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sexta-feira, 21 de junho de 2024

O Que é Isso, Companheiro?

Título no Brasil: O Que é Isso, Companheiro?
Título Original: O Que é Isso, Companheiro?
Ano de Lançamento:1997
País: Brasil, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures 
Direção: Bruno Barreto
Roteiro: Fernando Gabeira, Leopoldo Serran
Elenco: Alan Arkin, Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Cláudia Abreu, Luiz Fernando Guimarães, Matheus Nachtergaele

Sinopse:
Filme que resgata uma história real. Durante os anos de chumbo da ditadura brasileira um grupo de jovens esquerdistas, que lutavam contra a brutalidade do regime, decide colocar em prática um plano mais do que ousado: Sequestrar o embaixador dos Estados Unidos no Brasil. Uma maneira de mostrar força diante do regime ditatorial que havia se implantado no país. 

Comentários:
A Ditadura militar brasileira de 1964 foi um dos maiores erros da nossa história. Um retrocesso gigantesco. Jovens foram mortos, houve muita tortura estatal e violação de direitos humanos. Um verdadeiro horror. Criminosos em série matando em nome de um falso patriotismo. Dito isso, devemos também ver erros e excessos entre os que lutaram contra ela. Nesse filme vemos um sequestro de um diplomata promovido por jovens esquerdistas. Embora eles alegassem que era por uma boa causa, nunca deixaria um sequestro de ser pura e simplesmente um crime! De qualquer maneira, deixando o lado da ideologia de lado, devo dizer igualmente que esse filme é muito bem realizado, profissional mesmo. Eu não vou aqui falar mal dos filmes brasileiros feitos nas décadas anteriores, mas todos concordam que a partir dos anos 90 o cinema nacional deu um salto de qualidade realmente admirável. E esse filme, uma produção entre Brasil e Estados Unidos, comprovava exatamente isso. Com excelente reconstituição de época e um elenco afiado, esse é uma boa obra cinematográfica para entender tudo o que aconteceu naqueles conturbados anos na história do Brasil. E de bônus o espectador ainda verá uma bela obra cinematográfica, tecnicamente perfeita. 

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de abril de 2023

Tieta do Agreste

Título no Brasil: Tieta do Agreste
Título Original: Tieta do Agreste
Ano de Lançamento: 1996
País: Brasil 
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: Carlos Diegues
Roteiro: João Ubaldo Ribeiro, Antônio Calmon
Elenco: Sônia Braga, Marília Pêra, Chico Anysio, Cláudia Abreu, Jece Valadão, Zezé Motta

Sinopse:
A jovem Tieta é praticamente expulsa da pequena cidade onde mora no interior do nordeste. Mutias décadas depois ela retorna, rica e bem sucedida, para sua terra natal. Estará ela em busca de alguma vingança contra os que lhe perseguiram no passado? Roteiro baseado no livro escrito por Jorge Amado, publicado em 1977. 

Comentários:
Eu me lembro que quando esse filme chegou nos cinemas eu pensei que realmente era a hora errada de lançar um filme baseado nesse livro de Jorge Amado. Isso porque uma novela da Globo, trazendo a mesma história, havia sido lançada não há muito tempo. A comparação iria ser inevitável e realmente foi. As pessoas acharam o filme superficial. Ora, comparar com uma novela que tinha dezenas de capítulos para desenvolver o enredo e seus personagens, seria mesmo complicado. Ainda assim considero um bom fillme dentro de suas limitações, claro. Um dos destaques do elenco é a presença do comediante Chico Anysio em raro momento atuando como ator em um filme convencional. Ele está muito bem como o pai de Tieta, um velho sertanejo rude, duro e muitas vezes cruel com a própria filha. Já Sônia Braga também está excelente como Tieta. Seu nome no elenco ajudou a vender o filme no exterior. Fora isso sempre devemos louvar adaptações do maravilhoso escritor Jorge Amado. Esse soube como poucos capturar a alma do povo brasileiros em seus livros. 

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de julho de 2019

O Xangô de Baker Street

Título no Brasil: O Xangô de Baker Street
Título Original: O Xangô de Baker Street
Ano de Produção: 2001
País: Brasil, Portugal
Estúdio: MGN Filmes
Direção: Miguel Faria Jr.
Roteiro: Marcos Bernstein
Elenco: Joaquim de Almeida, Anthony O'Donnell, Maria de Medeiros, Letícia Sabatella, Cláudia Abreu, Claudio Marzo

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Jô Soares, o filme conta a divertida estória da visita ao Rio de Janeiro do lendário detetive inglês Sherlock Holmes que ao lado de seu fiel assistente Dr. Watson, chegam ao Brasil para desvendarem um mistério sobre o desaparecimento de um raro violino Stradivarius.

Comentários:
Eu gosto bastante de Jô Soares. Considero um dos grandes nomes do humor brasileiro. Também curto bastante seus livros de ficção que geralmente são criativos e bem escritos. Ele só não teve muita sorte na adaptação desse seu primeiro livro para o cinema. É uma pena, o filme já tinha uma boa estória para contar, boa produção, orçamento, etc. Tudo estava pronto para mais um bom filme da retomada do cinema nacional. O problema é que erraram na escolha do elenco. O português Joaquim de Almeida foi escalado para interpretar o inglês Sherlock Holmes. Colocar um português tentando imitar o sotaque inglês em um filme que deveria ser destinado ao público brasileiro foi um equívoco e tanto. Não que Joaquim de Almeida não seja um bom ator, o problema é sua dicção horrorosa durante o filme. Você vai entender pouca coisa do que ele diz, porque está simplesmente péssimo seu sotaque incompreensível. Esse pequeno grande detalhe acabou estragando o potencial do filme, inclusive nas piadas criadas por Jô, que aqui ficam enterradas quando o público, com dificuldade, tenta entender o que diabos o Joaquim de Almeida está falando. Um erro crucial que acabou comprometendo todo o filme.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Guerra de Canudos

Título no Brasil: Guerra de Canudos
Título Original: Guerra de Canudos
Ano de Produção: 1997
País: Brasil, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Rio Filme
Direção: Sergio Rezende
Roteiro: Paulo Halm, Sergio Rezende
Elenco: José Wilker, Cláudia Abreu, Paulo Betti, Marieta Severo, José de Abreu, Selton Mello
  
Sinopse:
Filme baseado em um fato histórico real, "Guerra de Canudos" recria o terrível conflito armado que aconteceu no interior do nordeste brasileiro entre as forças armadas e um grupo de pessoas liderados por um líder religioso carismático chamado de Antônio Conselheiro (José Wilker). Pregando o fim dos tempos, ele conseguiu reunir uma grande população em um pequeno vilarejo chamado Canudos. Pregando contra o fim da monarquia e se declarando independente do resto do país, Conselheiro acabou se tornando um alvo para o governo, dando origem a um massacre sem precedentes na história do Brasil. 

Comentários:
Eu gosto bastante desse filme. Aliás sou meio suspeito para opinar pois sempre gostei de filmes adaptados de eventos marcantes da história do Brasil. O beato Antônio Conselheiro acabou sendo um desses protagonistas da história que até hoje segue sendo motivo de muitas controvérsias. Teria sido ele um lunático, um fanático religioso ou um homem com uma visão de mundo bem a frente de seu tempo? O bom roteiro dessa produção prefere apenas contar corretamente todos os fatos históricos, sem se tornar panfletário de uma causa ou uma mera propaganda ideológica. Assim acabou encontrando o caminho certo para o bom cinema. Até porque a história desse homem místico já é por si só demais interessante. Outro aspecto digno de nota que também vale ressaltar é o fato de que o massacre de Canudos jamais foi esquecido, mesmo após dois séculos. Um dos momentos mais curiosos e singulares da história do nosso país também deu origem a um banho de sangue que mesmo hoje em dia jamais podemos compreender bem. Que Antônio Conselheiro era um homem estranho, com ideias fora do comum, isso todos os historiadores já sabem bem. Agora, era necessário mesmo uma verdadeira guerra apenas por ele pensar diferente do poder dominante? Afinal qual seria a importância de uma vilazinha no meio do semi árido nordestino para o resto de um país continental como o Brasil? Assista ao filme e tente entender ou encontrar todas essas respostas.

Pablo Aluísio.