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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O Conde de Monte Cristo

Adaptação da famosa obra escrita pelo autor Alexandre Dumas. No enredo um marinheiro é falsamente acusado de traição por seu melhor amigo Fernand, que no fundo deseja apenas ficar com sua namorada. Preso, é enviado para uma prisão distante na ilha de Chateau d'If. Lá ele fica preso por longos 13 anos; mas não esquece de quem o traiu. Tudo o que ele deseja é escapar para se vingar dos responsáveis que o levaram àquela situação degradante. De volta à liberdade finalmente recomeça sua vida, se tornando um homem rico e importante, o Conde de Monte Cristo. Agora finalmente chegou o momento de colocar em prática seu plano de vingança. Assisti na época de seu lançamento, ainda em VHS e confesso que gostei bastante. Como se trata de uma obra que ganhou inúmeras versões para o cinema ao longo dos anos era mesmo de se esperar que houvesse um considerável número de críticas negativas, quase sempre comparando com outros clássicos do passado. Bobagem.

Na verdade o filme deve ser analisado por si mesmo, por suas próprias qualidades artísticas. E sob esse ponto de vista temos que dar o braço a torcer. Há uma excelente reconstituição de época, elenco afiado e um roteiro bem estruturado, sem perda de ritmo ou queda no desenvolvimento da trama. Jim Caviezel está muito bem interpretando Edmond Dantes, mas quem rouba mesmo o filme em termos de atuação é Guy Pearce como Fernand Mondego. Esse tipo de personagem é daquele tipo que adoramos odiar (por mais contraditório que seja essa frase). Do ponto de vista do diretor Kevin Reynolds o filme só não foi melhor recebido porque afinal de contas era uma produção americana lidando com um clássico da literatura francesa. Como se sabe os franceses são muito ciosos de sua arte e sempre ficam incomodados quando estrangeiros mexem com sua secular cultura. Releve isso e se divirta com a maravilhosa imaginação do genial Alexandre Dumas.

O Conde de Monte Cristo (The Count of Monte Cristo, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, 2002) Direção: Kevin Reynolds / Roteiro: Jay Wolpert / Elenco: Jim Caviezel, Guy Pearce, Richard Harris / Estúdio: Touchstone Pictures / Sinopse: Um homem é acusado injustamente de crimes que nunca cometeu. Uma vez livre retorna, já rico e poderoso, para acertar contas com todos os que tentaram suas destruição anos antes. Adaptação da obra literária clássica escrita pelo grande escritor Alexandre Dumas.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Rota de Fuga

Nessa altura do campeonato todo mundo já percebeu que Stallone é um workaholic, o sujeito não para de trabalhar, tanto que já está chegando na marca dos 70 filmes na carreira - um número robusto para qualquer ator. Pois bem, sempre procurando ficar em evidência Sly agora realiza o velho sonho dos garotos que cresceram assistindo aos seus filmes nos anos 80 ao estrelar um filme com o segundo maior nome dos filmes de ação daquela década, nada mais, nada menos, do que o austríaco Arnold Schwarzenegger.
É curioso porque um filme desses não seria realizado naqueles anos pois os dois astros ganhavam os maiores cachês do cinema, valores que hoje em dia nenhum estúdio aceitaria mais pagar a absolutamente ninguém. Além disso havia problemas pessoais entre os fortões. Eles tiveram desavenças públicas, principalmente depois que Stallone criticou Arnold por enveredar no mundo da política. Por essa razão achei que nunca iriam dividir uma marquise de cinema em suas vidas. De qualquer forma não existe problema que o tempo não apague, assim os veteranos voltaram ao velho estilo nesse filme de prisão.

A última vez que Stallone realizou algo parecido foi com "Condenação Brutal", um filme redondinho, bom entretenimento, mas também com doses generosas de clichês. O mesmo, tirando a devida proporção, poderia ser dito sobre essa produção. O roteiro tem até boas ideias como as diversas formas que o personagem de Stallone consegue achar para fugir das mais seguras prisões de segurança máxima dos Estados Unidos. Lembrando até mesmo outro ícone dos anos 80, o MacGyver, ele consegue transformar os mais cotidianos objetos de uso pessoal em valiosas ferramentas utilizadas em suas fugas espetaculares. Já o papel de Arnold Schwarzenegger não parece tão interessante. Até fiquei surpreso dele ter aceitado ficar na sombra de Stallone em cena desse jeito.

Há poucos bons momentos do ex-mister universe no filme. Talvez a mais interessante aconteça no final quando finalmente a nostalgia bate forte e nos lembramos imediatamente de "Comando Para Matar", com o astro de metralhadora em punho dizimando os soldados inimigos. Mas fica tudo por aí. No saldo geral não consegue, infelizmente, ser um ótimo filme, a verdade deve ser dita. Há problemas de lógica no roteiro e por incrível que pareça o diretor Mikael Håfström perde o ritmo certo que uma produção como essa exige. Mesmo assim ver Sly e Arnoldão em cena, contracenando juntos, sempre será muito gratificante para quem curtiu a filmografia da dupla nos distantes 80´s. Por essa razão é fácil encerrar o texto afirmando que não precisa se preocupar pois ver o filme realmente vale a pena.

Rota de Fuga (Escape Plan, Estados Unidos, 2013) Direção: Mikael Håfström / Roteiro: Miles Chapman, Jason Keller / Elenco: Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jim Caviezel, Amy Ryan, Sam Neill, Vincent D'Onofrio / Sinopse: Ray Breslin (Stallone) é um especialista em encontrar falhas nas grandes prisões de segurança máxima do sistema penitenciário americano. A CIA porém tem um projeto inovador de um novo presidio que pretende ser simplesmente impossível de escapar. Para descobrir se há de fato alguma falha no sistema, Breslin é contratado para entrar no complexo como um prisioneiro comum. Os planos porém não sairão exatamente como foram inicialmente planejados.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

A Corrente do Bem

Título no Brasil: A Corrente do Bem
Título Original: Pay It Forward
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Mimi Leder
Roteiro: Catherine Ryan Hyde, Leslie Dixon
Elenco: Kevin Spacey, Haley Joel Osment, Helen Hunt, Jim Caviezel, Angie Dickinson, Jon Bon Jovi

Sinopse:
Um professor de high School (o equivalente ao ensino médio no Brasil) encoraja seus alunos a tornarem o mundo um lugar melhor, criando uma corrente de bons atos, boas intenções e atitudes, uma verdadeira corrente do bem. Filme premiado pelo Young Artist Awards na categoria de Melhor ator juvenil (Haley Joel Osment).

Comentários:
Sempre achei meio bobinho, com mensagem de boas intenções de botequim ou de livros de auto ajuda, daqueles bem clichês. Nada especial ou muito inteligente, só meio piegas mesmo. De qualquer maneira a coisa só piorou com o tempo, principalmente agora que o ator Kevin Spacey foi denunciado por assediar um ator de apenas 14 anos de idade, o que nos Estados Unidos é uma acusação bem séria de se enfrentar (e que dá cadeia, inclusive). Para escapar da fama de pedófilo o Spacey precisou sair do armário, dizendo que era gay, algo que enfureceu o movimento GLSBT americano, já que de forma subliminar envolveu homossexualidade com pedofilia. O mar definitivamente não está para peixe na vida dele. E nesse filme aqui o Kevin Spacey interpretava justamente um professor muito bem intencionado que se relacionava (no sentido certo da palavra) com jovens e adolescentes. É um filme que nasceu para passar na Sessão da Tarde pela eternidade e que agora corre o sério risco de virar uma piada de humor negro involuntária contada pelo destino! Quem diria...Ah e antes que me esqueça: o elenco de apoio tem desde a diva do cinema clássico Angie Dickinson, passando pelo "Jesus" Jim Caviezel, indo parar no rei do rock farofa, Bon Jovi. Uma salada ao estilo mistureba para todos os gostos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Déjà Vu

Título no Brasil: Déjà Vu
Título Original: Deja Vu
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Bill Marsilii, Terry Rossio
Elenco: Denzel Washington, Val Kilmer, Paula Patton, Jim Caviezel, Elle Fanning, Bruce Greenwood

Sinopse:
Uma balsa é explodida em um atentado terrorista em New Orleans. Mais de 500 pessoas são mortas, entre eles marinheiros e familiares. Para investigar o caso é enviado o agente Agente Especial Doug Carlin (Denzel Washington). Ele começa as investigações e descobre que há um meio de voltar ao passado, para reviver os acontecimentos e quem sabe mudá-los!

Comentários:
Esse filme é uma produção de Jerry Bruckheimer, então meio que você sabe tudo o que vai acontecer. Muitas explosões, muitas cenas de ação. Um verdadeiro Deja Vu! O diferencial é que essa fita foge um pouco do lugar comum ao investir em um roteiro mais diferenciado, com toques de ficção (puro Sci-fi!). Isso porque há um programa especial do governo que consegue ver o passado com nitidez. Chamado de "Branca de Neve" ele consegue recriar todos os acontecimentos envolvendo o ato terrorista. E vai além disso, se for bem manipulado! Particularmente gostei desse filme, mas devo dizer que com certas reservas. Nem sempre a ideia principal do roteiro funciona muito bem. Em alguns momentos inclusive achei tudo muito forçado, causando um certo cansaço. É aquele tipo de enredo que exige muita boa vontade do espectador para embarcar em suas propostas (que são bem complicadas de engolir em um primeiro momento). Tecnicamente porém tudo é muito bem realizado. O diretor Tony Scott (que se matou em 2012) era um especialista nesse tipo de blockbuster. Já o elenco traz além de um sempre competente Denzel Washington, outro astro carismático, Val Kilmer. Ele trabalhou ao lado de Scott em "Ases Indomáveis" e aqui repetiu a bem sucedida parceria. Então é isso, um filme que pode ser considerado até bom, isso se você conseguir abraçar todas as situações inusitadas criadas por esse roteiro diferente. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Alta Frequência

Nesse gênero de ficção científica você vai encontrar muitos roteiros bizarros, estranhos. Afinal é um tipo de filme em que a fantasia realmente não encontra barreiras. Essa fita estrelada por Dennis Quaid sempre foi uma das mais estapafúrdias - mesmo que você tente embarcar na trama, baseada em teorias de física que de certa maneira não se sustentam na tela. Veja só que estória esquisita: Pai e filho, vivendo em épocas diferentes (com 30 anos de diferença entre um e outro) conseguem se comunicar através de ondas de rádio! Isso mesmo. O pai começa a entrar em contato com seu filho no futuro, 30 anos depois! Como isso seria possível? O roteiro não explica. Apenas deixa claro que é uma trama legal demais para ignorar? Será mesmo?

Como era de se esperar o filho vai tentar de todas as formas salvar a vida do pai no passado, afinal como ele vive no futuro ele sabe tudo o que acontecerá na vida de seu pai. Coisas estranhas então começam a acontecer. Ora, se você assistiu a "De Volta Para o Futuro" já sabe muito bem que mudar os rumos dos acontecimentos da história pode abrir um buraco espaço temporal que provavelmente irá colapsar o próprio tempo... Pois é, pense no universo como você conhece entrando em contradição consigo mesmo, ocasionando o caos completo e irreversível. Apesar do tom Sci-fi nada convencional o filme até fez um relativo sucesso, mas os produtores não quiseram o transformar em uma trilogia ao estilo dos filmes de Robert Zemeckis. E hoje, passados tantos anos, podemos dizer que foi uma decisão acertada. Esqueça isso. Apenas sintonize o canal de rádio mais próximo e solte a imaginação.

Alta Frequência (Frequency, Estados Unidos, 2000) Direção: Gregory Hoblit / Roteiro: Toby Emmerich / Elenco: Dennis Quaid, Jim Caviezel, Shawn Doyle / Sinopse: Pai e filho entram em contato através de ondas de rádio, mesmo estando em tempos diferentes, vivendo em épocas diversas, com 30 anos de diferença entre eles. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música ("When You Come Back to Me Again" de Garth Brooks).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Além da Linha Vermelha

Título no Brasil: Além da Linha Vermelha
Título Original: The Thin Red Line
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Terrence Malick
Roteiro: Terrence Malick
Elenco: Jim Caviezel, Sean Penn, Nick Nolte, John Cusack, Adrien Brody, John C. Reilly, Woody Harrelson, Jared Leto, John Travolta, George Clooney

Sinopse:
Baseado na obra de James Jones, que vivenciou todas as experiências que narrou ao lutar na II Guerra Mundial no Pacífico Sul. No enredo temos um grupo de soldados americanos lutando contra tropas japoneses em ilhas disputadas pelas duas nações. Filme indicado aos Oscars de Melhor Filme, Direção, Roteiro, Fotografia, Edição, Som e Música. 

Comentários:
Eu costumo dizer que o cineasta Terrence Malick não é para qualquer um. Ele cria um cinema sensorial, baseado em sensações e não em narrativas convencionais. É o tipo de artista que precisa de um espectador mais preparado, tanto do ponto de vista filosófico como intelectual. Eu mesmo confesso que só absorvi completamente a arte produzida por Terrence Malick em uma fase mais madura de minha vida. Esse é o tipo de diretor que não fará sua cabeça caso você seja um mero adolescente comum ou uma pessoa sem muito background cultural. Esse "Além da Linha Vermelha" foi consagrado lá fora, mas aqui em nossas fronteiras houve quem considerasse o filme chato ou melancólico demais. Na verdade Malick não está interessado em contar uma história de guerra ao estilo tradicional. O cenário está posto, o conflito é o ponto de referência, porém o grande desafio do diretor é passar a sensação de medo, terror, perplexidade que viveram aqueles homens, isso sob um ponto de vista puramente subjetivo, calcado em sensações humanas reais. Imagine ser um jovem americano jogado no meio de ilhas perdidas no Pacífico para enfrentar guerreiros japoneses completamente fanatizados, prontos para morrer em nome de seu império e imperador, considerado por eles naquele momento histórico como uma verdadeira divindade na Terra. Em vista disso há cenas belíssimas, explorando por exemplo a verde relva das colinas sendo suavemente afagadas pelo vento do Oceano, enquanto tiros voam pelos ares. Coisa de um verdadeiro gênio da sétima arte, certamente. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Paixão de Cristo

Jesus Cristo viveu em uma época brutal. Sua nação era dominada por um Império que punia com ferro e fogo qualquer mínimo sinal de rebelião. As penas eram duras e desumanas e os castigos aos que desobedeciam a lei romana eram simplesmente esmagadores. Mesmo vivendo em uma época tão sangrenta e monstruosa esse homem simples e humilde de Nazaré ousou pregar uma mensagem de paz e esperança para a humanidade. O que mais admiro em Jesus é justamente a base de sua filosofia de vida, tão simples e tão poderosa ao mesmo tempo, fundada no amor ao próximo e no respeito pela dignidade humana. Fundador da maior religião do planeta Jesus segue sendo tema de livros, teses e filmes que tentam captar um pouco de sua extraordinária personalidade. Desde a era do cinema mudo Jesus tem sido enfocado em inúmeras produções. Algumas se tornaram ícones, outras são superficiais. "A Paixão de Cristo" de Mel Gibson tentou ser a mais realista de todas. Algumas opções do diretor para alcançar esse objetivo são bem louváveis, como o uso do idioma que Jesus falava, o Aramaico, uma língua morta em nossos dias. Já outras opções artísticas soaram mais polêmicas como o uso sem pudores da violência que foi usada em Jesus pelos soldados de Roma.

Algumas pessoas inclusive passaram mal quando o filme foi lançado. As torturas e os atos violentos são mostrados nos menores detalhes, sem medo. Segundo Gibson a opção por mostrar Jesus sendo martirizado foi justamente para valorar ainda mais o sacrifício dele para salvar a humanidade. Outro ponto que foi muito discutido (e segue sendo discutido até hoje) é o grau de culpa que se pode atribuir aos líderes religiosos judeus na morte de Cristo. Teriam sido eles os verdadeiros responsáveis pela morte do Messias? Para muitos Gibson jogou a culpa pela condenação do Cristo nos ombros dos sacerdotes do Templo de Jerusalém, que não admitiram o que Jesus fez quando expulsou os mercadores do solo sagrado. Gibson rebateu as acusações afirmando que simplesmente seguiu o que está escrito no novo testamento cristão. Depois da troca de farpas entre Gibson e a comunidade judaica americana ele foi praticamente banido dos grandes estúdios (o capital judeu controla de certa forma a indústria cultural americana, inclusive os grandes estúdios de cinema em Hollywood). Não vou entrar no mérito dessa questão. Tudo o que posso dizer é que "A Paixão de Cristo" é certamente um filme muito marcante, muito emocional. Deixando de lado o aspecto mais religioso o que podemos dizer é que Jesus Cristo, por sua grandeza, por sua importância na história da humanidade, segue sendo um dos maiores mistérios de todos os tempos. "A Paixão de Cristo" certamente não desvenda esse mistério, seria simplesmente impossível uma obra cinematográfica fazer isso, mas pelo menos consegue jogar um pouco de luz sobre esse homem que viveu há dois séculos mas que ainda consegue despertar paixão e fé como se ainda vivesse fisicamente entre nós.

A Paixão de Cristo (The Passion Of The Christ, Estados Unidos, 2004) Direção: Mel Gibson / Roteiro: Benedict Fitzgerald, Mel Gibson / Elenco: Jim Caviezel, Maia Morgenstern, Monica Bellucci, Francesco Cabras, Rosalinda Celentano / Sinopse: O filme narra os últimos momentos de vida de Jesus de Nazaré, líder religioso do século I que é preso após expulsar os mercadores do Templo de Jerusalém. Condenado, ele é crucificado no calvário, não sem antes sofrer todos os tipos de violência possíveis.

Pablo Aluísio.