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domingo, 6 de junho de 2021

A Gata e o Rato

Título no Brasil: A Gata e o Rato
Título Original: Moonlighting
Ano de Produção: 1985 - 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: ABC Circle Films
Direção: Allan Arkush, Peter Werner
Roteiro: Glenn Gordon Caron, Roger Director
Elenco: Cybill Shepherd, Bruce Willis, Allyce Beasley, Curtis Armstrong, Kristine Kauffman, Jonathan Ames

Sinopse:
A série "Moonlighting" contava a história de dois investigadores privados, Maddie Hayes (Cybill Shepher) e  David Addison Jr (Bruce Willis). Juntos eles investigam os mais interessantes e misteriosos casos. Série premiada seis vezes no Primetime Emmy Awards.

Comentários:
Essa foi uma das séries que mais curti nos anos 80. Se a minha memória não está falhando nesse momento, acredito que era exibida nas noites de terça-feira na Rede Globo. Isso em um tempo em que essa emissora exibia com regularidade diversas séries americanas em sua programação. Foi a primeira vez que conheci Bruce Willis. Naquele momento ele não era famoso e nem um astro do cinema. Essa transição só ocorreria algum tempo depois e seria justamente o motivo da série ser cancelada após cinco bem sucedidas temporadas. Como Bruce fez sucesso nos cinemas ele decidiu que não iria mais renovar seu contrato com a ABC. Cybill Shepherd também era um dos bons motivos para assistir a série. Ela era a alma dos episódios. Seu caminho curiosamente foi o extremo oposto de Bruce, afinal ela já tinha uma carreira no cinema quando decidiu ir para a TV. Enfim, mesmo com alguns episódios até bem bobinhos, "A Gata e o Rato" marcou época na TV, tanto nos Estados Unidos como aqui no Brasil.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

A Última Sessão de Cinema

O tema desse filme é a desilusão. Basta conhecer a história que o filme conta para entender a nuance desse roteiro. Entre a 2ª Guerra Mundial e a Guerra da Coreia, dois jovens que vivem em Anarene, uma pequena cidade no Texas, precisam enfrentar os desafios da vida adulta. Eles se parecem fisicamente, mas mentalmente e emocionalmente, vivem em diferentes planos, sendo que enquanto Duane (Jeff Bridges) é agressivo, Sonny (Timothy Bottoms) é bem mais sensível. Boa parte do tempo deles é passado no pequeno cinema da cidade e no salão de sinuca. Enquanto Duane tenta se firmar frequentando festas de embalo, Sonny é iniciado no sexo por Ruth Popper, a frustrada esposa do seu treinador. Porém, independente do que aconteça, a cidade está morrendo silenciosamente e lentamente enquanto a vida deles tomam rumos inesperados.

O roteiro do filme sempre foi bastante elogiado por ter inovado em sua narrativa, que é mais baseada em episódios esporádicos do que numa linha de narração mais tradicional. Os jovens do filme aos poucos vão entendendo que fazem parte de um círculo sem fim, que se repete de geração em geração. O clima de melancolia está em todas as cenas, trazendo uma sensação de tédio e desespero ao espectador. É uma produção que revista hoje em dia soa bem desconfortável, seca, sem qualquer tipo de facilitação para aquele que se atreve a ver a obra.

Até hoje é considerada a obra prima do diretor Peter Bogdanovich - e com toda a razão. É em essência um filme fundamentado em ótimas atuações e diálogos precisos. Nâo é para menos que seus dois Oscars foram pelo trabalho do elenco. Ben Johnson venceu o prêmio de melhor ator coadjuvante e Cloris Leachman de melhor atriz coadjuvante. Além deles, brilha também a intensidade da atuação de Jeff Bridges, ainda bem jovem, mas já demonstrando que tinha muito talento e, é claro, Cybill Shepherd, que está linda, também muito jovem e carismática. Curiosamente ela só se tornaria uma verdadeira estrela com a série "A Gata e o Rato" na TV americana durante os anos 80. Enfim, um verdadeiro clássico cult, muito rico em desenvolver as nuances e complexidades psicológicas de seus personagens. Para ver e entender melhor os rumos do cinema independente americano durante os anos 1970.

A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show, Estados Unidos, 1971) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Peter Bogdanovich / Roteiro: Larry McMurtry, Peter Bogdanovich / Elenco: Timothy Bottoms, Jeff Bridges, Cybill Shepherd, Ben Johnson, Ellen Burstin, Cloris Leachman / Sinopse: O filme conta a história de jovens em uma pequena cidade decadente do interior do Texas. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante (Ben Johnson) e melhor atriz coadjuvante (Cloris Leachman).

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Taxi Driver

Para muitos críticos a maior obra-prima de Martin Scorsese é esse filme, "Taxi Driver". Uma ode à loucura para alguns, um manifesto sobre o processo de enlouquecimento do homem moderno pela vida urbana e massacrante, para outros. De qualquer forma é um daqueles filmes em que o espectador simplesmente não consegue ignorar, tal a sua força. E tudo isso, construído em cima de uma história, de um enredo que parece ser dos mais simples, mostrando a vida de um motorista de táxi, como tantos outros que conhecemos por aí, na vida cotidiana. O protagonista se chama Travis Bickle (Robert De Niro), Ele é um veterano da guerra do Vietnã que trabalha como motorista de táxi pelas ruas de uma Nova Iorque decadente, suja, imunda e amoral. Ao se deparar com a vida da adolescente Iris (Jodie Foster) que vive como prostituta pelos becos da grande cidade, acaba gradualmente perdendo o senso da realidade. Corroído pelo caos urbano e pela falta de humanidade no meio em que trabalha, ele acaba caminhando a passos largos para a insanidade completa. E tudo mesclado com uma explosão de violência que não chega a tardar.

Esse filme que mudou para sempre a carreira do ator Robert De Niro. Filho de um pintor do Greenwich Village em New York, o jovem De Niro só esperava por um grande papel para se destacar definitivamente no cinema. Formado no Actors Studio, a mesma escola de arte dramática onde estudaram Marlon Brando e James Dean, ele foi o grande representante da última e fenomenal geração de atores de Nova Iorque proveniente daquela instituição de ensino. Aqui um ainda jovem De Niro conseguiu desenvolver finalmente todo o seu talento nessa obra prima psicológica e insana do diretor Martin Scorsese, com quem ele faria uma longa e bem produtiva parceria nas telas de cinema. O interessante é que tanto Scorsese como De Niro sempre afirmaram amar a cidade de Nova Iorque, porém fizeram a ela uma estranha "homenagem". Um dos símbolos de NYC, os seus táxis amarelos, se tornam o cenário e o palco para um estranho personagem, o motorista vivido por De Niro. Um sujeito que foi a Vietnã e voltou de lá com sérios problemas psicológicos e traumas que aos poucos vão dominando sua mente, culminando para um clímax insano, violento e explosivo.

O "gatilho" para seu enlouquecimento acaba sendo uma estranha relação que desenvolve com uma adolescente prostituta, interpretada com brilhantismo por Jodie Foster (que consegue inclusive ofuscar em determinados momentos o próprio De Niro, algo impensável). Em determinado momento do filme ela o provoca dizendo que ele deveria provar seu amor matando o presidente dos Estados Unidos. Um louco da vida real acabou levando muito à sério o diálogo e realmente fez um atentado ao presidente Ronald Reagan, um fato amplamente explorado pela imprensa na época e que acabou marcando de forma definitiva o filme "Taxi Driver". Esse aspecto macabro e bizarro da história porém deve ser descartado, pois é um fato externo à obra de Scorsese. O que se deve mesmo levar em conta é que essa é uma verdadeira obra prima da sétima arte, um dos melhores filmes da década de 1970 e um marco do estilo realista que estava predominando naqueles agitados e produtivos anos para a indústria de cinema americana. Imperdível para todo cinéfilo que se preze. Merecia inclusive ter vencido em todas as categorias importantes do Oscar naquele ano. Só que a Academia, como sempre, estava mais disposta a fazer mais uma de suas injustiças históricas. Melhor assim, "Taxi Driver" realmente nunca foi um filme convencional, aliás sua estética era direcionada para o extremo oposto disso. Assim acabou sendo coerente em tudo, até no Oscar.

Taxi Driver (Estados Unidos, 1976) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Paul Schrader / Elenco: Robert De Niro, Jodie Foster, Cybill Shepherd, Albert Brooks / Sinopse: Motorista de táxi de Nova Iorque, um veterano da guerra do Vietnã, começa a trilhar o caminho da loucura insana e violenta, após se relacionar com uma jovem garota, menor de idade, que trabalha como prostituta nas ruas escuras da cidade.  Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Robert De Niro), Melhor Atriz coadjuvante (Jodie Foster) e Melhor Música Original (Bernard Herrmann). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Robert De Niro) e Melhor Roteiro Original (Paul Schrader). Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Atriz (Jodie Foster) e Melhor Música (Bernard Herrmann).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Taxi Driver

Título no Brasil: Taxi Driver
Título Original: Taxi Driver
Ano de Produção: 1976
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Robert De Niro, Jodie Foster, Cybill Shepherd, Albert Brooks
  
Sinopse:
Travis Bickle (Robert De Niro) é um veterano da guerra do Vietnã que trabalha como motorista de táxi pelas ruas de uma Nova Iorque decadente, suja, imunda e amoral. Ao se deparar com a vida da adolescente Iris (Jodie Foster) que vive como prostituta pelos becos da grande cidade, acaba gradualmente perdendo o senso da realidade. Corroído pelo caos urbano e pela falta de humanidade no meio em que trabalha ele acaba caminhando a passos largos para a insanidade completa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Robert De Niro), Melhor Atriz coadjuvante (Jodie Foster) e Melhor Música Original (Bernard Herrmann). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Robert De Niro) e Melhor Roteiro Original (Paul Schrader). Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Atriz (Jodie Foster) e Melhor Música (Bernard Herrmann).

Comentários:
O filme que mudou para sempre a carreira do ator Robert De Niro. Filho de um pintor do Greenwich Village em New York City, o jovem De Niro só esperava por um grande papel para se destacar definitivamente no cinema. Formado no Actors Studio, a mesma escola de arte dramática onde estudaram Marlon Brando e James Dean, ele foi o grande representante da última e fenomenal geração de atores de Nova Iorque proveniente daquela instituição de ensino. Aqui um ainda jovem De Niro conseguiu desenvolver finalmente todo o seu talento nessa obra prima psicológica e insana do diretor Martin Scorsese, com quem ele faria uma longa e bem produtiva parceria nas telas de cinema. O interessante é que tanto Scorsese como De Niro sempre afirmaram amar a cidade de Nova Iorque, porém fizeram a ela uma estranha "homenagem". Um dos símbolos de NYC, os seus táxis amarelos, se tornam o cenário e o palco para um estranho personagem, o motorista vivido por De Niro. Um sujeito que foi a Vietnã e voltou de lá com sérios problemas psicológicos e traumas que aos poucos vão dominando sua mente, culminando para um clímax insano, violento e explosivo. O "gatilho" para seu enlouquecimento acaba sendo uma estranha relação que desenvolve com uma adolescente prostituta, interpretada com brilhantismo por Jodie Foster (que consegue inclusive ofuscar em determinados momentos o próprio De Niro, algo impensável). Em determinado momento do filme ela o provoca dizendo que ele deveria provar seu amor matando o presidente dos Estados Unidos. Um louco da vida real acabou levando muito à sério o diálogo e realmente fez um atentado ao presidente Ronald Reagan, um fato amplamente explorado pela imprensa na época e que acabou marcando de forma definitiva o filme "Taxi Driver". Esse aspecto macabro e bizarro da história porém deve ser descartado, pois é um fato externo à obra de Scorsese. O que se deve mesmo levar em conta é que essa é uma verdadeira obra prima da sétima arte, um dos melhores filmes da década de 1970 e um marco do estilo realista que estava predominando naqueles agitados e produtivos anos para a indústria de cinema americana. Imperdível para todo cinéfilo que se preze.

Pablo Aluísio.