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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Os Boinas Verdes

Título no Brasil: Os Boinas Verdes
Título Original: The Green Berets
Ano de Lançamento: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Wayne
Roteiro: James Lee Barrett
Elenco: John Wayne, George Takei, David Janssen, Jim Hutton, Patrick Wayne, Irene Tsu

Sinopse:
Mike Kirby (John Wayne), um velho coronel, é enviado para o front na guerra do Vietnã. Sua principal missão é defender um acampamento do exército norte-americano situado no meio de uma floresta tropical. O lugar virou alvo de bombardeios diários do inimigo. O veterano militar também planeja executar uma missão para sequestrar um alto oficial do exército vietcongue.

Comentários:
Esse filme é fruto da visão tacanha e retrógrada do ator John Wayne em relação a guerra do Vietnã. Ele produziu e dirigiu o filme por conta própria e se deu mal. Quando o filme chegou aos cinemas, já era época da flower Power. Então a crítica, como era de se esperar, desceu a lenha no filme como um todo. A bilheteria também não foi boa porque o povo americano estava cansado dessa guerra absurda e sem sentido. Além do viés ideológico equivocado, o filme também falha como produção de guerra. Wayne, que também dirigiu o filme, errou muito ao rodar cenas na noite. As batalhas do meio da escuridão é um verdadeiro desastre cinematográfico. O espectador não consegue ver absolutamente nada, a não ser a luz das explosões. Para piorar o quadro que já era ruim, John Wayne ainda incorporou um personagem na história só para ficar desfilando a sua visão da guerra. É um personagem de um jornalista e John Wayne aproveita esse papel para desfilar sua raiva contra a imprensa americana da época. Um erro muito banal e constrangedor. Afinal de contas, como o tempo provou, os jornalistas estavam com a razão. Os Estados Unidos perderiam a guerra na pior intervenção estrangeira de sua história. E pensar que John Wayne achava heróico mostrar um bando de militares americanos defendendo um buraco lamacento no meio da floresta, como vemos nesse filme. Uma completa falta de visão da realidade que o cercava naquele final dos anos 60.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Jornada nas Estrelas IV

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas IV - A Volta para Casa
Titulo Original: Star Trek IV: The Voyage Home
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Leonard Nimoy
Roteiro: Steve Meerson, Peter Krikes, Harve Bennett, baseados nos personagens criados por Gene Roddenberry
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, DeForest Kelley, George Takei, James Doohan, Walter Koenig

Sinopse:
Uma força alienígena desconhecida que vaga pelo universo durante o século XXIII, chega até o planeta Terra. Diante do caos, a federação dos planetas resolve enviar a U.S.S. Enterprise para o passado, em San Francisco, no ano de 1986, para investigar as raízes do problema. Ao que tudo indica há uma estreita relação entre as baleias (no futuro estão extintas) e as forças do universo que chegam até o nosso mundo. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Donald Peterman), melhor som, melhor música original (Leonard Rosenman) e melhores efeitos especiais.

Comentários:
Certamente um dos melhores filmes da série Star Trek original.  Além do bom humor, o filme tem uma mensagem ecológica muito bem desenvolvida e inteligente. As baleias e o risco de sua extinção ganham o devido espaço em um roteiro extremamente bem elaborado, como sempre foi regra em se tratando de filmes dessa franquia. Dizem que os bons filmes de "Star Trek" no cinema sempre foram os de número par (II, IV e VI) e os ruins os de número ímpar (I, III e V). Faz até sentido se formos comparar os filmes. O que vale porém no final das contas é a bonita mensagem ecológica envolvendo as baleias e sua preservação. O roteiro até surtiu efeitos positivos na época, nos anos 80, pois pouco tempo depois a pesca das baleias foi proibida em várias partes do mundo, coroando ainda mais os méritos dessa produção. Outro ponto digno de nota é a transposição dos personagens do futuro para o presente (entenda-se o presente da época do filme, ou seja, os anos 80). O cerebral Spock tendo que lidar com aqueles jovens fãs de Michael Jackson e do "Break" rendeu algumas boas piadas. Por fim vale elogiar o trabalho de direção de Leonard Nimoy, aqui provando mais uma vez que além de um bom ator, era igualmente um cineasta talentoso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

For the Love of Spock

Excelente esse novo documentário sobre o ator Leonard Nimoy, ou melhor dizendo, o Sr. Spock. Sim, porque é impossível separar o ator de seu mais famoso personagem. O filme foi dirigido pelo filho de Leonard, Adam, e isso trouxe uma humanidade e uma familiaridade incrível para tudo o que se vê na tela. Logo no começo Adam explica que sua intenção inicial era realizar um documentário focado exclusivamente em Spock e sua repercussão dentro do universo cultural do século XX. Esses planos iniciais mudaram radicalmente quando o ator morreu em 2015, vítima de um câncer no pulmão, causado por anos de vício em cigarros. Assim, depois do necessário tempo de luto, Adam ampliou o raio de ação de seu projeto e resolveu contar a história do homem por trás de Spock. É um trabalho, volto a frisar, realmente excelente. Somos apresentados a um aspecto íntimo da vida de Nimoy, mostrando seus aspectos positivos, como uma férrea ética de trabalho, como também a aspectos negativos, como seu problema com as bebidas, seu relacionamento complicado com o próprio filho e seus traumas do passado. Filho de um simples barbeiro de Boston, Leonard nunca foi próximo ao próprio pai que jamais o incentivou a ser um ator, a transformar esse sonho em uma profissão.

Para sobreviver, enquanto a carreira de ator não dava certo, Nimoy se virou como foi possível, afinal ele já era pai de família, mas não conseguia trabalhos como ator (talvez, muito provavelmente, por causa de sua aparência diferente). Assim ele tentou ser vendedor, construiu aquários para vender, consertava bicicletas na vizinhança, o que aparecia pela frente. Sua vida porém mudou totalmente quando caiu nas graças do diretor e produtor Gene Roddenberry que viu na aparência de Leonard a imagem certa para interpretar um alien do planeta Vulcano, um sujeito que por ter um lado humano e outro alienígena, tentava represar suas emoções. A partir daí, como todos sabemos, tudo é história. O Sr. Spock virou um ícone popular e Adam Nimoy tenta capturar tudo o que gravita em torno desse personagem único. No final das contas temos um belíssimo trabalho de resgate, não apenas de Spock e sua influência na cultura e no mundo da ciência, mas também na figura do talentoso Nimoy que certamente teve uma vida longa e próspera sob todos os sentidos.

For the Love of Spock (Estados Unidos, 2016) Direção: Adam Nimoy / Roteiro: Adam Nimoy / Elenco: Leonard Nimoy, Adam Nimoy, William Shatner, Chris Pine, Zachary Quinto, George Takei, Nicholas Meyer, Jim Parsons / Sinopse: Documentário que conta a história do ator Leonard Nimoy e seu mais famoso personagem, o vulcano Dr. Spock da mitológica série de sucesso "Jornada nas Estrelas".

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de setembro de 2015

Jornada nas Estrelas V - A Última Fronteira

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas V - A Última Fronteira
Título Original: Star Trek V The Final Frontier
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William Shatner
Roteiro: Gene Roddenberry, William Shatner
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, DeForest Kelley, James Doohan, Walter Koenig, Nichelle Nichols, George Takei, Laurence Luckinbill

Sinopse:
Após a Enterprise passar por reparos a tripulação do Capitão Kirk (William Shatner) é convocada para uma nova missão. Vários diplomatas de planetas da confederação caíram em mãos de um líder rebelde vulcano chamado Sybok (Laurence Luckinbill). Ele tem laços de parentesco com Spock (Leonard Nimoy), o que faz a missão ganhar traços pessoais jamais imaginados por ele. Na realidade Sybok almeja ir até os confins da galáxia onde pretende encontrar a origem do universo, o ponto zero da criação onde tudo começou. 

Comentários:
Dirigido e roteirizado pelo ator William Shatner, o quinto filme da tripulação original da Enterprise marcou a despedida dos atores da série de TV do cinema. O que era para ser uma grande despedida porém se tornou um aborrecimento e tanto. O filme foi mal recebido pela crítica (de forma justa aliás) e o público não prestigiou. Na realidade Shatner, cego por seu ego descomunal, escreveu um enredo sem pegada, sem a dramaticidade necessária. Talvez com ciúmes de Leonard Nimoy que fez um ótimo trabalho no filme anterior, Shatner acabou trocando as mãos pelos pés e realizou um dos mais fracos filmes da série. Tudo soa muito enfadonho e chato. Para piorar Shatner escreveu cenas piegas e bobocas como por exemplo colocar os tripulantes em volta de uma fogueira no meio da noite para relembrar os velhos tempos. Santa bobagem, Batman! Os efeitos especiais também não enchem os olhos e mostram um certo desleixo por parte da Paramount em realizar uma produção melhor e mais bem cuidada. É aquele tipo de filme que deixa um gosto de decepção no ar, mesmo com as melhores expectativas possíveis. Assim o quinto filme só serviu mesmo para decepcionar os fãs. Era melhor que a turma da velha Enterprise se despedisse no filme anterior porque esse aqui obviamente não fez jus ao legado de todos eles.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan
Título Original: Star Trek: The Wrath of Khan
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Nicholas Meyer
Roteiro: Gene Roddenberry, Harve Bennett
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, Ricardo Montalban, DeForest Kelley, George Takei, Walter Koenig, James Doohan

Sinopse:
Enquanto o capitão Kirk (Shatner) se ocupa do treinamento de novos membros da frota estelar, seu inimigo de longa data, o guerreiro Khan (Montalban), se prepara para colocar as mãos no projeto da frota chamado Gênese cuja finalidade é criar vida sustentável em planetas distantes e inóspitos. Sem alternativas Kirk então resolve retomar o comando da nave Enterprise para enfrentar Khan em um novo e terrível combate.

Comentários:
O primeiro filme de Jornada nas Estrelas para o cinema dividiu opiniões. Alguns gostaram de sua trama mais cabeça, quase ao estilo de "2001", já outros qualificaram o filme de chatice. De fato era um enredo mais cerebral, sem tanta enfase na aventura. Foi justamente nisso que os produtores pensaram ao realizar esse segundo filme pois "Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan" tinha muito mais ação, confrontos e batalhas pelo espaço, afinal de contas o vilão Khan estava de volta. Ele havia surgido na série clássica pela primeira vez no episódio "Space Seed" de 1967. Logo na sua primeira aparição já conquistou os fãs da série. Era um vilão muito visceral, instintivo e guerreiro que elevou esse episódio à categoria de ser um dos melhores da série original. Na ocasião havia sido interpretado pelo mesmo Ricardo Montalban e já que a intenção desse filme era recuperar o espírito dos episódios de TV nada mais natural do que trazer o personagem e o ator que marcaram tanto. O resultado dessa nova mentalidade se mostrou certeira. O filme de fato é excelente. Bem distante da racionalidade do primeiro "Jornada nas Estrelas - O Filme" esse segundo aposta mesmo no clima de matinê, algo que foi bastante elogiado na época. Khan mais parece um antigo vilão dos filmes de Flash Gordon e isso fez toda a diferença. O diretor Nicholas Meyer era um especialista, já tendo dirigido alguns pequenos clássicos Sci-fi como por exemplo "Um Século em 43 Minutos" e "The Day After". Ele inclusive voltaria à série em "Jornada nas Estrelas VI - A Terra Desconhecida" mas essa é uma outra história. Aqui certamente conduziu tudo com muito talento. De qualquer forma, como reza a lenda, os episódios de números pares de Star Trek sempre foram considerados os melhores, pois bem, esse filme aqui mostra e confirma o que dizem dos filmes de Jornada nas Estrelas no cinema já que inegavelmente é um dos melhores da série.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Jornada Nas Estrelas - O Filme

Para muitos o melhor filme de Jornada Nas Estrelas no cinema. Para outros um projeto bem intencionado que simplesmente não deu certo. Hoje, passados tantos anos, fica complicado saber com exatidão aonde esse primeiro filme da franquia Star Trek se encontra. Penso que ele está mais de acordo com a primeira opinião. De fato é um dos melhores roteiros de ficção científica já feitos, extremamente original, inteligente e bem escrito. O problema é que o público não entendeu a essência da produção na época e saiu com um gostinho de decepção amargo na boca. Uma injustiça certamente. Embora muitos críticos torçam o nariz  até hoje para o filme o qualificando de chato, arrastado e aborrecido, a verdade é que Star Trek 1 é muito mais do que isso. Dirigido pelo mestre Robert Wise (o cultuado cineasta de grandes clássicos Sci-Fi do passado como "O Dia Em Que a Terra Parou") o filme foca muito mais no lado cerebral da trama, deixando de certa forma a ação em segundo plano. O público acostumado com as explosões das guerras espaciais de Star Wars certamente estranhou e por essa razão houve tanta controvérsia em torno dessa obra. Bobagem, o tempo trouxe reconhecimento e hoje a produção é considerada cult e isso não apenas pelos fiéis fãs das aventuras de Spock e Kirk, mas também por quem aprecia filmes desse gênero em especial.

A trama acompanha a chegada na Terra de um estranho fenômeno cósmico que sai destruindo tudo por onde passa. Os principais cientistas não sabem ao certo do que se trata e nem qual seria sua verdadeira natureza. Desesperados enviam a nave Enterprise para tentar entender o que afinal seria esse verdadeiro "destruidor de mundos" que ruma direto em direção ao nosso planeta. O mais curioso é que embora desconhecido em nosso sistema solar a estranha "criatura" parece soar muito familiar para todos. Seria parte de algo inerente à nossa própria história que estaria voltando para um acerto de contas final? Não convém revelar mais nada. Como já escrevi antes, grande parte da força dessa produção provém de um roteiro muito bem elaborado, que certamente causou muito impacto aos fãs da antiga série televisiva. Como sempre digo Star Trek tem tanta força mesmo após tantos anos por causa da qualidade absoluta de seus roteiros. Os efeitos podem ficar velhos (até ridículos) mas tudo o que envolve Jornada nas Estrelas consegue romper a barreira do tempo justamente por causa das tramas magistralmente bem escritas. Aqui não é exceção. Considero o argumento uma preciosidade, que vai tocar fundo em todos aqueles que amam a saga e acompanham os nossos avanços científicos a cada ano. Uma preciosidade do gênero Sci-Fi que merece ser reavaliado e revisto sempre. Uma obra prima certamente.

Jornada Nas Estrelas - O Filme (Star Trek: The Motion Picture, Estados Unidos, 1979) Direção: Robert Wise / Roteiro: Alan Dean Foster, Harold Livingston baseados nos personagens criados por Gene Roddenberry / Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, DeForest Kelley, James Doohan, George Takei, Majel Barrett, Walter Koenig, Nichelle Nichols / Sinopse: Uma terível ameaça ao nosso planeta vem em direção à Terra. Não se sabe ao certo do que se trata, ou qual seria sua natureza cósmica! Para investigar a nave Enterprise é enviada em direção ao "destruidor de Mundos" para tentar descobrir do que realmente se trata.

Pablo Aluísio.