quinta-feira, 18 de abril de 2024
Não Tenho Troco
domingo, 8 de janeiro de 2023
A Última Chance
quarta-feira, 2 de junho de 2021
A Aparição
Título Original: The Wraith
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: New Century Entertainment
Direção: Mike Marvin
Roteiro: Mike Marvin
Elenco: Charlie Sheen, Nick Cassavetes, Sherilyn Fenn, Randy Quaid, Matthew Barry, David Sherrill
Sinopse:
Depois que um jovem é assassinado por uma gangue de motoqueiros, um misterioso espírito, um fantasma, uma aparição, de origem desconhecida, desce dos céus para se vingar. E ele está disposto a enfrentar todos os vilões em possantes corridas de carros velozes pelas estradas desertas.
Comentários:
É complicado entender como certos filmes B caem nas graças do público. Esse é o caso desse "A Aparição", filme que fez sucesso nos anos 80, mesmo tendo um roteiro sem pé e nem cabeça e um elenco de jovens atores que não diziam muita coisa. Lançado em VHS naquela década se tornou um inesperado sucesso nas locadoras de vídeo. E o mais incrível de tudo é que havia pouca coisa a se apreciar. O roteiro era mero pretexto para cenas de ação, com o estranho protagonista dirigindo um carrão negro e futurista pelas estradas da Califórnia. Claramente uma derivação de "Mad Max" mas sem o cenário de pós-apocalipse como pano de fundo. Charlie Sheen, com cara de malvadão, pouco convenceu. Melhor mesmo era apreciar a beleza da atriz Sherilyn Fenn, ainda adolescente e bronzeada de praia. Foi uma das jovens atrizes mais bonitas dos anos 80, sem dúvida alguma.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 22 de abril de 2021
A Última Missão
Título Original: The Last Detail
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Hal Ashby
Roteiro: Robert Towne, Darryl Ponicsan
Elenco: Jack Nicholson, Randy Quaid, Otis Young, Clifton James, Carol Kane, Michael Moriarty
Sinopse:
Dois marujos da Marinha são obrigados a trazer um jovem infrator para a prisão, mas decidem mostrar-lhe uma última boa oportunidade ao longo do caminho. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Jack Nicholson), melhor ator coadjuvante (Randy Quaid) e melhor roteiro adaptado (Robert Towne).
Comentários:
Apesar de ter sido indicado em três categorias ao Oscar, esse filme segue sendo pouco conhecido, até mesmo pelos fãs do trabalho de Jack Nicholson. Foi um de seus primeiros sucessos na carreira, em um ponto de sua vida que ele ainda não era um dos grandes nomes de Hollywood. O filme tem uma linha de bom humor, mas não pode ser considerado uma comédia. Essa premissa de jovens marujos e irresponsáveis desfrutando de uma Nova Iorque deslumbrante já havia sido usada pelo cinema antes. A maior referência vem de um velho filme com Frank Sinatra e Gene Kelly chamado "Um Dia em Nova Iorque". Só que esse clássico era um musical, cheio de canções e danças e esse filme dos anos 70 com Jack Nicholson era puro deboche e cinismo. Tempos diferentes, épocas diversas, exigindo mesmo novas abordagens. De qualquer maneira esse "A Última Missão" não deixa de ser mais uma amostra do grande talento do bom e velho Jack Nicholson.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
Cavalgada dos Proscritos
Em 1980 chegou aos cinemas esse bom western intitulado "Cavalgada dos Proscritos". Na história o famoso criminoso do velho oeste Jesse James (James Keach) e seu irmão Frank James (Stacy Keach) resolvem formar um bando de assaltantes de bancos e trens no Missouri do século XIX, poucos meses depois do fim da guerra civil. Ao lado dos irmãos Youngers eles colocam as pequenas cidades do oeste em pavorosa. Para enfrentá-los a agência de investigação Pinkerton envia seus melhores homens. Esse é mais um filme enfocando a lendária figura do fora da lei Jesse James (1847 - 1882). O roteiro procura inovar bastante na forma como conta essa história. Assim ao invés de focar exclusivamente na figura de Jesse James, o texto procura também desenvolver os outros homens de seu bando, em especial os irmãos Youngers, que cavalgaram por muitos anos ao lado de Jesse.
Há três grandes cenas nessa produção que merecem menção. A primeira quando o grupo fica encurralado numa casinha de madeira no pé da montanha. Cercados pelos Pinkertons eles precisam descer um desfiladeiro em debandada debaixo de uma chuva de tiros. Outra cena muito boa é o tiroteio final ocorrido nas ruas de uma cidadezinha de Minnesota. Nessa sequência em particular o estilo do diretor Walter Hill homenageia o grande Sam Peckinpah ao filmar tudo em câmera lenta, mostrando todos os mínimos detalhes da violência do confronto entre bandidos e policiais. Por fim há a cena que abre a história. Nesse momento o que é valorizado é a tensão pois o grupo está em um banco, cercado por homens da lei do lado de fora. Curiosamente o bando de Jesse James é formado por três grupos de irmãos no elenco, os Carradines (David, Keith e Robert), os Quaids (Dennis e Randy) e os Keachs (James e Stacy), tudo contribuindo para o excelente resultado final desse western que é certamente muito recomendado para os fãs do gênero.
Cavalgada dos Proscritos (The Long Riders, Estados Unidos, 1980) Estúdio: United Artists, MGM / Direção: Walter Hill / Roteiro: Bill Bryden, Steven Smith / Elenco: David Carradine, Stacy Keach, Dennis Quaid, Keith Carradine, Robert Carradine, James Keach, Stacy Keach, Randy Quaid, Nicholas Guest / Sinopse: No velho oeste americano o criminoso e pistoleiro Jesse James decide formar uma quadrilha especializada em roubos a bancos e ferrovias. Assim que os primeiros crimes são cometidos, um grupo de homens da lei começa a caçar os bandidos. Filme indicado ao Cannes Film Festival.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Férias Frustradas
Título Original: National Lampoon's Vacation
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Harold Ramis
Roteiro: John Hughes
Elenco: Chevy Chase, Beverly D'Angelo, Randy Quaid, Anthony Michael Hall, Imogene Coca, Dana Barron
Sinopse:
Uma típica família americana de classe média, os Griswolds, decidem fazer uma viagem de turismo até o parque temático Walley World durante as férias. Só que a diversão acaba se transformando em uma série de problemas que eles nunca poderiam prever.
Comentários:
Essa comédia se tornou um dos maiores sucessos de bilheteria dos anos 80. Não era para menos, pois trazia a nata do humor americano naquela década. O roteiro foi escrito pelo excelente John Hughes, aqui antes de se tornar o diretor de sucesso dos melhores filmes de adolescentes da história do cinema americano. Ele apenas adaptou um conto que ele mesmo havia escrito na revista National Lampoon intitulado "Vacation '58". Tudo era baseado em suas próprias memórias de uma viagem de férias desastrosa que havia passado ao lado de sua família nos anos 50. Para a direção foi contratado o ótimo Harold Ramis que depois iria se tornar um dos caça-fantasmas. E para completar o ótimo time, o elenco era liderado pelo comediante Chevy Chase, como o pai paspalho que levava sua família a uma série de situações pra lá de constrangedoras. O sucesso foi tão grande que daria origem a várias continuações, nenhuma delas tão engraçada e divertida como essa. Enfim, se você curte o humor dos anos 80, essa comédia é peça indispensável em sua coleção de filmes.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de junho de 2020
Duelo de Gigantes
Título Original: The Missouri Breaks
Ano de Produção: 1976
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Arthur Penn
Roteiro: Thomas McGuane
Elenco: Marlon Brando, Jack Nicholson, Randy Quaid, Harry Dean Stanton, Kathleen Lloyd, Frederic Forrest
Sinopse:
Um rancheiro decide contratar o pistoleiro Lee Clayton (Marlon Brando) para proteger sua família e sua propriedade. A região está sendo assolada por um bandoleiro e bandido conhecido como Tom Logan (Jack Nicholson), um renegado que agora vive de seus crimes violentos.
Comentários:
Esse western entraria para a história do cinema mesmo que tivesse um fraco roteiro e uma produção ruim (o que definitivamente não é o caso aqui). O fato é que o filme entrou mesmo na história da sétima arte porque reuniu pela primeira e única vez dois monstros da atuação, Marlon Brando e Jack Nicholson. Eram amigos na vida real, se admiravam e eram vizinhos em um bairro nobre de Hollywood. Porém nunca tiveram a oportunidade de atuar juntos antes. Por isso Marlon Brando nem pensou duas vezes antes de aceitar o convite de atuar nesse filme. Ele nem tinha mais pretensões de trabalhar em um faroeste, pois considerava que já havia feito muito pelo gênero cinematográfico, porém a chance de atuar com Jack Nicholson era irecusável. Curiosamente Brando muitas vezes ignorou o roteiro original, trazendo elementos novos para seu personagem. Ele transformou seu pistoleiro em um tipo exótico, dado a bizarrices, como se vestir de mulher. Nada disso estava no roteiro original. Já Jack Nicholson optou por ir em um caminho mais convencional. Seguiu à risca o que pedia o texto. No final de tudo esse "duelo" de grandes atores só teve um vencedor, o próprio espectador, que conseguiu ver dois ícones do cinema no mesmo filme. Realmente um encontro memorável.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
Duelo de Gigantes
Marlon Brando e Jack Nicholson eram vizinhos e se admiravam tanto como amigos quanto como profissionais. Brando via em Nicholson um provável sucessor de sua própria carreira. Não eram da mesma geração, quando Jack surgiu no cinema Brando já tinha vários de sucessos na carreira, mas o ator procurou se posicionar num patamar de igualdade com o colega mais jovem. Jack Nicholson, sempre excêntrico, procurou dessa vez não criar muitas encrencas no set, uma vez que Brando já estava criando seus próprios no desenrolar das filmagens. Apesar dos grandes nomes envolvidos, o saldo final se revela um pouco irregular. "Duelo de Gigantes" se destaca por ser diferente, por sair do lugar comum dos filmes de faroeste daquela época. Não chega a ser um filme excepcional, mas as excentricidades de Marlon Brando acabam mantendo completamente o interesse no resultado da obra. De fato o que vemos em cena é um Brando deitando e rolando com os mitos do gênero. Seu pistoleiro, Lee Clayton, é visivelmente andrógino e fora dos padrões. A impressão que temos é que Brando quis mesmo reverter os cânones do estilo. Funciona em certas ocasiões, mas em outras não. De qualquer modo um filme que conseguiu reunir dois mitos desse porte jamais pode ser ignorado pelos cinéfilos e essa é a grande força de "Duelo de Gigantes".
Duelo de Gigantes (The Missouri Breaks, EUA, 1976) Direção: Arthur Penn / Roteiro: Thomas McGuane / Elenco: Marlon Brando, Jack Nicholson, Randy Quaid, Harry Dean Stanton Kathleen Lloyd / Sinopse: Um rico e próspero rancheiro se vê ameaçado pelo constante roubo de seus cavalos na região onde vive. Os roubos são atribuídos a um conhecido renegado, Tom Logan (Jack Nicholson). Para resolver seus problemas ele resolve contratar o pistoleiro Lee Clayton (Marlon Brando), um exótico fora-da-lei que chama atenção não apenas por sua habilidade no gatilho, como também por seu modo nada convencional de se vestir e se apresentar em público.
Pablo Aluísio.
domingo, 8 de janeiro de 2017
Tempestade
Título Original: Hard Rain
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: British Broadcasting Corporation (BBC)
Direção: Mikael Salomon
Roteiro: Graham Yost
Elenco: Morgan Freeman, Christian Slater, Randy Quaid, Minnie Driver
Sinopse:
Durante uma enorme tempestade, um carro forte, de transporte de valores, levando mais de três milhões de dólares, fica atolado no meio do lamaçal. A oportunidade assim se torna perfeita para que criminosos ataquem o transporte, levando a fortuna. Dito e feito. Uma grande operação é montada, o carro é metralhado, mas um dos seguranças, Tom (Christian Slater), consegue fugir, levando todo o dinheiro, em um jogo de sobrevivência.
Comentários:
Um bom filme de ação e suspense tecendo toda uma trama de violência e morte no meio do caos. O caos aqui é o da natureza, pois os personagens tentam sobreviver no meio de uma tempestade jamais vista antes. É óbvio que o roteirista Graham Yost mesclou dois subgêneros cinematográficos bem conhecidos. Um deles, o chamado "Filme de assalto", quando geralmente temos um grupo de ladrões profissionais tentando roubar uma grande soma em dinheiro. O outro é o conhecido "Filme-catástrofe", quando um grupo de pessoas tenta sobreviver a um grande cataclisma da natureza. A boa notícia é que pelo menos aqui a fusão funcionou muito bem. Os personagens passam longe do clichê, sendo que até mesmo o xerife da cidade, o tira Mike Collins (Randy Quaid), quer roubar os milhões, mostrando que não há espaço para policiais heróis ou virtuosos dos antigos filmes. O elenco é bom, com atores da categoria de Morgan Freeman. O problema nesse aspecto porém vem da escalação de Christian Slater. Ele não tem muito cacife para levar um filme inteiro nas costas. É um ator fraco, de carisma apagado. Curiosamente o papel deveria ser de Mel Gibson, que acabou recusando por não encontrar espaço em sua agenda (na época ele estava bem ocupado trabalhando não apenas como ator, mas também como diretor). Mesmo assim o filme funciona no final das contas. "Hard Rain" sobreviveu até mesmo ao opaco Christian Slater.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
O Jornal
O roteirista David Koepp começou a escrever o texto pensando em uma peça de teatro, mas depois quando foi convidado pelo diretor Ron Howard para trabalhar ao seu lado, descobriu que sua estória poderia também render um bom filme - e rendeu de fato! A bilheteria foi modesta (o filme nem chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros), mas para surpresa de muita gente a produção conseguiu arrancar uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original com a simpática "Make Up Your Mind" de Randy Newman. Assim deixo a dica para os cinéfilos em geral. "O Jornal", uma prova que Keaton sempre foi um ator talentoso, com muitos recursos dramáticos.
O Jornal (The Paper, Estados Unidos, 1994) Direção: Ron Howard / Roteiro: David Koepp, Stephen Koepp / Elenco: Michael Keaton, Glenn Close, Robert Duvall, Marisa Tomei, Randy Quaid / Sinopse: A vida e o cotidiano de um jornal norte-americano, com os mais excêntricos jornalistas.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Sombras de Goya
Depois acompanhamos a invasão francesa à Espanha. Interessante essa parte do filme pois os franceses são mostrados com bastante realismo (eles se imaginavam libertadores mas o povo espanhol os trataram apenas como invasores estrangeiros). Por fim a volta da monarquia espanhola e seu absolutismo cruel. O roteiro é bem escrito pois coloca no centro da drama o pintor Goya, a pobre Inés (interpretada aflitivamente por Natalie Portman) e o padre Lorenzo, um sujeito que faz da sua história pessoal um retrato dos acontecimentos políticos que aconteceram na época. O filme é bem interessante, achei as alegorias do argumento bem desenvolvidas e bem situadas. Enfim, recomendo bastante. É um drama histórico acima da média e no final das contas nos leva à reflexão de que não importa mesmo a ideologia dominante, todas elas mais cedo ou mais tarde vão querer a sua alma e sua cabeça numa bandeja. Se prepare...
Sombras de Goya (Goya's Ghosts, Estados Unidos, 2006) Direção: Milos Forman / Roteiro: Milos Forman, Jean-Claude Carrière / Elenco: Javier Bardem, Natalie Portman, Stellan Skarsgård, Randy Quaid, Blanca Portillo, Michael Lonsdale / Sinopse: Em momento histórico particularmente delicado, com choques entre a Igreja Católica e o movimento protestante uma jovem chamada Inés (Natalie Portman) é acusada de práticas de heresia. O Frei Lorenzo (Javier Bardem) tentará de todas as formas salvar Inés de sofrer torturas e posteriormente ser condenada pelo tribunal da Santa Inquisição.
Pablo Aluísio.