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quinta-feira, 13 de junho de 2024

A Primeira Profecia

Título no Brasil: A Primeira Profecia
Título Original: The First Omen
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Studios
Direção: Arkasha Stevenson
Roteiro: Tim Smith, Arkasha Stevenson
Elenco: Nell Tiger Free, Charles Dance, Bill Nighy, Sônia Braga, Tawfeek Barhom, Maria Caballero

Sinopse:
Uma jovem noviça viaja até um convento onde pretende fazer seus votos definitivos para se tornar uma freira. Só que o lugar tem um clima sinistro e sombrio. Nas mesmas instalações funciona um orfanato e uma garota órfã pode estar na mira de um grupo de fanáticos religiosos que cultuam Satã e o lado negro da fé cristã. 

Comentários:
Mais um filme de origens. Nos Estados Unidos existe uma expressão para denominar esse tipo de filme. Eles chamam de Prequel, que em nossa língua portuguesa fica meio esquisito. De qualquer forma nessa filme se conta as origens do personagem Damien, o menino da franquia original "A Profecia". E aí vejo o principal problema desse filme. Vamos concordar que "A Profecia" é o que podemos chamar de uma velha franquia de terror, algo que começou há muitas décadas. Os jovens de hoje nem conhecem esses filmes. É coisa de cinéfilo veterano. Por essa razão o filme não teve uma grande bilheteria. Não deu prejuízo, mas também não foi um grande sucesso. Dito isso quero dizer que apesar de tudo eu gostei do filme. Afinal eu sou um cinéfilo velho que viu no passado todos os filmes da Profecia. O diretor quis fazer um filme com jeitão de filme velho também, inclusive na fotografia. Uma boa decisão. No saldo geral é um bom filme de terror, acima da média do que se faz por aí. Além do mais, temos que reconhecer que essa mitologia do anticristo sempre chama a atenção. Por isso não ficaria surpreso se novos filmes viessem por aí, nos próximos anos. É uma possibilidade bem plausível. 

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de abril de 2023

Tieta do Agreste

Título no Brasil: Tieta do Agreste
Título Original: Tieta do Agreste
Ano de Lançamento: 1996
País: Brasil 
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: Carlos Diegues
Roteiro: João Ubaldo Ribeiro, Antônio Calmon
Elenco: Sônia Braga, Marília Pêra, Chico Anysio, Cláudia Abreu, Jece Valadão, Zezé Motta

Sinopse:
A jovem Tieta é praticamente expulsa da pequena cidade onde mora no interior do nordeste. Mutias décadas depois ela retorna, rica e bem sucedida, para sua terra natal. Estará ela em busca de alguma vingança contra os que lhe perseguiram no passado? Roteiro baseado no livro escrito por Jorge Amado, publicado em 1977. 

Comentários:
Eu me lembro que quando esse filme chegou nos cinemas eu pensei que realmente era a hora errada de lançar um filme baseado nesse livro de Jorge Amado. Isso porque uma novela da Globo, trazendo a mesma história, havia sido lançada não há muito tempo. A comparação iria ser inevitável e realmente foi. As pessoas acharam o filme superficial. Ora, comparar com uma novela que tinha dezenas de capítulos para desenvolver o enredo e seus personagens, seria mesmo complicado. Ainda assim considero um bom fillme dentro de suas limitações, claro. Um dos destaques do elenco é a presença do comediante Chico Anysio em raro momento atuando como ator em um filme convencional. Ele está muito bem como o pai de Tieta, um velho sertanejo rude, duro e muitas vezes cruel com a própria filha. Já Sônia Braga também está excelente como Tieta. Seu nome no elenco ajudou a vender o filme no exterior. Fora isso sempre devemos louvar adaptações do maravilhoso escritor Jorge Amado. Esse soube como poucos capturar a alma do povo brasileiros em seus livros. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de março de 2021

O Beijo da Mulher-Aranha

Em grande parte do filme temos apenas dois personagens em cena. Ele são prisioneiros e estão dentro de uma cela. E são pessoas bem diferentes entre si. Valentin Arregui (Raul Julia) é um prisioneiro político. Socialista de formação, foi pego tentando passar um passaporte falso para outro companheiro de luta. Luis Molina (William Hurt) é um homossexual que seduziu um rapaz menor de idade. Acabou sendo condenado a oito anos de cadeia em uma prisão muito suja e super lotada. O filme não diz exatamente em que país eles cumprem pena, mas fica claro desde sempre que é no Brasil.

Precisando viver juntos, eles precisam superar as diferenças e acabam se tornando bem próximos. O personagem de William Hurt conta as histórias dos velhos filmes que assistiu no passado. Algumas vezes suas lembranças são deixadas de lado para a imaginação fluir e ele cria seus próprias enredos. Ele é um encarcerado, mas sua mente pode ir longe. O pior porém é que ele é levado pelo diretor da prisão a trair seu amigo de cela. Ele precisa trazer informações do preso político, saber suas conexões, uma espécie de traição sutil que vai desandar em um final trágico. Nesse aspecto o filme não nega suas origens bem teatrais pois tudo é desenvolvido em ambiente quase único, tudo fundado em ótimos diálogos.

"O Beijo da Mulher-Aranha" aliás foi o mais perto que o cinema brasileiro chegou de ganhar um Oscar. William Hurt venceu o Oscar de melhor ator naquele ano e fez uma saudação em português para o Brasil enquanto recebia o prêmio. O filme realmente é praticamente todo nacional, com elenco coadjuvante formado por atores brasileiros falando inglês e equipe técnica de nacionalidade verde e amarela. Então de fato, tirando Hurt e alguns outros profissionais estrangeiros, temos aqui um produto de nosso cinema. O resultado é dos melhores. O filme não envelheceu muito com o passar dos anos pela simples razão que é um daqueles filmes em que a atuação fica em primeiro plano. E nesse aspecto não há o que reclamar. É um belo momento do cinema brasileiro.

O Beijo da Mulher-Aranha (Kiss of the Spider Woman. Brasil, Estados Unidos, 1985) Direção: Hector Babenco / Roteiro: Manuel Puig, Leonard Schrader / Elenco: William Hurt, Raul Julia, Sônia Braga, José Lewgoy, Milton Gonçalves, Nuno Leal Maia, Fernando Torres, Herson Capri, Denise Dumont, Wilson Grey, Miguel Falabella / Sinopse: Dois prisioneiros vivem o drama de cumprir pena em uma prisão de um país da América Latina. Filme premiado com o Oscar na categoria de melhor ator (William Hurt). Também indicado nas categorias de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro adaptado.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Dona Flor e Seus Dois Maridos

Título no Brasil: Dona Flor e Seus Dois Maridos
Título Original: Dona Flor e Seus Dois Maridos
Ano de Produção: 1976
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Bruno Barreto
Roteiro: Bruno Barreto, baseado na obra de Jorge Amado
Elenco: Sônia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça, Nelson Xavier, Dinorah Brillanti, Arthur Costa Filho

Sinopse:
Na história temos Dona Flor (Sônia Braga) que após a morte do marido Vadinho (José Wilker) decide se casar novamente com um respeitável dono de farmácia em Salvador. O problema é que ele é mais velho e um grande chato. Vadinho era pura alegria, farrista, vivia de carnaval em carnaval. Era um cafajeste, mas Flor amava ele. E assim ele retorna, do mundo dos mortos, para tentar de novo a sua antiga esposa. Filme indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de melhor filme estrangeiro.

Comentários:

Durante muitos anos esse filme foi a maior bilheteria do cinema brasileiro. As razões são até bem fáceis de entender. A atriz Sônia Braga na época era uma das estrelas mais populares das novelas da Globo. Ela representava a pura sensualidade morena da mulher brasileira. Suas novelas, como Gabriela, estavam entre as mais assistidas do país. O interesse em seu trabalho no cinema era natural. O roteiro era baseado em um dos melhores livros da grande obra literária de Jorge Amado e a direção de Bruno Barreto se mostrou perfeita. Com tantos elementos certos, o filme realmente não poderia dar errado. Um dos aspectos interessantes aqui é que o livro de Jorge Amado conseguia, com rara sensibilidade, unir o lado mais sensual do povo brasileiro com suas crenças místicas, espirituais. Vadinho retorna ao mundo dos vivos através do candomblé, uma das ricas heranças culturas da cultura afro em nosso país. Dois elementos, corpo e alma, unidos em uma história divertida e muito simbólica. A alma do povo brasileiro poucas vezes foi tão bem capturada como nesse clássico do cinema nacional. Houve um remake em 2017, mas esqueça esse novo filme. A versão definitiva é justamente essa da década de 1970, simplesmente insuperável.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de julho de 2019

A Dama do Lotação

Título no Brasil: A Dama do Lotação
Título Original: A Dama do Lotação
Ano de Produção: 1978
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Neville de Almeida
Roteiro: Neville de Almeida
Elenco: Sônia Braga, Nuno Leal Maia, Jorge Dória, Paulo César Peréio, Yara Amaral, Claudio Marzo

Sinopse:
Com roteiro baseado na obra de Nelson Rodrigues, o filme "A Dama do Lotação" conta a história de Solange (Sônia Braga), uma bela e jovem mulher que supera as infelicidades e frustrações de seu casamento ao se encontrar com homens em Ônibus pela cidade.

Comentários:
Devemos reconhecer a coragem de todos que fizeram parte desse filme. Em meio a uma ditadura militar eles conseguiram fazer um filme baseado em Nelson Rodriguas e ainda caprichar nas tinas da sensualidade de uma estrela da TV, a bela Sônia Braga. E tudo produzido ainda por cima por  uma estatal, a Embrafilme. Olhando-se para o passado realmente é uma surpresa que tal filme tenha sido produzido e lançado naqueles anos de chumbo da história do Brasil. De qualquer forma o filme está aí. Um interessante estudo da sexualidade feminina, ainda mais quando reprimida ao extremo pelas circunstâncias daqueles tempos. Sônia Braga, linda e talentosa, é a grande razão da existência do filme. Ainda hoje impressiona nas cenas mais ousadas. Envelheceu um tanto, isso é verdade, mas ainda funciona como retrato da coragem das pessoas que faziam cinema naquela época.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Amazônia em Chamas

Esse é um telefilme muito bem intencionado, mas também bem bobo em seus resultados finais, que acabou sendo realizado em homenagem à memória do ativista brasileiro Chico Mendes, interpretado pelo sempre competente Raul Julia. Um dos aspectos que mais me chamaram a atenção nesse roteiro foi que seus escritores varreram para debaixo do tapete o lado socialista de Mendes, o transformando em um puro ecologista de bom coração. Como todos sabemos antes de se posicionar como ecologista, Chico Mendes estava mais interessado nas péssimas condições de trabalho dos seringueiros de sua região, além disso ele sempre foi um socialista, de corpo e alma (e nunca escondeu isso de ninguém). Por certo o diretor John Frankenheimer percebeu que isso não seria muito bem visto por ingleses e americanos e então tudo foi, não diria escondido, mas sim amenizado, omitido de propósito. 

Provavelmente o maior defeito desse filme foi não escolher um ator brasileiro para viver Chico. Raul Julia era de fato um excelente ator, mas não consegue passar veracidade, principalmente para nós, brasileiros, que ficamos com aquela sensação ruim de ver um Chico Mendes para gringo ver. Sinceramente não tenho nenhum receio em dizer que ele não me convenceu em nenhum momento. Diante de tudo isso a única forma de gostar mais do filme é o de encara-lo como uma novela, um romance baseado em fatos reais, tudo bem romanceado mesmo. Historicamente a produção é bem equivocada, mas como puro divertimento ainda vale um pouco, se você não for muito crítico em relação ao que está vendo. 

Amazônia em Chamas (The Burning Season, Estados Unidos, 1994) Direção: John Frankenheimer / Roteiro: Andrew Revkin, William Mastrosimone / Elenco: Raul Julia, Edward James Olmos, Sônia Braga / Sinopse: o filme conta a história real do ativista ambiental brasileiro Chico Mendes, assassinado por causa de sua nobre luta em prol da preservação da Amazônia. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Telefilme, Melhor Ator - telefilme (Raul Julia) e Melhor Ator Coadjuvante (Edward James Olmos).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Matemática do Amor

Se você estiver em busca de um filme modesto, com estorinha cativante e uma trilha sonora com muita música indie, então indico esse “Matemática do Amor”. Jessica Alba interpreta um papel completamente oposto à imagem que criou por todos esses anos. Se na vida real a atriz é conhecida por seus dotes físicos e beleza, aqui ele deixa tudo isso de lado para interpretar uma tímida professora de matemática do ensino fundamental. Seu pai tem um problema de saúde indefinido e sua mãe cansada de ver a filha não fazendo nada de sua vida arranja um emprego para ela como professora na escola local. Detalhe interessante para os brasileiros: Sonia Braga faz a mãe da personagem de Alba. Sem nenhum glamour, não usando maquiagem e assumindo a idade a atriz acaba surpreendendo, mesmo em um papel coadjuvante.

No novo emprego a meiga professora Mona Grey (Alba) conhece um professor de ciências boa pinta e começa a ver uma luz no fim do túnel de sua solidão. Também começa a superar seu problema de TOC (Transtorno obsessivo compulsivo) que a faz contar tudo ao redor, vendo números em todos os lugares, até mesmo quando bate de forma insistente na madeira de móveis em geral, cadeiras, mesas, etc. É louvável o esforço de Jessica Alba em dar veracidade ao seu papel. Ela propositalmente se enfeia ao máximo, usa roupas cafonas e um penteado realmente horrível (uma franjinha fora de moda). Pela tentativa de fazer algo fora de sua zona de conforto acabei simpatizando com ela durante todo o filme. No geral é um filme inofensivo, bem ao estilo “Sessão da Tarde”, que ajuda a passar o tempo de forma bem descompromissada. Vale a pela assistir nem que seja pelo menos uma única vez.

Matemática do Amor (An Invisible Sign, Estados Unidos, 2010) Direção: Marilyn Agrelo / Roteiro: Pamela Falk, Michael Ellis / Elenco: Jessica Alba, Chris Messina, Sônia Braga / Sinopse: Tímida professora de ensino médio se apaixona por professor de ciências na escola onde trabalha. Ao mesmo tempo tenta superar as inseguranças e anseios em sua vida.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Rookie

Um dos filmes menores de Clint Eastwood que acabou ficando esquecido. Na época de seu lançamento o filme foi malhado impiedosamente pela crítica mas houve certamente um exagero. A fita é em essência um policial de rotina que tentou transformar Charlie Sheen em astro do primeiro time. É curioso que dois profissionais tão diferentes tenham trabalhado juntos aqui. Clint Eastwood é o exemplo da austeridade, sempre cumprindo o cronograma de seus filmes, nunca estourando o orçamento determinado pelo estúdio. Já Sheen é o extremo oposto disso, um ator com longo histórico de problemas, atrasos, brigas e envolvimento com drogas e prostitutas. Quando a Warner produziu Rookie sua fama ainda não estava tão deteriorada nesse aspecto mas em pouco tempo sua falta de profissionalismo ficaria evidente. O set de Rookie foi movimentado. Eastwood não admitia indisciplina e nem atraso no tempo previsto de filmagens e teve que lidar com um deslumbrado Charlie Sheen, nem um pouco preocupado em ser "certinho" nas filmagens. Nem é preciso esclarecer que os dois não se deram bem juntos.

De certa forma o que aconteceu nos bastidores era um reflexo da própria premissa do filme, onde vemos uma tumultuada relação entre um veterano e um novato. A produção é classificada como sendo de ação e realmente se resume a isso. Não há nenhum grande toque de Midas artístico por parte do diretor Eastwood, que parece empenhado em apenas disponibilizar ao seu público um eficiente policial com várias cenas de tiroteios, explosões e perseguições de carros em alta velocidade. Sheen não funciona muito no papel. Ele já não era nenhum garotão - coisa que seu papel exigia - e passava longe de transparecer imaturidade em cena. O elenco de apoio conta com duas presenças interessantes: Raul Julia, tentando trazer algum conteúdo ao seu vazio personagem e Sônia Braga, tentando novamente emplacar no mercado americano. Embora bonita sua presença acrescenta pouco ao filme em si. No saldo final "Rookie" não sai da média das produções da década de 80 nesse estilo  - embora filmado em abril de 1990 o filme segue o padrão da década anterior que havia acabado há pouco tempo. Vale como curiosidade, principalmente para entender porque Charlie Sheen nunca conseguiu virar um astro como Tom Cruise no mundo do cinema.

Rookie - Um Profissional do Perigo (The Rookie, Estados Unidos, 1990) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Boaz Yakin, Scott Spiegel / Elenco: Clint Eastwood, Charlie Sheen, Raul Julia, Sônia Braga, Tom Skerritt,  Lara Flynn Boyle / Sinopse: Nick Pulovski (Clint Eastwood) é um policial veterano que tem que lidar com um tira novato,  David Ackerman (Charlie Sheen). Juntos unirão forças para perseguir um perigoso criminoso, Strom  (Raul Julia).

Pablo Aluísio.