Depois do impacto da cena que encerra a primeira parte do filme os soldados são finalmente enviados para o Vietnã. E aí o filme ganha uma surpreendente carga emocional e psicológica, se tornando mais cadenciado, mais sensorial. E o momento final acontece quando os americanos enfrentam uma atiradora de elite escondida nos escombros da guerra. Enfim, um grande filme de guerra, o que não quer dizer que seja para todos os tipos de públicos. Tão visceral é que se torna um filme realmente para poucos. Em minha opinião foi mais uma prova da genialidade de Stanley Kubrick e os gênios, como bem sabemos, nem sempre são bem compreendidos.
Nascido Para Matar (Full Metal Jacket, Estados Unidos, 1987) Direção: Stanley Kubrick / Roteiro: Stanley Kubrick, Michael Herr, Gustav Hasford / Elenco: Matthew Modine, R. Lee Ermey, Vincent D'Onofrio / Sinopse: A loucura e a insanidade da guerra do Vietnã impactando a vida de jovens americanos enviados para o campo de batalha. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
Nascido Para Matar
Não é uma unanimidade, nem entre os admiradores de Kubrick, um dos grandes mestres do cinema. Entretanto é inegável que foi um dos filmes que captaram com mais exatidão a insanidade e a loucura do militarismo. O roteiro dividiu o filme em dois grandes atos bem separados. Nem é preciso entender de cinema para compreender bem isso. No primeiro ato vemos um grupo de jovens sendo treinados. Como a guerra do Vietnã estava a todo vapor fica bem claro que eles serão levados para o front no sudeste asiático. Um dos recrutas logo vira alvo, saco de pancada, de seu sargento. É um sujeito mais gordinho, desajeitado. Tanto mexem com seu psicológico que ele logo surta e tudo termina em tragédia.
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Cine Action 2
ResponderExcluirNascido Para Matar
Pablo Aluísio.
Pouco importa que Kubrick tenha "demorado demais" prá fazer esse filme e tantos outros tenham chegado antes e apresentado sua própria versão do que foi a Guerra do Vietnã. "Nascido..." continua sendo um dos filmes definitivos do gênero ,estando no mesmo nível de "Platoon" e "Apocalipse Now".
ResponderExcluirJobson, concordo plenamente com suas palavras.
ResponderExcluirPablo:
ResponderExcluirÉ aquela tal coisa: nem tanto o ufanismo cego de Os Boinas Verdes com John Wayne, nem tanto o desespero niilista desse Nascido Para Matar do Stanley Kubrick. A vida real está, mais ou menos, no meio.