Já faz muito tempo que tentam acertar com "Dungeons & Dragons" nas telas, seja dos cinemas ou da televisão. Para quem não sabe essa marca englobou inclusive o desenho animado "A Caverna do Dragão" que fez muito sucesso no Brasil. No cinema eu me lembro de um péssimo filme com Jeremy Irons que ninguém gostou. Era bem mal feito mesmo, com roteiro abaixo da crítica. Agora os estúdios de Hollywood tentam mais uma vez. Com orçamento generoso de 150 milhões de dólares os produtores estavam decididos a fazer o melhor filme da franquia, o filme definitivo. Até que fez um sucesso apreciável, embora tenha ficado longe do que era esperado pelo estúdio que sonhava em faturar 1 bilhão de dólares. Não deu, ficou ali na faixa dos 300 milhões. É uma bilheteria muito boa, mas não do patamar que planejavam. Provavelmente depois dessa, "Dungeons & Dragons" volte para a geladeira em termos de cinema.
O filme foi até bem elogiado pela crítica. Eu achei bem mais ou menos. Nao me empolgou em nada, mas devo dizer que é um filme muito bem realizado. Provavelmente eu não curti por dois motivos básicos. Primeiro, que passei da faixa etária do público para o qual esse filme é destinado, ou seja, é um filme de fantasia para adolescentes ali na faixa dos 14 aos 16 anos. Outra questão é que achei o roteiro muito cheio de clichês, mas isso talvez se explique porque esse RPG foi tão copiado nos cinemas nos últimos anos que o próprio material original se tornou obsoleto, derivativo. Acontece muito no mundo da cultura pop. Então é isso. Não gostei pessoalmente, mas devo dizer que os mais jovens muito provavelmente vão se divertir bem com o filme.
Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves, Estados Unidos, 2023) Direção: John Francis Daley, Jonathan Goldstein / Roteiro: Jonathan Goldstein, John Francis Daley, Michael Gilio / Elenco: Chris Pine, Michelle Rodriguez, Hugh Grant / Sinopse: Em um mundo de fantasia um grupo de amigos partem em busca de uma artefato mitológico que os fará recuperar algo que lhes é mais do que precioso.
Pablo Aluísio.