria de personagens diferentes. Jude Law interpreta o executivo que mesmo casado com uma bela mulher, procura por encontros com prostitutas que encontrou na internet. Anthony Hopkins dá vida ao pai que embarca numa viagem da Inglaterra aos Estados Unidos em busca de sua filha desaparecida. A polícia de Phoenix encontrou um corpo carbonizado, não identificado de uma mulher inglesa que pode ser sua filha. Ele então parte para reconhecer o corpo. Ben Foster é o maníaco sexual que acabou de sair da cadeia, está voltando para casa e precisa de todas as formas conter seus impulsos criminosos. Além disso há um capanga da máfia russa que pensa em cair fora de seu "ramo de trabalho". Há ainda uma jovem brasileira, cansada das traições de seu namorado francês. Enfim, várias histórias circulando, todas interessantes. Um bom filme para quem aprecia esse tipo de roteiro mais fragmentado.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
A Favorita
A Rainha Anne da Inglaterra só esteve no trono por cinco anos (de 1702 a 1707) e foi considerada pelos historiadores como uma monarca fraca, que não deixou herdeiros e que era muito manipulável pelas pessoas próximas a ela. Durante seu reinado surgiram rumores e fofocas entre os empregados do palácio de que ela na verdade era lésbica e tinha um caso amoroso com uma condessa chamada Lady Sarah (Rachel Weisz). Esses boatos nunca foram confirmados completamente, mas servem de ponto central nesse novo filme, "A Favorita".
Nele encontramos a Rainha Anne (Olivia Colman) em seus últimos anos, já doente e decadente. Ela é uma mulher medrosa, carente e de pouca cultura, a ponto de não conseguir tomar nenhuma decisão importante e nem compreender direito os assuntos do Estado. Com uma personalidade tão fraca acaba sendo dominada por sua "favorita", a própria Lady Sarah que praticamente passa a reinar em seu lugar, tomando todas as decisões do império, desde o aumento de impostos, passando também pelas celebrações de paz e guerra com nações europeias. Sua posição de destaque começa a ser colocada em perigo quando surge uma nova empregada no palácio chamada Abigail (Emma Stone). Bonita e ambiciosa, começa a flertar com a Rainha, tentando seduzi-la. A partir daí começam todas as intrigas palacianas, bem típicas desse tipo de filme de época.
O roteiro explora bem o abismo que pode surgir em determinadas monarquias quando as pessoas erradas acabam subindo ao trono. O diretor Yorgos Lanthimos se destaca por não ter construído um filme de visual clássico. Ao invés disso propõe grandes planos panorâmicos, tentando aproveitar todo o rico cenário onde a história de passa. Isso é interessante por dar um grau de profundidade ao espectador, mas também distorce as imagens em alguns momentos, causando um certo desconforto visual. Outro aspecto cinematográfico digno de nota é que o diretor muitas vezes flerta com o absurdo, seja mostrando certas danças esquisitas, seja em diálogos que vão quase ao nonsense. No final somos apresentados a um filme muito interessante, embora não historicamente tão correto. É um dos mais lembrados para o próximo Oscar. Será que as previsões vão se confirmar? Veremos nas próximas semanas.
A Favorita (The Favourite, Inglaterra, Estados Unidos, Irlanda, 2018) Direção: Yorgos Lanthimos / Roteiro: Deborah Davis, Tony McNamara / Elenco: Olivia Colman, Emma Stone, Rachel Weisz, James Smith / Sinopse: Duas mulheres, a nobre Lady Sarah (Rachel Weisz) e a empregada do palácio Abigail (Emma Stone), disputam a atenção da lésbica Rainha Anne (Olivia Colman). Poder e ambição se juntam na privacidade do trono inglês. Filme premiado pelo Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Olivia Colman).
Pablo Aluísio.
Nele encontramos a Rainha Anne (Olivia Colman) em seus últimos anos, já doente e decadente. Ela é uma mulher medrosa, carente e de pouca cultura, a ponto de não conseguir tomar nenhuma decisão importante e nem compreender direito os assuntos do Estado. Com uma personalidade tão fraca acaba sendo dominada por sua "favorita", a própria Lady Sarah que praticamente passa a reinar em seu lugar, tomando todas as decisões do império, desde o aumento de impostos, passando também pelas celebrações de paz e guerra com nações europeias. Sua posição de destaque começa a ser colocada em perigo quando surge uma nova empregada no palácio chamada Abigail (Emma Stone). Bonita e ambiciosa, começa a flertar com a Rainha, tentando seduzi-la. A partir daí começam todas as intrigas palacianas, bem típicas desse tipo de filme de época.
O roteiro explora bem o abismo que pode surgir em determinadas monarquias quando as pessoas erradas acabam subindo ao trono. O diretor Yorgos Lanthimos se destaca por não ter construído um filme de visual clássico. Ao invés disso propõe grandes planos panorâmicos, tentando aproveitar todo o rico cenário onde a história de passa. Isso é interessante por dar um grau de profundidade ao espectador, mas também distorce as imagens em alguns momentos, causando um certo desconforto visual. Outro aspecto cinematográfico digno de nota é que o diretor muitas vezes flerta com o absurdo, seja mostrando certas danças esquisitas, seja em diálogos que vão quase ao nonsense. No final somos apresentados a um filme muito interessante, embora não historicamente tão correto. É um dos mais lembrados para o próximo Oscar. Será que as previsões vão se confirmar? Veremos nas próximas semanas.
A Favorita (The Favourite, Inglaterra, Estados Unidos, Irlanda, 2018) Direção: Yorgos Lanthimos / Roteiro: Deborah Davis, Tony McNamara / Elenco: Olivia Colman, Emma Stone, Rachel Weisz, James Smith / Sinopse: Duas mulheres, a nobre Lady Sarah (Rachel Weisz) e a empregada do palácio Abigail (Emma Stone), disputam a atenção da lésbica Rainha Anne (Olivia Colman). Poder e ambição se juntam na privacidade do trono inglês. Filme premiado pelo Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Olivia Colman).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 2 de julho de 2018
Somente o Mar Sabe
Desconhecia totalmente a história que é baseada em fatos reais. Nos anos 60 um prêmio foi prometido ao primeiro navegador que conseguisse dar a volta ao mundo em um veleiro. Detalhe importante: o navegador teria que viajar completamente sozinho, sem o apoio de ninguém. Isso chama imediatamente a atenção de Donald Crowhurst (Colin Firth). Ele é inventor nas horas vagas e apesar de ter um pequeno barco sua experiência em alto-mar é zero. Mesmo assim ele resolve ir atrás de investidores para a aventura. Representando a Inglaterra, logo começa a colocar em prática seus planos. Ele mesmo desenha o projeto do veleiro e após alguns atrasos finalmente consegue colocar o barco no mar. Não há tempo a perder e no mesmo dia em que a embarcação fica pronta ele entra na competição.
O que mais me deixou surpreso nesse filme é que ele conta na verdade uma história que de certa maneira envergonha os ingleses em geral. Não vou soltar spoiler, mas o fato é que o personagem de Colin Firth passa longe de ser um herói da história britânica. No começo do filme você é levado a pensar que se trata de mais um daqueles heróis improváveis que vencendo todas as adversidades acaba fazendo um grande feito pessoal, mas não é nada disso. Embora retratado como bom pai de família, logo que se vê no meio do oceano começa a surgir nele uma personalidade mesquinha, trapaceira, que parece disposto a tudo para alcançar a fama. Conforme o tempo passa, ele também começa a demonstrar sinais de desequilíbrio mental, talvez e muito provavelmente, por ter ficado meses isolado no meio do oceano. Enfim, não é um filme para todos os públicos. Não há heroísmo e nem orgulho, mas apenas muita vergonha em cima de tudo o que aconteceu.
Somente o Mar Sabe (The Mercy, Inglaterra, 2018) Direção: James Marsh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Rachel Weisz, Colin Firth, David Thewlis / Sinopse: Um homem comum, bom pai de família, decide participar de uma competição de volta ao mundo em um veleiro. O navegador precisa viajar completamente sozinho pelo oceano, dar a volta ao mundo e voltar para a Inglaterra no menor tempo possível. O primeiro lugar receberá uma bela bolada em dinheiro. O problema é que a viagem acaba se tornando um desafio acima das possibilidades, levando o navegador solitário a tomar atitudes completamente desprezíveis sob o ponto de vista ético e moral.
Pablo Aluísio.
O que mais me deixou surpreso nesse filme é que ele conta na verdade uma história que de certa maneira envergonha os ingleses em geral. Não vou soltar spoiler, mas o fato é que o personagem de Colin Firth passa longe de ser um herói da história britânica. No começo do filme você é levado a pensar que se trata de mais um daqueles heróis improváveis que vencendo todas as adversidades acaba fazendo um grande feito pessoal, mas não é nada disso. Embora retratado como bom pai de família, logo que se vê no meio do oceano começa a surgir nele uma personalidade mesquinha, trapaceira, que parece disposto a tudo para alcançar a fama. Conforme o tempo passa, ele também começa a demonstrar sinais de desequilíbrio mental, talvez e muito provavelmente, por ter ficado meses isolado no meio do oceano. Enfim, não é um filme para todos os públicos. Não há heroísmo e nem orgulho, mas apenas muita vergonha em cima de tudo o que aconteceu.
Somente o Mar Sabe (The Mercy, Inglaterra, 2018) Direção: James Marsh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Rachel Weisz, Colin Firth, David Thewlis / Sinopse: Um homem comum, bom pai de família, decide participar de uma competição de volta ao mundo em um veleiro. O navegador precisa viajar completamente sozinho pelo oceano, dar a volta ao mundo e voltar para a Inglaterra no menor tempo possível. O primeiro lugar receberá uma bela bolada em dinheiro. O problema é que a viagem acaba se tornando um desafio acima das possibilidades, levando o navegador solitário a tomar atitudes completamente desprezíveis sob o ponto de vista ético e moral.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Alexandria
Esse filme se propõe a ser uma biografia para o cinema da filósofa, matemática e astrônoma Hipátia de Alexandria que teria vivido no século IV. Mulher extremamente culta e inteligente, acabou sendo atinginda por fatos que nem diziam respeito a ela pois não era religiosa. O que acontecia em Alexandria na época em que viveu é que havia uma ruptura violenta com o sistema de crenças, com o desaparecimento do paganismo da cultura romana e o surgimento do cristianismo. Para jogar ainda mais fogo na situação havia ainda a classe dos judeus, que batiam com ambas as religiões, criando um caldeirão de intolerância religiosa em todos os setores da sociedade.
Resgatar a figura de Hipátia é muito louvável no meu ponto de vista, mas é a tal coisa: faça um resgate honesto da história, não invente bobagens. Infelizmente o roteiro desse filme está cheio de erros históricos. Só para citar um deles, o pior de todos. No filme a famosa biblioteca de Alexandria é destruída por uma horda de cristãos fanáticos. Para a grande maioria dos historiadores isso jamais aconteceu. Os verdadeiros destruidores da biblioteca foram os árabes sob o comando do Califa Omar. Outro erro é colocar o templo de uma antiga divindade de Roma como parte da biblioteca. Eram duas construções diferentes, localizadas em lugares diversos de Alexandria. O roteiro assim me passa uma sensação de ser uma propaganda anticristã. Claro que houve abusos e erros na história do cristianismo, porém forçar a barra, criando algo que não existiu, me soa como desonestidade intelectual.
Outro ponto que estraga o filme como um todo é a tentativa de colocar Hipátia como uma mulher mais importante para a ciência do que realmente foi. Das obras dela que chegaram até nós temos uma ideia do trabalho que ela desenvolvia, principalmente nos campos da matemática e astronomia. A colocar como descobridora do sistema solar de Kepler, que só iria ser descoberto pela ciência mil anos depois da morte dela, soa bobo e infantil, principalmente para quem conhece a história da ciência. Então é isso. O filme peca pelos erros históricos absurdos e pela má fé que o roteiro tenta passar em todos os momentos. Sou da opinião de que se vai fazer um filme histórico o faça direito, respeitando os acontecimentos, não manipulando tudo em prol de sua própria ideologia.
Alexandria (Agora, Espanha, 2009) Direção: Alejandro Amenábar / Roteiro: Alejandro Amenábar, Mateo Gil / Elenco: Rachel Weisz, Max Minghella, Oscar Isaac / Sinopse: Biografia para o cinema de Hipátia de Alexandria , professora, astrônoma e matemática que viveu entre os séculos III e IV na cidade de Alexandria, onde desenvolvia seus estudos na famosa Biblioteca da cidade. Após conflitos religiosos envolvendo pagãos, cristãos e judeus, Hipátia acabou sendo envolvida numa teia de conspirações que iriam custar muito caro para sua vida.
Pablo Aluísio.
Resgatar a figura de Hipátia é muito louvável no meu ponto de vista, mas é a tal coisa: faça um resgate honesto da história, não invente bobagens. Infelizmente o roteiro desse filme está cheio de erros históricos. Só para citar um deles, o pior de todos. No filme a famosa biblioteca de Alexandria é destruída por uma horda de cristãos fanáticos. Para a grande maioria dos historiadores isso jamais aconteceu. Os verdadeiros destruidores da biblioteca foram os árabes sob o comando do Califa Omar. Outro erro é colocar o templo de uma antiga divindade de Roma como parte da biblioteca. Eram duas construções diferentes, localizadas em lugares diversos de Alexandria. O roteiro assim me passa uma sensação de ser uma propaganda anticristã. Claro que houve abusos e erros na história do cristianismo, porém forçar a barra, criando algo que não existiu, me soa como desonestidade intelectual.
Outro ponto que estraga o filme como um todo é a tentativa de colocar Hipátia como uma mulher mais importante para a ciência do que realmente foi. Das obras dela que chegaram até nós temos uma ideia do trabalho que ela desenvolvia, principalmente nos campos da matemática e astronomia. A colocar como descobridora do sistema solar de Kepler, que só iria ser descoberto pela ciência mil anos depois da morte dela, soa bobo e infantil, principalmente para quem conhece a história da ciência. Então é isso. O filme peca pelos erros históricos absurdos e pela má fé que o roteiro tenta passar em todos os momentos. Sou da opinião de que se vai fazer um filme histórico o faça direito, respeitando os acontecimentos, não manipulando tudo em prol de sua própria ideologia.
Alexandria (Agora, Espanha, 2009) Direção: Alejandro Amenábar / Roteiro: Alejandro Amenábar, Mateo Gil / Elenco: Rachel Weisz, Max Minghella, Oscar Isaac / Sinopse: Biografia para o cinema de Hipátia de Alexandria , professora, astrônoma e matemática que viveu entre os séculos III e IV na cidade de Alexandria, onde desenvolvia seus estudos na famosa Biblioteca da cidade. Após conflitos religiosos envolvendo pagãos, cristãos e judeus, Hipátia acabou sendo envolvida numa teia de conspirações que iriam custar muito caro para sua vida.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
A Luz Entre Oceanos
Um veterano da I Guerra Mundial, cansado de tudo, do que viu nos campos de batalha, resolve se isolar. Para isso nada melhor do que ir trabalhar no farol de uma ilha distante, onde apenas ele irá viver. No começo tudo dá certo, ele até mesmo se envolve com uma garota que mora numa cidade do continente e se casa com ela. Após dois abortos a esposa começa a literalmente surtar pelo isolamento e solidão e quando um barco chega à deriva na costa, trazendo um homem morto e um bebê sobrevivente, ela decide ficar com a criança como se fosse sua filha. O problema é que seu marido acaba descobrindo quem seria a verdadeira mãe da menina, trazendo um grande conflito ético para si.
Esse "A Luz Entre Oceanos" tem um roteiro realmente muito bom. Tudo vai se armando para no final surgir o grande problema pessoal de natureza ética para o personagem de Tom Sherbourne (Michael Fassbender). Quando o bebê surgiu vivo, à deriva no barco, na costa da ilha, ele decidiu tomar a decisão certa, avisando as autoridades locais, só que sua esposa Isabel (Alicia Vikander), arrasada por dois abortos, quis desesperadamente ficar com a criança. Para sua desgraça pessoal acabou cedendo aos desejos da mulher. Só depois descobre-se que a menina de cabelos loiros era mesmo a filha desaparecida de Hannah Roennfeldt (Rachel Weisz). Assim o argumento vai pela resolução da questão: entregar a filha para a verdadeira mãe ou deixá-la com sua esposa, que cria a menina como se fosse sua filha?
Um aspecto curioso é que a ilha onde está o farol é praticamente um personagem dentro da trama. Isolada, com uma costa linda, o lugar acaba servindo de palco para o desenrolar dos acontecimentos. Chamada de Janus, em homenagem ao deus da mitologia com duas faces, o lugar fica bem no meio de dois oceanos. Esse mesmo deus deu origem ao nome do mês de janeiro, justamente por ter dois rostos, um olhando para o ano que nasce e outro para o ano que se vai. O mesmo vale para a dualidade da situação central do roteiro, com uma filha sendo disputada por duas mulheres, a mãe real e a mãe que a salvou e a adotou. Um drama de época muito interessante, com uma excelente cena final. Recomendo sem reservas.
A Luz Entre Oceanos (The Light Between Oceans, Inglaterra, Estados Unidos, Nova Zelândia, 2016) Direção: Derek Cianfrance / Roteiro: Derek Cianfrance, baseado no romance escrito por M.L. Stedman / Elenco: Michael Fassbender, Alicia Vikander, Rachel Weisz / Sinopse: Uma criança, resgatada em um barco à deriva na costa de uma ilha isolada, é adotada informalmente pela esposa do faroleiro. Quando esse descobre a verdadeira identidade da mãe se cria uma situação delicada, envolvendo conflitos éticos e familiares. Filme indicado ao Leão de Ouro no Venice Film Festival na categoria de Melhor Filme.
Pablo Aluísio.
Esse "A Luz Entre Oceanos" tem um roteiro realmente muito bom. Tudo vai se armando para no final surgir o grande problema pessoal de natureza ética para o personagem de Tom Sherbourne (Michael Fassbender). Quando o bebê surgiu vivo, à deriva no barco, na costa da ilha, ele decidiu tomar a decisão certa, avisando as autoridades locais, só que sua esposa Isabel (Alicia Vikander), arrasada por dois abortos, quis desesperadamente ficar com a criança. Para sua desgraça pessoal acabou cedendo aos desejos da mulher. Só depois descobre-se que a menina de cabelos loiros era mesmo a filha desaparecida de Hannah Roennfeldt (Rachel Weisz). Assim o argumento vai pela resolução da questão: entregar a filha para a verdadeira mãe ou deixá-la com sua esposa, que cria a menina como se fosse sua filha?
Um aspecto curioso é que a ilha onde está o farol é praticamente um personagem dentro da trama. Isolada, com uma costa linda, o lugar acaba servindo de palco para o desenrolar dos acontecimentos. Chamada de Janus, em homenagem ao deus da mitologia com duas faces, o lugar fica bem no meio de dois oceanos. Esse mesmo deus deu origem ao nome do mês de janeiro, justamente por ter dois rostos, um olhando para o ano que nasce e outro para o ano que se vai. O mesmo vale para a dualidade da situação central do roteiro, com uma filha sendo disputada por duas mulheres, a mãe real e a mãe que a salvou e a adotou. Um drama de época muito interessante, com uma excelente cena final. Recomendo sem reservas.
A Luz Entre Oceanos (The Light Between Oceans, Inglaterra, Estados Unidos, Nova Zelândia, 2016) Direção: Derek Cianfrance / Roteiro: Derek Cianfrance, baseado no romance escrito por M.L. Stedman / Elenco: Michael Fassbender, Alicia Vikander, Rachel Weisz / Sinopse: Uma criança, resgatada em um barco à deriva na costa de uma ilha isolada, é adotada informalmente pela esposa do faroleiro. Quando esse descobre a verdadeira identidade da mãe se cria uma situação delicada, envolvendo conflitos éticos e familiares. Filme indicado ao Leão de Ouro no Venice Film Festival na categoria de Melhor Filme.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Minha Prima Raquel
Esse filme é um remake de um antigo clássico romântico lançado em 1952 e que tinha no elenco Olivia de Havilland e Richard Burton. A trama se passa na era vitoriana quando dois primos muito próximos são separados quando um deles é diagnosticado com tuberculose. Em busca de um lugar com clima mais ameno ele vai para uma região distante onde acaba conhecendo Rachel Ashley (Rachel Weisz), também sua prima de um outro ramo da família. Não demora muito e eles se casam, mas pelas cartas que envia ao seu primo as coisas não seguem muito bem. Em pouco tempo chega a notícia de sua morte. O primo sobrevivente, Philip (Sam Claflin), se convence que ele foi morto pela esposa, que estaia de olho em seus bens, mas será que essa suspeita teria base na realidade? Uma vez que ele não tem provas sobre isso...
Eu gosto de chamar esse tipo de narrativa de "trama Dom Casmurro", isso porque assim como aconteceu no famoso livro de Machado de Assis nunca ficamos sabendo da culpabilidade ou não da personagem principal. A Rachel dessa história em muito se assemelha a personagem Capitu de Machado de Assis. Ao longo de toda a estória você nunca saberá com certeza se ela é uma boa moça (isso levando-se em conta seu modo de ser e personalidade que aparenta ter) ou se ela é na realidade uma viúva negra, uma mulher sem escrúpulos, disposta a matar seu próprio marido para ficar com sua herança! O filme tem uma bela fotografia e aquela ambientação que já bem conhecemos, tudo remetendo ao charme da era vitoriana, com seus belos figurinos e cenários. Com um desenvolvimento bem próprio, mais ao estilo europeu de fazer cinema, essa nova versão não decepciona, mas também não inova em quase nada. Um velho problema que parece se repetir em todos os tipos de remakes cinematográficos.
Minha Prima Raquel (My Cousin Rachel, Inglaterra, Estados Unidos, 2017) Direção: Roger Michell / Roteiro: Roger Michell / Elenco: Rachel Weisz, Sam Claflin, Holliday Grainger / Sinopse: Baseado na novela romântica escrita por Daphne Du Maurier, esse filme conta a história da enigmática Rachel (Welsz), que tanto pode ser uma viúva em luto, como também uma assassina fria e inescrupulosa. O primo de seu falecido marido não consegue chegar a uma conclusão sobre isso. Pior, ele aos poucos começa a se apaixonar perdidamente por Rachel e seus encantos femininos. Filme premiado no Golden Trailer Awards.
Pablo Aluísio.
Eu gosto de chamar esse tipo de narrativa de "trama Dom Casmurro", isso porque assim como aconteceu no famoso livro de Machado de Assis nunca ficamos sabendo da culpabilidade ou não da personagem principal. A Rachel dessa história em muito se assemelha a personagem Capitu de Machado de Assis. Ao longo de toda a estória você nunca saberá com certeza se ela é uma boa moça (isso levando-se em conta seu modo de ser e personalidade que aparenta ter) ou se ela é na realidade uma viúva negra, uma mulher sem escrúpulos, disposta a matar seu próprio marido para ficar com sua herança! O filme tem uma bela fotografia e aquela ambientação que já bem conhecemos, tudo remetendo ao charme da era vitoriana, com seus belos figurinos e cenários. Com um desenvolvimento bem próprio, mais ao estilo europeu de fazer cinema, essa nova versão não decepciona, mas também não inova em quase nada. Um velho problema que parece se repetir em todos os tipos de remakes cinematográficos.
Minha Prima Raquel (My Cousin Rachel, Inglaterra, Estados Unidos, 2017) Direção: Roger Michell / Roteiro: Roger Michell / Elenco: Rachel Weisz, Sam Claflin, Holliday Grainger / Sinopse: Baseado na novela romântica escrita por Daphne Du Maurier, esse filme conta a história da enigmática Rachel (Welsz), que tanto pode ser uma viúva em luto, como também uma assassina fria e inescrupulosa. O primo de seu falecido marido não consegue chegar a uma conclusão sobre isso. Pior, ele aos poucos começa a se apaixonar perdidamente por Rachel e seus encantos femininos. Filme premiado no Golden Trailer Awards.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de julho de 2017
O Retorno da Múmia
Título no Brasil: O Retorno da Múmia
Título Original: The Mummy Returns
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, Dwayne Johnson, John Hannah, Aharon Ipalé, Alun Armstrong
Sinopse:
A múmia do antigo faraó Imhotep é levada do Egito para Londres. Exposto no museu, o velho corpo do monarca novamente se levanta de seu leito de morte milenar, começando uma nova onda de violência e terror. Caberá ao explorador e aventureiro Rick O'Connell (Fraser) eliminar essa nova ameaça.
Comentários:
Sequência de "A Múmia". Antes de qualquer coisa é importante explicar que esse não é obviamente o novo filme de Tom Cruise e nem tampouco o filme original, clássico do terror. Essa era uma outra franquia dos anos 90, uma tentativa da Universal em revitalizar os seus antigos monstros do passado (algo que a Universal quer fazer de novo agora, provando que o estúdio está há anos sofrendo de falta de novas ideias!). Pois bem, eu sempre vi esses filmes do Brendan Fraser como paródias ou galhofas que juntava tudo em um só pacote, com os antigos filmes servindo de inspiração para esse novo modelo, que tinha também uma nova roupagem tirada da série Indiana Jones. Claro que se no filme de Spielberg tudo era levado mais à sério, aqui logo se opta pelo humor. O personagem de Fraser é basicamente um bobão, embora com momentos de herói. Essa mistura sempre me incomodou. É tudo muito chatinho. Os efeitos especiais são ótimos, excelentes, mas também gratuitos. Vale como uma Sessão da Tarde muito, muito descompromissada. É um filme pipoca Made in Hollywood, com tudo de ruim e bom que isso venha a significar. Só lamento mesmo a presença da talentosa Rachel Weisz. Ela sempre foi uma ótima atriz... e aqui fica perdida em um filme com péssimo roteiro. Uma pena. Então é isso. No geral é um filme para se assistir e jogar fora, como um fast food qualquer, um copo de refrigerante ou o saco de pipoca que no final da sessão você deixa na lata de lixo.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Mummy Returns
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, Dwayne Johnson, John Hannah, Aharon Ipalé, Alun Armstrong
Sinopse:
A múmia do antigo faraó Imhotep é levada do Egito para Londres. Exposto no museu, o velho corpo do monarca novamente se levanta de seu leito de morte milenar, começando uma nova onda de violência e terror. Caberá ao explorador e aventureiro Rick O'Connell (Fraser) eliminar essa nova ameaça.
Comentários:
Sequência de "A Múmia". Antes de qualquer coisa é importante explicar que esse não é obviamente o novo filme de Tom Cruise e nem tampouco o filme original, clássico do terror. Essa era uma outra franquia dos anos 90, uma tentativa da Universal em revitalizar os seus antigos monstros do passado (algo que a Universal quer fazer de novo agora, provando que o estúdio está há anos sofrendo de falta de novas ideias!). Pois bem, eu sempre vi esses filmes do Brendan Fraser como paródias ou galhofas que juntava tudo em um só pacote, com os antigos filmes servindo de inspiração para esse novo modelo, que tinha também uma nova roupagem tirada da série Indiana Jones. Claro que se no filme de Spielberg tudo era levado mais à sério, aqui logo se opta pelo humor. O personagem de Fraser é basicamente um bobão, embora com momentos de herói. Essa mistura sempre me incomodou. É tudo muito chatinho. Os efeitos especiais são ótimos, excelentes, mas também gratuitos. Vale como uma Sessão da Tarde muito, muito descompromissada. É um filme pipoca Made in Hollywood, com tudo de ruim e bom que isso venha a significar. Só lamento mesmo a presença da talentosa Rachel Weisz. Ela sempre foi uma ótima atriz... e aqui fica perdida em um filme com péssimo roteiro. Uma pena. Então é isso. No geral é um filme para se assistir e jogar fora, como um fast food qualquer, um copo de refrigerante ou o saco de pipoca que no final da sessão você deixa na lata de lixo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de março de 2017
Desconhecida
A história do filme se passa toda em apenas uma noite. A bióloga e pesquisadora Alice Manning (Rachel Weisz) é convidada para o jantar de aniversário de Tom (Michael Shannon) por um amigo em comum. Ela então chega na festa, se socializa, conta parte de sua história pessoal em conversas agradáveis com os outros convidados e acaba se dando muito bem com todos os novos amigos que faz. O que ninguém desconfia nesse jantar é que Alice e Tom não estão na verdade se conhecendo naquela noite, pois eles possuem um passado, foram namorados há quinze anos, em um relacionamento complicado. Tom é casado e por isso finge estar conhecendo Alice apenas naquele momento. Ela também mantém a farsa, mas aos poucos tudo vai desmoronando.
"Desconhecida" é um filme bem interessante por causa de sua protagonista. A linha dorsal do roteiro a mostra indo até a festa de aniversário de um amor do passado. Quando eles se reencontram acontece aquela situação típica de "saia justa", pois ficam fingindo que nunca se viram antes. Alice também não é uma mulher comum. Desde que acabou o romance com o ex-namorado ela começou uma vida muito incomum. Assumindo diversas identidades diferentes ao longo dos anos ela foi se reinventando conforme as situações em sua vida foram mudando. Assim Alice foi artista de shows de mágica na China, enfermeira de Detroit, mulher de negócios, pesquisadora, uma série de profissões diferentes. Para seu ex-namorado Tom ela não passaria de uma mentirosa compulsiva, mas no final de tudo nada disso ainda importa pois ele ainda tem uma certa paixão por ela.
Como se trata de um filme de atuações e diálogos, o grande atrativo vem do elenco do filme. Rachel Weisz é uma atriz talentosa, já premiada com o Oscar por sua atuação em "O Jardineiro Fiel" de 2005. Aqui ele assumiu essa responsabilidade de representar uma mulher que na verdade são muitas. A tal "desconhecida" do título original não é apenas uma convidada numa festa de aniversário, mas uma pessoa com múltiplas personalidades, que ela vai trocando conforme lhe convém. Outro destaque do elenco é a presença do ator Michael Shannon. A primeira vez que Shannon me chamou a atenção foi na série "Boardwalk Empire", depois ele fez vários filmes como "Batman Vs Superman", "Animais Noturnos" e "Elvis e Nixon". É um ator muito talentoso, que ainda não teve o destaque que merecia. Em suma é isso. Um filme indicado para quem gosta de personagens diferentes, vivendo vidas singulares.
Desconhecida (Complete Unknown, Estados Unidos, 2016) Direção: Joshua Marston / Roteiro: Joshua Marston, Julian Sheppard / Elenco: Rachel Weisz, Michael Shannon, Erin Darke, Hansel Tan / Sinopse: Bióloga é convidada para um jantar de aniversário por um amigo, sem esse saber que ela na verdade teve um caso amoroso complicado com o aniversariante quinze anos atrás. Filme indicado ao Central Ohio Film Critics Association e ao Deauville Film Festival na categoria de Melhor Ator (Michael Shannon).
Pablo Aluísio.
"Desconhecida" é um filme bem interessante por causa de sua protagonista. A linha dorsal do roteiro a mostra indo até a festa de aniversário de um amor do passado. Quando eles se reencontram acontece aquela situação típica de "saia justa", pois ficam fingindo que nunca se viram antes. Alice também não é uma mulher comum. Desde que acabou o romance com o ex-namorado ela começou uma vida muito incomum. Assumindo diversas identidades diferentes ao longo dos anos ela foi se reinventando conforme as situações em sua vida foram mudando. Assim Alice foi artista de shows de mágica na China, enfermeira de Detroit, mulher de negócios, pesquisadora, uma série de profissões diferentes. Para seu ex-namorado Tom ela não passaria de uma mentirosa compulsiva, mas no final de tudo nada disso ainda importa pois ele ainda tem uma certa paixão por ela.
Como se trata de um filme de atuações e diálogos, o grande atrativo vem do elenco do filme. Rachel Weisz é uma atriz talentosa, já premiada com o Oscar por sua atuação em "O Jardineiro Fiel" de 2005. Aqui ele assumiu essa responsabilidade de representar uma mulher que na verdade são muitas. A tal "desconhecida" do título original não é apenas uma convidada numa festa de aniversário, mas uma pessoa com múltiplas personalidades, que ela vai trocando conforme lhe convém. Outro destaque do elenco é a presença do ator Michael Shannon. A primeira vez que Shannon me chamou a atenção foi na série "Boardwalk Empire", depois ele fez vários filmes como "Batman Vs Superman", "Animais Noturnos" e "Elvis e Nixon". É um ator muito talentoso, que ainda não teve o destaque que merecia. Em suma é isso. Um filme indicado para quem gosta de personagens diferentes, vivendo vidas singulares.
Desconhecida (Complete Unknown, Estados Unidos, 2016) Direção: Joshua Marston / Roteiro: Joshua Marston, Julian Sheppard / Elenco: Rachel Weisz, Michael Shannon, Erin Darke, Hansel Tan / Sinopse: Bióloga é convidada para um jantar de aniversário por um amigo, sem esse saber que ela na verdade teve um caso amoroso complicado com o aniversariante quinze anos atrás. Filme indicado ao Central Ohio Film Critics Association e ao Deauville Film Festival na categoria de Melhor Ator (Michael Shannon).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Negação
Título no Brasil: Negação
Título Original: Denial
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Mick Jackson
Roteiro: David Hare
Elenco: Rachel Weisz, Tom Wilkinson, Timothy Spall, Andrew Scott
Sinopse:
David Irving (Timothy Spall) é um revisionista histórico que afirma em seus livros que o ditador alemão Adolf Hitler jamais teria autorizado o extermínio de judeus em campos de concentração durante a II Guerra Mundial. Ao ser chamado de nazista e racista por uma historiadora americana, a Dra Deborah Lipstadt (Rachel Weisz), ele acaba levando a questão para os tribunais ingleses, onde começa uma disputa sobre a questão histórica do holocausto judeu. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme Britânico.
Comentários:
Assim que tomei conhecimento do tema desse filme já soube de antemão que seria bom ou pelo menos muito interessante. A história é baseada em fatos reais e mostra a batalha jurídica que se trava entre uma professora e historiadora americana e um revisionista inglês. Como se sabe existem aqueles que negam o holocausto, assim como outros que afirmam que Hitler não autorizou a chamada solução final, o assassinato em massa do povo judeu. No tribunal ambas as partes discutem uma lide subjetiva, que envolve calúnia e difamação, porém logo a imprensa britânica lança a ideia de que o que realmente estaria em julgamento era a existência real ou não do próprio holocausto (o que do ponto de vista jurídico não era verdade). É um drama de tribunal com um excelente pano de fundo histórico. Baseado no próprio livro da Dra Deborah Lipstadt o filme vai desvendando a desonestidade intelectual de David Irving, um sujeito que começou estudando a biografia de Hitler até se apaixonar pelo biografado, se tornando assim um insuspeito admirador do Nacional Socialismo Alemão (mais conhecida como a ideologia nazista). Chamado de nazista e racista pela professora americana ele a leva aos tribunais, a processando por difamação e calúnia, cabendo agora a ela demonstrar perante o juiz que ele é sim aquilo que ela afirmou. É a chamada exceção da verdade. O filme também é interessante para estudantes e profissionais do Direito, uma vez que mostra detalhes do funcionamento do ordenamento jurídico inglês, suas nuances processuais e jurisprudenciais. Tudo muito instrutivo. A produção é igualmente e especialmente indicada para aqueles que apenas procuram por um bom filme que explore essa luta intelectual entre historiadores tradicionais e revisionistas sobre a questão do holocausto. Há provas históricas realmente consistentes? O que aconteceu de fato nos campos de concentração? Havia mesmo câmeras de gás em Auschwitz? Questões como essas são tratadas nesse excelente roteiro. Está muito bem recomendado. Não deixe de assistir.
Pablo Aluísio.
Título Original: Denial
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Mick Jackson
Roteiro: David Hare
Elenco: Rachel Weisz, Tom Wilkinson, Timothy Spall, Andrew Scott
Sinopse:
David Irving (Timothy Spall) é um revisionista histórico que afirma em seus livros que o ditador alemão Adolf Hitler jamais teria autorizado o extermínio de judeus em campos de concentração durante a II Guerra Mundial. Ao ser chamado de nazista e racista por uma historiadora americana, a Dra Deborah Lipstadt (Rachel Weisz), ele acaba levando a questão para os tribunais ingleses, onde começa uma disputa sobre a questão histórica do holocausto judeu. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme Britânico.
Comentários:
Assim que tomei conhecimento do tema desse filme já soube de antemão que seria bom ou pelo menos muito interessante. A história é baseada em fatos reais e mostra a batalha jurídica que se trava entre uma professora e historiadora americana e um revisionista inglês. Como se sabe existem aqueles que negam o holocausto, assim como outros que afirmam que Hitler não autorizou a chamada solução final, o assassinato em massa do povo judeu. No tribunal ambas as partes discutem uma lide subjetiva, que envolve calúnia e difamação, porém logo a imprensa britânica lança a ideia de que o que realmente estaria em julgamento era a existência real ou não do próprio holocausto (o que do ponto de vista jurídico não era verdade). É um drama de tribunal com um excelente pano de fundo histórico. Baseado no próprio livro da Dra Deborah Lipstadt o filme vai desvendando a desonestidade intelectual de David Irving, um sujeito que começou estudando a biografia de Hitler até se apaixonar pelo biografado, se tornando assim um insuspeito admirador do Nacional Socialismo Alemão (mais conhecida como a ideologia nazista). Chamado de nazista e racista pela professora americana ele a leva aos tribunais, a processando por difamação e calúnia, cabendo agora a ela demonstrar perante o juiz que ele é sim aquilo que ela afirmou. É a chamada exceção da verdade. O filme também é interessante para estudantes e profissionais do Direito, uma vez que mostra detalhes do funcionamento do ordenamento jurídico inglês, suas nuances processuais e jurisprudenciais. Tudo muito instrutivo. A produção é igualmente e especialmente indicada para aqueles que apenas procuram por um bom filme que explore essa luta intelectual entre historiadores tradicionais e revisionistas sobre a questão do holocausto. Há provas históricas realmente consistentes? O que aconteceu de fato nos campos de concentração? Havia mesmo câmeras de gás em Auschwitz? Questões como essas são tratadas nesse excelente roteiro. Está muito bem recomendado. Não deixe de assistir.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
A Inveja Mata
Título no Brasil: A Inveja Mata
Título Original: Envy
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks Pictures.
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Steve Adams
Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Rachel Weisz
Sinopse:
A amizade de dois amigos começa a ficar conturbada quando um deles sobe na vida, faz sucesso, fica rico, enquanto o outro só afunda, dia após dia. A inveja, que mata, começa a nublar a antiga amizade sincera entre eles.
Comentários:
Uma comédia descartável, nada memorável. O elenco reúne dois humoristas que me cansaram há anos. Definitivamente não aguento mais Ben Stiller. Ele sempre repete o mesmo papel, a do carinha que tenta ser normal, mas que no fundo não passa de um tremendo panaca. Jack Black é bem menos chato, mas também tem tendência de ser exagerado e quando isso acontece, afunda qualquer filme. O que mais me intriga aqui é mesmo a presença da ótima atriz Rachel Weisz! O que essa atriz, tão profissional e talentosa, está fazendo nesse filmeco? Eu não sei, definitivamente não sei. Só sei que esse é seguramente o pior filme de sua rica filmografia. Pois é, ninguém é perfeito nesse mundo!
Pablo Aluísio.
Título Original: Envy
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks Pictures.
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Steve Adams
Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Rachel Weisz
Sinopse:
A amizade de dois amigos começa a ficar conturbada quando um deles sobe na vida, faz sucesso, fica rico, enquanto o outro só afunda, dia após dia. A inveja, que mata, começa a nublar a antiga amizade sincera entre eles.
Comentários:
Uma comédia descartável, nada memorável. O elenco reúne dois humoristas que me cansaram há anos. Definitivamente não aguento mais Ben Stiller. Ele sempre repete o mesmo papel, a do carinha que tenta ser normal, mas que no fundo não passa de um tremendo panaca. Jack Black é bem menos chato, mas também tem tendência de ser exagerado e quando isso acontece, afunda qualquer filme. O que mais me intriga aqui é mesmo a presença da ótima atriz Rachel Weisz! O que essa atriz, tão profissional e talentosa, está fazendo nesse filmeco? Eu não sei, definitivamente não sei. Só sei que esse é seguramente o pior filme de sua rica filmografia. Pois é, ninguém é perfeito nesse mundo!
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de outubro de 2015
A Múmia
Título no Brasil: A Múmia
Título Original: The Mummy
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers, Lloyd Fonvielle
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah
Sinopse:
Egito, 1923. Um grupo de pesquisadores e arqueólogos descobrem uma tumba que estava há mais de três mil anos enterrada sob as areias escaldantes do deserto. O que eles não sabem é que sarcófago guarda a múmia de Imhotep, um sacerdote amaldiçoado do Egito que deseja ganhar a vida novamente.
Comentários:
O primeiro filme era charmoso, um clássico dos anos 1930 que conquistava pelas boas ideias e direção de arte inspirada. Pois bem, o tempo passa, os filmes de Indiana Jones se tornam enormes sucessos de bilheteria e então o que era para ser o remake de um filme de terror virou um caldeirão de misturas, onde se tenta realizar uma aventura com o sabor de Indiana Jones e seres sobrenaturais, tudo amparado em uma overdose de efeitos digitais de última geração. E para completar o que já era bem equivocado ainda inventaram de escalar o ator fanfarrão Brendan Fraser para liderar o elenco. O resultado? Uma panqueca indigesta que certamente não agradou aos fãs de terror e nem muito menos os fãs veteranos do Dr. Indy. No geral o que temos aqui é uma tentativa de ganhar o público apenas pela proliferação de efeitos especiais e nada mais. O roteiro, atuação e argumento se tornam meros coadjuvantes. O pior é saber que a coisa toda, pois mais picareta que seja, conseguiu gerar uma bilheteria e tanto a ponto inclusive de dar origem a novos filmes! Todos aliás seguindo a mesma receita requentada. Durma-se com um barulho desses.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Mummy
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers, Lloyd Fonvielle
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah
Sinopse:
Egito, 1923. Um grupo de pesquisadores e arqueólogos descobrem uma tumba que estava há mais de três mil anos enterrada sob as areias escaldantes do deserto. O que eles não sabem é que sarcófago guarda a múmia de Imhotep, um sacerdote amaldiçoado do Egito que deseja ganhar a vida novamente.
Comentários:
O primeiro filme era charmoso, um clássico dos anos 1930 que conquistava pelas boas ideias e direção de arte inspirada. Pois bem, o tempo passa, os filmes de Indiana Jones se tornam enormes sucessos de bilheteria e então o que era para ser o remake de um filme de terror virou um caldeirão de misturas, onde se tenta realizar uma aventura com o sabor de Indiana Jones e seres sobrenaturais, tudo amparado em uma overdose de efeitos digitais de última geração. E para completar o que já era bem equivocado ainda inventaram de escalar o ator fanfarrão Brendan Fraser para liderar o elenco. O resultado? Uma panqueca indigesta que certamente não agradou aos fãs de terror e nem muito menos os fãs veteranos do Dr. Indy. No geral o que temos aqui é uma tentativa de ganhar o público apenas pela proliferação de efeitos especiais e nada mais. O roteiro, atuação e argumento se tornam meros coadjuvantes. O pior é saber que a coisa toda, pois mais picareta que seja, conseguiu gerar uma bilheteria e tanto a ponto inclusive de dar origem a novos filmes! Todos aliás seguindo a mesma receita requentada. Durma-se com um barulho desses.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Reação em Cadeia
Título no Brasil: Reação em Cadeia
Título Original: Chain Reaction
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Arne Schmidt, Rick Seaman
Elenco: Keanu Reeves, Morgan Freeman, Fred Ward, Rachel Weisz
Sinopse:
Pesquisas acabam descobrindo um excelente combustível, que não polui o meio ambiente e nem desgasta a natureza. Além disso pode ser retirado sem maiores custos e nem danos ambientais. Claro que algo assim logo desperta a atenção de grandes industriais, pois tal invenção pode tornar completamente obsoletos seus negócios milionários. Nesse jogo de interesses dois jovens pesquisadores acabam virando alvo de grupos criminosos.
Comentários:
Nos anos 1990 a tecnologia digital entrou de uma vez no cinema americana. De repente os estúdios entenderam que não havia mais limites para recriar nas telas qualquer tipo de situação ou universo próprio. Antes muitos roteiros eram arquivados por não haver tecnologia suficiente para tornar as situações concretas na tela. Com medo de ficarem ridículos os grandes estúdios simplesmente desistiam desses enredos. Isso porém mudou e muitos scripts foram desenterrados, como esse, que foi escrito ainda na época da guerra fria. Claro que foi necessário uma repaginada e atualização naquela velha estória, mas isso não era problema, o grande empecilho para sua realização era mesmo tornar as cenas verossímeis ao espectador. Assim que isso foi possível o filme foi realizado. Assistindo chegamos na conclusão que era melhor ele ter permanecido na gaveta mesmo. O enredo é quase surreal, meio sem pé e nem cabeça. Curiosamente contou com um bom elenco (O que diabos Morgan Freeman estava fazendo aqui mesmo?). Pena que no fritar dos ovos nada se salva, até porque é um projeto que só existe mesmo para explorar efeitos especiais digitais e nada mais. E nem precisa falar do inexpressivo canastrão Keanu Reeves, afinal de contas ele também está lá, só que não faz a menor diferença. Completamente obtuso.
Pablo Aluísio
Título Original: Chain Reaction
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Arne Schmidt, Rick Seaman
Elenco: Keanu Reeves, Morgan Freeman, Fred Ward, Rachel Weisz
Sinopse:
Pesquisas acabam descobrindo um excelente combustível, que não polui o meio ambiente e nem desgasta a natureza. Além disso pode ser retirado sem maiores custos e nem danos ambientais. Claro que algo assim logo desperta a atenção de grandes industriais, pois tal invenção pode tornar completamente obsoletos seus negócios milionários. Nesse jogo de interesses dois jovens pesquisadores acabam virando alvo de grupos criminosos.
Comentários:
Nos anos 1990 a tecnologia digital entrou de uma vez no cinema americana. De repente os estúdios entenderam que não havia mais limites para recriar nas telas qualquer tipo de situação ou universo próprio. Antes muitos roteiros eram arquivados por não haver tecnologia suficiente para tornar as situações concretas na tela. Com medo de ficarem ridículos os grandes estúdios simplesmente desistiam desses enredos. Isso porém mudou e muitos scripts foram desenterrados, como esse, que foi escrito ainda na época da guerra fria. Claro que foi necessário uma repaginada e atualização naquela velha estória, mas isso não era problema, o grande empecilho para sua realização era mesmo tornar as cenas verossímeis ao espectador. Assim que isso foi possível o filme foi realizado. Assistindo chegamos na conclusão que era melhor ele ter permanecido na gaveta mesmo. O enredo é quase surreal, meio sem pé e nem cabeça. Curiosamente contou com um bom elenco (O que diabos Morgan Freeman estava fazendo aqui mesmo?). Pena que no fritar dos ovos nada se salva, até porque é um projeto que só existe mesmo para explorar efeitos especiais digitais e nada mais. E nem precisa falar do inexpressivo canastrão Keanu Reeves, afinal de contas ele também está lá, só que não faz a menor diferença. Completamente obtuso.
Pablo Aluísio
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