Mostrando postagens com marcador Cameron Crowe. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cameron Crowe. Mostrar todas as postagens

domingo, 21 de agosto de 2022

Sob o Mesmo Céu

O ator Bradley Cooper interpreta um ex militar que vai até o Havaí para defender os interesses de um bilionário que está investindo na indústria espacial. Ele, na realidade, precisa convencer um grupo de havaianos nativos que moram numa ilha distante a deixarem que ali seja instalada uma base de lançamento de foguetes. Na realidade o bilionário, que é interpretado de forma divertida por Bill Murray, está tentando lançar satélites com armas no espaço. E isso contraria a boa índole e a filosofia daquele povo. Esse filme é uma mistura de romance, com leve reflexão dramática, sobre um personagem que no passado foi um militar condecorado, mas que com o tempo caiu em desgraça. E ele precisa viver de alguma forma, indo trabalhar para esse bilionário sem muitos escrúpulos. 

O clima do filme é leve e o romance logo surge em primeiro plano em seu roteiro. Acontece que o personagem de Cooper acaba revendo a sua ex namorada, que mora no Havaí. Ela se casou com outro homem e tem dois filhos. E ele acaba reencontrando ela no aeroporto, por acaso, quando desce do avião. O clima, obviamente, fica meio estranho. Aquela tensão sexual que conhecemos bem. Outra personagem interessante desse filme é interpretada pela atriz Emma Stone, uma capitã da força aérea, um tipo robozinho, militarizada, sem muita espontaneidade no modo de agir. Tão caricata fica que se torna engraçada. E assim, se arma um triângulo amoroso entre o ex militar, a capitã e a namorada de seu passado. Um filme bom, leve, divertido, romântico. Que me agradou. Não é assim uma grande obra da sétima arte, mas como entretenimento de fim de semana funciona muito bem. Aloha!

Sob o Mesmo Céu (Aloha, Estados Unidos, 2015) Direção: Cameron Crowe / Roteiro: Cameron Crowe / Elenco: Bradley Cooper, Rachel McAdams, Emma Stone, Bill Murray, Alec Baldwin / Sinopse: Em uma paradisíaca ilha havaiana, um ex militar americano precisa decidir com quem vai se relacionar mais seriamente. Enquanto isso tenta ter autorização de um povo nativo para a instalação de uma base de lançamento de foguetes em suas terras

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de junho de 2014

Vanilla Sky

Título no Brasil: Vanilla Sky
Título Original: Vanilla Sky
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cameron Crowe
Roteiro: Alejandro Amenábar, Mateo Gil
Elenco: Tom Cruise, Penélope Cruz, Cameron Diaz

Sinopse:
David Aames (Tom Cruise) é um sujeito rico, bem sucedido, que coleciona namoradas, entre elas Sofia (Penélope Cruz) que tem um relacionamento amoroso com seu melhor amigo. Um mero detalhe para David. Seu estilo de vida mulherengo porém logo lhe trará muitos problemas. Uma ex-namorada obcecada por ele, a instável Julie (Cameron Diaz), acaba causando um terrível acidente que desfigura completamente o rosto de David. Após várias cirurgias para restaurar sua face ele começa a apresentar sintomas estranhos, com alucinações recorrentes.

Comentários:
Refilmagem do filme espanhol Abra Los Ojos de Alejandro Amenabar. O roteiro intrigante mostrava um personagem que após um acidente de carro ficava com o rosto deformado. Cruise assim passa quase o tempo todo em cena com uma estranha máscara. O enredo diferente não agradou muito aos fãs do ator que mesmo prestigiando a produção nas bilheterias não conseguiram gostar muito do resultado final. Nos bastidores Cruise se envolveu com a atriz Penelope Cruz após romper com sua esposa Nicole Kidman. Embora o filme não tenha tido a recepção que se esperava contou com um bônus mais do que especial: uma canção original de Paul McCartney composta exclusivamente para a produção. A música inclusive chegou a concorrer ao Oscar (também foi indicada na Globo de Ouro). Cruise tinha esperanças de ser indicado na categoria de Melhor Ator pela academia mas ficou a ver navios, apesar de seu trabalho ser considerado corajoso, afinal de contas não é todo dia que um ator que faz o estilo galã aceita interpretar um homem desfigurado e deformado.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quase Famosos

Título no Brasil: Quase Famosos
Título Original: Almost Famous
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, DreamWorks SKG
Direção: Cameron Crowe
Roteiro: Cameron Crowe
Elenco:  Billy Crudup, Frances McDormand, Kate Hudson, Philip Seymour Hoffman

Sinopse: Um garoto de apenas 15 anos realiza o sonho de qualquer jovem de sua idade: cobrir a excursão de uma banda de rock durante os anos 70. Contratado pela famosa revista Rolling Stone ele coloca o pé na estrada ao lado de músicos, empresários e tietes e vivencia na pele os loucos anos da história do rock americano.

Comentários:
Sim, faz bastante tempo, mas me lembro bem do lançamento desse "Almost Famous". Na época o filme foi mais do que badalado. Também pudera, o cineasta Cameron Crowe virou o queridinho da mídia e do jornalismo que se achava mais descolado. No auge do exagero chegaram a chamar Crowe de "gênio da nova geração". Como sou muito precavido desses arroubos da imprensa - sempre indo atrás da última modinha - resolvi esperar para crer. Não há como negar que " Quase Famosos" é um bom filme. O mesmo se aplica a "Jerry Maguire" e "Vida de Solteiro". O mesmo não se pode dizer porém de coisas como "Tudo Acontece em Elizabethtown" e "Compramos Um Zoológico". Trocando em miúdos: Crowe é um diretor interessante? Sim, claro. É um gênio da sétima arte? Não, faça-me o favor... Assim deixando as bobagens da mídia de lado vamos analisar o filme sem exageros. O roteiro é de fato acima da média (levemente inspirado na própria vida de Crowe) e o elenco como um todo está muito bem (com destaque para Frances McDormand, Kate Hudson e Philip Seymour Hoffman). Obviamente que quem gosta de Rock vai apreciar muito mais, afinal o filme passeia com desenvoltura dentro do cenário musical das bandas dos anos 70. Mas fora isso não há como qualificar "Quase Famosos" como excepcional ou obra prima. Assista, ignore as opiniões mais ufanistas e descabeladas e o mais importante de tudo, divirta-se sem maiores compromissos. Quer algo mais rock ´n´ roll do que isso?

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Jerry Maguire

Depois do grande sucesso de “Entrevista com o Vampiro”, o ator Tom Cruise entrou de cabeça em um projeto diferente. Um drama com ares de romance ambientando no competitivo mundo dos esportes, seus promotores e empresários. Dirigido pelo jovem cineasta Cameron Crowe e co-estrelada pela bonita atriz texana Renée Zellweger o filme acabou surpreendendo pelos bons números de bilheteria e pela ótima receptividade perante a crítica. O roteiro é uma alegoria sobre os sonhos de cada um e o desejo de torná-los realidade. A trama mostra a virada de vida de um agenciador de esportes bem sucedido, Jerry Maguire (Tom Cruise), que em determinado momento de sua vida começa a ter uma crise de consciência sobre o tratamento que é imposto aos atletas que sua agência tem como clientes. Ele resolve então escrever um manifesto bem idealista sobre esse aspecto e o distribui entre os demais empregados onde trabalha. O texto basicamente defendia a idéia de se valorizar mais o lado humano do atleta sem se importar tanto com a questão puramente financeira. Uma semana após ele é despedido pela agência por causa disso. Desempregado ele decide começar praticamente do nada, agenciando ele mesmo os desportistas. Infelizmente apenas um jogador de futebol americano, Rod (Cuba Gooding Jr), e a secretária Dorothy (Renée Zellwegger) resolvem acreditar em seu projeto.

Não deixa de ser curioso a existência de um roteiro desses, que mexe com o chamado capitalismo selvagem dos Estados Unidos. Em uma nação onde se valoriza ao extremo a riqueza material o texto ousava propor uma outra visão de vida, calcado muito mais na amizade e no lado mais humano das pessoas. Sua boa mensagem acabou encontrando receptividade. Após seu lançamento o filme foi ganhando cada vez mais prestígio e acabou chegando na noite do Oscar como um dos favoritos. “Jerry Maguire” foi indicado aos Oscars de Melhor Ator (Tom Cruise), Edição, Melhor Filme e Roteiro Original mas acabou vencendo apenas numa categoria improvável, a de Melhor Ator Coadjuvante (Cuba Gooding Jr). O prêmio acabou se transformando numa das maiores zebras da história da Academia pois premiava um ator praticamente desconhecido do grande público que a despeito de seu valor não mostrava grande atuação no filme. Cuba aliás foi acertado em cheio pela tal “maldição do Oscar” pois após esse filme não conseguiu mais manter uma carreira em um bom nível artístico, estrelando várias produções medíocres em sucessão (situação em que se encontra até os dias atuais). Já Tom Cruise ficou novamente de mãos abanando. Talvez Cruise seja bem sucedido demais ou antipatizado em demasia pelos demais membros da Academia mas o fato é que ele não consegue vencer o prêmio de melhor ator, ficando eternamente na fila. De um jeito ou outra fica a dica de Jerry Maguire, um filme que ousa criticar um dos pilares da mentalidade norte-americana onde primeiro vem o dinheiro e só depois o ser humano. 

Jerry Maguire (Jerry Maguire, Estados Unidos, 1996) Direção: Cameron Crowe / Roteiro: Cameron Crowe / Elenco: Tom Cruise, Cuba Gooding Jr., Renée Zellweger, Kelly Preston, Jerry O'Connel / Sinopse: Após perder o emprego por ser idealista demais um agenciador esportivo, Jerry Maguire (Tom Cruise) resolve seguir trabalhando de forma independente. Na realização de seu sonho porém só conta com o apoio de duas pessoas, uma secretária apaixonada por ele e um exótico jogador de futebol americano. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Ator de Comédia e Musical (Tom Cruise) e indicações nas categorias de Melhor Filme de Comédia e Musical e Ator Coadjuvante (Cuba Gooding Jr).
   
Pablo Aluísio.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Compramos um Zoológico

Jovem viúvo (Matt Damon) resolve comprar uma nova casa para ele e seus dois filhos, uma garotinha e um pré adolescente. Após pesquisar por vários imóveis escolhe uma bela casa com amplo terreno. O problema é que o local na realidade é um zoológico com tigres, ursos e animais diversos. O novo filme do diretor Cameron Crowe é uma produção família, bem desenvolvido, leve, soft, tipicamente um filme familiar que enobrece os laços de parentesco entre pais e filhos. Há uma pequena tensão entre Damon e seu primogênito mas nada que se torne pesado ou dramático demais. O filme tem dramas familiares contidos, nada que vá preocupar a quem quer apenas um passatempo divertido. Apesar disso também não é uma produção infantil. Nada de bichos falantes ou algo do tipo. Obviamente os animais estão todos lá, mas como meras peças do enredo. Matt Damon está bem adequado ao papel. Ele tem esse estilo boa praça e amigão e facilmente os espectadores criarão empatia com ele. Já Scarlett Johansson é apenas uma coadjuvante de luxo. Não tem uma presença marcante e também não mostra muita química com Damon no namorico que acontece no roteiro.

Esse é o filme mais singular de Cameron Crowe. Não existe nenhum traço mais autoral do diretor (que ficou conhecido em suas obras originais justamente por isso). Crowe apresenta apenas um daqueles chamados "filmes de estúdio" onde tudo já vem devidamente empacotado e pensado pelos executivos engravatados das grandes produtoras cabendo ao diretor apenas entregar o produto pronto e embalado. É uma produção típica para passar nos cinemas de shopping center - divertido sim mas sem maiores pretensões. Pelo menos esse aqui não aborrece no final das contas, dando para assistir sem maiores problemas.

Compramos um Zoológico (We Bought a Zoo, Estados Unidos, 2011) / Diretor: Cameron Crowe / Roteiro: Aline Brosh McKenna, Cameron Crowe, baseados na obra de Benjamin Mee / Elenco: Matt Damon, Scarlett Johansson, Elle Fanning, Patrick Fugit, Stephanie Szostak, Thomas Haden Church, Carla Gallo, Desi Lydic, John Michael Higgins / Sinopse: Benjamin Mee (Matt Damon) é um homem que, ao lado de sua família, encontra uma bela casa no interior, mas é surpreendido ao descobrir que o lugar é um zoológico abandonado. Assim, ele aceita o desafio e compra a casa, na esperança de restaurar a antiga glória do local.

Pablo Aluísio.