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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Estranhos Prazeres

Título no Brasil: Estranhos Prazeres
Título Original: Strange Days
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Kathryn Bigelow
Roteiro: James Cameron, Jay Cocks
Elenco: Ralph Fiennes, Angela Bassett, Juliette Lewis, Tom Sizemore, Vincent D'Onofrio, Michael Wincott

Sinopse:
Em 1999, Los Angeles é uma zona de guerra racial com o exército e os oficiais do LSPD e da SWAT lutando contra os afro-americanos. O ex-policial Lenny Nero é um traficante de gravações ilegais em CDs que entregam as memórias e sensações do gravador ao usuário. E nesse processo acaba descobrindo a existência de uma grande conspiração. 

Comentários:
Um bom filme de ficção dos anos 90. Foi dirigido pela talentosa cineasta Kathryn Bigelow que para quem não sabe é a esposa do diretor James Cameron. O maridão inclusive é um dos escritores do roteiro desse filme. Some todo esse talento do casal envolvido com uma boa produção e uma história bem bolada, interessante, e você terá um bom filme em mãos. O elenco é muito bom. Ralph Fiennes é aquele tipo de ator que vale qualquer filme. Um dos mais talentosos de sua geração, sempre interpretando tipos estranhos e fora do comum. Angela Bassett se destacou ao interpretar Tina Turner no melhor filme sobre sua vida e finalmente Juliette Lewis, em seu tipo habitual de louquinha, também mantém a atenção. Confesso que obviamente o filme ficou um pouco datado nos dias atuais. Algo normal de acontecer, ainda mais em filmes de ficção que lidam com temas envolvendo tecnologia de uma maneira em geral. Ainda assim vale a pena conhecer esse verdadeiro lado B da carreira de James Cameron e sua talentosa esposa. Fica a recomendação. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Assassinos por Natureza

Um casal de assassinos psicopatas sai pelas estradas dos Estados Unidos cometendo crimes e aterrorizando a população. Para muitos críticos esse filme nada mais foi do que uma banalidade pretensiosa recheada de violência gratuita embalada por uma indisfarçável apologia ao mundo do crime. Será mesmo? Para o diretor Oliver Stone a produção serviu mesmo para que ele desse vazão ao experimentalismo sem limites, pois ao assistir "Natural Born Killers" você perceberá que ele utilizou de quase todas as técnicas cinematográficas conhecidas. A edição é alucinante, tudo para capturar a insanidade do casal protagonista. Acabou dando um ritmo ágil e frenético a todo o filme, algo que seria copiado depois por modernos filmes de ação. Pelo visto, pelo menos em relação a essa linguagem cinematográfica, Oliver Stone foi pioneiro e criou escola entre os cineastas.

O roteiro também tenta justificar a natureza psicopata dos personagens principais ao colocá-los como vítimas de abuso infantil que cresceram e se vingaram da sociedade hipócrita em que viviam. Para quem se sentir chocado com o roteiro é bom saber que ele foi escrito pela mente criativa de Quentin Tarantino! Ele começava a dar seus primeiros passos no cinema. Isso mesmo, um dos cineastas mais aclamados da nossa geração foi a mente pensante por trás de tudo o que se vê na tela. Assim Oliver Stone pode se sentir mais tranquilo, absolvido de todas as acusações que lhe foram feitas. De uma forma ou outra, revisto nos dias de hoje, o filme parece muito atual. Não envelheceu nada, parece que foi produzido nesse ano. Uma prova incontestável do talento de todos os envolvidos.

Assassinos por Natureza (Natural Born Killers, Estados Unidos, 1994) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Quentin Tarantino, David Veloz  / Elenco: Woody Harrelson, Juliette Lewis, Tom Sizemore / Sinopse: Um casal de serial killers espalha terror e morte por onde passam. E acabam virando celebridades na mídia. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Direção (Oliver Stone). Vencedor do Venice Film Festival nas categorias de Melhor Direção (Stone) e Melhor Atriz (Juliette Lewis).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O Resgate do Soldado Ryan

Título no Brasil: O Resgate do Soldado Ryan
Título Original: Saving Private Ryan
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks, Paramount Pictures
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Robert Rodat
Elenco: Tom Hanks, Matt Damon, Tom Sizemore, Vin Diesel, Edward Burns, Ted Danson

Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial, o capitão Miller (Tom Hanks) recebe ordens para formar um pequeno grupo de soldados para encontrar o soldado Ryan no front de batalha. Ele seria o único sobrevivente de sua família, após seus irmãos terem sido mortos em confronto com os inimigos. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Steven Spielberg), melhor ator (Tom Hanks), melhor direção de fotografia (Janusz Kaminski), melhores efeitos especiais, som e edição.

Comentários:
Esse filme já é considerado um clássico moderno. Dentro da filmografia de Steven Spielberg é certamente um dos cinco melhores momentos da carreira do diretor e dentro do imenso campo de filmes feitos sobre a II Guerra Mundial também se destaca completamente. Eu colocaria facilmente essa produção na seleta lista dos cinco melhores filmes já feitos sobre aquele grande conflito mundial. A cena em que os aliados desembarcam nas praias da Normandia, durante o Dia D, é simplesmente perfeita e irretocável. Ali o cinema de Spielberg atingiu patameres de quailidade cinematográfica e perfeição que nunca mais foi superado, por produção nenhuma após o lançamento desse filme. Eu tive o prazer de assistir a esse espetáculo no cinema e posso dizer que é uma das sequências mais brilhantes da história do cinema americano. Além da qualidade absurda da reconstituição de época, o filme também se destacava por seu bom roteiro, que também priorizava o lado humano dos combatentes e da população civil que era atingida em cheio no meio dessa guerra sem limites. Enfim, falar mais seria desnecessário. Esse é um dos grandes filmes da II guarra já realizados. Nota 10 com louvor!

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de abril de 2017

Vivendo no Limite

Título no Brasil: Vivendo no Limite
Título Original: Bringing Out the Dead
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Nicolas Cage, Patricia Arquette, John Goodman, Ving Rhames, Tom Sizemore, Marc Anthony
  
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Joe Connelly, o filme conta a história de Frank Pierce (Nicolas Cage), um paramédico que começa a perder sua sanidade durante intensos e prolongados plantões noturnos trabalhando em uma ambulância pelas ruas mais pobres de Nova Iorque. Em pouco tempo começa a ter alucinações com pacientes que tentou salvar, mas que morreram sob seus cuidados. Filme indicado ao Florida Film Critics Circle Awards.

Comentários:
Esse é um dos filmes mais diferentes de Martin Scorsese. Durante anos o diretor teve problemas com cocaína, assim ele resolveu imprimir um ritmo alucinado ao seu filme, com um roteiro completamente insano, mostrando a rotina de um paramédico literalmente vivendo no limite (em caso raro de título nacional bem adequado). Hoje em dia o filme é pouco lembrado, mesmo para os admiradores do cinema de Scorsese. O filme fez pouco sucesso, para o estúdio foi um fracasso de bilheteria, mas mesmo assim teve boa recepção por parte da crítica. Certamente não é dos mais brilhantes trabalhos do cineasta, que aqui procurou por um roteiro mais convencional, embora inove na forma como ele mostra a estória do protagonista de uma maneira em geral. Nicolas Cage está bem no papel, principalmente por explorar um personagem na tênue linha entre a loucura e a sanidade. Com os olhos esbugalhadas, cara de quem não está entendendo muito o que está acontecendo ao redor, ele conseguiu atuar muito bem. No geral é um filme na média, o que se tratando de Martin Scorsese acaba sendo muito pouco.

Pablo Aluísio.

Atomica

Título no Brasil: Atomica
Título Original: Deep Burial
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Lifeboat Productions
Direção: Dagen Merrill
Roteiro: Kevin Burke, Federico Fernandez-Armesto
Elenco: Tom Sizemore, Sarah Habel, Dominic Monaghan, Phil Austin, Tony Doupe, Hahn Cho
  
Sinopse:
Após um desastre nuclear de proporções globais, uma empresa americana instala estações de descontaminações nas chamadas zonas vermelhas (onde a radiação nuclear se torna mortal para qualquer ser humano). Após uma dessas estações apresentar problemas de comunicação com a base, uma engenheira é enviada para descobrir o que estaria acontecendo lá. Acaba descobrindo algo bem sinistro naquelas instalações.

Comentários:
Essa ficção "Deep Burial" explora não o espaço, mas sim o nosso próprio planeta, devastado em um futuro de contaminação radiotiva. Basicamente o roteiro explora apenas três personagens, todos eles isolados em uma estação remota de descontaminação nuclear do ambiente. A protagonista é uma jovem engenheira chamada Abby (Sarah Habel). Inexperiente, ela chega na estação e encontra apenas um zelador, Robinson (Dominic Monaghan). O engenheiro da estação Dr. Zek (Tom Sizemore) está desaparecido. Após alguns dias, tentando recuperar o sistema de comunicação daquela estação, Abby consegue localizar Zek, no meio da zona vermelha, prestes a morrer. Ela o traz de volta e então cria-se uma situação de tensão. O engenheiro afirma que o zelador não é quem diz ser, mas sim um terrorista. Já Robinson diz que está falando a verdade e que Zek enlouqueceu ao ser exposto à radiação, se tornando um psicótico. Quem afinal estaria falando a verdade? O roteiro se baseia justamente nessa dúvida até o fim, até a última cena. Os efeitos especiais são apenas medianos. Toda a trama se passa dentro da estação, então temos quase um teatro filmado. Três personagens, sendo que um deles está dizendo a verdade, enquanto o outro é um psicopata pronto para tudo. O veterano Tom Sizemore segura a onda no quesito atuação já que a jovem atriz Sarah Habel é bem fraca. Melhor se sai Dominic Monaghan com seu personagem, que tanto pode ser um zelador falando a pura verdade, como um psicótico terrorista perigoso. Assista para conferir e descobrir.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Intruder A-6

Título no Brasil: Intruder A-6 - Um Vôo Para O Inferno
Título Original: Flight of the Intruder
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Milius
Roteiro: Stephen Coonts, Robert Dillon
Elenco: Danny Glover, Willem Dafoe, Brad Johnson, Rosanna Arquette, Tom Sizemore, J. Kenneth Campbell
  
Sinopse:
Em plena guerra do Vietnã, um grupo de pilotos da Marinha americana, usando aviões de combate, bombardeiros A-6 Intruder, são designados para destruir um depósito de armas em Hanoi, atrás das linhas inimigas. A missão, não autorizada oficialmente, se torna uma das mais perigosas e violentas de todo o conflito. Roteiro baseado no romance de guerra escrito por Stephen Coonts.

Comentários:
Na segunda metade dos anos 80 tivemos um ciclo de filmes sobre a Guerra do Vietnã. Esse "Intruder A-6 - Um Vôo Para O Inferno" é um herdeiro, já um pouco tardio, dessa fase do cinema americano. Porém ao contrário de filmes como "Platoon" ou "Nascido Para Matar", essa produção não teve qualquer pretensão de revisitar essa guerra de forma mais dramática ou profunda. Na verdade esse filme foi por outro lado, valorizando a ação e as cenas de combate, acima de tudo. Com uma boa dupla de protagonistas, interpretados por Danny Glover da franquia de sucesso "Máquina Mortífera" e Willem Dafoe, do próprio "Platoon", o filme tinha uma levada bem ao estilo das produções de ação de guerra dos anos 70. Nada de dramas, nada de tentar entender as razões da guerra ou porque ela se tornou um dos maiores fracassos militares da história dos Estados Unidos. Nada disso, apenas bombas, explosões, etc. Nesse ponto o filme até que funciona muito bem e logo se torna uma boa diversão. Por fim uma dica importante: fique de olho na grade de programação do Paramount Channel pois " Flight of the Intruder" tem sido constantemente reprisado por esse canal a cabo. É uma boa opção para quem gosta desse tipo de produção.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O Amanhecer do Quarto Reich

Título no Brasil: O Amanhecer do Quarto Reich
Título Original: Beyond Valkyrie - Dawn of the 4th Reich
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Stage 6 Films
Direção: Claudio Fäh
Roteiro: Robert Henny, Don Michael Paul
Elenco: Sean Patrick Flanery, Tom Sizemore, Stephen Lang, Rutger Hauer
  
Sinopse:
Um grupo de soldados e espiões aliados são enviados além das linhas inimigas para encontrar um importante oficial do exército alemão que faz parte da Operação Valquíria. Esse era um plano para matar o líder nazista Adolf Hitler, assumir o controle do Estado e entrar em negociações de paz com as forças aliadas durante a II Guerra Mundial. O grupo porém enfrentará vários desafios, entre eles sobreviver dentro do território inimigo.

Comentários:

A conclusão a que se chega após assistir a filmes como esse é simples: Já não se fazem mais bons filmes de guerra como antigamente. Tudo bem que se trata de uma produção B, feita para ser lançada diretamente no mercado de venda direta ao consumidor, mas por que não capricharam um pouco mais? O elenco tem até bons atores, em especial Stephen Lang, que sempre considerei um excelente ator que nunca teve uma chance de verdade em sua carreira. O mesmo vale para Rutger Hauer, que infelizmente é mais uma vez desperdiçado. A premissa do roteiro até que é muito boa, mostrando uma missão de agentes do OSS (a agência de espionagem que seria substituída pela CIA) em território alemão. O problema é que o roteiro parece querer imitar alguns filmes de guerra dos anos 70 que primavam mais pela ação do que propriamente por desenvolver uma boa trama. Dessa maneira muito potencial é perdido. A produção, apesar de fraca, ainda consegue tirar leite de pedra, sendo aceitável, mas tudo desanda mesmo nessa falta de maior cuidado ao se contar essa estória. No final os roteiristas ainda encaixaram algumas informações históricas da guerra em seus momentos finais, porém sem grande ligação com o enredo que se viu no filme (que é em parte meramente ficcional). Em suma, precisam melhorar mais nessas produções atuais sobre a II Guerra Mundial. Muitos clássicos sobre o tema foram realizados no passado e por isso a responsabilidade aumenta. Fazer filmes fracos explorando esse nicho cinematográfico não me parece ser, por essa razão, uma boa ideia.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O Diabo Veste Azul

Quando esse filme foi lançado Denzel Washington ainda não era Denzel Washington, se é que você me entende. Ele não era ainda um astro de Hollywood e nem um campeão de bilheterias no verão americano. Isso porém é secundário. O que realmente importa aqui é a qualidade cinematográfica do filme em si. E nesse aspecto não há o que reclamar. Temos aqui um filme de detetives ao velho estilo, lembrando muito o clima do cinema noir, com claras referências a filmes como "Chinatown". E não é à toa que toda a história se passa na era dos grandes romances policiais.

Nessa trama Denzel Washington interpreta um personagem chamado Easy Rawlins. Ele é contratado para encontrar o paradeiro de uma mulher, só que isso acaba sendo apenas a ponta do iceberg porque em seu desaparecimento há crimes envolvendo figurões da política, inclusive um asqueroso candidato à prefeitura da cidade. O roteiro também explora a tênua linha que separava brancos e negros na época em que a história se passa. E essa linha não poderia ser cruzada, algo que o detetive Easy Rawlins não pensa duas vezes antes de ultrapassar. Bom filme, com ótimo clima vintage e aquele jeitão de produção antiga, inclusive contando com uma ótima trilha sonora.

O Diabo Veste Azul (Devil in a Blue Dress, Estados Unidos, 1995) Direção: Carl Franklin / Roteiro: Carl Franklin, baseado no livro escrito por Walter Mosley / Elenco: Denzel Washington, Tom Sizemore, Jennifer Beals, Don Cheadle / Sinopse: Uma mulher desaparece. Easy Rawlins (Denzel Washington) é contratado para encontrá-la. No caminho descobre um jogo sujo e violento envolvendo inclusive políticos influentes e corruptos. Filme indicado ao Screen Actors Guild Awards.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Planeta Vermelho

Título no Brasil: Planeta Vermelho
Título Original: Red Planet
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Antony Hoffman
Roteiro: Chuck Pfarrer, Chuck Pfarrer
Elenco: Val Kilmer, Carrie-Anne Moss, Tom Sizemore

Sinopse:
Depois de séculos de exploração desenfreada o planeta Terra está finalmente chegando ao fim de seu ciclo. A humanidade precisa encontrar novos caminhos e Marte, seu planeta rochoso vizinho, se torna a opção ideal. Assim uma missão é enviada ao planeta vermelho com o objetivo de tornar possível a instalação de um colônia naquele planeta. O problema é que os planos certamente não sairão como planejado.

Comentários:
Pode parecer estranho mas na virada do milênio Hollywood teve esse boom de filmes sobre Marte. Não se sabe bem a razão mas os produtores colocaram na cabeça que filmes sobre o planeta vermelho seriam a nova moda entre as produções de sucesso. Não foram! Sem exceções, todos os filmes realizados tendo como pano de fundo sobre o nosso vizinho no Cosmos deu muito errado nas bilheterias. O público em geral achou muito esquisito e até deprimente aquele céu vermelho cinza (que é de acordo com o que um hipotético visitante veria se colocasse os pés por lá). Nem é preciso explicar que a crítica de um modo em geral odiou tudo, da premissa inicial, do roteiro e de Val Kilmer, considerado um astronauta pouco convincente, mais canastrão do que nunca! Eu não seria tão cruel, acho até que é uma produção charmosa, que me faz lembrar dos antigos filmes de espaço dos anos 50. Tem coisa muito pior do que isso por aí estreando todas as semanas. Além disso considero os efeitos bem realizados e convincentes. Aqui vale também aquela regra de ouro para todos os cinéfilos: não espere por muita coisa que a diversão estará garantida.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Atrás das Linhas Inimigas 4

Título no Brasil: Atrás das Linhas Inimigas 4: Missão África
Título Original: Seal Team Eight - Behind Enemy Lines
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Roel Reiné
Roteiro: Brendan Cowles, Shane Kuhn
Elenco: Tom Sizemore, Lex Shrapnel, Anthony Oseyemi, Michael Everson

Sinopse:
Um grupo de elite das forças armadas americanas, o Seal, é enviado para a República do Congo na África, onde uma colaboradora da CIA caiu nas garras de um general rebelde e sanguinário. Eles precisam também verificar se existe no local algum campo de treinamento para terroristas internacionais. No campo de batalha descobrem que existe uma organização criminosa que ganha milhões de dólares no tráfico de minerais usados na fabricação de armas nucleares. Caberá a eles agora destruírem as minas de onde o urânio é extraído para a venda ilegal ao governo do Irã.

Comentários:
É mais um daqueles filmes que são feitos para serem lançados diretamente no mercado de DVD, no sistema de venda direta ao consumidor. Dessa forma o espectador já sabe bem o que encontrará pela frente, produção mais modesta, muita ação, pancadaria e clichês por todos os lados. O grupo Seal está na moda nos Estados Unidos porque foi justamente essa tropa de elite que executou o terrorista Bin Laden no Paquistão. O problema é que parece haver um certo exagero na capacidade desses soldados nesse roteiro. Só para se ter uma ideia, eles são capazes de feitos absurdos, como encarar toda uma cidade armada praticamente sozinhos. E o que dizer do momento em que apenas oito homens conseguem destruir todo um acampamento militar fortemente armado? São poucos homens, mas o que eles fazem em cada cena certamente deixará Rambo com inveja. Por falar nesse personagem, uma boa referência para esse filme vem justamente dos filmes de ação dos anos 80, com tudo de bom e ruim que isso possa significar. Lá pela terça parte final do filme temos uma pequena reviravolta, pena que sem maior interesse. Então é isso, nada de extraordinário, diria até banal.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de novembro de 2012

Falcão Negro em Perigo

"Falcão Negro em Perigo" é um filme de guerra stricto sensu. O que significa isso? Significa que seu roteiro não perde tempo com aspectos externos ao que ocorre fora do front, do campo de batalha. Há uma situação de combate no centro da trama e é nisso que o filme literalmente centra fogo. Sem perda de tempo com abobrinhas ou maior desenvolvimento dos combatentes. Eles são militares, estão sob fogo cruzado e vão rebater com artilharia pesada. Simples assim. No fundo é um projeto muito pessoal do diretor Ridley Scott. Muito provavelmente comovido pelos acontecimentos de 11 de setembro ele resolveu filmar esse evento histórico real que aconteceu no distante país africano da Somália. Esse é um daqueles países que vive mergulhado em sangrentas guerras civis sem fim. Mostra bem a triste realidade da África, como se não bastasse ser o continente mais miserável do planeta ainda é dominado por ditadores sanguinários quem nem pensam duas vezes em exterminar seu próprio povo. E justamente lá que chega um grupo de militares especializados das forças armadas norte-americanas formada pelos esquadrões Delta Force e Rangers. Eles estão no país em busca de terroristas internacionais mas bem no meio da missão um acidente acontece e eles ficam sob fogo cerrado do inimigo. A partir daí o filme não perde mais tempo, com ação da primeira à última cena.

O resultado soa bem realizado mas por vezes confuso e violento além da conta. Não foi intenção de Ridley Scott filmar mais uma patriotada americana mas lidando com um tema desses ficou quase impossível de não cair na armadilha. Não há um personagem central que chame a atenção e o foco do espectador e assim é inevitável que o público fique meio perdido no meio de tantos tiroteios, gritos, edição nervosa e frenética. É curioso que um diretor como Ridley Scott tenha dirigido um filme assim, que se esquece completamente de dar uma noção melhor a quem assiste dos personagens em cena. Tecnicamente não há como negar que o filme beira à perfeição - tanto que venceu os Oscars técnicos de seu ano (Som, Edição e Montagem). Se fosse menos frenético provavelmente teria ganho mais simpatias dos membros da Academia em outras categorias importantes. Muito se comentou em seu lançamento da semelhança com Soldado Ryan mas esse tipo de comparação realmente não procede uma vez que "Falcão Negro em Perigo" é muito mais modesto em suas pretensões. Visto como pura adrenalina o filme realmente funciona muito bem, porém como obra cinematográfica faltou um pouco mais de capricho na apresentação de seus personagens. Mesmo com essa falha é válido recomendar a produção, principalmente para os fãs de filmes mais viscerais.

Falcão Negro em Perigo (Black Hawk Down, Estados Unidos, 2001) Direção: Ridley Scott / Roteiro:: Ken Nolan / Elenco: Josh Hartnett, Ewan McGregor, William Fichtner, Eric Bana, Tom Sizemore, Jason Isaacs, Jeremy Piven, Sam Shepard, Orlando Bloom. / Sinopse: Durante a Guerra Civil da Somália um grupo de soldados americanos são enviados ao front com o objetivo de capturar membros terroristas leais ao ditador do país. Dois helicópteros Black Hawk são derrubados durante a operação e os militares americanos encurralados no local entram em uma ferrenha batalha campal contra as forças da região.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fogo Contra Fogo

Quando "Fogo Contra Fogo" chegou nas telas a crítica especializada torceu o nariz. Afinal qual era a lógica em se reunir no mesmo elenco dois monstros sagrados como Al Pacino e Robert De Niro se o roteiro não lhes davam a oportunidade de atuar bem? O que causou estranheza foi o foco centrado na ação e violência em um roteiro que foi considerado sem sutileza ou sofisticação. Além disso muitos reclamaram da falta de uma interação maior entre os atores em cena pois era justamente isso que muitos queriam ver. Não era todo dia que o público podia pagar uma só entrada de cinema para assistir aos dois mais consagrados atores em atividade na época. De fato ninguém queria ver Pacino com metralhadoras atirando para todos os lados - já existia toda uma casta de astros de filmes de ação que faziam isso (Stallone e cia). As primeiras reações por isso foram bem negativas. Penso que houve um certo preconceito dos críticos americanos sobre essa questão. Filmes de ação não são em essência inferiores aos dramas, por exemplo. O fato é que o estúdio gastou muito na contratação dos dois atores e o retorno em bilheteria teria que vir de qualquer jeito. 

Como naquela época os grandes sucessos eram justamente no gênero ação então resolveu-se reunir ambos nesse tipo de produção. Foi um desperdício de talento? De certa forma sim, mas não podíamos também esperar que um novo "Godfather" fosse escrito para unir Pacino e De Niro nas telas. Aquele tipo de material surge uma vez na vida, não é algo corriqueiro e nem comum. É excepcional. Diante dessas circunstâncias até que "Fogo Contra Fogo" não foi tão mal. A Warner até encontrou espaço para encaixar Val Kilmer no elenco. Prestes a vestir o uniforme do Batman no novo filme da franquia seu personagem aqui nada acrescenta de muito relevante mas também não aborrece. No saldo final podemos dizer que "Fogo Contra Fogo" certamente não foi o melhor filme de ação da década de 90 mas com certeza foi o que teve o melhor elenco jamais reunido. Não é excepcional em nenhum momento mas como diversão se sai muito bem.  

Fogo Contra Fogo (Heat, Estados Unidos, 1995) Direção: Michael Mann / Roteiro: Michael Mann / Elenco: Al Pacino, Robert De Niro, Val Kilmer, Jon Voight, Tom Sizemore, Diane Venora, Jeremy Piven, Begonya Plaza, Natalie Portman, Ashley Judd / Sinopse: Neil McCauley (Robert De Niro) é um refinado ladrão que começa a ser investigado e perseguido pelo policial Vincent Hanna (Al Pacino) que está decidido a acabar com a carreira do criminoso. O confronto entre os dois se tornará inevitável.  

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um Domingo Qualquer

Velho treinador de futebol americano (Al Pacino) tem que lidar com o desfalque de seu principal quaterback (Dennis Quaid) em um momento crucial do campeonato. O novo dono da posição é um jovem negro e arrogante (Jamie Foxx) que não consegue lidar bem com a fama e o sucesso que acompanham sua repentina escalação ao time principal. Aqui temos uma parceria que há muito tempo se esperava: Al Pacino sendo dirigido por Oliver Stone. O problema é que o tema realmente é norte-americano demais. Stone não esconde em nenhum momento sua paixão pelo esporte, a ponto de transformar seus jogadores em guerreiros, verdadeiros gladiadores modernos. Tudo é focado nesse ponto. As cenas dos jogos são super produzidas, com edição alucinada. Pacino alterna momentos de histerismo completo com introspecção absoluta. Apesar da força de seu nome o filme realmente gira em torno do personagem de Jamie Foxx. Terceiro quaterback da equipe acaba assumindo a posição em um momento crucial do time (Miami Sharks). No começo fica inseguro (a ponto de vomitar em campo) e vacilante mas conforme vão passando os jogos se torna auto confiante a ponto de se tornar totalmente arrogante, desmerecendo os demais colegas de equipe e até mesmo o próprio treinador.

No fundo o roteiro de "Um Domingo Qualquer" foca sobre as características de personalidade que formam o caráter de um verdadeiro líder de equipe. Isso é bem demonstrado na relação do quaterback Foxx com os demais jogadores. A partir do momento em que se torna queridinho da mídia ele passa a se auto vangloriar em demasia e o pior começa a criticar abertamente outros membros do time. Obviamente que em um esporte coletivo isso é literalmente dar um tiro no pé! A direção de Oliver Stone (que faz pequenas aparições como um comentarista esportivo) é centrada muito em uma edição que de certa forma imita as transmissões de jogos de canais como ESPN. Tudo muito rápido, nervoso, tentando captar a paixão e o calor do momento das partidas. Funciona? Sim, em termos. Dramaticamente era de se esperar um melhor aproveitamento de Al Pacino em cena mas isso não acontece. Como eu disse Stone preferiu mesmo glorificar a NFL. Se você gosta de filmes esportivos pode vir certamente a apreciar. Já os que querem ver o talento de Al Pacino podem ficar um pouco decepcionados. No final vale a pena assistir embora não seja dos melhores trabalhos de Oliver Stone.

Um Domingo Qualquer (Any Given Sunday, Estados Unidos, 1999) Direção: Oliver Stone / Elenco: Al Pacino, Cameron Diaz, Dennis Quaid, James Woods, Jamie Foxx, LL Cool J, Matthew Modine, Charlton Heston, Aaron Eckhart e Tom Sizemore / Sinopse: Um íntimo olhar sobre os bastidores do futebol americano, passando desde os jogadores até os treinadores, a mídia e os donos de times, que controlam o jogo como um grande negócio que lucra milhões de dólares todo ano.

Pablo Aluísio.