O ator Aaron Eckhart quase sempre foi coadjuvante nos filmes em que trabalhou. É aquele tipo de ator que você conhece, mas que não sabe exatamente seu nome ou não se lembra. Aqui temos um caso raro em sua carreira onde interpreta o papel principal. Seu personagem é um policial. Um patrulheiro de bairro. Ele caiu em desgraça na carreira policial depois de se envolver na morte de uma criança. Foi por acidente, mas obviamente afundou sua perspectiva de melhorar dentro do departamento de polícia. Assim passa os dias em um bairro, conversando com os garotos das redondezas. Nada muito importante. As coisas mudam quando ocorre um grande assalto na cidade. A filha do chefe do departamento de polícia é feita refém. E os criminosos correm em direção justamente para a região onde ele atua. Assim, ele resolve finalmente aproveitar sua última chance de demonstrar seu valor.
Ele quer salvar a garota a todo custo. Mesmo sem ordem superior. Parece ser interessante, mas esse filme é bem ruim. O roteiro é bem fraco. Nada muito sofisticado ou original. Essa história tem mais clichês do que eu poderia contar aqui nesse texto. Certamente foi um dos roteiros mais cheios de clichês que eu assisti dos últimos anos. Muito sem originalidade, sem imaginação. A velha releitura do policial que quer fazer justiça pelas próprias mãos. Deixa o distintivo de lado e vira um justiceiro. No final das contas, a conclusão que cheguei foi simples. É melhor ser ator coadjuvante em bons filmes do que ser o ator principal em filmes ruins!
A Última Chance (Line of Duty, Estados Unidos, 2019) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Jeremy Drysdale / Elenco: Aaron Eckhart, Courtney Eaton, Ben McKenzie / Sinopse: Um patrulheiro de rua tenta resolver o caso de um sequestro por conta própria. Ele quer se redimir de seu passado dentro da polícia. Em sua visão, aquela seria a sua chance de mostrar realmente seu valor como policial.
Pablo Aluísio.