terça-feira, 25 de abril de 2023
Zorro e o Ouro do Cacique
terça-feira, 8 de novembro de 2022
O Justiceiro Mascarado
Ótimo western que trouxe para as telas de cinema as aventuras desse personagem tão carismático do faroeste em sua era de ouro. Originalmente conhecido como Lone Ranger, ele no Brasil também recebeu o nome de Zorro ou "Zorro Americano", para não ser confundido com o "Zorro Espanhol", de capa e espada, que aliás era o verdadeiro Zorro. Esse Zorro Made in USA também tinha suas características pessoais como as balas de prata, o figurino azul e branco e o famoso grito “Hi-Yo Silver” – que marcou muito o Lone Ranger, ou Cavaleiro Solitário. Esse foi seu primeiro grande filme de sucesso, fruto da imensa popularidade da série de TV que ficou no ar praticamente uma década, com imenso sucesso de audiência. Para se ter uma idéia da popularidade desse personagem basta dizer que ao total foram realizados 23 filmes com ele ao longo de todos aqueles anos. Ele também virou revistas em quadrinhos e deu origem a uma bem sucedida linha de brinquedos, roupas, etc. A garotada realmente amava esse personagem, que era de certa forma um "super-herói" que atuava no velho oeste americano.
Nesse western de 1956 é interessante destacar seu roteiro bem trabalhado. Principalmente se formos levar em conta que esse filme era uma produção direcionada para o público infanto-juvenil. Outro ponto de destaque era a excelente presença do astro Clayton Moore que além de galã e herói, se revelava também bom ator, como bem prova quando interpreta “o mineiro”, um dos disfarces que o Lone Ranger usa para se infiltrar e obter informações com o inimigo. Enfim, não deixe de assistir pois é um dos filmes mais deliciosamente nostálgicos já feitos.
O Justiceiro Mascarado / Zorro e o Ouro do Cacique (The Lone Ranger, Estados Unidos, 1956) Direção: Stuart Heisler / Roteiro: Herb Meadow / Elenco: Clayton Moore, Jay Silverheels, Lyle Bettger / Sinopse: O misterioso cowboy Lone Ranger (Clayton Moore) ao lado do parceiro e amigo Tonto, tentam evitar uma guerra entre brancos e índios na fronteira de uma reserva indígena da nação Apache.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 24 de novembro de 2020
Lágrimas Amargas
Bette Davis foi uma das grandes personalidades da história do cinema americano. Ela ousou romper com o chamado Star System e procurou construir uma carreira independente e corajosa. Por ser uma mulher de atitude, enfrentou vários problemas, inclusive a falta de convites para fazer mais filmes, talvez por essa razão esse "Lágrimas Amargas" seja tão essencial para os cinéfilos entenderem quem realmente foi Bette Davis. Ela própria passaria por situações semelhantes em sua vida profissional. Vencedora do Oscar, não se importou em publicar nos classificados de um jornal de Los Angeles um anúncio em busca de trabalho. O Oscar que ela venceu inclusive é usado numa das cenas desse filme.
Não conheço nenhum outro filme da filmografia de Davis que seja tão simbólico como esse. É praticamente uma biografia da mulher corajosa e valente que ela foi em vida. Já para os que são fãs da eterna Natalie Wood, a produção tem um brinde a mais, sua participação no elenco como a filha de Bette Davis. Segundo consta, ela teria sofrido um pequeno acidente nas filmagens que quase lhe causou seu afogamento. Isso criou um trauma que lhe seguiu pelo resto da vida. Tragicamente ela morreria afogada décadas depois após um acidente até hoje mal explicado em um barco, durante suas férias ao lado do marido Robert Wagner. Fica então nossa dica de filme clássico do dia, o edificante "Lágrimas Amargas". Não deixe de assistir.
Lágrimas Amargas (The Star, Estados Unidos, 1952) Estúdio: 20th Century Fox / Direção: Stuart Heisler / Roteiro: Dale Eunson, Katherine Albert / Elenco: Bette Davis, Sterling Hayden, Natalie Wood, Warner Anderson / Sinopse: Margaret Elliot (Davis) é uma atriz que no passado foi uma estrela em Hollywood. Agora, mais velha e com problemas envolvendo alcoolismo, ela amarga um injusto ostracismo em sua vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Bette Davis).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Tokyo Joe
Título no Brasil: Tokyo Joe
Título Original: Tokyo Joe
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Stuart Heisler
Roteiro: Steve Fisher, Walter Doniger
Elenco: Humphrey Bogart, Alexander Knox, Florence Marly, Sessue Hayakawa
Sinopse:
No Japão do pós guerra, o ex-coronel americano Joseph 'Joe' Barrett (Humphrey Bogart) retorna a Tóquio para reabrir seu antigo Night Club chamado Tokyo Joe. Durante anos Barrett viveu no Japão, porém com a guerra ele teve que ir embora. Agora ele reencontra a cidade, completamente modificada pelos anos de bombardeios. Reabrir seu clube noturno porém não será tão fácil por causa da burocracia. Assim ele acaba pedindo ajuda a um chefão da máfia japonesa, o Barão Kimura (Sessue Hayakawa), decisão da qual irá amargamente se arrepender depois.
Comentários:
"Tokyo Joe" é um misto de drama e aventura que tenta mostrar um pouco do Japão após o fim da Segunda Guerra Mundial. Depois da derrota na guerra para os países aliados, o Japão precisou se reerguer literalmente das ruínas. Com um governo provisório americano as cidades lentamente foram se recuperando. É nesse cenário que o personagem de Bogart tenta também reabrir seu night club. Ele que viveu por anos no Japão procura por seus velhos amigos e pelo amor de sua vida, a cantora Trina Pechinkov (Florence Marly), que para sua decepção agora está casada com outro homem, um advogado bem sucedido. Joe' Barrett porém parece bem decidido a não apenas reabrir seu estabelecimento, como também reconquistar a mulher que sempre amou, Trina. Essa é interpretada pela bonita atriz Tcheca Florence Marly, com sua típica beleza exótica do leste europeu. Joe também resolve começar em um novo ramo de negócios, no transporte aéreo de cargas, mas nesse novo trabalho acaba caindo nas garras da máfia japonesa, ao ter que trazer criminosos procurados da Coreia para o Japão.
O interessante em "Tokyo Joe" é que podemos perceber nitidamente que o filme transita entre dois gêneros bem claros. Na primeira metade do filme temos um pouco de drama e romance, com a volta de Joe ao Japão e as dificuldades dele recomeçar sua vida. Na segunda e última parte o filme se direciona mais para o lado do filme de suspense e policial, com Joe tentando sobreviver à péssima ideia de ter firmado um pacto com um chefão mafioso. A cena final, com direito a tiros e mortes, acaba tentando unir todos os estilos, levando Bogart a uma cena bem melodramática. No saldo final é um filme interessante dentro da filmografia do sempre excelente Bogart, porém essa indefinição entre os gêneros o prejudica um pouco, não se sabendo para que lado a produção realmente vai seguir. Diria assim que entre o comercial e o dramático, o filme acabou não se decidindo por nenhum caminho, ficando dessa maneira apenas nas boas intenções.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 10 de abril de 2007
Montanhas em Fogo
Título Original: The Burning Hills
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Heisler
Roteiro: Irving Wallace, baseado na novela de Louis L'Amour
Elenco: Tab Hunter, Natalie Wood, Skip Homeier, Eduard Franz, Earl Holliman, Claude Akins
Sinopse:
Trace Jordon (Tab Hunter) chega numa pequena cidade mineradora do velho oeste em busca de seu irmão. Para sua surpresa descobre que ninguém parece disposto a falar muito sobre ele. Após algumas investigações por conta própria descobre finalmente que ele foi assassinado nas montanhas rochosas a mando de Jack Sutton (Skip Homeier), um inescrupuloso rancheiro da região. Trace quer justiça, não vingança, mas antes que possa denunciar o crime ao xerife local é encurralado e baleado pelos membros da gangue de Sutton. Ferido, é socorrido pela jovem mexicana Maria (Natalie Wood) que o ajuda a se recuperar. De volta à ativa decide finalmente acertar contas de uma vez por todas com o facínora Sutton.
Comentários:
Mais um bom western com o galã loiro Tab Hunter na Warner. Aqui ele dá vida a um cowboy errante que procura por justiça mas só encontra uma terra sem lei no velho oeste americano. Sem alternativas busca por uma solução com sua própria destreza com as armas. Além de Hunter o elenco traz a bela e mítica atriz Natalie Wood interpretando uma mestiça que o ajuda a sobreviver nas montanhas após ser encurralado por bandidos. A presença de Natalie Wood no elenco ajudou muito na promoção do filme uma vez que ela havia participado do filme "Juventude Transviada" no ano anterior. A morte de James Dean em um acidente de carro a transformou imediatamente numa estrela pois ela era a namoradinha do ator no filme. Natalie, que ganharia um novo status na carreira com esse papel, aqui desempenha muito bem sua personagem, falando em espanhol e adotando trajes típicos mexicanos. Pena que como se trata de um faroeste dos anos 1950 não há realmente muito espaço para seu papel dentro da trama, nem maior desenvolvimento de sua personalidade. Mesmo assim vale a pena conferir Wood e Hunter nesse bom western passado em um tempo em que a justiça tinha que ser feita pelas próprias mãos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 8 de maio de 2006
Pistoleiro do Destino
Embora à primeira vista pareça um faroeste convencional, o que temos aqui é um filme que foge um pouco dos padrões da época, inclusive apostando em um pouco de humor e romance, onde o roteiro não explorava apenas os tiroteios ou os duelos, mas também os problemas criados após o personagem de Cooper ser confundido com um bandido rápido no gatilho. O Melody Jones de Cooper é na verdade um sujeito bem pacato, tímido e introvertido. Esse jeito caladão caía muito bem no tipo de personagem que o ator Gary Cooper costumava interpretar em seus filmes.
Dessa forma o roteiro de Nunnally Johnson tem um jeito diferenciado em relação ao típico roteiro de filmes de faroeste daqueles tempos. Também desenvolve melhor a principal personagem feminina, a destemida Cherry de Longpre (Loretta Young). Esse diferencial foi proposital pois o estúdio estava tentando também atrair o público feminino para assistir ao filme. Uma leve mudança para aumentar as bilheterias. E a presença de Gary Cooper acentuava ainda mais esse apelo junto às mulheres, já que ele era considerado um dos maiores galãs do cinema americano. Alto, boa pinta, com jeito de pioneiro do volho oeste, honesto e confiável, ele fazia suas fãs suspirarem quando iam ao cinema.
Pistoleiro do Destino / Tudo por Uma Mulher (Along Came Jones, Estados Unidos, 1945) Estúdio: MGM / Direção: Stuart Heisler / Roteiro: Nunnally Johnson, Alan Le May / Elenco: Gary Cooper, Loretta Young, William Demarest, Dan Duryea, Frank Sully, Don Costello / Sinopse: Melody Jones (Cooper) é um cowboy íntegro e honesto que passa a ser confundido com um perigoso pistoleiro e criminoso na pequena cidade do velho oeste onde chega após uma longa viagem pelo deserto.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de março de 2006
Vingador Impiedoso
Ao contrário de "Matar ou Morrer", o grande clássico da filmografia de Gary Cooper, esse western aqui valoriza muito mais a ação e as cenas de perseguições, tiroteios, etc, Bem ao contrário do conflito psicológico do famoso filme anteriormente citado. Cooper aliás está mais expansivo em uma caracterização que em nada lembra o famoso xerife que interpretou em "Matar ou Morrer". A cidade de Dallas que emerge do filme ainda é um local muito primitivo, que sequer tem uma sede de sua prefeitura e que é controlada com mãos de ferro por especuladores e pistoleiros. Para quem ainda duvida que os Estados Unidos é a terra dos imigrantes é bom prestar atenção na grande quantidade de personagens latinos presentes no filme. Uma sucessão de nomes hispânicos como Luíz, José e Manoel vão surgindo no transcorrer da trama. A própria mocinha do filme é uma morena com sangue latino nas veias interpretada pelo bela Ruth Roman.
No saldo final podemos dizer que Dallas é um bangue bangue que privilegia muito mais as cenas de ação do que um roteiro mais primoroso. Em se tratando de um faroeste estrelado pelo ator Gary Cooper, eu particularmente esperava por algo mais complexo, diria até requintado. Um roteiro mais bem trabalhado. Mesmo assim, com essas pontuais falhas, diverte e entretém. Não é dos melhores trabalhos de Cooper mas merece ser redescoberto.
Vingador Impiedoso (Dallas, Estados Unidos, 1950) Direção: Stuart Heisler / Roteiro: John Twist / Elenco: Gary Cooper, Ruth Roman, Steve Cochran, Raymond Massey / Sinopse: Nos primórdios da fundação da cidade de Dallas, no Texas, um grupo de fazendeiros é intimidado pelos irmãos Marlow que desejam tomar posse de todas as terras da região, pois estão cheias de Petróleo em seu subsolo. No meio dessa luta surge na cidade um forasteiro que se diz delegado federal, mas que na realidade é um foragido e fora-da-lei em vários Estados americanos.
Pablo Aluísio.