Título no Brasil: Louca Obsessão
Título Original: Misery
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Rob Reiner
Roteiro: William Goldman
Elenco: Kathy Bates, James Caan, Lauren Bacall, Richard Farnsworth, Frances Sternhagen, Graham Jarvis
Sinopse:
Baseado em um livro escrito por Stephen King, o filme "Louca Obsessão' conta a história de Annie Wilkes (Kathy Bates). Ela é uma fã obcecada por seu escritor preferido, Paul Sheldon (James Caan). Annie acaba aprisionando o autor em uma cabana remota, fazendo um jogo psicológico mortal com ele nas montanhas.
Comentários:
Grande filme que tive a oportunidade de assistir no cinema, em seu lançamento original. Em minha opinião é uma das melhores adaptações de Stephen King para o cinema. Uma história que caiu como uma luva para esse thriller de suspense e tensão. A Kathy Bates nunca esteve tão bem como aqui. Ela é a dona de casa solitária e com problemas psicológicos que fica obcecada qpelo autor de livros de suspense interpretado por James Caan. Quando surge uma oportunidade ela o rapta, o algema nunca cama e cria um jogo obsessivo com ele, uma mescla de amor e ódio turbinada por uma obsessão doentia. Durante todo o filme temos praticamente apenas os dois em cena. Um verdadeiro tour de force entre esses dois grandes talentos. Quem vence o duelo? O espectador, claro! Kathy Bates acabou sendo premiada pelo Oscar e pelo Globo de Ouro por sua atuação. Algo merecido, digno de aplausos. O filme também deveria ter sido indicado para o prêmio de melhor roteiro adaptado, mas não aconteceu. Para muitos críticos na época o roteiro conseguia ser ainda melhor do que o livro de King. Não duvido nada dessa opinião. E entre as cenas que você nunca mais vai esquecer desse filme lembro do momento em que a personagem de Bates quebra as pernas do escritor interpretado por Caan. Esse momento vai ficar na sua memória por longos anos, pode ter certeza.
Pablo Aluísio.
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sexta-feira, 10 de julho de 2020
quinta-feira, 4 de junho de 2020
Joga a Mamãe do Trem
Título no Brasil: Joga a Mamãe do Trem
Título Original: Throw Momma from the Train
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Danny DeVito
Roteiro: Stu Silver
Elenco: Danny DeVito, Billy Crystal, Rob Reiner, Anne Ramsey, Oprah Winfrey, Branford Marsalis, Kim Greist
Sinopse:
Um homem divorciado não aguenta mais a ex-esposa. Um homem que nunca se casou e ainda mora com a mãe, não suporta mais a megera que vive lhe humilhando. Por que eles não decidem resolver o problema um do outro? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Anne Ramsey).
Comentários:
Essa fórmula foi muito usada no passado em livros de Agatha Christie e em filmes de Alfred Hitchcock. A coisa pode se resumir na seguinte frase: "Você mata quem eu quero matar e eu mato quem você quer matar". Com a troca de álibis, todo mundo consegue escapar da cadeia. Cruel demais? Não nesse filme onde tudo é levado no humor, na base da comédia. O elenco está ótimo, em uma sincronia incrível. O projeto foi bem pessoal por parte de Danny DeVito, que dirigiu o filme com enorme prazer. Billy Cristal surge em seu tipo habitual, aquele cara comum que se vê em uma enrascada daquelas. Porém o grande nome desse elenco é a atriz Anne Ramsey. Ela foi inclusive indicada ao Oscar por essa atuação, algo bem raro de acontecer em se tratando de comédias. Ela está excelente como a mãe megera do personagem de Danny DeVito. Ele não aguenta mais a mãe rabugenta e quer encontrar um jeito de se livrar dela. As tentativas de matar a senhora ficaram muito engraçadas. Esse aliás era o tipo de personagem mais comum na carreira de Anne Ramsey. Infelizmente esse seria um de seus últimos filmes pois ela morreria um ano depois do lançamento do filme. Enfim, deixc aqui a dica dessa comédia realmente divertida e muito engraçada dos anos 80.
Pablo Aluísio.
Título Original: Throw Momma from the Train
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Danny DeVito
Roteiro: Stu Silver
Elenco: Danny DeVito, Billy Crystal, Rob Reiner, Anne Ramsey, Oprah Winfrey, Branford Marsalis, Kim Greist
Sinopse:
Um homem divorciado não aguenta mais a ex-esposa. Um homem que nunca se casou e ainda mora com a mãe, não suporta mais a megera que vive lhe humilhando. Por que eles não decidem resolver o problema um do outro? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Anne Ramsey).
Comentários:
Essa fórmula foi muito usada no passado em livros de Agatha Christie e em filmes de Alfred Hitchcock. A coisa pode se resumir na seguinte frase: "Você mata quem eu quero matar e eu mato quem você quer matar". Com a troca de álibis, todo mundo consegue escapar da cadeia. Cruel demais? Não nesse filme onde tudo é levado no humor, na base da comédia. O elenco está ótimo, em uma sincronia incrível. O projeto foi bem pessoal por parte de Danny DeVito, que dirigiu o filme com enorme prazer. Billy Cristal surge em seu tipo habitual, aquele cara comum que se vê em uma enrascada daquelas. Porém o grande nome desse elenco é a atriz Anne Ramsey. Ela foi inclusive indicada ao Oscar por essa atuação, algo bem raro de acontecer em se tratando de comédias. Ela está excelente como a mãe megera do personagem de Danny DeVito. Ele não aguenta mais a mãe rabugenta e quer encontrar um jeito de se livrar dela. As tentativas de matar a senhora ficaram muito engraçadas. Esse aliás era o tipo de personagem mais comum na carreira de Anne Ramsey. Infelizmente esse seria um de seus últimos filmes pois ela morreria um ano depois do lançamento do filme. Enfim, deixc aqui a dica dessa comédia realmente divertida e muito engraçada dos anos 80.
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de setembro de 2018
LBJ
Não faz muito tempo assisti um filme chamado "Até o Fim" que mostra basicamente a mesma história desse aqui. Ambos focam na figura do presidente Lyndon B. Johnson que após o assassinato do presidente John Kennedy teve que assumir a Casa Branca. Eu não sei exatamente qual seria a razão, mas parece que a bola da vez é mesmo o presidente Johnson, pelo menos no cinema. Pois bem, aqui quem interpreta o político texano é o ator Woody Harrelson. Ele não é nem um pouco parecido com Johnson, porém o departamento de maquiagem do estúdio fez um bom trabalho, pois em certos momentos o ator realmente lembra o antigo presidente. Apenas acredito que sua interpretação acabou sendo um pouco prejudicada com isso. Com toda aquela borracha na cara fica mesmo complicado atuar bem. A boca, por exemplo, pareceu muito artificial, mas nada que atrapalhe o filme como um todo.
O roteiro é bem estruturado. Temos aqui duas linhas temporais. A primeira volta no tempo e mostra em flashback a luta de Johnson em ser candidato a presidência, justamente contra Kennedy. Conforme as prévias vão sendo apuradas ele finalmente percebe que essa disputa está perdida. Assim JFK ganha a indicação do partido democrata à presidência, mas surpreende a todos ao convidar o próprio Johnson para ser seu vice na chapa. Na segunda linha temporal acompanhamos a chegada de Kennedy e Johnson em Dallas, naquele fatídico dia em que o presidente foi assassinado nas ruas da cidade.
Por fim as duas linhas de tempo se encontram, quando enfim LBJ assume a cadeira de presidente. Um aspecto curioso desse filme é que ele coloca mais em evidência a animosidade que existia entre Bob Kennedy e Lyndon B. Johnson. Os dois simplesmente se odiavam. Em minutos finais finalmente o filme tenta resgatar o que de melhor houve na presidência dele, com a luta pela aprovação das primeiras leis de direitos civis contra o preconceito racial no sul racista dos Estados Unidos. Pena que também ameniza o fato que Johnson afundou ainda mais os americanos na lama do Vietnã. De qualquer forma para quem gosta de história eis aqui uma boa dica de filme para assistir.
LBJ (Estados Unidos, 2016) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Joey Hartstone / Elenco: Woody Harrelson, Jennifer Jason Leigh, Bill Pullman, C. Thomas Howell, Michael Stahl-David, Richard Jenkins / Sinopse: O filme explora os acontecimentos após a tragédia de Dallas. Enquanto fazia uma visita à cidade o presidente Kennedy é alvejado em seu carro. Após sua morte a presidência passa para seu vice, Johnson, um político texano turrão e mais conservador.
Pablo Aluísio.
O roteiro é bem estruturado. Temos aqui duas linhas temporais. A primeira volta no tempo e mostra em flashback a luta de Johnson em ser candidato a presidência, justamente contra Kennedy. Conforme as prévias vão sendo apuradas ele finalmente percebe que essa disputa está perdida. Assim JFK ganha a indicação do partido democrata à presidência, mas surpreende a todos ao convidar o próprio Johnson para ser seu vice na chapa. Na segunda linha temporal acompanhamos a chegada de Kennedy e Johnson em Dallas, naquele fatídico dia em que o presidente foi assassinado nas ruas da cidade.
Por fim as duas linhas de tempo se encontram, quando enfim LBJ assume a cadeira de presidente. Um aspecto curioso desse filme é que ele coloca mais em evidência a animosidade que existia entre Bob Kennedy e Lyndon B. Johnson. Os dois simplesmente se odiavam. Em minutos finais finalmente o filme tenta resgatar o que de melhor houve na presidência dele, com a luta pela aprovação das primeiras leis de direitos civis contra o preconceito racial no sul racista dos Estados Unidos. Pena que também ameniza o fato que Johnson afundou ainda mais os americanos na lama do Vietnã. De qualquer forma para quem gosta de história eis aqui uma boa dica de filme para assistir.
LBJ (Estados Unidos, 2016) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Joey Hartstone / Elenco: Woody Harrelson, Jennifer Jason Leigh, Bill Pullman, C. Thomas Howell, Michael Stahl-David, Richard Jenkins / Sinopse: O filme explora os acontecimentos após a tragédia de Dallas. Enquanto fazia uma visita à cidade o presidente Kennedy é alvejado em seu carro. Após sua morte a presidência passa para seu vice, Johnson, um político texano turrão e mais conservador.
Pablo Aluísio.
domingo, 2 de outubro de 2016
Fantasmas do Passado
Título no Brasil: Fantasmas do Passado
Título Original: Ghosts of Mississippi
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Lewis Colick
Elenco: Alec Baldwin, James Woods, Whoopi Goldberg, Virginia Madsen, Craig T. Nelson, William H. Macy
Sinopse:
Trinta anos depois da morte do marido, um líder dos direitos civis no sul dos Estados Unidos, sua viúva Myrlie Evers (Whoopi Goldberg), tenta condenar nos tribunais o assassino, um racista violento e cruel chamado Byron De La Beckwith (James Woods). Para isso ela conta com o apoio do promotor público Bobby DeLaughter (Alec Baldwin) que fará de tudo para condenar o autor do crime. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Outro ótimo filme sobre a questão dos direitos civis dos negros americanos no sul dos Estados Unidos. Essa produção aqui tenta "plastificar" um pouco a questão, tornando tudo um pouco mais "família" para o público médio americano (uma velha característica do cinema de Rob Reiner), mas mesmo assim é certamente um bom filme, muito valorizado por um elenco realmente excepcional e pela bela produção, com ótima reconstituição histórica dos fatos. Perceba que o ator Alec Baldwin ainda se levava muito à sério na época, pois ainda não tinha migrado para a TV para estrelar as séries cômicas que iriam dar um novo rumo para sua carreira. Já a comediante Whoopi Goldberg deixou a comédia de lado, suas personagens espalhafatosas e estridentes, para interpretar um papel dramático, sério e até mesmo comovente. Ela sempre foi muito talentosa e como muitos comediantes de Hollywood se viram realmente prejudicadas ao estrelarem filmes ruins em série (em Hollywood, infelizmente, as comédias costumam ser vistas como produtos de segundo escalão, onde nunca se capricha muito em termos de elenco e produção). O filme acabou sendo indicado (talvez por causa de suas boas intenções) a dois prêmios da Academia. O sempre correto James Woods levou a sua segunda indicação ao Oscar (antes havia sido indicado pelo filme-denúncia "Salvador" em 1986). A outra indicação de "Ghosts of Mississippi" foi técnico, para a equipe de maquiagem. Um trabalho realmente maravilhoso. Então é isso. Mais uma boa reconstituição histórica de um capítulo negro da história americana. Uma marcante lição de história para se aprender, evitando que um dia venha a se repetir.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ghosts of Mississippi
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Lewis Colick
Elenco: Alec Baldwin, James Woods, Whoopi Goldberg, Virginia Madsen, Craig T. Nelson, William H. Macy
Sinopse:
Trinta anos depois da morte do marido, um líder dos direitos civis no sul dos Estados Unidos, sua viúva Myrlie Evers (Whoopi Goldberg), tenta condenar nos tribunais o assassino, um racista violento e cruel chamado Byron De La Beckwith (James Woods). Para isso ela conta com o apoio do promotor público Bobby DeLaughter (Alec Baldwin) que fará de tudo para condenar o autor do crime. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Outro ótimo filme sobre a questão dos direitos civis dos negros americanos no sul dos Estados Unidos. Essa produção aqui tenta "plastificar" um pouco a questão, tornando tudo um pouco mais "família" para o público médio americano (uma velha característica do cinema de Rob Reiner), mas mesmo assim é certamente um bom filme, muito valorizado por um elenco realmente excepcional e pela bela produção, com ótima reconstituição histórica dos fatos. Perceba que o ator Alec Baldwin ainda se levava muito à sério na época, pois ainda não tinha migrado para a TV para estrelar as séries cômicas que iriam dar um novo rumo para sua carreira. Já a comediante Whoopi Goldberg deixou a comédia de lado, suas personagens espalhafatosas e estridentes, para interpretar um papel dramático, sério e até mesmo comovente. Ela sempre foi muito talentosa e como muitos comediantes de Hollywood se viram realmente prejudicadas ao estrelarem filmes ruins em série (em Hollywood, infelizmente, as comédias costumam ser vistas como produtos de segundo escalão, onde nunca se capricha muito em termos de elenco e produção). O filme acabou sendo indicado (talvez por causa de suas boas intenções) a dois prêmios da Academia. O sempre correto James Woods levou a sua segunda indicação ao Oscar (antes havia sido indicado pelo filme-denúncia "Salvador" em 1986). A outra indicação de "Ghosts of Mississippi" foi técnico, para a equipe de maquiagem. Um trabalho realmente maravilhoso. Então é isso. Mais uma boa reconstituição histórica de um capítulo negro da história americana. Uma marcante lição de história para se aprender, evitando que um dia venha a se repetir.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Harry & Sally
Título no Brasil: Harry & Sally - Feitos um Para o Outro
Título Original: When Harry Met Sally...
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher, Bruno Kirby
Sinopse:
Por mero acaso Harry (Billy Crystal) acaba encontrando Sally (Ryan) numa viagem. Eles se conhecem superficialmente do passado. Ela não vai muito com sua cara, pois Harry é expansivo e fala pelos cotovelos. Porém, conforme o tempo passa eles acabam se tornando grandes amigos, numa amizade que vai crescendo conforme as desilusões amorosas de ambos vão se acumulando. Sempre frustrados no amor, eles levam algum tempo para entender que são mesmo feitos um para o outro.
Comentários:
Fazia muitos anos que tinha assistido pela última vez. Então, numa dessas madrugadas da vida, acabei esbarrando no filme. Sem nada para fazer fui revendo sem muito compromisso e então de repente o revi praticamente todo. É uma comédia romântica que ainda mantém seu charme intacto. O roteiro é de fato muito primoroso em explorar a chamada friendzone, a zona limite que separa a amizade do amor. Os dois personagens principais possuem tudo em comum, inclusive gostos pessoais (a cena em que ambos assistem a uma antiga fita de romance na TV enquanto conversam ao telefone mostra bem isso), mas apesar de tudo a favor não conseguem enxergar que sua alma gêmea está bem diante de seu nariz. Billy Crystal se apoia em seu carisma habitual, ora como um sujeito meio inconveniente, ora como um ombro amigo. Meg Ryan está linda, jovem e muito carismática também. É uma pena que a atriz não tenha envelhecido com elegância, pois ao invés de assumir suas marcas do tempo, partiu para uma série de cirurgias plásticas desastrosas que destruiu seu belo rosto. De qualquer maneira "Harry & Sally - Feitos um Para o Outro" resistiu muito bem ao tempo. Sem dúvida deixará muitas saudades de quem o viu na época, em um tempo onde todos eram jovens, bonitos e felizes.
Pablo Aluísio.
Título Original: When Harry Met Sally...
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher, Bruno Kirby
Sinopse:
Por mero acaso Harry (Billy Crystal) acaba encontrando Sally (Ryan) numa viagem. Eles se conhecem superficialmente do passado. Ela não vai muito com sua cara, pois Harry é expansivo e fala pelos cotovelos. Porém, conforme o tempo passa eles acabam se tornando grandes amigos, numa amizade que vai crescendo conforme as desilusões amorosas de ambos vão se acumulando. Sempre frustrados no amor, eles levam algum tempo para entender que são mesmo feitos um para o outro.
Comentários:
Fazia muitos anos que tinha assistido pela última vez. Então, numa dessas madrugadas da vida, acabei esbarrando no filme. Sem nada para fazer fui revendo sem muito compromisso e então de repente o revi praticamente todo. É uma comédia romântica que ainda mantém seu charme intacto. O roteiro é de fato muito primoroso em explorar a chamada friendzone, a zona limite que separa a amizade do amor. Os dois personagens principais possuem tudo em comum, inclusive gostos pessoais (a cena em que ambos assistem a uma antiga fita de romance na TV enquanto conversam ao telefone mostra bem isso), mas apesar de tudo a favor não conseguem enxergar que sua alma gêmea está bem diante de seu nariz. Billy Crystal se apoia em seu carisma habitual, ora como um sujeito meio inconveniente, ora como um ombro amigo. Meg Ryan está linda, jovem e muito carismática também. É uma pena que a atriz não tenha envelhecido com elegância, pois ao invés de assumir suas marcas do tempo, partiu para uma série de cirurgias plásticas desastrosas que destruiu seu belo rosto. De qualquer maneira "Harry & Sally - Feitos um Para o Outro" resistiu muito bem ao tempo. Sem dúvida deixará muitas saudades de quem o viu na época, em um tempo onde todos eram jovens, bonitos e felizes.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de janeiro de 2016
A História de Nós Dois
Esse drama melancólico foi uma tentativa do astro Bruce Willis em ser levado mais a sério como ator. Ao invés de estrelar a centésima continuação da franquia "Duro de Matar" ele preferiu atuar nesse filme bem dramático e sensível que mostra o esfacelamento de um casamento. Após muitos anos de casada Katie Jordan (Michelle Pfeiffer), a esposa de Ben (Bruce Willis), começa a questionar as escolhas que fez no passado. Ela olha para trás e sente uma sensação de que se casou com a pessoa errada, que não o amava tanto quanto pensava e o pior de tudo, que teria desperdiçado grande parte de sua vida tentando fazer funcionar um relacionamento que no fundo não tem grande profundidade. O vazio existencial logo se instala em sua alma. Muitos casais só continuam juntos por causa das pressões sociais ou financeiras, onde não parece haver muito espaço para o amor verdadeiro, que deveria ser o ponto principal em todo relacionamento duradouro.
Esse sentimento de frustração emocional e sentimental é passado para o espectador sem tentativas de amenizar o mal estar reinante entre os personagens principais. Por essa razão a história vai se desenvolvendo de forma pesada, triste e sem esperanças. Uma verdadeira armadilha que parece prender o casal, que no fundo pensa mesmo em acabar com tudo, para procurar quem sabe a verdadeira felicidade, caso ela realmente exista em algum outro lugar. Definitivamente não é um passatempo leve e divertido, mas certamente levanta questões importantes. Um bom filme que vale a pena assistir e quem sabe talvez se identificar.
A História de Nós Dois (The Story of Us, Estados Unidos, 1999) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel, Jessie Nelson / Elenco: Bruce Willis, Michelle Pfeiffer, Colleen Rennison / Sinopse: A história das crises na vida de um casal. Filme vencedor do Santa Barbara International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Rob Reiner).
Pablo Aluísio.
Esse sentimento de frustração emocional e sentimental é passado para o espectador sem tentativas de amenizar o mal estar reinante entre os personagens principais. Por essa razão a história vai se desenvolvendo de forma pesada, triste e sem esperanças. Uma verdadeira armadilha que parece prender o casal, que no fundo pensa mesmo em acabar com tudo, para procurar quem sabe a verdadeira felicidade, caso ela realmente exista em algum outro lugar. Definitivamente não é um passatempo leve e divertido, mas certamente levanta questões importantes. Um bom filme que vale a pena assistir e quem sabe talvez se identificar.
A História de Nós Dois (The Story of Us, Estados Unidos, 1999) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel, Jessie Nelson / Elenco: Bruce Willis, Michelle Pfeiffer, Colleen Rennison / Sinopse: A história das crises na vida de um casal. Filme vencedor do Santa Barbara International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Rob Reiner).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Meu Querido Presidente
A premissa desse filme era até promissora. Michael Douglas interpreta Andrew Shepherd, presidente dos Estados Unidos. Tudo vai bem em sua vida até que ele cai de amores por uma lobista, algo que poderá colocar na berlinda até mesmo sua presidência. O que estraga mesmo nesse "The American President" é o ufanismo de seu roteiro. O presidente interpretado por Michael Douglas é o máximo em integridade moral e ética, um homem tão correto e bondoso que mal parece ser de verdade. Sinceramente... os americanos possuem essa visão meio boba de seus presidentes e isso não é de hoje. Mesmo políticos notoriamente corruptos que ocuparam a Casa Branca ganham uma certa áurea de nobreza! O curioso é que o presidencialismo em si foi criado para ser um contraponto à monarquia, mas o povo americano, sendo herdeiro de certo modo das tradições políticas dos ingleses, acabaram transferindo para o cargo de presidente, mesmo que de forma indireta, um certo sentimento nesse sentido. Assim com tanto ufanismo e falta de realismo o filme de certo modo afunda.
Em termos de elenco todos se mostram corretos, até mesmo Douglas, que demonstra uma impensada elegância em cena. Mesmo que seja complicado de ver Douglas como o chefe do executivo, ainda sim ele consegue convencer a todo momento. Sua atuação fez com que ele até mesmo pensasse seriamente em um dia ser candidato a algum cargo, vejam só vocês! Como é padrão na filmografia do diretor Rob Reiner, você não vai encontrar nada de muito ousado ou instigante no filme. Ele é bem morno mesmo, feito para a família, onde até os supostos pontos dramáticos são amenizados. Mesmo assim, com todo esses pontos fracos, ainda vale uma matinê preguiçosa no sofá. Como se pode perceber tudo não passa de um passatempo bem inofensivo.
Meu Querido Presidente (The American President, Estados Unidos, 1995) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Rob Reiner / Elenco: Michael Douglas, Annette Bening, Martin Sheen, Michael J. Fox, Richard Dreyfuss / Sinopse: O filme mostra a vida de um presidente dos Estados Unidos. Um presidente de pura ficção, é bom salientar. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro em outras cinco categorias, entre elas Melhor Filme - Comédia ou Musical.
Pablo Aluísio.
Em termos de elenco todos se mostram corretos, até mesmo Douglas, que demonstra uma impensada elegância em cena. Mesmo que seja complicado de ver Douglas como o chefe do executivo, ainda sim ele consegue convencer a todo momento. Sua atuação fez com que ele até mesmo pensasse seriamente em um dia ser candidato a algum cargo, vejam só vocês! Como é padrão na filmografia do diretor Rob Reiner, você não vai encontrar nada de muito ousado ou instigante no filme. Ele é bem morno mesmo, feito para a família, onde até os supostos pontos dramáticos são amenizados. Mesmo assim, com todo esses pontos fracos, ainda vale uma matinê preguiçosa no sofá. Como se pode perceber tudo não passa de um passatempo bem inofensivo.
Meu Querido Presidente (The American President, Estados Unidos, 1995) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Rob Reiner / Elenco: Michael Douglas, Annette Bening, Martin Sheen, Michael J. Fox, Richard Dreyfuss / Sinopse: O filme mostra a vida de um presidente dos Estados Unidos. Um presidente de pura ficção, é bom salientar. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro em outras cinco categorias, entre elas Melhor Filme - Comédia ou Musical.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de maio de 2015
O Anjo da Guarda
North (Elijah Wood) é um garoto insatisfeito e frustrado com sua família que resolve partir em busca de uma nova, vivendo inúmeras aventuras enquanto não acha os pais que ele venha a considerar ideais. Esse filme, que não fez sucesso quando foi lançado, resolveu apostar em um tom de fábula. Elijah Wood era apenas um garotinho, mas mostrou muito talento em segurar o filme praticamente sozinho, com eventuais participações de atores famosos, como por exemplo, o astro Bruce Willis, que surge como narrador do enredo.
Esse clima de fantasia que o diretor Rob Reiner quis a todo custo manter não conseguiu agradar a todo mundo, alguns inclusive detestaram, a ponto até do filme ser indicado a várias categorias no Framboesa de Ouro (pior filme, direção, ator, roteiro, etc). Não era para tanto, acredito que o Framboesa tenha vindo em retaliação a Bruce Willis, que vinha em uma época turbulenta com a imprensa, com muitas trocas de acusações e ofensas. De qualquer maneira, se você não conhece a fita e queira arriscar um programa bem diferente deixo aqui a dica. Não posso afirmar que você vai gostar do resultado, mas posso garantir que será algo bem diferente.
O Anjo da Guarda (North, Estados Unidos, 1994) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel / Elenco: Elijah Wood, Bruce Willis, Jason Alexander / Sinopse: Um filme com toques infantis, estrelado pelo astro de ação dos anos 80 Bruce Willis.
Pablo Aluísio.
Esse clima de fantasia que o diretor Rob Reiner quis a todo custo manter não conseguiu agradar a todo mundo, alguns inclusive detestaram, a ponto até do filme ser indicado a várias categorias no Framboesa de Ouro (pior filme, direção, ator, roteiro, etc). Não era para tanto, acredito que o Framboesa tenha vindo em retaliação a Bruce Willis, que vinha em uma época turbulenta com a imprensa, com muitas trocas de acusações e ofensas. De qualquer maneira, se você não conhece a fita e queira arriscar um programa bem diferente deixo aqui a dica. Não posso afirmar que você vai gostar do resultado, mas posso garantir que será algo bem diferente.
O Anjo da Guarda (North, Estados Unidos, 1994) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel / Elenco: Elijah Wood, Bruce Willis, Jason Alexander / Sinopse: Um filme com toques infantis, estrelado pelo astro de ação dos anos 80 Bruce Willis.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Dizem Por Aí...
Título no Brasil: Dizem Por Aí...
Título Original: Rumor Has It...
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Ted Griffin
Elenco: Jennifer Aniston, Mark Ruffalo, Shirley MacLaine, Kevin Costner
Sinopse:
Sarah Huttinger (Jennifer Aniston) é uma garota que descobre por acaso que sua própria família foi a principal fonte de inspiração para o livro e o filme "The Graduate" (A Primeira Noite de um Homem), um clássico do cinema americano dos anos 60. Depois do choque inicial ela decide ir até o fim para descobrir e conhecer todos os envolvidos nessa história.
Comentários:
Pois é, como diz o ditado a vida não está fácil para ninguém... nem para os astros e estrelas do passado. Basta dar uma rápida olhada no elenco dessa comédia romântica para bem entender isso. Shirley MacLaine foi uma das atrizes mais populares dos anos 60. Colecionou prêmios, sucessos e amores. Kevin Costner foi um campeão absoluto de bilheterias no auge de sua carreira. Chegou ao ponto de ganhar os principais prêmios da Academia em obras como "Dança com Lobos". O problema é que Hollywood é uma indústria e como toda atividade comercial o seu passado vale menos do que sua capacidade de gerar lucro. Assim esses dois ícones de ontem viraram coadjuvantes de luxo para estrelinhas de hoje. Quem, em sã consciência, iria dizer que Costner um dia seria uma escada para uma estrelinha de sitcom da TV? Pois é, o mundo dá voltas e esse dia chegou. E o filme em si? Bom, é mais uma comédia romântica que fará a alegria das fãs de Jennifer Aniston! Em poucas palavras: bobinho, inofensivo e despretensioso, tal como o nível cultural de quem adora essa atriz.
Pablo Aluísio.
Título Original: Rumor Has It...
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Ted Griffin
Elenco: Jennifer Aniston, Mark Ruffalo, Shirley MacLaine, Kevin Costner
Sinopse:
Sarah Huttinger (Jennifer Aniston) é uma garota que descobre por acaso que sua própria família foi a principal fonte de inspiração para o livro e o filme "The Graduate" (A Primeira Noite de um Homem), um clássico do cinema americano dos anos 60. Depois do choque inicial ela decide ir até o fim para descobrir e conhecer todos os envolvidos nessa história.
Comentários:
Pois é, como diz o ditado a vida não está fácil para ninguém... nem para os astros e estrelas do passado. Basta dar uma rápida olhada no elenco dessa comédia romântica para bem entender isso. Shirley MacLaine foi uma das atrizes mais populares dos anos 60. Colecionou prêmios, sucessos e amores. Kevin Costner foi um campeão absoluto de bilheterias no auge de sua carreira. Chegou ao ponto de ganhar os principais prêmios da Academia em obras como "Dança com Lobos". O problema é que Hollywood é uma indústria e como toda atividade comercial o seu passado vale menos do que sua capacidade de gerar lucro. Assim esses dois ícones de ontem viraram coadjuvantes de luxo para estrelinhas de hoje. Quem, em sã consciência, iria dizer que Costner um dia seria uma escada para uma estrelinha de sitcom da TV? Pois é, o mundo dá voltas e esse dia chegou. E o filme em si? Bom, é mais uma comédia romântica que fará a alegria das fãs de Jennifer Aniston! Em poucas palavras: bobinho, inofensivo e despretensioso, tal como o nível cultural de quem adora essa atriz.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Harry & Sally - Feitos um Para o Outro
Título no Brasil: Harry & Sally - Feitos um Para o Outro
Título Original: When Harry Met Sally
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Tri Star
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher
Sinopse:
O filme acompanha a amizade de Harry (Billy Crystal) e Sally (Meg Ryan). Passando por vários relacionamentos fracassados eles finalmente entendem após muitos anos que foram realmente feitos um para o outro.
Comentários:
Nas décadas de 80 e 90 a atriz Meg Ryan foi o maior nome das chamadas comédias românticas. Fazendo sempre o mesmo papel, basicamente da namoradinha da América, ela foi colecionando um sucesso após o outro. Bonita e simpática, com aquele jeito de paixão do colégio, ela encantou o público em geral. Um de seus maiores êxitos de bilheteria foi esse simpático “Harry & Sally” que procurava mostrar em seu enredo a amizade de um homem e uma mulher que após longos anos descobrem que são, como diz o título nacional, feitos um para o outro. Não há segredo nesse tipo de argumento. De certa forma o filme mostra que é simplesmente impossível ocorrer uma amizade sincera entre um homem e uma mulher se algum deles se sente atraído pelo outro. Embora muitas mulheres não aceitem esse tipo de pensamento a realidade dos fatos mostra justamente isso. No caso desse filme a atração é sentida desde o início por Harry (Billy Crystal, o eterno apresentador da cerimônia da Academia). Embora ele seja apaixonado por Sally, resolve com medo de perder sua amizade, esconder seus verdadeiros sentimentos. Enquanto Sally vai colecionando um relacionamento fracassado atrás do outro, Harry segue ali ao seu lado, fiel como um cãozinho de estimação. Muita gente obviamente se identificou com o roteiro, que bem escrito, jamais parte para soluções fáceis, realmente desenvolvendo muito bem os personagens principais. É no fundo uma situação até bem comum que acontece no dia a dia de várias pessoas.
O filme foi realizado pelo cineasta Rob Reiner que teve sensibilidade em deixar a estória fluir da forma mais natural possível. De certa forma repete a sensibilidade que já tinha mostrado em “Conta Comigo”, produção nostálgica que encantou a muitos na década de 80, se repete aqui. “Harry & Sally” sempre é lembrado também por causa da famosa cena do orgasmo feminino. Sally (Meg Ryan) resolve demonstrar a Harry (Billy Crystal) como é simples e fácil fingir um orgasmo. Então ali mesmo, na mesa de um restaurante, começa a imitar os sons típicos do que seria uma mulher chegando ao êxtase sexual. Simplesmente hilário e ao mesmo tempo revelador, principalmente para aqueles que pensam que são o supra sumo entre os lençóis. Ah as mulheres e suas armas de sedução! Pobres homens indefesos! Enfim fica a dica de “Harry & Sally”, uma comédia romântica deliciosa que certamente vai agradar não apenas a elas mas a eles também!
Pablo Aluísio.
Título Original: When Harry Met Sally
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Tri Star
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher
Sinopse:
O filme acompanha a amizade de Harry (Billy Crystal) e Sally (Meg Ryan). Passando por vários relacionamentos fracassados eles finalmente entendem após muitos anos que foram realmente feitos um para o outro.
Comentários:
Nas décadas de 80 e 90 a atriz Meg Ryan foi o maior nome das chamadas comédias românticas. Fazendo sempre o mesmo papel, basicamente da namoradinha da América, ela foi colecionando um sucesso após o outro. Bonita e simpática, com aquele jeito de paixão do colégio, ela encantou o público em geral. Um de seus maiores êxitos de bilheteria foi esse simpático “Harry & Sally” que procurava mostrar em seu enredo a amizade de um homem e uma mulher que após longos anos descobrem que são, como diz o título nacional, feitos um para o outro. Não há segredo nesse tipo de argumento. De certa forma o filme mostra que é simplesmente impossível ocorrer uma amizade sincera entre um homem e uma mulher se algum deles se sente atraído pelo outro. Embora muitas mulheres não aceitem esse tipo de pensamento a realidade dos fatos mostra justamente isso. No caso desse filme a atração é sentida desde o início por Harry (Billy Crystal, o eterno apresentador da cerimônia da Academia). Embora ele seja apaixonado por Sally, resolve com medo de perder sua amizade, esconder seus verdadeiros sentimentos. Enquanto Sally vai colecionando um relacionamento fracassado atrás do outro, Harry segue ali ao seu lado, fiel como um cãozinho de estimação. Muita gente obviamente se identificou com o roteiro, que bem escrito, jamais parte para soluções fáceis, realmente desenvolvendo muito bem os personagens principais. É no fundo uma situação até bem comum que acontece no dia a dia de várias pessoas.
O filme foi realizado pelo cineasta Rob Reiner que teve sensibilidade em deixar a estória fluir da forma mais natural possível. De certa forma repete a sensibilidade que já tinha mostrado em “Conta Comigo”, produção nostálgica que encantou a muitos na década de 80, se repete aqui. “Harry & Sally” sempre é lembrado também por causa da famosa cena do orgasmo feminino. Sally (Meg Ryan) resolve demonstrar a Harry (Billy Crystal) como é simples e fácil fingir um orgasmo. Então ali mesmo, na mesa de um restaurante, começa a imitar os sons típicos do que seria uma mulher chegando ao êxtase sexual. Simplesmente hilário e ao mesmo tempo revelador, principalmente para aqueles que pensam que são o supra sumo entre os lençóis. Ah as mulheres e suas armas de sedução! Pobres homens indefesos! Enfim fica a dica de “Harry & Sally”, uma comédia romântica deliciosa que certamente vai agradar não apenas a elas mas a eles também!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
O Lobo de Wall Street
Título no Brasil: O Lobo de Wall Street
Título Original: The Wolf of Wall Street
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Terence Winter, baseado no livro de Jordan Belfort
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Kyle Chandler, Matthew McConaughey, Rob Reiner
Sinopse:
Tudo o que Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) deseja é ficar rico trabalhando no mercado de ações de Wall Street. Seus planos porém vão por água abaixo logo no seu primeiro dia de trabalho, quando a bolsa de Nova Iorque quebra na infame segunda-feira negra. Desempregado e precisando recomeçar ele se une a uma pequena firma de Long Island especializada em vender ações que valem poucos centavos de empresas mixurucas e sem importância. Com sua lábia de vendedor Jordan logo começa a enganar as pessoas mais humildes, ficando rico nesse processo de vender ações sem valor para ignorantes do mercado financeiro.
Comentários:
O novo filme de Scorsese deixa os mafiosos de Nova Iorque de lado para investir em outro tipo de escroque, a dos corretores de ações. O cineasta procura mostrar as armadilhas que podem surgir no caminho de alguém que só pensa em ficar rico a todo custo, desprezando completamente os fatores éticos e humanos de seu "trabalho". Em essência o personagem Jordan Belfort não passa de um enganador, um espertalhão que usa a boa fé das pessoas mais simples e sem cultura para ganhar rios de dinheiro com a ignorância alheia. E ele faz isso sem peso na consciência. Não importa as vítimas de seus golpes, mas sim os bens materiais que ele irá comprar enganando todo mundo. Iates, muitas drogas e até mulheres (sua esposa não passa de um prêmio caro comprado a peso de ouro, como tudo na vida de Belfort) são as coisas que o impulsionam a seguir em frente. O enredo como se vê é bem interessante mas há problemas em sua condução. Em determinado momento de "O Lobo de Wall Street" percebemos que Martin Scorsese está deslumbrado com seu principal personagem. Mesmo quando Jordan age muito mal, como na cena em que tenta dirigir um carro completamente drogado com Quaaludes, o diretor parece adotar uma postura de piada infame, fazendo obviamente o público rir da situação ao invés de ficar horrorizado com tudo o que acontece. Outro ponto que depõe contra Scorsese surge quando ele mostra o sexo, as drogas e a rapinagem de seus personagens de forma extremamente alucinada, exagerada. O próprio Scorsese teve muitos problemas com cocaína em sua vida e nas cenas em que ela surge ele quase desmaia de prazer na direção. O diretor assim perde o bom senso e se confraterniza com a orgia de excessos de Jordan Belfort!
E é justamente esse encantamento e deslumbre com seu personagem que quase coloca tudo a perder. Perceba que Scorsese varreu para debaixo do tapete o drama das pessoas que perderam tudo investindo nas mentiras de Jordan Belfort. Nenhuma delas aparece em cena. Até parece que tudo o que o corretor desonesto fez não prejudicou ninguém. Agindo assim o diretor deu um aval nada sutil para tudo de errado que o personagem interpretado por Leonardo DiCaprio apronta. Ao invés de mostrar os danos causados por esse tipo de gente, o diretor parece consagrá-lo em cada momento. Uma pena. Some-se a isso o excesso de palavrões, de idiotice da turma de Jordan (será que idiotas naquele nível conseguiriam ganhar fortunas no mundo real?) e do prazer em mostrar pessoas se drogando em excesso a todo tempo e você terá um filme que peca justamente por isso, pelo excesso, pela falta de limites. O próprio Jordan Belfort disse recentemente em entrevistas que muito do que se vê na tela nunca aconteceu na vida real (como a estranha competição de arremesso de anões no escritório, por exemplo). Martin Scorsese assim perde a mão e comete um deslize fazendo um filme tão exagerado que acaba se tornando besta, bobo. Além disso não há como negar que do ponto de vista ético esse é o filme mais equivocado do diretor. Martin Scorsese já foi muito mais elegante e sutil no passado mas aqui só consegue se mostrar bem vulgar.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Wolf of Wall Street
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Terence Winter, baseado no livro de Jordan Belfort
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Kyle Chandler, Matthew McConaughey, Rob Reiner
Sinopse:
Tudo o que Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) deseja é ficar rico trabalhando no mercado de ações de Wall Street. Seus planos porém vão por água abaixo logo no seu primeiro dia de trabalho, quando a bolsa de Nova Iorque quebra na infame segunda-feira negra. Desempregado e precisando recomeçar ele se une a uma pequena firma de Long Island especializada em vender ações que valem poucos centavos de empresas mixurucas e sem importância. Com sua lábia de vendedor Jordan logo começa a enganar as pessoas mais humildes, ficando rico nesse processo de vender ações sem valor para ignorantes do mercado financeiro.
Comentários:
O novo filme de Scorsese deixa os mafiosos de Nova Iorque de lado para investir em outro tipo de escroque, a dos corretores de ações. O cineasta procura mostrar as armadilhas que podem surgir no caminho de alguém que só pensa em ficar rico a todo custo, desprezando completamente os fatores éticos e humanos de seu "trabalho". Em essência o personagem Jordan Belfort não passa de um enganador, um espertalhão que usa a boa fé das pessoas mais simples e sem cultura para ganhar rios de dinheiro com a ignorância alheia. E ele faz isso sem peso na consciência. Não importa as vítimas de seus golpes, mas sim os bens materiais que ele irá comprar enganando todo mundo. Iates, muitas drogas e até mulheres (sua esposa não passa de um prêmio caro comprado a peso de ouro, como tudo na vida de Belfort) são as coisas que o impulsionam a seguir em frente. O enredo como se vê é bem interessante mas há problemas em sua condução. Em determinado momento de "O Lobo de Wall Street" percebemos que Martin Scorsese está deslumbrado com seu principal personagem. Mesmo quando Jordan age muito mal, como na cena em que tenta dirigir um carro completamente drogado com Quaaludes, o diretor parece adotar uma postura de piada infame, fazendo obviamente o público rir da situação ao invés de ficar horrorizado com tudo o que acontece. Outro ponto que depõe contra Scorsese surge quando ele mostra o sexo, as drogas e a rapinagem de seus personagens de forma extremamente alucinada, exagerada. O próprio Scorsese teve muitos problemas com cocaína em sua vida e nas cenas em que ela surge ele quase desmaia de prazer na direção. O diretor assim perde o bom senso e se confraterniza com a orgia de excessos de Jordan Belfort!
E é justamente esse encantamento e deslumbre com seu personagem que quase coloca tudo a perder. Perceba que Scorsese varreu para debaixo do tapete o drama das pessoas que perderam tudo investindo nas mentiras de Jordan Belfort. Nenhuma delas aparece em cena. Até parece que tudo o que o corretor desonesto fez não prejudicou ninguém. Agindo assim o diretor deu um aval nada sutil para tudo de errado que o personagem interpretado por Leonardo DiCaprio apronta. Ao invés de mostrar os danos causados por esse tipo de gente, o diretor parece consagrá-lo em cada momento. Uma pena. Some-se a isso o excesso de palavrões, de idiotice da turma de Jordan (será que idiotas naquele nível conseguiriam ganhar fortunas no mundo real?) e do prazer em mostrar pessoas se drogando em excesso a todo tempo e você terá um filme que peca justamente por isso, pelo excesso, pela falta de limites. O próprio Jordan Belfort disse recentemente em entrevistas que muito do que se vê na tela nunca aconteceu na vida real (como a estranha competição de arremesso de anões no escritório, por exemplo). Martin Scorsese assim perde a mão e comete um deslize fazendo um filme tão exagerado que acaba se tornando besta, bobo. Além disso não há como negar que do ponto de vista ético esse é o filme mais equivocado do diretor. Martin Scorsese já foi muito mais elegante e sutil no passado mas aqui só consegue se mostrar bem vulgar.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Conta Comigo
Título no Brasil: Conta Comigo
Título Original: Stand by Me
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Raynold Gideon, baseado no livro de Stephen King
Elenco: Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, River Phoenix, Kiefer Sutherland, Richard Dreyfuss
Sinopse:
Um grupo de garotos decide ir em busca do corpo de um jovem desaparecido. Na jornada acabam se encontrando a si mesmos, com seus pensamentos, planos de vida e sentimentos em relação à amizade, amor e companheirismo. Um retrato sentimental de toda uma geração, captada com grande talento.
Comentários:
Um dos textos mais singulares de Stephen King acabou dando origem a essa pequena obra prima dos anos 80 que hoje em dia soa ainda mais nostálgica do que em seu lançamento original. King, que ficou famoso por causa de seus excelentes livros de terror e suspense, aqui dá um tempo em seus maneirismos literários para dar origem a uma obra até mesmo poética, muito terna e sentimental. O livro "The Body" que deu origem a esse filme "Conta Comigo" não é apenas a narração de um grupo de garotos em busca de um suposto corpo pertencente a um jovem desaparecido mas sim uma alegoria sobre a própria jornada daqueles rapazes que estavam apenas começando essa longa jornada chamada vida. King mostra claro carinho por seus personagens, mostrando e desenvolvendo todos de uma forma até bastante rara em sua obra. Já para o cinéfilo não poderia haver notícia melhor já que o diretor Rob Reiner conseguiu trazer para a tela a poesia juvenil de King. Com elenco muito bacana (cheio de ídolos jovens do cinema dos anos 80) e uma excelente linha narrativa feita pelo ator Richard Dreyfuss como alter ego de King, "Conta Comigo" é uma daquelas películas que você assiste e jamais esquece.
Pablo Aluísio.
Título Original: Stand by Me
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Raynold Gideon, baseado no livro de Stephen King
Elenco: Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, River Phoenix, Kiefer Sutherland, Richard Dreyfuss
Sinopse:
Um grupo de garotos decide ir em busca do corpo de um jovem desaparecido. Na jornada acabam se encontrando a si mesmos, com seus pensamentos, planos de vida e sentimentos em relação à amizade, amor e companheirismo. Um retrato sentimental de toda uma geração, captada com grande talento.
Comentários:
Um dos textos mais singulares de Stephen King acabou dando origem a essa pequena obra prima dos anos 80 que hoje em dia soa ainda mais nostálgica do que em seu lançamento original. King, que ficou famoso por causa de seus excelentes livros de terror e suspense, aqui dá um tempo em seus maneirismos literários para dar origem a uma obra até mesmo poética, muito terna e sentimental. O livro "The Body" que deu origem a esse filme "Conta Comigo" não é apenas a narração de um grupo de garotos em busca de um suposto corpo pertencente a um jovem desaparecido mas sim uma alegoria sobre a própria jornada daqueles rapazes que estavam apenas começando essa longa jornada chamada vida. King mostra claro carinho por seus personagens, mostrando e desenvolvendo todos de uma forma até bastante rara em sua obra. Já para o cinéfilo não poderia haver notícia melhor já que o diretor Rob Reiner conseguiu trazer para a tela a poesia juvenil de King. Com elenco muito bacana (cheio de ídolos jovens do cinema dos anos 80) e uma excelente linha narrativa feita pelo ator Richard Dreyfuss como alter ego de King, "Conta Comigo" é uma daquelas películas que você assiste e jamais esquece.
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de outubro de 2012
Antes de Partir
"Antes de Partir" trata de um tema complicado - a morte - mas procura impor um ritmo de leveza e alto astral. Na trama conhecemos os dois personagens principais, Edward Cole (Jack Nicholson) e Carter Chambers (Morgan Freeman). Ambos estão com doenças terminais e conscientes de que não viverão por muito tempo. Para superar essa triste realidade decidem aproveitar o pouco de vida que lhes restam, fazendo tudo aquilo que sempre quiseram fazer mas que até aquele momento eram apenas planos. Assim o filme se desenvolve, ambos colocam os pés na estrada e vão viver experiências diferentes, realizar velhos sonhos há muito adormecidos. Não precisa nem explicar que o grande atrativo de "Antes de Partir" é seu elenco fantástico. Jack Nicholson e Morgan Freeman são atores consagrados, com extenso currículo de trabalhos maravilhosos e agora se unem nessa que parecia ser uma boa idéia, mostrar dois homens em frente à sua própria mortalidade e a forma como lidam com essa situação extrema.
Infelizmente o filme não consegue deslanchar nesse aspecto. A despeito de estarmos na presença de dois excelentes grandes atores o roteiro simplesmente não consegue lidar com o tema de forma satisfatória. Faltou profundidade, faltou ir até as últimas consequências. O texto parece temer entrar em questões mais profundas, em discutir o que pensam essas duas pessoas que estão no ocaso de suas vidas. Um exemplo disso é a postura religiosa dos personagens. É natural que em um momento delicado desses as pessoas procurem refúgio em algum tipo de crença religiosa mas no filme nada disso é tratado muito a fundo, ficando quase sempre em cima do muro, de maneira bastante artificial. O roteiro parece ter medo de adotar uma atitude adulta sobre a morte. Em vista de tudo isso a sensação final é de que certamente "Antes de Partir" poderia ser um filme bem melhor do que realmente é. Também pudera o diretor Rob Reiner não é certamente conhecido por temas profundos em seus filmes, pelo contrário, tudo parece leve e artificial no que dirige. Essa característica se repete aqui, justamente em um tema que na minha opinião não caberia esse tipo de postura. De qualquer modo ver Nicholson e Freeman se torna um paliativo. É pouco, poderia ser muito mais interessante, mas não significa que necessariamente você perderá seu tempo. Os dois juntos valem pelo menos uma conferida mesmo que o gosto ao final seja de frustração.
Antes de Partir (The Bucket List, Estados Unidos, 2007) Direção: Rob Reiner / Roteiro: John Schwartzman / Elenco: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Rob Morrow, Hugh B. Holub, Alfonso Freeman, Serena Reeder, Ian Anthony Dale, Richard McGonagle, Christopher Stapleton. / Sinopse: Na trama conhecemos os dois personagens principais, Edward Cole (Jack Nicholson) e Carter Chambers (Morgan Freeman). Ambos estão com doenças terminais e conscientes de que não viverão por muito tempo. Para superar essa triste realidade decidem aproveitar o pouco de vida que lhes restam, fazendo tudo aquilo que sempre quiseram fazer mas que até aquele momento eram apenas planos.
Pablo Aluísio.
Infelizmente o filme não consegue deslanchar nesse aspecto. A despeito de estarmos na presença de dois excelentes grandes atores o roteiro simplesmente não consegue lidar com o tema de forma satisfatória. Faltou profundidade, faltou ir até as últimas consequências. O texto parece temer entrar em questões mais profundas, em discutir o que pensam essas duas pessoas que estão no ocaso de suas vidas. Um exemplo disso é a postura religiosa dos personagens. É natural que em um momento delicado desses as pessoas procurem refúgio em algum tipo de crença religiosa mas no filme nada disso é tratado muito a fundo, ficando quase sempre em cima do muro, de maneira bastante artificial. O roteiro parece ter medo de adotar uma atitude adulta sobre a morte. Em vista de tudo isso a sensação final é de que certamente "Antes de Partir" poderia ser um filme bem melhor do que realmente é. Também pudera o diretor Rob Reiner não é certamente conhecido por temas profundos em seus filmes, pelo contrário, tudo parece leve e artificial no que dirige. Essa característica se repete aqui, justamente em um tema que na minha opinião não caberia esse tipo de postura. De qualquer modo ver Nicholson e Freeman se torna um paliativo. É pouco, poderia ser muito mais interessante, mas não significa que necessariamente você perderá seu tempo. Os dois juntos valem pelo menos uma conferida mesmo que o gosto ao final seja de frustração.
Antes de Partir (The Bucket List, Estados Unidos, 2007) Direção: Rob Reiner / Roteiro: John Schwartzman / Elenco: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Rob Morrow, Hugh B. Holub, Alfonso Freeman, Serena Reeder, Ian Anthony Dale, Richard McGonagle, Christopher Stapleton. / Sinopse: Na trama conhecemos os dois personagens principais, Edward Cole (Jack Nicholson) e Carter Chambers (Morgan Freeman). Ambos estão com doenças terminais e conscientes de que não viverão por muito tempo. Para superar essa triste realidade decidem aproveitar o pouco de vida que lhes restam, fazendo tudo aquilo que sempre quiseram fazer mas que até aquele momento eram apenas planos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Questão de Honra
A disciplina militar tem sua própria lógica que muitas vezes não faz o menor sentido fora do ambiente de caserna. Esse é o pano de fundo de "Questão de Honra", uma grande produção da década de 90 que conseguiu reunir três astros em ascensão na época, Jack Nicholson, Tom Cruise e Demi Moore. Depois do relativo fracasso de "Um Sonho Distante" Tom Cruise resolveu apostar em um projeto de sucesso garantido. Aqui ele interpreta um jovem advogado das forças armadas americanas que tenta provar um crime militar ocorrido dentro de uma base aonde um jovem soldado supostamente teria sido morto por seus colegas de farda. Para tanto ousa convocar para depor um coronel casca grossa (brilhantemente interpretado por Nicholson). Sua frase durante o depoimento: "You can't handle the truth!" ("Você não suportaria a verdade!") foi considerada uma das mais marcantes da história recente do cinema americano. Nicholson tinha acabado de ganhar uma verdadeira fortuna com o sucesso do primeiro filme de Batman e estava ali para novamente causar sensação. É curioso ver um ator desse quilate dando um verdadeiro baile em Tom Cruise. Verdade seja dita: Cruise não é páreo para Nicholson em cena. Isso fica bem claro na cena final do depoimento do personagem de Jack. Ele simplesmente destrói Cruise e o cospe fora. Simples assim. .
A única peça no elenco que não parece se encaixar é Demi Moore. Complicado acreditar que ela seja digna de alguma patente militar. Vacilante, sem achar o tom certo de seu papel, ele se refugia apenas em sua beleza e tenta não passar vergonha ao lado do elenco brilhante. É certo que o filme poderia ser menos burocrático e ter um corte menos pesado. O diretor Rob Reiner porém costuma ter mão pesada, confundindo longa duração com qualidade. Isso já havia acontecido com "Conta Comigo". A produção aqui sofre dessa mesma falta de ritmo mas a presença de Nicholson consegue superar o mal estar. O saldo final é positivo, apesar de pontuais problemas. "Questão de Honra" fez sucesso e recebeu várias indicações para as principais premiações, inclusive Oscar e Globo de Ouro. Infelizmente não conseguiu ganhar nada de muito significativo mas pelo menos marcou presença nessas competições. Afinal o que vale é competir.
Questão de Honra (A Few Good Men, Estados Unidos, 1992) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Aaron Sorkin / Elenco: Tom Cruise, Jack Nicholson, Demi Moore, Kevin Bacon, Kiefer Sutherland / Sinopse: Durante um julgamento militar, defesa e acusação tentam esclarecer fatos ocorridos dentro de uma base militar que ocasionaram a morte de um soldado.
Pablo Aluísio.
A única peça no elenco que não parece se encaixar é Demi Moore. Complicado acreditar que ela seja digna de alguma patente militar. Vacilante, sem achar o tom certo de seu papel, ele se refugia apenas em sua beleza e tenta não passar vergonha ao lado do elenco brilhante. É certo que o filme poderia ser menos burocrático e ter um corte menos pesado. O diretor Rob Reiner porém costuma ter mão pesada, confundindo longa duração com qualidade. Isso já havia acontecido com "Conta Comigo". A produção aqui sofre dessa mesma falta de ritmo mas a presença de Nicholson consegue superar o mal estar. O saldo final é positivo, apesar de pontuais problemas. "Questão de Honra" fez sucesso e recebeu várias indicações para as principais premiações, inclusive Oscar e Globo de Ouro. Infelizmente não conseguiu ganhar nada de muito significativo mas pelo menos marcou presença nessas competições. Afinal o que vale é competir.
Questão de Honra (A Few Good Men, Estados Unidos, 1992) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Aaron Sorkin / Elenco: Tom Cruise, Jack Nicholson, Demi Moore, Kevin Bacon, Kiefer Sutherland / Sinopse: Durante um julgamento militar, defesa e acusação tentam esclarecer fatos ocorridos dentro de uma base militar que ocasionaram a morte de um soldado.
Pablo Aluísio.
sábado, 9 de janeiro de 2010
Tiros na Broadway
Título no Brasil: Tiros na Broadway
Título Original: Bullets Over Broadway
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen, Douglas McGrath
Elenco: John Cusack, Dianne Wiest, Jack Warden, Chazz Palminteri, Joe Viterelli, Jennifer Tilly, Rob Reiner, Mary-Louise Parker.
Sinopse:
Nova Iorque, década de 1920. O dramaturgo e escritor David Shayne (John Cusack) é um idealista que não aceita vender a dignidade de sua arte. Sem trabalho e passando por dificuldades acaba porém aceitando o financiamento de um gângster valentão para a produção de uma de suas peças. Para isso há uma condição que o escritor terá que aceitar, a escalação da namorada pouco talentosa do chefe criminoso, Olive (Jennifer Tilly), que terá que ganhar um destaque dentro da encenação.
Comentários:
Arranjar um lugar numa peça para alguém sem qualquer talento. Como se isso não fosse um problema e tanto Shayne ainda tem que lidar com o complicado temperamento de sua estrela principal, Helen Sinclair (Dianne Wiest). No meio de tanta confusão todos são surpreendidos ainda pelo improvável talento para a dramaturgia do grandalhão capanga do chefe mafioso, o truculento Cheech (Chazz Palminteri). Um filme muito querido do diretor por seus fãs. Por essa época Woody Allen pareceu ter flertado com o cinemão americano mais comercial. Seus roteiros mais intelectuais, intimistas, interiores, que discutiam questões existenciais foram deixados de lado para dar mais espaço ao humor, aos figurinos luxuosos e à uma produção bem mais trabalhada. Mesmo assim o diretor conseguiu fazer tudo isso sem deixar de lado sua inteligência, além da fina ironia que sempre o caracterizou. Um Allen excelente!.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bullets Over Broadway
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen, Douglas McGrath
Elenco: John Cusack, Dianne Wiest, Jack Warden, Chazz Palminteri, Joe Viterelli, Jennifer Tilly, Rob Reiner, Mary-Louise Parker.
Sinopse:
Nova Iorque, década de 1920. O dramaturgo e escritor David Shayne (John Cusack) é um idealista que não aceita vender a dignidade de sua arte. Sem trabalho e passando por dificuldades acaba porém aceitando o financiamento de um gângster valentão para a produção de uma de suas peças. Para isso há uma condição que o escritor terá que aceitar, a escalação da namorada pouco talentosa do chefe criminoso, Olive (Jennifer Tilly), que terá que ganhar um destaque dentro da encenação.
Comentários:
Arranjar um lugar numa peça para alguém sem qualquer talento. Como se isso não fosse um problema e tanto Shayne ainda tem que lidar com o complicado temperamento de sua estrela principal, Helen Sinclair (Dianne Wiest). No meio de tanta confusão todos são surpreendidos ainda pelo improvável talento para a dramaturgia do grandalhão capanga do chefe mafioso, o truculento Cheech (Chazz Palminteri). Um filme muito querido do diretor por seus fãs. Por essa época Woody Allen pareceu ter flertado com o cinemão americano mais comercial. Seus roteiros mais intelectuais, intimistas, interiores, que discutiam questões existenciais foram deixados de lado para dar mais espaço ao humor, aos figurinos luxuosos e à uma produção bem mais trabalhada. Mesmo assim o diretor conseguiu fazer tudo isso sem deixar de lado sua inteligência, além da fina ironia que sempre o caracterizou. Um Allen excelente!.
Pablo Aluísio.
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