sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O Tempo e o Vento

Título no Brasil: O Tempo e o Vento
Título Original: O Tempo e o Vento
Ano de Produção: 2013
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Jayme Monjardim
Roteiro: Tabajara Ruas, baseado na obra de Erico Veríssimo
Elenco: Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Marjorie Estiano, Cléo Pires

Sinopse: 
Em seu leito de morte Bibiana Terra Cambará (Fernanda Montenegro) relembra os principais fatos da história de sua família, algo que se confunde até mesmo com a fundação do estado do Rio Grande do Sul e toda a sua riqueza cultural. Assim conhecemos o surgimento do primeiro membro da família Terra, Pedro, que criado numa das sete missões acaba tendo que ir embora após o massacre dos religiosos e índios. Após ser encontrado agonizando em um leito de rio ele é levado para uma estância e lá se enamora de Ana Terra, dando origem a uma linhagem que se desenvolverá no transcorrer de todos os fatos importantes da região.

Comentários:
O imortal livro de Erico Veríssimo já havia sido adaptado com muito sucesso em formato de minissérie pela Globo mas agora volta como longa-metragem para o cinema. Gosto de dizer que Jayme Monjardim é um dos poucos cineastas (e diretores de telenovelas) no Brasil que conseguem trazer para sua obra elegância, sofisticação e talento. Seus trabalhos realmente possuem um diferencial em relação ao que é feito em nosso país. É um profissional de excelente nível, com pleno domínio das técnicas em sua direção. Um exemplo bem claro disso temo aqui, onde ele demonstra ter muito respeito com o livro que adapta para as telas. Essa nova versão de "O Tempo e o Vento" é muito bem realizada, com aquele tipo de capricho que vemos em que grandes produções. A fotografia se aproveita dos Pampas gaúchos de forma brilhante. Se existem problemas no filme certamente a culpa não é de Monjardim.

Talvez o calcanhar de Áquiles desse filme esteja em pontos dissonantes encontrado em seu elenco. Claro que Fernanda Montenegro está maravilhosa como  Bibiana Terra Cambará, já idosa, relembrando todo o passado de sua família. Suas cenas ao lado de Thiago Lacerda são inspiradas. Já esse, na pele do carismático Capitão Rodrigo Cambará, também não decepciona. Claro que quem teve a oportunidade de ver a série com Tarcísio Meira nesse papel vai perceber que na interpretação de Meira o Capitão Rodrigo tinha mais vivacidade, mais presença, quase uma força da natureza. Com Lacerda temos uma boa caracterização mas nada excepcional ou que se compare ao trabalho realizado por Tarcísio Meira antes. Agora o ponto fraco mesmo vai para a atriz Cléo Pires. Sua personagem Ana Terra é uma das mais fortes dessa saga de "O Tempo e o Vento" mas Pires definitivamente não tem a garra e a experiência dramática para enfrentar o papel. Nas cenas mais dramáticas, vitais, ela não consegue passar para o espectador nem paixão, nem força, nem ira.  Mesmo com esse problema eu deixarei a recomendação dessa nova versão. A trama é tão forte e marcante que consegue superar até mesmo falhas pontuais como essa. No geral temos que admitir que é um bom momento do cinema nacional atual.

Pablo Aluísio.

The Commitments - Loucos Pela Fama

Título no Brasil: The Commitments - Loucos Pela Fama
Título Original: The Commitments
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, Irlanda
Estúdio: Ardmore Studios, Herbert Road
Direção: Alan Parker
Roteiro: Dick Clement, Ian La Frenais, Roddy Doyle
Elenco: Robert Arkins, Michael Aherne, Angeline Ball

Sinopse: 
Jimmy Rabbitte (Robert Arkins) está na pior. Desempregado e sem vias de melhorar de vida em um futuro próximo ele resolve finalmente colocar um antigo sonho de pé, formando uma banda de soul music para arrasar nos clubes noturnos de Dublin. Para isso resolve convocar músicos experientes e outros nem tanto para formar um grupo musical chamado The Commitments. Durante os primeiros ensaios tudo parece correr muito bem, inclusive ele logo descobre que há de fato um grande som saindo daquela união. As coisas porém logo começam a sair dos trilhos quando uma guerra de egos entre os músicos começa a destruir o seu projeto internamente.

Comentários:
Alan Parker sempre foi um cineasta genial. Aqui ele retorna para o gênero musical no qual sempre se deu muito bem. O cenário é uma Irlanda católica com muitos problemas sociais. O desemprego é alto e a falta de perspectivas dos mais jovens é assustadora. No meio da dureza do dia a dia um jovem resolve formar uma banda com pessoas da cidade, dando origem aos The Commitments, um grupo formado por músicos bem talentosos mas igualmente viscerais, geniosos e complicados de se lidar. A grande sacada de Alan Parker foi ter reunido um elenco formado por músicos profissionais que nunca tinham atuado antes em suas vidas. Essa falta de experiência acaba trazendo muito para o resultado do filme pois o espectador em determinado momento começa a pensar estar realmente assistindo a um documentário tal a veracidade das atuações dos membros da banda. Some-se a isso a ampla liberdade que Parker deu a todos em cena e você logo entenderá que de fato muitos estão interpretando a si mesmos! Já a música que ouvimos é de primeira qualidade, só grandes sons e ótimas performances. Por essa razão sempre coloquei "The Commitments" entre os grandes musicais da década de 1990. Um show de musicalidade de bom gosto, acima de tudo!

Pablo Aluísio.

Orca - A Baleia Assassina

Título no Brasil: Orca - A Baleia Assassina
Título Original: Orca
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Michael Anderson
Roteiro: Luciano Vincenzoni, Sergio Donati
Elenco: Richard Harris, Charlotte Rampling, Bo Derek

Sinopse: 
Um pescador mata uma baleia Orca grávida de alguns meses. O feto é destruído, assim como a mãe, que é morta sem qualquer tipo de remorso, deixando inconsolado o parceiro macho da família. Agora o animal partirá para sua vingança sanguinária contra os homens por seus atos bárbaros e crimes contra a natureza.

Comentários:
Ótimo momento do cinema pipoca dos anos 1970! Eu sempre encarei o filme como uma atualização de "Moby Dick" embora haja diferenças marcantes. Na verdade foi uma forma de trazer aquela história tão famosa para os tempos atuais. Os efeitos visuais, apesar do tempo, ainda continuam bastante satisfatórios e a Orca do filme (na verdade vários animais diferentes que foram usados ao longo das filmagens) faz o espectador realmente pensar que está diante de um verdadeiro monstro dos oceanos. O roteiro é até simples, diria até mesmo hoje em dia ingênuo e dá emoções humanas (como vingança) às Orcas mas isso não tira a satisfação de ainda rever a produção. No elenco vale destacar a presença de dois ótimos veteranos, Richard Harris (perfeito em seu papel), e Charlotte Rampling, além é claro de Bo Derek, considerada na época uma das mulheres mais bonitas do cinema. Enfim, no meio da onda de filmes com peixes assassinos (embora as baleias sejam mamíferos) Orca marcou bastante em seu lançamento - para desespero dos centros náuticos onde as orcas sempre foram mostradas como animais fofinhos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Terreno Proibido

Na Primeira Guerra Mundial um grupo de soldados ingleses, entrincheirados, recebem a ordem de avançar pelo chamado terreno proibido (por ficar entre as forças armadas inglesas e alemãs). Os soldados alemães estão fortemente armados com metralhadoras o que torna a missão praticamente suicida. Mesmo assim cumprem as ordens dadas pelos superiores mas acabam ficando presos pelo meio do caminho pois não conseguem mais avançar, tudo se resumindo a um complicado esforço de pura sobrevivência.

Bom filme australiano ambientado na Primeira Guerra Mundial que ficou conhecida na história como a "guerra das trincheiras", onde cada palmo de chão era disputado de forma feroz. O roteiro se concentra em mostrar três militares ingleses que acabam ficando na conhecida "Terra de Ninguém", uma faixa de terra localizada entre dois exércitos inimigos durante uma guerra. Um dos soldados perdeu a perna, está com forte hemorragia, outro é muito jovem e a obrigação de manter todos vivos recaem sobre os ombros do experiente sargento Arthur Wilkins (interpretado por Johan Earl que também é um dos diretores do filme).

A reconstituição de época é boa, mostrando bem como eram os fronts da Primeira Guerra, com muita lama, arames farpados e trincheiras infectas. Uma das boas cenas do filme acontece quando as tropas alemãs promovem um ataque de gás (era bem comum nesse conflito o uso de armas químicas e biológicas que anos depois seriam proibidas por tratados internacionais). Há uma pequena subtrama sobre a esposa do sargento Wilkins que na Inglaterra acaba engravidando de outro homem e resolve promover um aborto impensado mas que não atrapalha as cenas de batalha que são o principal foco da produção. Enfim, "Terreno Proibido" é um bom filme de guerra, movimentado, sangrento e cruel, como a própria guerra que retrata.

Terreno Proibido (Forbidden Ground, Austrália, 2013) Estúdio: 24/7 Films, Armzfx, Scarlet Fire Films / Direção: Johan Earl, Adrian Powers / Roteiro: Johan Earl, Adrian Powers / Elenco: Johan Earl, Tim Pocock, Martin Copping ; Sinopse: Filme australiano ambientado na Primeira Grande Guerra Mundial.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Chevrolet Azul

Título no Brasil: Chevrolet Azul
Título Original: Blue Caprice
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: SimonSays Entertainment
Direção: Alexandre Moors
Roteiro: R.F.I. Porto
Elenco: Isaiah Washington, Tequan Richmond, Tim Blake

Sinopse: 
Em férias no Caribe o americano John Allen Muhammad (Isaiah Washington), um veterano de guerra, acaba conhecendo o adolescente  Lee Boyd Malvo (Tequan Richmond). Como o rapaz passa os dias na rua, sem pai e com uma mãe negligente, John resolve levar ele para os Estados Unidos em busca de um futuro melhor. Isso acaba criando uma relação de pai e filho entre ambos. Na América, após uma fase complicada, pois sua ex-esposa luta pela guarda de seus filhos, o antes ponderado John começa a entrar em um processo de enlouquecimento e fúria. Junto ao seu pupilo decide adaptar um velho carro Chevrolet azul para matar pessoas aleatoriamente pelas ruas. Seria a sua vingança contra a sociedade. A onda de assassinatos acaba causando pânico e terror em toda a população da região.

Comentários:
Excelente filme que fez parte do Festival de Sundance em 2013. É uma tentativa de entender a mente de um dos serial killers mais sangrentos da história dos Estados Unidos, o chamado "Atirador de Washington". Ao contrário de outros psicopatas esse não agiu sozinho mas em dupla com um jovem negro que conhecera no Caribe em férias. Juntos eles causaram terror pelo país. Viajando em um antigo carro Chevrolet os assassinos escolhiam suas vítimas aleatoriamente, geralmente em mercadinhos ou postos de gasolina. Eles retiraram o banco de trás de seu carro e o transformaram num local adequado para que um franco-atirador escolhesse e executasse as pessoas que iriam morrer. Ao contrário de outros psicopatas famosos não havia um tipo ideal de vítima, eles matavam homens, mulheres (inclusive mulheres grávidas) e crianças.

O caso se tornou mundialmente conhecido por causa da insanidade das matanças e da completa ausência de um motivo mais forte e plausível que justificasse tantas mortes. O filme em si é muito bom, pois procura desvendar a história de uma forma gradual, que vai envolvendo o espectador. O roteiro se beneficia de certa forma pois a história é no fundo tão surreal que mais parece ficção. A dupla central de atores está excepcionalmente bem. O que vemos aqui é um homem mais velho influenciando a mente de um jovem de forma completa, quase como uma lavagem cerebral. De uma forma ou outra a dupla caiu nas garras da justiça americana. John Allen Muhammad foi executado com pena de morte em 2009 e seu cúmplice cumpre pena de prisão perpetua. Assista ao filme e conheça a história desses psicopatas ferozes para entender melhor que o puro mal existe e é uma realidade.

Pablo Aluísio.

Espelhos do Medo

Título no Brasil: Espelhos do Medo
Título Original: Mirrors
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises
Direção: Alexandre Aja
Roteiro: Alexandre Aja, Grégory Levasseur
Elenco: Kiefer Sutherland, Paula Patton, Amy Smart, Mary Beth Peil

Sinopse: 
O ex-detetive Ben Carson (Kiefer Sutherland) precisa arranjar um novo meio de vida após ser suspenso do departamento de polícia de Nova York. Em uma operação mal sucedida ele havia atirado contra um policial infiltrado no mundo do crime. Após um inquérito administrativo foi finalmente afastado. Se sua vida profissional não anda bem, pior vai sua vida pessoal. O problema com bebidas se agravou depois de sair da polícia o que fez com que seu casamento entrasse em crise. Agora tenta um recomeço trabalhando como guarda noturno numa loja de departamentos. A nova função porém lhe aguarda muitas surpresas, nem todas boas.

Comentários:
Filme com toques de terror e suspense que tenta dar uma sobrevida para Kiefer Sutherland em sua carreira no cinema. Como se sabe ele só encontrou realmente o estrelado no mundo da TV quando começou a protagonizar a extremamente bem sucedida série "24 Horas" da Fox. Oito temporadas de sucesso depois ele tentou novamente se tornar um nome quente em Hollywood com esse estranho "Espelhos do Medo". Infelizmente esse é aquele tipo de filme que nunca decola. A premissa é até bem interessante quando o diretor, usando de inúmeras referências de filmes clássicos, especialmente os de Orson Welles, tenta criar medo e suspense no espectador usando espelhos mas em pouco tempo isso se torna cansativo. A trama supostamente sobrenatural que encobre tudo também não é das mais interessantes. Assim o que temos é na realidade um exercício de estilo que no fundo se revela bem vazio. O filme não foi bem de bilheteria e passou em brancas nuvens (inclusive no Brasil). Pois é, não foi dessa vez que Kiefer Sutherland conseguiu retornar para Hollywood com o êxito comercial que desejava.

Pablo Aluísio.

Gimme Shelter

Título no Brasil: Gimme Shelter
Título Original: Gimme Shelter
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Maysles Films
Direção: Albert Maysles, David Maysles
Roteiro: David Maysles
Elenco: Mick Jagger, Keith Richards, Mick Taylor

Sinopse: 
Este documentário acompanha os Rolling Stones numa turnê pelos EUA em 1969. As apresentações culminaram com o concerto de Altamont, em que um jovem foi assassinado, anunciando o fim do sonho hippie de paz e amor.

Comentários:
Em shows cheios de energia e performances únicas, a lendária banda inglesa mostra por que tinha tudo a ver com a rebeldia dos anos 60. O problema é que junto da fama e da pose de bad boys os Stones também serviam de porta bandeira da cultura das drogas. Mais cedo ou mais tarde essa mensagem iria dar em algo ruim. E deu. Em entrevista John Lennon sutilmente sugeriu que a culpa seria dos próprios Stones. Ele afirmou que o grupo criou um clima pesado e o que aconteceu foi consequência disso. O fato aconteceu por falta de planejamento, até amadorismo por parte do grupo. Ao invés de contratar profissionais para cuidar da segurança do concerto os Stones contrataram os motoqueiros do grupo Hell´s Angels. Os Angels eram em sua maioria foras da lei, então o que aconteceu fatalmente iria ocorrer. No meio do empurra empurra da multidão, bem em frente ao palco, um briga entre um Angel e um jovem acabou mal. Ele foi morto bem ali, na frente de Mick Jagger e cia, com tudo sendo registrado pelas câmeras desse filme. O documentário é bom, sem dúvida, mas apesar da importância de ter captado a morte desse movimento hippie não o acho tão bem montado e editado. De qualquer forma é histórico, pelo menos para os que curtem a história do Rock.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sonhadora

Título no Brasil: Sonhadora
Título Original: Dreamer: Inspired by a True Story
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: John Gatins
Roteiro: John Gatins
Elenco: Kurt Russell, Dakota Fanning, Kris Kristofferson, Freddy Rodriguez, Luis Guzman, Elisabeth Shue

Sinopse: 
O treinador Ben Crane (Kurt Russell) e sua filha, Cale Crane (Dakota Fanning), resolvem cuidar de um cavalo muito ferido. Não tarda para crescer um carinho muito grande entre eles. Aos poucos o animal vai se recuperando, ficando novamente saudável e superando todas as expectativas se torna um grande corredor das pistas. Em vista disso o treinador Crane decide ir mais longe e resolve inscrever o animal na Breeder's Cup, uma competição de cavalos de corrida.

Comentários:
Produzido pelo estúdio de Steven Spielberg e contando com um elenco acima da média esse "Sonhadora" até que não é mal. Na verdade esse tipo de filme sempre existiu em Hollywood, basta lembrar do recente "Cavalo de Guerra" (do próprio Spielberg), "Seabiscuit" ou indo mais em direção ao passado, do famoso "O Corcel Negro" de 1979. Essa produção porém é bem mais modesta do que os citados, que foram lançados em cinema e se tornaram, cada um ao seu jeito, sucessos de bilheteria. O roteiro usa e abusa de um certo chantagismo emocional com o espectador, usando até mesmo de fartas doses de pieguice (que sempre foi a marca registrada de Spielberg, aliás) mas que não chega a aborrecer muito. O segredo para curtir um filme como esse é manter as expectativas bem baixas, esperar por uma boa história - que é baseada em fatos reais - um final feliz e céu dourado ao longe nos letreiros finais. Se você tiver esse tipo de atitude sim, certamente se divertirá.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Conta Comigo

Título no Brasil: Conta Comigo
Título Original: Stand by Me
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Raynold Gideon, baseado no livro de Stephen King
Elenco: Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, River Phoenix, Kiefer Sutherland, Richard Dreyfuss

Sinopse: 
Um grupo de garotos decide ir em busca do corpo de um jovem desaparecido. Na jornada acabam se encontrando a si mesmos, com seus pensamentos, planos de vida e sentimentos em relação à amizade, amor e companheirismo. Um retrato sentimental de toda uma geração, captada com grande talento.

Comentários:
Um dos textos mais singulares de Stephen King acabou dando origem a essa pequena obra prima dos anos 80 que hoje em dia soa ainda mais nostálgica do que em seu lançamento original. King, que ficou famoso por causa de seus excelentes livros de terror e suspense, aqui dá um tempo em seus maneirismos literários para dar origem a uma obra até mesmo poética, muito terna e sentimental. O livro "The Body" que deu origem a esse filme "Conta Comigo" não é apenas a narração de um grupo de garotos em busca de um suposto corpo pertencente a um jovem desaparecido mas sim uma alegoria sobre a própria jornada daqueles rapazes que estavam apenas começando essa longa jornada chamada vida. King mostra claro carinho por seus personagens, mostrando e desenvolvendo todos de uma forma até bastante rara em sua obra. Já para o cinéfilo não poderia haver notícia melhor já que o diretor Rob Reiner conseguiu trazer para a tela a poesia juvenil de King. Com elenco muito bacana (cheio de ídolos jovens do cinema dos anos 80) e uma excelente linha narrativa feita pelo ator Richard Dreyfuss como alter ego de King, "Conta Comigo" é uma daquelas películas que você assiste e jamais esquece.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Chicago Fire

Título no Brasil: Chicago Fire
Título Original: Chicago Fire
Ano de Produção: 2012 - 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC, Universal TV
Direção: Vários
Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas
Elenco: Taylor Kinney, Jesse Spencer, Monica Raymund

Sinopse: 
A série acompanha um grupamento de bombeiros do departamento de combate a incêndios da cidade de Chicago. Todos os membros da equipe se apóiam não apenas na vida profissional mas pessoal também. Acompanhe você também os dramas e riscos desses bombeiros numa das séries mais interessantes da TV americana.

Comentários:
Essa série começou muito bem no ano passado nos Estados Unidos. Eu costumo dizer que sempre existirão séries sobre policiais e médicos na TV americana mas bombeiros é praticamente uma novidade. Acompanhar seriados americanos é algo muito prazeroso porque o espectador começa a literalmente criar hábito com todos os personagens. Em um filme você tem pouco menos de duas horas para simpatizar ou antipatizar com um personagem mas em séries a coisa é bem diferente. Aqui temos uma certa semelhança com "Greys Anatomy", não pelo tema em si que não tem muito a ver mas sim pelo desenvolvimento de cada trama. Como tem acontecido de forma até regular nos últimos anos também há uma personagem gay em cena, mas fora ela também temos o engraçadinho, o dramático e até mesmo um torturado (ele sofre de dores terríveis na coluna mas esconde isso do resto da equipe para não ser aposentado precocemente). Como é exibida na grade de programação da TV aberta americana não vá esperar nada mais ousado do que isso. Os episódios são bem realizados e escritos e mantém o interesse muito embora também seja aquele tipo de seriado que você pode largar de uma hora para outra sem maiores culpas por isso. Mesmo que não vá acompanhar procure pelo menos conhecer, assista alguns episódios e veja se faz sua cabeça.

Pablo Aluísio.

Karatê Kid (2010)

Título no Brasil: Karatê Kid
Título Original: The Karate Kid
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harald Zwart
Roteiro: Christopher Murphey, Robert Mark Kamen
Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji P. Henson, Wenwen Han

Sinopse: 
Dre Parker (Jaden Smith) e sua mãe se mudam para a China, na cidade de Pequim, por questões profissionais. Lá o garoto acaba se apaixonando pela bela Meiying mas essa paixão não será nada fácil pois provocará a reação dos demais jovens chineses, em especial do brigão e valentão Cheng que nem pensará duas vezes antes de usar seus conhecimento em artes marciais para dar uma lição em Parker. Para se proteger e revidar quando necessário ele começa a tomar aulas de Kung Fu (e sabedoria) com o Sr. Han (Chan) que lhe ensinará a boa e velha filosofia oriental.

Comentários:
Via de regra remakes ou são desnecessários ou são muito ruins. "Karatê Kid" é um filme dos anos 80 que marcou bastante a geração jovem daquela época. Era um filme até bem simples mas que fez sucesso e caiu no gosto da garotada. Agora temos esse remake muito ruim, fraco e nada animador. Para falar a verdade ele nem se assume como remake, pois procura trazer outros personagens, com nomes diferentes, muito embora a estória e o argumento sejam praticamente os mesmos. Will Smith, usando de toda sua influência e poder dentro de Hollywood, resolveu que iria transformar seu filho, o garoto Jaden Smith, em astro do cinema. Até agora isso definitivamente não aconteceu já que o rapaz não tem o carisma do pai. Na verdade ele é muito chatinho, com excesso de caretas e exageros. Para completar o que já era bem ruim o espectador ainda terá que aguentar outro chato de de galochas, Jackie Chan, que está em um papel completamente inadequado. No final sua presença em cena só serve mesmo para nos deixar com saudades do Sr. Kesuke Miyagi na saudosa interpretação de Pat Morita do filme original. Enfim, esqueça essa bobagem e reveja os filmes dos anos 80, pois cinematograficamente falando será muito mais proveitoso.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de janeiro de 2014

CHiPs

Título no Brasil: CHiPs
Título Original: CHiPs
Ano de Produção: 1977 - 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM Television, Rosner Television
Direção: Vários
Roteiro: Rick Rosner
Elenco: Erik Estrada, Larry Wilcox, Robert Pine

Sinopse: 
Dois patrulheiros rodoviários da equipe CHIPs (California Highway Patrol) vivem muitas aventuras pelas estradas americanas. Os oficiais Frank Poncherello (Erik Estrada) e Jon Baker (Larry Wilcox) estão sempre prontos para ajudar o cidadão ao mesmo tempo em que combatem a marginalidade, tudo sob o comando do sargento Joseph Getraer (Robert Pine).

Comentários:
Essa foi uma das séries mais populares da TV americana na virada dos anos 1970 para 1980. Virou febre, tanto que passou a ser exibida pela Rede Globo em horário nobre. O conceito era muito atraente para a garotada, afinal quem não gostaria de ser um patrulheiro nas estradas da Califórnia, vivendo várias aventuras? Certamente quem está na faixa dos 40 anos hoje em dia se lembra muito bem dos personagens, das motos, do jeito de ser divertido e malandro de Erik Estrada e do seu colega, o loiro e sério Larry Wilcox. O sucesso da série foi tão grande que durou seis temporadas - um verdadeiro recorde naquela época! A música tema de abertura até hoje soa nostálgica e muito evocativa à uma época que não existe mais na TV brasileira já que nos grandes canais abertos já não se abre mais espaço para séries como antigamente. Basta lembrar de CHIPs, Magnum e tantas outras que passavam em ótimo horário e que hoje em dia não encontram mais lugar na grade de programação. Ainda bem que temos TV a cabo e internet uma vez que não há como negar as séries americanas estão vivendo novamente uma era de ouro. Se a TV brasileira não lhes abre mais espaço o problema é exclusivamente dela, com seus programas de quinta categoria. Mas deixemos isso de lado para lembrar com saudades de CHIPs - nós éramos felizes e nem sabíamos!

Pablo Aluísio.

Metido em Encrencas

Título no Brasil: Metido em Encrencas
Título Original: Biloxi Blues
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Matthew Broderick, Christopher Walken, Matt Mulhern

Sinopse: 
Eugene Morris Jerome (Matthew Broderick) é um jovem judeu de Nova Iorque que se alista no exército americano bem nas vésperas do fim da Segunda Guerra Mundial. Enviado para um centro de treinamento em Biloxi, no Mississippi, ele começa a anotar tudo o que acontece ao seu redor em seu diário pessoal, relatando experiências, impressões e pensamentos dos soldados e oficiais que fazem parte de seu pelotão.

Comentários:
Um dos melhores textos de Neil Simon ganha uma ótima adaptação para o cinema sob direção do não menos talentoso Mike Nichols, cineasta de outros excelentes filmes como por exemplo "A Difícil Arte de Amar" com Jack Nicholson, "A Primeira Noite de um Homem", pequeno clássico com Dustin Hoffman e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" que capturou em filme uma das mais inspiradas atuações de Liz Taylor. O tom aqui nesse "Biloxi Blues" é de nostalgia, saudade, pois o personagem principal Jerome (Broderick) vai ao longo do filme, em narrações, contando sua história na época em que serviu o exército americano. Na verdade o personagem nada mais é do que um alter ego do próprio Neil Simon que afirma que quase tudo do que se vê na tela aconteceu realmente de fato. Em termos de elenco, embora Broderick esteja como sempre muito bem, o destaque vai mesmo para Christopher Walken como um sargento de treinamento com ares de psicopatia. Sua cena final ao lado de Broderick, quando ele armado coloca o recruta numa situação mais do que delicada, já vale o filme inteiro. Assim fica a recomendação desse excelente drama militar. Esqueça o péssimo título nacional e assista sem receios.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Garotos de Programa

Título no Brasil: Garotos de Programa
Título Original: My Own Private Idaho
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Gus Van Sant
Elenco: River Phoenix, Keanu Reeves, James Russo

Sinopse: 
Dois jovens começam a se prostituir pelas ruas de Portland, no Oregon. Mike Waters (River Phoenix) sempre teve uma vida familiar caótica. Agora, pobre e desempregado, ele sem alternativas vira michê, saindo com homens homossexuais ricos que pagam por seus "serviços" sexuais. Já Scott Favor (Keanu Reeves) entra na prostituição para se vingar de seu pai, um homem rude e violento que sempre o reprimiu. Juntos, sem esperanças, usando drogas, os dois amigos decidem ir para o distante Idaho em busca de novas oportunidades.

Comentários:
" My Own Private Idaho" chocou em seu lançamento. Era um filme cru e realista que não fazia média. O diretor Gus Van Sant quis mostrar o outro lado da América, a dos excluídos, dos marginais, dos prostitutos, daqueles que nascem e vivem sem quaisquer perspectivas, vendendo tudo o que possuem em troca de alguns trocados. O ambiente é o da rua, onde impera a lei da selva e onde apenas os mais fortes sobrevivem. Curiosamente Van Sant conseguiu trazer para seu filme sórdido duas estrelinhas juvenis na época. River Phoenix era ídolo das adolescentes na ocasião. Politicamente correto, defensor da ecologia, ele não saía das revistas jovens. Infelizmente morreu muito jovem, de uma overdose de drogas na saída da boate de Johnny Depp em Hollywood poucos anos depois. Já Keanu Reeves, muitos anos antes de Matrix, se destacava pelo visual exótico e pelas participações em filmes juvenis. Assim essa produção foi certamente a entrada no mundo adulto do cinema para ambos. Talvez procurando por outros caminhos eles entraram de cabeça no projeto, não tendo qualquer receio de encarar seus personagens viscerais e ousados. Há inclusive fortes cenas de homossexualismo e uso de drogas pesadas que chocaram as fãs dos galãs juvenis. As imagens são nervosas, beirando o estilo documentário e o filme em si, mesmo revisto hoje em dia, certamente é uma pequena obra prima moderna. Nunca o mundo cão foi tão bem capturado em película como aqui. Assista se ainda não conhece.

Pablo Aluísio.

Friends

Título no Brasil: Friends
Título Original: Friends
Ano de Produção: 1994 - 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Vários
Roteiro: David Crane, Marta Kauffman
Elenco: Jennifer Aniston, Lisa Kudrow, David Schwimmer, Courteney Cox, Matthew Perry, Matt LeBlanc

Sinopse: 
"Friends", como o próprio nome sugere, é uma sitcom com episódios de meia hora que contam estórias engraçadas envolvendo um grupo de amigos que moram em Nova Iorque durante a década de 1990. Entre eles tem de tudo, uma cantora que canta pessimamente mal (Lisa Kudrow), um professor especialista em dinossauros (David Schwimmer), um ator canastrão de telenovelas, não muito inteligente (Matt LeBlanc), um casal improvável (Courteney Cox e Matthew Perry) e por fim uma garçonete que não consegue acertar em sua vida sentimental (Jennifer Aniston).

Comentários:
Provavelmente seja a sitcom mais bem sucedida da história da TV americana (apenas Seinfeld conseguiu se igualar). Para o público brasileiro porém "Friends" nunca foi um fenômeno como foi visto nos EUA. Até porque a série nunca foi exibida com regularidade em nenhuma tv aberta no Brasil e na década de 1990 (quando "Friends" estava no auge) a TV por assinatura mal existia em nosso país. Estamos muito longe daqueles que fãs que possuem verdadeira adoração pelos personagens, atores, episódios, etc. Na verdade "Friends" é inegavelmente simpática mas se formos analisar bem, com mais racionalidade, veremos que não existe nada demais em seu conceito e desenvolvimento. Provavelmente se tornou muito popular por causa do elenco, formado realmente por atores e atrizes carismáticos que tiveram sua glória na série e nunca mais conseguiram se livrar de seus personagens. Até hoje Jennifer Aniston interpreta variações de sua Rachel de Friends em todos os filmes em que participa. Pelo menos ela conseguiu fazer uma carreira no cinema enquanto os demais não conseguiram emplacar nada, nem no cinema e nem na TV. A série só acabou mesmo porque a Warner não conseguia mais pagar os salários do elenco, pois eles exigiam cada vez mais fortunas por cada episódio. Em determinado momento, apesar dos sempre bons índices de audiência, o estúdio resolveu acabar com tudo antes que fosse a falência! Revisto hoje em dia "Friends" soa mais bobinho do que de costume mas ainda é uma boa sitcom para assistir um ou outro episódio repetido quando você está zapeando sem nada de bom para ver pelos canais da TV a cabo.

Friends - Episódios Comentados:

Friends 5.07 - The One Where Ross Moves In
Esse é aquele episódio em que o os amigos tentam convencer o Ross a mudar de apartamento. O problema é que ele é meticuloso, quer tudo nos lugares perfeitos e claro, não quer que façam barulho. Não é um cara fácil de conviver. Então os amigos tentam arranjar um apartamento para ele se mudar, mas tudo o que encontram é um apê minúsculo, que mal cabe uma pessoa - algo  bem típico de Nova Iorque, a propósito. E a Rachel? Coloca na cabeça que o vizinho de seu andar está afim dela! Mas claro, não está nem aí. Bom episódio, assisti por acaso no canal Warner. Mostra que "Friends" pode ser assistido sem compromisso algum, de vez em quando, pulando episódios. A série é puro relax descompromissado mesmo. Talvez por isso tenha feito tanto sucesso. / Friends 5.07 - The One Where Ross Moves In (Estados Unidos, 1998) Direção: Gary Halvorson / Roteiro: David Crane, Marta Kauffman / Elenco: Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow.

Pablo Aluísio.

Keruak, O Exterminador de Aço

Título no Brasil: Keruak, O Exterminador de Aço
Título Original: Vendetta dal futuro / Hands of Steel (EUA)
Ano de Produção: 1986
País: Itália
Estúdio: National Cinematografica, Dania Film
Direção: Sergio Martino
Roteiro: Sergio Martino, Elisa Briganti
Elenco: Daniel Greene, Janet Agren, Claudio Cassinelli

Sinopse: 
Futuro. Em 1997 Keruak (Greene) é um cyborg construído para se tornar a mais perfeita máquina assassina jamais construída. Ele deve executar os assassinatos sem pensar duas vezes ou contestar as ordens recebidas mas algo sai errado e o exterminador começa a duvidar de suas ordens, mostrando que ainda tem uma consciência humana muito viva. Agora, ele será caçado para ser destruído por aqueles que o construíram.

Comentários:
No auge da febre do mercado de vídeo VHS os produtores não tinham mais receios de copiar na cara dura grandes sucessos de bilheteria na realização de filmes de orçamentos bem modestos, que eram feitos exclusivamente para a venda em locadoras. Um exemplo é essa produção italiana que copiava o grande sucesso "O Exterminador do Futuro". Keruak era a versão spaghetti do cyborg imortalizado por Arnold Schwarzenegger. Enquanto aquele apostava em uma trama até bem bolada esse aqui não se importava nem em ser bem feito (os efeitos eram toscos) e nem muito menos tinha vergonha em apostar tudo na mais pura pancadaria sem freios. O ator Daniel Greene era um grandalhão sem muita expressão que mandava pelos ares qualquer um que o aborrecesse. As cenas de brigas eram obviamente muito exageradas e o vilão (um cientista insano) mais parecia uma caricatura. Para surpresa de muitos a fita, lançada aqui no Brasil pela América Vídeo, caiu no gosto do público brasileiro que a transformou num êxito de locações. Afinal de contas eram os anos 80. No auge do cinema brucutu isso nem era tão surpreendente assim, vamos convir.

Pablo Aluísio.

Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan
Título Original: Star Trek: The Wrath of Khan
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Nicholas Meyer
Roteiro: Gene Roddenberry, Harve Bennett
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, Ricardo Montalban, DeForest Kelley, George Takei, Walter Koenig, James Doohan

Sinopse:
Enquanto o capitão Kirk (Shatner) se ocupa do treinamento de novos membros da frota estelar, seu inimigo de longa data, o guerreiro Khan (Montalban), se prepara para colocar as mãos no projeto da frota chamado Gênese cuja finalidade é criar vida sustentável em planetas distantes e inóspitos. Sem alternativas Kirk então resolve retomar o comando da nave Enterprise para enfrentar Khan em um novo e terrível combate.

Comentários:
O primeiro filme de Jornada nas Estrelas para o cinema dividiu opiniões. Alguns gostaram de sua trama mais cabeça, quase ao estilo de "2001", já outros qualificaram o filme de chatice. De fato era um enredo mais cerebral, sem tanta enfase na aventura. Foi justamente nisso que os produtores pensaram ao realizar esse segundo filme pois "Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan" tinha muito mais ação, confrontos e batalhas pelo espaço, afinal de contas o vilão Khan estava de volta. Ele havia surgido na série clássica pela primeira vez no episódio "Space Seed" de 1967. Logo na sua primeira aparição já conquistou os fãs da série. Era um vilão muito visceral, instintivo e guerreiro que elevou esse episódio à categoria de ser um dos melhores da série original. Na ocasião havia sido interpretado pelo mesmo Ricardo Montalban e já que a intenção desse filme era recuperar o espírito dos episódios de TV nada mais natural do que trazer o personagem e o ator que marcaram tanto. O resultado dessa nova mentalidade se mostrou certeira. O filme de fato é excelente. Bem distante da racionalidade do primeiro "Jornada nas Estrelas - O Filme" esse segundo aposta mesmo no clima de matinê, algo que foi bastante elogiado na época. Khan mais parece um antigo vilão dos filmes de Flash Gordon e isso fez toda a diferença. O diretor Nicholas Meyer era um especialista, já tendo dirigido alguns pequenos clássicos Sci-fi como por exemplo "Um Século em 43 Minutos" e "The Day After". Ele inclusive voltaria à série em "Jornada nas Estrelas VI - A Terra Desconhecida" mas essa é uma outra história. Aqui certamente conduziu tudo com muito talento. De qualquer forma, como reza a lenda, os episódios de números pares de Star Trek sempre foram considerados os melhores, pois bem, esse filme aqui mostra e confirma o que dizem dos filmes de Jornada nas Estrelas no cinema já que inegavelmente é um dos melhores da série.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O Fundamentalista Relutante

Título no Brasil: O Fundamentalista Relutante
Título Original: The Reluctant Fundamentalist
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, Inglaterra, Catar
Estúdio: IFC Films
Direção: Mira Nair
Roteiro: Javed Akhtar, Ami Boghani
Elenco: Riz Ahmed, Liev Schreiber, Kate Hudson, Kiefer Sutherland

Sinopse:
Changez (Riz Ahmed) é um jovem natural do Paquistão que ganha uma bolsa de estudos numa conceituada universidade americana. Lá conhece a riqueza e a liberdade da sociedade dos Estados Unidos e chega até mesmo a se envolver com uma linda garota de Nova Iorque, Erica (Kate Hudson). Após se formar, arranja emprego numa empresa especializada no mercado financeiro. Tudo corria conforme seu planos até o dia 11 de setembro de 2001 quando Nova Iorque sofre o maior atentado terrorista de sua história. O mundo não seria mais o mesmo e nem a vida de Changez, que acaba entrando em um grande dilema moral consigo mesmo.

Comentários:
Pelo visto os americanos não vão superar 11 de setembro tão cedo. Esse é mais um filme que se propõe a discutir os efeitos e as causas daquele terrível evento. O ponto de vista acaba sendo o de um paquistanês que vai para a América estudar, se formar e começar a progredir em sua vida pessoal e profissional até que tudo vira de cabeça para baixo com os atentados terroristas. O filme se utiliza bastante bem do recurso de flashbacks. Logo no começo somos apresentados a um suposto jornalista americano (Liev Schreiber) que vai até uma casa de chá na capital paquistanesa para entrevistar um professor universitário local que tentará lhe dizer que nada tem a ver com o sequestro de um outro americano, um acadêmico acusado de espionagem que caiu nas garras de grupos extremistas. A partir desse encontro o homem, a quem a CIA acredita estar envolvido na captura do refém americano, vai lhe contar sua história. E a partir daí o espectador vai conhecendo todos os eventos. Essa opção do roteiro se mostra bastante eficiente pois o espectador começa a compreender o que acaba levando alguém a entrar numa guerra religiosa tão sangrenta como a do Oriente Médio, mesmo essa pessoa tendo tido contato com a cultura e o modo de pensar dos ocidentais. O filme tem ótimo elenco, direção segura e firme e uma trama mais do que interessante. Não vai interessar a todos os públicos mas para quem procura por respostas sobre a eterna crise internacional do mundo islâmico será muito proveitoso.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Máfia no Divã

Título no Brasil: Máfia no Divã
Título Original: Analyze This
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures, NPV Entertainment
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Kenneth Lonergan, Peter Tolan
Elenco: Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Chazz Palminteri

Sinopse: 
Robert De Niro interpreta Paul Vitti, um chefão da máfia que começa a apresentar sinais de ansiedade e síndrome de pânico. Para resolver seus problemas ele resolve fazer sessões de terapias com o Dr. Ben Sobel (Billy Crystal). Seu grande problema porém, além dos distúrbios, é a maneira como conseguirá esconder tudo de seus companheiros da cosa nostra pois se a notícia se espalhar ele ficará em situação delicada uma vez que dentro da organização apenas os fracos e frouxos sofrem com esse tipo de situação.

Comentários:
Após passar anos interpretando mafiosos de forma brilhante o ator Robert De Niro embarcou nessa auto paródia, "Máfia no Divã". Na época o filme foi relativamente bem aceito pela crítica pois afinal de contas De Niro demonstrava um certo bom humor, conseguindo inclusive rir de si mesmo e de suas caracterizações (que aqui obviamente surgem mais caricaturais do que nunca!). Ao seu lado, para fazer dobradinha, temos o comediante Billy Crystal. Para a maioria das pessoas ele sempre foi apenas aquele sujeitinho meio sem sal que apresentou o Oscar por diversas vezes. Confesso que gosto dele, mas também admito que não é um humorista para todos os públicos. Os brasileiros, por exemplo, não parecem ter muita afinidade com seu estilo de fazer graça, que afinal de contas faz mais sentido para a comunidade judaica de Nova Iorque. Eu, como admirador de Robert De Niro, gostaria de elogiar o filme mas não vai dar. É uma comédia irregular, que muitas vezes cai no puro marasmo. As piadas vão ficando cada vez mais repetitivas ao longo do filme até que o pequeno esboço de sorrisinhos vai ficando cada vez mais amarelo. Curiosamente nesse mesmo ano estreava na HBO o seriado "Os Sopranos" que tinha um argumento muito parecido com o desse filme mas que era mil vezes superior.

Pablo Aluísio.

Guardiões do Céu

Título no Brasil: Guardiões do Céu
Título Original: Wings of Honour
Ano de Produção: 2013
País: Alemanha, Inglaterra
Estúdio: Ascot Elite Home Entertainment
Direção: Christopher-Lee Dos Santos
Roteiro: Andrew Eric Madonald      
Elenco: Nicholas van Der Bijl, Ryan Dittman, Andre Frauenstein

Sinopse: 
Um grupo de aviadores da Força Aérea Inglesa (RAF) é designado para uma importante e perigosa missão: bombardear o território alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Entre os militares da tripulação se encontram um novato, sem qualquer experiência de combate, e um voluntário das forças armadas da África do Sul, também em busca de experiência de combate. Juntos enfrentarão muitos desafios, inclusive ataques de caças do Terceiro Reich nos céus nazistas.

Comentários:
"Guardiões do Céu" foi lançado timidamente no mercado de DVD no Brasil. Obviamente não se trata de nenhuma super produção Made in Hollywood mas a despeito disso não deixa de ser um bom filme. Não é excepcional, seu roteiro tem clichês, os atores não são grande coisa e nem a direção foge do lugar comum mas apesar disso certamente funciona como entretenimento ligeiro para fãs de filmes passados na Segunda Guerra Mundial. Claro que quem aluga um DVD desses procura acima de tudo muitas cenas de combates aéreos. Sim, elas certamente existem e até que são bem realizadas mas infelizmente só fazem parte dos dois terços iniciais do enredo. Depois de um acontecimento (que não irei revelar para não estragar as surpresas de quem ainda não viu a produção) os combates são transferidos para o chão, onde ingleses e alemães travam uma luta de vida ou morte nos bosques fechados da Baviera. No final de tudo cabem duas últimas observações: Não vá assistir esperando nada grandioso mas prepare-se também para se divertir pois nesse ponto o filme cumpre o que promete.

Pablo Aluísio.

Altitude

Título no Brasil: Altitude
Título Original: Altitude
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Escape Factory, Foundation Features
Direção: Kaare Andrews
Roteiro: Paul A. Birkett
Elenco: Jessica Lowndes, Ryan Donowho, Jake Weary e Julianna Guill.

Sinopse: 
Grupo de amigos embarcam em um avião. Tudo ia bem, até que um defeito estranho os leva a uma altitude extrema e depois a uma neblina sem fim. Logo percebem o solo desapareceu e que há um gigantesco monstro lá fora.

Comentários:
Tentativa fracassada de criar um filme que lembre a série "The Twilight Zone", "Altitude" é mais um daqueles filmes sobre pessoas isoladas à mercê do perigo (como "Pânico na Neve") misturado com "O Nevoeiro". A ideia é maluca, mas até que inicialmente bacana, mas a falta de competência de TODOS põe tudo a perder. Nos primeiros 15 minutos o espectador já está sem paciência devido ao péssimo desenvolvimento do filme, que não envolve nunca e depende de um elenco compostos por rostos bonitinhos e péssimas atuações. Nem sequer há um trabalhinho de pesquisa (até leigo vai perceber as coisas irreais envolvendo o avião e que a mocinha não sabe pilotar!). Todos os personagens são superficiais, chatos e irritantes, só restando torcer para que morram logo e assim a tortura de assistir ao filme acabe (incrível como o filme é pequeno e pareça ser tão longo). Sem acertar em nenhum momento, ainda fecha com um forçado "final surpresa sem noção" que só faz lamentar ter perdido o tempo vendo isso. (Ricardo Martins)

Pablo Aluísio.

Smallville

Título no Brasil: Smallville
Título Original: Smallville
Ano de Produção: 2001-2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner
Direção: Diversos
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar
Elenco: Tom Welling, Michael Rosenbaum e Allison Mack

Sinopse: 
A série conta as aventuras do jovem Clark Kent na pequena cidade de Smallville (chamada de Pequenópolis na versão dublada brasileira), no estado do Kansas antes de se tornar o Superman. A história é bem diferente da história em quadrinhos, onde surgiu Superman; trata-se mais de uma reconcepção. Inspirada na mini-série Superman: As Quatro Estações, ela preserva nomes e alguns acontecimentos, mas caminha de forma independente.

Comentários:
"Smallville" foi vítima de seu próprio sucesso. Uma série que foi pensada para durar no máximo três temporadas estourou na audiência o que fez com que roteiristas levassem a enrolação à alturas olímpicas, pois não havia mais enredo a contar. As duas primeiras temporadas porém valem a pena pois é tudo de muito bom gosto, bem produzido e com ótimo elenco. Conforme o tempo foi passando o desgaste se instalou nos episódios que não iam mais para lugar nenhum. Um seriado na minha opinião deve durar no máximo cinco temporadas, isso se realmente o argumento for muito bom. Depois disso é inevitável cair no marasmo ou no ridículo. Por isso se eu fosse os produtores de boas séries como Dexter as terminava após um determinado número de episódios. De uma forma ou outra "Smallville" só se despediu da telinha após longos dez anos! Certamente formou uma legião de fãs durante todo esse tempo e também se tornou o produto cultural mais longo envolvendo o personagem Superman na televisão mas a despeito disso também se mostrou bem saturada e fora de rumo.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Não Somos Anjos

Título no Brasil: Não Somos Anjos
Título Original: We're No Angels
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: David Mamet, Ranald MacDougall
Elenco: Robert De Niro, Sean Penn, Demi Moore, John C. Reilly

Sinopse: 
Dois condenados (Bob De Niro e Penn) fogem de uma prisão de segurança máxima e vão parar numa pequena cidadezinha às margens de cataratas que eles usaram para escapar da polícia. Na correria entram em um antigo mosteiro e começam a se passar por padres. A situação fica ainda mais complicada porque o diretor da prisão está à procura deles que não podem deixar seus disfarces de lado. A única saída acaba sendo uma procissão da Virgem Maria cujo ponto de chegada é no país vizinho, o Canadá. Se conseguirem chegar até lá estarão livres das garras da lei. 

Comentários:
Divertida comédia dos anos 80 que na realidade é um remake de um antigo filme com Humphrey Bogart e Peter Ustinov chamado no Brasil de "Veneno de Cobra". A premissa realmente é muito boa, pois a partir do momento em que os bandidos se fazem de padres católicos tudo fica muito divertido. Sem nenhuma noção dos dogmas e crenças da Igreja eles vão tentando sobreviver de todas as formas. Uma das cenas mais divertidas ocorre quando De Niro está no confessório e entra um policial para se confessar justamente com ele! O tira traiu a esposa e sente-se culpado por isso! Imagine a saia justa! Já na ficha técnica dois nomes se sobressaem para os cinéfilos. O primeiro é o do diretor Neil Jordan que aqui dirige uma rara comédia em sua filmografia. O segundo é a presença na equipe de roteiristas do talentoso David Mamet. Sua presença é garantia de bom texto e tiradas inteligentes.

Pablo Aluísio.

E Se Fosse Verdade...

As comédias românticas andam saturadas ultimamente. Embora tenham um público cativo, formado obviamente por mulheres, o fato é que não é fácil lançar tantos filmes todos os anos sem a fórmula se desgastar. Assim não soa como novidade o argumento desse "E Se Fosse Verdade...", mais uma comédia romântica... sobrenatural! Isso mesmo que você leu. O enredo aqui explora a paixão que nasce entre um homem e uma fantasma, uma mulher controladora e obsessiva que já está do outro lado da vida. Aliás essa última frase já mata a charada. Quem lembrou de "Ghost" acertou em cheio. A diferença é que em "Ghost" o amor nasceu quando ambos eram vivos e aqui o sentimento nasce quando ela já está morta! Esse "E Se Fosse Verdade..." tive a oportunidade de ver no cinema na data de seu lançamento. Não havia muitos bons filmes em cartaz então resolvi arriscar. Apesar da boa vontade não me pareceu grande coisa realmente.

O único atrativo talvez venha do esforçado elenco. Mark Ruffalo (O Hulk mas ator de bons outros filmes também), certamente consegue manter o público feminino acordado e interessado. Já Reese Witherspoon deveria repensar sua carreira. O tempo de interpretar garotinhas apaixonadas certamente já passou. Ainda mais agora que ela tem se envolvido em vários problemas pessoais (recentemente foi presa por dirigir embriagada, ficou com raiva e ofendeu os policiais, indo diretamente em cana por desacato). Sua carreira já está estagnada  há anos e a falta de um sucesso de bilheteria talvez prove que o momento é de partir para outra para evitar virar uma nova Meg Ryan. Enfim é isso. Comédia romântica espiritual que não decola, nem empolga. Ideal para passar na Sessão da Tarde (coisa aliás que vai acontecer hoje!). Se quiser arriscar (como eu fiz no cinema), boa sorte!

E Se Fosse Verdade... (Just Like Heaven, Estados Unidos, 2005) Direção: Mark Waters / Roteiro: Peter Tolan, Leslie Dixon / Elenco: Reese Witherspoon, Mark Ruffalo, Donal Logue / Sinopse: David Abbott (Mark Ruffalo) aluga um apartamento em San Francisco e acaba descobrindo que o local parece ser assombrado por uma garota morta, Elizabeth Martinson (Reese Witherspoon)!

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Obsessão

Título no Brasil: Obsessão
Título Original: The Paperboy
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Lee Daniels
Roteiro: Lee Daniels, Peter Dexter
Elenco: Matthew McConaughey, Nicole Kidman, John Cusack, Zac Efron, David Oyelowo 

Sinopse:
Hillary Van Wetter (John Cusack) é condenado à morte por supostamente ter assassinado o xerife de uma cidadezinha da Flórida. Convencidos de sua inocência, dois jornalistas investigativos, Ward (Matthew McConaughey) e Yardley (David Oyelowo) ao lado do jovem Jack Jansen (Zac Efron) e da namorada do condenado, Charlotte Bless (Nicole Kidman), resolvem ir a fundo nas investigações para colher provas que inocentem Hillary. A verdade porém não será tão simples assim de encontrar.

Comentários:
Bom filme que apesar do interessante e até mesmo realista roteiro não irá certamente agradar a todos, principalmente o público que deseja ver um belo e convencional final feliz. A trama se passa nos anos 60, em uma região isolada, pantanosa, do calorento estado da Flórida. O espectador é levado todo o tempo a acreditar numa tese sobre a verdadeira morte do xerife local mas isso é apenas uma parte do que será revelado. É um enredo bem escrito e com reviravoltas que para alguns serão radicais demais. Mesmo assim não há como negar que a estória envolve e agrada. O elenco é excepcionalmente muito bom. Nicole Kidman interpreta uma personagem bem distante de seus últimos trabalhos onde a classe e a elegância eram os pontos fortes. Sua Charlotte Bless é uma mulher obsessiva por se apaixonar por homens condenados, prisioneiros no corredor da morte. Ela é a imagem da mulher beirando a vulgaridade da década de 60, sempre se envolvendo com os homens errados. Zac Efron surge como o jovem que se apaixona platonicamente por ela - uma paixão que lhe dará muitos desgostos e tragédias em sua vida pessoal. Apesar de certos exageros no desenrolar de tudo gostei bastante do filme. Certamente não agradará a todos, como já frisei, mas quem embarcar na proposta do diretor certamente vai gostar do resultado final.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O Mordomo da Casa Branca

Título no Brasil: O Mordomo da Casa Branca
Título Original: The Butler
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Follow Through Productions
Direção: Lee Daniels
Roteiro: Danny Strong, Wil Haygood
Elenco: Forest Whitaker, Oprah Winfrey, John Cusack, Mariah Carey, Vanessa Redgrave, Cuba Gooding Jr, James Marsden, Alan Rickman, Jane Fonda

Sinopse: 
Baseado em fatos reais o filme conta a história de Cecil Gaines (Forest Whitaker), pobre e negro, nascido em um dos estados sulistas mais racistas dos Estados Unidos. Após testemunhar seu pai ser morto por um branco que não sofreu qualquer condenação por esse assassinato, ele começa a aprender uma nova profissão, a de serviçal na fazenda rural onde mora. Conforme os anos passam ele começa a melhorar de vida, inclusive trabalhando em grandes hotéis, até ser admitido para ser mordomo na Casa Branca, exercendo essa função por mais de 30 anos.

Comentários:
Filme que tem causado grande repercussão nos Estados Unidos. Não é para menos já que conta a história do homem que vê sua vida passando, servindo como mordomo da Casa Branca, ao mesmo tempo em que vai testemunhando as mudanças sociais pelas quais passa a sociedade americana. Ele chega na Casa Branca durante a presidência de Dwight D. Eisenhower, ainda nos anos 1950, e só se aposenta durante os anos presidenciais do republicano Ronald Reagan. O roteiro é extremamente bem escrito e mostra nos dois filhos de Cecil o destino de muitos jovens negros daquela época. Um deles se torna ativista, entra para os Panteras Negras e começa a lutar pelos direitos civis dos negros. O outro resolve ir por um caminho diferente e se torna soldado do exército americano durante a Guerra do Vietnã. Com isso a família de Cecil acaba sendo um alegoria do que foi toda a história dos negros americanos durante aqueles anos turbulentos.

Conforme a imprensa dos EUA revelou recentemente alguns eventos mostrados no filme são meramente ficcionais mas isso em nada diminui a ótima qualidade cinematográfica desse "O Mordomo da Casa Branca". Em termos de elenco o espectador encontrará uma galeria de estrelas mas como não poderia ser diferente quem rouba todas as atenções é mesmo o ator Forest Whitaker no papel principal. Ele tem uma atuação magistral mostrando o mordomo Cecil desde sua juventude até seus dias de velhice e aposentadoria. A apresentadora de TV Oprah Winfrey interpreta sua esposa e se saí muito bem. Embora não sejam parecidos fisicamente com os personagens que interpretam os atores John Cusack (Nixon), James Marsden (Kennedy) e Alan Rickman (Reagan) conseguem trazer para o filme a essência dos presidentes que interpretam. A direção também é muito bem realizada, procurando nunca cair na pieguice mas sem perder a emoção em nenhum momento. Enfim, grande filme, bela mensagem e uma forma muito didática e agradável de contar parte da história americana do século XX. Seja você ativista ou não, assista, pois é uma excelente obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.

Renascido das Trevas

Título no Brasil: Renascido das Trevas
Título Original: The Resurrected
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Dan O'Bannon
Roteiro: Brent V. Friedman, baseado na obra de H.P. Lovecraft
Elenco: John Terry, Jane Sibbett, Chris Sarandon

Sinopse: 
A esposa de Charles Dexter Ward (Chris Sarandon) resolve em desespero contratar os serviços de um investigador particular para descobrir o que teria acontecido com seu marido. Ele vive isolado numa cabana remota realizando estranhas experiências que começam a afetar de uma forma ou outra toda a região. Produção também conhecida como "O Filho das Trevas". 

Comentários:
Bom momento do cinema de terror dos anos 90. O destaque em minha opinião vai para a excelente atuação de Chris Sarandon. Ele, como todos sabem, foi imortalizado nos filmes de terror por causa de sua atuação como o vampiro sedutor de "A Hora do Espanto". Foi um grande sucesso a tal ponto que no Brasil se criou até uma expressão para o êxito de bilheteria do filme, a "Espantomania". Ora vejam só que coisa curiosa. Aqui ele injeta novamente seu talento para um enredo que prende a atenção do espectador, principalmente porque a trama que mais parece um enorme mosaico vai sendo tecida aos pouquinhos. Clima escuro e sórdido que funciona muito bem, até nos dias de hoje. Eis um filme dos anos 90 que merecia ser mais reconhecido. Uma boa chance para o cinéfilo conferir mais uma vez.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A Família

Título no Brasil: A Família
Título Original: The Family
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, França
Estúdio: EuropaCorp, Relativity Media
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, Michael Caleo
Elenco: Robert De Niro, Michelle Pfeiffer, Tommy Lee Jones, Dianna Agron

Sinopse: 
Giovanni Manzoni (Robert De Niro) e sua família chegam no norte da França, na Normandia, para tentar recomeçar mais uma vez suas vidas. Eles entraram no programa de proteção às testemunhas do FBI após Manzoni entregar toda a sua família mafiosa de Nova Iorque. Na nova cidade os garotos tentam se acostumar com a nova escola enquanto Manzoni resolve assumir a nova identidade de Fred Blake que seria supostamente um escritor americano escrevendo sobre o famoso Dia D quando a França finalmente foi libertada por tropas aliadas.

Comentários:
Sempre gostei muito do cinema de Luc Besson. Desde o primeiro filme que vi dele (Imensidão Azul, ainda nos anos 80) pude perceber que ele é um dos poucos cineastas em atividade que ainda conseguiam realizar obras que aliavam o clima mais cult com a boa e velha cultura pop. Aqui isso se repete. Besson na verdade faz quase uma homenagem à persona de Robert De Niro no cinema. Seu mafioso é uma sátira-homenagem aos grandes papéis que interpretou ao longo de sua grande carreira. Isso se torna muito claro quando De Niro vai ao lado de Tommy Lee Jones para um debate sobre grandes clássicos do cinema americano e o filme exibido é nada mais, nada menos, do que o grande clássico "Os Bons Companheiros" de Martin Scorsese que tinha no elenco justamente... sim, ele mesmo... Robert De Niro! Usando sempre dessa excelente ideia o filme consegue divertir e dar uma boa sensação aos fãs de cinema em geral pois seu clima de fino humor negro combina muito bem com sua proposta de divertir e homenagear ao mesmo tempo. Gostei bastante do resultado final pois em alguns aspectos temos uma gama incrível de referências bem humoradas sobre filmes da máfia em geral que vão desde "Donnie Brasco", passando por filmes sobre mafiosos de Scorsese chegando até o sucesso da HBO "The Sopranos". Um ótimo programa certamente. Há tempos que De Niro não soava tão satisfatório como nessa película. Está recomendado.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A Lenda de Sleepy Hollow

Título no Brasil: A Lenda de Sleepy Hollow
Título Original: Sleepy Hollow 
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox Television
Direção: Paul A. Edwards, Ken Olin
Roteiro: Phillip Iscove, Alex Kurtzman, Roberto Orci
Elenco: Tom Mison, Nicole Beharie, Orlando Jones

Sinopse: 
Durante a guerra de independência dos Estados Unidos o soldado Ichabod Crane (Tom Mison) acaba decapitando um estranho mercenário inimigo mas na luta termina sendo morto também. Dois séculos e meio depois ressurge do mundo dos mortos para destruir o cavaleiro sem cabeça, o mesmo que havia matado no passado. A estranha criatura deve ser destruída pois caso encontre seu antigo crânio poderá abrir as portas para a chegada dos quatro cavaleiros do apocalipse nos dias atuais.

Comentários:
"Sleepy Hollow" traz para a TV a conhecida estória do cavaleiro sem cabeça. Como o universo de séries na TV americana é extremamente concorrido os roteiristas jogaram praticamente toda a trama já no episódio piloto. A intenção é certamente prender o espectador, criando um interesse para acompanhar os episódios seguintes. Por isso tudo soa meio apressado, jogado às pressas, sem tempo para tomar fôlego. Esse tipo de desenvolvimento honestamente não me agrada muito pois sempre preferi que tudo acontecesse aos poucos, em seu devido tempo. Mesmo assim, com esses problemas que entendo perfeitamente, pois é a eterna luta pela audiência, ainda consegui gostar do que vi. Se você gosta da versão do cinema, que tem uma direção de arte primorosa e muitos efeitos digitais, provavelmente vai achar tudo muito acanhando nesse campo. Mas releve esse tipo de comparação e tente gostar da nova série. Ainda é cedo para dizer se ela vai conseguir se firmar mas que tem potencial, certamente tem.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Os Fantasmas de Scrooge

Título no Brasil: Os Fantasmas de Scrooge 
Título Original: A Christmas Carol
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis, baseado na obra de Charles Dickens
Elenco: Jim Carrey, Gary Oldman, Colin Firth

Sinopse: 
Scrooge (Jim Carrey) é um ser humano desprezível. Muito rico mas completamente mesquinho não quer saber de absolutamente ninguém em sua vida. Extremamente materialista só pensa em dinheiro e nada mais. Quando seu sócio morre ele acaba recebendo a visita de três fantasmas do natal. Um dos natais passados, outro do natal do presente e finalmente um terceiro, representando os natais do futuro. Juntos eles levarão o velho Scrooge numa jornada de auto conhecimento e renovação do verdadeiro espírito do natal.

Comentários:
Produção milionária que teve um orçamento estimado em absurdos 200 milhões de dólares. Não é para menos. Aqui o cineasta Robert Zemeckis reuniu um elenco de primeira e tecnologia de ponta para contar mais uma versão do famoso livro (imortal, diga-se de passagem) do grande Charles Dickens. Jim Carrey aproveita o uso dessa técnica para deitar e rolar em suas caracterizações. Apesar de seu talento reconhecido temos que admitir que sua atuação nem sempre funciona a contento. A questão é que essa estória, muito evocativa e belamente escrita, já foi adaptada tantas vezes (a primeira em 1910, totalizando quase 100 versões até hoje) que já não existe a menor possibilidade de surpreender. Nem mesmo sob uma nova roupagem, com tecnologia de ponta, muda essa situação. Agora se você é jovem demais para se lembrar ou nunca viu nada sobre esse enredo até pode ser uma boa opção. De fato a direção de arte desse filme é acima da média e o enredo do velho avarento encontrando sua verdadeira felicidade ainda pode emocionar aos novatos. De qualquer modo não é uma má ideia para uma madrugada de natal. Assim se estiver no espírito certo não deixe de conferir pois o filme será exibido nessa madrugada pela Rede Globo. Aproveite e tenha um Feliz natal de muita paz e alegria!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um Natal Brilhante

Título no Brasil: Um Natal Brilhante
Título Original: Deck the Halls
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Whitesell
Roteiro: Matt Corman, Chris Ord
Elenco: Matthew Broderick, Danny DeVito, Kristin Chenoweth

Sinopse: 
Steve Finch (Matthew Broderick) é louco pelo natal. Na verdade essa é a época do ano mais feliz em sua vida e ele não faz a menor questão de esconder isso, tanto que cultiva uma infinidade de tradições natalinas, alguma bem absurdas. Seu fanatismo do natal é tamanho que ele chega até mesmo a incomodar sua família. Seu otimismo porém começa a ser abalada quando um novo vizinho se muda para a casa ao lado. Buddy Hall (Danny DeVito) é o extremo oposto de Steve. Não demora muito para que ambos entrem numa rivalidade sem limites, uma rixa completamente maluca.

Comentários:
Já que é natal vamos falar sobre alguns filmes natalinos, em especial os que serão exibidos amanhã pela Rede Globo em uma maratona que vai pela madrugada adentro com três filmes cujo tema não poderia ser outro, a festa de natal. "Um Natal Brilhante" é o primeiro deles. Se trata de uma comédia de costumes, um subgênero divertido que sempre rende bons momentos no cinema. A intenção é de sempre satirizar o chamado American Way of Life, com seus maridos suburbanos meio idiotizados, seus filhos disfuncionais e suas esposas no fundo bem frustradas sobre tudo. É um tipo de humor que nasce das pequenas banalidades da vida. Esse aqui porém é dos mais leves, coisa bem família mesmo, sem qualquer tipo de ousadia maior com o americano médio que sempre é o alvo preferido desse tipo de fita. O destaque vai para o bom elenco onde se merecem citar as boas atuações de Matthew Broderick e Danny DeVito, ambos muito bem em seus respectivos papéis, o de um pai meio abobalhado e o de um sujeito baixinho e invocado. Vale a espiada depois da ceia e da Missa do Galo.

Pablo Aluísio.

Arthur Newman

Título no Brasil: Arthur Newman
Título Original: Arthur Newman
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Dante Ariola
Roteiro: Becky Johnston
Elenco: Colin Firth, Emily Blunt, Anne Heche

Sinopse: 
Wallace (Colin Firth) é um gerente de uma grande empresa americana. Divorciado, pai de um filho de 13 anos que mal fala com ele, decide jogar tudo para o alto e partir pela estrada. Após assumir a identidade de Arthur Newman em sua viagem conhece uma jovem cheia de problemas, Mike (Emily Blunt). Ela também não parece contar a verdade sobre sua identidade real mas isso pouco importa. Juntos acabam atravessando os Estados Unidos, vivendo várias experiências amorosas e de vida pelos lugares por onde passam.

Comentários:
Arthur Newman é um road movie existencialista. O personagem principal interpretado muito bem por Colin Firth é um sujeito que acima de tudo deseja fugir de si mesmo, da sua vida chata e de seus relacionamentos fracassados. Sonhando entrar em um torneio de golfe para ricaços entediados ele resolve cair na estrada. Fugir da rotina, da monotonia que sua vida se tornou. Mike, que tem nome de homem mas é uma garota bonita, tem certamente mais problemas do que ele. Sua mãe enlouqueceu e sua irmã também. Com receio que a loucura genética a atinja mais cedo ou mais tarde ela procura viver tudo intensamente, o que para Wallace será um achado pois é justamente isso que ele procura. Mesmo com o encontro entre ambos, de seu turbulento relacionamento, não vá esperar um filme romântico tradicional. Uma fina melancolia atravessa o filme de ponta a ponta como se aquele casal não tivesse mesmo qualquer futuro promissor pela frente. Emily Blunt, apesar da maquiagem pesada, está perturbadoramente atraente e sensual. No final das contas o que temos aqui é de fato um romance sui generis, nada banal que certamente agradará aos românticos mais existencialistas. Se é o seu caso, arrisque!

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Homem de Ferro e Hulk - Super-Heróis Unidos

Título no Brasil: Homem de Ferro e Hulk - Super-Heróis Unidos
Título Original: Iron Man & Hulk: Heroes United
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Eric Radomski, Leo Riley
Roteiro: Brandon Auman, Henry Gilroy
Elenco: Adrian Pasdar, Fred Tatasciore, Dee Bradley Baker

Sinopse: 
Hulk é capturado pela Hydra com o objetivo de drenar sua energia para a construção de uma super arma de energia letal. A experiência porém acaba dando errado fazendo com que o reator entre em implosão, criando no processo uma estranha criatura de pura energia chamada Zzzax que ameaça todo o mundo pois é alimentada por energia de todas as formas. Para ajudar a destruir a nova ameaça Hulk e Homem de Ferro se unem para neutralizar o novo monstro energético.

Comentários:
Nova animação dos estúdios Marvel. Aqui temos o uso da técnica de computação gráfica. O resultado é bem interessante mas o roteiro se concentra mesmo no quebra pau generalizado entre os personagens. Inicialmente Hulk e um monstro também criado por raios gama chamado Abomination saem na pancadaria, depois Hulk e Homem de Ferro tentam vencer a nova e estranha criatura feita de energia. Como a animação se concentra mesmo nas brigas o desenho é mais recomendado para a garotada que adora esse tipo de enredo e produção. Hulk e Homem de Ferro trocam muitas figurinhas na animação, dando origem a boas piadinhas mas o que vale mesmo aqui são as lutas. Outro ponto que poderia ser mais bem desenvolvido é a luta dos heróis Marvel contra criaturas mitológicas que encontram em um sombrio cemitério. Não faz mal. Enfim, recomendo pois o resultado final é bem divertido e movimentado.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Ripper Street

Título no Brasil: Ripper Street
Título Original: Ripper Street
Ano de Produção: 2012 - 2013
País: Inglaterra
Estúdio: British Broadcasting Corporation (BBC)
Direção: Andy Wilson, Tom Shankland
Roteiro: Richard Warlow, Toby Finlay
Elenco: Matthew Macfadyen, Jerome Flynn, Adam Rothenberg

Sinopse: 
O detetive e inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen) é designado para resolver vários crimes brutais ocorridos na Londres do século XIX, entre eles o assassinato de uma jovem em Whitechapel, bairro onde ocorreram as mortes das vítimas do conhecido serial killer Jack, o Estripador. As circunstâncias porém o levam a dúvida já que a garota encontrada sem vida não parece ter sido morta da mesma forma que as demais mulheres que caíram nas mãos de Jack. Coincidência ou acobertamento de um crime promovido por um outro psicopata serial?

Comentários:
Pelo visto não é apenas a TV americana que vive seu momento áureo, a TV inglesa segue no mesmo caminho. Um excelente exemplo vem dessa maravilhosa série "Ripper Street". Produzido pela BBC somos levados ao cotidiano de investigações e casos do inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen), que ao lado de seus assistentes, tenta resolver crimes escabrosos ocorridos na Londres de 1888. Essa data é significativa pois foram nos meses de agosto a novembro desse mesmo ano que ocorreram os brutais assassinatos atribuídos a um dos mais famosos psicopatas da história, Jack o Estripador. Logo no episódio piloto o detetive se vê as voltas com a morte de mais uma suposta prostituta nos becos sinistros e escuros de Whitechapel. Teria sido Jack o autor da nova morte? É justamente esse o tema da primeira trama da série. Excelente produção (como convém à requintada BBC), atores realmente acima da média e tramas bem boladas, aliadas a bons roteiros. Se você gosta de séries policiais com muitos mistérios, suspense e até mesmo doses exatas de terror, "Ripper Street" é uma ótima pedida.

Pablo Aluísio.

Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida

Título no Brasil: Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida 
Título Original: Lara Croft Tomb Raider: The Cradle of Life 
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jan de Bont
Roteiro: Dean Georgaris, Steven E. de Souza
Elenco: Angelina Jolie, Gerard Butler, Chris Barrie, Ciarán Hinds, Djimon Hounsou

Sinopse: 
A heroína dos games está de volta às telas. Agora a arqueóloga e aventureira Lara Croft (Angelina Jolie) parte em busca de um objeto mitológico, a famosa Caixa de Pandora que contém supostamente em seu interior todas as forças malignas do universo. Croft sai em busca na expedição de sua vida ao tomar conhecimento do lugar onde estaria o tal artefato, uma região localizada no continente africano chamada "Origem da Vida".

Comentários:
O problema de filmes fracos fazerem sucesso é que eles geralmente dão origem a continuações igualmente fracas - ou ainda piores! Esse é o caso desse "Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida". O primeiro filme da franquia sempre foi reconhecidamente muito fraquinho mas a força do nome comercial dos games o tornaram um sucesso também nos cinemas. Assim o estúdio resolveu colocar a velha máxima em uso novamente, ou seja, não se deve mexer em time que está ganhando! Todos os erros cometidos em Lara Croft Tomb Raider continuam nesse filme que tem ainda um grave defeito pois se leva à sério demais e se mostra totalmente pretensioso! O resultado porém é igualmente decepcionante!

Pablo Aluísio.