sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Águias em Alerta

Título no Brasil: Águias em Alerta
Título Original: A Gathering of Eagles
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Delbert Mann
Roteiro: Robert Pirosh, Sy Bartlett
Elenco: Rock Hudson, Rod Taylor, Mary Peach

Sinopse:
O Coronel Jim Caldwell (Rock Hudson) é designado para trabalhar no Comando Aéreo Estratégico dos Estados Unidos, em uma função de extrema importância para a defesa do país. Comandante de uma equipe altamente bem treinada de tripulantes dos poderosos aviões bombardeios B-52 o militar, recém casado, precisa conciliar suas responsabilidades profissionais com sua vida pessoal, algo que não será nada fácil.

Comentários:
Um filme muito curioso que tenta mostrar aspectos do cotidiano e da vida dos militares da força aérea americana bem no meio de um dos períodos mais conturbados da história daquela nação. Em meio a uma guerra fria com a União Soviética, os americanos tentavam levar uma vida normal, conciliando um estado de permanente tensão com suas vidas pessoais. É justamente em cima disso que o roteiro se desenvolve ao mostrar como a vida privada de um militar de alta patente era afetada pelo clima de ansiedade e paranóia que existia na época. Curiosamente a crítica acabou afirmando em seu lançamento que o filme era no fundo um semi-documentário por causa da extrema fidelidade que tentou reproduzir nos mínimos detalhes a vida de um Coronel naqueles anos de cortina de ferro. Há por isso também um certo humor involuntário nas cenas, principalmente quando o personagem de Rock Hudson precisa informar ao comando todos os seus passos, inclusive os mais íntimos. Enfim, uma produção que diverte e instrui em doses exatas.

Pablo Aluísio.

Gestapo

Título no Brasil: Gestapo
Título Original: Night Train to Munich
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Carol Reed
Roteiro: Gordon Wellesley, Sidney Gilliat
Elenco: Margaret Lockwood, Rex Harrison, Paul Henreid

Sinopse:
Após invadir a Tchecoslováquia as tropas nazistas começam a se apoderar do complexo industrial do país. Um homem em especial, o especialista em aço usado em armamentos Axel Bomasch (James Harcourt), logo se torna alvo dos alemães, uma vez que um de seus projetos pode ser usado para reforçar os tanques do Reich. Antes que isso venha acontecer porém Bomasch e sua filha conseguem fugir para a Inglaterra, onde passam a ser monitorados por agentes da Gestapo. O objetivo desses espiões é levar Bomasch de volta para a Alemanha, onde Hitler deseja usá-lo na indústria bélica nazista. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Roteiro Original.

Comentários:
Pequena obra prima dos filmes clássicos de espionagem da década de 1940. O enredo explora os serviços de inteligência da Inglaterra e Alemanha, onde ambos disputam a posse do mesmo homem, um inventor e especialista em materiais blindados. É importante chamar a atenção para o fato de que a produção foi realizada antes da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, por essa razão não existem personagens americanos no roteiro, uma precaução dos estúdios Fox em não despertar uma crise diplomática. Isso porém não impediu o diretor Carol Reed em transformar os alemães em vilões desalmados. De forma muito inovadora o roteiro (que inclusive foi indicado ao Oscar) já trata de temas até então pouco explorados pelo cinema americano como os campos de concentração nazistas, muito embora naquela altura ainda não se sabia exatamente quais atrocidades eram cometidas dentro de suas instalações. Rex Harrison interpreta um agente inglês que ousa ir até a Alemanha disfarçado de um major do eixo. Sua missão é libertar Bomasch e sua filha das garras nazistas numa viagem de trem até Munique (o que acaba dando nome ao filme). No geral "Night Train to Munich" tem de tudo um pouco, suspense, mistério, aventura e até mesmo romance. Para os que apreciam filmes clássicos sobre a guerra é um prato cheio.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A Morte e a Donzela

Um Polanski pouco lembrado. Baseado na peça teatral escrita por Ariel Dorfman o filme não consegue negar em nenhum momento suas origens teatrais. E o que isso significa? Bom, basicamente que você terá pela frente uma história passada praticamente toda entre quatro paredes, com ênfase sobretudo nos diálogos. No enredo Sigourney Weaver interpreta uma ativista política, esposa de um advogado proeminente em um país latino-americano (que nunca é revelado completamente pelo roteiro), que acaba caindo numa armadilha psicológica e física. O roteiro, como não poderia deixar de ser, explora bastante a mente de pessoas que são submetidas a torturas.  Roman Polanski acabou realizando um filme duro, onde os personagens não parecem dispostos a perdoar e nem a serem perdoados.

Da vasta e importante filmografia do diretor esse é, como já escrevi, um momento mais esquecido de sua carreira. Talvez seu viés mais comercial (sim, o filme foi acusado de ser comercial demais, por mais estranho que isso possa parecer!) acabou ofuscando suas próprias qualidades como obra cinematográfica. De minha parte o filme agradou bastante, principalmente pela atuação visceral de Sigourney Weaver, que deixando de lado sua franquia "Aliens" se entregou completamente ao papel. Muito provavelmente seja seu momento mais forte nas telas. A produção foi inteiramente rodada na Europa, em especial com locações na França e na Espanha, haja visto que o diretor não pode colocar seus pés nos Estados Unidos pois pesa contra ele uma condenação por um suposto crime que teria cometido por lá na década de 1970.

A Morte e a Donzela (Death and the Maiden, Estados Unidos, Inglaterra, França, 1994) Direção: Roman Polanski / Roteiro: Rafael Yglesias / Elenco: Sigourney Weaver, Ben Kingsley, Stuart Wilson / Sinopse: Um jogo de vida ou morte entre um homem e uma mulher. Filme indicado ao Independent Spirit Awards, na categoria de Melhor Filme do Ano.

Pablo Aluísio.

Almas Gêmeas

Outro bom filme que pouca gente se lembra. O curioso é que o filme foi dirigido por Peter Jackson, bem no comecinho de sua carreira. Foi de fato a primeira produção cara, com elenco classe A, dirigida por Jackson em Hollywood. Antes disso ele não tinha feito praticamente nada e só havia chamado discretamente a atenção por causa dos estranhos filmes "Trash - Náusea Total" e "Fome Animal" (apreciados apenas pelos fãs do estilo mais podreira). É até surpreendente que um grande estúdio americano tenha apostado suas fichas em um filme como esse, que seria dirigido por um diretor underground e pouco conhecido fora de seu nicho. Apesar de ter praticamente tudo contra Jackson acabou realizando uma bonita obra de arte, muito surrealista e sensorial. "Heavenly Creatures" tem um estilo bem próprio, que mais parece um longo sonho estilizado.

A direção de arte é muito bonita e criativa e o elenco está muito bem, em especial a atriz Kate Winslet, ainda distante do estouro de "Titanic", que seria realizado alguns anos depois. Interessante também citar que o diretor James Cameron optou por ela justamente por causa desse filme, quem diria. Sua personagem tinha um estilo vitoriano de ser, o que acabou convencendo Cameron na escalação de Winslet no papel de Rose DeWitt Bukater. Já Peter Jackson também iria se consagrar nos anos que viriam, principalmente por causa de uma das franquias mais bem sucedidas da história, "The Lord of the Rings", mas claro que isso é uma outra história...

Almas Gêmeas (Heavenly Creatures, Estados Unidos, 1994) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Peter Jackson, Fran Walsh / Elenco: Melanie Lynskey, Kate Winslet, Sarah Peirse / Sinopse: Um estranho elo liga duas almas gêmeas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O Predador

Um grupo de militares comandados pelo experiente Coronel Dutch (Arnold Schwarzenegger) vai até uma floresta da América Central para uma missão e acaba sendo surpreendido pela presença de uma estranha criatura que não parece ser desse mundo. Um filme de ficção que marcou época e que deu origem a uma franquia que até hoje tenta reencontrar o caminho do sucesso que foi alcançado por essa fita. Lançado no auge da popularidade da carreira do ator Arnold Schwarzenegger, "Predator" conseguiu mesclar ficção com ação de uma maneira especialmente bem sucedida. Os efeitos especiais foram considerados revolucionários na época de lançamento (a tal ponto que sua derrota no Oscar foi considerada uma das grandes injustiças da história da Academia).

Schwarzenegger finalmente havia encontrado um rival à altura nas telas, uma criatura alienígena que tinha prazer em caçar e matar seres humanos, arrancando suas espinhas dorsais e seus crânios para usar como meros troféus de caça. O roteiro então procurou tirar ao máximo proveito desse jogo de vida e morte no meio da selva, entre um alien armado com armas desconhecidas dos humanos e um soldado treinado para as mais sangrentas batalhas. Algumas cenas, como a de Arnold Schwarzenegger camuflado com lama, pronto para destruir seu inimigo, se tornaram muito famosas. Some-se a isso a excelente maquiagem do monstro (interpretado pelo gigante Kevin Peter Hall) e você terá em mãos um dos mais divertidos filmes de ação e ficção dos anos 1980. Simplesmente imperdível.

O Predador (Predator, Estados Unidos, 1987) Direção: John McTiernan / Roteiro: Jim Thomas, John Thomas / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Carl Weathers, Kevin Peter Hall, Jesse Ventura / Sinopse: Um grupo de miliares fortemente armados encontram um ser vindo do espaço. E ele é um caçador. E os humanos são sua caça. Filme indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Especiais.

Pablo Aluísio.

Ladyhawke - O Feitiço de Áquila

Um casal de amantes acaba sofrendo uma maldição que os impede de se encontrar pois ambos viram animais selvagens em momentos diferentes do dia. Para quebrar o feitiço agora eles contam com a colaboração de Gaston (Matthew Broderick), um jovem acostumado a aplicar pequenos e grandes golpes por onde passa. Na década de 1980 tivemos uma safra de filmes ótima entre os anos de 1985 e 1986. Se tiver dúvidas procure por qualquer lista de produções lançadas nesses dois anos. Você certamente ficará surpreso com a quantidade de bons filmes lançados nessas duas temporadas. "O Feitiço de Áquila" também faz parte do que de melhor foi feito naqueles anos. Um misto muito bem realizado que combinava um enredo profundamente romântico com o clima de fábulas medievais. O enredo por si só já era muito bem escrito, mostrando a impossibilidade de duas pessoas que se amavam de se encontrar por causa de uma maldição que lhes havia sido imposta. Sob direção do excelente Richard Donner o elenco trazia três ótimos atores como protagonistas.

Poucas vezes Michelle Pfeiffer esteve tão bela como nessa produção. Jovem e com uma pele alva e delicada que só tornou sua personagem ainda mais enigmática, ela aqui encontrou um veículo perfeito para aquele momento em que vivia na carreira. Rutger Hauer havia brilhado em "Blade Runner" e estava em um momento de ascensão na carreira, algo que infelizmente não duraria muitos anos. Contrabalanceando o romantismo reinante entre esses dois atores, surgindo muitas vezes como alívio cômico o cast se completava com um jovem Matthew Broderick! Com todas as peças em seus lugares não é de se admirar portanto que o filme até hoje seja considerado um cult movie dos anos 1980. Romantismo à toda prova.

Ladyhawke - O Feitiço de Áquila (Ladyhawke, Estados Unidos, 1985) Direção: Richard Donner / Roteiro: Edward Khmara / Elenco: Matthew Broderick, Rutger Hauer, Michelle Pfeiffer / Sinopse: O filme conta a história de um amor medieval impossível de se concretizar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som e Melhores Efeitos Sonoros. Vencedor do Saturn Awards (da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films) nas categorias de Melhor Filme - Fantasia e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Adoradores do Diabo

Após a morte supostamente acidental de uma mulher numa cozinha, um médico de Nova Iorque descobre que ela estaria envolvida em uma rede de membros que se reúnem numa seita satânica nos porões da cidade. São fanáticos que promovem sacrifícios humanos com crianças. Para seu desespero também acaba descobrindo que seu filho é um dos alvos. Agora terá que lutar para salvar a criança das mãos dos membros dessa sanguinária seita do diabo. Um bom filme de terror que causou certa sensação em seu lançamento por tratar de um problema que só tem crescido nos últimos anos: a proliferação de seitas que se envolvem em magia negra, matando crianças em sacrifícios terríveis dirigidos para seus supostos deuses do inferno. O roteiro investe numa situação mais intelectual e procura evitar apelar o tempo todo para absurdos sensacionalistas.

Quem acaba se saindo muito bem em cena é o veterano ator Martin Sheen, que empresta todo o seu talento dramático para tornar ainda mais verdadeira a agonia pela qual seu personagem passa. Sempre fui um admirador da obra do cineasta inglês John Schlesinger que no passado dirigiu várias obras primas como por exemplo "Perdidos na Noite" e "Maratona da Morte". Sua sensibilidade cinematográfica apurada acaba trazendo grande força a esse filme que lida com um assunto tão complicado. Vale a indicação para os fãs de filmes de horror que estejam em busca de algo mais diferente do que geralmente se vê no gênero.

Adoradores do Diabo (The Believers, Estados Unidos , 1987) Direção: John Schlesinger / Roteiro: Mark Frost, Nicholas Conde / Elenco: Martin Sheen, Helen Shaver, Harley Cross / Sinopse: Pessoas de má índole se envolvem com cultos ao sobrenatural.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Joe

Depois de ficar alguns anos preso, por ter agredido um policial, Joe (Nicolas Cage) segue com sua vida. Ele mantém um pequeno negócio, onde recruta trabalhadores para envenenar árvores no meio da floresta. A intenção é retirar a mata original para a plantação de pinheiros. É um trabalho duro. Gary (Tye Sheridan) é um jovem desempregado que pede um emprego a Joe. A vida familiar dele é caótica, com sua mãe e irmã oprimidas por seu pai, um sujeito alcoólatra e violento. Tentando ajudar, Joe emprega o rapaz, mal sabendo que isso lhe trará vários problemas no futuro.

Gostei desse filme "Joe". É um dos poucos da recente safra da filmografia do ator Nicolas Cage que realmente vale a pena. Não sei bem a razão, mas Cage entrou em uma fase ruim, trabalhando em produções cada vez piores, algumas com roteiros ridículos. Bom ator certamente ele é, o que faltava era escolher melhor seus projetos. "Joe" é uma pausa muito bem-vinda na mediocridade de sua carreira mais recente. É um bom drama, com personagens interessantes e argumento coeso, que prende a atenção. O protagonista é um homem comum, um trabalhador que tenta ganhar a vida da melhor forma possível.

O diretor David Gordon Green optou por escolher uma narrativa lenta, contemplativa. Nada é muito apressado e o enredo se desenvolve em seu próprio ritmo. A vida de Joe tem muitos problemas, inclusive uma rixa violenta com um sujeito intragável, um bêbado de bar com quem sempre sai na mão quando se encontram. O cenário onde tudo se passa é uma pequena cidadezinha do sul do Texas, com aquele clima de decadência econômica que os americanos do interior conhecem muito bem. A própria atividade de Joe - a de envenenar árvores - é clandestina, pois ele é contratado pelas grandes madeireiras para fazer o serviço sujo, abrindo caminho para elas depois devastarem a floresta. Não é um personagem heroico, muito pelo contrário, é um membro da classe trabalhadora, tentando ganhar a vida. Esse realismo aliás é o grande mérito desse filme.

Joe (Joe, Estados Unidos, 2013) Direção: David Gordon Green / Roteiro: Gary Hawkins, Larry Brown / Elenco: Nicolas Cage, Tye Sheridan, Gary Poulter / Sinopse: Joe (Cage), um ex-condenado, ganha a vida na floresta ao lado de seus contratados. Sua vida muda quando conhece um garoto com problemas familiares. Ao tentar ajudá-lo Joe acaba se envolvendo em uma situação no mínimo delicada e perigosa. Filme premiado pela Austin Film Critics Association e Venice Film Festival na categoria de Melhor Direção.

Pablo Aluísio.

Nosso Fiel Traidor

Um casal em crise decide passar férias no Marrocos para tentar superar os problemas. Casualmente o marido Perry (Ewan McGregor) acaba conhecendo em um restaurante de Marrakech um russo conhecido apenas como Dima (Stellan Skarsgård). Falastrão e boa praça, logo faz amizade com o britânico, o convidando para uma festa, uma balada para a comunidade russa que vive na região. A noite acaba se estendendo além do limite e Perry no dia seguinte precisa se explicar para a esposa, até porque havia mulheres lindas no local. A intenção de Dima em fazer amizade com Perry porém vai muito além da simples amizade. Ele quer que o inglês dê ao serviço secreto de seu país um pen-drive. Acontece que Dima é o encarregado das finanças da máfia russa e quer delatar todos os membros de sua organização em troca de asilo e proteção na Inglaterra. Perry que sempre foi um homem pacato, um mero  professor universitário de poesia, acaba assim entrando em um jogo perigoso, envolvendo mafiosos e políticos corruptos do próprio parlamento britãnico.

Essa é mais uma adaptação da obra do escritor John le Carré para o cinema. Especialista em tramas de espionagem esse autor é um dos mais populares da literatura. De forma em geral considerei apenas um filme mediano. O problema nem é tanto da obra cinematográfica em si, mas sim da própria estória que conta. Quem em sã consciência aceitaria levar arquivos secretos da máfia russa para entregar ao MI6 em seu retorno para a Inglaterra? Esse é apenas um exemplo da falta de veracidade desse enredo. Outros vão surgindo, em situação inverossímeis demais para se ignorar. A única boa atuação do elenco vem por parte do trabalho do ator sueco Stellan Skarsgård. O seu mafioso russo é cheio de vida, um sujeito expansivo que precisa ir embora antes que o novo chefão da máfia o extermine. Ele pensa em sua família, tem receio que todos sejam mortos e vê naquele inglês pacata a chance de ir embora para sempre do mundo do crime. Já Ewan McGregor não está muito bem e isso é culpa do papel que interpreta, a de um marido meio bobão, bonzinho demais para ser crível. Com um penteado esquisito e cara de bobalhão, fica complicado torcer por ele em cena. Damian Lewis como o agente do MI6 se sai melhor, mas não tem o espaço adequado para desenvolver melhor seu personagem. Então é isso. Um filme bom, OK, bem produzido, mas que sofre pela própria trama que apresenta, pouco crível e verossímil.

Nosso Fiel Traidor (Our Kind of Traitor, Inglaterra, França, 2016) Direção: Susanna White / Roteiro: Hossein Amini, baseado na obra de John le Carré / Elenco: Ewan McGregor, Stellan Skarsgård, Damian Lewis, Naomie Harris, Grigoriy Dobrygin / Sinopse: Casal inglês decide ajudar mafioso russo a entregar provas para o serviço secreto inglês, se envolvendo em uma complexa rede de crime e espionagem.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de novembro de 2016

Operação Anthropoid

Em 1942, no auge da II Guerra Mundial, o governo inglês e os líderes da resistência tcheca em Londres enviaram um grupo de paraquedistas para Praga. Eles pularam além das linhas inimigas, bem no meio da floresta, e depois foram para a cidade com uma missão específica: localizar e assassinar o General Reinhard Heydrich, o terceiro homem na hierarquia do III Reich alemão, abaixo apenas de Hitler e Heinrich Himmler, o todo poderoso líder das tropas SS. Reinhard Heydrich era um nazista fanático, que ficou conhecido como o "açougueiro de Praga", por causa de seus crimes. Ele era  um criminoso de guerra capaz das maiores atrocidades, como matar homens, mulheres e crianças inocentes, apenas para provar sua autoridade diante de uma nação ocupada e barbarizada por suas tropas. Assim o General era um grande troféu para os membros da resistência contra a invasão nazista naquela nação. A missão de matar esse militar, que acabou não sendo executada com tanta perfeição, é o ponto central do roteiro desse filme.

Desnecessário dizer que se você gosta de filmes de guerra esse é certamente um dos temas mais interessantes da II Guerra. Bem conhecido de estudiosos do período. Tudo é baseado em fatos históricos reais, ideal para quem gosta da história desse conflito. Com excelente reconstituição histórica, boa produção (o filme foi produzido pelos estúdios Universal), o roteiro procura ser o mais fiel possível aos acontecimentos. Um aspecto periférico que a história mostra, que é bem importante citar, é o papel importante desempenhado pelos membros da Igreja Católica contra a expansão nazista na Europa durante aquela época tenebrosa. Bem ao contrário de certas cartilhas marxistas que caluniam a Igreja, tentando convencer a todos que foi justamente o contrário do que efetivamente aconteceu. Aliás é dentro de uma Igreja em Praga que acontece a melhor cena de todo o filme, em clímax completamente violento e insano. O elenco é formado por jovens atores, sendo o nome mais conhecido o de Cillian Murphy. Todos bem empenhados em homenagear seus personagens, que são considerados heróis até hoje pelo povo da atual República Checa. Um dos países mais belos do mundo, tão rico em história e cultura, acabou sendo também uma das primeiras vítimas de um regime atroz. No final das contas a única crítica maior que teria a fazer sobre o roteiro desse filme vem do fato dele se concentrar apenas no lado dos membros da resistência. Os roteiristas esqueceram de certa maneira de desenvolver o lado nazista da história, mostrando as atrocidades do General Heydrich. Isso teria mostrado ainda mais a urgência de toda a operação para matá-lo. No mais é com certeza um excelente filme, bem valorizado pela história edificante que conta. Está assim mais do que bem recomendado.

Operação Anthropoid (Inglaterra, França, República Checa, Estados Unidos, 2016) Direção: Sean Ellis / Roteiro: Sean Ellis, Anthony Frewin / Elenco: Cillian Murphy, Toby Jones, Jamie Dornan, Charlotte Le Bon, Anna Geislerová / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme mostra os preparativos para a operação Anthropoid, que tinha como objetivo o assassinato do General e líder nazista Reinhard Heydrich.

Pablo Aluísio.

O Contador

Na infância Christian Wolff (Ben Affleck) foi diagnosticado como portador de uma das espécies mais raras de autismo. Seu pai, um militar linha dura, o treinou para controlar esse problema, evitando assim que ele fosse explorado por causa de seu transtorno. O objetivo era garantir uma vida normal para o garoto no futuro. Como se sabe pessoas autistas apresentam grandes problemas em relacionamentos sociais, porém são extremamente habilidosas para lidar com números, estatísticas, listas, etc. Assim Wolff acaba se tornando um auditor contábil dos mais eficientes em seu ramo profissional. Inicialmente ele começa trabalhando para grupos criminosos, extremamente perigosos e letais, entre eles a máfia italiana em Nova Iorque. Sua racionalidade acima da média o faz sobreviver nesse submundo. Suas atividades porém chamam a atenção do governo americano que resolve descobrir sua identidade. Enquanto não é descoberto, Wolff aceita mais um serviço, em uma empresa especializada em robótica e próteses para deficientes físicos.

Lá descobre um grande desfalque, um desvio de 60 milhões de dólares nas contas. Um dos sócios desviou toda essa fortuna, embolsando o dinheiro para si. A descoberta acaba em tragédia e a auditoria fica pelo meio do caminho, mas Wolff, sem saber, acaba entrando em uma armadilha mortal. Ele precisa salvar não apenas sua vida, mas também a da jovem contadora da empresa, a primeira a descobrir o rombo milionário nas contas corporativas. Eu achei bem interessante esse "O Contador". A premissa realmente é das melhores. Ter um protagonista autista já é um diferencial e tanto. Agora colocá-lo como um sujeito extremamente treinado e preparado para sobreviver até nas mais estressantes e violentas ações já achei um pouco além da conta. Em minha concepção o filme funciona muito bem até mais ou menos sua metade. Somos apresentados ao personagem de Ben Affleck, descobrimos que ele é autista, que tem problemas e transtornos mentais, etc. Tudo muito interessante. Depois que ele vira uma espécie de Rambo indestrutível o filme decai muito. O roteiro perde parte de sua graça ao explorar uma série de cenas de ação. Acho que não era bem por aí. O roteiro se tivesse focado mais no lado cerebral da trama teria sido bem melhor. De qualquer forma ainda está valendo. Não é uma obra prima, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser um pouco diferente, fugindo em parte do lugar comum.

O Contador (The Accountant, Estados Unidos, 2016) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Bill Dubuque / Elenco: Ben Affleck, Anna Kendrick, J.K. Simmons, John Lithgow / Sinopse: Christian Wolff (Ben Affleck) é um auditor contábil, com problemas de autismo, que precisa sobreviver a inimigos do passado e do presente. Ele, com os anos, se tornou um arquivo vivo que precisa ser eliminado de todas as formas possíveis.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de novembro de 2016

Jack Reacher: Sem Retorno

Jack Reacher (Tom Cruise) é um ex-major do exército americano que vaga pelo país em busca de algum propósito para sua vida. Ao entrar em contato com uma militar baseada em Washington DC ele acaba simpatizando com ela. Surge um flerte casual entre ambos. Sem pensar muito Jack resolve ir até a capital do país para conhecê-la pessoalmente. Quem sabe ele não consegue um encontro ou algo assim. Quando chega lá acaba descobrindo que ela está presa, acusada de espionagem! Completamente surpreso, Reacher acredita que pode haver algo por trás de sua prisão. Ela provavelmente está sendo usada como bode expiatório, principalmente após ter descoberto um caso envolvendo crimes militares em uma base no Afeganistão. Tudo leva a crer que um carregamento de armas dado como desaparecido, foi vendido no mercado negro de tráfico internacional de armas. Ao começar a investigar o próprio Reacher porém se torna alvo de suspeitas de envolvimento com espionagem e traição ao país, tendo que fugir para sobreviver.

Segundo filme estrelado por Tom Cruise no papel do ex-militar Jack Reacher. Essa é uma nova franquia no qual o ator anda apostando suas fichas. Ele não apenas atua como também produz o filme. Os direitos dos livros foram comprados por ele, ou seja, é um projeto pessoal do próprio Cruise. O problema é que o filme, apesar de ser bem realizado, não foge muito da velha fórmula desgastada dos filmes de ação. Há uma pequena trama, de fácil entendimento por trás, que serve de pretexto para cenas e mais cenas de perseguição, tiroteios e coisas do gênero. Logo se torna cansativo pela repetição e falta de novas ideias. O primeiro filme também tinha esses mesmos defeitos, mas até que me agradou por ser mais objetivo. Esse aqui peca por trazer uma personagem bem irritante e inútil para o roteiro, uma adolescente que supostamente seria a filha de Reacher. A garota só serve para ficar aborrecendo o tempo todo o casal fugitivo - e de quebra enche a paciência também do espectador. Aborrescentes deveriam ficar fora desse tipo de filme. Outro defeito é a velha mania que alguns roteiros americanos apresentam de ofender a inteligência do público. Em determinada cena, por exemplo, Cruise e sua colega conseguem fugir de uma prisão militar do exército de alta segurança sem grandes problemas. Sinceramente, momentos como esse ultrapassam qualquer sinal de bom senso. Enfim, um filme apenas mediano que parece melhor do que realmente é por causa da massiva campanha de marketing utilizada em seu lançamento.

Jack Reacher: Sem Retorno (Jack Reacher: Never Go Back, Estados Unidos, 2016) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Richard Wenk, Edward Zwick / Elenco: Tom Cruise, Cobie Smulders, Aldis Hodge / Sinopse: Jack Reacher (Tom Cruise) é um ex-major do exército americano que acaba sendo envolvido em uma falsa acusação de espionagem de uma colega de farda. Assim ele tenta escapar da prisão (e provavelmente da morte) enquanto tenta desvendar a conspiração que existe por trás de tudo.

Pablo Aluísio.

O Encontro

Richard Gere foi um dos mais populares galãs de Hollywood. Curiosamente quando seus cabelos começaram a ficar grisalhos ele não morreu como ator, como era de se supor em relação a um galã. Pelo contrário, ele assumiu a idade e começou a estrelar uma série de filmes bem interessantes, alguns bem mais relevantes do que os que ele fazia quando era apenas um rostinho bonito em Hollywood. Esse "O Encontro", devo confessar, é um dos filmes  mais humanos de sua filmografia. Gere interpreta George, um sem-teto que vaga por uma Nova Iorque cosmopolita e desalmada. Ele não tem trabalho, meios de sobreviver e nem onde ficar. Está velho e com sinais de desequilíbrio mental. Despejado de um velho apartamento caindo aos pedaços, que ele diz ser de uma amiga (possivelmente imaginária), ele acaba indo parar no lugar para onde vão todos os pobres e esquecidos da América: a rua!

E no mundo selvagem dos chamados homeless ele precisa viver a cada dia. Sem ter onde dormir procura por abrigos, muitas vezes perigosos. Vivendo da caridade alheia acaba vendendo peças de sua própria roupa para comprar bebidas alcoólicas - um velho mal que atinge muitos moradores de rua. O passado ficou para trás. Sua esposa morreu precocemente de câncer de mama e após perder o emprego, sua casa e praticamente toda a vida, acabou se tornando uma pessoa invisível, que anda pelas ruas da grande metrópole sendo ignorado pelos apressados moradores que viram o rosto sem cerimônia para a pobreza e a miséria de sua sociedade. Sua única ligação com a vida que tinha é sua filha, que trabalha como bartender em um bar de periferia. Ele tenta uma reaproximação, mas tudo é muito difícil. Ela tem mágoas por ele não ter segurado a barra quando a esposa morreu. Velhas feridas e traumas familiares que custam a cicatrizar. Gere poucas vezes esteve tão bem. Ele leva o espectador para o mundo dos que não possuem mais nada, muitas vezes, nem ao menos esperança. O clima do filme é triste de uma maneira em geral, porém a cena final, com uma clara mensagem de redenção ao seu próprio modo, nos deixam pelo menos com um pequeno e tímido sorriso nos lábios. Afinal, nesse mundo tão injusto, nem tudo está irremediavelmente perdido.

O Encontro (Time Out of Mind, Estados Unidos, 2014) Direção: Oren Moverman / Roteiro: Oren Moverman, Jeffrey Caine / Elenco: Richard Gere, Ben Vereen, Jena Malone, Steve Buscemi, Jeremy Strong, Kyra Sedgwick / Sinopse: George (Richard Gere) é um sem-teto que tenta novamente se aproximar de sua filha, que o detesta e o odeia por causa de traumas familiares do passado. Filme premiado pelo Toronto International Film Festival.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A Série Divergente - Convergente

Título no Brasil: A Série Divergente - Convergente
Título Original: Allegiant
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Robert Schwentke
Roteiro: Noah Oppenheim, Adam Cooper
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Jeff Daniels, Octavia Spencer, Naomi Watts
  
Sinopse:
Após a vitória dos rebeldes divergentes sobe ao poder Evelyn (Naomi Watts), que começa a tomar atitudes tirânicas, com execuções sumárias de inimigos e prisões arbitrárias. Cansada de tudo Tris (Shailene Woodley) decide explorar ao lado de seus amigos o mundo além dos muros da cidade, o que acaba revelando algo que ela nem sonhara existir.

Comentários:
Terceiro filme da saga Divergente. Depois do segundo filme, que foi bem mais ou menos, eu nem ia assistir esse terceiro filme, porém como diz o ditado se começou algo, termine. Assim resolvi conferir. É a tal coisa, a escritora Veronica Roth que escreveu os livros originais parece ter caído naquela velha armadilha de dar voltas sobre si mesma. No segundo filme tudo parecia resolvido, a trama tinha chegado ao fim, os rebeldes venceram os tiranos, mas... eis que tudo volta para a estaca zero. Uma vez no poder os revolucionários logo se tornam tão tirânicos como o regime anterior, sendo que não há outro caminho a seguir a não ser... uma nova guerra! Em poucas palavras: cansativo! Ok, estamos aqui na presença de um produto teen, feito para adolescentes, mas um pouquinho de criatividade ou inovação cairia muito bem. Voltar a contar a mesma estória de novo me soa uma grande picaretagem por parte dessa escritora. Deixando isso de lado devo dizer que até gostei da produção em geral. 

O filme tem bons efeitos visuais - mais do que os dois anteriores - e uma boa direção de arte. Só peca mesmo pelo roteiro, já que o livro original nunca fez muito sentido. Falando sinceramente essa trama é bem confusa, mal desenvolvida, sempre apelando para clichês de todos os tipos. De uma maneira ou outra, o fato é que essa terceira parte foi mal recebida por parte do público e crítica, o que fez com que a quarta parte no cinema fosse cancelada! (sim, as coisas ainda iriam em frente!). O estúdio porém resolveu que os fãs não ficarão sem o quarto filme, mas esse será produzido para ser exibido apenas na TV, em ritmo de orçamento modesto. Além disso o elenco original será todo substituído. A atriz Shailene Woodley (que inclusive foi presa recentemente nos EUA) está fora da quarta parte. Nada de gastos excessivos. A ordem agora é fazer um filme final, para encerrar o ciclo, porém sem gastar muito. Melhor assim, pois será mais fácil ignorar. A conclusão de tudo é simples: a série Divergente não terá mais futuro no cinema. Já era tempo. The End.

Pablo Aluísio.

A Qualquer Custo

Ótimo filme! No enredo temos dois irmãos que se encontram após muitos anos por causa do falecimento de sua mãe. Ela morreu pobre e endividada, por causa de uma hipoteca feita para salvar seu rancho. O irmão mais velho Tanner (Ben Foster) passou muitos anos preso. De volta à liberdade acaba convencendo seu irmão mais jovem, Toby (Chris Pine), a realizar uma série de assaltos em pequenas agências bancárias de cidadezinhas perdidas no oeste do Texas. A ideia é roubar o dinheiro necessário para pagar a hipoteca do rancho da mãe, evitando assim que o banco fique com a propriedade. Após os primeiros assaltos entram em cena dois policiais veteranos. O xerife Marcus (Jeff Bridges) é um velho homem da lei, prestes a se aposentar. Seu parceiro, o mestiço Alberto (Gil Birmingham), é um excelente policial, com muita experiência em campo. O segredo para prender os dois ladrões de bancos é antecipar seus próximos crimes. Descobrir onde eles atacarão em seguida. Para isso os tiras procuram descobrir qual será a próxima agência a ser roubada. Inicia-se assim uma verdadeira caçada humana no meio da imensidão do Texas.

De certa forma esse novo filme estrelado pelo sempre ótimo Jeff Bridges é uma espécie de faroeste moderno, passado no oeste americano da atualidade. Todos os personagens são bem desenvolvidos e o filme conta com um excelente roteiro. Os dois irmãos criminosos são apresentados como pessoas comuns, que tentam sobreviver de alguma forma. O excelente ator Ben Foster interpreta o irmão mais velho, ex-presidiário, que gosta do que faz, dos crimes que comete. Ele parece adorar a adrenalina da perseguição policial, do perigo em se entrar em um banco com armas na mão anunciando um assalto. Seu irmão mais jovem, interpretado pelo ator Chris Pine (sim, o Capitão Kirk da nova franquia "Star Trek") faz o sujeito com ficha limpa que embarca nos planos alucinados de seu mano. O destaque porém vai para a ótima atuação de Bridges como o velho xerife. Experiente, com um sotaque todo característico da região, onde palavras são confundidas com resmungos ranzinzas, ele passa o filme inteiro trocando farpas com seu parceiro. Sendo ele um policial com origem mexicana, isso acaba rendendo ótimos momentos de humor, sem qualquer intenção de ser ofensivo, sendo apenas divertido. O filme tem um clímax muito bom, que me lembrou inclusive de velhos filmes de western, onde bandidos e mocinhos se enfrentam nas ingremes montanhas texanas. Um filme realmente muito bom, valorizado sobretudo por causa desse teor nostálgico de seu roteiro. Mais do que recomendado.

A Qualquer Custo (Hell or High Water, Estados Unidos, 2016) Direção: David Mackenzie / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Jeff Bridges, Ben Foster, Chris Pine, Gil Birmingham  / Sinopse: Uma dupla de policiais veteranos caça dois irmãos, assaltantes de bancos, no oeste texano. Tentando antecipar onde os próximos crimes serão cometidos, eles montam uma tocaia para aprisionar os criminosos. Filme indicado ao Cannes Film Festival.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Doutor Estranho

Como não sou leitor de quadrinhos pouco sabia sobre esse personagem da Marvel chamado Dr. Estranho. Fazendo uma rápida pesquisa vi que ele foi criado em 1963 por Stan Lee. Provavelmente nessa época Lee criava um personagem novo por semana, tamanha a galeria de heróis que compõem sua coleção de criações para os quadrinhos. Para fugir um pouco do normal Lee resolveu ambientar as aventuras do Dr. Estranho em um mundo paralelo, uma outra dimensão. Por isso o aspecto psicodélico de suas histórias. Na procura por algo diferente realmente ele criou um herói sui generis, nada convencional! Como esse é o primeiro filme do que promete ser uma nova série cinematográfica (já que a produção fez sucesso, ficando duas semanas no topo entre as maiores bilheterias dos Estados Unidos), o roteiro precisou se preocupar em apresentar o personagem para um novo público que não o conhecia (grupo do qual eu mesmo faço parte).

Assim somos apresentados a esse neurocirurgião arrogante e egocêntrico chamado Dr. Stephen Strange. Ele se considera o ápice de sua área, sempre procurando por desafios. Tudo muda quando sofre um sério acidente de carro e perde parte dos movimentos de suas mãos, algo essencial para um cirurgião. Desesperado por perder a capacidade de trabalho ele resolve apelar para tudo, até mesmo para uma suposta cura que pode encontrar no outro lado do mundo, no distante e frio Nepal. Lá conhece uma mestre em misticismo que acaba o levando para uma realidade que ele jamais sonhara existir. O filme não deixa de ser interessante, inclusive em seu visual. Com efeitos especiais que lembram muito "A Origem", aquela ficção com Leonardo DiCaprio, esse "Dr. Estranho" mostra um mundo místico, espiritual, onde forças do bem e do mal se enfrentam. Justamente nisso reside o maior problema desse enredo, em minha visão. Dr. Estranho é bem diferente em sua formação, mas o enredo não foge muito do que se vê em filmes com os vingadores, por exemplo. No fundo é praticamente a mesma coisa - um ser muito poderoso, conquistador de mundos, ameaça o planeta e Strange tenta defender a humanidade. Nesse aspecto o roteiro se mostra banal. Mesmo assim, sem muitas novidades em termos de enredo, o filme ainda vale a pena. O ator Benedict Cumberbatch (da série Sherlock) finalmente tem a chance de ter seu próprio filme de sucesso nos cinemas. Já estava na hora disso acontecer.

Doutor Estranho (Doctor Strange, Estados Unidos, 2016) Direção: Scott Derrickson / Roteiro: Jon Spaihts, Scott Derrickson / Elenco: Benedict Cumberbatch, Tilda Swinton, Rachel McAdams, Mads Mikkelsen, Chiwetel Ejiofor / Sinopse: Neurocirurgião tenta se recuperar de um acidente de carro usando para isso os mistérios de um milenar conhecimento místico do oriente. Assim acaba descobrindo uma dimensão que jamais imaginara existir.

Pablo Aluísio.

A Conexão Francesa

Há muitos pontos em comum entre esse "A Conexão Francesa" e "Operação França", o clássico. O contexto histórico é praticamente o mesmo. O filme se passa na década de 1970, em Marselha, no Sul da França. É nessa região que se forma uma extensa rede criminosa cujo maior objetivo é traficar para os Estados Unidos uma imensa quantidade de heroína, a droga letal injetável. Em pouco tempo a cidade acaba se tornando a principal exportadora da droga, envolvendo políticos, policiais e membros do governo. Com tudo corrompido ficaria realmente complicado deter o avanço do tráfico internacional, até que um juiz, Pierre Michel (Jean Dujardin), resolve enfrentar a questão de frente. Durante anos a polícia da cidade jamais conseguiu chegar no líder da conexão francesa (nome dado para a quadrilha), justamente por contar com integrantes do governo corrupto. O juiz Pierre Michel então forma uma aliança com os poucos policiais honestos da cidade e começa a prender os criminosos, gente miúda, que começa a revelar os nomes de seus comandantes.

É curioso esse roteiro porque é baseado em fatos reais. Não conheço a fundo o sistema judiciário francês, mas me deixou perplexo o fato de um magistrado se tornar praticamente um investigador, atuando ao lado dos policiais, procurando conseguir provas por todos os meios, legais e ilegais. No sistema judiciário brasileiro isso não seria possível pois o juiz jamais pode se tornar uma figura policial, completamente parcial nos processos em que irá atuar. Uma distância segura das investigações garante essa imparcialidade. Deixando de lado essas peculiaridades jurídicas, esse é de fato um bom filme. Toda a trama é desenvolvida muito bem, mostrando inclusive a vida pessoal não apenas do juiz Pierre Michel, como também de seu antagonista, o chefe da operação do crime organizado atuando em Marselha, Gaëtan 'Tany' Zampa (Gilles Lellouche). Como eu disse, uma boa opção seria assistir aos dois filmes da saga "Operação França" e depois esse "A Conexão Francesa", pois são enredos que se completam entre si.

A Conexão Francesa (La French, França, 2014) Direção: Cédric Jimenez / Roteiro: Audrey Diwan, Cédric Jimenez / Elenco: Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Céline Sallette / Sinopse: Juiz íntegro e honesto começa a desbaratar uma quadrilha especializada em tráfico internacional de heroína para os Estados Unidos. Filme indicado ao César Awards, o Oscar francês, nas categorias de Melhor Design de Produção e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Versões de um Crime

O ator Keanu Reeves interpreta um jovem advogado de defesa que precisa defender um adolescente acusado de matar seu próprio pai. Supostamente ao ver sua mãe sendo agredida e abusada por ele não pensou duas vezes e, em um ataque de fúria, o matou com uma faca, a sangue frio. Mesmo sendo menor de idade ele acaba indo a julgamento no tribunal do júri como adulto por causa da brutalidade do crime. Acontece que Reeves conhece toda a família do acusado, foi inclusive muito próximo ao pai assassinado (que também era um advogado bem sucedido) e precisa encontrar forças para ao menos tentar salvar o garoto acusado de assassinato da pena máxima, a pena de morte. O que temos aqui é um drama de tribunal como aqueles antigos filmes dos anos 1970 cujos roteiros discutiam os limites entre a lei, a justiça e a verdade. O advogado protagonista do filme se vê em uma situação delicada, ainda mais quando vai supostamente chegando mais próximo da verdade, conforme o julgamento avança. Como era de se esperar temos aqui um roteiro com muitas reviravoltas, algumas bem criadas, outras soando forçadas. No geral porém é um roteiro que ao menos tenta manipular no bom sentido o espectador, tudo em nome da diversão, indo de um lado para o outro da verdade. Aquele público que gosta de desvendar mistérios certamente vai curtir as várias nuances desse roteiro. Prestar atenção em tudo o que acontece em cena se torna assim essencial.

Esse é apenas o segundo filme da diretora, nascida em Memphis, Courtney Hunt. Apesar da sua pouca experiência é de se reconhecer que seu primeiro filme "Rio Congelado" é muito bom, um drama humano sobre as pessoas pobres que vivem em estados em crise econômica dos Estados Unidos. Aqui ela mudou radicalmente seu foco, deixando a denúncia social para realizar um filme mais convencional em sua estrutura. A boa notícia é que a diretora conseguiu realizar um bom filme. A produção não é excelente, ficando na média de, digamos, um telefilme bem produzido. Não há grandes cenas bem elaboradas com bonita fotografia, mas a força do roteiro acaba compensando esse tipo de coisa. Em termos de elenco até que gostei da atuação de Keanu Reeves, logo ele que sempre costuma ser tão criticado. Esse filme porém me chamou muito a atenção pois foi o primeiro que assisti de Renée Zellweger após sua tão falada cirurgia plástica. Levei até um certo tempo para reconhecê-la pois realmente virou uma outra pessoa de tão diferente que está. Aquela graciosidade texana de seus filmes antigos ficaram definitivamente no passado. Não gostei de seu visual. Realmente mais uma bela atriz que obcecada pela juventude eterna acabou estragando sua beleza. Uma pena.

Versões de um Crime (The Whole Truth, Estados Unidos, 2016) Direção: Courtney Hunt / Roteiro: Courtney Hunt / Elenco: Keanu Reeves, Renée Zellweger, Jim Belushi, Gugu Mbatha-Raw, Gabriel Basso / Sinopse: O jovem advogado Ramsey (Reeves) precisa livrar o garoto Mike (Basso) da acusação de ter matado seu próprio pai durante uma briga, algo que definitivamente não será nada fácil pois não faltam provas de sua autoria nesse crime chocante.

Pablo Aluísio.

Quando as Luzes se Apagam

Título no Brasil: Quando as Luzes se Apagam
Título Original: Lights Out
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: David F. Sandberg
Roteiro: Eric Heisserer, David F. Sandberg
Elenco: Teresa Palmer, Gabriel Bateman, Maria Bello
  
Sinopse:
A infância e juventude de Rebecca (Teresa Palmer) não foram fáceis. Sua mãe tinha problemas mentais e alegava ver e conviver com uma estranha criatura sobrenatural que surgia nas sombras de sua casa. As coisas pioraram quando Rebecca também começou a ver a assombração chamada Diana. Agora, passados muitos anos, ela precisa proteger seu jovem irmão Martin (Gabriel Bateman) pois Diana parece estar muito interessado nele. Como combater algo assim, sobrenatural? Procurando por respostas Rebecca descobre que Diana foi uma jovem com uma rara doença que no passado morreu de forma trágica. Agora é necessário combater sua ligação com sua família.

Comentários:

Esse filme de terror até tem boas ideias. A premissa de uma criatura que surge apenas nas trevas (e que desaparece assim que as luzes são acessas) até que funciona bem. O problema básico desse roteiro é que ele não valoriza o suspense. Assim em pouco tempo o espectador logo se cansa de ver aquele ser sumindo e desaparecendo, enquanto suas vítimas ficam acendendo e apagando as luzes. Isso também cria um humor involuntário pois a repetição exagerada dessa situação nos leva a perguntar porque apagam as luzes mesmo após entenderem o "mecanismo" de aparição da assombração? Quem, em sã consciência, ficaria apagando as luzes após perceber a presença de uma entidade do mal em seu ambiente? A explicação sobre a origem dessa mesma criatura também é revelada cedo demais, sem dar chance ao espectador de construir algumas teorias interessantes sobre ela. É um típico horror comercial para ser lançado em cinemas de shopping center, o que de certa forma aniquila a existência de um roteiro mais sutil e que brinque melhor com as ansiedades do público. Tudo parece muito apressado, em ritmo de fast food. Particularmente ainda prefiro o bom terror do passado, que tinha mais um estilo gourmet sofisticado. Esse aqui é realmente para os que não estão muito interessados em sutilezas ou medos mais bem elaborados.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Filmes da Semana - Edição IV

Filmes da TV aberta: Semana (14/12 a 18/12) - Como venho fazendo todas as semanas aqui vai uma rápida pincelada sobre o que assistir em termos de filmes na TV aberta durante os próximos dias. Pois bem, hoje (quarta) teremos a exibição de O Justiceiro. Não se trata da primeira versão, dos anos 80, mas sim do remake mais recente, com Thomas Jane e John Travolta. É mais uma versão do famoso personagem dos quadrinhos da Marvel, um sujeito violento, disposto a tudo para impor sua visão própria de justiça pelas ruas escuras da cidade. É um filme apenas razoável, mais indicado para os fãs das revistas. O filme será exibido na madrugada pela Rede Globo.

Na quinta-feira (15) teremos dois filmes interessantes sendo exibidos (sempre nas madrugadas da Globo). O primeiro é Trovão Tropical. É uma sátira com ótimo elenco (Ben Stiller, Jack Black e Robert Downey Jr) que se destaca mesmo pela participação de Tom Cruise em um papel completamente diferente em sua carreira. Logo a seguir será exibido O Atirador, com Tom Berenger. É um filme antigo, mas muito bom, investindo na linha ação e violência. Os mais veteranos certamente vão se lembrar. Fazia anos que tinha sido exibido pela última vez na TV aberta, por isso vale o interesse.

O destaque da sexta-feira na Globo é Uma Linda Mulher. Comédia romântica que fez um enorme sucesso de bilheteria quando foi lançada, revitalizando a carreira de um decadente Richard Gere e transformando em estrela a atriz Julia Roberts, na época uma notória desconhecida do grande público. No roteiro temos o velho conto de fadas do príncipe encantado, só que numa roupagem moderna. Gere interpreta o bonitão milionário que se apaixona por uma jovem garota de programa. Ainda funciona? Assista para conferir. Já no sábado a Globo exibirá em Supercine o filme Irmã Dulce, sobre a grande figura religiosa. Uma mulher de coragem e extrema fé que mudou a vida de milhares de pessoas. Vale conferir.

Por fim, no domingo, dois filmes bons para assistir. O Espetacular Homem-Aranha será exibido pela tarde na Temperatura Máxima. A garotada certamente vai curtir o filme, depois daquele almoço com toda a família. Eu particularmente ainda prefiro a primeira trilogia do personagem da Marvel, já que esse aqui é o primeiro da segunda linha de filmes. Mesmo assim fica a recomendação para os mais jovens (adolescentes em especial). Assim a semana chega ao fim na madrugada de domingo para segunda com a exibição de Até o Limite da Honra, filme de guerra onde a atriz Demi Moore vira uma marine, uma fuzileira naval americana, careca e cheia de músculos. Convence muito? Não, mas é divertido.

Pablo Aluísio.

Filmes da Semana - Edição III

Filmes da TV aberta: Semana (05/12 a 09/12) - Fim de ano chegando as emissoras vão melhorando seu cardápio de filmes. As coisas essa semana não começam muito bem, mas vão ficando melhor com o passar dos dias. Na segunda, em Tela Quente, será exibido Jack o Caçador de Gigantes. É a tal coisa, com o sucesso de Alice de Tim Burton os estúdios correram e adaptaram vários contos infantis. Alguns deram certo, outros não. Esse Jack tem muitos efeitos especiais, mas deixa a desejar no conteúdo. Eles faz parte do segundo grupo, daqueles que ficaram pelo meio do caminho. Veja pelos efeitos digitais e nada muito além disso. Não espere por nada melhor do que uma bem produzida direção de arte.

Na terça-feira, também na Globo, será exibido um filme razoável, que até dá para assistir numa boa. Na Sessão da Tarde teremos Ondas da Vida com Helen Hunt. Ela interpreta uma mãe que resolve seguir seu filho após ele decidir se tornar um surfista profissional. Bacaninha, bem ao estilo mesmo da Sessão da Tarde, recomendado para quem gosta de surfe e relações humanas envolvendo mães e filhos. A Helen Hunt inclusive é aquele tipo de atriz que faz valer qualquer esforço, mesmo quando o filme não é tão bom ou excepcional.

Na quarta-feira, também na Sessão da Tarde, eu indicaria Coração de Cavaleiro. Esse filme tive a oportunidade de ver no cinema. É uma aventura medieval com elementos modernos (como sua trilha sonora). Embora não seja grande coisa serviu para colocar o ator Heath Ledger em destaque dentro do mundo do cinema. Depois dessa aventura adolescente sua carreira começou a despontar e o resto da história já bem sabemos. Uma chance interessante de rever Ledger em seus primeiros momentos de fama. Na quarta ainda outro filme interessante será exibido no Corujão, às duas da manhã: Água para Elefantes. É um filme de época, com bom elenco, onde se destacam Reese Witherspoon, Robert Pattinson e Christoph Waltz. Com boa produção chegou a chamar bastante a atenção durante seu lançamento. Vale a pena conferir.

Uma boa surpresa surge na quinta-feira de madrugada, com a exibição, também no Corujão, de Na Teia da Aranha. Esse suspense estrelado por Morgan Freeman mostra os esforços de um detetive para localizar o paradeiro da filha de um senador. É uma pena que a Globo e as demais emissoras não exibam mais com tanta frequência filmes de boa qualidade como esse. Por fim, fechando a semana, a Rede Record exibirá na sexta-feira à noite (22:30hs) o blockbuster O Hobbit – A Desolação de Smaug. Como já tive oportunidade de escrever aqui no blog particularmente gosto muito dessa segunda franquia do Senhor dos Anéis. Esse filme em particular tem ótimos efeitos especiais, mostrando o dragão Smaug, imerso em sua caverna, com tesouros por todos os lados. É um dos melhores filmes dessa franquia. Altamente recomendado. Não vá perder se ainda não assistiu.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

10 Curiosidades - Animais Fantásticos e Onde Habitam

Top 10 Curiosidades - Animais Fantásticos e Onde Habitam

1. A intenção do estúdio é inaugurar uma nova franquia com cinco filmes. Inicialmente seria uma trilogia, porém com a boa recepção mudou-se os planos iniciais. O diretor David Yates planeja dirigir todos os filmes, porém o estúdio ainda não confirmou sua presença nas demais continuações. Provavelmente, se formos pensar na franquia Harry Potter, isso não acontecerá.

2. É a primeira vez que a escritora JK Rowling assina o roteiro de um filme. A autora esclareceu que a nova franquia não se trata de uma sequência, nem de um prequel de Harry Potter, mas sim de uma ambiciosa extensão de seu universo. Outros projetos na mesma linha não estão descartados.

3. O livro original foi escrito em 2001 pela escritora JK Rowling que doou oitenta por cento do lucro de suas vendas para instituições de caridade ao redor do mundo.

4. O filme teve várias locações na cidade de Liverpool, a terra natal dos Beatles. Antigo porto importante da Inglaterra suas históricas construções do século XIX se revelaram ideais para compor parte do cenário da produção.

5. "Animais Fantásticos e Onde Habitam" estreou em primeiro lugar nas bilheterias americanas, tirando "Doutor Estranho" do topo. O filme que custou 180 milhões de dólares faturou 77 milhões em seu primeiro fim de semana nas salas americanas.

6. Um fato curioso é que toda a estória que você assiste nesse filme virou um livro muito popular dentro do universo de Harry Potter. O bruxinho inclusive o leu em seus anos de estudante em Hogwarts.

7. Uma das grandes atrações em termos de elenco vem da atuação do astro Johnny Depp como o vilão Gellert Grindelwald. Inicialmente houve um certo receio do estúdio por causa das reações negativas envolvendo Depp com a imprensa recentemente. Ele foi acusado de ter batido em sua esposa. Depois todos se acalmaram quando o diretor Yates brincou dizendo: "Ora, ele é o vilão do filme! Ninguém verá Depp como o sujeito bonzinho na tela!"

8. Segundo algumas estimativas e boatos Depp teria recebido um cachê recorde de 10 milhões de dólares para atuar na franquia, um valor muito superior ao do ator Eddie Redmayne que interpreta o protagonista Newt Scamander.

9. Eddie Redmayne foi vencedor do Oscar por sua interpretação no filme "A Teoria de Tudo" onde representou o cientista Stephen Hawking em seus anos na faculdade.

10. Colin Farrell jamais pensou em atuar em um filme do universo de Harry Potter. Sobre isso ele declarou: "Eu sou um irlandês com cara de mosca de bar. Não sei como pensaram em mim para o papel".

Pablo Aluísio.

10 Curiosidades - A Chegada

Top 10 Curiosidades - A Chegada

1. O filme que está estreando hoje no Brasil é um campeão de críticas positivas em todo o mundo. Para muitos críticos é o melhor filme do ano! O filme também foi aclamado no Festival de Veneza recentemente.

2. O roteiro procura trazer um enredo Sci-fi mais cerebral e complexo. Várias comparações estão sendo feitas com o recente "Interestelar", porém muitos dizem que esse argumento é bem superior. Na estória uma dupla de pesquisadores tenta entrar em contato com uma raça alienígena que chega em nosso planeta.

3. O cineasta Dennis Villeneuve, que dirige o filme, tem sido saudado por crítica e público como um dos mais interessantes diretores surgidos nos últimos tempos. Entre seus melhores trabalhos estão "Sicário: Terra de Ninguém", "Os Suspeitos" e "O Homem Duplicado". Dennis Villeneuve irá dirigir em breve "Blade Runner 2049" um dos filmes mais aguardados de 2017.

4. A atriz Amy Adams declarou que esse é provavelmente um de seus melhores trabalhos. Ela interpreta a Dra Louise Bank, uma especialista em linguagens, que tenta abrir algum tipo de comunicação com os aliens.

5. Já o ator Jeremy Renner declarou que o roteiro desse novo filme é tão bem escrito que uma só sessão de cinema será insuficiente para entender tudo. Ele aconselha que os cinéfilos vejam o filme mais de uma vez!

6. O filme teve um custo total de 47 milhões de dólares, um orçamento considerado mediano em Hollywood. Para alívio do estúdio a boa repercussão de crítica acabou levando muitos ao cinema e o filme já contabiliza lucros após superar recuperar seu custo nas bilheterias.

7. O filme é falado em várias línguas, inclusive russo e mandarim, além de ter cenas externas capturadas em diversas partes do mundo, mostrando a chegada dos aliens em praticamente todas as nações.

8. O formato das naves dos seres extraterrestres é uma homenagem ao diretor Stanley Kubrick que em 1968 dirigiu um dos maiores clássicos da ficção, "2001 - Uma Odisseia no Espaço".

9. O filme foi rodado com o nome de "Story of Your Life", o mesmo título do conto original escrito pelo escritor Ted Chiang que lhe deu origem. O estúdio porém achou que esse nome não seria tão comercial, assim mudou-se para "Arrival", pois teria maior apelo nas bilheterias de cinema. O conto original foi publicado em 1998.

10. No conto original seriam 112 naves extraterrestres ao redor do mundo. Os roteiristas do filme não acharam essa uma boa ideia, pois iria banalizar a chegado dos aliens. Assim eles diminuíram o número de espaçonaves em nosso planeta. (Pablo Aluísio).
 
Pablo Aluísio.

domingo, 6 de novembro de 2016

10 Curiosidades - Rogue One: A Star Wars Story

10 Curiosidades Sobre "Rogue One: A Star Wars Story":

1. O filme foi praticamente todo rodado nos Pinewood Studios, em Buckinghamshire, Inglaterra. A razão é simples. Além dos impostos mais baratos o local é bem longe da imprensa de Hollywood, evitando assim pressão e eventuais vazamentos sobre o roteiro e a produção. Também aconteceram filmagens na Islândia e nas Ilhas Maldivas.

2. O criador da saga George Lucas disse ter dado um adeus definitivo aos filmes "Star Wars" após a venda dos direitos para a Disney. Segundo Lucas, daqui para frente, ele só será um espectador eventual dos filmes. "Estou velho demais para lidar com filmes como esse e principalmente com os fãs da série" - declarou Lucas.

3. Esse será o primeiro filme de uma nova saga denominada "Star Wars: Anthology". Inicialmente a Disney tem a pretensão de lançar um novo filme a cada fim de ano. A expectativa de lucros é obviamente enorme.

4. Pela primeira vez desde a trilogia original o ator James Earl Jones retorna para fazer a voz do vilão Darth Vader. O retorno de Vader às telas de cinema também é um dos trunfos do estúdio para alcançar uma ótima bilheteria.

5. A intenção da Disney seria contratar todos os profissionais ainda vivos que participaram da trilogia original. Dessa forma retornou o diretor de arte David Crossman que havia trabalhado nos três primeiros filmes. Por outro lado, infelizmente, esse será o primeiro filme da saga "Star Wars" sem o maestro John Williams.

6. Segundo algumas estimativas em Hollywood esse novo filme teve um custo aproximado de 150 milhões de dólares. A Disney espera ter uma bilheteria mundial superior a marca de 1 bilhão de dólares em faturamento de ingressos vendidos.

7. O roteiro do filme foi escrito a partir de eventos descritos nos primeiros filmes, na trilogia original. Esses eventos não foram mostrados naquelas produções, mas serão a base dessa nova série cinematográfica.

8. Muito se especulou sobre a contratação do cineasta Gareth Edwards para dirigir o filme. Para muitos ele seria sem expressão no mundo do cinema, apesar de ter dirigido a nova versão do filme "Godzilla" em 2014. Um filme que teve bilheteria modesta.

9. Esse será o primeiro filme com a marca "Star Wars" que não faz parte da saga principal. A última vez que isso aconteceu foi em 1978 com o especial "The Star Wars Holiday Special" que diga-se de passagem foi um grande fracasso comercial.

10.  O filme receberá o título nacional de "Rogue One: Uma História Star Wars" o que gerou várias críticas dos fãs que disseram que esse nome era simplesmente tosco demais, apesar de ser a tradução original do título em inglês.


10 Curiosidades - Jack Reacher: Sem Retorno

Top 10 - Jack Reacher: Sem Retorno

Dez informações vitais para você saber sobre o filme "Jack Reacher: Sem Retorno"

1. O filme foi lançado nos Estados Unidos e Europa no dia 20 de outubro. A estreia no Brasil está marcada para o dia 24 de novembro.

2. O filme custou em torno de 60 milhões de dólares, um valor considerado apenas mediano em termos de Hollywood. O ator Tom Cruise, que também produziu o filme, optou por um orçamento mais enxuto e econômico. No mercado americano o filme teve uma bilheteria apenas modesta até o momento: 54 milhões de dólares. Em termos mundiais já rompeu a barreira dos 100 milhões de dólares arrecadados.

3. Essa é a segunda vez que Tom Cruise interpreta o personagem. A primeira foi em "Jack Reacher: O Último Tiro" (2012). Curiosamente o enredo desse segundo filme foi tirado do oitavo livro com as aventuras de Jack Reacher. Cruise considerou essa estória mais adequada para essa sequência.

4. O filme foi praticamente todo rodado em New Orleans, na Louisiana. A região possui costumes e cultura bem próprios, fora a arquitetura bem característica, o que trouxe uma bela fotografia natural ao filme.

5. Tom Cruise pretende transformar Jack Reacher em sua nova franquia de sucesso, seguindo os passos de "Mission: Impossible". Para isso ele já determinou aos roteiristas a adaptação de mais dois novos filmes com o personagem. Os filmes não serão tão caros como Missão Impossível, mas terão o mesmo suporte de marketing e propaganda nos cinemas.

6. O veterano diretor Edward Zwick foi escolhido pessoalmente pelo astro Tom Cruise. O gênero ação nunca foi o seu preferido, apesar de ter dirigido o sucesso "Nova York Sitiada" e o fracasso "Coragem Sob Fogo". O cineasta sempre preferiu dramas históricos (como "Tempo de Glória") romances ("Lendas da Paixão", "Sobre Ontem a Noite...", "Amor e Outras Drogas") e dramas. Ele já havia dirigido Tom Cruise antes no sucesso de bilheteria "O Último Samurai" e agora repete a dose.

7. O livro original em cujo o roteiro se baseou foi publicado em 2013 com o título de ""Never Go Back".

8. O astro Tom Cruise recebeu algo em torno de 9 milhões de dólares de cachê, mais ou menos quinze por cento do total do custo da produção. A crítica americana recebeu o novo filme de Tom Cruise com reservas, embora reconhecendo sua boa produção. É um filme de ação genérico, com produção acima da média.

9. Durante o lançamento do filme Tom Cruise comentou sobre seu retorno em "Top Gun 2". Dessa vez seu personagem, o piloto Maverick, será um instrudor de aviação da Marinha.

10. Além desse filme Cruise ainda anunciou a relização de seus próximos filmes: "Luna Park" (uma ficção com renegados espaciais), "American Made" (outro filme de ação) e finalmente "Mission: Impossible 6" onde voltará a interpretar o agente Ethan Hunt.

Pablo Aluísio.