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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

As Duas Faces de um Crime

Título no Brasil: As Duas Faces de um Crime
Título Original: Primal Fear
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Gregory Hoblit
Roteiro: Steve Shagan
Elenco: Richard Gere, Edward Norton, Laura Linney, John Mahoney, Alfre Woodard, Frances McDormand

Sinopse:
O advogado Martin Vail (Richard Gere) aceita defender um jovem acusado de ter matado o arcebispo da cidade de Chigado, um caso escandaloso que abala as estruturas da comunidade. Será ele um inocente acusado injustamente ou um psicopata frio que usa os meandros da lei para sair impune da justiça?  Filme indicado ao BAFTA Awards, ao Oscar e ao Globo de Ouro.

Comentários:
Ótimo drama de tribunal. O ator Edward Norton foi indicado ao Oscar por sua atuação e acabou sendo premiado com o Globo de Ouro pelo filme. Aliás um dos aspectos mais claros dessa produção vem justamente do trabalho de Edward Norton. Ele roubou todas as atenções, deixando o galã Richard Gere em segundo plano, embora ele fosse o protagonista do filme, interpretando esse advogado criminalista muito charmoso e cheio de classe. Embora seja um filme que agrada a todos os tipos de públicos, esse é bem mais recomendado para os profissionais da área jurídica. Isso porque o roteiro (que foi baseado no livro escrito por William Diehl) explora os diversos caminhos legais que um advogado inteligente e sagaz pode percorrer para livrar seu cliente de uma pena pesada. E tudo leva para um final, um desfecho, que considerei muito bem elaborado. Vai ser perturbador para alguns, mas no meu caso achei tudo extremamente coerente com a história como um todo. Enfim, ótimo filme, gostei bastante.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A Guerra de Hart

Esse filme foi uma pausa para Bruce Willis. Ele deu um tempo nos filmes de ação ao estilo pura porrada, para estrelar algo mais sofisticado, com um roteiro melhor, mais intelectualizado. Ele interpreta um Coronel americano em um campo de prisioneiros dos alemães durante a II Guerra Mundial. Quando um militar negro é acusado de assassinato de um colega de farda ele passa a desempenhar o papel de advogado desse sujeito. Ele não é um advogado de fato, quando a guerra explodiu era apenas um estudante do 2º ano de Direito, mas acaba aceitando o encargo. Bruce Willis então deixa as interpretações fáceis de sua carreira de lado para encarar um papel mais complexo, mais bem construído. O fato de tudo se passar na guerra torna ainda mais interessante o filme como um todo.

"Hart's War" como se vê parte de uma boa premissa, um enredo interessante. Tem um bom elenco de apoio que conta, dentre outros, com um jovem Colin Farrell, ainda no começo da carreira e tentando se encontrar na profissão de ator. Dito isso também encontramos problemas. Um tribunal do jurí, mesmo feito nas circunstâncias do filme, em uma situação excepcional e fora do comum, jamais poderia ser encarado como algo que estivesse sob controle de um estudante de Direito de segundo ano. É inverossímil. Não haveria conhecimento jurídico para entrar numa situação dessas, seria mesmo um desastre. De qualquer maneira se você conseguir ignorar essa falha de lógica pode ser que ainda vá se divertir. Interessante lembrar também que não foram poucos os que acusaram o filme na época de seu lançamento de ser lento e em muitos aspectos chato. Quem diria que um dia alguém iria reclamar de lentidão em um filme estrelado por Bruce Willis, o rei da metralhadora dos filmes de ação...

A Guerra de Hart (Hart's War, Estados Unidos, 2002) Direção: Gregory Hoblit / Roteiro: Billy Ray, baseado na novela escrita por John Katzenbach / Elenco: Bruce Willis, Colin Farrell, Terrence Howard / Sinopse: O Coronel William A. McNamara (Bruce Willis), um militar de formação ainda muito restrita de Direito, acaba aceitando a incumbência de defender um jovem negro acusado de assassinato. Filme premiado no Shanghai International Film Festival na categoria de Melhor Ator (Colin Farrell).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Alta Frequência

Nesse gênero de ficção científica você vai encontrar muitos roteiros bizarros, estranhos. Afinal é um tipo de filme em que a fantasia realmente não encontra barreiras. Essa fita estrelada por Dennis Quaid sempre foi uma das mais estapafúrdias - mesmo que você tente embarcar na trama, baseada em teorias de física que de certa maneira não se sustentam na tela. Veja só que estória esquisita: Pai e filho, vivendo em épocas diferentes (com 30 anos de diferença entre um e outro) conseguem se comunicar através de ondas de rádio! Isso mesmo. O pai começa a entrar em contato com seu filho no futuro, 30 anos depois! Como isso seria possível? O roteiro não explica. Apenas deixa claro que é uma trama legal demais para ignorar? Será mesmo?

Como era de se esperar o filho vai tentar de todas as formas salvar a vida do pai no passado, afinal como ele vive no futuro ele sabe tudo o que acontecerá na vida de seu pai. Coisas estranhas então começam a acontecer. Ora, se você assistiu a "De Volta Para o Futuro" já sabe muito bem que mudar os rumos dos acontecimentos da história pode abrir um buraco espaço temporal que provavelmente irá colapsar o próprio tempo... Pois é, pense no universo como você conhece entrando em contradição consigo mesmo, ocasionando o caos completo e irreversível. Apesar do tom Sci-fi nada convencional o filme até fez um relativo sucesso, mas os produtores não quiseram o transformar em uma trilogia ao estilo dos filmes de Robert Zemeckis. E hoje, passados tantos anos, podemos dizer que foi uma decisão acertada. Esqueça isso. Apenas sintonize o canal de rádio mais próximo e solte a imaginação.

Alta Frequência (Frequency, Estados Unidos, 2000) Direção: Gregory Hoblit / Roteiro: Toby Emmerich / Elenco: Dennis Quaid, Jim Caviezel, Shawn Doyle / Sinopse: Pai e filho entram em contato através de ondas de rádio, mesmo estando em tempos diferentes, vivendo em épocas diversas, com 30 anos de diferença entre eles. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música ("When You Come Back to Me Again" de Garth Brooks).

Pablo Aluísio.