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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Os Pequenos Vestígios

Título no Brasil: Os Pequenos Vestígios 
Título Original: The Little Things
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: John Lee Hancock
Elenco: Denzel Washington, Rami Malek, Jared Leto

Sinopse:
Nesse filme o ator Denzel Washington interpreta um policial veterano que foi rebaixado em sua carreira. Ele atuava como detetive do departamento, no setor de homicídios, mas ultrapassou limites legais e éticos. De volta à mera função de policial comum, ele não consegue se desvencilhar do antigo caso que investigava e volta a se envolver na solução, na busca por um serial killer que está matando prostitutas em sua região. 

Comentários:
Realmente gostei do filme, mas fiquei com a clara sensação de que poderia ser muito melhor. Ele tem seu próprio ritmo narrativo e não parece estar muito apressado em contar sua história. Isso não é algo negativo, mas nos dias atuais vai ser encarado com lentidão narrativa.  Denzel Washington como sempre está ótimo, fazendo valer qualquer filme em que esteja no elenco, mas me incomodei um pouco com Rami Malek. Vamos ser sinceros, ele não tem pinta para interpretar policiais. Além disso fiquei com Freddie Mercury na cabeça durante o filme, estragando seu personagem. Coisa chata! Melhor se sai Jared Leto que tem um personagem dúbio para interpretar. Tanto pode ser realmente o assassino real como um mero boboca que de tanto ser fã de serial killers acabou atraindo a atenção do departamento de polícia. Então é isso. Um bom filme, que de certa forma perdeu parte de seu potencial. Ainda assim vale a pena assistir e conhecer. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Estrada Sem Lei

A história de Bonnie e Clyde já rendeu um clássico ao cinema. Estou me referindo a "Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas" (EUA, 1967) com Warren Beatty e Faye Dunaway. Uma obra-prima. Agora o canal Netflix resolveu contar a história dos policiais que deram fim ao casal criminoso mais famoso do século XX. Esse "The Highwaymen" conta basicamente o mesmo fato histórico, só que de um outro ponto de vista, focando nos policiais que foram atrás do casal pelas estradas americanas empoeiradas e desoladas do interior. Aqui se destacam dois personagens principais, dois veteranos, antigos membros do Texas Rangers, que unem forças para um último (e definitivo) serviço.

É uma caçada humana, com muitos momentos de tensão e violência. Obviamente que a capacidade de rastrear desses velhos homens da lei foi crucial nessa busca. Eles conseguiram antever os passos dos criminosos, chegando nas cidades antes mesmo deles irem para lá. Usando da máxima "Bandidos são como cavalos selvagens, sempre voltam para seu lar", eles utilizaram como bússola as cidades onde moravam parentes dos membros da quadrilha. Uma estratégia eficiente, que acabou dando muito certo. Em pouco tempo ficaram no rastro dos bandidos. O interessante desse roteiro é que a interação com Bonnie e Clyde é mínima, tal como se deu na vida real. Eles estão sempre presentes como alvo a ser alcançado pelos policiais, mas nunca como presença real. Apenas no momento final é que o caminho deles se cruzam de forma definitiva.

Por fim, tanbém não poderia deixar de elogiar os atores Kevin Costner e Woody Harrelson. Estão ótimos como os velhos Rangers. O papel de Kevin Costner me lembrou muito de "Os Intocáveis" quando interpretou o policial Eliot Ness. Foi ele quem prendeu o também famoso Al Capone. Tudo a ver com a grande era dos gângsters, do qual Bonnie e Clyde também fizeram parte.  Já Harrelson está em um momento maravilhoso na carreira, fazendo uma sucessão de bons filmes em série. Não poderia estar melhor no filme. Juntos eles fizeram o melhor filme com o selo Netflix que já assisti. Um excelente policial de época que poderia perfeitamente ter sido lançado no cinema, onde seguramente faria sucesso. Qualidade cinematográfica para isso certamente não lhe faltaria.

Estrada Sem Lei (The Highwaymen, Estados Unidos, 2019) Direção: John Lee Hancock / Roteiro: John Fusco / Elenco: Kevin Costner, Woody Harrelson, Kathy Bates, John Carroll Lynch / Sinopse: Durante a década de 1930 o casal de criminosos Bonnie e Clyde espalha terror pelo interior dos Estados Unidos, numa trajetória de crimes. Para localizar o casal a governadora do Texas decide contratar um velho Texas Ranger que ao lado de seu antigo parceiro ganha a estrada em busca do paradeiro dos criminosos. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

O Álamo

Título no Brasil: O Álamo
Título Original: The Alamo
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Leslie Bohem, Stephen Gaghan
Elenco: Dennis Quaid, Billy Bob Thornton, Jason Patric, Patrick Wilson, Emilio Echevarría

Sinopse:
Em San Antonio, no ano de 1836, um grupo de americanos encurralados no forte Álamo decide ficar e resistir ao enorme exército liderado pelo general mexicano Antonio Lopez de Santa Ana. Eles estão em menor número e com pouco armamento mas mesmo assim resolvem lutar com honra e bravura, uma atitude de coragem que entrou para a história do Texas.

Comentários:
Mais um remake, dessa vez do clássico filme dirigido por John Wayne. O enredo é o tradicional, já bem conhecido dos fãs de western em geral. Obviamente há todo aquele clima de ufanismo sempre presente quando levam essa história para as telas, pois afinal de contas esse é o tipo de enredo que exige uma certa postura de seus realizadores pois caso contrário podem mexer com um vespeiro, principalmente em relação aos texanos. Talvez por causa desse excessivo respeito esse novo filme sobre o Álamo tenha ficado muito burocrático, sem vida, sem impacto. Certo, a história é mostrada de forma muito correta, mas em minha forma de ver correção demais, sem espaço para uma visão mais original sobre tudo, só acaba rendendo muita chatice. Outro ponto que me deixou desapontado foi a escolha de certos atores para determinados personagens. Ok, gosto muito de Dennis Quaid, mas ele está muito mal na pele de Sam Houston (cujo nome batizaria a futura capital do Texas). Billy Bob Thornton como o famoso Davy Crockett também não me convenceu em nada. Aqui temos realmente um filme cujo medo de reações adversas acabou estragando o resultado final. Um pouquinho mais de ousadia cairia muito bem. Filme indicado ao Harry Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Fome de Poder

Dois irmãos do interior decidem fugir da pobreza e da falta de emprego onde moram e se mudam para San Bernardino na Califórnia. No começo eles se dão mal em uma série de pequenas empresas que não dão certo. Então decidem abrir uma lanchonete. Um deles resolve inovar no atendimento, criando um sistema rápido, onde o cliente não ficaria muito tempo esperando por seu lanche. A ideia acabou dando certo e eles denominaram seu empreendimento de McDonald's!

Apesar desse começo promissor os dois irmãos não vão muito longe. A lanchonete, embora muito eficiente, não consegue passar de ser uma pequena pequena empresa familiar onde eles tiram seu sustento. Tudo muda porém com a chegada de Ray Kroc (Michael Keaton). Ele é um vendedor de porta em porta que está tendo dificuldades de vender sua máquina de fazer milk shake. Ray fica impressionado com o método de venda dos irmãos McDonald's  e decide se unir a eles, criando uma rede de franquias que se tornaria mundial e elevaria a marca comercial McDonald's ao patamar de ser uma das maiores do mundo dos negócios.

O enredo desse filme, baseado em fatos reais, é extremamente interessante. É uma história que desconhecia. Não sabia, por exemplo, que a rede mundial de fast food McDonald's tinha tido um começo tão modesto. O roteiro então explora essa metamorfose de uma pequena lanchonete de dois irmãos caipiras a uma potência do ramo de alimentação. A figura central nessa jornada de sucesso absoluto no ramo comercial se deveu e muito a um sujeito meio inescrupuloso, ganancioso e muito esperto. O Ray Kroc interpretado por Michael Keaton é um achado, um dos personagens mais interessantes já explorados pelo cinema nesses últimos anos.

É óbvio que em muitos momentos percebemos um certo malabarismo do filme em tentar esconder as canalhices de Kroc, como por exemplo, quando ele começa a passar a perna nos irmãos McDonald's, mas isso se torna secundário diante das próprias qualidades do filme. A história começa a ser contada em 1954, quando Kroc teve um estalo de que poderia ganhar muito dinheiro com aquele sistema de vendas de comida fast food. Aliás essa expressão seria criada por ele. Um tipo de alimentação rápida, barata e gostosa. Claro que também nada saudável, o que criaria nos Estados Unidos (e no mundo) uma geração de pessoas obesas e doentes. Isso porém nem é discutido no roteiro. Para Kroc o que importava era mesmo os negócios e sob esse ponto de vista ele foi certamente um vencedor. Afinal de contas no mundo do capitalismo selvagem americano o que conta realmente são os lucros milionários, acima de tudo!

Fome de Poder (The Founder, Estados Unidos, 2016) Direção: John Lee Hancock / Roteiro: Robert D. Siegel / Elenco: Michael Keaton, Laura Dern, Patrick Wilson, Nick Offerman, John Carroll Lynch / Sinopse: Ray Kroc (Michael Keaton) é um vendedor de máquinas de milk shake que acaba conhecendo a lanchonete McDonald's, um pequeno estabelecimento comercial que vende lanches. De propriedade de dois irmãos do interior, Kroc então tem a excelente ideia de vender franquias daquele comércio, criando assim uma das maiores redes de alimentação de todo o mundo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Um Sonho Possível

Título no Brasil: Um Sonho Possível
Título Original: The Blind Side
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: John Lee Hancock, baseado no livro de Michael Lewis
Elenco: Sandra Bullock, Quinton Aaron, Tim McGraw

Sinopse:
Michael Oher (Quinton Aaron) é um jovem negro americano cujo lar é desfeito. Praticamente abandonado pelos pais, deixado ao relento, ele acaba encontrando apoio e segurança com uma família branca de sua cidade. Leigh Anne (Sandra Bullock) é uma dondoca sulista que acredita em seu potencial como jogador de futebol americano. Dando todo o apoio possível, com a ajuda do treinador de sua escola, Michael Oher começa finalmente a subir na vida, com a ajuda do esporte e de sua nova família. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Sandra Bullock). Filme vencedor do Globo de Ouro também na mesma categoria.

Comentários:
Sandra Bullock já fez muita abobrinha na carreira, mas pelo menos essa fita tem uma certa relevância. Seguindo uma política de ações afirmativas também dentro do cinema americano, temos aqui mais uma daquelas produções que valorizam histórias reais de negros que superaram as muitas adversidades para se tornarem pessoas bem sucedidas e realizadas em suas vidas. O enfoque gira em torno de Michael Oher (Quinton Aaron), um americano negro, que acaba sendo acolhido por uma família branca do sul dos Estados Unidos. Como se sabe o sul sempre foi tradicionalmente uma região de muito preconceito racial e social. Assim o roteiro procura mostrar a bem sucedida interação entre esses dois lados, que para muitos sulistas jamais deveriam ser misturados. A personagem de Sandra Bullock é uma típica dondoca sulista, mas com um diferencial importante, já que ela tem um grande coração. Seu trabalho é bom, ela consegue equilibrar o lado humano com uma certa comicidade, mas daí a ser premiada com o Oscar vai uma certa dose de exagero. E como se isso não bastasse o filme ainda arrancou uma improvável indicação ao Oscar de Melhor Filme, algo sem muito propósito e que talvez só se justifique pelo fato da academia tentar ser o mais politicamente correta possível. Mesmo assim, reconhecendo que o filme foi muito superestimado, indico. Vale pelas boas intenções, por alguns momentos realmente inspirados de Bullock e principalmente pela história, edificante e acolhedora.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Walt nos Bastidores de Mary Poppins

Título no Brasil: Walt nos Bastidores de Mary Poppins
Título Original: Saving Mr. Banks
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Kelly Marcel, Sue Smith
Elenco: Emma Thompson, Tom Hanks, Colin Farrell, Paul Giamatti, Annie Rose Buckley

Sinopse:
O filme narra as tentativas de Walt Disney (Tom Hanks) em levar para as telas o livro "Mary Poppins" da escritora P.L. Travers (Emma Thompson). Durante vinte anos Disney tentou em vão assinar um contrato com Travers para que ela cedesse os direitos autorais da obra. Até que finalmente convence a autora a ir até Los Angeles para conhecer seus estúdios, conversar com seus roteiristas e músicos, tudo com o objetivo de convencê-la a concordar com a adaptação. Assim que Disney conhece Travers pessoalmente descobre que isso definitivamente não será nada fácil!

Comentários:
Um primor de filme, assim de forma singela poderia definir esse "Saving Mr. Banks" (que ganhou o péssimo título no Brasil de "Walt nos Bastidores de Mary Poppins"). A película é especialmente indicada para cinéfilos que adoram a história do cinema e seus personagens marcantes. Walt Disney ganhou uma interpretação tão terna e carinhosa de Tom Hanks que certamente ele merecia mais uma indicação ao Oscar por esse filme. O Disney de Hanks é certamente um empresário astuto e com faro para os negócios mas também é um homem muito humano, que entende muito bem a complexidade dos sentimentos e da alma da escritora de Mary Poppins. Por falar nela foi um prazer reencontrar Emma Thompson mais uma vez em um papel realmente marcante. A atriz que havia despontado em grandes interpretações vinha com a carreira em banho-maria mas agora ressurge novamente nas telas em grande estilo. Seu trabalho é digno de aplausos, sem favor nenhum.

O roteiro explora duas linhas narrativas de forma brilhante. Na primeira acompanhamos a mal humorada, ranzinza e durona P.L. Travers (Emma Thompson) em sua viagem a Los Angeles. Assim que chega começa logo a se indispor com todos dos estúdios Disney. Nada parece lhe agradar. O fato de Mary Poppins se transformar em um musical lhe dá arrepios e qualquer tentativa de Disney em inserir cenas de animação no filme é plenamente rejeitada por ela. Mas Walt não está disposto a desistir da produção pois é uma promessa que fez há vinte anos para suas filhas. O duelo entre Disney e Travers rende ótimos momentos. A cena quando se encontram e relembram aspectos de seus passados sofridos é brilhante, digna de qualquer premiação da Academia. A lição de que devemos encerrar certos momentos tristes em nossas vidas bate fundo na alma.

A segunda linha narrativa também é excelente. Nela encontramos P.L. Travers em sua infância, ainda garotinha na Austrália. Seu pai é uma pessoa maravilhosa, muito imaginativa, que adora contar estorinhas de bruxas e dragões para as filhas. Apesar de sempre ser um sujeito sorridente e amigo ele também tem seus próprios fantasmas, como um sério problema com alcoolismo. Frustrado por ser um bancário (uma função burocrática e muito aborrecida para alguém com sua alma imaginativa) ele começa a decair cada vez mais e mais. O pai de Travers é interpretado por Colin Farrell que também está irrepreensível. Nessa segunda linha narrativa descobrimos as origens da personagem Mary Poppins e os traumas que ficaram para a vida toda na alma da escritora. Enfim, é de fato uma pequena obra prima, muito sutil e sentimental que certamente agradará aos cinéfilos que amam a sétima arte e seus deliciosos bastidores. Imperdível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Desafio do Destino

Título no Brasil: Desafio do Destino
Título Original: The Rookie
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Mike Rich
Elenco: Dennis Quaid, J.D. Evermore, Rachel Griffiths, Angus T. Jones, Brian Cox, Rick Gonzalez

Sinopse:
Jimmy Morris (Dennis Quaid) é um treinador de beisebol disposto a tudo para fazer sua equipe de jovens se tornar campeã pela primeira vez. Para isso ele também terá que se superar, superando velhos traumas de seu passado como jogador. 

Comentários:

OK, o público brasileiro definitivamente não gosta de filmes sobre beisebol. É um esporte praticamente desconhecido em suas regras para o nosso país. Porém sempre percebi que o esporte, apesar de ser importante nesses filmes, muitas vezes serve apenas de apoio para se contar uma boa história. É o que acontece aqui, nessa produção da Disney. O protagonista é um treinador de beisebol novato na profissão que chega para treinar sua primeira equipe. No passado ele foi jogador, mas encarou grandes frustrações pessoais. Agora ele tenta superar os traumas do passado, ao mesmo tempo em que tenta também se realizar naqueles jovens que treina. É um bonito filme, com bela fotografia e aquela lição de moral no final para levantar o ânimo das pessoas. Pense bem, um roteiro desses, trazendo uma boa mensagem, já justifica a existência do filme. Além disso tem o Dennis Quaid no elenco, um ator de que sempre gostei, desde os distantes tempos de filmes como "Viagem Insólita". Pois é, ele continua na ativa, fazendo bons filmes, mesmo que muitos deles não fiquem muito conhecidos no Brasil.

Pablo Aluísio.