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domingo, 8 de janeiro de 2023

A Última Chance

Título no Brasil: A Última Chance
Título Original: Last Dance
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: Steven Haft, Ron Koslow
Elenco: Sharon Stone, Rob Morrow, Randy Quaid, Peter Gallagher, Jack Thompson, Don Harvey

Sinopse:
Um advogado designado para o caso de clemência de uma mulher no corredor da morte começa a formar uma profunda amizade com ela enquanto tenta impedir sua execução iminente.

Comentários:
Parecia uma boa ideia colocar a atriz Sharon Stone em um papel como esse. Afinal, ela estava buscando mesmo o reconhecimento por seu trabalho como atriz dramática. A verdade, porém, é que havia muito preconceito contra ela na época e a crítica caiu em cima. Malharam sem razão e sem Piedade. Tudo bem, ela não estava excepcional no filme, mas também não fez um trabalho medíocre ou embaraçoso. Eu até gosto do filme para falar a verdade. Ela sabia que enfrentaria chumbo grosso e até pintou os cabelos com a tonalidade mais escura. Tudo para fugir da imagem de loira sexy. Apesar dos esforços, a imprensa na época tinha um claro antagonismo em relação a ela. Chegaram a dar para Sharon o "prêmio" do framboesa de ouro de pior atriz do ano. Esse fato, de certo modo, mostra como Hollywood às vezes funciona. Como ela vinha de uma imagem de símbolo sexual, não havia espaço para ele tentar outros tipos de personagem. Uma pena. O filme resiste até mesmo hoje em dia, sendo revisto. É um bom drama de prisão, tribunal e discussão sobre a pena de morte.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de agosto de 2021

E Estrelando Pancho Villa

Esse é um telefilme que até tem seus bons momentos, alguns bem bolados e divertidos, mas que de modo geral é bem esquecível. Qual é o enredo, a história contada? O revolucionário mexicano Pancho Villa (Antonio Banderas) precisa de recursos, fundos para financiar sua revolução popular. Além disso se mostra revoltado pela forma como a imprensa dos Estados Unidos o retrata, como um louco, um cão raivoso. Villa quer se visto como um grande homem, um herói do povo, um mito na história do seu pais. Os americanos porém só conseguem enxergar um mentiroso populista, um mercenário e um ignorante violento.

Para mudar sua imagem perante o povo norte-americano Pancho decide enviar emissários para Hollywood. Ele quer que produtores de cinema venham filmar seu progresso, sua vida, sua visão de mundo e, é claro, suas batalhas reais. O produtor D.W. Griffith (Colm Feore) se interessa pelo convite de Pancho e envia o diretor Frank Thayer (Eion Bailey) com uma equipe de filmagem para desenvolver um documentário sobre tudo o que está acontecendo no México. E os problemas só estão começando. Historicamente até interessante, esse filme não é lá grande coisa. Esse é o meu veredito final.

E Estrelando Pancho Villa (And Starring Pancho Villa as Himself, Estados Unidos, 2003) Direção: Bruce Beresford / Roteiro: Larry Gelbart / Elenco: Antonio Banderas, Eion Bailey, Alan Arkin / Sinopse: O revolucionário Pancho Villa decide convidar Hollywood para filmar sua vida e sua luta revolucionária contra o governo de seu país. E isso dá origem a um choque de cultura entre ele e os americanos que chegam para esse projeto no mínimo curioso.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Mulheres de Preto

Título no Brasil: Mulheres de Preto
Título Original: Ladies in Black
Ano de Produção: 2018
País: Austrália
Estúdio: Lumila Films
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: Sue Milliken
Elenco: Angourie Rice, Julia Ormond, Rachael Taylor, Ryan Corr, Alison McGirr, Noni Hazlehurst

Sinopse:
Aos 16 anos a jovem Lisa (Angourie Rice) arranja o primeiro emprego em uma grande loja de magazine em Sydney, na Austrália. Lá ela começa a aprender os segredos da venda de roupas femininas com as chamadas mulheres de preto, as funcionárias e atendentes da loja. E também começa a descobrir os segredos da vida adulta.

Comentários:
Filme muito agradável de assistir, com um bom elenco feminino de talentosas atrizes australianas. A história se passa na década de 1950, em um mundo que simplesmente não existe mais, com seus valores mais conservadores e tradicionalistas. A protagonista é uma adolescente que passa a trabalhar em uma grande loja de departamento, no setor de roupas femininas. As outras funcionárias são todas mulheres bem mais velhas, com seus próprios problemas pessoais e o roteiro explora cada personagem de forma muito satisfatória. É um filme, como se pode bem perceber, especialmente indicado para elas, para o público feminino, que esteja atrás de um bom filme sobre pessoas comuns da classe trabalhadora. Eu particularmente gostei muito do clima do filme, leve e como não poderia deixar de ser, com uma ótima trilha sonora cheia de sucessos dos anos 50. Tempo bom, de belas músicas e melodias. E como as mulheres daquela época eram bonitas, elegantes e refinadas. Um outro tempo, realmente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Um Canto de Esperança

Título no Brasil: Um Canto de Esperança
Título Original: Paradise Road
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: David Giles, Martin Meader
Elenco: Glenn Close, Frances McDormand, Pauline Collins, Cate Blanchett, Julianna Margulies, Pamela Rabe
  
Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Durante a II Guerra Mundial um grupo de mulheres americanas e europeias são aprisionadas por tropas japonesas na distante e isolada ilha de Sumatra. Para suportar a prisão - completamente injusta e sem razão de ser - elas usam a música para tornar seus dias menos miseráveis e torturantes. Filme premiado pela  Australian Cinematographers Society e Film Critics Circle of Australia Awards.

Comentários:
A II Guerra Mundial não foi apenas a guerra dos grandes acontecimentos, das grandes batalhas épicas. A guerra destruiu também a vida de milhões de pessoas comuns, que nada tinham a ver com o conflito armado. Um exemplo podemos conferir nesse filme onde várias mulheres são enviadas para uma prisão apenas por causa de suas nacionalidades. Os japoneses as aprisionam sem razão de ser, apenas por serem estrangeiras. As atrocidades japonesas durante a guerra impressionam, na China ocupada, por exemplo, as tropas japonesas promoviam estupros coletivos, massacres e chegavam ao requinte da crueldade de enterrar pessoas vivas, fora a tortura que era algo muito comum no cotidiano daqueles militares. Assim o roteiro dessa produção explora mais um crime de guerra dos japoneses, porém de uma forma mais sutil e com uma certa dose de diplomacia. Penso inclusive que o fato histórico real foi bem mais brutal do que vemos. De qualquer forma o ótimo elenco e a delicadeza de sua mensagem valem qualquer esforço. Um momento da II Guerra Mundial que segue esquecido, infelizmente.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Testemunha do Silêncio

Um garoto autista se torna a única testemunha de um duplo homicídio. Para tentar entrar na mente dele um terapeuta, Dr. Jake Rainer (Richard Dreyfuss), tenta revelar o que ele de fato teria visto, usando para isso uma metodologia pouco usual. Um bom thriller policial de suspense, com roteiro bem escrito. Eis o que temos aqui nesse "Testemunha do Silêncio". Como se sabe pessoas que sofrem de autismo não conseguem interagir completamente com outras, se isolando em um mundo particular no qual praticamente ninguém consegue entrar. Agora imagine um autista sendo a única testemunha de um crime hediondo. Como descobrir quem teria cometido o crime se apenas ele o viu? O bom elenco também segura a trama com competência.

Entre os atores, como não poderia deixar de ser, quem acaba se destacando mesmo é Richard Dreyfuss. De tempos em tempos Dreyfuss passeia em comédias levemente divertidas, mas aqui preferiu trabalhar em um papel mais sério e centrado. Acertou em cheio, até porque embora seja um comediante nato ele também convence plenamente nesse tipo de personagem por causa de sua imagem, que mais se parece com a de um intelectual judeu de Nova Iorque ou um professor universitário em fim de carreira. Pela boa direção o cineasta Bruce Beresford acabou sendo indicado no prestigiado Berlin International Film Festival, arrancando uma memorável indicação ao Urso de Ouro, um dos prêmios mais conceituados do velho continente. Um reconhecimento merecido que serviu para ressaltar ainda mais a qualidade cinematográfica do filme como um todo. /

Testemunha do Silêncio (Silent Fall, Estados Unidos, 1994) Direção: Bruce Beresford / Roteiro: Akiva Goldsman / Elenco: Richard Dreyfuss, Linda Hamilton, John Lithgow, Liv Tyler / Sinopse: Um thriller de suspense dos anos 1990, com ótimo elenco.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de junho de 2014

Rei Davi

Título no Brasil: Rei Davi
Título Original: King David
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: Andrew Birkin, James Costigan
Elenco: Richard Gere, Edward Woodward, Alice Krige

Sinopse:
Após vencer o terrível Golias, o jovem Davi (Richard Gere) se torna o novo Rei dos judeus. Durante sua vida (estima-se que tenha vivido entre 1040 a.C até 970 a.C) o monarca da antiguidade se torna um exemplo de rei forte mas piedoso e temeroso perante seu Deus. Baseado nos fatos narrados no Velho Testamento da Bíblia.

Comentários:
Imaginem o galã Richard Gere dando vida no cinema ao lendário Rei Davi de Israel. Pois é, foi justamente isso que a Paramount Pictures tentou transformar em sucesso em meados da década de 80. Nem precisa dizer que não deu muito certo. O roteiro escrito não agradou, nem aos judeus e nem aos cristãos. Houve várias críticas às licenças poéticas mostradas no enredo. Realizar filmes com personagens bíblicos sempre trazem problemas pois certamente algum líder de algum segmento religioso não gostará do resultado final. Em minha forma de ver o filme não é tão ruim como dizem. Certamente o texto não é tão religioso como alguns grupos queriam, priorizando mais o lado mais guerreiro e romântico do famoso monarca. Acredito que muitos religiosos criam sua própria visão do que seria Davi no velho testamento mas na realidade, olhando sob um ponto de vista puramente histórico, ele estaria mais próximo do que efetivamente aconteceu. Não é um grande épico e nem tem produção muito luxuosa mas não me desagradou. Penso que é um filme bem interessante no final das contas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Risco Duplo

Título no Brasil: Risco Duplo
Título Original: Double Jeopardy
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: David Weisberg, Douglas Cook
Elenco: Tommy Lee Jones, Ashley Judd, Bruce Campbell, Annabeth Gish, Bruce Greenwood
  
Sinopse:
Libby Parsons (Ashley Judd) acaba entrando em uma situação completamente surreal. Condenada por supostamente ter matado seu marido com um machado, ela é condenada a uma dura sentença. Libby não se lembra de nada, tudo o que consegue se lembrar é de acordar com as roupas cheias de sangue e uma arma na mão. Dentro da cadeia acaba descobrindo que foi vítima de uma grande farsa, envolvendo seu marido e sua melhor amiga. Agora ela tentará provar sua inocência ao mesmo tempo em que lutará para que os verdadeiros assassinos sejam presos.

Comentários:
O roteiro é bom, ideal para o espectador que gosta de tramas conspiratórias, com muitas reviravoltas surpreendentes. A questão é que a tal reviravolta que é um dos pilares da estória soa tão absurda e fantasiosa que isso tira um pouco da credibilidade do filme como um todo. Mesmo assim, com um pouco de boa vontade, o filme funciona como diversão ligeira. É curioso porque o diretor Bruce Beresford sempre foi muito prestigiado em Hollywood por seus excelentes dramas tais como "Conduzindo Miss Daisy" e "Uma Razão para o Amor" e aqui ele optou por algo bem diferente, um thriller policial envolvendo assassinatos e traições. No fim das contas quem salva o filme de sua inegável burocracia é o ator Tommy Lee Jones (sempre ele!). Jones com seu jeito sério, de sujeito durão, com poucos amigos, acaba se destacando justamente por trazer um pouco de credibilidade para um enredo que por si só não seria lá muito convincente. Sua presença e a sempre segura direção de Bruce Beresford se tornam assim os melhores motivos para conferir essa produção. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Conduzindo Miss Daisy

Quando "Conduzindo Miss Daisy" venceu o Oscar de Melhor Filme muitos ficaram surpresos. O filme era considerado o azarão daquele ano e conseguiu superar todos os favoritos. Produção pequena, mas muito charmosa, "Conduzindo Miss Daisy" mostrava a relação de amizade que se prolongava por muitos anos entre a senhora branca do título e seu chofer negro. O filme é cativante e trata a questão racial com extremo cuidado e bom gosto. O fato de ter vencido o Oscar não deveria ter surpreendido tantos assim. O problema do racismo, principalmente em Estados do Sul dos EUA, jamais foi superado de verdade, ainda é uma chaga aberta naquela sociedade. O roteiro ao mostrar uma amizade verdadeira entre um negro e uma branca tocou fundo novamente no problema, levando a simpatia dos membros da Academia, sempre dispostos a premiar filmes que tenham a coragem de tocar em assuntos polêmicos e relevantes. 

Esse também é um filme de atuações, acima de tudo. O roteiro se apóia quase que inteiramente entre a relação de amizade dos personagens interpretados por Morgan Freeman e Jessica Tandy. Ambos estão muito inspirados em cena, esbanjando talento e carisma. Para Jessica Tandy em particular a produção pode ser considerada uma justiça tardia feita em homenagem à longa carreira da atriz nos palcos e telas. Embora muito respeitada no meio teatral americano Jessica Tandy jamais conseguiu se tornar uma estrela de primeira grandeza no cinema, embora fosse mais talentosa que muitas delas. De certo modo foi uma atriz injustiçada pelo cinema ao longo de sua extensa carreira artística. O Oscar que recebeu por sua interpretação de Miss Daisy foi de certa forma um pedido de desculpas da indústria de cinema americano em relação a ela, por ter sido tão subestimada por tantos anos. Morgan Freeman também foi indicado mas não conseguiu levar o Oscar para casa. Idem Dan Aykroyd, um ator de comédias, que conseguiu pela primeira e única vez uma indicação ao prêmio. "Conduzindo Miss Daisy" acabou sendo indicado a nove prêmios e venceu quatro (Filme, Atriz, Roteiro Adaptado e Maquiagem). Também venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme e Melhor Atriz (Jessica Tandy). Com tanto reconhecimento não precisa mais de recomendação. Tudo é extremamente delicado e bem escrito. Mostra acima de tudo que basta um roteiro bem desenvolvido, bem trabalhado para realizar um belo filme, aqui no caso um pequeno belo filme, quase um poema cinematográfico. Merece ser redescoberto.  

Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy, Estados Unidos, 1989) Direção: Bruce Beresford / Roteiro: Alfred Uhry, baseado em sua própria peça teatral / Elenco: Jessica Tandy, Morgan Freeman, Dan Aykroyd, Patti LuPone, Esther Rolle / Sinopse: O filme retrata a longa amizade de uma senhora branca do sul dos EUA, Miss Daisy (Jessica Tandy), e seu chofer negro, Hoke Colburn (Morgan Freeman).  

Pablo Aluísio.