sábado, 29 de abril de 2023

Astronauta: Um Sonho Extraordinário

Astronauta: Um Sonho Extraordinário
O ator Richard Dreyfuss interpreta o papel de um homem bem idoso que sempre teve o sonho de se tornar um astronauta. Engenheiro de profissão, ele tentou por anos ser aceito pela NASA. Agora, aposentado, vive na casa da filha, mas logo problemas surgem pois o marido dela não gosta dessa situação. Assim ele vai parar em um asilo para velhos. Entediado e deprimido, com muitas saudades de sua esposa que faleceu há muitos anos, ele decide aceitar a sugestão do neto em se inscrever numa promoção de um lançamento espacial bancado por um bilionário. Ele quer colocar no espaço pessoas comuns, sem experiência como astronautas. Assim o idoso acaba sendo escolhido ao lado de mais 12 pessoas. Só que ele acaba encontrando problemas no projeto desse lançamento, principalmente em relação ao solo de onde a nave deve partir. Como trabalhou por anos na construção de pistas e rodovias, ele certamente sabe do que está falando. 

Esse filme tem aspectos interessantes. O roteiro de forma acertada investe muito mais no lado humano do protagonista da história. Nada de inventar muito, nem de investir em efeitos especiais com naves espaciais e coisas do tipo. Fica claro e evidente que a produção não tinha dinheiro para isso. Dessa forma o lado da vida do senhor aposentado é mais explorado e isso de certa maneira salvou o filme da mediocridade completa. Fiquei surpreso ao ver como o ator Richard Dreyfuss está idoso. Com 75 anos de idade ele surpreende por ainda estar na ativa. Tem dificuldades para andar e atuar, mas luta para se sair bem. Ganhou minha admiração ainda mais. O importante é estar atuando. Talvez esse seja o maior mérito do filme, fazendo com que esse veterano do cinema ainda esteja na ativa e produzindo. 

Astronauta: Um Sonho Extraordinário (Astronaut, Estados Unidos, 2019) Direção: Shelagh McLeod / Roteiro: Shelagh McLeod / Elenco: Richard Dreyfuss, Lyriq Bent, Krista Bridges / Sinopse: Um homem idoso e morando em um asilo decide dar uma guinada na vida. Ele se inscreve em um programa espacial da iniciativa privada para ser um astronauta e apesar da idade acaba sendo escolhido para participar desse lançamento pioneiro. 

Pablo Aluísio.

Eclipse Total

Título no Brasil: Eclipse Total
Título Original: Dolores Claiborne
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Taylor Hackford
Roteiro: Stephen King,Tony Gilroy
Elenco: Kathy Bates, Jennifer Jason Leigh, Christopher Plummer, John C. Reilly, David Strathairn, Eric Bogosian

Sinopse:
Uma jornalista investigativa de Nova York volta para sua cidade natal em uma pequena ilha perto da costa de Jonesport, Maine, após receber um fax de um remetente anônimo afirmando que sua mãe, Dolores Claiborne, é a única suspeita no que parece ser o assassinato de sua rica empregadora. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards.

Comentários:
O escritor Stephen King tem uma maravilhosa parceria com o mundo do cinema há anos. Algumas adaptações cinematográficas de seus livros geraram verdadeiros clássicos do cinema e até mesmo livros menos conhecidos, ditos como menores, também renderam excelentes filmes. Vejo o caso desse Eclipse Total. Dirigido pelo ótimo Taylor Hackford esse filme foi bastante elogiado pela crítica na época de seu lançamento original. Sempre achei que por sua qualidade ele deveria ter sido mais popular, ter feito melhor bilheteria. Em cena temos a grande atriz Kathy Bates que sempre considerei uma das melhores profissionais de atuação de sua geração. Contracenando com ela surgia a jovem Jennifer Jason Leigh também em ótimo trabalho. A relação entre as personagens, mãe e filha, era conturbada desde sempre e volta a se tornar emocionalmente explosiva após a mãe ser acusada de assassinato! Teria ela alguma culpa real no crime? Assista para descobrir... 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Showgirls

Título no Brasil: Showgirls
Título Original: Showgirls
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Joe Eszterhas
Elenco: Elizabeth Berkley, Kyle MacLachlan, Gina Gershon, 
Glenn Plummer, Alan Rachins, Gina Ravera

Sinopse:
Completamente sozinha no mundo, Nomi Malone vai para Las Vegas, onde está determinada a fazer seu nome como dançarina de boates de striptease, enquanto deixa seu passado para trás. Será que encontrará o sucesso?

Comentários:
Eu me lembro que esse filme foi muito malhado, muito escrachado, quando foi lançado. Eu fiquei tão curioso que fui assistir para ver se era tão ruim mesmo como diziam. É a tal coisa, muitas vezes a imprensa especializada em cinema exagera na dose! O filme é fraco, mas não é toda aquela ruindade que se dizia sobre ele. O que me pareceu foi que um grupo de jornalistas americanos decidiram se vingar do diretor Paul Verhoeven por alguma razão. E nisso se criou uma onda de negatividade sobre o filme que poucas vezes vi igual. No quadro geral talvez seja adocicado demais, pelo tema que explora. Ainda assim não me fez arrepender de tê-lo visto nos anos 90. Não sou dado a extremismos e nem a exageros. O filme pode ser assistido numa boa, sem problema nenhum. E nem tampouco é o desastre todo que falaram dele. 

Pablo Aluísio.

Os Três Desejos

Título no Brasil: Os Três Desejos
Título Original: Three Wishes
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Rysher Entertainment
Direção: Martha Coolidge
Roteiro: Clifford Green, Ellen Green
Elenco: Patrick Swayze, Mary Elizabeth Mastrantonio, Joseph Mazzello, David Marshall Gran, Michael O'Keefe

Sinopse:
Quando Jane Holman está dirigindo com seus dois filhos, ela acidentalmente Atropela um vagabundo, chamado Jack McCloud, que quebra a perna. Sentindo pena dele, Jane convida Jack para ficar na casa dela até que sua perna esteja curada. Depois de ter algumas dificuldades para se adaptar a esse novo estilo de vida, Jack logo se vê amado pela família e todos querem que ele fique. 

Comentários:
O tempo passa rápido demais! Outro dia vi a informação que se estivesse vivo o ator Patrick Swayze estaria completando 70 anos de idade! Como assim?! Eu me lembro dele como ídolo jovem, forrando as paredes dos quartos das adolescentes dos anos 80 e 90! De qualquer forma o tempo é implacável. Esse filme aqui foi uma tentativa dele de fazer algo mais substancial no cinema, filmes com mensagens importantes. Não deu certo e nem fez sucesso de bilheteria. Suas fãs queriam vê-lo mesmo dançando de forma rebolativa ao som de "Dirty Dancing" ou então bancando o galã romàntico como em "Ghost". De qualquer maneira não podemos deixar de elogiar sua coragem em tentar fazer algo diferente, em evoluir como profissional de atuação. Infelizmente ele partiu sem ser reconhecido como bom ator. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Copycat: A Vida Imita a Morte

Título no Brasil: Copycat: A Vida Imita a Morte
Título Original: Copycat
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: Jon Amiel
Roteiro: Ann Biderman, David Madsen
Elenco: Sigourney Weaver, Holly Hunter, Dermot Mulroney, Harry Connick Jr, Will Patton, John Rothman

Sinopse:
A psicóloga criminal Helen Hudson (Sigourney Weaver) é especializada em assassinos em série. Durante um julgamento ela sofre uma tentativa de assassinato que a traumatiza. Anos depois surgem novos crimes semelhantes aos que ela trabalhou no passado. Procurada por detetives do departamento de polícia ela precisa decidir se vai aceitar colaborar com as novas investigações ou se retirar para sempre desse meio perigoso. 

Comentários:
Eu sempre gostei muito desse filme. É a tal coisa, se eu fosse definir de forma bem rápida e simples eu poderia dizer que se trata de um thriller psicológico criminal com doses de suspense. Nesse filão os anos 90 realmente eram imbatíveis no meu ponto de vista de cinéfilo. Esse filme é muito interessante justamente por trazer esse tipo de característica em sua história. A atriz Sigourney Weaver já vinha procurando por roteiros diferentes quando aceitou o papel dessa psicóloga. Ela tinha receios - justos receios, é bom salientar - de ficar estigmatizada para sempre como a tenente Ripley da série de filmes de sucesso da franquia cinematográfica Aliens. Obviamente com filmes menores e mais intelectualizados como esse, ela nunca iria alcançar o mesmo resultado comercial. Por outro lado, acabou ganhando pontos em reconhecimento pois sua atuação foi bastante elogiada nessa produção. 

Pablo Aluísio.

Os Gladiadores do Futuro

Título no Brasil: Juggers - Os Gladiadores do Futuro
Título Original: The Blood of Heroes
Ano de Lançamento: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Kings Road Entertainment
Direção: David Webb Peoples
Roteiro: David Webb Peoples
Elenco: Rutger Hauer, Joan Chen, Vincent D'Onofrio, Delroy Lindo, Anna Katarina, Gandhi MacIntyre

Sinopse:
Um mundo pós-apocalíptico serve de cenário para um jogo brutal e futurista. Rutger Hauer interpreta uma ex-estrela em desgraça liderando um grupo desorganizado de "Juggers" para uma das Nove Cidades restantes em busca de glória e redenção. E a violência explodirá em cada nova competição de luta e violência extrema. 

Comentários:
Rutger Hauer estrelou uma série de filmes de ação nos anos 80. Ele obviamente foi bem malhado pela crítica de cinema da época, mas a verdade é que sua carreira foi em frente e muitos desses filmes ditos mais alternativos hoje em dia são cultuados por quem amava o gênero de ação produzido naqueles anos. O clima aqui lembra filmes como Mad Max 3. Embora no Brasil se falasse que o tal esporte violento do filme se parecia com o nosso futebol, na realidade estava mais para rugby. Bastava trocar as bolas de esporte por cabeças humanas! Um aspecto interessante é que  o filme foi todo rodado no meio do deserto, para criar aquele clima de devastação de um planeta sem salvação, o que acentuou ainda mais o clima de brutalidade daquele mundo. A luta pela água deixava os tais gladiadores ainda mais insanos. Ficou bem legal para dizer a verdade. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Elvis Presley - Hard Headed Woman / Don't Ask Me Why

É complicado entender a razão porque a RCA resolveu lançar “Hard Headed Woman” como a principal música desse único single extraído da trilha sonora de "King Creole". É fato notório e conhecido que a música não tinha mesmo vocação natural para ser um single de sucesso. Em minha opinião esse lugar era reservado mesmo para “Trouble” (com “King Creole” ou até mesmo “As Long As I Have You” no lado B). Tanto isso é verdade que os dois compactos duplos que tinham justamente “Trouble” e “King Creole” como músicas principais acabaram se tornando grandes êxitos de vendas, chegando ao primeiro lugar nas paradas.

Enquanto isso o single “Hard Headed Woman” não conseguia o mesmo sucesso, não alcançando o topo entre os mais vendidos, algo que a RCA Victor vinha apostando quando o colocou no mercado. Os singles (ou compactos simples como eram chamados no Brasil) eram produtos considerados essenciais para o sucesso ou fracasso de um projeto fonográfico. Geralmente eles eram usados como “pontas de lança” no mercado, chegando inicialmente nas lojas para promover as demais músicas do álbum principal que viriam depois com o lançamento do chamado LP.

Definitivamente “Hard Headed Woman” e nem “Don´t Ask Me Why” tinham essa força. Eram canções medianas, não se tornariam grandes hits. Já “Trouble” tinha letra bem escrita e uma performance marcante por parte de Elvis. Tanto que foi utilizada novamente dez anos depois no NBC Special. Outra curiosidade que sempre me chamou a atenção sobre “Hard Headed Woman” é o fato de que no filme “Balada Sangrenta” ela é pessimamente utilizada em cena. Veja, Elvis canta praticamente todas as canções do álbum no filme, mas “Hard Headed Woman” surge incompleta, timidamente, pela metade.

A letra também não ajudava muito sendo bem vazia e até mesmo de certa forma ofensiva para as mulheres de uma maneira em geral.  Que letra péssima! É uma bobagem, se formos pensar bem, fazendo uma viagem ao passado, tentando trazer exemplos rasos de mulheres que foram "cabeça-dura", teimosas. E que besteira de versos são esses que ligam "mulheres de cabeça-dura" a  "homens de coração mole"? Que pobreza poética! Olha, uma besteira sem pé e nem cabeça, vou te contar. Hoje em dia seria vetada por executivos de gravadoras, com certeza absoluta. Assim não dá mesmo para entender porque ele foi alçada como música título desse compacto. Também implico com sua sonoridade que mistura rock com jazz com resultados bem abaixo do que ouvimos em “Trouble”, por exemplo. Enfim, em minha opinião o single foi mal pensado e mal composto. Mais um ponto negativo para ser debitado na conta da RCA Victor.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - King Creole - Discografia Americana

King Creole (1958)
KING CREOLE
AS LONG AS HAVE I HAVE YOU
HARD HEADED WOMAN
TROUBLE
DIXIELAND ROCK
DON'T ASK ME WHY
LOVER DOLL
CRAWFISH
YOUNG DREAMS
STEADFAST,LOYAL AND TRUE
NEW ORLEANS

King Creole - O disco com a trilha sonora do filme King Creole não chegou a vender tão bem quanto os discos anteriores de Elvis nessa época. Na realidade seu estilo musical mais diferenciado, com toques de jazz, não animou tanto assim os fãs de Elvis na época, afinal eram praticamente todos adolescentes, pessoas que associavam o jazz a "música de gente velha". Mesmo assim passou longe de ser um disco mal sucedido comercialmente. Pelo contrário, vendeu muito bem e por vários meses, afinal o fã mais fiel de Elvis jamais deixaria de comprar um álbum oficial de sua discografia. As músicas que mais se destacaram nas rádios, por sua vez, foram Trouble e King Creole. Hard Headed Woman também se destacou por causa do single lançado. As demais ficaram praticamente restritas ao contexto do filme em si e não foram necessariamente grandes hits. Circularam, de modo em geral, apenas entre os fãs. Abaixo seguem as capas dos discos originais, das primeiras edições nos Estados Unidos. 

 
Hard Headed Woman / Don't Ask Me Why - Lançado em junho de 1958 chegou ao segundo lugar na parada Billboard. O Lado B teve sua melhor classificação na vigésima oitava posição. A gravadora esperava por mais, pelo primeiro lugar, afinal era um single de Elvis Presley e seus compactos na época geralmente chegavam mesmo na primeira posição entre os mais vendidos, mas isso infelizmente não aconteceu.
 

Compactos Duplos extraídos deste disco:

King Creole vol 1
King Creole
New Orleans
As Long As I Have You
Lover Doll

Lançado em setembro de 1958 conseguiu grande êxito de vendas chegando ao primeiro lugar na parada de compactos duplos da Billboard. De certa forma foi o material mais bem sucedido tirado dessa trilha sonora de Elvis.

King Creole vol 2
Trouble
Young Dreams
Crawfish
Dixieland Rock  

Lançado em setembro de 1958 também conseguiu se tornar outro grande êxito de vendas chegando ao primeiro lugar na parada de compactos duplos da Billboard. O lançamento de dois EPs extraídos daa mesma trilha sonora demonstrava que a RCA não havia ficado mesmo contente com o resultado das vendas do LP. Esse EP, por sua vez, teve suas vendas impulsionadas pela presença da música Trouble.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 25 de abril de 2023

Zorro e o Ouro do Cacique

Título no Brasil: Zorro e o Ouro do Cacique
Título Original: The Lone Ranger
Ano de Lançamento: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Heisler
Roteiro: Herb Meadow, George W. Trendle
Elenco: Clayton Moore, Jay Silverheels, Lyle Bettger, Bonita Granville, Perry Lopez, Beverly Washburn

Sinopse:
O rico fazendeiro Reese Kilgore pretende se apoderar de terras indígenas ricas em prata e ouro, habilmente colocando índios contra colonos, mas o suspeito governador territorial envia Lone Ranger para investigar. Ao lado de seu fiel escudeiro, o índio Tonto, ele parte em busca de respostas para trazer justiça naquela região do velho oeste. 

Comentários:
No Brasil o Lone Ranger virou o "Zorro Americano" para se diferenciar do "Zorro Espanhol" que era o verdadeiro Zorro, de capa e espada. Coisas do marketing da época. Além da bem sucedida série de televisão, das histórias em quadrinhos, brinquedos e da literatura de bolso, o Lone Ranger também invadiu o cinema. Era um personagem extremamente popular. Esse sempre foi considerado um dos melhores filmes dele. O roteiro era bem escrito e tratava os nativos com a maior dignidade e respeito, bem ao contrário de alguns filmes de faroeste que usavam os índios apenas como inimigos a serem abatidos no campo de batalha. Esse tipo de roteiro era até mesmo uma imposição do ator Clayton Moore. Ela afirmava que não fazia sentido transformar os índios em vilões nos filmes desse personagem porque o principal aliado do Lone Ranger era o nativo Tonto! Além disso Moore tinha grande apreço pelo ator Jay Silverheels que interpretava o índio Tonto. Dizia que o tinha como verdadeiro irmão! 

Pablo Aluísio.

Ágil no Gatilho

Título no Brasil: Ágil no Gatilho
Título Original: Top Gun
Ano de Lançamento: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Fame Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Steve Fisher, Richard Schayer
Elenco: Sterling Hayden, Rod Taylor, William Bishop, Karin Booth, James Millican, Regis Toomey

Sinopse:
O pistoleiro Rick Martin (Sterling Hayden) retorna à sua cidade natal no Wyoming, para saber do destino de sua mãe e alertar a cidade sobre um ataque iminente da gangue de Tom Quentin. Os habitantes da cidade, entretanto, o rejeitam, com medo de que seu passado de pistoleiro cause novos problemas. Rick então descobre que sua mãe não morreu de alguma doença, mas que foi assassinada, e ele passa a suspeitar do principal figurão da cidade - um homem agora noivo da mulher que ele ama.

Comentários:
A primeira curiosidade é que esse filme originalmente se chama "Top Gun". Obviamente nada tem a ver com os filmes estrelados por Tom Cruise décadas depois. Na realidade é um bom faroeste com orçamento modesto, mas que ao mesmo tempo apresenta um roteiro que trata de temas bem caros para a mitologia do western. O protagonista ficou alguns anos na prisão e quando retorna para a sua cidade natal passa a ser hostilizado por moradores. Por ser ex-presidiário sofre o estigma dessa situação. Só que ele pagou seu crime na prisão e merece uma segunda chance. Pior do que isso, ele descobre que sua mãe foi morta provavelmente pelo homem que posa de cidadão modelo, tipo conservador, cidadão de bem. No fundo não passa de um criminoso hipócrita e oportunista. Conhecemos bem o tipo. O filme foi rodado em preto e branco e em minha opinião tem uma bela fotografia. Recomendo esse faroeste para quem aprecia filmes do gênero dos anos 50. É bem na média do que era feito naquela época. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Demétrio e os Gladiadores

Título no Brasil: Demétrio e os Gladiadores
Título Original: Demetrius and the Gladiators
Ano de Lançamento: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Twetieth Century Fox
Direção: Delmer Daves
Roteiro: Philip Dunne, Lloyd C. Douglas
Elenco: Victor Mature, Susan Hayward, Debra Paget, Anne Bancroft, Richard Egan, Michael Rennie

Sinopse:
A história começa no ponto em que "O Manto Sagrado (1953)" termina, após o martírio de Diana e Marcellus. O manto de Cristo é entregue a Pedro para ser guardado, mas o imperador Calígula o quer de volta para se beneficiar de seus poderes. O ex-escravo de Marcellus, Demétrio (Demetrius), procura impedir isso e chama a atenção de Messalina, esposa do tio de Calígula, o futuro imperador Cláudio. Messalina pretende seduzir Demétrio, que vê sua vida em perigo, lutando como gladiador nas arenas romanas.

Comentários:
Na década de 1950 Hollywood produziu uma série de filmes baseados na história de Roma ou em textos do velho e novo testamento. A história contada nesse filme é puramente de ficção, mas usando personagens históricos reais em sua narrativa. Funciona muito bem. O ator Victor Mature havia encontrado seu caminho n cinema desde "Sansão e Dalila", assim o papel do escravo e gladiador Demetrius lhe caiu muito bem. A figura do gladiador romano inclusive sempre foi muito bem aproveitada pelo cinema. Impossível ficar imune a esses lutadores da Roma antiga. Também destacaria o belo elenco feminino do filme formado principalmente pelo trio de boas atrizes Susan Hayward, Debra Paget e Anne Bancroft. Debra Paget inclusive voltaria a atuar ao lado do ator Richard Egan dois anos depois no primeiro filme de Elvis no cinema. Então é isso, temos aqui um belo exemplar do cinema épico religioso da era de ouro do cinema clássico de Hollywood. Se você aprecia esse tipo de filme não deixe de assistir, esse é certamente um dos melhores já feitos. 

Pablo Aluísio.

Como Eu Ganhei a Guerra

Título no Brasil: Como Eu Ganhei a Guerra
Título Original: How I Won the War
Ano de Lançamento: 1967
País: Reino Unido
Estúdio: United Artists
Direção: Richard Lester
Roteiro: Patrick Ryan, Charles Wood
Elenco: Michael Crawford, John Lennon, Roy Kinnear, Lee Montague, Jack MacGowran, Michael Hordern

Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, um grupo de soldados ingleses é incorporado a um batalhão que é enviado para o norte da África para combater as tropas nazistas que ocupam a região. O problema é que eles são liderados por um comandante completamente inapto para suas funções, o que dá origem a diversas situações cômicas no campo de batalha. 

Comentários:
Esse filme foi a única experiência de John Lennon como ator solo em um filme convencional. Ele não tinha qualquer ambição em fazer carreira no cinema e só aceitou participar por amizade ao diretor e amigo pessoal Richard Lester. Como queria dar um tempo na loucura que gravitava em torno dos Beatles parecia uma boa ideia ir para outro país, para trabalhar nesse filme. O resultado não foi muito bom. Lennon não tinha experiência e sua atuação beira o amadorismo completo. E o roteiro do filme, que é uma comédia passada na II Guerra Mundial, definitivamente não é dos melhores. O próprio John não curtiu o filme quando o viu no cinema pela primeira vez. De qualquer forma para os Beatles houve um legado. Foi durante as filmagens desse filme, numa bela praia da Espanha, que John compôs um dos maiores clássicos da banda, a imortal canção "Strawberry Fields Forever". Pelo visto não foi de todo inútil essa experiência de Lennon no cinema. 

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de abril de 2023

Momentos Decisivos

Título no Brasil: Momentos Decisivos
Título Original: Hoosiers
Ano de Lançamento: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: David Anspaugh
Roteiro: Angelo Pizzo
Elenco: Gene Hackman, Barbara Hershey, Dennis Hopper, Sheb Wooley, Robert Swan, Chelcie Ross

Sinopse:
O treinador de basquete Norman Dale (Gene Hackman) precisa superar um passado conturbado, cheio de problemas com alcoolismo e fracasso profissional. E ele sente que está vivendo um momento de superação quando passa a treinar uma jovem equipe, com jogadores realmente empenhados em vencer. Vencer na quadra e vencer na vida! Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante (Dennis Hopper) e melhor trilha sonora original (Jerry Goldsmith).

Comentários:
Eu costumo dizer que o ator Gene Hackman faz uma grande falta ao cinema americano atual. Claro, o ser humano tem seus limites. Hackman está aposentado, idoso e enfrentando problemas de saúde. Só que isso não diminui sua falta que sempre será sentida, ainda mais nesses tempos medíocres pelos quais passa a sétima arte. Esse filme aqui trouxe uma de suas melhores atuações. Nem é um filme muito conhecido no Brasil, mas Hackman merecia ter tido pelo menos uma indicação ao Oscar por sua atuação. Existe um certo preconceito contra dramas esportivos e penso que esse foi o caso. O roteiro, extremamente bem escrito, trata de superação pessoal, tanto na vida profissional como também na íntima. O personagem interpretado por Hackman quer dar a volta por cima, deixar o passado para trás, sendo o esporte sua grande saída dessa situação. Com elenco jovem aplicado e um Hackman em seus melhores dias, atuando com vigor, o filme se mostra excelente. Pena que foi tão subestimado nos anos 80.

Pablo Aluísio.

Tieta do Agreste

Título no Brasil: Tieta do Agreste
Título Original: Tieta do Agreste
Ano de Lançamento: 1996
País: Brasil 
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: Carlos Diegues
Roteiro: João Ubaldo Ribeiro, Antônio Calmon
Elenco: Sônia Braga, Marília Pêra, Chico Anysio, Cláudia Abreu, Jece Valadão, Zezé Motta

Sinopse:
A jovem Tieta é praticamente expulsa da pequena cidade onde mora no interior do nordeste. Mutias décadas depois ela retorna, rica e bem sucedida, para sua terra natal. Estará ela em busca de alguma vingança contra os que lhe perseguiram no passado? Roteiro baseado no livro escrito por Jorge Amado, publicado em 1977. 

Comentários:
Eu me lembro que quando esse filme chegou nos cinemas eu pensei que realmente era a hora errada de lançar um filme baseado nesse livro de Jorge Amado. Isso porque uma novela da Globo, trazendo a mesma história, havia sido lançada não há muito tempo. A comparação iria ser inevitável e realmente foi. As pessoas acharam o filme superficial. Ora, comparar com uma novela que tinha dezenas de capítulos para desenvolver o enredo e seus personagens, seria mesmo complicado. Ainda assim considero um bom fillme dentro de suas limitações, claro. Um dos destaques do elenco é a presença do comediante Chico Anysio em raro momento atuando como ator em um filme convencional. Ele está muito bem como o pai de Tieta, um velho sertanejo rude, duro e muitas vezes cruel com a própria filha. Já Sônia Braga também está excelente como Tieta. Seu nome no elenco ajudou a vender o filme no exterior. Fora isso sempre devemos louvar adaptações do maravilhoso escritor Jorge Amado. Esse soube como poucos capturar a alma do povo brasileiros em seus livros. 

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de abril de 2023

Shazam! Fúria dos Deuses

Título no Brasil: Shazam! Fúria dos Deuses
Título Original: Shazam! Fury of the Gods
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: David F. Sandberg
Roteiro: Henry Gayden, Chris Morgan
Elenco: Zachary Levi, Helen Mirren, Lucy Liu, Gal Gadot, Asher Angel, Adam Brody, 

Sinopse:
O Capitão Marvel vê  uma grande ameaça chegar em nosso mundo. Duas deusas antigas, filhas do deus Atlas, querem vingança contra a humanidade. Para isso elas precisam de um mitológico cajado e da árvore da vida que vai espalhar destruição e morte na Terra. 

Comentários:
Não me entenda mal. Eu até tenho simpatias pelo personagem do Capitão Marvel. Eu sei que ele era uma cópia cafona e mais brega do Superman, mas mesmo assim não merecia ser adaptado para o cinema de forma tão mixuruca como foi nesses dois filmes. O problema é que ele é basicamente retratado como um idiota, um debilóide. As cenas com a Mulher-Maravilha retratam bem isso. E o mais bizarro é que quando ele surge na forma do garoto, age normalmente. Quando vira o herói se torna um estúpido! Que sentido faz isso dentro do roteiro? A reação a esse tipo de coisa veio nas bilheterias. O filme já é considerado um dos grandes fracassos comerciais do ano. Enganaram uma vez com o primeiro filme, no segundo ninguém foi ver. Mais do que justo. E para piorar o ator Zachary Levi resolveu ser um idiota também na vida real, dando várias declarações infelizes no final de semana de estreia do filme, o que aumentou ainda mais o constrangimento geral. Acredito que depois de tudo isso essa franquia foi pro saco. Não haverá um terceiro filme (ainda bem!). 

Pablo Aluísio.

O Círculo do Mal

Título no Brasil: O Círculo do Mal
Título Original: Hitler's Circle of Evil
Ano de Lançamento: 2018
País: Reino Unido
Estúdio: Head Gear Films
Direção: Simon Deeley, Matthew Hinchcliffe
Roteiro: Simon Deeley, Matthew Hinchcliffe
Elenco: Ray Burnet, Steve Munroe, Jonathon Michaels, Vic Waghorn, Alex Dee, Heather Cairns

Sinopse:
Minissérie documental disponível na Netflix que conta a história dos asseclas do ditador Adolf Hitler. Os homens que rondavam e formavam um verdadeiro círculo em torno do líder nazista, o comandante supremo do terceiro Reich. Em episódios vemos a ascensão e queda de todos esses criminosos de guerra. 

Comentários:
Muito bom esse documentário dividido em 10 episódios. Mostra esses homens que chegaram aos mais altos postos da hierarquia nazista durante o brutal regime comandando pelo infame Hitler. Um aspecto que me chamou a atenção foi a descrição da vida desses homens antes da subida ao poder pelas mãos de Hitler. Eram praticamente todas pessoas fracassadas em suas vidas profissionais. Então esses oportunidades viram uma chance de subir ao topo usando essa ideologia fanática. E uma vez no centro do poder, o resultado não poderia ser outro. Uma das maiores atrocidades humanitárias da história mundial. Eram pequenos e grandes ratos, sem ética e sem moralidade. De certo modo era natural que fossem atráidos por Hitler que também parecia muito com eles próprios. E todos se odiavam entre si. Não poderia ser diferente pois uma das bases da ideologia nazista sempre foi o puro ódio. Seria de admirar que houvesse algum sentimento nobre no meio de todos aqueles patifes. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de abril de 2023

O Mistério do Farol

Título no Brasil: O Mistério do Farol 
Título Original: The Vanishing
Ano de Lançamento: 2018
País: Reino Unido
Estúdio: Lionsgate UK
Direção: Kristoffer Nyholm
Roteiro: Celyn Jones, Joe Bone
Elenco: Gerard Butler, Peter Mullan, Gary Lewis, Connor Swindells, Ólafur Darri Ólafsson, Emma King

Sinopse:
Um pequeno grupo de três homens embarca rumo a um farol localizado em uma ilha distante e isolada. Após uma forte tempestade eles descobrem que há um homem em um pequeno barco numa das enseadas do lugar. Ele parece morto e ao seu lado está um baú cheio de pepitas de ouro. O que terá acontecido? E o que eles vão fazer com todo aquele ouro?

Comentários:
Eu posso até estar enganado, mas tenho forte impressão de que filmes como esse estão virando um tipo de subgênero cinematográfico dos mais recorrentes nos últimos anos. Eu particularmente me lembro de pelo menos três ou quatro filmes sobre isso, sobre homens trabalhando em faróis isolados que acabam tendo que lidar com situações extremas. Pode ser algo mais intimista, lutas contra o sobrenatural ou até mesmo dramas românticos, mas o centro da questão envolvendo farol, ilha distante e isolamento, está sempre presente. Esse aqui lida com o crime. Esses faroleiros (deve ser esse o nome de sua profissão) precisam lidar com um corpo e uma fortuna em barras de ouro. É algo fruto de crime. E onde o ouro está, estará também o resto da quadrilha em busca dele. Um filme bom, forte, mas que em minha opinião deveria ter um final mais poderoso. O roteiro parece perder fôlego conforme o tempo passa. Ainda assim é um filme que vale a pena assistir. 

Pablo Aluísio.

O Cerco de Waco

Título no Brasil: O Cerco de Waco
Título Original: Waco: American Apocalypse
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Tiller Russell
Roteiro: Tiller Russell
Elenco: David Koresh (imagens de arquivo), David Thibodeau, Chris Whitcomb, Lee Hancock, Kathy Schroeder, Gary W. Noesner

Sinopse:
Minissérie documental mostrando cenas reais e gravações feitas po telefone durante a tragédia de Waco, quando uma seita de religiosos fanáticos abriram fogo contra agentes do governo americano que estavam atrás de armas ilegais. Dezenas de pessoas morreram no que aconteceu durante esse cerco. 

Comentários:
Eu costumo dizer que religião é algo perigoso de se lidar. Nas mãos erradas se torna uma ferramenta poderosa de dominação de mentes, podendo resultar em casos extremos. Foi o que aconteceu no caso dessa seita. Seu líder, o tal de David Koresh, dizia que era Jesus Cristo. Como tal recebia mensagens diretamente de Deus que lhe dizia que ele tinha que transar com todas as mulheres da seita e que seus maridos deveriam aceitar isso como uma benção divina. Também se armou até os dentes, com armas de guerra em uma região deserta e distante do Texas. Quando o ATF e o FBI foram atrás dessas armas ilegais deu-se o inferno na Terra. Esse documentário em forma de minissérie é muito bom, trazendo cenas da época, inclusive de emissoras de TV. E há também material colhido dentro das próprias agências governamentais. Lição para se aprender sobre o que o fanatismo pode fazer com o ser humano. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Anne Frank - Vidas Paralelas

Título no Brasil: Anne Frank - Vidas Paralelas
Título Original: #AnneFrank - Parallel Stories
Ano de Lançamento: 2019
País: Itália, Reino Unido
Estúdio: Netflix
Direção: Sabina Fedeli, Anna Migotto
Roteiro: Sabina Fedeli, Anna Migotto
Elenco: Helen Mirren, Anne Frank (imagens de arquivo), Martina Gatti, Arianna Szorenyi, Martina Gatti, Adolf Hitler (imagens de arquivo), Heinrich Himmler (imagens de arquivo).

Sinopse:
Documentário histórico que reconta a história da adolescente Anna Frank, uma garota judia que foi vítima dos horrores do holocausto nazista durante a II Guerra Mundial. Sua história é mostrada ao mesmo tempo em que sobreviventes dos campos de horror nazistas também relembram tudo o que passaram naquela época terrível para a história da humanidade. 

Comentários:
Muito bom, humano e tocante esse documentário sobre a jovem Anne Frank. Ela foi o maior símbolo das vítimas do holocausto. Uma adolescente, inteligente, boa escritora, cheia de sonhos para o futuro, que teve sua vida ceivada pela insanidade nazista. O documentário usa o depoimento de sobreviventes dos campos de concentração que tinham a mesma faixa etária na época da Anne Frank. O horror se revela no que essas pessoas relembram, as experiências terríveis que viveram. A barbárie nazista foi um ponto de inflexão na história da humanidade, mostrando sem retoques, sobre até onde poderia ir a maldade e a perversidade humanas. Infelizmente ela a irmã não sobreviveram a essa tragédia, mas seu diário que foi encontrado depois que ela foi capturada pelos nazistas, levou para a posteridade todos os seus pensamentos. E hoje, dia de aniversário do mais infame de todos os ditadores da história, fica a lição de um capítulo que jamais poderá se repetir, em lugar nenhum, em época alguma. O passado ensina lições, basta apenas não esquecer delas. 

Pablo Aluísio.

Império Romano - Terceira Temporada

Título no Brasil: Império Romano
Título Original: Roman Empire
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Thaddeus Bouska
Roteiro: Christian Baker, Brian Burstein
Elenco: Ido Drent, Craig Walsh-Wrightson, Elizabeth Felker, Teressa Liane, Colin Moy, Steve West

Sinopse:
A terceira temporada de Império Romano conta a história do Imperador Calígula, sucessor do imperador Tibério. Subiu ao poder absoluto ainda muito jovem e no começo foi até um bom imperador. Depois de uma febre inexpicável, ao qual sobreviveu, ele começou a desenvolver ttraços de uma mente psicótica e violenta além de desvios sexuais chocantes, como o amor incestuoso com suas próprias irmãs! 

Comentários:
Por um descuido de minha parte comecei a assistir essa série documental da Netflix a partir da terceira temporada. Não tem maiores problemas pois cada temporada cuida de de um imperador em particular, não sendo necessário assisti-las em ordem cronológica. Nessa temporada o imperador enfocado foi Calígula, considerado o imperador insano. De fato não haveria outra qualificação melhor para ele. Um sujeito com uma personalidade depravada que só chegou ao poder porque foi o único parente que sobreviveu ao violento Tibério, um imperador que praticamente matou toda a sua família. A série mescla cenas recriadas com atores e explicações de historiadores e especialistas sobre a história de Roma. No meu caso, que sempre aprecie história em geral desde os meus tempos de colegial, tudo soa muito mais do que interessante. É o tipo de série que já conta com minha simpatia, antes mesmo de começar a assistir. Então se você também aprecia história deixo essa recomendação. Você não vai se decepcionar, a série tem muita qualidade.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Elvis Presley - King Creole - Parte 5

Então chegamos na faixa "Dixieland Rock". Antes de qualquer coisa cabe a pergunta: O que é Dixieland? Dixieland é um lugar que não existe no mundo real. É como Avalon. É um símbolo, uma imagem, uma localidade no imaginário de todo norte-americano nascido no sul dos Estados Unidos. Dixieland é um lugar nenhum e ao mesmo tempo são todos os lugares. Todas as cidades do sul são Dixieland, embora nenhuma delas seja de fato Dixieland. Dixieland é o sentimento de regionalidade, de pertencer ao sul. Quando um sulista nascido nos Estados Unidos diz que nasceu em Dixieland, todos entendem. Ele nasceu no sul, não importando qual estado e cidade ele efetivamente nasceu.

New Orleans é no sul. New Orleans então está em Dixieland. Agora o interessante é que a cultura de New Orleans é tão própria que podemos dizer que se existe uma cidade sulista que seja bem diferente do resto do sul, essa seguramente é New Orleans. Aqui há forte herança da cultura negra, dos escravos que chegaram no novo mundo nas caravelas dos escravocratas das fazendas de algodão do sul. Nesse novo mundo os negros mantiveram seus costumes, sua cultura e sua música. Ao mesmo tempo eles trouxeram para si parte também da cultura francesa, pois a  Louisiana pertenceu por muitos anos à coroa francesa, daí vem seu nome, a terra de Louis, rei da França.

"Dixieland Rock" é uma boa gravação de King Creole, o álbum, mas também temos que convir que com todo esse peso cultural que caiu sobre ela, as coisas se tornaram um pouco turvas. É um bom momento do disco, um momento cheio de vibração e energia, com Elvis em pleno pique. Só não vale tentar comparar com a herança cultural que o nome Dixieland evoca, até porque aí seria realmente até mesmo uma covardia. Séculos e séculos de cultura esmagariam esse música pop / rock da nascente cultura roqueira da década de 1950.

E sobre "Hard Headed Woman", que já tive oportunidade de escrever, não vejo muita salvação. O ritmo é legal, bem rock, muito positivo, pra frente, go, go, go... Só que convenhamos... a letra é realmente péssima. A própria expressão que dá título à música soaria de mau gosto nos dias de hoje. Soaria vulgar, de cultura rasteira. Aqui foi desperdiçado o bom trabalho vocal de Elvis e sua banda, além dos instrumentistas da orquestra de metais que o acompanhou. Tudo isso para chamar uma jovem senhorista de "mulher cabeça-dura"? Não, não me soa interessante. Um momento anacrônico de uma trilha sonora muito boa. Essa música assim perde muitos pontos por causa da letra, embora o ritmo seja muito bom. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de abril de 2023

Audie Murphy e o Western - Parte 8

Em 1954 o ator Audie Murphy atuou em três filmes, todos produzidos pela Universal Pictures, estúdio pelo qual havia assinado um contrato de sete anos, algo que era corriqueiro em Hollywood naqueles tempos. Seu nome havia se consolidado, tornando viável aos produtores escalar Murphy para uma série de filmes de faroeste. Embora ele fosse um herói de guerra, o que o qualificaria para estrelar filmes nessa linha, a Universal entendeu que ele estava muito bem em filmes de western. Parecia ser o mais adequado para ele naquela fase da carreira. Além disso o número das bilheterias mostrava que o caminho era esse. 

"Traição Cruel" foi o primeiro filme do ano. Audie Murphy interpretava um sujeito comum, mas que sofria uma grande injustiça. Seu pai e seu irmão eram covardemente assassinados. Em busca de justiça e vingança ele então entrava para uma quadrilha de bandoleiros. Um autêntico bang-bang, esse filme B da Universal rendeu uma excelente bilheteria em sua estreia. O público também queria se divertir nos cinemas, não apenas ver profundas e complexas obras-primas da sétima arte. 

"Tambores da Morte" foi o segundo filme de Audie Murphy a chegar nos cinemas nesse ano. A história mostrava uma terra em conflito no velho oeste. Colonos brancos descobriam ouro nas terras tradicionalmente ocupadas por índios. Obviamente que a ganância acabava falando mais alto. Os nativos queriam a preservação de suas terras e os colonos queriam extrair todo aquele ouro das montanhas que eram sagradas pelos índios. A guerra entre eles não demorava a acontecer. 

"Antro da Perdição" fechou o ano para o ator nos cinemas. Foi lançado nas férias de fim de ano e se deu muito bem nas bilheterias. Esse western foi dirigido pelo ótimo cineasta George Marshall. A história mostrava um jovem que se tornava xerife de uma cidade do velho oeste. O problema é que a corrupção imperava naquela região. O próprio prefeito, aliado a um criminoso e bandoleiro, dominavam tudo, roubando e pilhando toda a riqueza da cidade. Ser um xerife honesto naquele meio certamente não seria fácil. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Tora! Tora! Tora!

Título no Brasil: Tora! Tora! Tora!
Título Original: Tora! Tora! Tora!
Ano de Lançamento: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Fleischer
Roteiro: Larry Forrester
Elenco: Martin Balsam, Sô Yamamura, Jason Robards, James Whitmore, Richard Anderson, Keith Andes

Sinopse:
O filme mostra os bastidores políticos e os preparativos do Japão para o ataque surpresa que desferiu contra a esquadra dos Estados Unidos que estava ancorada no porto de Pearl Harbor, no Havaí. Esse fato histórico seria o estopim da entrada dos americanos na II Guerra Mundial. Filme vencedor do Oscar na categoria de efeitos especiais. 

Comentários:
Esse filme sempre é lembrado quando se trata do ataque japonês a Pearl Harbor. Realmente o roteiro procura seguir muito de perto os eventos históricos, ser o mais fiel possível. Tecnicamente é um filme muito bem realizado, tanto que foi premiado no Oscar. Entretanto eu teria algumas observações a fazer sobre ele. Penso que o roteiro ficou em um meio termo entre ser um documentário ou um filme convencional sobre a segunda guerra. Nunca se decide completamente para ir para um lado ou para o outro. Também tem uma duração excessiva. Eu me recordo que quando foi lançado em VHS no Brasil durante os anos 80 vinha em fita dupla. E também não há nenhum grande astro de Hollywood no elenco. De qualquer forma sem dúvida é um filme essencial para quem queira conhecer melhor a história dessa guerra, tudo valorizado inclusive com algumas cenas reais do ataque que foram incorporadas ao filme. 

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de abril de 2023

Creed III

Título no Brasil: Creed III
Título Original: Creed III
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Michael B. Jordan
Roteiro: Keenan Coogler, Zach Baylin
Elenco: Michael B. Jordan, Tessa Thompson, Jonathan Majors, Wood Harris, Phylicia Rashad, Mila Davis-Kent

Sinopse:
O lutador de boxe Adonis Creed (Michael B. Jordan), agora aposentado, resolve ajudar Damian Anderson (Jonathan Majors), um velho conhecido, após ele ficar anos na prisão. Na realidade Creed se sente culpado por algo que aconteceu em seu passado. Só que o novo (velho) lutador Damian decide que quer tudo, inclusive levar Creed de volta ao ringue para um último acerto de contas entre eles. 

Comentários:
Esse filme ficou mais falado por causa das brigas de bastidores do que pelo próprio filme em si. Stallone brigou com os produtores e o elenco. Ele foi ignorado na produção do filme, embora seu nome ainda seja creditado como um dos produtores. Acontece que ele perdeu os direitos autorais do universo de Rocky há muitos anos. Disse que o roteiro novo não era bom, era sombrio. Dessa vez o estúdio não quis sua colaboração, o que o deixou irado. Não deveria. Esse roteiro é muito parecido com os que ele mesmo escrevia na franquia original de Rocky. Chega até mesmo a ser constrangedor de tão quadradinho e sem novas ideias. A velha história do lutador inexpressivo que desafia o campeão e se torna o novo número 1 do boxe. Essa não era a mesma história do primeiro filme Rocky dos anos 70? Pois é, nada de novo nesse front. E justamente por ser tão sem originalidade que esse filme fica sem maior interesse. Pelo menos no meu caso que já acompanho cinema há muitas décadas. Talvez para um cinéfilo novato haja algum sabor de novidade. No meu caso, lamento dizer, é tudo mais do mesmo. Já vi esse filme antes, há muitos anos e ele era bem melhor! 

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de abril de 2023

A Sniper Russa

Título no Brasil: A Sniper Russa
Título Original: Bitva za Sevastopol
Ano de Lançamento: 2015
País: Rússia, Ucrânia
Estúdio: Kinorob
Direção: Sergey Mokritskiy
Roteiro: Maksim Budarin, Max Dankevich
Elenco: Yuliya Peresild, Joan Blackham, Evgeniy Tsyganov, Oleg Vasilkov, Nikita Tarasov, Vladimir Lilitskiy

Sinopse:
O filme conta a história real da sniper soviética Lyudmila Pavlichenko. Ela foi recrutada após chamar a atenção em um parque de diversões, numa competição de tiro. Depois disso foi levada para as fileiras do Exército Vermelho durante a invasão alemã ao seu país. Acabou se destacando no campo de batalha por sua destreza e mira perfeita. No filme também acompanhamos sua visita à Casa Branca, onde participou de uma campanha para que os Estados Unidos entrasse na guerra. 

Comentários:
Antes de mais nada é bom salientar que o título nacional desse filme está errado! A protagonista histórica desse filme não era russa, mas sim ucraniana! Para ser mais preciso do ponto de vista histórico o filme deveria se chamar mesmo "A Sniper Soviética" porque na Segunda Guerra Mundial a Ucrânia estava sob dominação da União Soviética. Outro aspecto a se considerar é que o filme é uma produção em conjunto entre Ucrânia e Rússia. Isso, obviamente foi realizado antes dessa guerra insana que está acontecendo entre os dois países. De qualquer forma é um bom filme. Tem um roteiro quadradinho que apesar de seu convencionalismo conta bem sua história. Os personagens não são tão bem desenvolvidos, não mostram muita profundidade psicológica, mas como eu já escrevi, vale por resgatar a história dessa jovem mulher que matou no campo de batalha mais de 300 nazistas! Sem dúvida, não se pode negar, ela fez um belo serviço para a história da guerra. Como se dizia nas fileiras do Exército vermelho na época: "Lugar de fascista é numa cova rasa no solo da mãe Rússia!".

Pablo Aluísio.

Cidadão X

Título no Brasil: Cidadão X 
Título Original: Citizen X
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Chris Gerolmo
Roteiro: Robert Cullen, Chris Gerolmo
Elenco: Stephen Rea, Donald Sutherland, Max von Sydow, Jeffrey DeMunn, Joss Ackland, John Wood

Sinopse:
O filme conta a história real do serial killer Andrei Chikatilo. Durante o regime soviético ele começou a matar crianças, adolescentes e mulheres que conhecia em estações de trem por toda a União Soviética. Inicialmente sua existência era dada como um constrangimento internacional para o regime comunista que chegava a negar até mesmo a existência desse tipo de monstro em sua sociedade. 

Comentários:
Filmaço! Chego inclusive a escrever que esse foi sem dúvida um dos melhores filmes de assassinos em série que assisti em minha vida. Além da história desse psicopata ser muito interessante do ponto de vista criminológico (indico inclusive para estudantes de direito), devo dizer que o cenário político e o contexto histórico onde tudo aconteceu tornou ainda mais relevante esse enredo. O psicopata Andrei Chikatilo foi um dos mais infames criminosos da história do século XX. Seus crimes eram horrendos e hediondos. Só que tudo esbarrava no próprio sistema do regime soviético, que tentava esconder tudo para não manchar a reputação da União Soviética, uma vez que a propaganda oficial dizia que esse tipo de assassino era coisa do decadente regime capitalista do Ocidente. Com isso os policiais, que eram bons profissionais, enfrentavam não apenas os desafios comuns desse tipo de investigação, como também um certo boicote oficial das autoridades soviéticas. E nesse impasse se criava uma situação surreal. Enfim, ótimo filme, com elenco acima da média e roteiro primoroso. Altamente recomendado. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Alerta Lobo

Título no Brasil: Alerta Lobo
Título Original: Le chant du loup
Ano de Lançamento: 2019
País: França
Estúdio: Pathé
Direção: Antonin Baudry
Roteiro: Antonin Baudry
Elenco: François Civil, Omar Sy, Mathieu Kassovitz, Reda Kateb, Jean-Yves Bertelo, Damien Bonnard

Sinopse:
Submarino nuclear da Marinha da França recebe ordens para iniciar um ataque nuclear à Rússia, depois que um míssil supostamente russo foi disparado em direção ao território francês. Após a ordem presidencial não se pode mais voltar atrás, só que na realidade se trata de um alarme falso! Como agora se impedirá esse ataque?

Comentários:
Filme muito bom. Uma das coisas que mais me surpreenderam aqui foi saber da existência de um protocolo militar de ataque nuclear que impede que uma ordem presidencial seja revogada! Como assim?! Que absurdo sem tamanho! Justifica-se tal procedimento para evitar serviços de contrainformação do inimigo. No filme bate o desespero no governo e do alto comando militar francês quando se descobre que a ordem foi dada, mas que tudo não passa de um alarme falso. Como deter um ataque que por protocolos de segurança não pode ser cancelado? No desespero da situação, a Marinha envia então um submarino convencional para atacar o submarino nuclear que vai disparar os mísseis atômicos em direção à Rússia! Situação no limite, mas que infelizmente pode vir a se tornar realidade, ainda mais nos dias atuais quando vemos as tensões internacionais aumentarem a um nível crítico entre os países ocidentais e a Rússia. O mundo certamente pode estar por um fio! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Triângulo da Tristeza

Título no Brasil: Triângulo da Tristeza
Título Original: Triangle of Sadness
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Imperative Entertainment
Direção: Ruben Östlund
Roteiro: Ruben Östlund
Elenco: Woody Harrelson, Harris Dickinson, Charlbi Dean, Dolly De Leon, Vicki Berlin, Alicia Eriksson

Sinopse:
Um casal de jovens modelos ganha uma viagem de graça em um iate de luxo. Tudo para promover o turismo no barco em suas redes sociais. O resto dos passageiros é formado por gente rica e idosa, bem ao contrário deles mesmos, que são jovens e duros. E o pior acontece quando a embarcação é atacada por piratas dos nossos dias. Na ilha vão acabar testando os limites das classes sociais. 

Comentários:
Mais um dos concorrentes ao Oscar na categoria de melhor filme. É o nono que assisto da lista de dez. Um exagero ter dez filmes concorrendo na principal categoria. Desvaloriza o próprio prêmio. Então o que temos aqui é praticamente uma comédia. O filme é dividido em partes (divisões mal feitas, ao meu ver). Tem uma parte inicial mostrando um casal de jovens modelos. A segunda parte mostra a viagem no iate de luxo e finalmente na parte final temos todos aqueles personagens boçais tentando sobreviver numa ilha. A minha preferida é a segunda parte, justamente a que optou mais pelo lado do humor. Tem uma cena em particular, a do jantar do capitão, que eu dei boas gargalhadas. Risos que nascem do absurdo da situação com todos aqueles idosos ricaços vomitando horrores em seus pratos finos. Nonsense puro! O ator Woody Harrelson interpreta o capitão do navio, um sujeito que vive bêbado, mas que tem que aguentar a chatice daquela gente rica e vazia. Depois que o iate é atacado por piratas (parecem ser da Somália) o filme decai. A parte da ilha é chata e tenta provar seu ponto de vista social. Melhor mesmo foi ver as cenas que apostaram no humor. São bem divertidas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Elvis Presley - Elvis' Christmas Album - Parte 5

"(There'll Be) Peace in the Valley (For Me)" foi escrita e composta por Thomas Andrew Dorsey na primeira metade do século XX. Esse músico tem uma história interessante. Ele nasceu em uma família muito religiosa no chamado cinturão bíblico do sul dos Estados Unidos. Só que ele ganhava a vida mesmo cantando e tocando blues, a música do Diabo. Esse dualismo iria perdurar durante toda a sua carreira. E essa música foi um de seus maiores sucessos em vida e se tornou ainda mais conhecida depois que Elvis a gravou e a apresentou em um popular programa de TV nos anos 50, na mesma noite em que ele cantou "Don't Be Cruel" para todo o país. 

"It Is No Secret (What God Can Do)" é outra canção gospel que entrou nesse disco natalino. Curiosamente a RCA Victor só decidiu colocá-la no disco no último momento, poucas horas antes do álbum começar a ser prensado nas fábricas da multinacional. O produtor Steve Sholes acreditava que ela deveria ser melhor trabalhada pois não tinha ficado contente com a gravação original. Só que na pressão e na pressa de se colocar o disco até dezembro nas lojas, para aproveitar as vendas de fim de ano, decidiu-se finalmente por inclui-la no disco. 

Elvis' Christmas Album foi um grande sucesso de vendas e surpreendeu muita gente, inclusive a própria RCA Victor e Elvis. Ninguém poderia supor que iria vender tanto. No máximo acreditava-se que iria vender bem, gerar um pequeno lucro e melhorar a imagem de Elvis perante os mais velhos. Só que no final de tudo acabou se tornando o álbum mais vendido de sua carreira até aquele momento, superando as vendas do primeiro LP, do segundo e da trilha sonora de "Loving You"! 

Para se ter uma ideia melhor do sucesso comercial do LP basta dizer que ele só iria ser superado em 1961 quando chegou nas lojas de discos a trilha sonora do filme "Feitiço Havaiano" (Blue Hawaii). Acompanhando o grande êxito comercial do filme, essa trilha havaiana de Elvis vendeu milhões de cópias, superando finalmente o disco natalino de 1957. Nos anos seguintes o Coronel Parker iria sempre sugerir a Elvis a gravação de um novo disco de Natal, mas ele sempre arranjava um jeito de não gravar nada nesse estilo, só concordando com o empresário em 1971 quando finalmente entraria em um estúdio para gravar seu segundo disco natalino. Só que essa é uma outra história...

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de abril de 2023

10 Curiosidades sobre o filme Rio Bravo - Onde Começa o Inferno

1. John Wayne e o diretor Howard Hawks viam o filme como uma resposta ao clássico do western "Matar ou Morrer" com Gary Cooper. Eles entendiam que um verdadeiro homem da lei, um xerife do velho oeste, jamais iria pedir ajuda para a população civil, ele iria resolver tudo apenas com a ajuda de outros auxiliares da lei. 

2. Gary Cooper soube das críticas de John Wayne ao seu filme e ficou bem aborrecido com elas. Após assistir a "Rio Bravo" não deixou de alfinetar o filme, dizendo a um jornalista de Hollywood que o novo filme de John Wayne tinha uma história tão falsa que ninguém iria acreditar nela. A relação entre os dois astros ficaria abalada depois disso. 

3. O diretor Howard Hawks queria Elvis Presley para completar o trio principal de atores que ainda contaria com John Wayne e Dean Martin. O próprio cantor ficou entusiasmado com a ideia, mas tudo foi em vão. Seu empresário, o Coronel Tom Parker. pediu um cachê muito alto para Elvis estar no filme. Também exigiu participação nos lucros da bilheteria nos cinemas. O estúdio assim não quis assinar o contrato. 

4. E no final de tudo Elvis não poderia mesmo fazer o filme pois foi convocado para servir ao exército americano dois meses antes do começo das filmagens. 

5. Dean Martin queria muito fazer o filme, mas o diretor Hawks não estava muito certo disso. Então o cantor fretou um avião para trazê-lo a Las Vegas onde ele estava se apresentando em um cassino. Também fez questão que o diretor tivesse todas as suas contas pagas por ele. 

6. Após alguns encontros Hawks finalmente aceitou Dean Martin no elenco do filme, principalmente depois de vê-lo bêbado nos corredores de um cassino em Las Vegas. Era o tipo perfeito para o personagem do filme que iria interpretar. 

7. O diretor Howard Hawks não queria o ídolo adolescente Ricky Nelson no elenco do filme, mas como Elvis estava fora, ele acabou aceitando a sugestão do estúdio. O cineasta achava o rapaz muito jovem e muito suave para estar em um filme de western como aquele. No final admitiu que ele ajudou bastante na promoção do filme, principalmente entre o público mais jovem. 

8. O filme foi um grande sucesso de público e crítica, batendo recordes de bilheteria em seu primeiro final de semana em exibição nos Estados Unidos. Todo o elenco e equipe compareceram na estreia do filme em Los Angeles. 

9. John Wayne passou mal durante as filmagens. Já era um sinal de que havia algo errado com sua saúde. Anos depois ele finalmente iria procurar um médico. Estava com câncer de pulmão. Só que durante as filmagens ainda não sabia disso e continuou fumando um cigarro atrás do outro entre as cenas. Era um fumante inveterado. 

10. Dean Martin foi bem convincente em seu personagem. Ele, em algumas cenas, realmente estava cansado e com grande ressaca. Bebia muito e saía de shows em Las Vegas direto para o aeroporto, viajando de noite para trabalhar no outro dia em Hollywood. Foi uma fase muito cansativa para ele, viajando praticamente todas as noites, trabalhando como cantor à noite e como ator de dia. 

Pablo Aluísio.

A Batalha da Grã-Bretanha

Título no Brasil: A Batalha da Grã-Bretanha
Título Original: Battle of Britain
Ano de Lançamento: 1969
País: Reino Unido
Estúdio: United Artists
Direção: Guy Hamilton
Roteiro: James Kennaway, Wilfred Greatorex
Elenco: Michael Caine, Laurence Olivier, Christopher Plummer, Trevor Howard, Harry Andrews, Curd Jürgens, Susannah York

Sinopse:
Reconstituição histórica da guerra aérea nos primeiros dias da Segunda Guerra Mundial pelo controle dos céus da Grã-Bretanha, quando a Luftwaffe e a Royal Air Force decidiram se uma invasão das ilhas britânicas seria possível do ponto de vista estratégico. Filme indicado no BAFTA Awards.

Comentários:
Esse excelente filme mostra um dos momentos mais decisivos durante a II Guerra Mundial. Hitler havia ordenado que a força aérea da Alemanha começasse uma intensa linha de ataques nas principais cidades da Inglaterra. Caso a operação se tornasse bem sucedida, Hitler tinha planos para invadir as ilhas britânicas. Essa batalha da Inglaterra foi um momento chave na guerra, pois a resistência dos ingleses contra esses ataques foi essencial para curvar os planos do ditador nazista. O filme tem um elenco realmente espetacular, contando apenas com os melhores atores ingleses daquela geração. Também merecem elogios o roteiro que procura ser o mais fiel possível aos fatos históricos. Os produtores encaravam esse filme não apenas como mais uma produção sobre a segunda guerra mundial, mas também como  uma homenagem aos bravos homens que lutaram e morreram nessa batalha nos ares ingleses, onde muito se decidiu sobre os rumos da guerra dali em diante. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Frenesi

Título no Brasil: Frenesi
Título Original: Frenzy
Ano de Lançamento: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Arthur La Bern, Anthony Shaffer
Elenco: Jon Finch, Barry Foster, Barbara Leigh-Hunt, Alfred Hitchcock, Anna Massey, Billie Whitelaw

Sinopse:
Uma série de crimes de um assassino em série assombra Londres. Esse serial killer mata suas vítimas, em especial mulheres, as enforcando com uma gravata. A polícia começa as investigações, mas começa a focar na pessoa errada, pensando ser um inocente o verdadeiro assassino. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards.

Comentários:
Esse foi o penúltimo filme do mestre Alfred Hitchcock. Não foi bem recebido pela crítica na época de seu lançamento original, mas ainda assim, pela força do nome do diretor, conseguiu se sair bem nas bilheterias americanas e inglesas. Eu vejo as críticas mais mordazes a esse filme como muito injustas. Veja, o diretor já estava bem avançado na idade. Muito idoso, obviamente teve problemas em dirigir com a mesma eficiência dos anos passados. Obviamente esse fator deveria ter sido levado em conta por aqueles que malharam o filme. São bem hipócritas mesmo. De qualquer forma, mesmo com o peso da idade, o mestre fez um filme muito digno e realmente muito bom. Quem é gênio do cinema, sempre será, não tem jeito. Há um bom desenvolvimento da história, que tem seu próprio tempo, sem pressa e com um elenco afiado. Eu também costumo dizer que filmes sobre assassinos seriais sempre são bons, pois o tema é muito rico para o cinema. Só um roteiro muito ruim poderia estragar esse tipo de cinema. O que obviamente não acontece nessa produção. Além disso, Hitchcock jamais falha naquilo que lhe era mais precioso: o uso do suspense no fio condutor de sua narrativa. Nisso ele ainda era um mestre absoluto da sétima arte. 

Pablo Aluísio.

A Condessa de Hong Kong

Título no Brasil: A Condessa de Hong Kong
Título Original: A Countess from Hong Kong
Ano de Lançamento: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin
Elenco: Marlon Brando, Sophia Loren, Sydney Chaplin, Charles Chaplin, Tippi Hedren, Patrick Cargill

Sinopse:
Um diplomata norte-americano se surpreende numa viagem de cruzeiro quando descobre em uma cabine, escondida, uma mulher que se diz condessa russa, mas será mesmo que ela estaria dizendo a verdade? Comédia de costumes dirigida pelo mestre do cinema e do humor Charles Chaplin. 

Comentários:
Até os maiores gênios do cinema possuem seus tropeços. O maior tropeço da filmografia de Charles Chaplin veio nessa comédia sem graça com um elenco que era muito popular na época, mas que definitivamente não deu certo em cena. Foi uma má ideia do diretor (naquela época já bem idoso) chamar Marlon Brando para atuar no filme. Ele nunca foi comediante na vida, não tinha talento para o humor, algo reconhecido pelo próprio. Só aceitou fazer o filme porque afinal o convite partiu de Chaplin e ele tinha muito interesse em ser dirigido por um dos maiores gênios do cinema na história. Só que as boas intenções iniciais na realização desse projeto foram em vão. O filme é ruim de doer, realmente constrangedor. O roteiro apresenta um tipo de humor que já naquela época era muito ultrapassado. Chaplin usando de gags da era do cinema mudo errou e errou feio. Não demorou muito e o próprio Marlon Brando entendeu que o filme iria afundar, tanto que ele anos depois o chamou de "meu maior desastre na carreira". Pois é, mesmo com os melhores profissionais, um filme pode fracassar de forma absoluta. Basta ter os atores errados ser lançado na época errada. Esse filme provou essas duas coisas de forma excepcional. 

Pablo Aluísio.