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terça-feira, 2 de novembro de 2021

Despedida em Las Vegas

Temos nesse filme o último grande trabalho de atuação de Nicolas Cage. E qual é a história que esse filme nos conta? Ben Sanderson (Nicolas Cage), um roteirista fracassado que perdeu tudo por causa de seu alcoolismo, resolve ir até Las Vegas para literalmente beber até morrer! Em sua trajetória de auto destruição ele acaba encontrando consolo, amizade e amor em uma prostituta chamada Sera (Elisabeth Shue). Juntos eles começam uma jornada de exageros de todos os tipos na cidade do pecado, o lugar onde tudo é perdoado, onde as histórias são esquecidas ou não contadas, na cidade de Las Vegas. Inegavelmente temos aqui um grande filme, provavelmente o melhor momento de toda a carreira do ator Nicolas Cage. Hoje em dia Cage coleciona filmes ruins, mas não se engane. Ele é um ator realmente talentoso. Seu único problema é aceitar filmes péssimos para atuar. Porém quando teve a oportunidade mostrou mesmo qut tinha talento de sobra em cena, como nesse filme.

"Despedida em Las Vegas" tem aquele tipo de roteiro ideal para grandes atuações. Sem uma excelente dupla de atuação a história simplesmente não funcionaria. Felizmente tanto Cage como Shue estão particularmente inspirados em seu trabalho. O cenário não poderia ser mais adequado, uma Las Vegas completamente kitsch e excessiva, mas ao mesmo tempo pouco acolhedora e impessoal. Como se trata de um script desenvolvido completamente para os atores o filme acabou rendendo excelentes frutos para sua dupla central. Os dois personagens centrais são almas perdidas. Estão naquela fase da vida em que tudo já pareceu dar errado. Os sonhos e planos naufragaram. Não resta mais esperanças. Então eles decidem afundar na bebida, em festas sem sentido e em muitos excessos etílicos. Dizem que Cage se embebedou de verdade para fazer várias cenas. Talvez por isso esteja tão convincente. O seu trabalho lhe valeu um merecido Oscar. Então é isso,  "Despedida em Las Vegas" é uma excelente opção caso você esteja em busca de grandes atuações. Também apresenta um roteiro bem humano, visceral e verdadeiro que expõe a fragilidade de uma pessoa buscando o caminho da redenção através de sua própria destruição física e psicológica. Uma jornada sem parada rumo ao fim. 

Despedida em Las Vegas (Leaving Las Vegas, Estados Unidos, 1995) Direção: Mike Figgis / Roteiro: Mike Figgis, baseado no romance escrito por John O'Brien / Elenco: Nicolas Cage, Elisabeth Shue, Julian Sand / Sinopse: Um homem decepcionado com sua própria vida parte para uma jornada de excessos e auto destruição em Las Vegas durante um fim de semana alucinado. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Nicolas Cage).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Piranha

O primeiro filme dessa franquia "Piranha" foi lançado ainda no final dos anos 1970. Era claramente um filme que tentava surfar a onda do sucesso de "Tubarão" de Steven Spielberg. Depois de algumas sequências realmente ruins como "Piranhas 2: Assassinas Voadoras" e filmes que eram pura imitação trash como "Piranhaconda" e "Mega Piranha", o estúdio do primeiro filme resolveu fazer um remake, mas com outra pegada, partindo até mesmo para uma espécie de auto paródia. Esse filme aqui tem em seu favor o desenvolvimento da tecnologia digital. Assim ao contrário das piranhas do primeiro filme, que eram mais peixes comuns, temos aqui um tipo de piranha pré-histórica, que todos achavam estar extintas. Elas saem das profundezas de um lago após um pequeno tremor de terra. Nesse mesmo lago, claro, tem uma mega festa de verão. Garotas de bikini dançam sensualmente, a bebida rola solta e a balada não tem hora para terminar.

Então você junta um bando de jovens com um cardume de piranhas sedentas em um lago no Arizona e pronto... estão presentes todos os elementos que os fãs queriam encontrar em um filme como esse. Agora imagine um lago de águas cristalinas que logo se transforma em uma poça de sangue vermelho. É isso, o filme exagera no gore e tudo se torna uma grande matança de garotas bonitas de silicone nos seios. O elenco tem duas presenças interessantes. A primeira vem com Richard Dreyfuss. Aqui há uma referência óbvia ao primeiro Tubarão. Pena que o Dreyfuss é logo trucidado pelas piranhas assassinas. Já a atriz Elisabeth Shue paga um mico enorme como a xerife que tenta colocar ordem naquela bagunça. Para quem já foi indicada ao Oscar ter esse filme na sua filmografia pessoal não deixa de trazer uma certa vergonha alheia.

Piranha (Piranha 3D, Estados Unidos, 2010) Direção: Alexandre Aja / Roteiro: Pete Goldfinger / Elenco: Elisabeth Shue, Jerry O'Connell, Richard Dreyfuss, Christopher Lloyd / Sinopse: Piranhas da pré-história que viviam em cavernas subterrâneas de um lago no Arizona, se soltam após um tremor de terra. Sedentas e ferozes, elas passam a atacar um numeroso grupo de jovens que fazem uma grande festa nesse mesmo lago azul.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Segredos de uma Novela

Título no Brasil: Segredos de uma Novela
Título Original: Soapdish
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Michael Hoffman
Roteiro: Robert Harling
Elenco: Sally Field, Robert Downey Jr, Kevin Kline, Elisabeth Shue, Whoopi Goldberg, Cathy Moriarty

Sinopse:
Uma ambiciosa atriz de telenovelas se une com seu produtor para prejudicar a carreira da estrela do programa, uma profissional com longa carreira no mundo da televisão. Com isso uma guerra de egos e puxões de tapete logo se espalha por toda a emissora de TV que produzi a novela.  

Comentários:
Um filme leve, divertido, para se assistir sem maiores compromissos. Para os cinéfilos o que vai soar mais interessante é o elenco, realmente excelente. E o mais curioso é que são atores e atrizes de cinema interpretando atores e atrizes de telenovelas, cada um mais egocêntrico do que o outro. Claro que isso resulta em um filme muito divertido e bem atuado. Afinal como profissionais do mundo da atuação todos eles certamente já cruzaram com situações parecidas em suas carreiras. Artistas bem orgulhosos de si mesmos, muitos deles embriagados pela própria fama, um querendo derrubar o outro em busca da fama e do sucesso. O filme acabou ganhando uma indicação ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator para Kevin Kline, mas em minha opinião todo o elenco deveria ter sido indicado. Todos estão ótimos em cena, se divertindo como nunca, com destaque para Robert Downey Jr, aqui em uma fase em que ele tentava se recuperar dos problemas relacionados às drogas, algo que quase destruiu toda a sua carreira.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

The Boys

Finalmente comecei a assistir essa série "The Boys". A premissa é interessante. Imagine um mundo com muitos super-heróis. Em determinado momento é informado ao espectador que existem mais de 200 apenas dentro dos Estados Unidos. Pois bem, essa seria uma situação interessante. Agora imagine que esses super-heróis não sejam virtuosos, não sejam boas pessoas. Pelo contrário, são todos canalhas, arrogantes, egocêntricos, assediadores e... criminosos! Embaixo da imagem pública, eles seriam na verdade meros crápulas com roupas espalhafatosas. Todos os personagens de heróis que vemos aqui são versões mais bregas dos personagens da DC Comics (Não vi até agora nenhum destruindo a imagem de heróis da Marvel). A série já conta com três temporadas até o momento. Seu criador disse recentemente em entrevista que ela só durará, se tudo der certe, cinco temporadas. Nessa primeira temporada foram produzidos apenas 8 episódios. Comento abaixo os episódios, conforme for assistindo.

The Boys 1.01 - The Name of the Game
Esse primeiro episódio, como era de esperar, apresenta os principais personagens. Uma jovem com poderes especiais, que sonha em fazer parte do seleto grupo de super-heróis, acaba descobrindo que para conseguir sua vaga ali entre a elite dos heróis vai precisar se submeter sexualmente a um deles. Puro assédio sexual, da pior espécie. Uma amostra do verdadeiro caráter daquelas pessoas. Isso demonstra que essa série definitivamente não é para menores. Na outra linha narrativa um jovem comum, que trabalha numa loja de eletrodomésticos e eletrônicos, vê sua namorada praticamente "evaporar" após um super-herói ultra veloz (uma paródia do Flash) bater nela em velocidade supersônica. A empresa que controla os super-heróis oferece a ele então 45 mil dólares de indenização. E a chegada de um sujeito que se diz agente do FBI e que quer pegar os super-heróis muda sua vida de forma completa. Bom episódio, bem produzido e com roteiro redondinho. Gostei bastante. Agora é acompanhar os que virão. / The Boys 1.01 - The Name of the Game (Estados Unidos, 2019) Direção: Dan Trachtenberg / Roteiro: Eric Kripke / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Elisabeth Shue, Antony Starr. 

The Boys 1.02 - Cherry
O translúcido é colocado dentro de uma gaiola com eletricidade. Ele está preso, mas o que é complicado mesmo é achar uma maneira de matar o tal super-herói. Ele resiste a praticamente tudo, eletrochoques, tiros, o diabo a quatro. Então o francês pensa um pouco e acha uma maneira, mas como? Colocando um explosivo plástico em seu ânus! Não é fácil, mas tem jeito. Enquanto os caras vão arranjando um jeito de matar o translúcido, o Capitão Pátria (uma óbvia sátira ao Superman) tenta contornar seu próprio mau caratismo. Ele chegou ao ponto de derrubar um avião comercial só para matar o prefeito. Em conclusão, é um psicopata mesmo, disfarçado de super-herói. E a Starlight? Tem sua primeiro missão como heroína no cais do porto. O complicado é ir ao lado do Profundo, que não passa de um mau caráter e assediador sexual da pior espécie. / The Boys 1.02 - Cherry (Estados Unidos, 2019) Direção: Matt Shakman / Roteiro: Eric Kripke/ Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 1.03 - Get Some  
O Translúcido foi pelos ares, em pedacinhos, isso literalmente falando. Seus restos são colocados em uma caixa de zinco e jogado na baía. O Capitão Pátria não conseguiria ver através desse metal (alguém ai lembrou do chumbo e do Superman?). Pois é, isso mesmo. Enquanto isso o Trem Bala é desafiado para uma corrida. Seria ele ainda o homem mais rápido do mundo? Seu desafiante se chama Onda de Choque. E com medo de perder o Trem bala usa uma droga chamada V, arranjada pela sua namorada Lâmina. Coisa da pesada e ilegal. E os marqueteiros continuam a mandar e desmandar nos super-heróis, interferindo até mesmo em seus trajes. Quanto mais sensuais, melhor. Por fim o trio que matou o Translúcido ganha um novo membro, um cara que atende pelo apelido de "Leitinho da Mamãe". Vê se pode uma coisa dessas... / The Boys 1.03 - Get Some (Estados Unidos, 2019) Direção: Philip Sgriccia / Roteiro: George Mastras, Eric Kripke / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 1.04 - The Female of the Species
Um avião é sequestrado por terroristas. Queen Maeve e o Capitão Pátria são enviados e aqu vemos como esse sujeito é totalmente despido de qualquer cárater. Quando ele percebe que o avião vai cair, com quase 200 pessoas a bordo, tudo o que ele faz é dar de costas, deixando aqueles passageiros à própria sorte. Sequer admite salvar algumas delas, pois se fizer isso vai "manchar sua imagem", pois quem sobreviveu seguramente iria contar para os outros o que havia acontecido. Um horror! A loirinha estrela? Sai com um carinha para o boliche, sem sequer desconfiar que ele quer mesmo é grampear seu celular. Por fim a cena do golfinho é de um humor negro tão grande que você fica sem saber se ri ou chora! Totalmente nonsense. / The Boys 1.04 - The Female of the Species (Estados Unidos, 2019) Direção: Frederick E.O. Toye / Roteiro: Craig Rosenberg, Eric Kripke / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 1.05 - Good for the Soul 
Esses super-heróis são grandes exemplos de hipocrisia. O Capitão Pátria, depois de ter virado as costas para as pessoas que morreram naquela desastre de avião, participa de uma cerimônia em homenagem a todas elas. E chora, e faz discurso e arrota mentiras. O sujeito é completamente asqueroso (e gosta de mamar como um bebezinho indefeso, olha o tamanho da imbecilidade). Já a "virgem profissional" Luz Estrela mente em uma convenção de evangélicos. Enquanto o pastor principal (bem conhecido por ser um gay nos bastidores) fala palavras de ordem, ela confessa para o público que ainda é virgem (mentira deslavada, meus irmãos). Enfim, mais um bom episódio dessa série que veio para acabar com o universo dos heróis de quadrinhos. / The Boys 1.05 - Good for the Soul (Estados Unidos, 2019) Direção: Stefan Schwartz / Roteiro: Anne Cofell Saunders, Eric Kripke / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 1.06 - The Innocents
Esse episódio traz respostas para perguntas importantes dentro da série. A primeira delas é a resposta para a seguinte pergunta: Por que Billy Butcher odeia tanto os super-heróis? A resposta? No passado o Capitão Pátria seduziu, estuprou e matou sua esposa. Isso mesmo, enquanto posa de herói da virtude, o tal sujeito não passa mesmo de um criminoso. Outra questão: De onde vem os poderes dos super-heróis de The Boys? Ora, vem do componente V que foi aplicado neles quando ainda eram bebezinhos. Como se pode perceber o mundo dos heróis de The Boys é pura falsidade, escrotidão e hipocrisia. Algo demolidor na imagem de qualquer galeria de super-heróis. / The Boys 1.06 - The Innocents (Estados Unidos, 2019) Direção: Jennifer Phang / Roteiro: Eric Kripke / Elenco: Karl Urban, Erin Moriarty, 

The Boys 1.07 - Butcher, Baker, Candlestick Maker
Nessa altura da série já sabemos que o Capitão Pátria é um tremendo de um canalha. Não tem nada de heroísmo em sua personalidade. E ficamos também sabendo mais detalhes de sua vida no passado. Na verdade ele não foi criado por uma família, como ele mesmo diz em falsos documentários exibidos na TV. Ele foi criado mesmo como sendo um "rato de laboratório". Nesse episódio ele volta para visitar o homem que coordenava o experimento que cuidava dele desde que nasceu. E o pior de tudo, o sujeito revela que ele teve um filho, que essa criança rasgou a barriga da própria mãe para nascer e que morreu logo depois. E todos pensavam que o Capitão Pátria não podia se reproduzir. Pior do que tudo, a mulher que havia ficado grávida dele era justamente a esposa do Butcher - algo simplesmente horrível, em todos os aspectos! / The Boys 1.07 - Butcher, Baker, Candlestick Maker (Estados Unidos, 2020) Direção: Stefan Schwartz / Roteiro: Craig Rosenberg, Eric Kripke / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 1.08 - You Found Me
Como termina a série "The Boys"? Ou pelo menos como termina a primeira temporada? Com muitas surpresas. Billy Butcher fica pasmo ao descobrir que sua mulher está viva! Como bem sabemos ele tem essa sede de vingança contra os super-heróis porque acredita que o Capitão Pátria estuprou e matou sua esposa. Só que nada foi dessa maneira. Ela está viva e é mãe de um garoto, de uns 12 anos de idade. O pai desse garoto? Ele mesmo, o Capitão Pátria! E para quem ainda acredita em uma só pequena dose de bondade desse super-herói o episódio traz a chocante morte de Madelyn Stillwell (Elisabeth Shue). Ela é assassinada com requintes de crueldade por ele mesmo, sim... o Capitão Pátria! Logo ele, que parecia ter um relacionamento amoroso com ela. Nada de especial. Quando ele descobre algumas coisas de seu passado nem pensa duas vezes, a mata com seus olhos de raios lasers. Terrível. Por fim, como gancho para a segunda temporada temos duas coisas importantes. 1) A Luz Estrela decide ajudar os amigos de seu namorado. 2) Há um super vilão terrorista à solta no Oriente Médio. As coisas pelo visto só vão piorar! / The Boys 1.08 - You Found Me (Estados Unidos, 2019) Direção: Eric Kripke / Roteiro: Anne Cofell / Elenco: Karl Urban, Antony Starr, Elisabeth Shue.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

O Amigo Oculto

Título no Brasil: O Amigo Oculto
Título Original: Hide and Seek
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Polson
Roteiro: Ari Schlossberg
Elenco: Robert De Niro, Dakota Fanning, Famke Janssen, Elisabeth Shue, Amy Irving, Dylan Baker

Sinopse:
Enquanto um viúvo tenta recompor sua vida após o suicídio de sua esposa, sua filha encontra consolo, a princípio, em seu amigo imaginário. Uma estranha entidade que responde ao nome de Charlie. Seria apenas imaginação da menina ou algo sobrenatural estaria se manifestando naquela casa? Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards na categoria de melhor atriz (Dakota Fanning).

Comentários:
Esse é um bom thriller de terror e suspense. Gosto de filmes assim porque o roteiro sempre procura sugerir, ao invés de mostrar logo tudo, estragando as surpresas para o espectador. Já dizia Alfred Hitchcock que para se fazer um bom filme de suspense a sugestão era o mais importante aspecto a se desenvolver no roteiro. É justamente o que ocorre nesse filme. Bobby De Niro interpreta um homem que perde sua esposa. Só sobra ele e sua filha, uma criança. Dakota Fanning, pirralhinha e com cabelos escuros, consegue surgir em cena bem assustadora. Ela afirma ter um amigo imaginário chamado "Charlie". No começo o pai não dá muita atenção, até entra na brincadeira, mas depois as coisas começam a ficar bem esquisitas, estranhas e perigosas. Há um clima sufocante durante todo o filme, com a tensão dessa presença que ninguém pode decifrar. Seria "Charlie" apenas fruto da imaginação da menina ou teria algum fundo de verdade naquilo tudo que estaria acontecendo? Imagine entrar no banheira da filhinha e ver uma espécie de "altar", com velas e tudo, dedicado a esse amigo imaginário. Bem assustador, não é mesmo? Por isso deixo a dica desse bom filme. Depois de assisti-lo essa figura do "amigo imaginário" ganhará outros contornos em sua mente.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Greyhound

Título no Brasil: Greyhound - Na Mira do Inimigo
Título Original: Greyhound
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Aaron Schneider
Roteiro: Tom Hanks
Elenco: Tom Hanks, Elisabeth Shue, Stephen Graham, Matt Helm, Craig Tate, Rob Morgan

Sinopse:
Com roteiro baseado no livro The Good Shepherd, escrito por C.S. Forester, o filme conta a história do capitão Krause (Tom Hanks). Durante a Segunda Guerra Mundial ele é designiado para comandar o destróier americano Greyhound. Sua primeira missão é escoltar um comboio de navios americanos com destino a Liverpool, na Inglaterra. No meio da jornada surgem submarinos da Marinha nazista, com a missão de afundar todos os navios do comboio.

Comentários:
Muito bom esse filme. Aliás devo dizer que é um filme de guerra ao velho estilo, como há muito não se via sendo produzido. O enredo é rápido e eficaz, feito para um público que deseja ver grandes batalhas navais. E aqui temos navios de guerra dos Estados Unidos enfrentando submarinos alemães, conhecidos pela sigla U-Boat. O objetivo dos americanos é proteger um grande comboio de navios mercantes no Atlântico Norte. Já a marinha da Alemanha nazista tem como missão afundar todos eles, não apenas para prejudicar os inimigos, mas também para sufocar a economia da Inglaterra, que precisava desses comboios com alimentos, mercadorias e também soldados que iriam lutar ao lado dos ingleses. O filme vai direto ao ponto. Há uma breve cena no começo mostrando o capitão de Tom Hanks pedindo a mão de uma mulher em casamento (sem sucesso) e depois o roteiro vai logo para o meio do Oceano onde toda a ação vai se desenrolar. E de repente o espectador se sente no meio da batalha, quando os navios dos aliados são cercados por seis submarinos alemães. Uma arma de guerra realmente mortal, como vemos nos acontecimentos retratados no filme. Como destruir um submarino se não há como vê-lo, apenas seguindo pistas deixadas pelo sonar? Outro aspecto digno de nota é que o militar interpretado por Tom Hanks é um homem de fé, capaz inclusive de lamentar a morte do inimigo. Além disso ele tem uma certa insegurança no comando, pois aquele teria sido o primeiro navio de guerra a comandar e ainda mais em uma situação limite, que exigiria todos os seus talentos como marinheiro. Enfim, ótimo filme de guerra. Um dos melhores já lançados nos últimos anos. Não deixe de conferir não apenas o talento de Hanks como ator, mas também como escritor, pois ele mesmo escreveu o roteiro. Ficou muito bom.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Uma Loira em Minha Vida

Título no Brasil: Uma Loira em Minha Vida
Título Original: The Marrying Man
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Jerry Rees
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Kim Basinger, Alec Baldwin, Robert Loggia, Elisabeth Shue, Armand Assante, Paul Reiser

Sinopse:
O playboy milionário Charley Pearl (Alec Baldwin) acaba conhecendo a cantora e corista de Las Vegas Vicki Anderson (Kim Basinger). Claro, ele fica caidinho pela loira, mas há um problema e tanto a superar. Ela é uma das garotas do gângster Bugsy Siegel, famoso mafioso da época.

Comentários:
Esse filme ficou mais conhecido por causa das histórias de bastidores do que por qualquer outra coisa. E de fato o filme em si não se destaca pelas suas qualidades cinematográficas, mas sim pelas fofocas que aconteceram no set de filmagens. Na época muito se divulgou que o ator Alec Baldwin ficou perdidamente apaixonado pela atriz Kim Basinger. E desse romance não surgiu uma bela história de amor, mas sim um relacionamento explosivo, com muitas brigas e vexames, inclusive na frente de toda a equipe técnica que trabalhava no filme. Assim a imprensa marrom, sensacionalista, fez a festa. Todas as semanas surgiam notícias escandalosas sobre o casal. E o que sobrou em termos de cinema? Basicamente apenas um filme levemente divertido, mediano, em outras palavras uma comédia romântica como tantas outras que chegavam nas telas de cinema da época. Sem maiores surpresas acabou não fazendo sucesso de bilheteria. Nem a presença do sempre ótimo Neil Simon, aqui escrevendo o roteiro, ajudou a melhorar a situação. Já para o Baldwin, bem, o filme mudou a vida dele para sempre. Pena que pelos motivos errados, é bom salientar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Desejo de Matar

O filme "Desejo de Matar" de 1974 foi um dos maiores sucessos da carreira do ator Charles Bronson. Grande sucesso de bilheteria rendeu várias continuações ao longo dos anos. Agora temos um ramake daquele clássico de ação. No lugar de Bronson entra Bruce Willis. A trama segue basicamente a mesma, com pequenas e pontuais modificações. A profissão do protagonista, por exemplo, mudou. No filme original ele era um arquiteto, agora Willis interpreta um médico. De resto tudo segue na mesma linha. Ele é o pai da família feliz, com uma bela esposa e uma filha estudiosa que está prestes a entrar na universidade. Tudo caminhando muito bem, até que a família se torna vítima da extrema violência que assola Chicago.

Três criminosos invadem a casa, fazendo de reféns mãe e filha. Eles querem dinheiro e joias que estão em um cofre. O assalto foge do controle quando a filha tenta reagir, no meio da confusão as duas são baleadas. O Dr. Paul Kersey (Bruce Willis),  considerado um homem racional e equilibrado, começa a perceber que nem sempre confiar nas forças policiais traz algum resultado. O departamento tem centenas de casos abertos, sem solução. Há poucos investigadores para tantos crimes. Os homens que mataram sua esposa estão soltos, livres para cometer outros assassinatos. Assim ele resolve fazer justiça com as próprias mãos. Com a posse de uma arma, ele começa a investigar, ir atrás dos criminosos. Quem assistiu a algum filme da série original "Desejo de Matar" sabe bem o que acontece daí para a frente. O roteiro é um dos mais emblemáticos nessa temática de justiceiro das ruas. Aliás foi copiado à exaustão por anos e anos por outras produções ao longo de todo esse tempo.

Apesar da falta de novidades, confesso que gostei do filme. Bruce Willis é uma ótima escolha para substituir Charles Bronson. Isso não apenas pelo fato dele ter estrelado filmes de ação por toda a sua carreira, mas também por convencer plenamente como um homem comum, pai de família, que entende que deverá sujar as mãos para fazer a justiça que tanto espera. Isso não aconteceria caso Stallone estrelasse o filme. Aliás o ator havia acertado com o estúdio que iria estrelar essa fita. Quando a pré produção começou a ser feita era o nome de Stallone que figurava nos cartazes promocionais do filme. Só que o ator, na última hora, resolveu pular fora. Para amigos disse que seria complicado superar Charles Bronson em um filme tão associado a ele. Com isso Bruce Willis foi contratado. Decisão bem certeira, já que o resultado ficou realmente bom. Simples e eficiente esse novo "Desejo de Matar" cumpre o que promete e não desmerece o legado de Charles Bronson.

Desejo de Matar (Death Wish, Estados Unidos, 2018) Direção: Eli Roth / Roteiro: Joe Carnahan, baseado no romance policial escrito por Brian Garfield / Elenco: Bruce Willis, Dean Norris, Elisabeth Shue, Vincent D'Onofrio / Sinopse: Após sua esposa ser morta em um assalto em sua casa, o médico e pacata pai de família Dr. Paul Kersey (Bruce Willis) começa a perceber que os criminosos ficaram soltos. A polícia de Chicago tem centenas de casos em aberto, sem solução. Falta investigadores e infra estrutura. Assim ele decide fazer justiça com as próprias mãos, indo atrás dos assassinos para eliminar um a um os bandidos.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Uma Noite de Aventuras

Título no Brasil: Uma Noite de Aventuras
Título Original: Adventures in Babysitting
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Chris Columbus
Roteiro: David Simkins
Elenco: Elisabeth Shue, Maia Brewton, Keith Coogan
  
Sinopse:
Chris (Elisabeth Shue) é uma babysister que se vê em uma situação completamente incomum. Ela precisará sobreviver às armadilhas de uma grande cidade enquanto tenta manter as crianças de que está cuidando em segurança. Filme indicado ao Kids' Choice Awards nas categorias de Melhor Atriz (Shue) e Melhor filme para o público adolescente. Premiado pelo Paris Film Festival na categoria de Melhor Atriz (Shue).

Comentários:
Essa safra de filmes de 1987 foi muito boa. Até mesmo comédias adolescentes que na maioria das vezes eram lançadas diretamente no mercado de vídeo VHS eram acima da média. Esse filme não tive a oportunidade de assistir na época. Só depois quando ele foi exibido na TV tive a oportunidade de conferir - e mesmo assim apenas uma única vez. Minha maior atração para ver o filme era a presença da atriz Elisabeth Shue. Linda, talentosa e inteligente ela deu um tempo na carreira para se formar na prestigiada universidade de Harvard. É a tal coisa, mulheres inteligentes estão em outro nível. Pois bem, como era de praxe a direção do cineasta Chris Columbus, temos aqui uma diversão bem familiar, feito para toda a família assistir. Por isso o roteiro é até mesmo meio bobo, mas isso faz parte do jogo. Era algo comum até na época. O enredo é igualmente adolescente. Mesmo assim tudo se salva pela presença carismática de Shue. Anos depois, já formada, ela voltou para o mundo do cinema se tornando dessa vez uma grande atriz, ao ponto de ter sido indicada ao Oscar pela sua ótima atuação em "Leaving Las Vegas". Nada como o passar dos anos para amadurecer ainda mais um talento natural.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de abril de 2017

A Vingança de Bette

Título no Brasil: A Vingança de Bette
Título Original: Cousin Bette
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Des McAnuff
Roteiro: Lynn Siefert
Elenco: Jessica Lange, Elisabeth Shue, Bob Hoskins, Hugh Laurie, Geraldine Chaplin, Kelly Macdonald
  
Sinopse:
Em Paris, no século XIX, vive Bette Fisher (Jessica Lange). Ela nunca se casou e por isso se tornou alvo de todos os tipos de preconceitos da sociedade da época. Quando a matriarca da família, madame Adeline Hulot (Geraldine Chaplin), falece, cabe a Bette cuidar de todos os demais familiares, mas ridicularizada e humilhada, ela começa a criar planos para arruinar todos aqueles que lhe fizeram mal. Para isso conta com a ajuda de Jenny Cadine (Elisabeth Shue), atriz e prostituta de Paris.

Comentários:
Excelente filme, inspirado no romance de época escrito por Honoré de Balzac. Esse celebrado escritor se notabilizou pelos textos que expunham a hipocrisia da alta sociedade parisiense de seu tempo. As chamadas grandes e tradicionais famílias sempre tinham algo de podre a esconder, revelando instintos mesquinhos, atitudes grotescas, tudo por baixo de uma imagem falsa, tentando passar algum tipo de nobreza humana. Esse filme fez jus ao texto de Balzac. Há um tom de humor negro em cada situação, justamente por expor essa mediocridade das pessoas. Além do excelente roteiro outra coisa chama a atenção nessa produção: seu ótimo elenco, formado basicamente por atrizes extremamente talentosas, com destaque para as duas protagonistas interpretadas respectivamente por Jessica Lange e Elisabeth Shue (em seu primeiro papel realmente importante e interessante na carreira). Até mesmo a grande dama da interpretação Geraldine Chaplin está presente, trazendo muita dignidade para sua personagem, a de uma mulher aristocrata e verdadeiramente digna. Infelizmente mesmo com tantas qualidades o filme acabou sendo ignorado pela Academia, em mais uma de suas grandes injustiças.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Crime em Palmetto

Título no Brasil: Crime em Palmetto
Título Original: Palmetto
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Volker Schlöndorff
Roteiro: James Hadley Chase, E. Max Frye
Elenco: Woody Harrelson, Elisabeth Shue, Gina Gershon
  
Sinopse:
Na ensolarada Flórida, a fútil e ambiciosa Rhea Malroux (Elisabeth Shue) faz um pacto criminoso com o jornalista Harry Barber (Woody Harrelson). Ele deve simular um sequestro envolvendo ela, para tirar dinheiro de seu marido, um milionário que ela sinceramente detesta. Barber, que acabou de sair da prisão, acaba aceitando a proposta, mal sabendo ele na mortífera armadilha em que está se envolvendo.

Comentários:
A atriz Elisabeth Shue interrompeu uma promissora carreira no cinema para se formar na prestigiada universidade de Harvard nos Estados Unidos. Após a conclusão de seu curso ela tentou várias vezes retomar seu trabalho como atriz e esse thriller policial chamado "Palmetto" foi uma das tentativas. O filme não teve grande bilheteria e no Brasil só foi lançado em vídeo, mesmo assim há coisas interessantes nessa produção. A primeira delas é a forma em que o roteiro tenta reviver os antigos filmes noir dos anos 40. Claro que sob uma perspectiva histórica não há comparações, porém essa personagem interpretada por Shue traz todos os elementos que fizeram a fama das famosas mulheres fatais dos filmes antigos clássicos. Em essência ela é uma víbora que se aproveita da fragilidade dos que estão ao redor para manipula-los ao seu bel prazer. Uma psicótica que tenta dar um grande golpe em seu marido, ao mesmo tempo em que destrói a vida do jornalista que a ajuda nessa empreitada criminal. Outro ponto a favor é a atuação do ator Woody Harrelson. Sempre gostei de seu estilo. Seu jeito redneck de ser é uma marca característica que sempre funciona. Então deixamos a dica desse bom policial que explora o lado mais sórdido dos seres humanos. Afinal todo cuidado é pouco.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

O Santo

Título no Brasil: O Santo
Título Original: The Saint
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: Leslie Charteris, Jonathan Hensleigh
Elenco: Val Kilmer, Elisabeth Shue, Rade Serbedzija
  
Sinopse:
Simon Templar (Val Kilmer) é um ladrão internacional de jóias que acaba sendo contratado por um misterioso russo chamado Ivan Tretiak (Rede Serbedzija). Ele quer que Simon roube uma fórmula secreta desenvolvida pela cientista britânica Emma Russell (Elisabeth Shue). Essa fórmula permite a dominação de um processo de fusão a frio, algo que Ivan deseja usar em seus planos de dominação. Simon realiza com sucesso sua missão, mas no meio do caminho acaba se apaixonando pela doutora Emma, algo que lhe trará muitos problemas.

Comentários:
Não deu muito certo essa adaptação para o cinema do personagem conhecido como "O Santo". Na verdade o que temos aqui é uma adaptação muito tardia de uma série de espionagem que foi muito popular nos anos 60. Estrelado por Roger Moore (que iria se tornar o futuro James Bond após a saída de Sean Connery), o programa ficou seis temporadas no ar, entre os anos de 1964 e 1969. Tipicamente um produto da época, em plena guerra fria envolvendo americanos e soviéticos (russos), a série fez muito sucesso, alcançando o topo da audiência em seus anos de auge. O problema é que nos anos 90 poucos ainda se lembravam do programa original. O público jovem na verdade não sabia do que se tratava. Val Kilmer, já naquela época em condição de "ex-astro", já não conseguia atrair bilheteria. Mal lançado nos cinemas, com o marketing errado, a produção acabou afundando, se tornando um grande fracasso, o que não deixa de ser uma pena pois sendo bem sensato o filme ainda tinha como mérito aquele charme vintage, nostálgico, de um personagem dos tempos psicodélicos. De uma forma ou outra não se torna uma perda de tempo completo. Sim, tem lá suas qualidades, embora em seu lançamento original tenha sido solenemente ignorado por público e crítica.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de janeiro de 2016

De Volta Para o Futuro Parte II

Título no Brasil: De Volta Para o Futuro Parte II
Título Original: Back to the Future Part II
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale
Elenco: Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Elisabeth Shue, Thomas F. Wilson
  
Sinopse:
De volta para o futuro, o jovem Marty McFly (Michael J. Fox) e o cientista maluco Doc Brown (Lloyd) descobrem que algo inesperado aconteceu no passado, mudando a realidade do presente deles. Eles então percebem que precisam voltar mais uma vez até 1955 para modificar mais uma vez o passado, colocando tudo no caminho certo de uma vez por todas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Ken Ralston, Michael Lantieri, John Bell, Steve Gawley). Também vencedor do BAFTA Awards na mesma categoria.

Comentários:
Na primeira vez que assisti "De Volta Para o Futuro II" não gostei muito. Em minha opinião a metalinguagem do roteiro (onde os personagens entravam nos acontecimentos que vimos no primeiro filme) não funcionou muito bem. Com os anos o filme foi me parecendo bem melhor, embora até hoje considere apenas o primeiro filme da série realmente impecável. O terceiro também foi prejudicado pela falta de ideias novas, além das brincadeiras com o western, que nem sempre funcionavam direito. Aliás ambos os filmes foram rodados de forma simultânea pois a Paramount acreditava tanta na franquia que por questão de aproveitamento de custos resolveu rodar logo as duas sequências uma atrás da outra para maximizar seus lucros. Nesse segundo, como já escrevi, o maior problema vinha mesmo do roteiro que ficou excessivamente truncado. Algo semelhante aconteceu com a franquia do Exterminador do Futuro. Em ambos os casos o que temos é uma ótima ideia, realmente genial, que só funcionava muito bem em apenas um filme. Era realmente tudo muito bem bolado, porém também limitado em termos temporais. Tentar esticar uma trama por si simples para algo expansivo demais acabou de certa maneira esvaziando o que havia de mais criativo nesses filmes. Nesse filme, por exemplo, parte do charme do primeiro filme se foi. Temos dois Marty McFly em cena, o do primeiro filme que volta para 1955 e o segundo que volta lá para impedir que uma coisa importante venha a acontecer, mudando definitivamente os rumos do futuro. Esse segundo McFly fica o tempo todo caracterizado como se fosse um espião, com blusão de couro negro e um tipo de rádio amador portátil (pois é, não existia ainda o celular quando o filme foi realizado). De maneira em geral passa longe da qualidade do primeiro filme, embora seja longe de ser um filme ruim. Ele apenas não funciona tão bem quanto todos estavam esperando.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Piranha 3D

Título no Brasil: Piranha 3D
Título Original: Piranha 3D
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Alexandre Aja
Roteiro: Pete Goldfinger, Josh Stolberg
Elenco: Elisabeth Shue, Jerry O'Connell, Richard Dreyfuss

Sinopse:
O lago Victoria é um centro de férias e esportes aquáticos, muito apreciado por jovens em busca de muito sol e diversão. O que eles não contavam é que um tremor de terra liberasse um grupo de vorazes piranhas pré-históricas que voltam para devorar a moçada em busca apenas de namoricos, praia e amor. Salvem suas vidas!

Comentários:
Remake de "Piranha", um primo pobre de "Tubarão" que tentou pegar carona no grande sucesso de Steven Spielberg. Se o primeiro filme, o original, já não era grande coisa, imagine esse! Na verdade o que salva tudo mesmo é a própria atitude dos produtores que resolveram abraçar a galhofa e a auto paródia para tornar tudo ainda mais divertido. O argumento por si só já parece uma piada de besteirol, vamos convir. Em termos de elenco duas participações chamam a atenção do cinéfilo. O primeiro é a presença de Richard Dreyfuss que nos anos 1970 se notabilizou justamente por estar no filme "Tubarão". Provavelmente como agora é um veterano deve estar com problemas financeiros e anda topando tudo. A outra presença ilustre é a da atriz Elisabeth Shue que parece ter vindo diretamente dos anos 80. Ela, para quem não sabe, ficou muitos anos em dúvida entre se formar na prestigiada universidade de Harvard ou assumir sua carreira cinematográfica de vez. Bom, se depender desse "Piranha 3D" era melhor ela ter ficado em Harvard mesmo!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Homem Sem Sombra

Título no Brasil: O Homem Sem Sombra
Título Original: Hollow Man
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Gary Scott Thompson, Andrew W. Marlowe
Elenco: Kevin Bacon, Elisabeth Shue, Josh Brolin

Sinopse:
Sebastian Caine (Kevin Bacon) é o arrogante líder de um grupo de pesquisadores que consegue chegar na fórmula de um soro capaz de deixar qualquer um invisível. Empolgado pela descoberta Caine não se contém e resolve tomar a substância, ignorando os efeitos danosos que podem lhe causar no futuro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
A tecnologia em efeitos digitais chegou em um ponto na indústria americana de cinema que não há mais como avançar em frente. Provavelmente o ápice já foi atingido. Digo isso me embasando em filmes como esse, que foi realizado há 14 anos e ainda se mantém em evidência por causa dos excelentes efeitos produzidos em softwares de última geração já naquela época. Aliás os efeitos formam juntos a principal razão da existência dessa película. O enredo é antigo - basta lembrar do clássico "O Homem Invisível" de 1933 para entender isso - e o que justifica o remake é realmente as possibilidades de se contar a mesma estória embalada com a tecnologia de ponta com que conta os estúdios na modernidade. Com um elenco carismático - em especial Bacon e a ex-aluna de Harvard Shue - o filme ainda mantém o interesse. Pena que o talentoso diretor Paul Verhoeven tenha entrado numa maré de azar após esse filme, pois sempre o considerei um dos mais interessantes cineastas do mundo Sci-fi, bastando lembrar de "RoboCop - O Policial do Futuro", "O Vingador do Futuro", "Instinto Selvagem" e até mesmo "Tropas Estelares" para entender bem isso. Espero que um dia dê a volta por cima.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sonhadora

Título no Brasil: Sonhadora
Título Original: Dreamer: Inspired by a True Story
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: John Gatins
Roteiro: John Gatins
Elenco: Kurt Russell, Dakota Fanning, Kris Kristofferson, Freddy Rodriguez, Luis Guzman, Elisabeth Shue

Sinopse: 
O treinador Ben Crane (Kurt Russell) e sua filha, Cale Crane (Dakota Fanning), resolvem cuidar de um cavalo muito ferido. Não tarda para crescer um carinho muito grande entre eles. Aos poucos o animal vai se recuperando, ficando novamente saudável e superando todas as expectativas se torna um grande corredor das pistas. Em vista disso o treinador Crane decide ir mais longe e resolve inscrever o animal na Breeder's Cup, uma competição de cavalos de corrida.

Comentários:
Produzido pelo estúdio de Steven Spielberg e contando com um elenco acima da média esse "Sonhadora" até que não é mal. Na verdade esse tipo de filme sempre existiu em Hollywood, basta lembrar do recente "Cavalo de Guerra" (do próprio Spielberg), "Seabiscuit" ou indo mais em direção ao passado, do famoso "O Corcel Negro" de 1979. Essa produção porém é bem mais modesta do que os citados, que foram lançados em cinema e se tornaram, cada um ao seu jeito, sucessos de bilheteria. O roteiro usa e abusa de um certo chantagismo emocional com o espectador, usando até mesmo de fartas doses de pieguice (que sempre foi a marca registrada de Spielberg, aliás) mas que não chega a aborrecer muito. O segredo para curtir um filme como esse é manter as expectativas bem baixas, esperar por uma boa história - que é baseada em fatos reais - um final feliz e céu dourado ao longe nos letreiros finais. Se você tiver esse tipo de atitude sim, certamente se divertirá.

Pablo Aluísio.

domingo, 28 de julho de 2013

O Santo

Nesse amplo universo de super-heróis de quadrinhos existe toda uma galeria de personagens secundários que obviamente nunca chegaram nos mesmos patamares de sucesso dos mais famosos como Batman ou Superman. Um desses heróis de segundo escalão é justamente esse “O Santo”. O auge de popularidade desse misto de detetive e herói de aventura ocorreu na TV, durante a década de 1960. Nessa série o Santo era interpretado por Roger Moore, antes de virar o mais bem sucedido sucessor de Sean Connery no papel de James Bond, 007. Foi de certa forma até mesmo um treinamento e aprendizado para anos depois assumir o famoso agente inglês criado por Ian Fleming. Como o sucesso de bilheteria do Batman o estúdio Paramount resolveu investir nesse personagem, obviamente pensando em ter mais um grande sucesso de bilheteria nas mãos. Esse herói aliás tinha certo ponto de contato com o próprio Batman. Ele não tinha poderes naturais, apenas usava de inteligência e astúcia para vencer seus inimigos. Na verdade seu grande trunfo era o poder de se passar por outras pessoas, usando inúmeros disfarces.

A Paramount investiu quase 70 milhões nessa produção, gastou bastante em um marketing agressivo e contratou o ator Val Kilmer para interpretar o personagem principal. Como não poderia deixar de ser contratou os melhores profissionais, o que resultou em uma bonita direção de arte e locações inéditas para o cinema americano até então, como a própria praça vermelha em Moscou (que após o fim da União Soviética abriu suas portas para as produções americanas). Tudo pelo visto caminhava muito bem mas o público simplesmente não se interessou pelo filme, deixando as salas de exibição completamente vazias. Muito provavelmente os jovens (a grande massa que frequenta cinemas) simplesmente desconhecia o personagem, uma vez que apenas os mais velhos que tinham assistido a série na década de 60 ainda se lembravam do Santo. Some-se a isso a interpretação pouco empenhada de Kilmer e você realmente terá um resultado final muito morno, sem pique e garra para de fato ser um verdadeiro sucesso comercial e de crítica. O filme, como já foi dito, tem excelentes locações e uma bonita fotografia mas não tem carisma, o que ajudou a afundar a obra como um todo.

O Santo (The Saint, Estados Unidos, 1997) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Jonathan Hensleigh, baseado nos personagens criados por Leslie Charteris / Elenco: Val Kilmer, Elisabeth Shue, Rade Serbedzija / Sinopse: O Santo (Val Kilmer) é um personagem que usa de inteligência e astúcia para vencer seus inimigos. Aqui ele se envolve numa disputa por uma importante fórmula criada por uma cientista russa.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Karatê Kid - A Hora da Verdade

Esse é um dos clássicos do cinema jovem da década de 1980. Com personagens carismáticos e enredo bem bolado (embora sem surpresas), Karatê Kid caiu no gosto popular se tornando um grande sucesso de bilheteria. E qual era a fórmula do sucesso? A mesma de sempre. Um personagem fisicamente fraco e humilhado se rebela contra essa situação e através de treino e esforço ministrado por seu mestre consegue provar seu valor. Embora seja uma simplificação do enredo de “Karatê Kid” é basicamente nisso que se resume o filme. Na trama acompanhamos os problemas de Daniel Larusso (Ralph Macchio) e sua mãe (Randee Heller) que chegam para morar na ensolarada Califórnia. Para quem vivia na poluída New Jersey já era um avanço e tanto. Na nova cidade porém as coisas não saem muito bem para o jovem Larusso. Fisicamente franzino ele é constantemente intimidado pelos valentões locais. A única coisa positiva é sua amizade com Ali Mills (Elisabeth Shue), garota bonita e simpática que logo se torna próxima de Daniel. O problema é que como toda garota bonita ela também tem um ex-namorado forte e estúpido chamado Johnny (William Zabka) que junto de sua gangue de amigos começam a perturbar a paz e o sossego de Daniel. E quando os valentões se juntam para espancar Daniel eis que surge o Sr. Miyage (Pat Morita), um mestre de artes marciais que coloca o bando inteiro para correr!

Começa assim uma bela amizade entre Daniel e Miyage, abrindo as portas do roteiro para mostrar as diferenças entre o modo de ser e pensar dos orientais em contraste com o pensamento pragmático dos ocidentais. É óbvio que Karatê Kid tem muitos clichês, é claro que não estamos na presença de uma obra de arte cinematográfica das mais importantes, mas é verdade também que o filme é dos mais carismáticos da safra jovem da década de 80, sempre lembrado com carinho pelos cinéfilos em geral. O grande trunfo é, além da boa presença de cena do ator Ralph Macchio, o belo entrosamento que surge com seu parceiro Pat Morita. A relação não é tanto de mestre para aluno mas sim de amigos que passam juntos por dificuldades (Miyage sempre tentando entender o modo de ser dos americanos e Daniel tentando superar os problemas que tem com o brutamontes que quer lhe dar uma surra!). O filme assim sobrevive não apenas pelas cenas de lutas mas pelo roteiro bem trabalhado em cima da amizade entre os protagonistas. O filme fez tanto sucesso que deu origem a várias continuações (infelizmente não tão boas quanto esse primeiro filme). De qualquer forma fica a dica – e antes que me esqueça fica o conselho também: esqueça o remake feito com o filho do ator Will Smith pois é simplesmente horrendo! Prefira o original, sempre!

Karatê Kid – A Hora da Verdade (The Karate Kid, Estados Unidos, 1984) Direção: John G. Avildsen / Roteiro: Robert Mark Kamen / Elenco: Ralph Macchio, Pat Morita, Elisabeth Shue, Martin Kove, Randee Heller, William Zabka, Ron Thomas / Sinopse: Daniel (Ralph Macchio) é um jovem colegial, vítima de ameaças de um bando de valentões, que se une ao mestre de Karatê Sr. Miyagi (Pat Morita) que irá lhe ensinar os segredos dessa arte marcial milenar para se defender de seus agressores. Indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Pat Morita).

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de dezembro de 2012

A Última Casa da Rua

Bons filmes de suspense andam em falta ultimamente. Por essa razão esse "A Última Casa da Rua" é uma bela surpresa. O filme conta a estória de Sarah (Elisabeth Shue) e Elissa (Jennifer Lawrence), mãe e filha, que alugam uma bela casa ao lado de um parque nacional florestal. O imóvel tem aluguel mais barato do que o normal porque é vizinho a uma casa onde aconteceu uma terrível tragédia no passado quando uma jovem com problemas mentais assassinou seus pais. Para surpresa delas a casa ainda é habitada pelo único remanescente da família, o jovem  Ryan (Max Thieriot) que leva uma vida discreta e afastada dos demais moradores da região. A coisa muda quando Elissa acaba se tornando amiga de Ryan e depois sua namorada. Reservado, tímido e retraído o jeito de Ryan se torna irresistível para Elissa. Ela só não contava com o fato de que a realidade é bem diferente das aparências. "A Última Casa da Rua" lida muito bem em seu roteiro com a dualidade dos personagens. Também manipula muito bem o espectador, ora simpatizando com o romance, ora temendo pelo pior. No começo o espectador pode até mesmo achar meio clichê mas conforme avança o filme o enredo vai melhorando bastante, revelando novos fatos para surpresa de todos. Particularmente gostei bastante do background psicológico envolvido onde fizeram uma bela miscelânea de fatores internos e externos que acabam levando alguém a cometer atos psicóticos. Revelar mais seria temerário por isso não me aprofundarei demais na análise da trama. A surpresa é uma grande parte do sucesso do filme.

Liderando o elenco temos duas atrizes bem interessantes. Jennifer Lawrence está no auge de sua carreira e popularidade. Depois do grande sucesso "Jogos Vorazes" ela sedimenta seu espaço em Hollywood. A boa notícia é que ela é realmente talentosa e tem muito potencial para se tornar uma grande estrela - a má notícia é que está gordinha além do ponto. Bochechuda demais terá que se policiar de agora em diante para não perder a linha. Já Elizabeth Shue tem uma história interessante no cinema americano. Quando sua carreira estava decolando ela largou tudo para se formar na prestigiosa Universidade de Harvard, uma das melhores instituições de ensino superior do mundo. Depois de estar devidamente graduada tenta um retorno às telas agora. Esse é seu melhor filme até o momento. Se souber escolher bem seus papéis terá também um belo futuro pela frente. Outro que tenta alcançar o seu lugar ao sol é o próprio diretor Mark Tonderai. Com apenas cinco títulos na carreira - nenhum expressivo – esse ex- DJ e ator de séries tenta agora chamar a atenção dos grandes estúdios. Se depender de mais bons filmes como esse será bem sucedido. Em suma, "A Última casa da Rua" é uma boa opção para quem estava com saudades de bons thrillers de suspense com várias reviravoltas na trama. Não chega a ser brilhante mas é muito bom no final das contas. Por isso está devidamente recomendado.

A Última Casa da Rua (House at the End of the Street, Estados Unidos, 2012) Direção: Mark Tonderai / Roteiro: Peter Block, Hal Lieberman, Aaron Ryder baseados na novela de Jonathan Mostow / Elenco: Jennifer Lawrence, Elisabeth Shue, Max Thieriot, Gil Bellows, Nolan Gerard Funk / Sinopse: Mãe e filha alugam uma casa vizinha a uma residência onde no passado ocorreu um terrível crime. No isolado imóvel mora sozinho o único sobrevivente de uma família assassinada. Retraído e isolado ele vive em um lugar onde nada realmente é o que aparenta ser de verdade.

Pablo Aluísio.